EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Presidente de la Cámara pide un gran debate sobre las bases militaresCaracol | Agosto 18 de 2010
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El Presidente de la Cámara de Representantes, Carlos Alberto Zuluaga, afirmó que el Gobierno Nacional no tiene otro camino que presentar un proyecto de ley para el restablecimiento del acuerdo de cooperación militar con los Estados Unidos.
Manifestó que el fallo de la Corte Constitucional es un mandato al Ejecutivo para que corrija los errores que se cometieron por la anterior administración.
Dijo que esta es una gran oportunidad para efectos de realizar un gran debate frente al proyecto de ley y crecer la controversia frente al tema.
De otra parte, el partido conservador respetará la autonomía del Presidente, Juan Manuel Santos en el manejo de las relaciones exteriores.
Aseguró que respetan la decisión del senador, Armando Benedetti de reunirse con el Presidente de Venezuela, Hugo Chávez pero que el tema internacional está bajo la tutela del Jefe del Estado.
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El Presidente de la Cámara de Representantes, Carlos Alberto Zuluaga, afirmó que el Gobierno Nacional no tiene otro camino que presentar un proyecto de ley para el restablecimiento del acuerdo de cooperación militar con los Estados Unidos.
Manifestó que el fallo de la Corte Constitucional es un mandato al Ejecutivo para que corrija los errores que se cometieron por la anterior administración.
Dijo que esta es una gran oportunidad para efectos de realizar un gran debate frente al proyecto de ley y crecer la controversia frente al tema.
De otra parte, el partido conservador respetará la autonomía del Presidente, Juan Manuel Santos en el manejo de las relaciones exteriores.
Aseguró que respetan la decisión del senador, Armando Benedetti de reunirse con el Presidente de Venezuela, Hugo Chávez pero que el tema internacional está bajo la tutela del Jefe del Estado.
- delmar
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
E ele será aprovado na maior facilidade. O ... dos gringos nem pinicaram com essa decisão da corte.
À e eles aqui não gostam muito de guardar constituição não.
A verdade é que a maioria do povo colombiano aprova os acordos com os americanos. Com "coleira" ou sem "coleira" a econômia da Colombia vai bem e está crescendo. As ameaças do Chavez não preocupam o povo de lá que acredita no auxílio dos EUA se o Chavez se passar de pato a ganso. O congresso de lá vai assim aprovar o acordo É claro que muitos congressistas vão aproveitar a ocasião para pedir verbas e vantagens para suas bases eleitorais e a nomeação de algum amigo ou parente em um órgão público. Nada diferente do que acontece por aqui em nosssa amada pátria.
Outra coisa, abaixo do Rio Grande ninguém gosta de guardar a constituição. Veja quantas nós já tivemos. A última é de 1988 e vive sendo emendada. Muita gente por aqui, inclusive eu, pensa que deveriamos convocar um consituinte e fazer uma nova. Afinal o que é mais uma para quem já teve tantas.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
prp escreveu:E ele será aprovado na maior facilidade. O ... dos gringos nem pinicaram com essa decisão da corte.delmar escreveu: Não, vão juntar a 1ª, a 2ª e a 3ª frota, mais os fuzileiros, os rangers, os paraquedistas e a polícia de Nova Yorque e irão todos para Bogotá protestar com faixas e cartazes em frente do prédio da suprema corte contra a decisão.
Companheiro, a Colômbia é um país democrático. A decisão da justiça de que o presidente Uribe não poderia concorrer novamente foi aceita sem discussão. E esta decisão agora diz que o acordo com os EUA, conforme a constituição do país, deve ser apreciado e aprovado pelo congresso para entrar em vigor. Portanto o acordo será encaminhado pelo governo colombiano ao congresso daquele país para ser aprovado, ou não.
À e eles aqui não gostam muito de guardar constituição não.
Sem duvida vai ser aprovado... e teremos mais uma base militar para garantir as liberdades dos Yankees em intimidar, chantagear e ameaçar a soberania dos países vizinhos, utilizando para isso a carta militar!
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
x2delmar escreveu:E ele será aprovado na maior facilidade. O ... dos gringos nem pinicaram com essa decisão da corte.
À e eles aqui não gostam muito de guardar constituição não.
A verdade é que a maioria do povo colombiano aprova os acordos com os americanos. Com "coleira" ou sem "coleira" a econômia da Colombia vai bem e está crescendo. As ameaças do Chavez não preocupam o povo de lá que acredita no auxílio dos EUA se o Chavez se passar de pato a ganso. O congresso de lá vai assim aprovar o acordo É claro que muitos congressistas vão aproveitar a ocasião para pedir verbas e vantagens para suas bases eleitorais e a nomeação de algum amigo ou parente em um órgão público. Nada diferente do que acontece por aqui em nosssa amada pátria.
