Conceitos, Teoria, teoricos (textos e vídeos)
Moderador: Conselho de Moderação
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Teoria, teoricos, mundo
Rory Stewart*
George El Khouri Andolfato
A Otan enviou dezenas de milhares de soldados ao Afeganistão e gastou dezenas de bilhões de euros. Mas por quê? O membro do Parlamento britânico, Rory Stewart, diz que nós adotamos uma série de crenças não questionadas a respeito da região. Reconhecer que essas crenças podem estar erradas é quase impossível.
Há dois anos, eu fui para Tartu, para uma conferência do governo estoniano sobre o Afeganistão. Estavam presentes generais alemães, diplomatas italianos e representantes de centros de estudos europeus. Os três afegãos, que foram criados na Califórnia e na Virgínia, eram praticamente os únicos presentes que falavam inglês como língua nativa. Nós fomos lembrados de que “não há solução militar”, informados sobre a necessidade de uma “abordagem abrangente” –incluindo desenvolvimento econômico e boa governança– e também instruídos sobre as complexas estruturas tribais pashtun. Eu defendi minha crença de que não deveria haver nem aumento de tropas e nem uma retirada total, mas uma pegada leve a longo prazo.
Mas por que estávamos tendo esse debate? Ao que parece, os estonianos não viam o Afeganistão como vital para seu futuro. Eles estavam lá principalmente para aprofundar seu relacionamento com a Otan e particularmente com os Estados Unidos. Então por que os estonianos, ou eu ou qualquer um dos representantes dos aliados dos americanos –mesmo aqueles com muitos soldados no solo, como a Alemanha, França e Itália– estávamos produzindo apresentações de PowerPoint sobre estruturas de governo, estudos sobre treinamento de policiais e princípios para lidar com o Paquistão?
Se chegássemos a conclusões diferentes daquelas dos Estados Unidos, nós realmente as apresentaríamos ou seríamos capazes de implantá-las? O debate europeu a respeito do Afeganistão parecia quase uma atividade cerimonial mantida para entreter o público e agradar os dignitários visitantes, particularmente dos Estados Unidos –um ritual que é preservado pelos mesmos motivos para a manutenção da troca da guarda no palácio de Buckingham.
Mais tropas, mas táticas, mais tempo
Quando fui aos Estados Unidos, eu esperava que o debate fosse mais animado, porque os Estados Unidos arcavam com maior responsabilidade e custos da operação. Eles certamente pareciam mais abertos. Autoridades importantes me encorajavam a falar contra o aumento de tropas. Até mesmo o mais empenhado soldado americano reconhecia que o projeto não teria sucesso sem a criação de um governo afegão popular e eficaz como alternativa ao Taleban –e que isso, para colocar de forma educada, era um “desafio”.
Richard Holbrooke teria lembrado do Vietnã que os generais nunca admitem que uma missão é impossível e sempre presumem que só precisam de mais tropas, novas táticas e mais tempo. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve estar extremamente consciente dos paralelos entre sua posição no Afeganistão e de seu antecessor, o presidente George W. Bush, no Iraque. Mas alguma dessas pessoas, até mesmo Obama, sente ter uma escolha real?
Eu diria que Obama se sentiu encurralado por sua posição política, por seus generais e teorias abstratas da política externa contemporânea. Ele não queria ser visto como fraco em matéria de segurança nacional. Ele não queria ser distraído de seu foco na reforma da saúde. E por muito tempo ele justificou a retirada do Iraque alegando que o Afeganistão era a “guerra boa”, vital para a segurança nacional americana –uma que poderia ser vencida caso recursos não fossem desviados para o Iraque.
Impossível de refutar
O general Stanley McChrystal, o comandante recém substituído das tropas em solo, com o consentimento implícito do comandante do Comando Central, o general David Petraeus, declarou publicamente em 2009 que precisava de mais 40 mil soldados. Era compreensível que Obama relutasse em dizer ao seu general recém-nomeado, com décadas de forças especiais e uma série de medalhas no peito: “Eu nunca estive no Afeganistão e nunca servi no exército, mas eu posso dizer que você está errado. Você não vai derrotar o Taleban, tropas adicionais serão um desperdício de tempo e eu rejeito sua teoria de contrainsurreição. Em vez disso, vamos reduzir nossa presença de tropas. E à medida que a situação deteriorar no sul do Afeganistão e no Paquistão, o Taleban aumentar seu controle e os republicanos zombarem da minha fraqueza, eu assumirei toda a culpa por ter ignorado o conselho do meu general. (E eu também assumirei sozinho a culpa caso ocorra outro ataque terrorista nos Estados Unidos)”.
No final, o presidente sucumbiu às suposições dominantes das duas últimas décadas. Assim como os budistas mahayanas do século 8º inventaram mundo após mundo, os enchendo com seus demônios distintos e bodhisattvas, nossos centros de estudos e governos também desenvolveram suas próprias estruturas metafísicas, as rotulando de “Estados fracassados" ou “contrainsurreição”.
Essas teorias podem parecer absurdas e as futuras gerações poderão se perguntar, assim como nós fazemos a respeito do misticismo do século 8º, porque as crenças de tantas pessoas poderosas e inteligentes foram moldadas por um sistema excêntrico desses. Mas visto de dentro de nosso próprio contexto histórico, ou de trás de uma mesa no Escritório Oval, essas teorias são emocionalmente atraentes, intelectualmente intimidantes e frequentemente lucrativas. Em seus próprios termos elas parecem quase impossíveis de refutar.
Veja, por exemplo, o conceito-mestre por trás do aumento de tropas ordenado por Obama, em teoria o de que para evitar que o Afeganistão represente uma ameaça terrorista é necessário lançar um espectro pleno de operações de contrainsurreição. É possível, é claro, expor as curiosas premissas, analogias e as cadeias da lógica indutiva que implicam que nossas atividades em 2010 são uma maneira eficiente de prevenir outro ataque terrorista. E daqui a 20 anos nós poderemos ter dificuldade para explicar por que sentimos que o Afeganistão necessitava do envio de 100 mil soldados ou do gasto de US$ 100 bilhões por ano –por que exigiu muito mais recursos e atenção do que seus vizinhos mais poderosos e populosos, o Irã ou o Paquistão.
O líder sempre tem uma opção
Congresso dos Estados Unidos confirma novo general no Afeganistão
NYT acompanha soldados dos Estados Unidos em batalha no Afeganistão
Soldados dos EUA tentam reintegrar guerrilheiros talebãs
Mas a contrainsurreição é uma teoria emocionalmente atraente para nós atualmente. Em vez de matar só os terroristas, ela foca em temas caros para humanitários ou jornalistas: lutar contra aqueles que abusam dos direitos humanos, eliminando a corrupção, estabelecendo o Estado de Direito, construindo de escolas e clínicas e, finalmente, criando um Estado legítimo, estável e em paz consigo mesmo e com seus vizinhos. Quem poderia ser contra isso?
Também não fácil argumentar contra uma teoria tão intimidante, desenvolvida e detalhada, consagrado nos manuais de campo do exército americano, justificada pela análise histórica de 70 insurreições anteriores e aprovada pelo carisma e experiência de generais vitoriosos. Mesmo a premissa básica de que “o aumento de tropas funcionou no Iraque e funcionará no Afeganistão” só poderia ser refutada por meio de uma análise muito detalhada da violência em Bagdá em 2008 de uma comparação sofisticada com as tendências políticas e sociais no sul do Afeganistão –uma análise histórica que poucos se sentem preparados para tentar.
Enquanto isso a contrainsurreição é altamente lucrativa não apenas para os consultores (mais de um quarto da ajuda internacional gasta no Afeganistão em 2008 foi com consultores estrangeiros), mas também para as ONGs. Elas podem ter fácil acesso ao dinheiro do governo americano para reparar uma escola ou reconstruir uma clínica sob a alegação de que o desenvolvimento é um aspecto importante da contrainsurreição. Não é nem do interesse dos afegãos, nem dos estrangeiros que se preocupam com o Afeganistão contestar a teoria de que projetos de desenvolvimento tornam o mundo mais seguro contra o terrorismo. Finalmente, a criação de um governo estável, eficaz e legítimo por meio da contrainsurreição se encaixa perfeitamente com nossas outras teorias globais, tais como a importância de consertar os Estados fracassados.
Reconhecendo nossos limites
A única forma de irmos além da teoria de contrainsurreição, ou das centenas de outras teorias que apóiam e justificam a guerra no Afeganistão, é rejeitar suas mais básicas premissas e objetivos. Em vez de tentar produzir uma teoria alternativa (sobre o modo de derrotar o Taleban, criar um Estado afegão eficaz, legítimo e estável, estabilizar o Paquistão estabilizar e garantir que a Al-Qaeda nunca mais ameace de novo os Estados Unidos), nós precisamos entender que por mais desejáveis que essas coisas possam ser, elas não são coisas que nós –estrangeiros– podemos fazer.
Nós podemos fazer outras coisas pelo Afeganistão, mas o Ocidente –em particular os seus exércitos, agências de desenvolvimento e diplomatas– não é tão poderoso, informado ou popular como fingimos ser. Nossas autoridades não podem esperar prever e controlar as lealdades complexas das comunidades afegãs ou a abordagem afegã em relação ao governo. Mas reconhecer esses limites e suas implicações exigiria nem tanto uma antropologia do Afeganistão, mas sim uma antropologia de nós mesmos.
A cura para a nossa situação difícil não está em ajustes cada vez mais detalhados de nossa atual estratégia. A solução é nos lembrarmos que a política não pode ser reduzida a uma teoria científica geral, que devemos reconhecer a vontade de outros povos e reconhecer nossos próprios limites. Mais importante, nós devemos lembrar aos nossos líderes que eles sempre têm uma opção.
Incompreensível
Mas a sensação não é essa. Os países europeus se sentem presos ao seu relacionamento com a Otan e os Estados Unidos. Holbrooke e Obama se sentem presos à posição dos generais americanos. E todos –políticos, generais, diplomatas e jornalistas– se sentem presos a nossas grandes teorias e atormentados pela culpa de já terem perdido mais de mil vidas da Otan, gasto centenas de bilhões de dólares e feito uma série de promessas para os afegãos e ao Ocidente que é improvável que sejam cumpridas.
São tão poderosas essas suposições culturais, essas forças históricas e econômicas e essas tendências psicológicas que, mesmo se todos os líderes mundiais concluíssem de forma privada a improbabilidade dessa operação ter sucesso, é quase impossível imaginar os Estados Unidos ou seus aliados interrompendo a contrainsurreição no Afeganistão nos próximos anos. O imperador romano Frederico Barbarossa pode ter estado em uma posição semelhante durante a Terceira Cruzada. O ex-presidente americano, Lyndon B. Johnson, certamente esteve em 1963. A Europa está no Afeganistão apenas porque os Estados Unidos estão lá. Os Estados Unidos estão lá apenas por estar. E todos nossos debates de políticas são dialéticas escolásticas para justificar este fato singular, mas não totalmente compreensível.
*Rory Stewart, 37 anos, realizou uma atualmente famosa caminhada pelo Afeganistão em 2001-2002 e escreveu um livro sobre a jornada, chamado “Os Lugares do Meio”. Ele então passou a trabalhar para uma ONG britânica no Afeganistão. Após a invasão ao Iraque, ele foi nomeado vice-governador de uma província no sul do Iraque. Hoje, Stewart é membro do Parlamento britânico pelo Partido
George El Khouri Andolfato
A Otan enviou dezenas de milhares de soldados ao Afeganistão e gastou dezenas de bilhões de euros. Mas por quê? O membro do Parlamento britânico, Rory Stewart, diz que nós adotamos uma série de crenças não questionadas a respeito da região. Reconhecer que essas crenças podem estar erradas é quase impossível.
Há dois anos, eu fui para Tartu, para uma conferência do governo estoniano sobre o Afeganistão. Estavam presentes generais alemães, diplomatas italianos e representantes de centros de estudos europeus. Os três afegãos, que foram criados na Califórnia e na Virgínia, eram praticamente os únicos presentes que falavam inglês como língua nativa. Nós fomos lembrados de que “não há solução militar”, informados sobre a necessidade de uma “abordagem abrangente” –incluindo desenvolvimento econômico e boa governança– e também instruídos sobre as complexas estruturas tribais pashtun. Eu defendi minha crença de que não deveria haver nem aumento de tropas e nem uma retirada total, mas uma pegada leve a longo prazo.
Mas por que estávamos tendo esse debate? Ao que parece, os estonianos não viam o Afeganistão como vital para seu futuro. Eles estavam lá principalmente para aprofundar seu relacionamento com a Otan e particularmente com os Estados Unidos. Então por que os estonianos, ou eu ou qualquer um dos representantes dos aliados dos americanos –mesmo aqueles com muitos soldados no solo, como a Alemanha, França e Itália– estávamos produzindo apresentações de PowerPoint sobre estruturas de governo, estudos sobre treinamento de policiais e princípios para lidar com o Paquistão?
Se chegássemos a conclusões diferentes daquelas dos Estados Unidos, nós realmente as apresentaríamos ou seríamos capazes de implantá-las? O debate europeu a respeito do Afeganistão parecia quase uma atividade cerimonial mantida para entreter o público e agradar os dignitários visitantes, particularmente dos Estados Unidos –um ritual que é preservado pelos mesmos motivos para a manutenção da troca da guarda no palácio de Buckingham.
Mais tropas, mas táticas, mais tempo
Quando fui aos Estados Unidos, eu esperava que o debate fosse mais animado, porque os Estados Unidos arcavam com maior responsabilidade e custos da operação. Eles certamente pareciam mais abertos. Autoridades importantes me encorajavam a falar contra o aumento de tropas. Até mesmo o mais empenhado soldado americano reconhecia que o projeto não teria sucesso sem a criação de um governo afegão popular e eficaz como alternativa ao Taleban –e que isso, para colocar de forma educada, era um “desafio”.
Richard Holbrooke teria lembrado do Vietnã que os generais nunca admitem que uma missão é impossível e sempre presumem que só precisam de mais tropas, novas táticas e mais tempo. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve estar extremamente consciente dos paralelos entre sua posição no Afeganistão e de seu antecessor, o presidente George W. Bush, no Iraque. Mas alguma dessas pessoas, até mesmo Obama, sente ter uma escolha real?
Eu diria que Obama se sentiu encurralado por sua posição política, por seus generais e teorias abstratas da política externa contemporânea. Ele não queria ser visto como fraco em matéria de segurança nacional. Ele não queria ser distraído de seu foco na reforma da saúde. E por muito tempo ele justificou a retirada do Iraque alegando que o Afeganistão era a “guerra boa”, vital para a segurança nacional americana –uma que poderia ser vencida caso recursos não fossem desviados para o Iraque.
Impossível de refutar
O general Stanley McChrystal, o comandante recém substituído das tropas em solo, com o consentimento implícito do comandante do Comando Central, o general David Petraeus, declarou publicamente em 2009 que precisava de mais 40 mil soldados. Era compreensível que Obama relutasse em dizer ao seu general recém-nomeado, com décadas de forças especiais e uma série de medalhas no peito: “Eu nunca estive no Afeganistão e nunca servi no exército, mas eu posso dizer que você está errado. Você não vai derrotar o Taleban, tropas adicionais serão um desperdício de tempo e eu rejeito sua teoria de contrainsurreição. Em vez disso, vamos reduzir nossa presença de tropas. E à medida que a situação deteriorar no sul do Afeganistão e no Paquistão, o Taleban aumentar seu controle e os republicanos zombarem da minha fraqueza, eu assumirei toda a culpa por ter ignorado o conselho do meu general. (E eu também assumirei sozinho a culpa caso ocorra outro ataque terrorista nos Estados Unidos)”.
No final, o presidente sucumbiu às suposições dominantes das duas últimas décadas. Assim como os budistas mahayanas do século 8º inventaram mundo após mundo, os enchendo com seus demônios distintos e bodhisattvas, nossos centros de estudos e governos também desenvolveram suas próprias estruturas metafísicas, as rotulando de “Estados fracassados" ou “contrainsurreição”.
Essas teorias podem parecer absurdas e as futuras gerações poderão se perguntar, assim como nós fazemos a respeito do misticismo do século 8º, porque as crenças de tantas pessoas poderosas e inteligentes foram moldadas por um sistema excêntrico desses. Mas visto de dentro de nosso próprio contexto histórico, ou de trás de uma mesa no Escritório Oval, essas teorias são emocionalmente atraentes, intelectualmente intimidantes e frequentemente lucrativas. Em seus próprios termos elas parecem quase impossíveis de refutar.
Veja, por exemplo, o conceito-mestre por trás do aumento de tropas ordenado por Obama, em teoria o de que para evitar que o Afeganistão represente uma ameaça terrorista é necessário lançar um espectro pleno de operações de contrainsurreição. É possível, é claro, expor as curiosas premissas, analogias e as cadeias da lógica indutiva que implicam que nossas atividades em 2010 são uma maneira eficiente de prevenir outro ataque terrorista. E daqui a 20 anos nós poderemos ter dificuldade para explicar por que sentimos que o Afeganistão necessitava do envio de 100 mil soldados ou do gasto de US$ 100 bilhões por ano –por que exigiu muito mais recursos e atenção do que seus vizinhos mais poderosos e populosos, o Irã ou o Paquistão.
O líder sempre tem uma opção
Congresso dos Estados Unidos confirma novo general no Afeganistão
NYT acompanha soldados dos Estados Unidos em batalha no Afeganistão
Soldados dos EUA tentam reintegrar guerrilheiros talebãs
Mas a contrainsurreição é uma teoria emocionalmente atraente para nós atualmente. Em vez de matar só os terroristas, ela foca em temas caros para humanitários ou jornalistas: lutar contra aqueles que abusam dos direitos humanos, eliminando a corrupção, estabelecendo o Estado de Direito, construindo de escolas e clínicas e, finalmente, criando um Estado legítimo, estável e em paz consigo mesmo e com seus vizinhos. Quem poderia ser contra isso?
Também não fácil argumentar contra uma teoria tão intimidante, desenvolvida e detalhada, consagrado nos manuais de campo do exército americano, justificada pela análise histórica de 70 insurreições anteriores e aprovada pelo carisma e experiência de generais vitoriosos. Mesmo a premissa básica de que “o aumento de tropas funcionou no Iraque e funcionará no Afeganistão” só poderia ser refutada por meio de uma análise muito detalhada da violência em Bagdá em 2008 de uma comparação sofisticada com as tendências políticas e sociais no sul do Afeganistão –uma análise histórica que poucos se sentem preparados para tentar.
Enquanto isso a contrainsurreição é altamente lucrativa não apenas para os consultores (mais de um quarto da ajuda internacional gasta no Afeganistão em 2008 foi com consultores estrangeiros), mas também para as ONGs. Elas podem ter fácil acesso ao dinheiro do governo americano para reparar uma escola ou reconstruir uma clínica sob a alegação de que o desenvolvimento é um aspecto importante da contrainsurreição. Não é nem do interesse dos afegãos, nem dos estrangeiros que se preocupam com o Afeganistão contestar a teoria de que projetos de desenvolvimento tornam o mundo mais seguro contra o terrorismo. Finalmente, a criação de um governo estável, eficaz e legítimo por meio da contrainsurreição se encaixa perfeitamente com nossas outras teorias globais, tais como a importância de consertar os Estados fracassados.
Reconhecendo nossos limites
A única forma de irmos além da teoria de contrainsurreição, ou das centenas de outras teorias que apóiam e justificam a guerra no Afeganistão, é rejeitar suas mais básicas premissas e objetivos. Em vez de tentar produzir uma teoria alternativa (sobre o modo de derrotar o Taleban, criar um Estado afegão eficaz, legítimo e estável, estabilizar o Paquistão estabilizar e garantir que a Al-Qaeda nunca mais ameace de novo os Estados Unidos), nós precisamos entender que por mais desejáveis que essas coisas possam ser, elas não são coisas que nós –estrangeiros– podemos fazer.
Nós podemos fazer outras coisas pelo Afeganistão, mas o Ocidente –em particular os seus exércitos, agências de desenvolvimento e diplomatas– não é tão poderoso, informado ou popular como fingimos ser. Nossas autoridades não podem esperar prever e controlar as lealdades complexas das comunidades afegãs ou a abordagem afegã em relação ao governo. Mas reconhecer esses limites e suas implicações exigiria nem tanto uma antropologia do Afeganistão, mas sim uma antropologia de nós mesmos.
A cura para a nossa situação difícil não está em ajustes cada vez mais detalhados de nossa atual estratégia. A solução é nos lembrarmos que a política não pode ser reduzida a uma teoria científica geral, que devemos reconhecer a vontade de outros povos e reconhecer nossos próprios limites. Mais importante, nós devemos lembrar aos nossos líderes que eles sempre têm uma opção.
Incompreensível
Mas a sensação não é essa. Os países europeus se sentem presos ao seu relacionamento com a Otan e os Estados Unidos. Holbrooke e Obama se sentem presos à posição dos generais americanos. E todos –políticos, generais, diplomatas e jornalistas– se sentem presos a nossas grandes teorias e atormentados pela culpa de já terem perdido mais de mil vidas da Otan, gasto centenas de bilhões de dólares e feito uma série de promessas para os afegãos e ao Ocidente que é improvável que sejam cumpridas.
São tão poderosas essas suposições culturais, essas forças históricas e econômicas e essas tendências psicológicas que, mesmo se todos os líderes mundiais concluíssem de forma privada a improbabilidade dessa operação ter sucesso, é quase impossível imaginar os Estados Unidos ou seus aliados interrompendo a contrainsurreição no Afeganistão nos próximos anos. O imperador romano Frederico Barbarossa pode ter estado em uma posição semelhante durante a Terceira Cruzada. O ex-presidente americano, Lyndon B. Johnson, certamente esteve em 1963. A Europa está no Afeganistão apenas porque os Estados Unidos estão lá. Os Estados Unidos estão lá apenas por estar. E todos nossos debates de políticas são dialéticas escolásticas para justificar este fato singular, mas não totalmente compreensível.
*Rory Stewart, 37 anos, realizou uma atualmente famosa caminhada pelo Afeganistão em 2001-2002 e escreveu um livro sobre a jornada, chamado “Os Lugares do Meio”. Ele então passou a trabalhar para uma ONG britânica no Afeganistão. Após a invasão ao Iraque, ele foi nomeado vice-governador de uma província no sul do Iraque. Hoje, Stewart é membro do Parlamento britânico pelo Partido
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Teoria, teoricos, mundo
Estudo de estratégia
http://www.strategicstudiesinstitute.ar ... pub362.pdf
modelo teorico
http://www.economist.com/node/21527025
_____
texto elogiado do Fareed Zakaria
http://www.fareedzakaria.com/home/Artic ... Libya.html
----------------
http://www.upis.br/dinamicadenegocios/a ... lmeida.pdf
Estados falidos
http://www.the-american-interest.com/ar ... ?piece=622
http://www.strategicstudiesinstitute.ar ... pub362.pdf
modelo teorico
http://www.economist.com/node/21527025
_____
texto elogiado do Fareed Zakaria
http://www.fareedzakaria.com/home/Artic ... Libya.html
----------------
http://www.upis.br/dinamicadenegocios/a ... lmeida.pdf
Estados falidos
http://www.the-american-interest.com/ar ... ?piece=622
Editado pela última vez por marcelo l. em Ter Out 11, 2011 4:04 pm, em um total de 1 vez.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Teoria, teoricos, mundo
http://www.middle-east-online.com/engli ... /?id=40715
Counter-Insurgency: From Latin America to Afghanistan
The US COIN program has its origins in the decades long US interventions - secretive and not so - in its own southern hemisphere. And the war in Afghanistan (and in Iraq) takes on the same state terror versus insurgent terror attributes of that long era of violence, notes Pablo Behrens.
In recent decades there have been only one or two precedents in which the United States and the United Kingdom could analyze directly the use of guerilla warfare by insurgents, and the response by government authorities. In the US' case it was the urban guerilla movement and the ‘threat’ of progressive political parties in South and Central America and the State terror it unleashed during the 1970s. In the case of the UK, it was the IRA mainland attacks of the 1980s.
Their experience in those two conflicts cannot be underestimated and in one form or another lessons learnt by both re-surfaced in Iraq and Afghanistan. It is unthinkable that US government agencies such as the Pentagon, the CIA and the NSA has not applied the lessons learned in Latin America, when less than twenty years later the White House would be directly involved in a war against insurgency.
In the case of the UK, it was a source of pride for their military cadres to freely admit that British commanders were applying "lessons learnt in Belfast" in their war against the urban insurgency in Basra.
At some point, the Global War on Terror of 2001 turned into a War on Insurgency in Afghanistan and Iraq. And the nations that signed up for those wars did not imagine is that one day they would be using the same tactics as the enemy they were trying to destroy.
Terror attack takes various forms. A bomb from nowhere, kidnap or arrest without trial, renditions, assassinations, secret prisons, improvised explosive devices, drone attacks, summary executions and torture. Anything goes. Terror is a State tactic as well as an insurgency tactic. It is borne from a need to produce results quicker than more conventional warfare or legal means. The difference is that one side is condemned by the law of the land while the other acts with impunity and is above the law.
The methods of recruitment, command, control and attack used by the urban guerillas in the big cities of South America in the past are very similar to the methods insurgents use today in Baghdad, Basra, Kandahar or Kabul -- with the exception of suicide attacks and that Latin American guerillas generally targeted government forces as per the Cuban model. But for any insurgent anywhere in the world it's still the same old Che Guevara tactic of “bite and flee” (muerde y huye). In its simplest form it’s a small arms attack by a group of guerillas and then back to the shadows. By the time government forces are able to respond they find only the dust settling and a few dead bodies.
The authority in Iraq and more so now in Afghanistan is none other than the US occupation army. As such it responds the only way it knows: an iron fist that smashes anything that moves -- it’s the ‘kill today, ask human rights questions tomorrow’ method. The reasoning is simple: If Che Guevara and his urban cohorts had been dealt with that way, why not Osama bin Laden's irregulars?
There is no other recent learning curve in either the United States or the UK than their respective experiences in Latin America and Northern Ireland. Except Vietnam, but that was a war the United States lost.
Thanks to the passage of time we now know how military juntas in Latin America dealt with guerillas or political threats. Torture was widespread as well as mass arrests; paramilitary elements organized political assassinations via death squads; illegal flights across frontiers were used to transport kidnapped dissidents or insurgency suspects for torture. During this period, a permanent, widespread presence of US intelligence operatives maintained contact with local military agencies, advising and protecting.
