Pepê Rezende escreveu:O que houve foi MÁ FÉ dos nossos negociadores.
sapao escreveu:Quanto a isso não posso discutir pois não acompanhei o processo, mas sera que se houvesse uma vontade politica o negocio não teria saido? O proprio Nelson Jobim expressou insatisfação com os russos em favor dos franceses.
E seria acusado de virar a mesa... Ministros russos disseram em ON que transferiam tecnologia, o que foi confirmado pelo Mangabeira Unger. O relatório da COPAC é que desclassificou o Su35 para tentar empurrar o Gripen NG, uma manobra extremamente mal explicada, diga-se de passagem.
Pepê Rezende escreveu:Os mísseis IR são POSTERIORES à Guerra da Coréia. Começaram a ser empregados sobre o Estreito de Taiwan em 1956, mas não é a esse tipo de equipamento que me refiro. O uso de IRST aplicado ao HMD é um ponto revolucionário na doutrina de guerra aérea. O mesmo pode ser dito do uso de armas antirradar em cenário ar-ar.
sapao escreveu:Essa e a historia oficial, mas antes do final do conflito alguns Sabres pilotados pela CIA utilizaram alguns prototipos em combate.
Voce havia falado em armamento passivo (um missil IR), é difereten de um equipamento passivo ( IRST).
O único míssil disponível na Guerra da Coréia era os Falcon, da Hugues, que não primava pela efetividade. Demorava seis a oito segundos para adquirir o alvo e tinha uma carga explosiva pequena sem fuso de proximidade. O primeiro equipamento efetivo foi o Sidewinder, usado em combate em 1958 por aviões da República da China (Taiwan).
Pepê Rezende escreveu:Veja a relação custo/benefício. Por US$ 2 milhas vc elimina um equipamento que vale acima de US$ 200 milhas e toda a vantagem da força aérea atacante. É caro?
sapao escreveu:E caro, mas em nenhum momento eu disse que não valia a pena. Apenas refutei a sua afirmação de que eles seriam mais baratos que os ocidentais, mas ainda assim caros.
Sabe o preço de um Derby? Cerca de US$ 1 milha! Mesmo num nicho próprio, o míssil russo está num patamar bastante razoável.
Pepê Rezende escreveu:O grande segredo de Israel sobre o Bekaa não foi o uso de UAVs, mas de F-4Es e Boeings 707 equipados com fortes equipamentos de interferência eletrônica e AWACs. Os caças sírios eram detectados quando decolavam de Damasco. Com base nessa experiência, o novo míssil foi desenvolvido. Vale cada centavo investido.
sapao escreveu:Decolavam quando a defesa aerea os acionava, pois havia um... UAV simulando um invasor para servir de isca. Não e a toa que eles hoje são junto com os USA a referencia mundial em UAV, vendendo inclusive para a russia.
Diga isso a um piloto de Phantom israelense que entrevistei em 1998... Ele serviu de isca depois que as defesas antiaéreas foram varridas com o uso de equipamento eletrônico cedido pelos EUA e montado em dois Boeing 707 e em alguns F-4E modificados. O uso de uma nova geração de caças, F-15 e F-16, também colaborou para o massacre. Os RPV (ao contrário dos UAVs, eles não são pilotados e eram descartáveis) tiveram um papel secundário.
IAF: We did use drones, but not specifically against SAMs. Drone use was exaggerated by Press reports. They're in the evaluation stage. It is a new weapon. We use drones throughout the war , that we used them on the days we knocked out the SAMs too, but not specifically for than reason, mainly to locate ground forces to attack them. But we used RPVs in all kinds of ways. We used them as decoys and for reconnaissance. And we used mini RPWs (IAI Scout). But the used of drones was exaggerated by the Press . I believe that we really don't yet know what it means to operate such a weapon.
sapao escreveu:Sobre os privilegios trabalhistas, por gentilieza me indique alguns que não abrimos mão porque eu so consigo lembrar os que foram perdidos, como o anuenio e a licença premio com 10 anos os quais no funcionalismo federal apenas os militares não são contemplados.
A aposentadoria para as filhas acho que voce se lembra que ja acabou fazem 10 anos, e aposentadoria integral no serviço publico não e exclusividade dos militares.
O que é exclusividade dos militares é seguir até o fim da carreira. Boa parte dos diplomatas só chega a conselheiro, só para dar um exemplo. Um militar mediano, que se esforce o mínimo necessário, chega, normalmente, a coronel. Vcs são uma exceção, porque boa parte migra para a iniciativa privada antes de chegar a major.
Quanto às aposentadorias, os efeitos do "direito adquirido" terminam daqui a 30 anos segundo estimativa do Ministério da Defesa. Basicamente, a aposentadoria estendida para as filhas significa pelo menos 20 anos a mais de pagamentos. No total, chega-se a cerca de 100 anos de dispêndio entre carreira do oficial, pensão para a mulher (o que é justíssimo) e para a filha "solteira".
O pagamento de uma taxa de aposentadoria extra, que vc lembrou acima, apenas diminui o impacto na folha, sem eliminá-lo.
sapao escreveu:Alias, eu iria sugerir ao seu hipotetico filho desocupado que escolhesse outra carreira de concurso publico, pois acredite, um cara que entra nas FFAA por dinheiro ou para ser encostado não dura 1 semana na adaptação, ainda mais na AMAN.
Conheço vários que fizeram carreiras medíocres no Exército e que aguentaram os quatro anos de AMAN e os dois de EsAO para segurarem uma carreira tranquila... Aliás, paga melhor que quase todas as outras carreiras do Executivo, com exceção dos fiscais da Receita, da Previdência, da Diplomacia, dos quadros de gestores e da Polícia Federal.
sapao escreveu:Sobre a expulsoria, concordo plenamente com voce, acho o modelo americano um bom exemplo a ser seguido para evitar o inchaço nos postos mais altos, abrindo espaço para mias postos subalternos.
Pena que não seguimos esse exemplo. Sou plenamente favorável a expulsar quem não se esforça para premiar os bons. Precisamos aprender o valor da meritocracia.
sapao escreveu:Se tivessemos inimigos serios talvez as FFAA tivessem a mesma exposião que o Itamaraty (do qual que me orgulho, deixo claro aqui), agora o EB com a MB fazem um magnifico trabalho no Haiti e quantos jornais relataram isso?
O grande problema é que as FFAA sempre fizeram uso político das armas. É só ver o número de quarteladas bem e mal sucedidas na era republicana. Faz parte da tradição positivista de 1889. Isso contaminou a opinião pública. Quanto ao Haiti, nunca vi uma matéria contra a ação das tropas lá. Pelo contrário, são laudatórias, merecidamente, diga-se de passagem. Aliás, estive no Haiti e testemunhei isso.
sapao escreveu:Se tivessemos inimigos serios ai seriamos igual a India, que manteve ate agora o numero inicial de aeronaves... Aqui começamos com mais de 100 e ja estamos chegando nas 2 duzias, voce acha que foi a FAB que pediu essa redução por causa da sindrome de vira-latas que ela tem?
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Trinta e seis é o lote inicial. Até ampliou-se o número de células em relação ao F-X1, que previa um máximo de 24. O compromisso firmado com os concorrentes, um tanto inflexível diante da mudança geracional em curso (da 4ª para a 5ª geração), vale pelos próximos 20 anos e visa a substituição de F-5EM, Mirage 2000 e AMX. Em nenhum momento se falou em substituir TODA A FROTA em um prazo curto...
Abraços
Pepê