Outra coisa, abaixo do Rio Grande ninguém gosta de guardar a constituição. Veja quantas nós já tivemos. A última é de 1988 e vive sendo emendada. Muita gente por aqui, inclusive eu, pensa que deveriamos convocar um consituinte e fazer uma nova. Afinal o que é mais uma para quem já teve tantas.
Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Constituição dos Eua é cheia de emendas também.
O Troll é sutil na busca por alimento.
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Pacto com Costa Rica também é questionado
18/08/2010
DE CARACAS
A exemplo do que ocorreu na Colômbia, a oposição e ONGs da Costa Rica querem que a Corte Suprema declare inconstitucional a renovação de acordo com os EUA aprovada pelo Legislativo em julho.
O texto, que vigorará até 31 de dezembro, autoriza a chegada ao país de até 46 navios de guerra americanos, com capacidade para abrigar até 7.000 fuzileiros navais e 200 helicópteros.
Segundo os governos de EUA e Costa Rica, trata-se de um adendo ao acordo de cooperação antidrogas bilateral de 1999. Mas a oposição diz que o acerto menciona apenas navios da Guarda Costeira, e não da Marinha.
Diz ainda que o texto contradiz a Constituição do país, que há 60 anos não tem Forças Armadas, proíbe a permanência de tropas estrangeiras e se declarou “neutro” desde os anos 1980.
Segundo os parlamentares, oficiais dos EUA estão autorizados a realizar “todas as atividades que considerem necessárias para o desempenho de sua missão”. Porte de arma não é citado ou vetado.
http://pbrasil.wordpress.com/2010/08/18 ... more-25284
18/08/2010
DE CARACAS
A exemplo do que ocorreu na Colômbia, a oposição e ONGs da Costa Rica querem que a Corte Suprema declare inconstitucional a renovação de acordo com os EUA aprovada pelo Legislativo em julho.
O texto, que vigorará até 31 de dezembro, autoriza a chegada ao país de até 46 navios de guerra americanos, com capacidade para abrigar até 7.000 fuzileiros navais e 200 helicópteros.
Segundo os governos de EUA e Costa Rica, trata-se de um adendo ao acordo de cooperação antidrogas bilateral de 1999. Mas a oposição diz que o acerto menciona apenas navios da Guarda Costeira, e não da Marinha.
Diz ainda que o texto contradiz a Constituição do país, que há 60 anos não tem Forças Armadas, proíbe a permanência de tropas estrangeiras e se declarou “neutro” desde os anos 1980.
Segundo os parlamentares, oficiais dos EUA estão autorizados a realizar “todas as atividades que considerem necessárias para o desempenho de sua missão”. Porte de arma não é citado ou vetado.
http://pbrasil.wordpress.com/2010/08/18 ... more-25284
- marcelo l.
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Por sinal, entrevista impecável do novo presidente da Colombia.
Que tipo de vizinho o Brasil é para a Colômbia?
Para nós interessa muito ter uma relação mais estreita com o Brasil, um país com o qual eu, também pessoalmente, tenho uma relação especial e muito próxima. Minha primeira atuação profissional foi na Organização Internacional do Café. Então, nossos sócios naturais eram os brasileiros, o Itamaraty. Aprendi com os diplomatas brasileiros muito do que sei hoje no que se refere a negociação internacional. Escolhi o Brasil como o primeiro país que visitarei como presidente. Os investimentos brasileiros na Colômbia estão crescendo muito. Temos afinidades e interesses comuns. Além disso, houve o convite especial do presidente Lula, pelo qual fiquei muito grato.
Que tipo de vizinho é a Colômbia para a América Latina?
Nossa região passa por um momento muito especial porque nós temos em abundância recursos que são crescentemente escassos no mundo. Refiro-me a energia, água, capacidade de produzir mais alimentos e biodiversidade. Cada país da América do Sul e da América Latina é por si só muito forte. Mas unidos seremos uma grande potência. Tenho fundadas esperanças no sucesso do processo de integração. Fui um dos “pais da integração” do grupo andino, que, infelizmente, não evoluiu tanto quanto podia.
O partido do presidente Lula, o PT, tem relações documentadas com as Farc. O senhor pretende obter de Lula o repúdio público à guerrilha, nos moldes da declaração feita por seu colega venezuelano Hugo Chávez?
Quando fui ministro da Defesa, minha experiência com o governo do presidente Lula foi muito positiva. Obtive um rechaço categórico às Farc por parte do ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante uma viagem dele à Colômbia. Ele disse que não permitiria que as Farc tivessem nenhum tipo de presença ou influência no Brasil.
O ministro afirmou que os guerrilheiros seriam recebidos a tiros, o que nos causou uma impressão muito boa. Não tenho, portanto, percebido afinidade ou complacência do governo Lula com o terrorismo e estou certo de que, quando nos sentarmos para conversar, essa será a posição do presidente brasileiro.