All the above was 'stock in trade' in Latin America between the early 60s and the mid 80s. A kind of 'operations manual' for counter-insurgency success was being drawn up for future conflicts by research elements in the US state security establishment. The preferred chapter was the use of violent attack against anybody deemed a suspect on the flimsiest of evidences. Insurgency was stamped out in Latin America by the sheer force of the bloodbath committed by State terror. Only human rights organizations bothered then as they still bother today and only one or two Western countries batted an eye as the horror was unleashed.
All Latin American military juntas of the period were supported by successive US administrations through generous loans, arms and training of military, police and intelligence cadres. That campaign is still today considered an unmitigated military success by US security.
That’s why we should not be surprised if in the last few years a similar counter-insurgency strategy was apparently applied by the United States in Iraq and Afghanistan. The hallmark was the same: rendition flights of suspects, arrests without trial and rumors of torture in Guantanamo Bay, Bagram Air Base in Afghanistan, and Abu Ghraib in Iraq. There were also secret assassination squads, trigger happy soldiers and CIA-run secret prisons.
In the War on Insurgency in Afghanistan and Iraq what was happening was just the recycling of a tried and tested formula first applied “successfully” years earlier in Latin America.
The main difference between a war on insurgency in Latin America and counter-insurgency in Iraq and Afghanistan is that in the former case, the human rights violations were carried out by the military juntas of each country concerned and US involvement was kept out of the limelight. In Afghanistan and Iraq, the equivalent military power is nonexistent or unreliable, so the United States has to carry out the repression by itself. Their heavy handed modus operandi -- the only one they know -- is confirmed in a number of leaks over the years and published by newspapers like the Washington Post, by the WikiLeaks web site, or by denunciations from organizations like Human Rights Watch and Amnesty International.
So now the counter-insurgency manual is found faulty, as the power exercising the repression, the United States, has been caught red-handed and there is no one else to blame. It was easy to claim "plausible deniability" when violations were carried out by well known South American military butchers like Garrastazu Medici in Brazil, Videla in Argentina, or Pinochet in Chile. It is more difficult to apply it when the only military game in town is the United States.
State terror has its limits. It can kill some of the people all the time. It can even kill all the people some of the time. But it cannot kill all the people all the time. Some wars are better lost.
Pablo Behrens is a Uruguayan freelance journalist based in London, England. Between 2005-2008 Pablo was London correspondent for La Republica covering the terrorist attacks in the London Underground, the wars in Iraq and Afghanistan and general national and international policy of the British government within the War on Terror framework.
Counter-Insurgency: From Latin America to Afghanistan
The US COIN program has its origins in the decades long US interventions - secretive and not so - in its own southern hemisphere. And the war in Afghanistan (and in Iraq) takes on the same state terror versus insurgent terror attributes of that long era of violence, notes Pablo Behrens.
In recent decades there have been only one or two precedents in which the United States and the United Kingdom could analyze directly the use of guerilla warfare by insurgents, and the response by government authorities. In the US' case it was the urban guerilla movement and the ‘threat’ of progressive political parties in South and Central America and the State terror it unleashed during the 1970s. In the case of the UK, it was the IRA mainland attacks of the 1980s.
Their experience in those two conflicts cannot be underestimated and in one form or another lessons learnt by both re-surfaced in Iraq and Afghanistan. It is unthinkable that US government agencies such as the Pentagon, the CIA and the NSA has not applied the lessons learned in Latin America, when less than twenty years later the White House would be directly involved in a war against insurgency.
In the case of the UK, it was a source of pride for their military cadres to freely admit that British commanders were applying "lessons learnt in Belfast" in their war against the urban insurgency in Basra.
At some point, the Global War on Terror of 2001 turned into a War on Insurgency in Afghanistan and Iraq. And the nations that signed up for those wars did not imagine is that one day they would be using the same tactics as the enemy they were trying to destroy.
Terror attack takes various forms. A bomb from nowhere, kidnap or arrest without trial, renditions, assassinations, secret prisons, improvised explosive devices, drone attacks, summary executions and torture. Anything goes. Terror is a State tactic as well as an insurgency tactic. It is borne from a need to produce results quicker than more conventional warfare or legal means. The difference is that one side is condemned by the law of the land while the other acts with impunity and is above the law.
The methods of recruitment, command, control and attack used by the urban guerillas in the big cities of South America in the past are very similar to the methods insurgents use today in Baghdad, Basra, Kandahar or Kabul -- with the exception of suicide attacks and that Latin American guerillas generally targeted government forces as per the Cuban model. But for any insurgent anywhere in the world it's still the same old Che Guevara tactic of “bite and flee” (muerde y huye). In its simplest form it’s a small arms attack by a group of guerillas and then back to the shadows. By the time government forces are able to respond they find only the dust settling and a few dead bodies.
The authority in Iraq and more so now in Afghanistan is none other than the US occupation army. As such it responds the only way it knows: an iron fist that smashes anything that moves -- it’s the ‘kill today, ask human rights questions tomorrow’ method. The reasoning is simple: If Che Guevara and his urban cohorts had been dealt with that way, why not Osama bin Laden's irregulars?
There is no other recent learning curve in either the United States or the UK than their respective experiences in Latin America and Northern Ireland. Except Vietnam, but that was a war the United States lost.
Thanks to the passage of time we now know how military juntas in Latin America dealt with guerillas or political threats. Torture was widespread as well as mass arrests; paramilitary elements organized political assassinations via death squads; illegal flights across frontiers were used to transport kidnapped dissidents or insurgency suspects for torture. During this period, a permanent, widespread presence of US intelligence operatives maintained contact with local military agencies, advising and protecting.
All the above was 'stock in trade' in Latin America between the early 60s and the mid 80s. A kind of 'operations manual' for counter-insurgency success was being drawn up for future conflicts by research elements in the US state security establishment. The preferred chapter was the use of violent attack against anybody deemed a suspect on the flimsiest of evidences. Insurgency was stamped out in Latin America by the sheer force of the bloodbath committed by State terror. Only human rights organizations bothered then as they still bother today and only one or two Western countries batted an eye as the horror was unleashed.
All Latin American military juntas of the period were supported by successive US administrations through generous loans, arms and training of military, police and intelligence cadres. That campaign is still today considered an unmitigated military success by US security.
That’s why we should not be surprised if in the last few years a similar counter-insurgency strategy was apparently applied by the United States in Iraq and Afghanistan. The hallmark was the same: rendition flights of suspects, arrests without trial and rumors of torture in Guantanamo Bay, Bagram Air Base in Afghanistan, and Abu Ghraib in Iraq. There were also secret assassination squads, trigger happy soldiers and CIA-run secret prisons.
In the War on Insurgency in Afghanistan and Iraq what was happening was just the recycling of a tried and tested formula first applied “successfully” years earlier in Latin America.
The main difference between a war on insurgency in Latin America and counter-insurgency in Iraq and Afghanistan is that in the former case, the human rights violations were carried out by the military juntas of each country concerned and US involvement was kept out of the limelight. In Afghanistan and Iraq, the equivalent military power is nonexistent or unreliable, so the United States has to carry out the repression by itself. Their heavy handed modus operandi -- the only one they know -- is confirmed in a number of leaks over the years and published by newspapers like the Washington Post, by the WikiLeaks web site, or by denunciations from organizations like Human Rights Watch and Amnesty International.
So now the counter-insurgency manual is found faulty, as the power exercising the repression, the United States, has been caught red-handed and there is no one else to blame. It was easy to claim "plausible deniability" when violations were carried out by well known South American military butchers like Garrastazu Medici in Brazil, Videla in Argentina, or Pinochet in Chile. It is more difficult to apply it when the only military game in town is the United States.
State terror has its limits. It can kill some of the people all the time. It can even kill all the people some of the time. But it cannot kill all the people all the time. Some wars are better lost.
Pablo Behrens is a Uruguayan freelance journalist based in London, England. Between 2005-2008 Pablo was London correspondent for La Republica covering the terrorist attacks in the London Underground, the wars in Iraq and Afghanistan and general national and international policy of the British government within the War on Terror framework.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Teoria, teoricos, mundo
ALAIN BADIOU
THE COMMUNIST HYPOTHESIS
There was a tangible sense of depression in the air in France in the aftermath of Sarkozy’s victory. [1] It is often said that unexpected blows are the worst, but expected ones sometimes prove debilitating in a different way. It can be oddly dispiriting when an election is won by the candidate who has led in the opinion polls from the start, just as when the favourite horse wins the race; anyone with the slightest feeling for a wager, a risk, an exception or a rupture would rather see an outsider upset the odds. Yet it could hardly have been the bare fact of Nicolas Sarkozy as President that seemed to come as such a disorientating blow to the French left in the aftermath of May 2007. Something else was at stake—some complex of factors for which ‘Sarkozy’ is merely a name. How should it be understood?
An initial factor was the way in which the outcome affirmed the manifest powerlessness of any genuinely emancipatory programme within the electoral system: preferences are duly recorded, in the passive manner of a seismograph, but the process is one that by its nature excludes any embodiments of dissenting political will. A second component of the left’s depressive disorientation after May 2007 was an overwhelming bout of historical nostalgia. The political order that emerged from World War Two in France—with its unambiguous referents of ‘left’ and ‘right’, and its consensus, shared by Gaullists and Communists alike, on the balance-sheet of the Occupation, Resistance and Liberation—has now collapsed. This is one reason for Sarkozy’s ostentatious dinners, yachting holidays and so on—a way of saying that the left no longer frightens anyone: Vivent les riches, and to hell with the poor. Understandably, this may fill the sincere souls of the left with nostalgia for the good old days—Mitterrand, De Gaulle, Marchais, even Chirac, Gaullism’s Brezhnev, who knew that to do nothing was the easiest way to let the system die.
Sarkozy has now finally finished off the cadaverous form of Gaullism over which Chirac presided. The Socialists’ collapse had already been anticipated in the rout of Jospin in the presidential elections of 2002 (and still more by the disastrous decision to embrace Chirac in the second round). The present decomposition of the Socialist Party, however, is not just a matter of its political poverty, apparent now for many years, nor of the actual size of the vote—47 per cent is not much worse than its other recent scores. Rather, the election of Sarkozy appears to have struck a blow to the entire symbolic structuring of French political life: the system of orientation itself has suffered a defeat. An important symptom of the resulting disorientation is the number of former Socialist placemen rushing to take up appointments under Sarkozy, the centre-left opinion-makers singing his praises; the rats have fled the sinking ship in impressive numbers. The underlying rationale is, of course, that of the single party: since all accept the logic of the existing capitalist order, market economy and so forth, why maintain the fiction of opposing parties?
A third component of the contemporary disorientation arose from the outcome of the electoral conflict itself. I have characterized the 2007 presidential elections—pitting Sarkozy against Royal—as the clash of two types of fear. The first is the fear felt by the privileged, alarmed that their position may be assailable. In France this manifests itself as fear of foreigners, workers, youth from the banlieue, Muslims, black Africans. Essentially conservative, it creates a longing for a protective master, even one who oppresses and impoverishes you further. The current embodiment of this figure is, of course, the over-stimulated police chief: Sarkozy. In electoral terms, this is contested not by a resounding affirmation of self-determining heterogeneity, but by the fear of this fear: a fear, too, of the cop figure, whom the petit-bourgeois socialist voter neither knows nor likes. This ‘fear of the fear’ is a secondary, derivative emotion, whose content—beyond the sentiment itself—is barely detectable; the Royal camp had no concept of any alliance with the excluded or oppressed; the most it could envisage was to reap the dubious benefits of fear. For both sides, a total consensus reigned on Palestine, Iran, Afghanistan (where French forces are fighting), Lebanon (ditto), Africa (swarming with French military ‘administrators’). Public discussion of alternatives on these issues was on neither party’s agenda.
The conflict between the primary fear and the ‘fear of the fear’ was settled in favour of the former. There was a visceral reflex in play here, very apparent in the faces of those partying over Sarkozy’s victory. For those in the grip of the ‘fear of the fear’ there was a corresponding negative reflex, flinching from the result: this was the third component of 2007’s depressive disorientation. We should not underestimate the role of what Althusser called the ‘ideological state apparatus’—increasingly through the media, with the press now playing a more sophisticated part than TV and radio—in formulating and mobilizing such collective sentiments. Within the electoral process there has, it seems, been a weakening of the real; a process even further advanced with regard to the secondary ‘fear of the fear’ than with the primitive, reactionary one. We react, after all, to a real situation, whereas the ‘fear of the fear’ merely takes fright at the scale of that reaction, and is thus at a still further remove from reality. The vacuity of this position manifested itself perfectly in the empty exaltations of Ségolène Royal.
Electoralism and the state
If we posit a definition of politics as ‘collective action, organized by certain principles, that aims to unfold the consequences of a new possibility which is currently repressed by the dominant order’, then we would have to conclude that the electoral mechanism is an essentially apolitical procedure. This can be seen in the gulf between the massive formal imperative to vote and the free-floating, if not non-existent nature of political or ideological convictions. It is good to vote, to give a form to my fears; but it is hard to believe that what I am voting for is a good thing in itself. This is not to say that the electoral-democratic system is repressive per se; rather, that the electoral process is incorporated into a state form, that of capitalo-parliamentarianism, appropriate for the maintenance of the established order, and consequently serves a conservative function. This creates a further feeling of powerlessness: if ordinary citizens have no handle on state decision-making save the vote, it is hard to see what way forward there could be for an emancipatory politics.
If the electoral mechanism is not a political but a state procedure, what does it achieve? Drawing on the lessons of 2007, one effect is to incorporate both the fear and the ‘fear of the fear’ into the state—to invest the state with these mass-subjective elements, the better to legitimate it as an object of fear in its own right, equipped for terror and coercion. For the world horizon of democracy is increasingly defined by war. The West is engaged on an expanding number of fronts: the maintenance of the existing order with its gigantic disparities has an irreducible military component; the duality of the worlds of rich and poor can only be sustained by force. This creates a particular dialectic of war and fear. Our governments explain that they are waging war abroad in order to protect us from it at home. If Western troops do not hunt down the terrorists in Afghanistan or Chechnya, they will come over here to organize the resentful rabble outcasts.
Strategic neo-Pétainism
In France, this alliance of fear and war has classically gone by the name of Pétainism. The mass ideology of Pétainism—responsible for its widespread success between 1940 and 1944—rested in part on the fear generated by the First World War: Marshal Pétain would protect France from the disastrous effects of the Second, by keeping well out of it. In the Marshal’s own words, it was necessary to be more afraid of war than of defeat. The vast majority of the French accepted the relative tranquillity of a consensual defeat and most got off fairly lightly during the War, compared to the Russians or even the English. The analogous project today is based on the belief that the French need simply to accept the laws of the US-led world model and all will be well: France will be protected from the disastrous effects of war and global disparity. This form of neo-Pétainism as a mass ideology is effectively on offer from both parties today. In what follows, I will argue that it is a key analytical element in understanding the disorientation that goes by the name of ‘Sarkozy’; to grasp the latter in its overall dimension, its historicity and intelligibility, requires us to go back to what I will call its Pétainist ‘transcendental’. [2]
I am not saying, of course, that circumstances today resemble the defeat of 1940, or that Sarkozy resembles Pétain. The point is a more formal one: that the unconscious national-historical roots of that which goes by the name of Sarkozy are to be found in this Pétainist configuration, in which the disorientation itself is solemnly enacted from the summit of the state, and presented as a historical turning-point. This matrix has been a recurring pattern in French history. It goes back to the Restoration of 1815 when a post-Revolutionary government, eagerly supported by émigrés and opportunists, was brought back in the foreigners’ baggage-train and declared, with the consent of a worn-out population, that it would restore public morality and order. In 1940, military defeat once again served as the context for the disorientating reversal of the real content of state action: the Vichy government spoke incessantly of the ‘nation’, yet was installed by the German Occupation; the most corrupt of oligarchs were to lead the country out of moral crisis; Pétain himself, an ageing general in the service of property, would be the embodiment of national rebirth.
Numerous aspects of this neo-Pétainist tradition are in evidence today. Typically, capitulation and servility are presented as invention and regeneration. These were central themes of Sarkozy’s campaign: the Mayor of Neuilly would transform the French economy and put the country back to work. The real content, of course, is a politics of continuous obedience to the demands of high finance, in the name of national renewal. A second characteristic is that of decline and ‘moral crisis’, which justifies the repressive measures taken in the name of regeneration. Morality is invoked, as so often, in place of politics and against any popular mobilization. Appeal is made instead to the virtues of hard work, discipline, the family: ‘merit should be rewarded’. This typical displacement of politics by morality has been prepared, from the 1970s ‘new philosophers’ onwards, by all who have laboured to ‘moralize’ historical judgement. The object is in reality political: to maintain that national decline has nothing to do with the high servants of capital but is the fault of certain ill-intentioned elements of the population—currently, foreign workers and young people from the banlieue.
A third characteristic of neo-Pétainism is the paradigmatic function of foreign experience. The example of correction always comes from abroad, from countries that have long overcome their moral crises. For Pétain, the shining examples were Mussolini’s Italy, Hitler’s Germany and Franco’s Spain: leaders who had put their countries back on their feet. The political aesthetic is that of imitation: like Plato’s demiurge, the state must shape society with its eyes fixed on foreign models. Today, of course, the examples are Bush’s America and Blair’s Britain.
A fourth characteristic is the notion that the source of the current crisis lies in a disastrous past event. For the proto-Pétainism of the 1815 Restoration, this was of course the Revolution and the beheading of the King. For Pétain himself in 1940 it was the Popular Front, the Blum government and above all the great strikes and factory occupations of 1936. The possessing classes far preferred the German Occupation to the fear which these disorders had provoked. For Sarkozy, the evils of May 68—forty years ago—have been constantly invoked as the cause of the current ‘crisis of values’. Neo-Pétainism provides a usefully simplified reading of history that links a negative event, generally with a working-class or popular structure, and a positive one, with a military or state structure, as a solution to the first. The arc between 1968 and 2007 can thus be offered as a source of legitimacy for the Sarkozy government, as the historic actor that will finally embark on the correction needed in the wake of the inaugural damaging event. Finally, there is the element of racism. Under Pétain this was brutally explicit: getting rid of the Jews. Today it is voiced in a more insinuating fashion: ‘we are not an inferior race’—the implication being, ‘unlike others’; ‘the true French need not doubt the legitimacy of their country’s actions’—in Algeria and elsewhere. In the light of these criteria, we can therefore point: the disorientation that goes by the name of ‘Sarkozy’ may be analysed as the latest manifestation of the Pétainist transcendental.
The spectre
At first sight there may seem something strange about the new President’s insistence that the solution to the country’s moral crisis, the goal of his ‘renewal’ process, was ‘to do away with May 68, once and for all’. Most of us were under the impression that it was long gone anyway. What is haunting the regime, under the name of May 68? We can only assume that it is the ‘spectre of communism’, in one of its last real manifestations. He would say (to give a Sarkozian prosopopoeia): ‘We refuse to be haunted by anything at all. It is not enough that empirical communism has disappeared. We want all possible forms of it banished. Even the hypothesis of communism—generic name of our defeat—must become unmentionable.’
What is the communist hypothesis? In its generic sense, given in its canonic Manifesto, ‘communist’ means, first, that the logic of class—the fundamental subordination of labour to a dominant class, the arrangement that has persisted since Antiquity—is not inevitable; it can be overcome. The communist hypothesis is that a different collective organization is practicable, one that will eliminate the inequality of wealth and even the division of labour. The private appropriation of massive fortunes and their transmission by inheritance will disappear. The existence of a coercive state, separate from civil society, will no longer appear a necessity: a long process of reorganization based on a free association of producers will see it withering away.
‘Communism’ as such denotes only this very general set of intellectual representations. It is what Kant called an Idea, with a regulatory function, rather than a programme. It is foolish to call such communist principles utopian; in the sense that I have defined them here they are intellectual patterns, always actualized in a different fashion. As a pure Idea of equality, the communist hypothesis has no doubt existed since the beginnings of the state. As soon as mass action opposes state coercion in the name of egalitarian justice, rudiments or fragments of the hypothesis start to appear. Popular revolts—the slaves led by Spartacus, the peasants led by Müntzer—might be identified as practical examples of this ‘communist invariant’. With the French Revolution, the communist hypothesis then inaugurates the epoch of political modernity.
What remains is to determine the point at which we now find ourselves in the history of the communist hypothesis. A fresco of the modern period would show two great sequences in its development, with a forty-year gap between them. The first is that of the setting in place of the communist hypothesis; the second, of preliminary attempts at its realization. The first sequence runs from the French Revolution to the Paris Commune; let us say, 1792 to 1871. It links the popular mass movement to the seizure of power, through the insurrectional overthrow of the existing order; this revolution will abolish the old forms of society and install ‘the community of equals’. In the course of the century, the formless popular movement made up of townsfolk, artisans and students came increasingly under the leadership of the working class. The sequence culminated in the striking novelty—and radical defeat—of the Paris Commune. For the Commune demonstrated both the extraordinary energy of this combination of popular movement, working-class leadership and armed insurrection, and its limits: the communards could neither establish the revolution on a national footing nor defend it against the foreign-backed forces of the counter-revolution.
The second sequence of the communist hypothesis runs from 1917 to 1976: from the Bolshevik Revolution to the end of the Cultural Revolution and the militant upsurge throughout the world during the years 1966–75. It was dominated by the question: how to win? How to hold out—unlike the Paris Commune—against the armed reaction of the possessing classes; how to organize the new power so as to protect it against the onslaught of its enemies? It was no longer a question of formulating and testing the communist hypothesis, but of realizing it: what the 19th century had dreamt, the 20th would accomplish. The obsession with victory, centred around questions of organization, found its principal expression in the ‘iron discipline’ of the communist party—the characteristic construction of the second sequence of the hypothesis. The party effectively solved the question inherited from the first sequence: the revolution prevailed, either through insurrection or prolonged popular war, in Russia, China, Czechoslovakia, Korea, Vietnam, Cuba, and succeeded in establishing a new order.
But the second sequence in turn created a further problem, which it could not solve using the methods it had developed in response to the problems of the first. The party had been an appropriate tool for the overthrow of weakened reactionary regimes, but it proved ill-adapted for the construction of the ‘dictatorship of the proletariat’ in the sense that Marx had intended—that is, a temporary state, organizing the transition to the non-state: its dialectical ‘withering away’. Instead, the party-state developed into a new form of authoritarianism. Some of these regimes made real strides in education, public health, the valorization of labour, and so on; and they provided an international constraint on the arrogance of the imperialist powers. However, the statist principle in itself proved corrupt and, in the long run, ineffective. Police coercion could not save the ‘socialist’ state from internal bureaucratic inertia; and within fifty years it was clear that it would never prevail in the ferocious competition imposed by its capitalist adversaries. The last great convulsions of the second sequence—the Cultural Revolution and May 68, in its broadest sense—can be understood as attempts to deal with the inadequacy of the party.
Interludes
Between the end of the first sequence and the beginning of the second there was a forty-year interval during which the communist hypothesis was declared to be untenable: the decades from 1871 to 1914 saw imperialism triumphant across the globe. Since the second sequence came to an end in the 1970s we have been in another such interval, with the adversary in the ascendant once more. What is at stake in these circumstances is the eventual opening of a new sequence of the communist hypothesis. But it is clear that this will not be—cannot be—the continuation of the second one. Marxism, the workers’ movement, mass democracy, Leninism, the party of the proletariat, the socialist state—all the inventions of the 20th century—are not really useful to us any more. At the theoretical level they certainly deserve further study and consideration; but at the level of practical politics they have become unworkable. The second sequence is over and it is pointless to try to restore it.
At this point, during an interval dominated by the enemy, when new experiments are tightly circumscribed, it is not possible to say with certainty what the character of the third sequence will be. But the general direction seems discernible: it will involve a new relation between the political movement and the level of the ideological—one that was prefigured in the expression ‘cultural revolution’ or in the May 68 notion of a ‘revolution of the mind’. We will still retain the theoretical and historical lessons that issued from the first sequence, and the centrality of victory that issued from the second. But the solution will be neither the formless, or multi-form, popular movement inspired by the intelligence of the multitude—as Negri and the alter-globalists believe—nor the renewed and democratized mass communist party, as some of the Trotskyists and Maoists hope. The (19th-century) movement and the (20th-century) party were specific modes of the communist hypothesis; it is no longer possible to return to them. Instead, after the negative experiences of the ‘socialist’ states and the ambiguous lessons of the Cultural Revolution and May 68, our task is to bring the communist hypothesis into existence in another mode, to help it emerge within new forms of political experience. This is why our work is so complicated, so experimental. We must focus on its conditions of existence, rather than just improving its methods. We need to re-install the communist hypothesis—the proposition that the subordination of labour to the dominant class is not inevitable—within the ideological sphere.
What might this involve? Experimentally, we might conceive of finding a point that would stand outside the temporality of the dominant order and what Lacan once called ‘the service of wealth’. Any point, so long as it is in formal opposition to such service, and offers the discipline of a universal truth. One such might be the declaration: ‘There is only one world’. What would this imply? Contemporary capitalism boasts, of course, that it has created a global order; its opponents too speak of ‘alter-globalization’. Essentially, they propose a definition of politics as a practical means of moving from the world as it is to the world as we would wish it to be. But does a single world of human subjects exist? The ‘one world’ of globalization is solely one of things—objects for sale—and monetary signs: the world market as foreseen by Marx. The overwhelming majority of the population have at best restricted access to this world. They are locked out, often literally so.
The fall of the Berlin Wall was supposed to signal the advent of the single world of freedom and democracy. Twenty years later, it is clear that the world’s wall has simply shifted: instead of separating East and West it now divides the rich capitalist North from the poor and devastated South. New walls are being constructed all over the world: between Palestinians and Israelis, between Mexico and the United States, between Africa and the Spanish enclaves, between the pleasures of wealth and the desires of the poor, whether they be peasants in villages or urban dwellers in favelas, banlieues, estates, hostels, squats and shantytowns. The price of the supposedly unified world of capital is the brutal division of human existence into regions separated by police dogs, bureaucratic controls, naval patrols, barbed wire and expulsions. The ‘problem of immigration’ is, in reality, the fact that the conditions faced by workers from other countries provide living proof that—in human terms—the ‘unified world’ of globalization is a sham.
A performative unity
The political problem, then, has to be reversed. We cannot start from an analytic agreement on the existence of the world and proceed to normative action with regard to its characteristics. The disagreement is not over qualities but over existence. Confronted with the artificial and murderous division of the world into two—a disjunction named by the very term, ‘the West’—we must affirm the existence of the single world right from the start, as axiom and principle. The simple phrase, ‘there is only one world’, is not an objective conclusion. It is performative: we are deciding that this is how it is for us. Faithful to this point, it is then a question of elucidating the consequences that follow from this simple declaration.