Documentos encontrados nos computadores de Raúl Reyes (chefe guerrilheiro morto por comandos colombianos em 2008 no lado equatoriano da fronteira) revelam contatos bem amigáveis entre as Farc e alguns integrantes do PT…
Sim, é possível que tenha ocorrido algum contato do PT com as Farc — assim como as Farc tiveram contato com diversos políticos colombianos, inclusive comigo. Tive contato com as Farc durante os processos de paz. O fato de alguns nomes de brasileiros terem aparecido nos computadores das Farc não necessariamente significa que aquelas pessoas sejam cúmplices com grupos fora da lei. Uma coisa é estabelecer contatos, outra é ser cúmplice.
É possível “virar a página” na crise com a Venezuela mesmo sabendo que ainda há guerrilheiros das Farc naquele país?
Nossa intenção com a Venezuela é ter relações boas e duradouras, nas quais nossas diferenças são respeitadas de lado a lado. O presidente Chávez e eu fomos muito francos um com o outro. Eu sei que não vou mudar sua maneira de pensar, e ele sabe que não vai mudar a minha. É um avanço. O que tínhamos era o pior dos mundos. A única coisa ainda pior teria sido uma guerra, o que para mim é impensável. Por isso, estamos fazendo esforços para melhorar as relações sem interferências na soberania de cada país.
Mas isso não altera a realidade de que os terroristas das Farc mantêm bases na Venezuela…
O presidente Chávez afirmou claramente que não vai permitir a presença de grupos à margem da lei em território venezuelano. Espero que isso se cumpra, porque é parte vital para a manutenção de nossas relações em bom nível.
Dá para confiar no presidente Chávez?
Nossa reunião em Santa Marta foi muito franca, muito sincera. Eu já conhecia o presidente Chávez, que é muito… muito… amável pessoalmente. Ele tem o sangue caribenho. Acho que começamos nossa convivência com o pé direito. Era o dia do meu aniversário, e ele chegou brincando com os repórteres: “Venho no dia do aniversário do presidente, que acredito completar 36, 37 anos”. Mais tarde, quando ele me cumprimentava na Quinta de San Pedro Alejandrino, que abrigou a reunião, eu o saudei muito sério e disse: “Presidente, começamos muito mal”. Ele ficou me olhando, surpreso, e disse: “O que aconteceu?”. Eu respondi: “Você falou que parecia que eu estava completando 36, 37 anos, e isso pode me trazer problemas porque minha esposa vai exigir muito mais de mim”. Rimos bastante. Isso quebrou o gelo.
E então…
Então deixei claro a Chávez que não aceito intervenção dele no processo de paz colombiano. Aliás, disse a mesma coisa ao presidente Lula. Chávez respondeu-me que estava totalmente de acordo. Eu então acrescentei que deveria parar de criticar o presidente Uribe (Álvaro Uribe, antecessor de Santos). Sou leal a Uribe e terei de defendê-lo toda vez que alguém o criticar na minha presença. Uribe fez um grande trabalho na Colômbia. Também em relação a isso, obtive a concordância de Chávez.
O senhor concorda com a apropriação que a esquerda sul-americana fez do legado de Simón Bolívar?
Não, de maneira alguma. Bolívar pertence a todos os latino-americanos e a todos os povos libertados, não importa a posição política ou a origem de classe. Não podemos nos esquecer de que Bolívar era uma pessoa que se identificava muito com a aristocracia latino-americana. Não creio que ninguém possa se apropriar de suas ideias, afinal elas pertencem a todos. Não podemos nos esquecer também das limitações derivadas da circunstância histórica em que ele viveu. Bolívar queria reinstalar a monarquia na América. Acredito que o presidente Chávez não deve achar essa ideia válida atualmente. O fato é que ninguém pode se dizer o único herdeiro do legado de Bolívar.
Outro vizinho com quem a Colômbia esteve em pé de guerra foi o Equador, do presidente Rafael Correa. Como vai a diplomacia nessa frente?
Tivemos uma reunião muito boa também com o presidente Correa. Como ele havia solicitado, eu lhe entreguei todo o material que encontramos nos computadores de Raúl Reyes. Muito em breve vamos normalizar totalmente as relações entre nossos países.
A Corte Constitucional suspendeuo acordo que permite às tropas americanas usar bases militares na Colômbia. Isso atrapalha as relações com os EUA?
Acatamos a decisão de nossa Corte, a única atitude possível em uma democracia. Mas ela não prejudica em nada as relações bilaterais entre a Colômbia e os Estados Unidos. A única coisa afetada temporariamente foram os recursos destinados a ampliar uma das setebases. Temos relações muito boas com os Estados Unidos, e elas continuarão assim.
Os Estados Unidos investiram 6 bilhões de dólares no combate ao narcotráfico nos termos do Plano Colômbia. Muda alguma coisa?
Os termos de cooperação entre nosso país e os Estados Unidos permanecem os mesmos, com ou sem a aprovação formal do acordo.
As Farc estão mesmo por trás do atentado a bomba de 12 de agosto, em Bogotá?
O que se descobriu até agora indica a possibilidade de que os autores do atentado sejam das Farc. Mas, a esta altura das investigações, é prematuro responsabilizar alguém.
Sua política de combate às Farc será a mesma empregada por Uribe?
Nossa política contra as Farc, contra o narcotráfico, contra grupos criminosos a serviço do narcotráfico e contra todos os grupos fora da lei continuará sendo de total contundência nos âmbitos militar, policial e jurídico. Não vamos ter complacência, não vamos dar trégua. Temos de continuar com a pressão militar em todas as frentes. O que quero dizer é que a porta do diálogo com as Farc não está trancada e a chave não foi jogada ao mar. Mas precisamos obter do grupo uma demonstração que nos convença definitivamente de que quer um diálogo para chegar à paz. Os colombianos estão cansados de falsos sinais de esperança, que servem apenas para fortalecer a guerrilha e fazê-la ganhar oxigênio. Não vamos repetir a experiência de dar às Farc o benefício da dúvida. Vamos continuar combatendo o narcotráfico, porque ele financia a guerrilha. Esse é um problema de segurança nacional.
O governo de Álvaro Uribe foi muitobem avaliado justamente por causa do combate à guerrilha. É difícil assumir o cargo com a responsabilidade de manter uma política tão ou mais efetiva que a anterior?
Eu fui ministro da Defesa do presidente Uribe e, modéstia à parte, durante o meu ministério é que foram dados os golpes mais contundentes contra as Farc.
Nós continuaremos com eles, não vamos baixar a guarda. Mas é claro que o presidente Uribe nos deixou um grau muito alto de exigência, que vai nos obrigar a realizar ações muito efetivas e a trabalhar duro.
O próximo presidente brasileiro vai passar por uma experiência semelhante à sua, que é a de suceder a um político de enorme popularidade. Qual é o maior desafio para alguém nessa situação?
Eu sou o último pretendente a dar um conselho aos candidatos à Presidência do Brasil. O vital nessas circunstâncias é ter um programa claro de governo, ter noção exata da etapa em que o país está e fazer todo o possível para avançar no rumo certo. Uribe obteve excelentes resultados em sua luta contra o crime, e o país avançou muitíssimo. Isso nos dá a oportunidade de trabalhar com outras prioridades, que são a luta contra a pobreza e a luta contra o desemprego. Já que a questão da insegurança foi, de certa forma, superada, podemos nos dedicar à parte social. No Brasil, a situação é diferente. Vocês não têm o mesmo problema de segurança que nós tivemos. O presidente Lula teve muito êxito em melhorar os índices de pobreza. Aí, então, o novo governo terá não somente de continuar isso, como também passar às outras prioridades. Cada país tem suas próprias características.
O senhor tem um favorito na eleição brasileira?
Não, não, não (risos). Eu conheço bem José Serra, estive com ele várias vezes, e não conheço a Dilma. Espero conhecê-la quando eu for ao Brasil. Mas quem tem de ter favoritos são vocês, brasileiros.
Que tipo de vizinho o Brasil é para a Colômbia?
Para nós interessa muito ter uma relação mais estreita com o Brasil, um país com o qual eu, também pessoalmente, tenho uma relação especial e muito próxima. Minha primeira atuação profissional foi na Organização Internacional do Café. Então, nossos sócios naturais eram os brasileiros, o Itamaraty. Aprendi com os diplomatas brasileiros muito do que sei hoje no que se refere a negociação internacional. Escolhi o Brasil como o primeiro país que visitarei como presidente. Os investimentos brasileiros na Colômbia estão crescendo muito. Temos afinidades e interesses comuns. Além disso, houve o convite especial do presidente Lula, pelo qual fiquei muito grato.
Que tipo de vizinho é a Colômbia para a América Latina?
Nossa região passa por um momento muito especial porque nós temos em abundância recursos que são crescentemente escassos no mundo. Refiro-me a energia, água, capacidade de produzir mais alimentos e biodiversidade. Cada país da América do Sul e da América Latina é por si só muito forte. Mas unidos seremos uma grande potência. Tenho fundadas esperanças no sucesso do processo de integração. Fui um dos “pais da integração” do grupo andino, que, infelizmente, não evoluiu tanto quanto podia.
O partido do presidente Lula, o PT, tem relações documentadas com as Farc. O senhor pretende obter de Lula o repúdio público à guerrilha, nos moldes da declaração feita por seu colega venezuelano Hugo Chávez?