A first consequence is the recognition that all belong to the same world as myself: the African worker I see in the restaurant kitchen, the Moroccan I see digging a hole in the road, the veiled woman looking after children in a park. That is where we reverse the dominant idea of the world united by objects and signs, to make a unity in terms of living, acting beings, here and now. These people, different from me in terms of language, clothes, religion, food, education, exist exactly as I do myself; since they exist like me, I can discuss with them—and, as with anyone else, we can agree and disagree about things. But on the precondition that they and I exist in the same world.
At this point, the objection about cultural difference will be raised: ‘our’ world is made up of those who accept ‘our’ values—democracy, respect for women, human rights. Those whose culture is contrary to this are not really part of the same world; if they want to join it they have to share our values, to ‘integrate’. As Sarkozy put it: ‘If foreigners want to remain in France, they have to love France; otherwise, they should leave.’ But to place conditions is already to have abandoned the principle, ‘there is only one world of living men and women’. It may be said that we need to take the laws of each country into account. Indeed; but a law does not set a precondition for belonging to the world. It is simply a provisional rule that exists in a particular region of the single world. And no one is asked to love a law, simply to obey it. The single world of living women and men may well have laws; what it cannot have is subjective or ‘cultural’ preconditions for existence within it—to demand that you have to be like everyone else. The single world is precisely the place where an unlimited set of differences exist. Philosophically, far from casting doubt on the unity of the world, these differences are its principle of existence.
The question then arises whether anything governs these unlimited differences. There may well be only one world, but does that mean that being French, or a Moroccan living in France, or Muslim in a country of Christian traditions, is nothing? Or should we see the persistence of such identities as an obstacle? The simplest definition of ‘identity’ is the series of characteristics and properties by which an individual or a group recognizes itself as its ‘self’. But what is this ‘self’? It is that which, across all the characteristic properties of identity, remains more or less invariant. It is possible, then, to say that an identity is the ensemble of properties that support an invariance. For example, the identity of an artist is that by which the invariance of his or her style can be recognized; homosexual identity is composed of everything bound up with the invariance of the possible object of desire; the identity of a foreign community in a country is that by which membership of this community can be recognized: language, gestures, dress, dietary habits, etc.
Defined in this way, by invariants, identity is doubly related to difference: on the one hand, identity is that which is different from the rest; on the other, it is that which does not become different, which is invariant. The affirmation of identity has two further aspects. The first form is negative. It consists of desperately maintaining that I am not the other. This is often indispensable, in the face of authoritarian demands for integration, for example. The Moroccan worker will forcefully affirm that his traditions and customs are not those of the petty-bourgeois European; he will even reinforce the characteristics of his religious or customary identity. The second involves the immanent development of identity within a new situation—rather like Nietzsche’s famous maxim, ‘become what you are’. The Moroccan worker does not abandon that which constitutes his individual identity, whether socially or in the family; but he will gradually adapt all this, in a creative fashion, to the place in which he finds himself. He will thus invent what he is—a Moroccan worker in Paris—not through any internal rupture, but by an expansion of identity.
The political consequences of the axiom, ‘there is only one world’, will work to consolidate what is universal in identities. An example—a local experiment—would be a meeting held recently in Paris, where undocumented workers and French nationals came together to demand the abolition of persecutory laws, police raids and expulsions; to demand that foreign workers be recognized simply in terms of their presence: that no one is illegal; all demands that are very natural for people who are basically in the same existential situation—people of the same world.
Time and courage
‘In such great misfortune, what remains to you?’ Corneille’s Medea is asked by her confidante. ‘Myself! Myself, I say, and it is enough’, comes the reply. What Medea retains is the courage to decide her own fate; and courage, I would suggest, is the principal virtue in face of the disorientation of our own times. Lacan also raises the issue in discussing the analytical cure for depressive debility: should this not end in grand dialectical discussions on courage and justice, on the model of Plato’s dialogues? In the famous ‘Dialogue on Courage’, General Laches, questioned by Socrates, replies: ‘Courage is when I see the enemy and run towards him to engage him in a fight.’ Socrates is not particularly satisfied with this, of course, and gently takes the General to task: ‘It’s a good example of courage, but an example is not a definition.’ Running the same risks as General Laches, I will give my definition.
First, I would retain the status of courage as a virtue—that is, not an innate disposition, but something that constructs itself, and which one constructs, in practice. Courage, then, is the virtue which manifests itself through endurance in the impossible. This is not simply a matter of a momentary encounter with the impossible: that would be heroism, not courage. Heroism has always been represented not as a virtue but as a posture: as the moment when one turns to meet the impossible face to face. The virtue of courage constructs itself through endurance within the impossible; time is its raw material. What takes courage is to operate in terms of a different durée to that imposed by the law of the world. The point we are seeking must be one that can connect to another order of time. Those imprisoned within the temporality assigned us by the dominant order will always be prone to exclaim, as so many Socialist Party henchmen have done, ‘Twelve years of Chirac, and now we have to wait for another round of elections. Seventeen years; perhaps twenty-two; a whole lifetime!’ At best, they will become depressed and disorientated; at worst, rats.
In many respects we are closer today to the questions of the 19th century than to the revolutionary history of the 20th. A wide variety of 19th-century phenomena are reappearing: vast zones of poverty, widening inequalities, politics dissolved into the ‘service of wealth’, the nihilism of large sections of the young, the servility of much of the intelligentsia; the cramped, besieged experimentalism of a few groups seeking ways to express the communist hypothesis . . . Which is no doubt why, as in the 19th century, it is not the victory of the hypothesis which is at stake today, but the conditions of its existence. This is our task, during the reactionary interlude that now prevails: through the combination of thought processes—always global, or universal, in character—and political experience, always local or singular, yet transmissible, to renew the existence of the communist hypothesis, in our consciousness and on the ground.
[1] This is an edited extract from De quoi Sarkozy est-il le nom?, Circonstances, 4, Nouvelles Editions Lignes, Paris 2007; to be published in English by Verso as What Do We Mean When We Say ‘Sarkozy’? in 2008.
[2] See my Logiques des mondes, Paris 2006 for a full development of the concept of ‘transcendentals’ and their function, which is to govern the order of appearance of multiplicities within a world.
Also available in: Spanish and Polish
By the same author:
Roads to Renegacy
The Adventure of French Philosophy
THE COMMUNIST HYPOTHESIS
There was a tangible sense of depression in the air in France in the aftermath of Sarkozy’s victory. [1] It is often said that unexpected blows are the worst, but expected ones sometimes prove debilitating in a different way. It can be oddly dispiriting when an election is won by the candidate who has led in the opinion polls from the start, just as when the favourite horse wins the race; anyone with the slightest feeling for a wager, a risk, an exception or a rupture would rather see an outsider upset the odds. Yet it could hardly have been the bare fact of Nicolas Sarkozy as President that seemed to come as such a disorientating blow to the French left in the aftermath of May 2007. Something else was at stake—some complex of factors for which ‘Sarkozy’ is merely a name. How should it be understood?
An initial factor was the way in which the outcome affirmed the manifest powerlessness of any genuinely emancipatory programme within the electoral system: preferences are duly recorded, in the passive manner of a seismograph, but the process is one that by its nature excludes any embodiments of dissenting political will. A second component of the left’s depressive disorientation after May 2007 was an overwhelming bout of historical nostalgia. The political order that emerged from World War Two in France—with its unambiguous referents of ‘left’ and ‘right’, and its consensus, shared by Gaullists and Communists alike, on the balance-sheet of the Occupation, Resistance and Liberation—has now collapsed. This is one reason for Sarkozy’s ostentatious dinners, yachting holidays and so on—a way of saying that the left no longer frightens anyone: Vivent les riches, and to hell with the poor. Understandably, this may fill the sincere souls of the left with nostalgia for the good old days—Mitterrand, De Gaulle, Marchais, even Chirac, Gaullism’s Brezhnev, who knew that to do nothing was the easiest way to let the system die.
Sarkozy has now finally finished off the cadaverous form of Gaullism over which Chirac presided. The Socialists’ collapse had already been anticipated in the rout of Jospin in the presidential elections of 2002 (and still more by the disastrous decision to embrace Chirac in the second round). The present decomposition of the Socialist Party, however, is not just a matter of its political poverty, apparent now for many years, nor of the actual size of the vote—47 per cent is not much worse than its other recent scores. Rather, the election of Sarkozy appears to have struck a blow to the entire symbolic structuring of French political life: the system of orientation itself has suffered a defeat. An important symptom of the resulting disorientation is the number of former Socialist placemen rushing to take up appointments under Sarkozy, the centre-left opinion-makers singing his praises; the rats have fled the sinking ship in impressive numbers. The underlying rationale is, of course, that of the single party: since all accept the logic of the existing capitalist order, market economy and so forth, why maintain the fiction of opposing parties?
A third component of the contemporary disorientation arose from the outcome of the electoral conflict itself. I have characterized the 2007 presidential elections—pitting Sarkozy against Royal—as the clash of two types of fear. The first is the fear felt by the privileged, alarmed that their position may be assailable. In France this manifests itself as fear of foreigners, workers, youth from the banlieue, Muslims, black Africans. Essentially conservative, it creates a longing for a protective master, even one who oppresses and impoverishes you further. The current embodiment of this figure is, of course, the over-stimulated police chief: Sarkozy. In electoral terms, this is contested not by a resounding affirmation of self-determining heterogeneity, but by the fear of this fear: a fear, too, of the cop figure, whom the petit-bourgeois socialist voter neither knows nor likes. This ‘fear of the fear’ is a secondary, derivative emotion, whose content—beyond the sentiment itself—is barely detectable; the Royal camp had no concept of any alliance with the excluded or oppressed; the most it could envisage was to reap the dubious benefits of fear. For both sides, a total consensus reigned on Palestine, Iran, Afghanistan (where French forces are fighting), Lebanon (ditto), Africa (swarming with French military ‘administrators’). Public discussion of alternatives on these issues was on neither party’s agenda.
The conflict between the primary fear and the ‘fear of the fear’ was settled in favour of the former. There was a visceral reflex in play here, very apparent in the faces of those partying over Sarkozy’s victory. For those in the grip of the ‘fear of the fear’ there was a corresponding negative reflex, flinching from the result: this was the third component of 2007’s depressive disorientation. We should not underestimate the role of what Althusser called the ‘ideological state apparatus’—increasingly through the media, with the press now playing a more sophisticated part than TV and radio—in formulating and mobilizing such collective sentiments. Within the electoral process there has, it seems, been a weakening of the real; a process even further advanced with regard to the secondary ‘fear of the fear’ than with the primitive, reactionary one. We react, after all, to a real situation, whereas the ‘fear of the fear’ merely takes fright at the scale of that reaction, and is thus at a still further remove from reality. The vacuity of this position manifested itself perfectly in the empty exaltations of Ségolène Royal.
Electoralism and the state
If we posit a definition of politics as ‘collective action, organized by certain principles, that aims to unfold the consequences of a new possibility which is currently repressed by the dominant order’, then we would have to conclude that the electoral mechanism is an essentially apolitical procedure. This can be seen in the gulf between the massive formal imperative to vote and the free-floating, if not non-existent nature of political or ideological convictions. It is good to vote, to give a form to my fears; but it is hard to believe that what I am voting for is a good thing in itself. This is not to say that the electoral-democratic system is repressive per se; rather, that the electoral process is incorporated into a state form, that of capitalo-parliamentarianism, appropriate for the maintenance of the established order, and consequently serves a conservative function. This creates a further feeling of powerlessness: if ordinary citizens have no handle on state decision-making save the vote, it is hard to see what way forward there could be for an emancipatory politics.
If the electoral mechanism is not a political but a state procedure, what does it achieve? Drawing on the lessons of 2007, one effect is to incorporate both the fear and the ‘fear of the fear’ into the state—to invest the state with these mass-subjective elements, the better to legitimate it as an object of fear in its own right, equipped for terror and coercion. For the world horizon of democracy is increasingly defined by war. The West is engaged on an expanding number of fronts: the maintenance of the existing order with its gigantic disparities has an irreducible military component; the duality of the worlds of rich and poor can only be sustained by force. This creates a particular dialectic of war and fear. Our governments explain that they are waging war abroad in order to protect us from it at home. If Western troops do not hunt down the terrorists in Afghanistan or Chechnya, they will come over here to organize the resentful rabble outcasts.
Strategic neo-Pétainism
In France, this alliance of fear and war has classically gone by the name of Pétainism. The mass ideology of Pétainism—responsible for its widespread success between 1940 and 1944—rested in part on the fear generated by the First World War: Marshal Pétain would protect France from the disastrous effects of the Second, by keeping well out of it. In the Marshal’s own words, it was necessary to be more afraid of war than of defeat. The vast majority of the French accepted the relative tranquillity of a consensual defeat and most got off fairly lightly during the War, compared to the Russians or even the English. The analogous project today is based on the belief that the French need simply to accept the laws of the US-led world model and all will be well: France will be protected from the disastrous effects of war and global disparity. This form of neo-Pétainism as a mass ideology is effectively on offer from both parties today. In what follows, I will argue that it is a key analytical element in understanding the disorientation that goes by the name of ‘Sarkozy’; to grasp the latter in its overall dimension, its historicity and intelligibility, requires us to go back to what I will call its Pétainist ‘transcendental’. [2]
I am not saying, of course, that circumstances today resemble the defeat of 1940, or that Sarkozy resembles Pétain. The point is a more formal one: that the unconscious national-historical roots of that which goes by the name of Sarkozy are to be found in this Pétainist configuration, in which the disorientation itself is solemnly enacted from the summit of the state, and presented as a historical turning-point. This matrix has been a recurring pattern in French history. It goes back to the Restoration of 1815 when a post-Revolutionary government, eagerly supported by émigrés and opportunists, was brought back in the foreigners’ baggage-train and declared, with the consent of a worn-out population, that it would restore public morality and order. In 1940, military defeat once again served as the context for the disorientating reversal of the real content of state action: the Vichy government spoke incessantly of the ‘nation’, yet was installed by the German Occupation; the most corrupt of oligarchs were to lead the country out of moral crisis; Pétain himself, an ageing general in the service of property, would be the embodiment of national rebirth.
Numerous aspects of this neo-Pétainist tradition are in evidence today. Typically, capitulation and servility are presented as invention and regeneration. These were central themes of Sarkozy’s campaign: the Mayor of Neuilly would transform the French economy and put the country back to work. The real content, of course, is a politics of continuous obedience to the demands of high finance, in the name of national renewal. A second characteristic is that of decline and ‘moral crisis’, which justifies the repressive measures taken in the name of regeneration. Morality is invoked, as so often, in place of politics and against any popular mobilization. Appeal is made instead to the virtues of hard work, discipline, the family: ‘merit should be rewarded’. This typical displacement of politics by morality has been prepared, from the 1970s ‘new philosophers’ onwards, by all who have laboured to ‘moralize’ historical judgement. The object is in reality political: to maintain that national decline has nothing to do with the high servants of capital but is the fault of certain ill-intentioned elements of the population—currently, foreign workers and young people from the banlieue.
A third characteristic of neo-Pétainism is the paradigmatic function of foreign experience. The example of correction always comes from abroad, from countries that have long overcome their moral crises. For Pétain, the shining examples were Mussolini’s Italy, Hitler’s Germany and Franco’s Spain: leaders who had put their countries back on their feet. The political aesthetic is that of imitation: like Plato’s demiurge, the state must shape society with its eyes fixed on foreign models. Today, of course, the examples are Bush’s America and Blair’s Britain.
A fourth characteristic is the notion that the source of the current crisis lies in a disastrous past event. For the proto-Pétainism of the 1815 Restoration, this was of course the Revolution and the beheading of the King. For Pétain himself in 1940 it was the Popular Front, the Blum government and above all the great strikes and factory occupations of 1936. The possessing classes far preferred the German Occupation to the fear which these disorders had provoked. For Sarkozy, the evils of May 68—forty years ago—have been constantly invoked as the cause of the current ‘crisis of values’. Neo-Pétainism provides a usefully simplified reading of history that links a negative event, generally with a working-class or popular structure, and a positive one, with a military or state structure, as a solution to the first. The arc between 1968 and 2007 can thus be offered as a source of legitimacy for the Sarkozy government, as the historic actor that will finally embark on the correction needed in the wake of the inaugural damaging event. Finally, there is the element of racism. Under Pétain this was brutally explicit: getting rid of the Jews. Today it is voiced in a more insinuating fashion: ‘we are not an inferior race’—the implication being, ‘unlike others’; ‘the true French need not doubt the legitimacy of their country’s actions’—in Algeria and elsewhere. In the light of these criteria, we can therefore point: the disorientation that goes by the name of ‘Sarkozy’ may be analysed as the latest manifestation of the Pétainist transcendental.
The spectre
At first sight there may seem something strange about the new President’s insistence that the solution to the country’s moral crisis, the goal of his ‘renewal’ process, was ‘to do away with May 68, once and for all’. Most of us were under the impression that it was long gone anyway. What is haunting the regime, under the name of May 68? We can only assume that it is the ‘spectre of communism’, in one of its last real manifestations. He would say (to give a Sarkozian prosopopoeia): ‘We refuse to be haunted by anything at all. It is not enough that empirical communism has disappeared. We want all possible forms of it banished. Even the hypothesis of communism—generic name of our defeat—must become unmentionable.’
What is the communist hypothesis? In its generic sense, given in its canonic Manifesto, ‘communist’ means, first, that the logic of class—the fundamental subordination of labour to a dominant class, the arrangement that has persisted since Antiquity—is not inevitable; it can be overcome. The communist hypothesis is that a different collective organization is practicable, one that will eliminate the inequality of wealth and even the division of labour. The private appropriation of massive fortunes and their transmission by inheritance will disappear. The existence of a coercive state, separate from civil society, will no longer appear a necessity: a long process of reorganization based on a free association of producers will see it withering away.
‘Communism’ as such denotes only this very general set of intellectual representations. It is what Kant called an Idea, with a regulatory function, rather than a programme. It is foolish to call such communist principles utopian; in the sense that I have defined them here they are intellectual patterns, always actualized in a different fashion. As a pure Idea of equality, the communist hypothesis has no doubt existed since the beginnings of the state. As soon as mass action opposes state coercion in the name of egalitarian justice, rudiments or fragments of the hypothesis start to appear. Popular revolts—the slaves led by Spartacus, the peasants led by Müntzer—might be identified as practical examples of this ‘communist invariant’. With the French Revolution, the communist hypothesis then inaugurates the epoch of political modernity.
What remains is to determine the point at which we now find ourselves in the history of the communist hypothesis. A fresco of the modern period would show two great sequences in its development, with a forty-year gap between them. The first is that of the setting in place of the communist hypothesis; the second, of preliminary attempts at its realization. The first sequence runs from the French Revolution to the Paris Commune; let us say, 1792 to 1871. It links the popular mass movement to the seizure of power, through the insurrectional overthrow of the existing order; this revolution will abolish the old forms of society and install ‘the community of equals’. In the course of the century, the formless popular movement made up of townsfolk, artisans and students came increasingly under the leadership of the working class. The sequence culminated in the striking novelty—and radical defeat—of the Paris Commune. For the Commune demonstrated both the extraordinary energy of this combination of popular movement, working-class leadership and armed insurrection, and its limits: the communards could neither establish the revolution on a national footing nor defend it against the foreign-backed forces of the counter-revolution.
The second sequence of the communist hypothesis runs from 1917 to 1976: from the Bolshevik Revolution to the end of the Cultural Revolution and the militant upsurge throughout the world during the years 1966–75. It was dominated by the question: how to win? How to hold out—unlike the Paris Commune—against the armed reaction of the possessing classes; how to organize the new power so as to protect it against the onslaught of its enemies? It was no longer a question of formulating and testing the communist hypothesis, but of realizing it: what the 19th century had dreamt, the 20th would accomplish. The obsession with victory, centred around questions of organization, found its principal expression in the ‘iron discipline’ of the communist party—the characteristic construction of the second sequence of the hypothesis. The party effectively solved the question inherited from the first sequence: the revolution prevailed, either through insurrection or prolonged popular war, in Russia, China, Czechoslovakia, Korea, Vietnam, Cuba, and succeeded in establishing a new order.
But the second sequence in turn created a further problem, which it could not solve using the methods it had developed in response to the problems of the first. The party had been an appropriate tool for the overthrow of weakened reactionary regimes, but it proved ill-adapted for the construction of the ‘dictatorship of the proletariat’ in the sense that Marx had intended—that is, a temporary state, organizing the transition to the non-state: its dialectical ‘withering away’. Instead, the party-state developed into a new form of authoritarianism. Some of these regimes made real strides in education, public health, the valorization of labour, and so on; and they provided an international constraint on the arrogance of the imperialist powers. However, the statist principle in itself proved corrupt and, in the long run, ineffective. Police coercion could not save the ‘socialist’ state from internal bureaucratic inertia; and within fifty years it was clear that it would never prevail in the ferocious competition imposed by its capitalist adversaries. The last great convulsions of the second sequence—the Cultural Revolution and May 68, in its broadest sense—can be understood as attempts to deal with the inadequacy of the party.
Interludes
Between the end of the first sequence and the beginning of the second there was a forty-year interval during which the communist hypothesis was declared to be untenable: the decades from 1871 to 1914 saw imperialism triumphant across the globe. Since the second sequence came to an end in the 1970s we have been in another such interval, with the adversary in the ascendant once more. What is at stake in these circumstances is the eventual opening of a new sequence of the communist hypothesis. But it is clear that this will not be—cannot be—the continuation of the second one. Marxism, the workers’ movement, mass democracy, Leninism, the party of the proletariat, the socialist state—all the inventions of the 20th century—are not really useful to us any more. At the theoretical level they certainly deserve further study and consideration; but at the level of practical politics they have become unworkable. The second sequence is over and it is pointless to try to restore it.
At this point, during an interval dominated by the enemy, when new experiments are tightly circumscribed, it is not possible to say with certainty what the character of the third sequence will be. But the general direction seems discernible: it will involve a new relation between the political movement and the level of the ideological—one that was prefigured in the expression ‘cultural revolution’ or in the May 68 notion of a ‘revolution of the mind’. We will still retain the theoretical and historical lessons that issued from the first sequence, and the centrality of victory that issued from the second. But the solution will be neither the formless, or multi-form, popular movement inspired by the intelligence of the multitude—as Negri and the alter-globalists believe—nor the renewed and democratized mass communist party, as some of the Trotskyists and Maoists hope. The (19th-century) movement and the (20th-century) party were specific modes of the communist hypothesis; it is no longer possible to return to them. Instead, after the negative experiences of the ‘socialist’ states and the ambiguous lessons of the Cultural Revolution and May 68, our task is to bring the communist hypothesis into existence in another mode, to help it emerge within new forms of political experience. This is why our work is so complicated, so experimental. We must focus on its conditions of existence, rather than just improving its methods. We need to re-install the communist hypothesis—the proposition that the subordination of labour to the dominant class is not inevitable—within the ideological sphere.
What might this involve? Experimentally, we might conceive of finding a point that would stand outside the temporality of the dominant order and what Lacan once called ‘the service of wealth’. Any point, so long as it is in formal opposition to such service, and offers the discipline of a universal truth. One such might be the declaration: ‘There is only one world’. What would this imply? Contemporary capitalism boasts, of course, that it has created a global order; its opponents too speak of ‘alter-globalization’. Essentially, they propose a definition of politics as a practical means of moving from the world as it is to the world as we would wish it to be. But does a single world of human subjects exist? The ‘one world’ of globalization is solely one of things—objects for sale—and monetary signs: the world market as foreseen by Marx. The overwhelming majority of the population have at best restricted access to this world. They are locked out, often literally so.
The fall of the Berlin Wall was supposed to signal the advent of the single world of freedom and democracy. Twenty years later, it is clear that the world’s wall has simply shifted: instead of separating East and West it now divides the rich capitalist North from the poor and devastated South. New walls are being constructed all over the world: between Palestinians and Israelis, between Mexico and the United States, between Africa and the Spanish enclaves, between the pleasures of wealth and the desires of the poor, whether they be peasants in villages or urban dwellers in favelas, banlieues, estates, hostels, squats and shantytowns. The price of the supposedly unified world of capital is the brutal division of human existence into regions separated by police dogs, bureaucratic controls, naval patrols, barbed wire and expulsions. The ‘problem of immigration’ is, in reality, the fact that the conditions faced by workers from other countries provide living proof that—in human terms—the ‘unified world’ of globalization is a sham.
A performative unity
The political problem, then, has to be reversed. We cannot start from an analytic agreement on the existence of the world and proceed to normative action with regard to its characteristics. The disagreement is not over qualities but over existence. Confronted with the artificial and murderous division of the world into two—a disjunction named by the very term, ‘the West’—we must affirm the existence of the single world right from the start, as axiom and principle. The simple phrase, ‘there is only one world’, is not an objective conclusion. It is performative: we are deciding that this is how it is for us. Faithful to this point, it is then a question of elucidating the consequences that follow from this simple declaration.
A first consequence is the recognition that all belong to the same world as myself: the African worker I see in the restaurant kitchen, the Moroccan I see digging a hole in the road, the veiled woman looking after children in a park. That is where we reverse the dominant idea of the world united by objects and signs, to make a unity in terms of living, acting beings, here and now. These people, different from me in terms of language, clothes, religion, food, education, exist exactly as I do myself; since they exist like me, I can discuss with them—and, as with anyone else, we can agree and disagree about things. But on the precondition that they and I exist in the same world.
At this point, the objection about cultural difference will be raised: ‘our’ world is made up of those who accept ‘our’ values—democracy, respect for women, human rights. Those whose culture is contrary to this are not really part of the same world; if they want to join it they have to share our values, to ‘integrate’. As Sarkozy put it: ‘If foreigners want to remain in France, they have to love France; otherwise, they should leave.’ But to place conditions is already to have abandoned the principle, ‘there is only one world of living men and women’. It may be said that we need to take the laws of each country into account. Indeed; but a law does not set a precondition for belonging to the world. It is simply a provisional rule that exists in a particular region of the single world. And no one is asked to love a law, simply to obey it. The single world of living women and men may well have laws; what it cannot have is subjective or ‘cultural’ preconditions for existence within it—to demand that you have to be like everyone else. The single world is precisely the place where an unlimited set of differences exist. Philosophically, far from casting doubt on the unity of the world, these differences are its principle of existence.
The question then arises whether anything governs these unlimited differences. There may well be only one world, but does that mean that being French, or a Moroccan living in France, or Muslim in a country of Christian traditions, is nothing? Or should we see the persistence of such identities as an obstacle? The simplest definition of ‘identity’ is the series of characteristics and properties by which an individual or a group recognizes itself as its ‘self’. But what is this ‘self’? It is that which, across all the characteristic properties of identity, remains more or less invariant. It is possible, then, to say that an identity is the ensemble of properties that support an invariance. For example, the identity of an artist is that by which the invariance of his or her style can be recognized; homosexual identity is composed of everything bound up with the invariance of the possible object of desire; the identity of a foreign community in a country is that by which membership of this community can be recognized: language, gestures, dress, dietary habits, etc.