Quando fui ministro da Defesa, minha experiência com o governo do presidente Lula foi muito positiva. Obtive um rechaço categórico às Farc por parte do ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante uma viagem dele à Colômbia. Ele disse que não permitiria que as Farc tivessem nenhum tipo de presença ou influência no Brasil.
O ministro afirmou que os guerrilheiros seriam recebidos a tiros, o que nos causou uma impressão muito boa. Não tenho, portanto, percebido afinidade ou complacência do governo Lula com o terrorismo e estou certo de que, quando nos sentarmos para conversar, essa será a posição do presidente brasileiro.
Documentos encontrados nos computadores de Raúl Reyes (chefe guerrilheiro morto por comandos colombianos em 2008 no lado equatoriano da fronteira) revelam contatos bem amigáveis entre as Farc e alguns integrantes do PT…
Sim, é possível que tenha ocorrido algum contato do PT com as Farc — assim como as Farc tiveram contato com diversos políticos colombianos, inclusive comigo. Tive contato com as Farc durante os processos de paz. O fato de alguns nomes de brasileiros terem aparecido nos computadores das Farc não necessariamente significa que aquelas pessoas sejam cúmplices com grupos fora da lei. Uma coisa é estabelecer contatos, outra é ser cúmplice.
É possível “virar a página” na crise com a Venezuela mesmo sabendo que ainda há guerrilheiros das Farc naquele país?
Nossa intenção com a Venezuela é ter relações boas e duradouras, nas quais nossas diferenças são respeitadas de lado a lado. O presidente Chávez e eu fomos muito francos um com o outro. Eu sei que não vou mudar sua maneira de pensar, e ele sabe que não vai mudar a minha. É um avanço. O que tínhamos era o pior dos mundos. A única coisa ainda pior teria sido uma guerra, o que para mim é impensável. Por isso, estamos fazendo esforços para melhorar as relações sem interferências na soberania de cada país.
Mas isso não altera a realidade de que os terroristas das Farc mantêm bases na Venezuela…
O presidente Chávez afirmou claramente que não vai permitir a presença de grupos à margem da lei em território venezuelano. Espero que isso se cumpra, porque é parte vital para a manutenção de nossas relações em bom nível.
Dá para confiar no presidente Chávez?
Nossa reunião em Santa Marta foi muito franca, muito sincera. Eu já conhecia o presidente Chávez, que é muito… muito… amável pessoalmente. Ele tem o sangue caribenho. Acho que começamos nossa convivência com o pé direito. Era o dia do meu aniversário, e ele chegou brincando com os repórteres: “Venho no dia do aniversário do presidente, que acredito completar 36, 37 anos”. Mais tarde, quando ele me cumprimentava na Quinta de San Pedro Alejandrino, que abrigou a reunião, eu o saudei muito sério e disse: “Presidente, começamos muito mal”. Ele ficou me olhando, surpreso, e disse: “O que aconteceu?”. Eu respondi: “Você falou que parecia que eu estava completando 36, 37 anos, e isso pode me trazer problemas porque minha esposa vai exigir muito mais de mim”. Rimos bastante. Isso quebrou o gelo.
E então…
Então deixei claro a Chávez que não aceito intervenção dele no processo de paz colombiano. Aliás, disse a mesma coisa ao presidente Lula. Chávez respondeu-me que estava totalmente de acordo. Eu então acrescentei que deveria parar de criticar o presidente Uribe (Álvaro Uribe, antecessor de Santos). Sou leal a Uribe e terei de defendê-lo toda vez que alguém o criticar na minha presença. Uribe fez um grande trabalho na Colômbia. Também em relação a isso, obtive a concordância de Chávez.
O senhor concorda com a apropriação que a esquerda sul-americana fez do legado de Simón Bolívar?
Não, de maneira alguma. Bolívar pertence a todos os latino-americanos e a todos os povos libertados, não importa a posição política ou a origem de classe. Não podemos nos esquecer de que Bolívar era uma pessoa que se identificava muito com a aristocracia latino-americana. Não creio que ninguém possa se apropriar de suas ideias, afinal elas pertencem a todos. Não podemos nos esquecer também das limitações derivadas da circunstância histórica em que ele viveu. Bolívar queria reinstalar a monarquia na América. Acredito que o presidente Chávez não deve achar essa ideia válida atualmente. O fato é que ninguém pode se dizer o único herdeiro do legado de Bolívar.
Outro vizinho com quem a Colômbia esteve em pé de guerra foi o Equador, do presidente Rafael Correa. Como vai a diplomacia nessa frente?
Tivemos uma reunião muito boa também com o presidente Correa. Como ele havia solicitado, eu lhe entreguei todo o material que encontramos nos computadores de Raúl Reyes. Muito em breve vamos normalizar totalmente as relações entre nossos países.
A Corte Constitucional suspendeuo acordo que permite às tropas americanas usar bases militares na Colômbia. Isso atrapalha as relações com os EUA?
Acatamos a decisão de nossa Corte, a única atitude possível em uma democracia. Mas ela não prejudica em nada as relações bilaterais entre a Colômbia e os Estados Unidos. A única coisa afetada temporariamente foram os recursos destinados a ampliar uma das setebases. Temos relações muito boas com os Estados Unidos, e elas continuarão assim.
Os Estados Unidos investiram 6 bilhões de dólares no combate ao narcotráfico nos termos do Plano Colômbia. Muda alguma coisa?
Os termos de cooperação entre nosso país e os Estados Unidos permanecem os mesmos, com ou sem a aprovação formal do acordo.
As Farc estão mesmo por trás do atentado a bomba de 12 de agosto, em Bogotá?
O que se descobriu até agora indica a possibilidade de que os autores do atentado sejam das Farc. Mas, a esta altura das investigações, é prematuro responsabilizar alguém.
Sua política de combate às Farc será a mesma empregada por Uribe?
Nossa política contra as Farc, contra o narcotráfico, contra grupos criminosos a serviço do narcotráfico e contra todos os grupos fora da lei continuará sendo de total contundência nos âmbitos militar, policial e jurídico. Não vamos ter complacência, não vamos dar trégua. Temos de continuar com a pressão militar em todas as frentes. O que quero dizer é que a porta do diálogo com as Farc não está trancada e a chave não foi jogada ao mar. Mas precisamos obter do grupo uma demonstração que nos convença definitivamente de que quer um diálogo para chegar à paz. Os colombianos estão cansados de falsos sinais de esperança, que servem apenas para fortalecer a guerrilha e fazê-la ganhar oxigênio. Não vamos repetir a experiência de dar às Farc o benefício da dúvida. Vamos continuar combatendo o narcotráfico, porque ele financia a guerrilha. Esse é um problema de segurança nacional.
O governo de Álvaro Uribe foi muitobem avaliado justamente por causa do combate à guerrilha. É difícil assumir o cargo com a responsabilidade de manter uma política tão ou mais efetiva que a anterior?
Eu fui ministro da Defesa do presidente Uribe e, modéstia à parte, durante o meu ministério é que foram dados os golpes mais contundentes contra as Farc.
Nós continuaremos com eles, não vamos baixar a guarda. Mas é claro que o presidente Uribe nos deixou um grau muito alto de exigência, que vai nos obrigar a realizar ações muito efetivas e a trabalhar duro.
O próximo presidente brasileiro vai passar por uma experiência semelhante à sua, que é a de suceder a um político de enorme popularidade. Qual é o maior desafio para alguém nessa situação?
Eu sou o último pretendente a dar um conselho aos candidatos à Presidência do Brasil. O vital nessas circunstâncias é ter um programa claro de governo, ter noção exata da etapa em que o país está e fazer todo o possível para avançar no rumo certo. Uribe obteve excelentes resultados em sua luta contra o crime, e o país avançou muitíssimo. Isso nos dá a oportunidade de trabalhar com outras prioridades, que são a luta contra a pobreza e a luta contra o desemprego. Já que a questão da insegurança foi, de certa forma, superada, podemos nos dedicar à parte social. No Brasil, a situação é diferente. Vocês não têm o mesmo problema de segurança que nós tivemos. O presidente Lula teve muito êxito em melhorar os índices de pobreza. Aí, então, o novo governo terá não somente de continuar isso, como também passar às outras prioridades. Cada país tem suas próprias características.
O senhor tem um favorito na eleição brasileira?
Não, não, não (risos). Eu conheço bem José Serra, estive com ele várias vezes, e não conheço a Dilma. Espero conhecê-la quando eu for ao Brasil. Mas quem tem de ter favoritos são vocês, brasileiros.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Pra quem gosta tanto da Colombia mas não podê ver o Presa deles chegar, aqui vai direto de Brasilia-ilha...:
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Quantos destes "terroristas" da foto foram sequestrados para fazer o soldado FARC?? Notem os semblantes dos rapazes....
Todos tem cara e comportamento de tudo, menos de sequestrado para combater.... mas quem vê cara não vê coração né... propaganda é sempre propaganda mesmo!
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Está ocorrendo agora, em Águas de Lindóia/SP um congresso de psicologia. Aquela psicologa conhecida minha que trabalha com os menores sequestrados pelas FARC estará presente e fará uma conferência sobre o seu trabalho. Assim, aos poucos, a verdade sobre os terroristas, narcotraficantes e sequestradores das FARC vai sendo revelada.