Defined in this way, by invariants, identity is doubly related to difference: on the one hand, identity is that which is different from the rest; on the other, it is that which does not become different, which is invariant. The affirmation of identity has two further aspects. The first form is negative. It consists of desperately maintaining that I am not the other. This is often indispensable, in the face of authoritarian demands for integration, for example. The Moroccan worker will forcefully affirm that his traditions and customs are not those of the petty-bourgeois European; he will even reinforce the characteristics of his religious or customary identity. The second involves the immanent development of identity within a new situation—rather like Nietzsche’s famous maxim, ‘become what you are’. The Moroccan worker does not abandon that which constitutes his individual identity, whether socially or in the family; but he will gradually adapt all this, in a creative fashion, to the place in which he finds himself. He will thus invent what he is—a Moroccan worker in Paris—not through any internal rupture, but by an expansion of identity.
The political consequences of the axiom, ‘there is only one world’, will work to consolidate what is universal in identities. An example—a local experiment—would be a meeting held recently in Paris, where undocumented workers and French nationals came together to demand the abolition of persecutory laws, police raids and expulsions; to demand that foreign workers be recognized simply in terms of their presence: that no one is illegal; all demands that are very natural for people who are basically in the same existential situation—people of the same world.
Time and courage
‘In such great misfortune, what remains to you?’ Corneille’s Medea is asked by her confidante. ‘Myself! Myself, I say, and it is enough’, comes the reply. What Medea retains is the courage to decide her own fate; and courage, I would suggest, is the principal virtue in face of the disorientation of our own times. Lacan also raises the issue in discussing the analytical cure for depressive debility: should this not end in grand dialectical discussions on courage and justice, on the model of Plato’s dialogues? In the famous ‘Dialogue on Courage’, General Laches, questioned by Socrates, replies: ‘Courage is when I see the enemy and run towards him to engage him in a fight.’ Socrates is not particularly satisfied with this, of course, and gently takes the General to task: ‘It’s a good example of courage, but an example is not a definition.’ Running the same risks as General Laches, I will give my definition.
First, I would retain the status of courage as a virtue—that is, not an innate disposition, but something that constructs itself, and which one constructs, in practice. Courage, then, is the virtue which manifests itself through endurance in the impossible. This is not simply a matter of a momentary encounter with the impossible: that would be heroism, not courage. Heroism has always been represented not as a virtue but as a posture: as the moment when one turns to meet the impossible face to face. The virtue of courage constructs itself through endurance within the impossible; time is its raw material. What takes courage is to operate in terms of a different durée to that imposed by the law of the world. The point we are seeking must be one that can connect to another order of time. Those imprisoned within the temporality assigned us by the dominant order will always be prone to exclaim, as so many Socialist Party henchmen have done, ‘Twelve years of Chirac, and now we have to wait for another round of elections. Seventeen years; perhaps twenty-two; a whole lifetime!’ At best, they will become depressed and disorientated; at worst, rats.
In many respects we are closer today to the questions of the 19th century than to the revolutionary history of the 20th. A wide variety of 19th-century phenomena are reappearing: vast zones of poverty, widening inequalities, politics dissolved into the ‘service of wealth’, the nihilism of large sections of the young, the servility of much of the intelligentsia; the cramped, besieged experimentalism of a few groups seeking ways to express the communist hypothesis . . . Which is no doubt why, as in the 19th century, it is not the victory of the hypothesis which is at stake today, but the conditions of its existence. This is our task, during the reactionary interlude that now prevails: through the combination of thought processes—always global, or universal, in character—and political experience, always local or singular, yet transmissible, to renew the existence of the communist hypothesis, in our consciousness and on the ground.
[1] This is an edited extract from De quoi Sarkozy est-il le nom?, Circonstances, 4, Nouvelles Editions Lignes, Paris 2007; to be published in English by Verso as What Do We Mean When We Say ‘Sarkozy’? in 2008.
[2] See my Logiques des mondes, Paris 2006 for a full development of the concept of ‘transcendentals’ and their function, which is to govern the order of appearance of multiplicities within a world.
Also available in: Spanish and Polish
By the same author:
Roads to Renegacy
The Adventure of French Philosophy
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Teoria, teoricos, mundo
http://students.washington.edu/schenold ... index.html
Introduction
Alain Badiou is interested in nothing short of revolution, both in theory and in practice. Indeed, Badiou’s most concise description of philosophy is as a kind of “logical revolt,” and he invariably argues that “there is no philosophy without the discontent of thinking in its confrontation with the world as it is.” The present “world as it is” (and specifically the state of philosophy within it), demands a revolution in philosophical thought which, in Badiou’s view, has thoroughly given itself over to the regime of sophistry.
If French philosophy abandoned the pursuit of ontology and the philosophy of the subject for structuralism, Badiou, a former pupil of Sartre, can be seen as engaged in simultaneous projects of revitalization and reinvention of that forgotten philosophy. In his view, philosophy was deeply wounded when it decided to replace the question of truth with the question of meaning in the face of the horrors of the 20th century. This decision ultimately condemned all of thought to the domains of linguistics (language) and theology (transcendence), the touchstones of variously designated “anti-philosophers” (including Lacan, Levinas and Lyotard, to name a few).
Thus, Badiou argues that philosophy must reclaim its universal address, but not by simply reverting to Enlightenment rationalisms or logic, nor by dismissing the humbling developments of post-structuralist or postmodern thought and their warnings of totalization—the regime of the One over the multiple, the Subject over the other. Rather, as Peter Hallward explains with amazing brevity, Badiou seeks to elaborate an intricate philosophical revolt which will allow us to:
salvage reason from positivism, the subject from deconstruction, being from Heidegger, the infinite from theology, the event from Deleuze, revolution from Stalin, a critique of the state from Foucault, … and the affirmation of love from American popular culture. He asserts a philosophy of the subject without recourse to phenomenology, a philosophy of truth without recourse to adequation, a philosophy of the event without recourse to historicism.
For Badiou, the most fundamental imperative underlying all of these antagonisms is that philosophy must secure a space for thought, that it enables us to continue to think. In order to make a successful return to truth and reinvigorate philosophical thought against its current passivity, Badiou argues that philosophy must establish itself somewhere outside representation (language), while also resisting appeal to any mystical Other (transcendence). This is an ontological problem which demands a reconciliation of ontology with a new doctrine of the subject.
In his seminal work, Being and Event (1988), Badiou advances such a project, drawing on developments in mathematics and its axiomatic treatment of infinity to establish a way for philosophy to think pure multiplicity, avoiding Levinasian recourse to a mystical infinite (Other) as well as Deleuzian recourse to an empirical, pragmatic multiplicity. According to Badiou, Cantor’s transfinite set theory woke him from his “Sartrean slumber” and provided what he calls an “event” of truth that opened up and broke from the stagnant situation of modern ontology. Seized by this truth, Badiou examines the efficacy of axioms established in set theory in Being and Event, arguing for a mathematical conception of infinity over all metaphysical or ethical conceptions in ontological inquiry. For Badiou, ontology is mathematics, and mathematics as “pure presentation” (or “the presentation of presentation,” and hence of nothing) allows us to think “inconsistent multiplicity,” a pure multiple without recourse to the One—“without-oneness.” With this establishment, Badiou sees a way to save the subject (and philosophy) from passivity toward and slavery to the Other on the one hand, and the violent totalizing imperialism of the cogito and Being on the other.
From Being and Event onward, Badiou’s thought can be read as an articulation of an innovative philosophy that engages three general (and classical) topics: Being, the domain of ontology (as mathematics) as the inspiration for thinking pure multiplicity and the infinity of truths; Truth, the domain of philosophy which identifies the event (of a truth) and, possibly, inducing a subject; and finally, Subject, the domain of ethics which describes the fidelity of induced subjects seized by an event of truth, and the engagement in what he calls “truth-procedures.”
Readers will quickly find that although Badiou’s writing is very clear, concise, structured, and aphoristic, he is also very polemic and provocative, drawing on classical terms that possibly bring with them negative connotations and simplified meanings. The danger is to oversimplify his use of classical concepts and to assume their legacy of meanings. This can always be claimed by any philosopher, but it is a particular danger in Badiou’s case given the current rhetorical “climate” of academia and philosophical discourse. In short, Badiou’s other task is to save terms like ethics, truths, and the subject, from rhetorical disavowal.
Badiou’s philosophy is one of the radically new, of possibility and innovation (and hence, revolution)—of “events” of truths that rupture or break from the given situation (things as they simply are). Echoing “his master,” the “greatest among our dead,” Jacques Lacan, Badiou argues that truth “punches a hole” in the situation, and this truth-event that breaks from the situation induces a subject, which is a bearer of a truth. Ultimately, Badiou will conclude, philosophy demands nothing less than a new doctrine of the subject.
Badiou argues that all conceptions of subjectivity that spring from the various forms of an ethics of the Other can be read as an a priori designation of the individual as victim. This construction of the subject as victim simply “sanction the gunboats of Law.” For Badiou, the contemporary situation demands a return to the “ethics of the Same,” remarking that infinite differences and otherness is simply what there is, and the more difficult question of ethics is concerned with trying to see the Same, the truth-event in a given situation that opens it up to what is to be—to possibility. The various post-Marxisms fail, according to Badiou, because they set equality as a goal, when in fact equality is an axiom—an idea that demands fidelity from a deciding subject, one who is seized and bears a truth. For Badiou, there is no substance to ethics (ethics does not “exist”), and there is no Ethics in general, but only axioms and an ethics-of, a claim he explores at length in his work.
If, along with Badiou, we see truth as breaking from accepted knowledge, and the subject of an event of truth as breaking from the situation as such (from things as they are), we may view Badiou as a philosopher who seeks to open up and maintain a space for thought to think these breaks. Badiou can be characterized as a philosopher of revolt and possibility, and his thought is a document to an unwavering commitment to maintaining the possibility of thinking—to borrow Levinasian phrasing—otherwise-than-knowledge.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Teoria, teoricos, mundo
Vou colocar dois conceitos básicos que vejo que a maioria dos textos brasileiros erram feio.
* Política pública não é sinônimo de política estatal. A palavra ‘pública’, que acompanha a palavra ‘política’, não tem identificação exclusiva com o Estado, mas sim com o que em latim se expressa como res publica, isto é, coisa de todos, e, por isso, algo que compromete simultaneamente, o Estado e a sociedade. É, em outras palavras, ação pública, na qual, além do Estado, a sociedade se faz presente, ganhando representatividade, poder de decisão e condições de exercer o controle sobre a sua própria reprodução e sobre os atos e decisões do governo e do mercado. É o que preferimos chamar de controle democrático exercido pelo cidadão comum, porque é controle coletivo, que emana da base da sociedade, em prol da ampliação da democracia e da cidadania (Potyara Pereira)
* É necessário distinguir entre política pública e decisão política. Uma política pública geralmente envolve mais do que uma decisão e requer diversas ações estrategicamente selecionadas para implementar as decisões tomadas. Já uma decisão política corresponde a uma escolha dentre um leque de alternativas, conforme a hierarquia das preferências dos atores envolvidos, expressando - em maior ou menor grau - certa adequação entre os fins pretendidos e os meios disponíveis. Assim, embora uma política pública implique decisão política, nem toda decisão política chega a constituir uma política pública. Um exemplo encontra-se na emenda constitucional para reeleição presidencial. Trata-se de uma decisão, mas não de uma política pública. Já a privatização de estatais ou a reforma agrária são políticas públicas. (Maria G. Rua)
* Política pública não é sinônimo de política estatal. A palavra ‘pública’, que acompanha a palavra ‘política’, não tem identificação exclusiva com o Estado, mas sim com o que em latim se expressa como res publica, isto é, coisa de todos, e, por isso, algo que compromete simultaneamente, o Estado e a sociedade. É, em outras palavras, ação pública, na qual, além do Estado, a sociedade se faz presente, ganhando representatividade, poder de decisão e condições de exercer o controle sobre a sua própria reprodução e sobre os atos e decisões do governo e do mercado. É o que preferimos chamar de controle democrático exercido pelo cidadão comum, porque é controle coletivo, que emana da base da sociedade, em prol da ampliação da democracia e da cidadania (Potyara Pereira)
* É necessário distinguir entre política pública e decisão política. Uma política pública geralmente envolve mais do que uma decisão e requer diversas ações estrategicamente selecionadas para implementar as decisões tomadas. Já uma decisão política corresponde a uma escolha dentre um leque de alternativas, conforme a hierarquia das preferências dos atores envolvidos, expressando - em maior ou menor grau - certa adequação entre os fins pretendidos e os meios disponíveis. Assim, embora uma política pública implique decisão política, nem toda decisão política chega a constituir uma política pública. Um exemplo encontra-se na emenda constitucional para reeleição presidencial. Trata-se de uma decisão, mas não de uma política pública. Já a privatização de estatais ou a reforma agrária são políticas públicas. (Maria G. Rua)
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Conceitos, Teoria, teoricos (textos e vídeos)
Historiador Niall Ferguson, ele é bondoso quanto ao passado do império Inglês...mas, tem alguns conceitos de geopolítica importantes...
Editado pela última vez por marcelo l. em Seg Jan 16, 2012 11:15 am, em um total de 1 vez.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Conceitos, Teoria, teoricos (textos e vídeos)
http://walt.foreignpolicy.com/
When great powers intervene in minor countries, sometimes they win quick and fairly decisive victories. (Think U.S. in Grenada). When this happens, the only short-term problem is where to hold the victory parade and how many medals to give out. But when a war of choice goes badly, then national leaders have to decide either to cut their losses and get out or to "stay the course." If the opponent is an insatiable great power like the Third Reich, there may be little choice in the matter. But if the enemy is an insurgency in a relatively weak and unimportant state, and the challenge is nation-building in a society that you don't understand very well, it's a much trickier decision.
As we've seen in Iraq and are seeing again in Afghanistan, getting out of a quagmire is a whole lot harder than getting into one. Indeed, I'd argue that this is a general tendency in most wars of choice: they usually last longer than the people who launch them expect, and they usually cost a lot more. I'm hardly the first person to notice this phenomenon, which does make you wonder why it keeps happening.
In any case, now that we are (supposedly) leaving Iraq, here are my Top Ten Reasons why wars of choice last too long, and why it's so hard for politicians to wake up, smell the coffee, and just get out.
1. Political leaders get trapped by their own beliefs. All human beings tend to interpret new information in light of their pre-existing beliefs, and therefore tend to revise strongly-held views more slowly than they should. Having made the difficult decision to go to war (or to escalate a war that is already under way) it will be hard for any leader to rethink the merits of that decision, even if lots of information piles up suggesting that it was a blunder.
2. Information in war is often ambiguous. Another reason wars of choice last too long is that the case for cutting one's losses is rarely crystal-clear. Even if there is lots of evidence that the war is going badly, there are bound to be some positive signs too. Remember all those "benchmarks" the Bush administration developed for measuring progress in Iraq? If you have enough of them, you can always find a few items on the list where things are looking better. When the evidence is mixed (as it usually is), leaders are even less likely to rethink their beliefs that the war is worth fighting.
3. The "sunk cost fallacy." Once a country has invested significant amounts of blood and treasure in war, decisionmakers may erroneously believe that cutting losses would be "wasteful" and that it is necessary to fight on in order to redeem those earlier sacrifices. This reasoning is faulty: it only makes sense to continue a war if doing so is likely to lead to a better outcome at an acceptable cost. But politicians may not see it that way, especially if there are domestic constituencies that will remind them of the price that has already been paid and accuse them of squandering earlier sacrifices.
4. Political leaders have little incentive to admit mistakes and reverse course. President Bush took a huge gamble when he decided to invade Iraq in 2003. He naively believed a bunch of unreliable advisors, exaggerated the threat that Iraq posed to U.S. interests, and thought the invasion would "transform" the Middle East cheaply and quickly. When his calculations proved woefully wrong, admitting he had made a mistake would have been politically suicidal. Instead, like other leaders, he decided to "gamble for resurrection," in the hope that things would turn around and justify his original decision.
5. The people who got you into the war aren't the ones who can get you out. What goes for leaders goes for their subordinates too: was there any chance that the people who led Bush into Iraq (Rumsfeld, Cheney, Wolfowitz, Feith, Rice et al) would suddenly rethink their positions and help him get us out? Of course not. The literature on war termination shows clearly that ending a war usually requires getting rid of the team that got you in and it sometimes requires replacing the entire leadership coalition itself. It is no accident that U.S. strategy in Iraq didn't improve until Bush got rid of Rumsfeld and most of the neoconservatives, thereby making a change of course possible.
6. Great powers can always fight on. Another reason great powers fight "wars of choice" too long is simply because they can. The costs may be far greater than the benefits, but great powers are rarely driven from the field by a complete military collapse, especially when they are fighting much weaker adversaries. True, the Iraq war was a costly blunder, but the United States could have stayed in for another year or two or three if it absolutely had to. And we see the same phenomenon in Afghanistan: what's another $100 billion when your GDP is 13 trillion and when you can borrow the money from foreigners and make future generations pay for it?
To make matters worse, powerful states can always come up with new strategic innovations and convince themselves that this holds the key to victory. Commanders can be replaced, the field of battle can be expanded, new weapons can be developed and employed (drone wars, anyone?), or new tactics can be developed and implemented. And to be fair, in some cases strategic innovation will turn the tide and lead to victory. But the ability to keep trying something new also makes it harder for political leaders to conclude that the war just isn't worth continuing, because there will always be someone telling them that they have a clever idea that will win the war.
7. The military hates losing. We expect our military services to focus on winning, and we want them to execute assigned missions with enthusiasm and dedication. The uniformed services are often less prone to favor war than civilians are, but once they are sent in harm's way, they are probably the last institution who will want to admit that things aren't going well or recommend getting out short of victory. How many generals will tell the president that they simply can't win (or that they can't do so at an acceptable cost)? Plus, the Pentagon is bound to worry that it will be blamed for failure, even if it wasn't really their fault. The result is that the most politically powerful institution on matters of war and peace is going to be strongly biased toward "staying the course."
8. The people at the top may not know how bad things really are. This problem is a corollary of No. 7. In most bureaucracies -- including the military -- there's a tendency for good news to flow uphill and for bad news to get suppressed. Subordinates want to make themselves look good, and are likely to spin their own performance in a positive light. The generals charged with prosecuting the war are likely to present an upbeat picture, partly to sustain troop morale, partly to bolster public support and partly because they know that is what their civilian leaders want to hear. If this tendency is not countered, however, wars keep going because those responsible for the ultimate decisions do not have an accurate sense of what is really going on.
9. Exaggerated concern for "credibility." Great powers often stay in losing wars not because the stakes in a particular conflict are so large, but because they fear that withdrawal will have profound effects on their reputation and far-reaching repercussions elsewhere. The scholarly literature on this issue suggests that these concerns are usually exaggerated, but that doesn't stop pundits from making this claim and doesn't stop politicians from listening to it. This was a common refrain during the Vietnam War, of course, and we hear loud echoes of it now. If we get out of Afghanistan, we are told, al Qaeda will be emboldened, its recruitment will soar, and our allies around the world will conclude we are wimps and abandon us. Of course, getting out of Vietnam didn't have any of these effects (the United States won the Cold War, remember?) and it is just as likely that getting out of Afghanistan would undercut jihadi narratives about Western imperialism and allow the United States to focus its military efforts on places that really matter. Indeed, U.S. credibility may suffer far more if it keeps squandering its power on costly but unnecessary conflicts.
10. National pride. Nationalism is a very powerful force, and great powers usually have lots of reasons to be impressed by their own accomplishments. When you're very wealthy and very powerful, and when your national history is mostly one of great good fortune (e.g., like the United States), it is hard to believe that there are some military tasks that you may not be able to accomplish at an acceptable price tag. Lyndon Johnson just couldn't quite believe that "Asians in black pajamas" could defeat the mighty United States, and it must be hard for many Americans to figure out why we can't sort things out in Afghanistan, defeat the Taliban once and for all, and round up bin Laden while we are at it. On any list of the reasons why wars last too long, hubris deserves a prominent place.
None of this is to argue that great powers like the United States should never send troops in harm's way, or that sometimes they have to fight on even when things aren't going well. Instead, this list is a reminder that unleashing the dogs of war is an unpredictable business, and that is a whole lot easier to get in than it is to get out. Please remember that the next time someone comes up with a clever scheme for how the United States can solve all of its problems through some swift and surgical military strike. When a deal sounds too good to be true, it usually is.
When great powers intervene in minor countries, sometimes they win quick and fairly decisive victories. (Think U.S. in Grenada). When this happens, the only short-term problem is where to hold the victory parade and how many medals to give out. But when a war of choice goes badly, then national leaders have to decide either to cut their losses and get out or to "stay the course." If the opponent is an insatiable great power like the Third Reich, there may be little choice in the matter. But if the enemy is an insurgency in a relatively weak and unimportant state, and the challenge is nation-building in a society that you don't understand very well, it's a much trickier decision.
As we've seen in Iraq and are seeing again in Afghanistan, getting out of a quagmire is a whole lot harder than getting into one. Indeed, I'd argue that this is a general tendency in most wars of choice: they usually last longer than the people who launch them expect, and they usually cost a lot more. I'm hardly the first person to notice this phenomenon, which does make you wonder why it keeps happening.
In any case, now that we are (supposedly) leaving Iraq, here are my Top Ten Reasons why wars of choice last too long, and why it's so hard for politicians to wake up, smell the coffee, and just get out.
1. Political leaders get trapped by their own beliefs. All human beings tend to interpret new information in light of their pre-existing beliefs, and therefore tend to revise strongly-held views more slowly than they should. Having made the difficult decision to go to war (or to escalate a war that is already under way) it will be hard for any leader to rethink the merits of that decision, even if lots of information piles up suggesting that it was a blunder.
2. Information in war is often ambiguous. Another reason wars of choice last too long is that the case for cutting one's losses is rarely crystal-clear. Even if there is lots of evidence that the war is going badly, there are bound to be some positive signs too. Remember all those "benchmarks" the Bush administration developed for measuring progress in Iraq? If you have enough of them, you can always find a few items on the list where things are looking better. When the evidence is mixed (as it usually is), leaders are even less likely to rethink their beliefs that the war is worth fighting.
3. The "sunk cost fallacy." Once a country has invested significant amounts of blood and treasure in war, decisionmakers may erroneously believe that cutting losses would be "wasteful" and that it is necessary to fight on in order to redeem those earlier sacrifices. This reasoning is faulty: it only makes sense to continue a war if doing so is likely to lead to a better outcome at an acceptable cost. But politicians may not see it that way, especially if there are domestic constituencies that will remind them of the price that has already been paid and accuse them of squandering earlier sacrifices.
4. Political leaders have little incentive to admit mistakes and reverse course. President Bush took a huge gamble when he decided to invade Iraq in 2003. He naively believed a bunch of unreliable advisors, exaggerated the threat that Iraq posed to U.S. interests, and thought the invasion would "transform" the Middle East cheaply and quickly. When his calculations proved woefully wrong, admitting he had made a mistake would have been politically suicidal. Instead, like other leaders, he decided to "gamble for resurrection," in the hope that things would turn around and justify his original decision.
5. The people who got you into the war aren't the ones who can get you out. What goes for leaders goes for their subordinates too: was there any chance that the people who led Bush into Iraq (Rumsfeld, Cheney, Wolfowitz, Feith, Rice et al) would suddenly rethink their positions and help him get us out? Of course not. The literature on war termination shows clearly that ending a war usually requires getting rid of the team that got you in and it sometimes requires replacing the entire leadership coalition itself. It is no accident that U.S. strategy in Iraq didn't improve until Bush got rid of Rumsfeld and most of the neoconservatives, thereby making a change of course possible.
6. Great powers can always fight on. Another reason great powers fight "wars of choice" too long is simply because they can. The costs may be far greater than the benefits, but great powers are rarely driven from the field by a complete military collapse, especially when they are fighting much weaker adversaries. True, the Iraq war was a costly blunder, but the United States could have stayed in for another year or two or three if it absolutely had to. And we see the same phenomenon in Afghanistan: what's another $100 billion when your GDP is 13 trillion and when you can borrow the money from foreigners and make future generations pay for it?
To make matters worse, powerful states can always come up with new strategic innovations and convince themselves that this holds the key to victory. Commanders can be replaced, the field of battle can be expanded, new weapons can be developed and employed (drone wars, anyone?), or new tactics can be developed and implemented. And to be fair, in some cases strategic innovation will turn the tide and lead to victory. But the ability to keep trying something new also makes it harder for political leaders to conclude that the war just isn't worth continuing, because there will always be someone telling them that they have a clever idea that will win the war.
7. The military hates losing. We expect our military services to focus on winning, and we want them to execute assigned missions with enthusiasm and dedication. The uniformed services are often less prone to favor war than civilians are, but once they are sent in harm's way, they are probably the last institution who will want to admit that things aren't going well or recommend getting out short of victory. How many generals will tell the president that they simply can't win (or that they can't do so at an acceptable cost)? Plus, the Pentagon is bound to worry that it will be blamed for failure, even if it wasn't really their fault. The result is that the most politically powerful institution on matters of war and peace is going to be strongly biased toward "staying the course."
8. The people at the top may not know how bad things really are. This problem is a corollary of No. 7. In most bureaucracies -- including the military -- there's a tendency for good news to flow uphill and for bad news to get suppressed. Subordinates want to make themselves look good, and are likely to spin their own performance in a positive light. The generals charged with prosecuting the war are likely to present an upbeat picture, partly to sustain troop morale, partly to bolster public support and partly because they know that is what their civilian leaders want to hear. If this tendency is not countered, however, wars keep going because those responsible for the ultimate decisions do not have an accurate sense of what is really going on.
9. Exaggerated concern for "credibility." Great powers often stay in losing wars not because the stakes in a particular conflict are so large, but because they fear that withdrawal will have profound effects on their reputation and far-reaching repercussions elsewhere. The scholarly literature on this issue suggests that these concerns are usually exaggerated, but that doesn't stop pundits from making this claim and doesn't stop politicians from listening to it. This was a common refrain during the Vietnam War, of course, and we hear loud echoes of it now. If we get out of Afghanistan, we are told, al Qaeda will be emboldened, its recruitment will soar, and our allies around the world will conclude we are wimps and abandon us. Of course, getting out of Vietnam didn't have any of these effects (the United States won the Cold War, remember?) and it is just as likely that getting out of Afghanistan would undercut jihadi narratives about Western imperialism and allow the United States to focus its military efforts on places that really matter. Indeed, U.S. credibility may suffer far more if it keeps squandering its power on costly but unnecessary conflicts.