Quem está lá, no local, trabalhando diretamente com as vítimas destes marginais é que sabe o que realmente acontece. Também o povo colombiano sabe o que as FARC representam e o mal que trazem para o país. Apenas no exterior há pessoas ingênuas ou mal intencionadas que acreditam que as FARC são "lutadoras da liberdade".
Notem o semblante dos jovens guerrilheiros. Estão todos ali para servirem de bucha de canhão, serem queimados vivos, por puro "idealismo". Poderiam estar estudando em uma escola, "ficando" com alguma menina, surfando em alguma praia, curtindo um som com a galera, mas nada disto. Antes de completarem 18 anos "escolheram" morrer pela causa. Acredite quem quizer.
Quem está lá, no local, trabalhando diretamente com as vítimas destes marginais é que sabe o que realmente acontece. Também o povo colombiano sabe o que as FARC representam e o mal que trazem para o país. Apenas no exterior há pessoas ingênuas ou mal intencionadas que acreditam que as FARC são "lutadoras da liberdade".
Notem o semblante dos jovens guerrilheiros. Estão todos ali para servirem de bucha de canhão, serem queimados vivos, por puro "idealismo". Poderiam estar estudando em uma escola, "ficando" com alguma menina, surfando em alguma praia, curtindo um som com a galera, mas nada disto. Antes de completarem 18 anos "escolheram" morrer pela causa. Acredite quem quizer.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Eles estão ali para lutar pelo que acreditam e não para fazer o que o sistema quer... vão para a escola estudar o que o sistema quer que eles estudem, ficando com alguma menina isso sem duvida eles devem fazer sendo que tem muitas meninas nas FARC, curtindo uma praia é para os senhores jovens que tem a mentalidade de aceitar o sistema e não de contrapor a este, curtindo um som com a galera também é para os que vivem uma outra realidade de aceitação... acredite quem quiser que o mundo tem que ser assim como é, arrenda-se e não lute!delmar escreveu:Está ocorrendo agora, em Águas de Lindóia/SP um congresso de psicologia. Aquela psicologa conhecida minha que trabalha com os menores sequestrados pelas FARC estará presente e fará uma conferência sobre o seu trabalho. Assim, aos poucos, a verdade sobre os terroristas, narcotraficantes e sequestradores das FARC vai sendo revelada.
Quem está lá, no local, trabalhando diretamente com as vítimas destes marginais é que sabe o que realmente acontece. Também o povo colombiano sabe o que as FARC representam e o mal que trazem para o país. Apenas no exterior há pessoas ingênuas ou mal intencionadas que acreditam que as FARC são "lutadoras da liberdade".
Notem o semblante dos jovens guerrilheiros. Estão todos ali para servirem de bucha de canhão, serem queimados vivos, por puro "idealismo". Poderiam estar estudando em uma escola, "ficando" com alguma menina, surfando em alguma praia, curtindo um som com a galera, mas nada disto. Antes de completarem 18 anos "escolheram" morrer pela causa. Acredite quem quizer.
O senhor esta vendo a coisa com os olhos de quem vive em um outro mundo, em outra realidade, onde não existe mais o idealismo como é o caso do Brasil, mas essa não é a verdade de todos pelo mundo, alguns querem lutar contra as desigualdades existentes e não aceita-las como parte do mundo em que vivem.
cabeça de martelo escreveu:Já vi caras mais alegres em enterros.
Normal estão perdendo a guerra...
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Agora estou entendendo. Quando mandei meus filhos estudarem, concluirem um curso de graduação universitária, cometi um erro. Eles estudaram aquilo que o sistema quiz que estudassem. Eu deveria te-los mandado para um acampamento do MST. Não teriam assim sofrido a lavagem mental que sofreram.Eles estão ali para lutar pelo que acreditam e não para fazer o que o sistema quer... vão para a escola estudar o que o sistema quer que eles estudem, ficando com alguma menina isso sem duvida eles devem fazer sendo que tem muitas meninas nas FARC, curtindo uma praia é para os senhores jovens que tem a mentalidade de aceitar o sistema e não de contrapor a este, curtindo um som com a galera também é para os que vivem uma outra realidade de aceitação... acredite quem quiser que o mundo tem que ser assim como é, arrenda-se e não lute!
A partir de agora vou auxiliar-te no patrulhamento ideológico do DB. O companheiro que falar em banda de Rock será por mim admoestado por ser cumplice do sistema alienante. Todos que estiverem estudando devem, de imediato, abandonarem as aulas para não serem cooptados pelo sistema.