10. National pride. Nationalism is a very powerful force, and great powers usually have lots of reasons to be impressed by their own accomplishments. When you're very wealthy and very powerful, and when your national history is mostly one of great good fortune (e.g., like the United States), it is hard to believe that there are some military tasks that you may not be able to accomplish at an acceptable price tag. Lyndon Johnson just couldn't quite believe that "Asians in black pajamas" could defeat the mighty United States, and it must be hard for many Americans to figure out why we can't sort things out in Afghanistan, defeat the Taliban once and for all, and round up bin Laden while we are at it. On any list of the reasons why wars last too long, hubris deserves a prominent place.
None of this is to argue that great powers like the United States should never send troops in harm's way, or that sometimes they have to fight on even when things aren't going well. Instead, this list is a reminder that unleashing the dogs of war is an unpredictable business, and that is a whole lot easier to get in than it is to get out. Please remember that the next time someone comes up with a clever scheme for how the United States can solve all of its problems through some swift and surgical military strike. When a deal sounds too good to be true, it usually is.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Conceitos, Teoria, teoricos (textos e vídeos)
http://justworldnews.org/archives/Freem ... 2010-b.htm
Vacilante Pesquisa para a América para a Paz no Médio Oriente: Aberturas para os outros?
Observações pessoal do Ministério norueguês dos Negócios Estrangeiros Royal
e, separadamente, para os membros do Instituto Norueguês de Assuntos Internacionais
Embaixador Chas Freeman W., Jr. (USFS, Ret.)
01 de setembro de 2010, Oslo, Noruega
Você me pediu para falar com a actual política americana no Oriente Médio, com ênfase nas perspectivas de paz na Terra Santa. Você ainda sugeriu que eu toque sobre a relação dos árabes do Golfo, especialmente a Arábia Saudita, para isso. É uma honra e um desafio para abordar este assunto nesta capital / nesse ministério.
A declaração de princípios trabalhados em Oslo dezessete anos atrás, foi a última negociação direta entre israelenses e árabes palestinos para chegar conseqüentes resultados positivos. Os acordos de Oslo foram um verdadeiro passo em direção à paz, não é outro enganador pseudo-evento em um improdutivo indefinidamente, de modo "chamado processo de paz." E se um passo à frente em Oslo, em 1993, foi seguido por vários passos para trás, não há muito a ser aprendido como e por que aconteceu.
Não pode haver dúvida sobre a importância de o tema de hoje. O conflito em curso na Terra Santa, cada vez mais perturba mundo a consciência, bem como a sua tranquilidade. A-Palestina questão Israel começou como uma luta no contexto do colonialismo europeu. Na pós- era colonial, a tensão entre israelenses e palestinos despossuídos que se tornou, por graus, a principal fonte de radicalização e instabilidade no Oriente árabe e, em seguida, o mundo árabe como um todo. estimulou a escalada do terrorismo contra os israelenses em casa e seus aliados no exterior. Dado o fim da Guerra Fria, a interação entre Israel e palestinos a sua população em cativeiro surge como a fonte de conflito global. É cada vez mais difícil distinguir este conflito de uma guerra de religiões ou de um conflito de civilizações.
Para melhor ou para o mal, o meu país, os Estados Unidos desempenhou e continua a desempenhar o papel fundamental internacionais neste concurso. americana políticas, mais do que os de qualquer outro ator externo, têm a capacidade de estimular ou reprimir o ódio no Médio Oriente Leste e para espalhar a infecção ou inverter de todo o mundo. americana políticas e ações no Oriente Médio assim afetar muito mais do que naquela região.
No entanto, como vou argumentar, os Estados Unidos tem sido obcecado com processo em vez de substância. Não conseguiu envolver as partes que são essenciais para a paz. Agiu sobre o nome Israel para antecipar um pouco do que se alistar e regional de apoio internacional para a paz. É definiu as questões de uma forma que se opõem ao invés de promover o progresso. Seu conceito de um processo de paz ", portanto, tornar-se serva do expansionismo de Israel ao invés de um driver para a paz. Existem alternativas para diplomática da representação histórica de paz amanhã sobre o Potomac. E, como a Noruega tem mostrado, existe um papel para outros poderes que os Estados Unidos na criação de paz na Terra Santa.
Mais de trinta anos atrás, em Camp David, Jimmy Carter empurrou Israel através da porta para a paz que é Anwar Egito Sadat abriu. Vinte anos atrás, a primeira administração Bush pressionou Israel à mesa de negociações com líderes palestinos, preparando o cenário para as suas reuniões clandestinas em Oslo. A capacidade dos Estados Unidos para reunir outros governos atrás de uma causa que defende pode ter atrofiados, mas o poder americano continua a ser muito maior do que qualquer outra nação. nenhum lugar isso é mais evidente do que no Oriente Médio.
Por mais de quatro décadas, Israel tem sido capaz de contar com a ajuda dos Estados Unidos de dominar sua região militar e para sustentar a sua prosperidade económica. Ele contou sobre sua influência na política americana para bloquear a aplicação do direito internacional e para se proteger das repercussões políticas das suas políticas e ações. incondicional apoio norte-americano permitiu que Israel colocar a apreensão de mais terras nunca antes da realização de um modus vivendi com os palestinos ou árabes. Nem a resistência violenta dos despossuídos nem acusações do exterior têm interpôs sucessivos governos israelenses a questão, muito menos alterar a prioridade que atribui à terra sobre a paz.
Ironicamente, os palestinos também têm desenvolvido uma relação de dependência com a América. Isto tem bloqueado os em um quadro político em que Israel exerce uma influência determinante. Eles foram incapazes de acabar com a ocupação, massacres, limpeza étnica, e outras humilhações por soldados e colonos judeus. nem foram capazes de impedir seu confinamento progressivo checkpoint- guetos cercados na Cisjordânia e na prisão ao ar livre grande de Gaza.
Apesar desta terrível historial de insucesso, o monopólio americano sobre a gestão da procura da paz na Palestina continua a ser incontestável. Desde o fim da Guerra Fria, a Rússia - uma vez que um contendor para compensação influência na região - tem caído na impotência. O primeiro potências coloniais da União Europeia, que anteriormente lançou as bases para o conflito na região, em grande medida sentou-se em suas mãos ao tocar-lhes, conteúdo para deixar a América assumir a liderança. China, Índia e outras potências asiáticas têm prudentemente manteve sua política e distância militares. Na própria região, o Irã tem explorado e posicionou a causa palestina, sem fazer nada para avançar. Até recentemente, a Turquia manteve-se distante.
Em raras ocasiões, como no caso do embargo do petróleo árabe de 1973, os árabes têm apoiado a sua oposição verbal a Israel com a ação. Egito e da Jordânia estabeleceram-se em uma coexistência com Israel impopular que agora é sustentada apenas por subvenções E.U.. Arábia Saudita o dobro tomou a iniciativa de oferecer concessões diplomáticas Israel se fosse para celebrar acordos para a convivência pacífica com os palestinos. Mas, no geral, os governos árabes ganharam o desprezo dos palestinos e seu próprio povo por sua falta de compromisso sério. Para a maior parte , os líderes árabes timidamente exigiu que os Estados Unidos a resolver o problema da Palestina-Israel para eles, enquanto que obsequiosamente cortejar proteção americana contra Israel, uns aos outros, o Irão, e - em alguns casos - seu próprio frustrado e irritado cada vez mais indivíduos e cidadãos.
Islam encargos governantes com o dever de defender os fiéis e para defender a justiça. Exige que eles encarnam justiça. O ressentimento da maioria árabes muçulmanos em governar "elites falha sua para atender a essas normas gera simpatia pelo terrorismo dirigido não só a Israel, mas em ambos os Estados Unidos e os governos árabes a ela associados.
Os autores das 11, 2001, ataques terroristas de Setembro nos Estados Unidos vi em parte como represália a cumplicidade americana em crueldades israelense aos palestinos e outros árabes. Justificaram-lo como um ataque contra a defesa de Washington, de governos árabes dispostos a ignorar as contribuições americanas ao muçulmano sofrimento. da resposta de Washington para o ataque incluiu suspender os seus esforços para fazer a paz na Terra Santa, assim como invadir e Afeganistão ocupação e Iraque. Todas as três ações, inadvertidamente, reforçou o caso do terrorismo para atacar a América e seus aliados. A luta armada entre americanos e muçulmanos radicais já transbordou para o Paquistão, Iêmen, Somália e outros países. Autorizadas vozes em Israel, agora chamada de Irã para adicionar à lista de países em guerra com os Estados Unidos. Eles são ecoadas pelos neo-conservadores e os porta-vozes de sionistas em Estados Unidos,
O envolvimento crescente dos americanos em combate em terras muçulmanas inflamou-americano paixões anti e catalisou uma metástase do terrorismo. Isso tem causado uma crescente maioria do mundo 1.600 milhões muçulmanos de ver os Estados Unidos como uma ameaça à sua fé, sua maneira de vida, sua terra natal, e sua segurança pessoal. populistas e xenófobos americanos europeus, entretanto, inferiores e centrista muçulmano argumentos liberais contra a intolerância que autoriza o terrorismo e igualando o terrorismo extremista defende a sua com o Islã e seus seguidores. A atual explosão da demagogia preconceituoso sobre o construção de um centro cultural Islâmico e da Mesquita, em Nova York é apenas o exemplo mais recente disso. Sugere-se que o racismo ea islamofobia gritantes da política contemporânea de Israel é contagiosa. Ela exclui as alianças global contra extremistas religiosos que são essenciais para abranger as suas derrota política.
Obama incapacidade Presidente de quebrar este padrão deve ser um pessoal enorme decepção para ele. Ele entrou no escritório comprometido com a elaboração de uma nova relação com o mundo árabe e muçulmano. Sua primeira entrevista com a imprensa internacional foi com a televisão por satélite árabe. Estendeu a mão ao público e privadas para o Irã. Ele discursou no Parlamento turco, com empatia persuasivo. Viajou para um grande centro de estudos islâmicos no Cairo para entregar uma eloquente mensagem de conciliação notavelmente os muçulmanos em toda parte. Ele deixou claro que ele compreendeu a centralidade de injustiças na Holy Land estranhamento muçulmano do Ocidente. prometeu uma retirada responsável do Iraque e um recrafting criteriosa da estratégia no Afeganistão. Poucos dúvida a sinceridade do Sr. Obama. No entanto, nenhuma das suas iniciativas levou a qualquer mudança política pode detectar e muito menos acreditam em
Não me cabe a mim analisar ou explicar as grandes disparidades entre a retórica ea realização de Obama Administração mordomia de muitos aspectos tão do país meus assuntos. eleitores americanos vão tornar a sua formal sentença em primeiro lugar neste dois meses a partir de amanhã, na 2ª de novembro. A situação na Terra Santa, Iraque, Afeganistão e áreas adjacentes é apenas uma parte do que eles consideram como fazê-lo. Mas eu acho que vale a pena examinar brevemente algumas das mudanças na situação que garantir que as políticas de muitos uma vez que nos ajudaram a chegar até no Oriente Médio já não fazer isso.
Deixe-me começar com o processo de paz ", um perene hardy diplomáticos repertório de América que a administração Obama irá colocar de volta na exposição pública de amanhã. Durante a Guerra Fria, o surgimento de uma séria e "imparcial americana" busca pela paz no a Terra Santa era o preço de E.U. acesso e influência no Oriente Médio. É dado cobertura política para os governos árabes conservadores de anular a sua raiva em apoio dos EUA a Israel a fim de ficar com os Estados Unidos eo bloco ocidental contra o comunismo soviético. Manteve as relações dos EUA com Israel e os árabes de se tornar um jogo de soma zero. Ele mobilizou o apoio dos presidentes nacional judaico histórico. Claro, não tem havido um led "processo de paz americano" no Oriente Médio há pelo menos uma década. Ainda assim, o conceito de um processo de paz "se tornou um político de conveniência essencial para todos os interessados. Ninguém podia suportar a admitir que o processo de paz "havia expirado. Assim viveu sob a forma de fantasma.
Mesmo quando não havia nenhum processo de paz "," a possibilidade de ressuscitar uma esperança previsto para os crédulos, a cobertura da sedução, astuto para a imprensa, uma desculpa para não fazer nada para ganhar as do status quo, e - por último mas longe de ser pelo menos - emprego vitalício para a carreira de paz "processadores". A transformação da paz perpétua, sem a obrigação de produzi-la tem sido especialmente apreciada pelos dirigentes israelenses. Permitiu-los a se comportar como magos, estrangeiros atenção rebitar as distrações sem sentido em que sistematicamente removido palestinos a partir de suas casas, assente meio milhão ou mais judeus em áreas recém-desocupado dos territórios ocupados, e anexada uma área de terra para alargamento a Jerusalém eles insistem só pertence a Israel.
Os líderes palestinos com problemas de legitimidade, também tinha motivos para colaborar na busca de um processo de paz. " Não é apenas não houve, obviamente, a melhor maneira que ao final do seu povo está sofrendo. Playing "processo de paz" charadas justifica o patrocínio internacional e israelense apoio desses líderes necessidade de conservar o seu estatuto nos territórios ocupados. Ele garante que eles tenham acesso à mídia e de alto nível, direitos de visita em Washington. Entretanto, para os líderes americanos, o envolvimento em algum tipo de Oriente Médio "processo de paz" tem sido essencial para credibilidade no mundo árabe e islâmico, assim como com a sempre generosa comunidade judaica norte-americana. Pesquisas mostram que a maioria dos judeus norte-americanos estão impacientes para a paz. Apesar de todas as evidências em contrário, eles estão ansiosos para acreditar na boa vontade do governo de Israel para o comércio da terra para ele.
Anterior "processos de paz" têm explorado todos esses impulsos. Na prática, porém, estas distrações diplomáticas têm servido para ocultar as ações de Israel e evasivas que foram mais prejudicial do que útil para a paz em sua realização. Por trás de todas as tolices, o barulho de tratores tem nunca mais parou. Tendo em conta esta história, que tomou um ano e meio de esforço incansável por E.U. enviado especial George Mitchell para persuadir as partes até mesmo para atender diretamente a falar sobre negociações enquanto primeiro fez aqui em Oslo, há dezessete anos. Quando o cortina sobe no show diplomática em Washington amanhã, os jogadores colocados em um skit diferente? Há muitas razões para duvidar que o farão.
Uma delas é que a administração Obama contratou o envelhecimento empresários mesmo que encenaram os anteriormente falhou "processos de paz" para produzir e dirigir este não concordou com script. A última vez que esses caras encenado como mal preparado uma reunião, em Camp David, em 2000, que custou dois chefes de delegação, Ehud Barak e Yasser Arafat, a sua autoridade política. Não levaram à paz, mas a escalada da violência. As partes estão aparecendo neste momento para minimizar político constrangimento presidente Obama antes das eleições intercalares nos Estados Unidos Estados, para não dirigir a sua agenda - e ainda menos para resolver uns dos outros agendas. Estes são de facto dificuldades. Mas os problemas com este último - e possivelmente final - iteração do "processo de paz ineficaz perpetuamente" é mais fundamental.
O Partido Likud charter rejeita categoricamente o estabelecimento de um Estado árabe palestino a oeste do rio Jordão e estipula que: "Os palestinos podem executar a sua vida livremente no âmbito da auto-governo, mas não como um estado independente e soberano." Esta israelense governo está empenhado em que a Carta, bem como à guerra santa para judeus de terras na Palestina. Ele não tem interesse em negociá-lo cobiça da terra para uma paz que pode frustrar ainda mais a expansão territorial. Considera-se desacoplado pelas resoluções das Nações Unidas aplicável, os contratos de negociações de paz anteriores, o "Roteiro", ou a premissa da solução de dois Estados ".
Os palestinos estão desesperados para a dignidade ea segurança que somente o fim da ocupação israelense pode oferecer. Mas a autoridade dos negociadores palestinos para negociar repousa sobre o seu reconhecimento por parte de Israel e dos Estados Unidos, não na sua posição nos territórios ocupados, Gaza, ou da diáspora palestina. Fatah é a facção dominante em parte da Palestina. Sua autoridade para governar foi repudiado pelos eleitores nas últimas eleições palestinas. A administração Mahmoud Abbas mantém o poder pela graça da ocupação israelense e as autoridades dos Estados Unidos, que preferem para o governo poder pelo povo palestino nas urnas. Sr. prazo constitucional de Abbas de mandato expirou há muito. Ele preside um parlamento cujos membros mais influentes estão detidos em prisões israelenses. Não está claro para quem, a sua facção, ou a sua administração pode falar agora.
Assim, as negociações que começam amanhã prometem ser um caso de ir desinteressado pelos movimentos de negociação com o mandato de menor. As partes buscam essas conversas para acalmar uma América que tem diminuído gravemente a credibilidade internacional. O governo dos Estados Unidos teve que pedir a reputação modesto para a objetividade do outro - a União Europeia, Rússia e ONU - para ser capaz de convocar essa discussão. Será realizada sob os auspícios de um presidente norte-americano que foi humilhado publicamente pelo primeiro-ministro de Israel sobre a questão que está em o centro da disputa Israel-Palestina - continuando apreensão de Israel e da colonização das terras árabes.
Vagas promessas de um Estado palestino dentro de um ano agora flutuam através do ar. Mas o processo de paz "sempre sneered prazos, mesmo muito, muito mais firmes os. A mais definitiva promessa de um estado palestino independente dentro de um ano foi feito em três Annapolis anos atrás. análogas promessas de autodeterminação palestina ter precedido ou resultado de encontros anteriores, ao longo das décadas, começando com os acordos de Camp David de 1979. Muitos na platéia vai lembrar o-prazo de cinco anos fixado em Oslo. As conversas sobre as negociações que começam amanhã podem render resultados concretos só se a comunidade internacional está preparada neste momento para insistir no prazo de um ano-avançados para o reconhecimento de um Estado palestino. Mesmo assim, não haverá paz há muito tempo negligenciado as questões a menos que sejam abordadas.
Paz é um padrão de estabilidade aceitável para aqueles com capacidade para perturbá-la pela violência. É quase impossível impor. Ele não pode se tornar uma realidade, e menos ainda ser sustentada, se aqueles que devem aceitá-la são excluídos. Esta realidade direciona nossa atenção para que é não menos este ano em Washington e que deve ser feito para solucionar os problemas destas ausências criar.
Obviamente, o partido que ganhou o expresso mandato democrático do povo palestino para representá-los - o Hamas - não está lá. No entanto, não pode haver paz sem o seu buy-in. Egito e Jordânia foram convidados como observadores. No entanto, eles não têm nada a adicionar aos acordos de paz em separado cada um há muito tempo fez com Israel. (estes dois acordos foram explicitamente premissa relutante empresas israelenses para aceitar a autodeterminação palestina. O Estado judeu rapidamente finessed ambos). ativistas da diáspora judaica desproporcionalmente o pessoal da delegação americana. A incapacidade de conciliar tanto os judeus da diáspora americana ou para a paz na Palestina condenaria qualquer acordo. Mas a diáspora palestina estará representada em Washington só na teoria tênue, e não de fato.
Outros árabes, incluindo a Liga Árabe e autor de sua iniciativa de paz, Arábia Saudita, não será nas negociações de amanhã. As razões para isso são simples e complexas. Em um nível, que refletem tanto a convicção de que esta última parcela do "processo de paz" é apenas mais um numa longa série de espetáculos públicos para o eleitorado americano e também uma falta de confiança na autenticidade da delegação palestina. A outro nível, eles resultam da forma como os Estados Unidos definiu os problemas a serem resolvido ea indiferença aos interesses árabes e vê esta evidências definição. Então também, eles refletem desconecta na cultura política e do estilo de negociação entre israelenses, árabes e americanos.
Para começar, nem Israel nem os organizadores deste "processo de paz novas propostas" foram oficialmente reconhecidos ou respondeu à iniciativa de paz árabe de 2002. oferecidos Esta normalização das relações com o Estado judeu, Israel deveria fazer a paz com os palestinos. Em vez disso, Estados Unidos e do Quarteto ter parecido ao bolso a oferta árabe, ignorar a sua condição prévia que Israel chegar a um acordo com os palestinos, e passou a cobrar novas demandas.
Neste contexto, árabe reconhecimento making of de "Israel direito de existir" o objectivo central do processo de paz "ofende os árabes em muitos níveis. Ao elaborar a questão desta maneira, Israel e os Estados Unidos parecem estar se perguntando por algo muito além pragmática acomodação da realidade de um Estado judeu no Oriente Médio. Para os árabes, os americanos agora parecem estar a insistir no apoio árabe da idéia do estado de Israel, o meio pelo qual esse estado foi criado, ea forma em que tem-se comportava. Must árabes realmente abraçar o sionismo antes de Israel pode deixar de expansão e aceitar a paz?
Árabes e muçulmanos familiarizado com a história da Europa pode aceitar que anti-semitismo europeu justifica o estabelecimento de uma pátria para os judeus europeus, traumatizados. Mas, pedindo-lhes mesmo implicitamente a concordar que a expulsão forçada dos árabes palestinos era um meio adequado e moralmente, para esse efeito é tanto um nonstarter e seriamente off-putting. Então, é pedir-lhes para afirmar que a resistência a esse deslocamento foi e é pecado. Similarmente, os árabes ver a demanda que eles reconheçam um Estado judeu sem fronteiras fixas como uma tentativa inteligente para extrair seu endosso de Israel expansão unilateral, a expensas palestino.
A falta de recurso a esta abordagem tem sido agravada por um americano de longa data hábito de tratar as preocupações árabes sobre Israel como uma forma de anti-semitismo e ajuste para fora. Em vez de ouvir a resposta e views árabe, processadores de paz E.U. repetidamente focada em solicitar atos de bondade árabe contra Israel. Eles argumentam que os gestos de aceitação podem ajudar israelenses superar suas neuroses Holocausto de inspiração política e assumir riscos pela paz.
Cada vez que esta noção de diplomacia árabe como psicoterapia para os israelenses tem sido trotou para fora, ele foi recebido com incredulidade. Para a maioria na região, que resume o contraste entre a simpatia de Washington e solicitude para os israelenses e seus exploradores visão condescendente dos árabes. Alguns vêem como um mal disfarçado apelo para uma política de apaziguamento de Israel. Ainda outros suspeitar de uma tentativa de construir um processo de paz "em que os árabes começam a fonte de Israel com os presentes de cenoura de modo que os americanos possam continuar a evitar a aplicação de varas para ele.
O esforço para incentivar a generosidade árabe como um deslocamento de covardia política norte-americana vis-à-vis Israel é ridiculamente pouco convincente. Falhou muitas vezes de modo que deveria ser óbvio que não vai funcionar. Contudo, foi um elemento central de Mitchell mandato de George para o processo de paz "da diplomacia. E parece ter ressurgido como parte da proposta de acompanhamento para amanhã o encontro entre as partes, em Washington. Deve haver quebra-cabeça porque os sauditas e outros árabes não poderiam ser persuadidos a participar deste encontro.
Como um último pensamento antes de ligar para o que deve ser feito, deixe-me fazer um breve comentário sobre um fator cultural relevante. árabe tem duas diferentes palavras que são completamente traduzido como "negociação", fazendo uma distinção que não existe em qualquer Inglês ou hebraico. Uma palavra, "musaawama", refere-se-tabus, sem o processo de negociação que ocorre em bazares entre estranhos, que nunca poderá ver-se outra vez e que, portanto, não sinto nenhuma obrigação de não scam uns aos outros. Outro, mufaawadhat " ", descreve o debate formal sobre a matéria digna de honra e de altos princípios que têm lugar numa base de respeito mútuo e igualdade entre os estadistas que procuram um relacionamento contínuo.
Presidente Anwar Sadat viagem egípcio a Jerusalém foi um acto de grande sentido de Estado para iniciar um processo de mufaawadhat -, o edifício do relacionamento entre líderes e suas organizações políticas. Assim foi a iniciativa de paz árabe de 2002. Apelou para uma resposta em espécie. O Ocidente murmurou aprovação mas não agiu. Depois de um tempo, Israel respondeu com intermitente, oblíqua sugestões um pouco de vontade de regatear termos. Mas uma oferta para brigar sobre os termos em que um grande gesto tenha sido concedida, não surpreendentemente, vistos como ofensivamente responder.
Cito isto não quer dizer que não-árabes deveriam adoptar cânones do pensamento árabe, mas para fazer um ponto sobre a eficácia diplomática. Para mover um parceiro de negociação, a direção desejada, é preciso entender como o parceiro entende as coisas e ajudá-lo a ver um caminho a seguir que irá levá-lo a um fim, ele foi persuadido a desejar. Uma das razões que parece que não conseguimos mudar as coisas como nós desejamos no Oriente Médio é que não fazem muito esforço para compreender como a razão e os outros como classificam seus interesses. No caso da Palestina-Israel enigma, americanos somos muito na empatia e conhecimentos sobre Israel e muito, muito curto sobre estes para o árabe vários partidos. militarismo O essencial das políticas E.U. no Médio Oriente, acrescenta para as nossas dificuldades. Tornámo-nos hábeis em matar árabes. Nós nos esquecemos como ouvi-los e persuadi-los.
Eu não sou eu um arabista ", mas já tenho idade suficiente para se lembrar quando havia mais de um tal algumas pessoas no serviço diplomático americano. Estes eram os oficiais que se dedicavam ao cultivo de compreensão e empatia com os líderes árabes, de modo ser capaz de convencer esses líderes que estava em seu próprio interesse de fazer as coisas como vimos em nosso interesse. Se ainda temos essas pessoas, nós estamos nos escondendo-los bem, nós certamente não estão aplicando as suas competências na nossa diplomacia no Médio Oriente.
Isso me leva a algumas reflexões sobre os interesses ocidentais e árabes em jogo na Terra Santa e suas implicações para o que deve ser feito.
Nos negócios estrangeiros, os interesses são a medida de todas as coisas. Minha suposição é que os americanos e os noruegueses, os europeus em geral, na verdade, partilham interesses comuns que exigem a paz na Terra Santa. Na minha opinião, esses interesses incluem - mas são, naturalmente, não limitado a - a segurança e ganhando aceitação de um Estado democrático de Israel, eliminando a injustiças e humilhações diárias que fomentar o terrorismo árabe contra Israel e seus aliados estrangeiros e simpatizantes, bem como amigável regimes árabes; global e reverter a propagação do conflito religioso e preconceito, incluindo, provavelmente, um renascimento do anti-semitismo no Ocidente se as tendências atuais não são presos. Nenhuma dessas aspirações podem ser satisfeitas sem um fim à ocupação israelense ea liberdade para os palestinos.