Agora falando seriamente. Como um caipira de 17 anos, morador lá de onde Judas perdeu as botas, tem o conhecimento cultural suficiente para fazer uma opção ideológica? Ele já teve alguma outra opção? Conheceu outras alternativas? A resposta é não. Eles são prisioneiros das FARCs.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Patrulhamento ideológico no DB... então eu não posso ter o meu ponto de vista em relação ao mundo, é somente patrulhamento intencional, mà-fé da minha parte... e quanto a mandar teus filhos estudarem no MST, poderia até ser, pelo menos sairiam dali querendo mudar a injustiça da concentração de terras em mãos a poucos latifundiários... seria sim uma boa, mas isso não quer dizer que as universidades sejam ruins, mas que forma somente "aceitadores do sistema" é um fato.delmar escreveu:Agora estou entendendo. Quando mandei meus filhos estudarem, concluirem um curso de graduação universitária, cometi um erro. Eles estudaram aquilo que o sistema quiz que estudassem. Eu deveria te-los mandado para um acampamento do MST. Não teriam assim sofrido a lavagem mental que sofreram.Eles estão ali para lutar pelo que acreditam e não para fazer o que o sistema quer... vão para a escola estudar o que o sistema quer que eles estudem, ficando com alguma menina isso sem duvida eles devem fazer sendo que tem muitas meninas nas FARC, curtindo uma praia é para os senhores jovens que tem a mentalidade de aceitar o sistema e não de contrapor a este, curtindo um som com a galera também é para os que vivem uma outra realidade de aceitação... acredite quem quiser que o mundo tem que ser assim como é, arrenda-se e não lute!
A partir de agora vou auxiliar-te no patrulhamento ideológico do DB. O companheiro que falar em banda de Rock será por mim admoestado por ser cumplice do sistema alienante. Todos que estiverem estudando devem, de imediato, abandonarem as aulas para não serem cooptados pelo sistema.
Agora falando seriamente. Como um caipira de 17 anos, morador lá de onde Judas perdeu as botas, tem o conhecimento cultural suficiente para fazer uma opção ideológica? Ele já teve alguma outra opção? Conheceu outras alternativas? A resposta é não. Eles são prisioneiros das FARCs.
Nào sei se o senhor se lembra, mas antigamente eram os universitários a lutar contra o sistema, a exigir algo para melhorar o mundo, mas hoje são eles a idolatrar o sistema, querem somente mais do mesmo.... e creio que isso demonstra que com os anos as universidades foram doutrinadas direitinho pelo sistema, e pregam o que desejam...
E abandonar a escola não foi isso que eu disse, disse somente que estes caras ai das FARC "ESCOLHERAM" assim, e que sejam felizes ou não, ou se é certo ou errado deixar a escola para lutar contra o sistema, quem vai dizer, o senhor, eu? Problema deles, mas que nem eu e nem o senhor somos alguém válidos para dizer que fizeram um erro em suas vidas não somos, pois cada um com seu cada um.... alias este papo nem estava em pauta, e o senhor bem sabe pois distorceu ou entendeu errado o que eu disse.... existem realidades "idealistas" diferentes entre os serem humanos, e nós no Brasil temos um modo de ver as coisas, mas em outro lugar não é assim, e isso não quer dizer que somos os melhores e que o nosso ponto de vista é a verdade universal... se outros querem combater o sistema invés de aceita-lo não sei onde esta o problema, que vão lutar pelo que acreditam e morrer se for o caso!
O que o senhor acredita como verdade não o é para o outro e o senhor não tem direito de impor a tua ao outro... eles querem assim, qual o problema??? EU não vejo problema algum, é assim desde o inicio dos tempos, e não é o teu ponto de vista que diz que eles estão errados que vai dizer que realmente estão errados!!
Eu também tenho filho, e quem dera ele(17 Anos) tivesse algum brio na cara para lutar por alguma coisa, ou por alguma ideologia, mas quer somente sair por ai como um Zumbi do sistema curtindo um carrinho, uma festinha, quem sabe até um baseadinho(não sei)... mas se tivesse algo em que acreditar além destas coisas de sempre creio que teria caracter mais determinado na vida, mas quer somente ficar na balada, curtindo uma menina e uma musica com os amigos... e não tem nada que se possa fazer, tentar acordar ele deste "Sono" é impossível, mas se tirar a grana ai sim ele se "revolta" e diz que vai acha na rua... próprio do sistema, fazer chantagem ou ameaças para se conseguir o que quer(lucros) e ainda impor o valor do dinheiro na sociedade e dentro de casa, e onde se diz que o que se acredita(ideologia-convicções-valores pessoais) não tem mais valor algum nesta sociedade.Mas eu não dou um centavo, vai arrumar na rua então, vai trabalhar, vai roubar, vai fazer o que quiser, aprenda sozinho então... mas as avós estragam tudo dando o que o netinho quer!!
Espero que tenha ficado claro, mas sei que virão outras distorções ou desentendimenos das minhas palavras por ai...
Abraço, e desculpe se as vezes peco por ingenuidade!
- Francoorp
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