Estados árabes, como Arábia Saudita, também têm fortes razões para querer o relevo da ocupação, assim como a autodeterminação para palestinos. Eles não podem ser causa para preservar a democracia de Israel, como somos, mas que partilham um interesse urgente para acabar com a radicalização da suas próprias populações, limitar a propagação do terrorismo islâmico, e eliminar as tensões com o Ocidente de que o conflito na Terra Santa combustíveis. Estas são as preocupações que levaram a propor-lhes a paz, como muito claramente que há oito anos. Para relacionados razões, o rei da Arábia Saudita, Abdullah fez do diálogo inter-religioso ea promoção da tolerância religiosa um foco principal de sua política interna e internacional.
Como o guardião de duas a três Islam lugares sagrados de peregrinação - Meca e Medina - A Arábia Saudita tem muito transcendeu sua própria notório religiosos estreiteza manter os lugares sagrados em sua carga aberto aos muçulmanos de todas as seitas e convicções. Esta experiência, juntou-se com piedade islâmica, reforça a insistência da Arábia sobre a isenção de peregrinação religiosa de Jerusalém, a interferência política ou manipulação. Os turcos otomanos tiveram o cuidado de garantir a liberdade de acesso para o culto a seguidores das três religiões abraâmicas, quando administrou a cidade. É uma interesse que, judeus, cristãos e muçulmanos compartilham.
Há, em suma, muito maior congruência entre os interesses ocidentais e árabes que afectam a disputa Israel-Palestina, que é geralmente reconhecido. Esta pode ser a base para a diplomacia criativa. O fato de que isso não tenha ocorrido reflete patologias da vida política nos Estados Unidos que paralisam a diplomáticas imaginação americana. da reunião de amanhã pode muito bem demonstrar que, a eleição de Barack Obama, não obstante, os Estados Unidos ainda é incapaz de gerenciar a realização da paz entre Israel e os árabes. Se assim for, é do interesse americano, bem como todos os outros do que os outros se tornam o caminho-breakers, alistando-se os Estados Unidos da melhor forma possível em prol do que conseguir, mas não esperava Latina para superar a sua incapacidade de liderar.
Aqui, penso eu, há uma lição a ser tirada da experiência da Noruega em 1990. A Administração Clinton foi feliz para organizar as relações públicas para os acordos de Oslo, mas não tomar posse deles. É pouco fez para protegê-los de subversão e derrubar, e nada a insistir na sua implementação. Somente a paz, um processo que é protegido contra a capacidade de Israel de manipular a política americana pode ter êxito.
Isto leva-me a forma como os europeus e os árabes podem trabalhar em conjunto para realizar os objectivos de ambas as partes com a maioria dos americanos: o estabelecimento de fronteiras internacionalmente reconhecidas de Israel, para garantir a liberdade para os palestinos, e acabar com o estímulo ao terrorismo na região e além dela que o conflito no Holy Land implica. Eu só tenho quatro sugestões a apresentar hoje. Espero que mais idéias surgirão a partir do período de discussão. Um esforço sério para cooperar com os árabes, do tipo que a Noruega é o único capaz de artifício podem levar ao desenvolvimento de ainda Mais opções de ação conjunta ou paralela, em nome da paz.
Agora a minha sugestão, apresentada em ordem crescente de dificuldade, desde o menor até o mais controverso.
Em primeiro lugar, começar por trás da iniciativa de paz árabe. Saudita frowns cultura árabe em auto-promoção e do Reino é menos talentoso do que a maioria de diplomacia pública. fatores políticos inibir o acesso Árabes oficial para a imprensa israelense. A imprensa israelense publicou alguns - principalmente desconsiderado - comentários sobre uma iniciativa de paz árabe, mas a maioria dos israelenses deixou ignorante do seu conteúdo e não familiarizados com o seu texto. Por que não comprar espaço na mídia israelense israelenses para dar a oportunidade de ler a declaração da Liga Árabe e considerar as oportunidades que ela oferece? Eu suspeito que os sauditas , bem como outros membros da Liga Árabe, julga que seria construtivo para uma parte externa para fazer isso. Pode facilitar a outros tipos de cooperação com os Estados em que as capacidades europeias também pode compensar a reticência árabe. Os turcos e outros não-árabes Os muçulmanos devem ser trazidos como participantes de pleno direito, em qualquer desses esforços. Isto não seria ruim para as relações da Europa com ambos. By the way, dado E.U. de mídia notória a unilateralidade ea ignorância americana sobre o plano de paz árabe, uma bem orientada campanha publicitária nos Estados Unidos pode não ser uma má idéia.
Em segundo lugar, ajudar a criar um parceiro palestino para a paz. Não pode haver paz com Israel a menos que haja funcionários que sejam habilitados pelo povo palestiniano para negociar e ratificar. Israel tem trabalhado arduamente para dividir os palestinos a fim de consolidar a conquista do seu pátria. Arábia Saudita, por diversas vezes procurou criar um parceiro de paz palestino para Israel, trazendo Fatah, Hamas e outras facções juntos. Em cada ocasião, Israel, com o apoio E.U., agiu para impedir isto. ativa organização não-americana Western apoio à diplomacia visando o restabelecimento de um governo de unidade nacional para a Autoridade Palestina poderia fazer uma grande diferença. A Administração Obama estaria sob forte pressão política interna para se juntar no bloqueio de Israel um europeu Árabe esforço conjunto para fazer isso. Em algumas circunstâncias, no entanto, pode ser posta de boas-vindas a este ensaio.
Em terceiro lugar, reafirmar e respeitar o direito internacional. O Conselho de Segurança é acusado de aplicar a regra do direito internacional. No caso do Oriente Médio, no entanto, o Conselho de posição no ápice do sistema internacional serviu para minar e subverter o ideal de um fim-bound internacionais regra. Quase quarenta vetos americanos têm impedido a aplicação à autoridades israelenses de ocupação das Convenções de Genebra, os precedentes Nuremberg, convenções de direitos humanos, e as directivas relevantes do Conselho de Segurança. diplomacia norte-americana, em nome do Estado judeu tem silenciado a voz coletiva da comunidade internacional, Israel foi colonizado e anexado ilegalmente grandes trechos de território ocupado, administrado punição coletiva de um povo cativo, assassinou os seus líderes políticos, civis massacrados, barrado investigadores da ONU, desafiou resoluções obrigatórias do Conselho de Segurança, e de outros envolvidos na comportamento scofflaw, geralmente com apenas mais frágil das justificativas juridicamente irrelevante.
Se a liquidação, a atividade de limpeza étnica, e como não são apenas "inútil", mas ilegal, a comunidade internacional deveria encontrar uma maneira de dizê-lo, mesmo se o Conselho de Segurança não pode. contrário, o precioso legado mais da civilização Atlântica - a sua visão do Estado de Direito - serão perdidos. Ao lado de um litígio sejam rotineiramente dispensados a partir de princípios, todos isentar-se, ea lei da selva prevalece. A comunidade internacional precisa coletivamente a afirmar que Israel, tanto como ocupante e como regional hegemonia militar, é legalmente responsável internacionalmente por suas ações. Se a Assembleia Geral da ONU não pode "unir-se para a paz" para fazer o que é uma incapacidade do Conselho de Segurança não pode, os Estados-Membros não deve encolher de trabalhar em conferência fora do quadro das Nações Unidas. Todos os lados do assassinato e caos na Terra Santa e para além dela precisam entender que eles não estão acima da lei. Se esta mensagem está bem entregue e cumprida, haverá uma melhor chance de paz.
Em quarto lugar, estabelecer um prazo ligado a um ultimato. Aceitar que os Estados Unidos vão frustrar qualquer tentativa do Conselho de Segurança da ONU para resolver o impasse permanente entre Israel e os palestinos. Organizar uma conferência global fora do sistema das Nações Unidas para coordenar uma decisão de informar a partes em litígio que podem atingir não acordo, se em um ano, uma das duas soluções será imposta. Agende uma-up conferência siga para um ano depois. A segunda conferência seria considerar a possibilidade de recomendar o reconhecimento universal de um Estado palestino na região além fronteiras de 1967 de Israel ou de reconhecimento de da realização Israel de jure , bem como de facto a soberania em toda a Palestina (o que exige de Israel a conceder a todos os regidos por ele a cidadania ea igualdade de direitos em pena de sanções internacionais, boicote e desinvestimento). Qualquer fórmula que obrigaria o partes para fazer um grande esforço para chegar a um acordo ou enfrentar as conseqüências de sua teimosia. Qualquer fórmula pode ser aplicada diretamente pelos Estados membros da comunidade internacional. Na verdade, qualquer prazo provocaria uma grave crise política em Israel e levar a diplomáticas confronto com os Estados Unidos, assim como Israel, apesar de a Administração Obama ter se proclamado um prazo de um ano, a fim de seduzir os palestinos de negociações amanhã. Mas tanto Israel como os Estados Unidos se beneficiariam imensamente de paz com os palestinos.
O tempo está se esgotando. A solução de dois estados podem já ter sido ultrapassado por grilagem de terras ea atividade de assentamento israelita. Outro ciclo de violência é provável que num futuro próximo. Se assim for, não vai ser local ou regional, mas global em seu alcance. ações de Israel são deslegitimação e isolá-lo até mesmo como eles se multiplicam o número de pessoas na região e fora dela que estão determinados a destruí-lo. palestino sofrimento é uma vergonha para toda a humanidade que a postura por si só não pode começar a aliviar. Tornou-se um câncer no islâmica corpo político. É infectando cada extremidade do globo com a raiva contra a injustiça que incita o terrorismo.
É hora de tentar novas abordagens. Por isso, a questão de saber se existe uma base de cooperação diplomática expandido entre europeus e árabes é como uma oportuna. E é por isso que fiquei contente, assim como a honra de ter sido convidado a definir o palco para uma discussão sobre esta questão.
Vacilante Pesquisa para a América para a Paz no Médio Oriente: Aberturas para os outros?
Observações pessoal do Ministério norueguês dos Negócios Estrangeiros Royal
e, separadamente, para os membros do Instituto Norueguês de Assuntos Internacionais
Embaixador Chas Freeman W., Jr. (USFS, Ret.)
01 de setembro de 2010, Oslo, Noruega
Você me pediu para falar com a actual política americana no Oriente Médio, com ênfase nas perspectivas de paz na Terra Santa. Você ainda sugeriu que eu toque sobre a relação dos árabes do Golfo, especialmente a Arábia Saudita, para isso. É uma honra e um desafio para abordar este assunto nesta capital / nesse ministério.
A declaração de princípios trabalhados em Oslo dezessete anos atrás, foi a última negociação direta entre israelenses e árabes palestinos para chegar conseqüentes resultados positivos. Os acordos de Oslo foram um verdadeiro passo em direção à paz, não é outro enganador pseudo-evento em um improdutivo indefinidamente, de modo "chamado processo de paz." E se um passo à frente em Oslo, em 1993, foi seguido por vários passos para trás, não há muito a ser aprendido como e por que aconteceu.
Não pode haver dúvida sobre a importância de o tema de hoje. O conflito em curso na Terra Santa, cada vez mais perturba mundo a consciência, bem como a sua tranquilidade. A-Palestina questão Israel começou como uma luta no contexto do colonialismo europeu. Na pós- era colonial, a tensão entre israelenses e palestinos despossuídos que se tornou, por graus, a principal fonte de radicalização e instabilidade no Oriente árabe e, em seguida, o mundo árabe como um todo. estimulou a escalada do terrorismo contra os israelenses em casa e seus aliados no exterior. Dado o fim da Guerra Fria, a interação entre Israel e palestinos a sua população em cativeiro surge como a fonte de conflito global. É cada vez mais difícil distinguir este conflito de uma guerra de religiões ou de um conflito de civilizações.
Para melhor ou para o mal, o meu país, os Estados Unidos desempenhou e continua a desempenhar o papel fundamental internacionais neste concurso. americana políticas, mais do que os de qualquer outro ator externo, têm a capacidade de estimular ou reprimir o ódio no Médio Oriente Leste e para espalhar a infecção ou inverter de todo o mundo. americana políticas e ações no Oriente Médio assim afetar muito mais do que naquela região.
No entanto, como vou argumentar, os Estados Unidos tem sido obcecado com processo em vez de substância. Não conseguiu envolver as partes que são essenciais para a paz. Agiu sobre o nome Israel para antecipar um pouco do que se alistar e regional de apoio internacional para a paz. É definiu as questões de uma forma que se opõem ao invés de promover o progresso. Seu conceito de um processo de paz ", portanto, tornar-se serva do expansionismo de Israel ao invés de um driver para a paz. Existem alternativas para diplomática da representação histórica de paz amanhã sobre o Potomac. E, como a Noruega tem mostrado, existe um papel para outros poderes que os Estados Unidos na criação de paz na Terra Santa.
Mais de trinta anos atrás, em Camp David, Jimmy Carter empurrou Israel através da porta para a paz que é Anwar Egito Sadat abriu. Vinte anos atrás, a primeira administração Bush pressionou Israel à mesa de negociações com líderes palestinos, preparando o cenário para as suas reuniões clandestinas em Oslo. A capacidade dos Estados Unidos para reunir outros governos atrás de uma causa que defende pode ter atrofiados, mas o poder americano continua a ser muito maior do que qualquer outra nação. nenhum lugar isso é mais evidente do que no Oriente Médio.
Por mais de quatro décadas, Israel tem sido capaz de contar com a ajuda dos Estados Unidos de dominar sua região militar e para sustentar a sua prosperidade económica. Ele contou sobre sua influência na política americana para bloquear a aplicação do direito internacional e para se proteger das repercussões políticas das suas políticas e ações. incondicional apoio norte-americano permitiu que Israel colocar a apreensão de mais terras nunca antes da realização de um modus vivendi com os palestinos ou árabes. Nem a resistência violenta dos despossuídos nem acusações do exterior têm interpôs sucessivos governos israelenses a questão, muito menos alterar a prioridade que atribui à terra sobre a paz.
Ironicamente, os palestinos também têm desenvolvido uma relação de dependência com a América. Isto tem bloqueado os em um quadro político em que Israel exerce uma influência determinante. Eles foram incapazes de acabar com a ocupação, massacres, limpeza étnica, e outras humilhações por soldados e colonos judeus. nem foram capazes de impedir seu confinamento progressivo checkpoint- guetos cercados na Cisjordânia e na prisão ao ar livre grande de Gaza.
Apesar desta terrível historial de insucesso, o monopólio americano sobre a gestão da procura da paz na Palestina continua a ser incontestável. Desde o fim da Guerra Fria, a Rússia - uma vez que um contendor para compensação influência na região - tem caído na impotência. O primeiro potências coloniais da União Europeia, que anteriormente lançou as bases para o conflito na região, em grande medida sentou-se em suas mãos ao tocar-lhes, conteúdo para deixar a América assumir a liderança. China, Índia e outras potências asiáticas têm prudentemente manteve sua política e distância militares. Na própria região, o Irã tem explorado e posicionou a causa palestina, sem fazer nada para avançar. Até recentemente, a Turquia manteve-se distante.
Em raras ocasiões, como no caso do embargo do petróleo árabe de 1973, os árabes têm apoiado a sua oposição verbal a Israel com a ação. Egito e da Jordânia estabeleceram-se em uma coexistência com Israel impopular que agora é sustentada apenas por subvenções E.U.. Arábia Saudita o dobro tomou a iniciativa de oferecer concessões diplomáticas Israel se fosse para celebrar acordos para a convivência pacífica com os palestinos. Mas, no geral, os governos árabes ganharam o desprezo dos palestinos e seu próprio povo por sua falta de compromisso sério. Para a maior parte , os líderes árabes timidamente exigiu que os Estados Unidos a resolver o problema da Palestina-Israel para eles, enquanto que obsequiosamente cortejar proteção americana contra Israel, uns aos outros, o Irão, e - em alguns casos - seu próprio frustrado e irritado cada vez mais indivíduos e cidadãos.
Islam encargos governantes com o dever de defender os fiéis e para defender a justiça. Exige que eles encarnam justiça. O ressentimento da maioria árabes muçulmanos em governar "elites falha sua para atender a essas normas gera simpatia pelo terrorismo dirigido não só a Israel, mas em ambos os Estados Unidos e os governos árabes a ela associados.
Os autores das 11, 2001, ataques terroristas de Setembro nos Estados Unidos vi em parte como represália a cumplicidade americana em crueldades israelense aos palestinos e outros árabes. Justificaram-lo como um ataque contra a defesa de Washington, de governos árabes dispostos a ignorar as contribuições americanas ao muçulmano sofrimento. da resposta de Washington para o ataque incluiu suspender os seus esforços para fazer a paz na Terra Santa, assim como invadir e Afeganistão ocupação e Iraque. Todas as três ações, inadvertidamente, reforçou o caso do terrorismo para atacar a América e seus aliados. A luta armada entre americanos e muçulmanos radicais já transbordou para o Paquistão, Iêmen, Somália e outros países. Autorizadas vozes em Israel, agora chamada de Irã para adicionar à lista de países em guerra com os Estados Unidos. Eles são ecoadas pelos neo-conservadores e os porta-vozes de sionistas em Estados Unidos,
O envolvimento crescente dos americanos em combate em terras muçulmanas inflamou-americano paixões anti e catalisou uma metástase do terrorismo. Isso tem causado uma crescente maioria do mundo 1.600 milhões muçulmanos de ver os Estados Unidos como uma ameaça à sua fé, sua maneira de vida, sua terra natal, e sua segurança pessoal. populistas e xenófobos americanos europeus, entretanto, inferiores e centrista muçulmano argumentos liberais contra a intolerância que autoriza o terrorismo e igualando o terrorismo extremista defende a sua com o Islã e seus seguidores. A atual explosão da demagogia preconceituoso sobre o construção de um centro cultural Islâmico e da Mesquita, em Nova York é apenas o exemplo mais recente disso. Sugere-se que o racismo ea islamofobia gritantes da política contemporânea de Israel é contagiosa. Ela exclui as alianças global contra extremistas religiosos que são essenciais para abranger as suas derrota política.
Obama incapacidade Presidente de quebrar este padrão deve ser um pessoal enorme decepção para ele. Ele entrou no escritório comprometido com a elaboração de uma nova relação com o mundo árabe e muçulmano. Sua primeira entrevista com a imprensa internacional foi com a televisão por satélite árabe. Estendeu a mão ao público e privadas para o Irã. Ele discursou no Parlamento turco, com empatia persuasivo. Viajou para um grande centro de estudos islâmicos no Cairo para entregar uma eloquente mensagem de conciliação notavelmente os muçulmanos em toda parte. Ele deixou claro que ele compreendeu a centralidade de injustiças na Holy Land estranhamento muçulmano do Ocidente. prometeu uma retirada responsável do Iraque e um recrafting criteriosa da estratégia no Afeganistão. Poucos dúvida a sinceridade do Sr. Obama. No entanto, nenhuma das suas iniciativas levou a qualquer mudança política pode detectar e muito menos acreditam em
Não me cabe a mim analisar ou explicar as grandes disparidades entre a retórica ea realização de Obama Administração mordomia de muitos aspectos tão do país meus assuntos. eleitores americanos vão tornar a sua formal sentença em primeiro lugar neste dois meses a partir de amanhã, na 2ª de novembro. A situação na Terra Santa, Iraque, Afeganistão e áreas adjacentes é apenas uma parte do que eles consideram como fazê-lo. Mas eu acho que vale a pena examinar brevemente algumas das mudanças na situação que garantir que as políticas de muitos uma vez que nos ajudaram a chegar até no Oriente Médio já não fazer isso.
Deixe-me começar com o processo de paz ", um perene hardy diplomáticos repertório de América que a administração Obama irá colocar de volta na exposição pública de amanhã. Durante a Guerra Fria, o surgimento de uma séria e "imparcial americana" busca pela paz no a Terra Santa era o preço de E.U. acesso e influência no Oriente Médio. É dado cobertura política para os governos árabes conservadores de anular a sua raiva em apoio dos EUA a Israel a fim de ficar com os Estados Unidos eo bloco ocidental contra o comunismo soviético. Manteve as relações dos EUA com Israel e os árabes de se tornar um jogo de soma zero. Ele mobilizou o apoio dos presidentes nacional judaico histórico. Claro, não tem havido um led "processo de paz americano" no Oriente Médio há pelo menos uma década. Ainda assim, o conceito de um processo de paz "se tornou um político de conveniência essencial para todos os interessados. Ninguém podia suportar a admitir que o processo de paz "havia expirado. Assim viveu sob a forma de fantasma.
Mesmo quando não havia nenhum processo de paz "," a possibilidade de ressuscitar uma esperança previsto para os crédulos, a cobertura da sedução, astuto para a imprensa, uma desculpa para não fazer nada para ganhar as do status quo, e - por último mas longe de ser pelo menos - emprego vitalício para a carreira de paz "processadores". A transformação da paz perpétua, sem a obrigação de produzi-la tem sido especialmente apreciada pelos dirigentes israelenses. Permitiu-los a se comportar como magos, estrangeiros atenção rebitar as distrações sem sentido em que sistematicamente removido palestinos a partir de suas casas, assente meio milhão ou mais judeus em áreas recém-desocupado dos territórios ocupados, e anexada uma área de terra para alargamento a Jerusalém eles insistem só pertence a Israel.
Os líderes palestinos com problemas de legitimidade, também tinha motivos para colaborar na busca de um processo de paz. " Não é apenas não houve, obviamente, a melhor maneira que ao final do seu povo está sofrendo. Playing "processo de paz" charadas justifica o patrocínio internacional e israelense apoio desses líderes necessidade de conservar o seu estatuto nos territórios ocupados. Ele garante que eles tenham acesso à mídia e de alto nível, direitos de visita em Washington. Entretanto, para os líderes americanos, o envolvimento em algum tipo de Oriente Médio "processo de paz" tem sido essencial para credibilidade no mundo árabe e islâmico, assim como com a sempre generosa comunidade judaica norte-americana. Pesquisas mostram que a maioria dos judeus norte-americanos estão impacientes para a paz. Apesar de todas as evidências em contrário, eles estão ansiosos para acreditar na boa vontade do governo de Israel para o comércio da terra para ele.
Anterior "processos de paz" têm explorado todos esses impulsos. Na prática, porém, estas distrações diplomáticas têm servido para ocultar as ações de Israel e evasivas que foram mais prejudicial do que útil para a paz em sua realização. Por trás de todas as tolices, o barulho de tratores tem nunca mais parou. Tendo em conta esta história, que tomou um ano e meio de esforço incansável por E.U. enviado especial George Mitchell para persuadir as partes até mesmo para atender diretamente a falar sobre negociações enquanto primeiro fez aqui em Oslo, há dezessete anos. Quando o cortina sobe no show diplomática em Washington amanhã, os jogadores colocados em um skit diferente? Há muitas razões para duvidar que o farão.
Uma delas é que a administração Obama contratou o envelhecimento empresários mesmo que encenaram os anteriormente falhou "processos de paz" para produzir e dirigir este não concordou com script. A última vez que esses caras encenado como mal preparado uma reunião, em Camp David, em 2000, que custou dois chefes de delegação, Ehud Barak e Yasser Arafat, a sua autoridade política. Não levaram à paz, mas a escalada da violência. As partes estão aparecendo neste momento para minimizar político constrangimento presidente Obama antes das eleições intercalares nos Estados Unidos Estados, para não dirigir a sua agenda - e ainda menos para resolver uns dos outros agendas. Estes são de facto dificuldades. Mas os problemas com este último - e possivelmente final - iteração do "processo de paz ineficaz perpetuamente" é mais fundamental.
O Partido Likud charter rejeita categoricamente o estabelecimento de um Estado árabe palestino a oeste do rio Jordão e estipula que: "Os palestinos podem executar a sua vida livremente no âmbito da auto-governo, mas não como um estado independente e soberano." Esta israelense governo está empenhado em que a Carta, bem como à guerra santa para judeus de terras na Palestina. Ele não tem interesse em negociá-lo cobiça da terra para uma paz que pode frustrar ainda mais a expansão territorial. Considera-se desacoplado pelas resoluções das Nações Unidas aplicável, os contratos de negociações de paz anteriores, o "Roteiro", ou a premissa da solução de dois Estados ".
Os palestinos estão desesperados para a dignidade ea segurança que somente o fim da ocupação israelense pode oferecer. Mas a autoridade dos negociadores palestinos para negociar repousa sobre o seu reconhecimento por parte de Israel e dos Estados Unidos, não na sua posição nos territórios ocupados, Gaza, ou da diáspora palestina. Fatah é a facção dominante em parte da Palestina. Sua autoridade para governar foi repudiado pelos eleitores nas últimas eleições palestinas. A administração Mahmoud Abbas mantém o poder pela graça da ocupação israelense e as autoridades dos Estados Unidos, que preferem para o governo poder pelo povo palestino nas urnas. Sr. prazo constitucional de Abbas de mandato expirou há muito. Ele preside um parlamento cujos membros mais influentes estão detidos em prisões israelenses. Não está claro para quem, a sua facção, ou a sua administração pode falar agora.
Assim, as negociações que começam amanhã prometem ser um caso de ir desinteressado pelos movimentos de negociação com o mandato de menor. As partes buscam essas conversas para acalmar uma América que tem diminuído gravemente a credibilidade internacional. O governo dos Estados Unidos teve que pedir a reputação modesto para a objetividade do outro - a União Europeia, Rússia e ONU - para ser capaz de convocar essa discussão. Será realizada sob os auspícios de um presidente norte-americano que foi humilhado publicamente pelo primeiro-ministro de Israel sobre a questão que está em o centro da disputa Israel-Palestina - continuando apreensão de Israel e da colonização das terras árabes.
Vagas promessas de um Estado palestino dentro de um ano agora flutuam através do ar. Mas o processo de paz "sempre sneered prazos, mesmo muito, muito mais firmes os. A mais definitiva promessa de um estado palestino independente dentro de um ano foi feito em três Annapolis anos atrás. análogas promessas de autodeterminação palestina ter precedido ou resultado de encontros anteriores, ao longo das décadas, começando com os acordos de Camp David de 1979. Muitos na platéia vai lembrar o-prazo de cinco anos fixado em Oslo. As conversas sobre as negociações que começam amanhã podem render resultados concretos só se a comunidade internacional está preparada neste momento para insistir no prazo de um ano-avançados para o reconhecimento de um Estado palestino. Mesmo assim, não haverá paz há muito tempo negligenciado as questões a menos que sejam abordadas.
Paz é um padrão de estabilidade aceitável para aqueles com capacidade para perturbá-la pela violência. É quase impossível impor. Ele não pode se tornar uma realidade, e menos ainda ser sustentada, se aqueles que devem aceitá-la são excluídos. Esta realidade direciona nossa atenção para que é não menos este ano em Washington e que deve ser feito para solucionar os problemas destas ausências criar.
Obviamente, o partido que ganhou o expresso mandato democrático do povo palestino para representá-los - o Hamas - não está lá. No entanto, não pode haver paz sem o seu buy-in. Egito e Jordânia foram convidados como observadores. No entanto, eles não têm nada a adicionar aos acordos de paz em separado cada um há muito tempo fez com Israel. (estes dois acordos foram explicitamente premissa relutante empresas israelenses para aceitar a autodeterminação palestina. O Estado judeu rapidamente finessed ambos). ativistas da diáspora judaica desproporcionalmente o pessoal da delegação americana. A incapacidade de conciliar tanto os judeus da diáspora americana ou para a paz na Palestina condenaria qualquer acordo. Mas a diáspora palestina estará representada em Washington só na teoria tênue, e não de fato.
Outros árabes, incluindo a Liga Árabe e autor de sua iniciativa de paz, Arábia Saudita, não será nas negociações de amanhã. As razões para isso são simples e complexas. Em um nível, que refletem tanto a convicção de que esta última parcela do "processo de paz" é apenas mais um numa longa série de espetáculos públicos para o eleitorado americano e também uma falta de confiança na autenticidade da delegação palestina. A outro nível, eles resultam da forma como os Estados Unidos definiu os problemas a serem resolvido ea indiferença aos interesses árabes e vê esta evidências definição. Então também, eles refletem desconecta na cultura política e do estilo de negociação entre israelenses, árabes e americanos.
Para começar, nem Israel nem os organizadores deste "processo de paz novas propostas" foram oficialmente reconhecidos ou respondeu à iniciativa de paz árabe de 2002. oferecidos Esta normalização das relações com o Estado judeu, Israel deveria fazer a paz com os palestinos. Em vez disso, Estados Unidos e do Quarteto ter parecido ao bolso a oferta árabe, ignorar a sua condição prévia que Israel chegar a um acordo com os palestinos, e passou a cobrar novas demandas.
Neste contexto, árabe reconhecimento making of de "Israel direito de existir" o objectivo central do processo de paz "ofende os árabes em muitos níveis. Ao elaborar a questão desta maneira, Israel e os Estados Unidos parecem estar se perguntando por algo muito além pragmática acomodação da realidade de um Estado judeu no Oriente Médio. Para os árabes, os americanos agora parecem estar a insistir no apoio árabe da idéia do estado de Israel, o meio pelo qual esse estado foi criado, ea forma em que tem-se comportava. Must árabes realmente abraçar o sionismo antes de Israel pode deixar de expansão e aceitar a paz?
Árabes e muçulmanos familiarizado com a história da Europa pode aceitar que anti-semitismo europeu justifica o estabelecimento de uma pátria para os judeus europeus, traumatizados. Mas, pedindo-lhes mesmo implicitamente a concordar que a expulsão forçada dos árabes palestinos era um meio adequado e moralmente, para esse efeito é tanto um nonstarter e seriamente off-putting. Então, é pedir-lhes para afirmar que a resistência a esse deslocamento foi e é pecado. Similarmente, os árabes ver a demanda que eles reconheçam um Estado judeu sem fronteiras fixas como uma tentativa inteligente para extrair seu endosso de Israel expansão unilateral, a expensas palestino.
A falta de recurso a esta abordagem tem sido agravada por um americano de longa data hábito de tratar as preocupações árabes sobre Israel como uma forma de anti-semitismo e ajuste para fora. Em vez de ouvir a resposta e views árabe, processadores de paz E.U. repetidamente focada em solicitar atos de bondade árabe contra Israel. Eles argumentam que os gestos de aceitação podem ajudar israelenses superar suas neuroses Holocausto de inspiração política e assumir riscos pela paz.
Cada vez que esta noção de diplomacia árabe como psicoterapia para os israelenses tem sido trotou para fora, ele foi recebido com incredulidade. Para a maioria na região, que resume o contraste entre a simpatia de Washington e solicitude para os israelenses e seus exploradores visão condescendente dos árabes. Alguns vêem como um mal disfarçado apelo para uma política de apaziguamento de Israel. Ainda outros suspeitar de uma tentativa de construir um processo de paz "em que os árabes começam a fonte de Israel com os presentes de cenoura de modo que os americanos possam continuar a evitar a aplicação de varas para ele.
O esforço para incentivar a generosidade árabe como um deslocamento de covardia política norte-americana vis-à-vis Israel é ridiculamente pouco convincente. Falhou muitas vezes de modo que deveria ser óbvio que não vai funcionar. Contudo, foi um elemento central de Mitchell mandato de George para o processo de paz "da diplomacia. E parece ter ressurgido como parte da proposta de acompanhamento para amanhã o encontro entre as partes, em Washington. Deve haver quebra-cabeça porque os sauditas e outros árabes não poderiam ser persuadidos a participar deste encontro.
Como um último pensamento antes de ligar para o que deve ser feito, deixe-me fazer um breve comentário sobre um fator cultural relevante. árabe tem duas diferentes palavras que são completamente traduzido como "negociação", fazendo uma distinção que não existe em qualquer Inglês ou hebraico. Uma palavra, "musaawama", refere-se-tabus, sem o processo de negociação que ocorre em bazares entre estranhos, que nunca poderá ver-se outra vez e que, portanto, não sinto nenhuma obrigação de não scam uns aos outros. Outro, mufaawadhat " ", descreve o debate formal sobre a matéria digna de honra e de altos princípios que têm lugar numa base de respeito mútuo e igualdade entre os estadistas que procuram um relacionamento contínuo.
Presidente Anwar Sadat viagem egípcio a Jerusalém foi um acto de grande sentido de Estado para iniciar um processo de mufaawadhat -, o edifício do relacionamento entre líderes e suas organizações políticas. Assim foi a iniciativa de paz árabe de 2002. Apelou para uma resposta em espécie. O Ocidente murmurou aprovação mas não agiu. Depois de um tempo, Israel respondeu com intermitente, oblíqua sugestões um pouco de vontade de regatear termos. Mas uma oferta para brigar sobre os termos em que um grande gesto tenha sido concedida, não surpreendentemente, vistos como ofensivamente responder.
Cito isto não quer dizer que não-árabes deveriam adoptar cânones do pensamento árabe, mas para fazer um ponto sobre a eficácia diplomática. Para mover um parceiro de negociação, a direção desejada, é preciso entender como o parceiro entende as coisas e ajudá-lo a ver um caminho a seguir que irá levá-lo a um fim, ele foi persuadido a desejar. Uma das razões que parece que não conseguimos mudar as coisas como nós desejamos no Oriente Médio é que não fazem muito esforço para compreender como a razão e os outros como classificam seus interesses. No caso da Palestina-Israel enigma, americanos somos muito na empatia e conhecimentos sobre Israel e muito, muito curto sobre estes para o árabe vários partidos. militarismo O essencial das políticas E.U. no Médio Oriente, acrescenta para as nossas dificuldades. Tornámo-nos hábeis em matar árabes. Nós nos esquecemos como ouvi-los e persuadi-los.
Eu não sou eu um arabista ", mas já tenho idade suficiente para se lembrar quando havia mais de um tal algumas pessoas no serviço diplomático americano. Estes eram os oficiais que se dedicavam ao cultivo de compreensão e empatia com os líderes árabes, de modo ser capaz de convencer esses líderes que estava em seu próprio interesse de fazer as coisas como vimos em nosso interesse. Se ainda temos essas pessoas, nós estamos nos escondendo-los bem, nós certamente não estão aplicando as suas competências na nossa diplomacia no Médio Oriente.
Isso me leva a algumas reflexões sobre os interesses ocidentais e árabes em jogo na Terra Santa e suas implicações para o que deve ser feito.
Nos negócios estrangeiros, os interesses são a medida de todas as coisas. Minha suposição é que os americanos e os noruegueses, os europeus em geral, na verdade, partilham interesses comuns que exigem a paz na Terra Santa. Na minha opinião, esses interesses incluem - mas são, naturalmente, não limitado a - a segurança e ganhando aceitação de um Estado democrático de Israel, eliminando a injustiças e humilhações diárias que fomentar o terrorismo árabe contra Israel e seus aliados estrangeiros e simpatizantes, bem como amigável regimes árabes; global e reverter a propagação do conflito religioso e preconceito, incluindo, provavelmente, um renascimento do anti-semitismo no Ocidente se as tendências atuais não são presos. Nenhuma dessas aspirações podem ser satisfeitas sem um fim à ocupação israelense ea liberdade para os palestinos.
Estados árabes, como Arábia Saudita, também têm fortes razões para querer o relevo da ocupação, assim como a autodeterminação para palestinos. Eles não podem ser causa para preservar a democracia de Israel, como somos, mas que partilham um interesse urgente para acabar com a radicalização da suas próprias populações, limitar a propagação do terrorismo islâmico, e eliminar as tensões com o Ocidente de que o conflito na Terra Santa combustíveis. Estas são as preocupações que levaram a propor-lhes a paz, como muito claramente que há oito anos. Para relacionados razões, o rei da Arábia Saudita, Abdullah fez do diálogo inter-religioso ea promoção da tolerância religiosa um foco principal de sua política interna e internacional.
Como o guardião de duas a três Islam lugares sagrados de peregrinação - Meca e Medina - A Arábia Saudita tem muito transcendeu sua própria notório religiosos estreiteza manter os lugares sagrados em sua carga aberto aos muçulmanos de todas as seitas e convicções. Esta experiência, juntou-se com piedade islâmica, reforça a insistência da Arábia sobre a isenção de peregrinação religiosa de Jerusalém, a interferência política ou manipulação. Os turcos otomanos tiveram o cuidado de garantir a liberdade de acesso para o culto a seguidores das três religiões abraâmicas, quando administrou a cidade. É uma interesse que, judeus, cristãos e muçulmanos compartilham.
Há, em suma, muito maior congruência entre os interesses ocidentais e árabes que afectam a disputa Israel-Palestina, que é geralmente reconhecido. Esta pode ser a base para a diplomacia criativa. O fato de que isso não tenha ocorrido reflete patologias da vida política nos Estados Unidos que paralisam a diplomáticas imaginação americana. da reunião de amanhã pode muito bem demonstrar que, a eleição de Barack Obama, não obstante, os Estados Unidos ainda é incapaz de gerenciar a realização da paz entre Israel e os árabes. Se assim for, é do interesse americano, bem como todos os outros do que os outros se tornam o caminho-breakers, alistando-se os Estados Unidos da melhor forma possível em prol do que conseguir, mas não esperava Latina para superar a sua incapacidade de liderar.
Aqui, penso eu, há uma lição a ser tirada da experiência da Noruega em 1990. A Administração Clinton foi feliz para organizar as relações públicas para os acordos de Oslo, mas não tomar posse deles. É pouco fez para protegê-los de subversão e derrubar, e nada a insistir na sua implementação. Somente a paz, um processo que é protegido contra a capacidade de Israel de manipular a política americana pode ter êxito.
Isto leva-me a forma como os europeus e os árabes podem trabalhar em conjunto para realizar os objectivos de ambas as partes com a maioria dos americanos: o estabelecimento de fronteiras internacionalmente reconhecidas de Israel, para garantir a liberdade para os palestinos, e acabar com o estímulo ao terrorismo na região e além dela que o conflito no Holy Land implica. Eu só tenho quatro sugestões a apresentar hoje. Espero que mais idéias surgirão a partir do período de discussão. Um esforço sério para cooperar com os árabes, do tipo que a Noruega é o único capaz de artifício podem levar ao desenvolvimento de ainda Mais opções de ação conjunta ou paralela, em nome da paz.
Agora a minha sugestão, apresentada em ordem crescente de dificuldade, desde o menor até o mais controverso.
Em primeiro lugar, começar por trás da iniciativa de paz árabe. Saudita frowns cultura árabe em auto-promoção e do Reino é menos talentoso do que a maioria de diplomacia pública. fatores políticos inibir o acesso Árabes oficial para a imprensa israelense. A imprensa israelense publicou alguns - principalmente desconsiderado - comentários sobre uma iniciativa de paz árabe, mas a maioria dos israelenses deixou ignorante do seu conteúdo e não familiarizados com o seu texto. Por que não comprar espaço na mídia israelense israelenses para dar a oportunidade de ler a declaração da Liga Árabe e considerar as oportunidades que ela oferece? Eu suspeito que os sauditas , bem como outros membros da Liga Árabe, julga que seria construtivo para uma parte externa para fazer isso. Pode facilitar a outros tipos de cooperação com os Estados em que as capacidades europeias também pode compensar a reticência árabe. Os turcos e outros não-árabes Os muçulmanos devem ser trazidos como participantes de pleno direito, em qualquer desses esforços. Isto não seria ruim para as relações da Europa com ambos. By the way, dado E.U. de mídia notória a unilateralidade ea ignorância americana sobre o plano de paz árabe, uma bem orientada campanha publicitária nos Estados Unidos pode não ser uma má idéia.
Em segundo lugar, ajudar a criar um parceiro palestino para a paz. Não pode haver paz com Israel a menos que haja funcionários que sejam habilitados pelo povo palestiniano para negociar e ratificar. Israel tem trabalhado arduamente para dividir os palestinos a fim de consolidar a conquista do seu pátria. Arábia Saudita, por diversas vezes procurou criar um parceiro de paz palestino para Israel, trazendo Fatah, Hamas e outras facções juntos. Em cada ocasião, Israel, com o apoio E.U., agiu para impedir isto. ativa organização não-americana Western apoio à diplomacia visando o restabelecimento de um governo de unidade nacional para a Autoridade Palestina poderia fazer uma grande diferença. A Administração Obama estaria sob forte pressão política interna para se juntar no bloqueio de Israel um europeu Árabe esforço conjunto para fazer isso. Em algumas circunstâncias, no entanto, pode ser posta de boas-vindas a este ensaio.
Em terceiro lugar, reafirmar e respeitar o direito internacional. O Conselho de Segurança é acusado de aplicar a regra do direito internacional. No caso do Oriente Médio, no entanto, o Conselho de posição no ápice do sistema internacional serviu para minar e subverter o ideal de um fim-bound internacionais regra. Quase quarenta vetos americanos têm impedido a aplicação à autoridades israelenses de ocupação das Convenções de Genebra, os precedentes Nuremberg, convenções de direitos humanos, e as directivas relevantes do Conselho de Segurança. diplomacia norte-americana, em nome do Estado judeu tem silenciado a voz coletiva da comunidade internacional, Israel foi colonizado e anexado ilegalmente grandes trechos de território ocupado, administrado punição coletiva de um povo cativo, assassinou os seus líderes políticos, civis massacrados, barrado investigadores da ONU, desafiou resoluções obrigatórias do Conselho de Segurança, e de outros envolvidos na comportamento scofflaw, geralmente com apenas mais frágil das justificativas juridicamente irrelevante.
Se a liquidação, a atividade de limpeza étnica, e como não são apenas "inútil", mas ilegal, a comunidade internacional deveria encontrar uma maneira de dizê-lo, mesmo se o Conselho de Segurança não pode. contrário, o precioso legado mais da civilização Atlântica - a sua visão do Estado de Direito - serão perdidos. Ao lado de um litígio sejam rotineiramente dispensados a partir de princípios, todos isentar-se, ea lei da selva prevalece. A comunidade internacional precisa coletivamente a afirmar que Israel, tanto como ocupante e como regional hegemonia militar, é legalmente responsável internacionalmente por suas ações. Se a Assembleia Geral da ONU não pode "unir-se para a paz" para fazer o que é uma incapacidade do Conselho de Segurança não pode, os Estados-Membros não deve encolher de trabalhar em conferência fora do quadro das Nações Unidas. Todos os lados do assassinato e caos na Terra Santa e para além dela precisam entender que eles não estão acima da lei. Se esta mensagem está bem entregue e cumprida, haverá uma melhor chance de paz.
Em quarto lugar, estabelecer um prazo ligado a um ultimato. Aceitar que os Estados Unidos vão frustrar qualquer tentativa do Conselho de Segurança da ONU para resolver o impasse permanente entre Israel e os palestinos. Organizar uma conferência global fora do sistema das Nações Unidas para coordenar uma decisão de informar a partes em litígio que podem atingir não acordo, se em um ano, uma das duas soluções será imposta. Agende uma-up conferência siga para um ano depois. A segunda conferência seria considerar a possibilidade de recomendar o reconhecimento universal de um Estado palestino na região além fronteiras de 1967 de Israel ou de reconhecimento de da realização Israel de jure , bem como de facto a soberania em toda a Palestina (o que exige de Israel a conceder a todos os regidos por ele a cidadania ea igualdade de direitos em pena de sanções internacionais, boicote e desinvestimento). Qualquer fórmula que obrigaria o partes para fazer um grande esforço para chegar a um acordo ou enfrentar as conseqüências de sua teimosia. Qualquer fórmula pode ser aplicada diretamente pelos Estados membros da comunidade internacional. Na verdade, qualquer prazo provocaria uma grave crise política em Israel e levar a diplomáticas confronto com os Estados Unidos, assim como Israel, apesar de a Administração Obama ter se proclamado um prazo de um ano, a fim de seduzir os palestinos de negociações amanhã. Mas tanto Israel como os Estados Unidos se beneficiariam imensamente de paz com os palestinos.
O tempo está se esgotando. A solução de dois estados podem já ter sido ultrapassado por grilagem de terras ea atividade de assentamento israelita. Outro ciclo de violência é provável que num futuro próximo. Se assim for, não vai ser local ou regional, mas global em seu alcance. ações de Israel são deslegitimação e isolá-lo até mesmo como eles se multiplicam o número de pessoas na região e fora dela que estão determinados a destruí-lo. palestino sofrimento é uma vergonha para toda a humanidade que a postura por si só não pode começar a aliviar. Tornou-se um câncer no islâmica corpo político. É infectando cada extremidade do globo com a raiva contra a injustiça que incita o terrorismo.
É hora de tentar novas abordagens. Por isso, a questão de saber se existe uma base de cooperação diplomática expandido entre europeus e árabes é como uma oportuna. E é por isso que fiquei contente, assim como a honra de ter sido convidado a definir o palco para uma discussão sobre esta questão.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Conceitos, Teoria, teoricos (textos e vídeos)
Reihan Salam wades into the inequality waters to make the important point that if looked at before taxes and transfers then European inequality has increased by a quite a lot during the same period US inequality increased. The reason actual European gini coefficients haven’t exploded as much is that European voters have elected politicians who engage in a great deal of income redistribution.
As illustrated by the Lane Kenworthy chart I’ve reproduced at the right, low-inequality countries tend to spend large sums of money on transfer payments that reduce the gini coefficient. I would further add that in many of these countries public services are simply of higher quality, which further diminishes the reality of post-tax inequality.
That said Tyler Cowen’s October 2007 post on this subject ended up concluding that Europe and the United States are pretty different after all (Alderson & Doran [PDF] “How Has Income Inequality Grown? The Reshaping of the Income Distribution in LIS Countries” offer a detailed analysis of the point):
One very eminent source emailed me and he wishes to stress that the (relatively) high level of the European Gini stems from higher levels of unemployment, whereas the relatively high level of the American Gini stems from the rich being very rich. He points out that although the final Ginis may be similar, the underlying patterns are very different and it would be misleading to conclude that America and Germany have ended up at the same pre-tax point. This is absolutely correct, my apologies if the post created a misleading impression.
However you slice it, there are fundamental differences in the labor markets. Corporate executives in the United States (and to a lesser though still noteworthy extent) are simply paid much more than non-Anglophone executives.
The labor market for CEOs remains a somewhat odd beast. Nokia has just this week announced the appointment of its first-ever non-Finnish CEO and he immediately hastened to identify himself with Finnish values and clarify that he’s Canadian, not American, despite having attended US universities and worked for a succession of US firms while living in the United States. In general, the trend seems to be toward increased globalization of the CEO market (at least as pertains to North America and Europe) but this is a process that’s been only very imperfectly undertaken at a time when we take for granted the internationalization of other aspects of corporate operations.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Conceitos, Teoria, teoricos (textos e vídeos)
Editado pela última vez por marcelo l. em Seg Jan 16, 2012 11:16 am, em um total de 1 vez.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Conceitos, Teoria, teoricos (textos e vídeos)
O anti-Foucault, Pedro Meira Monteiro
Uma das muitas virtudes do pensamento conservador é lembrar, aos que temos a veleidade de afirmar-nos imunes à cantilena da conservação, que o nosso discurso é sempre guiado por fantasmas. De fato, não há voz que se sustente sem espectros. Quando falamos, a potência muitas vezes inconfessável que nos move é aquela que trabalha por materializar, diante de nós mesmos e dos que nos ouvem ou leem, um fantasma.
Anteontem, em Princeton, Mario Vargas Llosa, recém-laureado com o Prêmio Nobel de Literatura, proferiu uma palestra intitulada “Breve discurso sobre la cultura”. Em sua fala, o alvo era, sem nenhum pejo ou temor, a figura “sofística” de Michel Foucault.
Incomoda profundamente, a Vargas Llosa, que a figura da Autoridade tenha sido profanada pela geração de 68, a qual, iludida, teria feito tábula rasa da “cultura” (que ele cuidadosamente utiliza no singular). Até aí, nada de propriamente surpreendente, já que a postura conservadora do escritor peruano é bastante conhecida. O que me surpreendeu foi ver um módulo do pensamento conservador, que eu tive a oportunidade de estudar em detalhe em outro momento, reaparecer, quase intacto, diante dos meus olhos incrédulos.
Quando escrevi sobre o visconde de Cairu – um economista do início do século XIX no Brasil – , flagrei-lhe, em meio ao mais empedernido conservadorismo, algo que então considerei quase genial: a capacidade de apaixonar-se quando expende seus argumentos contra um alvo. A questão é menos simples do que parece: é que um conservador existe siderado pela necessidade de reagir à soltura dos instintos e dos corpos. (Por isso, em geral, o conservador é aquele que sabe, com razoável ou inquebrantável segurança, o que é a “barbárie”.) No caso de Cairu, a soltura dos corpos se revelava plenamente na loucura da massa torpe e ignara (a Revolução Francesa), e nos avanços subsequentes do “dragão corso” (Napoleão Bonaparte) pela Europa. Eis o paradoxo: o autor, que cautelosamente reage aos indivíduos que se deixam tomar pelas paixões, deixa-se ele mesmo tomar pela paixão do discurso, lançando-se aos mais incríveis golpes de efeito poético, comparando, por exemplo, as revoltas provinciais no Brasil imperial a uma “explosão” de vontades mal concertadas, mais perdidas e enfurecidas que “os átomos de Epicuro” soltos no espaço. O velho ranzinza (o frei Caneca chamava-lhe “rabugento sabujo”) deixava-se tomar pelas mesmas paixões que pretendia controlar, e era pela soltura de sua imaginação, e de seus demônios, que vinham à página seus melhores momentos como escritor. O problema é que Cairu nunca foi um bom escritor.
Guardadas as diferenças e as proporções (Vargas Llosa é, naturalmente, um bom escritor), o autor peruano tem também o seu dragão, que não é corso, mas é ainda francês. Sua ira mal contida, derramada anteontem contra Foucault, chegou a momentos de incrível ousadia, como quando o espírito “sofístico” do filósofo de maio de 68 é lembrado em paralelo à degradação de seu corpo. É que Foucault, sendo o emblema mesmo da geração de 68, e herói-intelectual daquela aventura tresloucada, entregou-se também aos desvios do corpo e da alma. Foi com pasmo que ouvi Vargas Llosa evocar as famosas e já folclóricas excursões do filósofo francês pelas saunas e bares gay de San Francisco, até o ponto de que sua morte com AIDS (referida também na palestra) ficasse no ar, como uma espécie de justiça poética e maldita, que recai sobre aquele que tragicamente negou o aspecto dissoluto de sua vida moral.
Houve outros momentos de pasmo para mim, como quando sua ira se estendeu a toda uma tradição do pensamento crítico no pós-68, e quando, dos teóricos pós-estruturalistas (De Man, Derrida), ouvimos as piores coisas, pelo menos até que, num estranho golpe de misericórdia, se dissesse que o que tal pensamento produziu não é muitas vezes mais que uma inútil e aparatosa “masturbação” (sic).
Eu respeito o pensamento conservador, e respeito especialmente aqueles que, como Vargas Llosa, têm a coragem de defendê-lo e de, ao mesmo tempo, sustentar publicamente sua voz, cultivando, ademais, a forma do diálogo. Há, contudo, pelo menos um equívoco grande naquilo que disse ontem o ganhador do prêmio Nobel deste ano: em dado momento, ele reproduziu a já usada e cansada gracinha de que, diante de um texto de Derrida, nada ou pouco se compreende. Foi aí que pulei da cadeira, e vi meu próprio demônio diante de mim: não é verdade que ele nada tenha compreendido dos textos de Derrida! Que não compreendeu os textos em si, o seu “breve discurso” deixa claro. Mas ele compreendeu – e como conservador, compreendeu perfeitamente – que o gesto de desconfiança em relação ao sentido, que está no coração da aventura desconstrucionista, é o mais perigoso dos gestos, porque comporta a aposta no desejo e a possibilidade mesma do desvio. Mas desvio de quê? Rumo a quê? À cultura? Ou estamos todos perigosamente fugindo da cultura? Cultura de quem? Para quem?
Vargas Llosa não crê que, transviados, cheguemos à cultura. Por isso, o seu é um discurso de retenção, de contenção, e de recalque em relação aos poderes dissolventes do corpo, ou do Corpo.
É de fato uma enorme questão, que o “Breve discurso sobre la cultura” tem o mérito de trazer de novo à baila. Como acontece com quase todo conservador, o mais importante talvez não seja o que ele propõe, mas sim aquilo de que ele foge.
Uma das muitas virtudes do pensamento conservador é lembrar, aos que temos a veleidade de afirmar-nos imunes à cantilena da conservação, que o nosso discurso é sempre guiado por fantasmas. De fato, não há voz que se sustente sem espectros. Quando falamos, a potência muitas vezes inconfessável que nos move é aquela que trabalha por materializar, diante de nós mesmos e dos que nos ouvem ou leem, um fantasma.
Anteontem, em Princeton, Mario Vargas Llosa, recém-laureado com o Prêmio Nobel de Literatura, proferiu uma palestra intitulada “Breve discurso sobre la cultura”. Em sua fala, o alvo era, sem nenhum pejo ou temor, a figura “sofística” de Michel Foucault.
Incomoda profundamente, a Vargas Llosa, que a figura da Autoridade tenha sido profanada pela geração de 68, a qual, iludida, teria feito tábula rasa da “cultura” (que ele cuidadosamente utiliza no singular). Até aí, nada de propriamente surpreendente, já que a postura conservadora do escritor peruano é bastante conhecida. O que me surpreendeu foi ver um módulo do pensamento conservador, que eu tive a oportunidade de estudar em detalhe em outro momento, reaparecer, quase intacto, diante dos meus olhos incrédulos.
Quando escrevi sobre o visconde de Cairu – um economista do início do século XIX no Brasil – , flagrei-lhe, em meio ao mais empedernido conservadorismo, algo que então considerei quase genial: a capacidade de apaixonar-se quando expende seus argumentos contra um alvo. A questão é menos simples do que parece: é que um conservador existe siderado pela necessidade de reagir à soltura dos instintos e dos corpos. (Por isso, em geral, o conservador é aquele que sabe, com razoável ou inquebrantável segurança, o que é a “barbárie”.) No caso de Cairu, a soltura dos corpos se revelava plenamente na loucura da massa torpe e ignara (a Revolução Francesa), e nos avanços subsequentes do “dragão corso” (Napoleão Bonaparte) pela Europa. Eis o paradoxo: o autor, que cautelosamente reage aos indivíduos que se deixam tomar pelas paixões, deixa-se ele mesmo tomar pela paixão do discurso, lançando-se aos mais incríveis golpes de efeito poético, comparando, por exemplo, as revoltas provinciais no Brasil imperial a uma “explosão” de vontades mal concertadas, mais perdidas e enfurecidas que “os átomos de Epicuro” soltos no espaço. O velho ranzinza (o frei Caneca chamava-lhe “rabugento sabujo”) deixava-se tomar pelas mesmas paixões que pretendia controlar, e era pela soltura de sua imaginação, e de seus demônios, que vinham à página seus melhores momentos como escritor. O problema é que Cairu nunca foi um bom escritor.
Guardadas as diferenças e as proporções (Vargas Llosa é, naturalmente, um bom escritor), o autor peruano tem também o seu dragão, que não é corso, mas é ainda francês. Sua ira mal contida, derramada anteontem contra Foucault, chegou a momentos de incrível ousadia, como quando o espírito “sofístico” do filósofo de maio de 68 é lembrado em paralelo à degradação de seu corpo. É que Foucault, sendo o emblema mesmo da geração de 68, e herói-intelectual daquela aventura tresloucada, entregou-se também aos desvios do corpo e da alma. Foi com pasmo que ouvi Vargas Llosa evocar as famosas e já folclóricas excursões do filósofo francês pelas saunas e bares gay de San Francisco, até o ponto de que sua morte com AIDS (referida também na palestra) ficasse no ar, como uma espécie de justiça poética e maldita, que recai sobre aquele que tragicamente negou o aspecto dissoluto de sua vida moral.
Houve outros momentos de pasmo para mim, como quando sua ira se estendeu a toda uma tradição do pensamento crítico no pós-68, e quando, dos teóricos pós-estruturalistas (De Man, Derrida), ouvimos as piores coisas, pelo menos até que, num estranho golpe de misericórdia, se dissesse que o que tal pensamento produziu não é muitas vezes mais que uma inútil e aparatosa “masturbação” (sic).
Eu respeito o pensamento conservador, e respeito especialmente aqueles que, como Vargas Llosa, têm a coragem de defendê-lo e de, ao mesmo tempo, sustentar publicamente sua voz, cultivando, ademais, a forma do diálogo. Há, contudo, pelo menos um equívoco grande naquilo que disse ontem o ganhador do prêmio Nobel deste ano: em dado momento, ele reproduziu a já usada e cansada gracinha de que, diante de um texto de Derrida, nada ou pouco se compreende. Foi aí que pulei da cadeira, e vi meu próprio demônio diante de mim: não é verdade que ele nada tenha compreendido dos textos de Derrida! Que não compreendeu os textos em si, o seu “breve discurso” deixa claro. Mas ele compreendeu – e como conservador, compreendeu perfeitamente – que o gesto de desconfiança em relação ao sentido, que está no coração da aventura desconstrucionista, é o mais perigoso dos gestos, porque comporta a aposta no desejo e a possibilidade mesma do desvio. Mas desvio de quê? Rumo a quê? À cultura? Ou estamos todos perigosamente fugindo da cultura? Cultura de quem? Para quem?
Vargas Llosa não crê que, transviados, cheguemos à cultura. Por isso, o seu é um discurso de retenção, de contenção, e de recalque em relação aos poderes dissolventes do corpo, ou do Corpo.
É de fato uma enorme questão, que o “Breve discurso sobre la cultura” tem o mérito de trazer de novo à baila. Como acontece com quase todo conservador, o mais importante talvez não seja o que ele propõe, mas sim aquilo de que ele foge.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Conceitos, Teoria, teoricos (textos e vídeos)
ss
Editado pela última vez por marcelo l. em Qua Jan 18, 2012 9:18 am, em um total de 4 vezes.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Conceitos, Teoria, teoricos (textos e vídeos)
http://revistacult.uol.com.br/home/2011 ... to-amanha/
Oliver Roy
As revoltas espalham-se pelo Oriente Médio, e os jovens que lançaram o movimento de protesto ganham a adesão de um número crescente de manifestantes. Isso nos leva a perguntar onde tudo isso vai terminar e quais serão as consequências geoestratégicas. Seria presunção afirmar que já temos respostas perfeitas neste momento, mas, mesmo assim, podemos começar a refletir sobre essas perguntas.
Se em alguns países a situação é de tudo ou nada (na Líbia, Muammar Gaddafi ou vai afogar a revolta em sangue ou vai desaparecer), em outros estamos assistindo a um exercício de contenção de danos, algo em que o regime atual cria a aparência de estar mudando e, ao mesmo tempo, se esforça para manter as mudanças no menor nível possível.
E, se as potências ocidentais estão aplaudindo o processo de democratização, por enquanto elas não deixam de estar obcecadas pela necessidade de conservar a estabilidade – ou seja, o status quo estratégico: uma paz fria entre Israel e o mundo árabe e a tentativa de montar uma frente unida para isolar o Irã.
Conservadores de várias linhas em diversas sociedades árabes também se preocupam com o rumo provável do movimento democrático e buscam algum tipo de solução de meio-termo.
Um conflito de gerações percorre a oposição às diversas autocracias. Isso se evidencia especialmente no caso daIrmandade Muçulmana, no Egito. A geração mais velha que controla o aparatopartidário ainda está seduzida pelo culto ao líder carismático. Ela é socialmente conservadora e teme que a revolta se espalhe. Embora aceite o pluralismo político, sua cultura não é democrática, e ela desconfia da liberdade de expressão e do debate.
Poderia uma Irmandade Muçulmana tradicionalista tornar-se parceira de um Exército que procura
interlocutores que compartilhem seu desejo de ordem e sua rejeição aos novos movimentos sociais?
Em toda a região, na ausência de elementos do próprio movimento, as figuras que estão administrando a transição vêm do velho regime. Elas não aderiram à cultura política dos manifestantes. Continuam trancadas em uma mentalidade autoritária, pedindo o retorno à normalidade. Não compreendem que anunciar eleições e um punhado de reformas já não é o bastante para tirar as pessoas das ruas.
Cada vez mais é o desemprego ou subemprego entre os jovens que move protestos que reivindicam o fim da monopolização de grandes setores da economia por uma elite. Em todos os países afetados, com exceção da Tunísia, o Exército faz parte dessa elite.
Está claro que, na maioria dos casos, a oposição à moda antiga vai sentir-se tentada a buscar um entendimento com as elites entrincheiradas. Estas, por enquanto, estão prometendo restabelecer um governo que certamente se mostrará mais aberto, mas que nem por isso deixará de ser autoritário.
A divisão crítica aqui é de ordem geracional, mais que ideológica. Uma nova geração de Irmãos Muçulmanos, que já era visível na esfera pública e na internet, está sujeitando os princípios da Irmandade à prova da democracia e da liberdade de expressão.Essa nova geração uniu-se às manifestações na Praça Tahrir, no Cairo, contrariando os conselhos da liderança da organização.
O mesmo se aplica à geração mais jovem de cristãos coptas, que não quer mais ser representada pelo patriarca, o papa Shenouda 3º.
O problema é que as elites no poder, assim como uma parte da oposição convencional, ainda não
compreenderam quão inovador é o movimento de protesto. Não compreenderam que ele é não violento, que fala em nome da democracia e do pluralismo e que não usa a ideologia para disfarçar divisões sociais.
Em lugar disso, abraça todos os setores da sociedade exceto a família governante e inutiliza todos os velhos instrumentos da repressão, que empregava um misto de violência e suborno.
O que está sendo rejeitado é uma cultura política que sobrevive há 60 anos no Oriente Médio: a aparência de unidade em torno de uma causa (o povo árabe, o islã ou a Palestina) e um líder (o zaim), um Estado erguido sobre os serviços secretos (os mukhabarat) e a vilipendiação de todos os adversários, tachados de traidores a serviço de potências estrangeiras (geralmente os Estados Unidos ou Israel).
O movimento de protesto é democrático e nacionalista, e é provável que fortaleça a posição regional e internacional dos países em que tiver êxito, porque vai instalar governos com legitimidade maior e, consequentemente, dotados de maior liberdade de manobra.
A difusão rápida do movimento por todo o Oriente Médio suscita outra pergunta: até que ponto a democratização (quer ela acabe por ser bem-sucedida, quer não) mudará o equilíbrio estratégico de poder?
O que está acontecendo no Bahrein é um bom indicativo do impacto geoestratégico possível. A divisão religiosa nesse país, onde uma minoria sunita governa a maioria xiita, sugere que uma vitória da democracia empurrará o Bahrein para a órbita do Irã, modificando consideravelmente o equilíbrio de poder no Golfo Pérsico.
Isso porque, entre outras razões, o Bahrein passará a ser visto como exemplo pelos xiitas da Arábia Saudita. É essa, pelo menos, a análise preferencial feita em Riad, e é ela que justifica o apoio saudita, contínuo e inequívoco, à família governante do Bahrein.
Contudo, a oposição barenita (que, por uma vez pelo menos, está associada a um partido político)
apresenta-se não como grupo sectário, mas como movimento que atrai cidadãos de todas as denominações religiosas.
Seus partidários agitam a bandeira nacional – a bandeira da família Khalifa –, e não o estandarte xiita nem as cores do Irã. Ela tem poucos vínculos com a teocracia iraniana, que colocou sob prisão domiciliar um de seus líderes espirituais, o aiatolá Shirazi. E a escola dominante de pensamento religioso no Bahrein, o “akhbarismo”, não é a escola predominante no Irã.
Em suma, a oposição barenita assumiu uma compleição nacional, como fizeram as oposições na Tunísia e no Egito.
Logo, a monarquia barenita encontra-se em um momento de virada. Ou ela continua a identificar-se com a minoria tribal Bani Utbah, que tomou o poder no século 18, ou aceita um conceito mais amplo de cidadania que abarque os dois lados da divisão religiosa – isso, aliás, é justamente o que os manifestantes vêm pedindo.
Nacionalizar-se dessa maneira é o que a monarquia marroquina vem conseguindo fazer no decorrer de sua longa história. No Marrocos, a maior parte da nação identificou-se com a monarquia, de tal modo que esse foi o único Estado árabe verdadeiramente independente durante a era otomana e que conservou sua identidade nacional sob o protetorado francês.
Hoje o movimento de protesto no Marrocos, em contraste com os de outros países da região, não procura solapar o sistema como tal. O que deseja é uma reforma, mais que uma revolução, e uma transição gradual para uma monarquia constitucional. Apesar disso, o círculo extenso que cerca o rei Mohammed 6º teme mudanças que tornem o poder mais transparente e o forcem a abandonar os privilégios de que desfruta.
No Iêmen, o governo está jogando com as velhas divisões entre os povos tribais e os moradores das cidades, além das divisões que separam as tribos do norte do país, historicamente hostis à elite urbana, dos democratas.
No pano de fundo há o movimento secessionista do sul, que se vê como o principal prejudicado pela
reunificação. O presidente Ali Abdullah Saleh terá pouca dificuldade em mobilizar as tribos, cuja intervenção, se acontecer, será sangrenta. Também na Líbia a oposição precisa enfrentar lealdades tribais, embora pareça ter dinamismo suficiente para superá-las.
Na Síria, onde as memórias do massacre de membros da Irmandade Muçulmana em Hama, em 1982, ainda são recentes, a minoria alauita, que detém o poder, sem dúvida sente-se ameaçada e, como Gaddafi, se disporia a resistir.
Na Argélia, enquanto isso, a sombra de dez anos de guerra civil está impedindo os protestos de se espalhar. O regime argelino implantou uma forma inovadora de autorrepressão entre a população, em que ninguém nunca sabe quem está massacrando quem. Isso permite que os militares exerçam o poder de modo mais ou menos sereno e discreto.
Em suma, ao jogarem com divisões culturais, os regimes autoritários no Oriente Médio enfraquecem seus próprios Estados, enquanto forças democráticas estão empurrando esses Estados na direção da homogeneização nacional maior.
Um dos resultados dessa onda de democratização pode ser o fortalecimento do nacionalismo, mas de um nacionalismo regido pela realpolitik, mais que por ideologias supranacionais de qualquer espécie.
Seja qual for o alcance de seu sucesso, é pouco provável que o movimento democrático crie novas formações geoestratégicas (como um choque entre xiitas e sunitas, por exemplo). Pelo contrário,é mais provável que leve ao fortalecimento dos nacionalismos sobre a base de uma administração mais satisfatória das divisões sociais e religiosas.
Contudo, se o nacionalismo sair triunfante, será um nacionalismo muito menos ideológico.
Uma consequência provável de tudo isso, embora inesperada, é a diminuição do papel exercido pelo conflito israelo-palestino na política regional. Ao mesmo tempo, isso terá o efeito de isolar Israel, que perderá seu status muito alardeado de única democracia do Oriente Médio.
É interessante observar quão pouco os integrantes dos novos movimentos vêm aludindo a Israel ou à Palestina, especialmente quando se considera que, até agora, essa situação (Israel-Palestina) vem servindo para frustrar a evolução política em outros países. Isso se deve a como essa situação vem sendo manipulada pelos regimes no poder, mas também por certa esquerda terceiro-mundista ocidental para a qual nada poderia mudar no Oriente Médio enquanto a questão da Palestina não for resolvida.
A cegueira em relação às sociedades árabes não vem sendo exclusiva dos governos ocidentais.
Se a relativa indiferença dos manifestantes em relação a Israel-Palestina tiver o efeito de relegar o governo de Tel Aviv ao segundo plano, ela também tem implicações para o Hezbollah, no Líbano.
Para o Hezbollah, o movimento em busca da democracia encerra dois problemas. Primeiro, ele ameaça
amesquinhar o papel regional do Hezbollah, reforçando a posição dos Estados-nação à custa das ideologias panárabes e pan-islâmicas.
O segundo problema é que ele substitui o pertencimento religioso pela noção da cidadania como fundamento desses Estados. Desse modo, o Hezbollah, que é ao mesmo tempo partido religioso e movimento ideológico vanguardista, vai perder parte da liderança moral que acumulou por opor-se aos regimes forçados e às negociações debaixo dos panos com Israel.
Resta ver como os novos regimes que vão emergir vão se comportar em relação a Israel. É provável que eles mantenham a paz fria, mas uma paz fria que force Israel a confrontar suas próprias contradições e obrigue as potências ocidentais a assumir suas responsabilidades.
Outra vítima colateral da democratização será a frente contra o Irã. Não porque o Irã vá ganhar popularidade, mas porque os novos governantes terão pouca disposição de empreender cruzadas no exterior e não vão mais precisar provar suas boas intenções para um Ocidente que, em lugar disso, terá de reconhecer a vontade do povo.
Oliver Roy
As revoltas espalham-se pelo Oriente Médio, e os jovens que lançaram o movimento de protesto ganham a adesão de um número crescente de manifestantes. Isso nos leva a perguntar onde tudo isso vai terminar e quais serão as consequências geoestratégicas. Seria presunção afirmar que já temos respostas perfeitas neste momento, mas, mesmo assim, podemos começar a refletir sobre essas perguntas.
Se em alguns países a situação é de tudo ou nada (na Líbia, Muammar Gaddafi ou vai afogar a revolta em sangue ou vai desaparecer), em outros estamos assistindo a um exercício de contenção de danos, algo em que o regime atual cria a aparência de estar mudando e, ao mesmo tempo, se esforça para manter as mudanças no menor nível possível.
E, se as potências ocidentais estão aplaudindo o processo de democratização, por enquanto elas não deixam de estar obcecadas pela necessidade de conservar a estabilidade – ou seja, o status quo estratégico: uma paz fria entre Israel e o mundo árabe e a tentativa de montar uma frente unida para isolar o Irã.
Conservadores de várias linhas em diversas sociedades árabes também se preocupam com o rumo provável do movimento democrático e buscam algum tipo de solução de meio-termo.
Um conflito de gerações percorre a oposição às diversas autocracias. Isso se evidencia especialmente no caso daIrmandade Muçulmana, no Egito. A geração mais velha que controla o aparatopartidário ainda está seduzida pelo culto ao líder carismático. Ela é socialmente conservadora e teme que a revolta se espalhe. Embora aceite o pluralismo político, sua cultura não é democrática, e ela desconfia da liberdade de expressão e do debate.
Poderia uma Irmandade Muçulmana tradicionalista tornar-se parceira de um Exército que procura
interlocutores que compartilhem seu desejo de ordem e sua rejeição aos novos movimentos sociais?
Em toda a região, na ausência de elementos do próprio movimento, as figuras que estão administrando a transição vêm do velho regime. Elas não aderiram à cultura política dos manifestantes. Continuam trancadas em uma mentalidade autoritária, pedindo o retorno à normalidade. Não compreendem que anunciar eleições e um punhado de reformas já não é o bastante para tirar as pessoas das ruas.
Cada vez mais é o desemprego ou subemprego entre os jovens que move protestos que reivindicam o fim da monopolização de grandes setores da economia por uma elite. Em todos os países afetados, com exceção da Tunísia, o Exército faz parte dessa elite.
Está claro que, na maioria dos casos, a oposição à moda antiga vai sentir-se tentada a buscar um entendimento com as elites entrincheiradas. Estas, por enquanto, estão prometendo restabelecer um governo que certamente se mostrará mais aberto, mas que nem por isso deixará de ser autoritário.
A divisão crítica aqui é de ordem geracional, mais que ideológica. Uma nova geração de Irmãos Muçulmanos, que já era visível na esfera pública e na internet, está sujeitando os princípios da Irmandade à prova da democracia e da liberdade de expressão.Essa nova geração uniu-se às manifestações na Praça Tahrir, no Cairo, contrariando os conselhos da liderança da organização.
O mesmo se aplica à geração mais jovem de cristãos coptas, que não quer mais ser representada pelo patriarca, o papa Shenouda 3º.
O problema é que as elites no poder, assim como uma parte da oposição convencional, ainda não
compreenderam quão inovador é o movimento de protesto. Não compreenderam que ele é não violento, que fala em nome da democracia e do pluralismo e que não usa a ideologia para disfarçar divisões sociais.
Em lugar disso, abraça todos os setores da sociedade exceto a família governante e inutiliza todos os velhos instrumentos da repressão, que empregava um misto de violência e suborno.
O que está sendo rejeitado é uma cultura política que sobrevive há 60 anos no Oriente Médio: a aparência de unidade em torno de uma causa (o povo árabe, o islã ou a Palestina) e um líder (o zaim), um Estado erguido sobre os serviços secretos (os mukhabarat) e a vilipendiação de todos os adversários, tachados de traidores a serviço de potências estrangeiras (geralmente os Estados Unidos ou Israel).
O movimento de protesto é democrático e nacionalista, e é provável que fortaleça a posição regional e internacional dos países em que tiver êxito, porque vai instalar governos com legitimidade maior e, consequentemente, dotados de maior liberdade de manobra.
A difusão rápida do movimento por todo o Oriente Médio suscita outra pergunta: até que ponto a democratização (quer ela acabe por ser bem-sucedida, quer não) mudará o equilíbrio estratégico de poder?
O que está acontecendo no Bahrein é um bom indicativo do impacto geoestratégico possível. A divisão religiosa nesse país, onde uma minoria sunita governa a maioria xiita, sugere que uma vitória da democracia empurrará o Bahrein para a órbita do Irã, modificando consideravelmente o equilíbrio de poder no Golfo Pérsico.
Isso porque, entre outras razões, o Bahrein passará a ser visto como exemplo pelos xiitas da Arábia Saudita. É essa, pelo menos, a análise preferencial feita em Riad, e é ela que justifica o apoio saudita, contínuo e inequívoco, à família governante do Bahrein.
Contudo, a oposição barenita (que, por uma vez pelo menos, está associada a um partido político)
apresenta-se não como grupo sectário, mas como movimento que atrai cidadãos de todas as denominações religiosas.
Seus partidários agitam a bandeira nacional – a bandeira da família Khalifa –, e não o estandarte xiita nem as cores do Irã. Ela tem poucos vínculos com a teocracia iraniana, que colocou sob prisão domiciliar um de seus líderes espirituais, o aiatolá Shirazi. E a escola dominante de pensamento religioso no Bahrein, o “akhbarismo”, não é a escola predominante no Irã.
Em suma, a oposição barenita assumiu uma compleição nacional, como fizeram as oposições na Tunísia e no Egito.
Logo, a monarquia barenita encontra-se em um momento de virada. Ou ela continua a identificar-se com a minoria tribal Bani Utbah, que tomou o poder no século 18, ou aceita um conceito mais amplo de cidadania que abarque os dois lados da divisão religiosa – isso, aliás, é justamente o que os manifestantes vêm pedindo.
Nacionalizar-se dessa maneira é o que a monarquia marroquina vem conseguindo fazer no decorrer de sua longa história. No Marrocos, a maior parte da nação identificou-se com a monarquia, de tal modo que esse foi o único Estado árabe verdadeiramente independente durante a era otomana e que conservou sua identidade nacional sob o protetorado francês.
Hoje o movimento de protesto no Marrocos, em contraste com os de outros países da região, não procura solapar o sistema como tal. O que deseja é uma reforma, mais que uma revolução, e uma transição gradual para uma monarquia constitucional. Apesar disso, o círculo extenso que cerca o rei Mohammed 6º teme mudanças que tornem o poder mais transparente e o forcem a abandonar os privilégios de que desfruta.
No Iêmen, o governo está jogando com as velhas divisões entre os povos tribais e os moradores das cidades, além das divisões que separam as tribos do norte do país, historicamente hostis à elite urbana, dos democratas.
No pano de fundo há o movimento secessionista do sul, que se vê como o principal prejudicado pela
reunificação. O presidente Ali Abdullah Saleh terá pouca dificuldade em mobilizar as tribos, cuja intervenção, se acontecer, será sangrenta. Também na Líbia a oposição precisa enfrentar lealdades tribais, embora pareça ter dinamismo suficiente para superá-las.
Na Síria, onde as memórias do massacre de membros da Irmandade Muçulmana em Hama, em 1982, ainda são recentes, a minoria alauita, que detém o poder, sem dúvida sente-se ameaçada e, como Gaddafi, se disporia a resistir.
Na Argélia, enquanto isso, a sombra de dez anos de guerra civil está impedindo os protestos de se espalhar. O regime argelino implantou uma forma inovadora de autorrepressão entre a população, em que ninguém nunca sabe quem está massacrando quem. Isso permite que os militares exerçam o poder de modo mais ou menos sereno e discreto.
Em suma, ao jogarem com divisões culturais, os regimes autoritários no Oriente Médio enfraquecem seus próprios Estados, enquanto forças democráticas estão empurrando esses Estados na direção da homogeneização nacional maior.
Um dos resultados dessa onda de democratização pode ser o fortalecimento do nacionalismo, mas de um nacionalismo regido pela realpolitik, mais que por ideologias supranacionais de qualquer espécie.
Seja qual for o alcance de seu sucesso, é pouco provável que o movimento democrático crie novas formações geoestratégicas (como um choque entre xiitas e sunitas, por exemplo). Pelo contrário,é mais provável que leve ao fortalecimento dos nacionalismos sobre a base de uma administração mais satisfatória das divisões sociais e religiosas.
Contudo, se o nacionalismo sair triunfante, será um nacionalismo muito menos ideológico.
Uma consequência provável de tudo isso, embora inesperada, é a diminuição do papel exercido pelo conflito israelo-palestino na política regional. Ao mesmo tempo, isso terá o efeito de isolar Israel, que perderá seu status muito alardeado de única democracia do Oriente Médio.
É interessante observar quão pouco os integrantes dos novos movimentos vêm aludindo a Israel ou à Palestina, especialmente quando se considera que, até agora, essa situação (Israel-Palestina) vem servindo para frustrar a evolução política em outros países. Isso se deve a como essa situação vem sendo manipulada pelos regimes no poder, mas também por certa esquerda terceiro-mundista ocidental para a qual nada poderia mudar no Oriente Médio enquanto a questão da Palestina não for resolvida.
A cegueira em relação às sociedades árabes não vem sendo exclusiva dos governos ocidentais.
Se a relativa indiferença dos manifestantes em relação a Israel-Palestina tiver o efeito de relegar o governo de Tel Aviv ao segundo plano, ela também tem implicações para o Hezbollah, no Líbano.
Para o Hezbollah, o movimento em busca da democracia encerra dois problemas. Primeiro, ele ameaça
amesquinhar o papel regional do Hezbollah, reforçando a posição dos Estados-nação à custa das ideologias panárabes e pan-islâmicas.
O segundo problema é que ele substitui o pertencimento religioso pela noção da cidadania como fundamento desses Estados. Desse modo, o Hezbollah, que é ao mesmo tempo partido religioso e movimento ideológico vanguardista, vai perder parte da liderança moral que acumulou por opor-se aos regimes forçados e às negociações debaixo dos panos com Israel.
Resta ver como os novos regimes que vão emergir vão se comportar em relação a Israel. É provável que eles mantenham a paz fria, mas uma paz fria que force Israel a confrontar suas próprias contradições e obrigue as potências ocidentais a assumir suas responsabilidades.
Outra vítima colateral da democratização será a frente contra o Irã. Não porque o Irã vá ganhar popularidade, mas porque os novos governantes terão pouca disposição de empreender cruzadas no exterior e não vão mais precisar provar suas boas intenções para um Ocidente que, em lugar disso, terá de reconhecer a vontade do povo.
Editado pela última vez por marcelo l. em Qua Jan 18, 2012 9:21 am, em um total de 5 vezes.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Conceitos, Teoria, teoricos (textos e vídeos)
Editado pela última vez por marcelo l. em Ter Out 11, 2011 4:05 pm, em um total de 1 vez.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant