TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Qual o caça ideal para o FX?

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Thor
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#44701 Mensagem por Thor » Ter Ago 31, 2010 12:36 am

cb_lima escreveu:CM!

[100] [009]

Sempre bom debater com você amigo!

Li os seus posts anteriores e entendi o seu ponto.

Pergunta: O que os 3 F-X possuem que podem ajudar a pelo menos botar AEW para correr?

Não estou dizendo qual é o melhor ou se são melhores que o SU-35 e a doutrina russa... só gostaria de saber qual dos 3 possue uma chance melhor em tal empreitada... :D

[]s
CB_Lima
Havia prometido para mim mesmo não postar mais neste tópico do F/X, mas como o assunto é genérico, não pude resistir... :)
Certamente aquele que possuir a melhor capacidade Stealth (baixa RCS), aliado ao fato de ter maior alcance em regime supersonico ou supercruise.
A tática que um AEW usa é a defesa por caças numa linha avançada e numa linha próxima, caso a primeira não consiga se contrapor ou deixe vazar alguma ameaça.
A maior probabilidade de sucesso em um ataque a um AEW seria a não detecção do alvo, que se aproximaria do AEW numa distância tal que seria possível abate-lo.
Caso o AEW detecte a ameaça, primeiramente ele orientará a sua proteção para engajar e atrapalhar a missão desses caças. E caso isso falhe, numa distância de segurança ele iniciará uma fuga, tornando uma corrida de avião a jato, se dirigindo para uma posição onde haverá mais caças a serem engajados em sua proteção. Ganha quem tiver mais combustível...
Um míssil puramente antiradiação, nesse caso, não teria muita validade, pois o radar do AEW seria desligado durante sua fuga e sua posição variaria muito.
Os mísseis convencionais, no setor traseiro, com o alvo voando acima de 400 kt, tem seu alcance muito reduzido, o que obrigará ao caça ficar em voo supersônico para dentro de território inimigo por uns 15 a 20 minutos com a PC aberta, ou seja, provavelmente não terá combustível para voltar para casa, exceto se tiver capacidade de supercruise.
A chance seria maior se a aeronave for detectada tardiamente, inclusive passando pelas aeronaves de caça em CAP.
Existe também a possibilidade de erro da tripulação, na demora de tomar a decisão de safe scape ou engajamento errado da CAP. Isso pode ocorrer, não é difícil. Se fosse tudo tão 100% nenhum piloto de caça seria abatido ou mesmo nenhuma aeronave sofreria um acidente aéreo...
Nos diversos exercícios que a FAB fez, apenas uma vez o E-99 chegou muito próximo de ser abatido (COMDAEX 2007, eu acho) por uma aeronave F-5 que disparou um míssil Python. Mas várias situações levaram a isso, desde o Chefe Controlador não ser o adequado para esse cenário pesado, havia a fronteira da Argentina que impediu que o E-99 prosseguisse na sua fuga, pois teve que desistir de correr por essa "barreira", erros de alocação das escoltas pelo COPM que estava conduzindo-os, etc...
Mas na crítica vídeo dos caças, no solo, descobriu-se que um míssil S-530 lançado por um F-2000 teria abatido o F-5M 7 segundos antes de ele ter lançado o seu contra o E-99.
Abraços




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BARAK
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#44702 Mensagem por BARAK » Ter Ago 31, 2010 12:53 am

[029]
Continuem que a prosa está excelente!




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#44703 Mensagem por sapao » Ter Ago 31, 2010 12:54 am

Carlos,
possivel acho que é, mas teria que ser muito treinado e estudado, estilo ataque a Osirak; e a grande verdade e que pouquissimos paises no mundo tem seus proprios AEW, menos ainda (chutaria apenas russia e china) treinam especificamente para abate-los, na minha opinião por 2 razões:
- 1 um ataque desse não é prioridade de treinamento devido a complexidade e o custo envolvido versus a probabilidade de acontecer (exceto para a russia e a china);
-2 o AEW em si não é uma ameaça, os vetores que ele coordena são!
Diferente de um PA, se eu derrubo um AEW eu não inutilizo a força aerea inimiga, e muitas vezes as aeronaves que eu vou perder e o envolvimento em uma missão com poucas chances de sucesso podem me valer uma vitoria de Pirro. Como falaram, se de 20 vezes eu acertar 1, isso significa uma razão de 20 caças perdidos para cada AEW, será que vale a pena? Sera que eu tenho condição de manter essa razão contra o Brasil por exemplo para derubar todos os E-99?

Eu comentei que usaria um armamento passivo porque ele é um alvo altamente protegido, que so vai ser colocado no combate com muita proteção. Nesse cenario, quanto mais encoberto eu conseguir utilizar meu armamento, maior minha chance de sobrevivencia.

Trackear um AEW é dificil para caramba, ainda mais se houve uma escolta eletronica. Normalmente ela embaralha o sinal de tal maneira que o alcance do missil vai sendo degradado ate que ele so seja utilizado em uma distancia na qual ja deixou de valer a pena, alem do fato das escoltas estarem sempre posicionadas mais a frente, nesse caso umas 100nm.
Para que seu ataque desse certo, os flancos tambem teriam que estar desprotegidos, e isso tambem não acontece normalmente(alias foi ai que os F-5 operaram a maior parte do tempo na RED FLAG).

Como disse, combate com AEW é para gente grande; felizmente poucas forças acham que vale a pena tirar dinheiro de outros projetos para utilizar esse vetor. Digo felizmente para nós aqui na america latina, pois um AEW traz uma vantagem incomensuravel, ou melhor, mensuravel em um ambiente de guerra.
No primeiro exercicio em que foi utilizado em larga escala pela FAB, TODOS os atacantes foram abatidos junto com algumas de suas aeronaves de escolta sem nem saber de onde vinha o perigo nas primeiras saidas, até que começaram a ver que o buraco havia abaixado e muito.
Realmente ele leva a batalha aerea a outro patamar, mas deixa eu para de falar isso antes que algum vizinho escute...

A potencia do sinal do UAV não importa muito, como disse ela não é utilizada em armamentos anti-radiação em si a não ser para excitar seu equipamento de recepção, e sim outras caracteristicas que funcionam como a identidade do emissor.
Veja bem, voce vai estar recebendo um sinal que tem cara de mexirica, cor de mexirica, cheiro de mexirica mas na verdade é um limão galego...
Só tem duas maneiras de tentar saber a diferença: ou você experimenta e pode se dar mal, ou voce treina bastante e diminui a chance de se dar mal tentando identificar a diferença antes de experimentar, porem de longe ainda e dificil.

Sobre o IR, ja se acredita que a guerra vai utilizar cada vez mais essa faixa com o aumento da tecnologia, mas atualmente tudo a longa distancia ainda esta na RF.




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
Carlos Mathias

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#44704 Mensagem por Carlos Mathias » Ter Ago 31, 2010 1:21 am

Vou deixar o Prick e suas viagens de lado um pouco.

Vamos lá Thor. :)
Havia prometido para mim mesmo não postar mais neste tópico do F/X, mas como o assunto é genérico, não pude resistir... :)
Certamente aquele que possuir a melhor capacidade Stealth (baixa RCS), aliado ao fato de ter maior alcance em regime supersonico ou supercruise.
A tática que um AEW usa é a defesa por caças numa linha avançada e numa linha próxima, caso a primeira não consiga se contrapor ou deixe vazar alguma ameaça.
Seria preciso saber a separação destas linhas, pois o atacante vai lançar a uns 250KM, surgindo muito alto e muito rápido.
Se alguém chegou perto assim do E-99, a coisa pode ser menos impossível para um atacante que, insisto, está equipado com todas as armas para essa missão específica.

Falo do Su-35BM, o PAK-FA seria relativamente mais fácil, então quero pôr as coisas nos termos dos short-list, as nossas.
O 35 tem supercruise.
A maior probabilidade de sucesso em um ataque a um AEW seria a não detecção do alvo, que se aproximaria do AEW numa distância tal que seria possível abate-lo.
Um alvo foi abatido por um MIG-31 usando um R-37 a 160mn.
Vamos ter que extrapolar nossas hipóteses com esse tipo de ameaça. F-5M eu acho beeeeeem mais dífícil do que já é.
Caso o AEW detecte a ameaça, primeiramente ele orientará a sua proteção para engajar e atrapalhar a missão desses caças. E caso isso falhe, numa distância de segurança ele iniciará uma fuga, tornando uma corrida de avião a jato, se dirigindo para uma posição onde haverá mais caças a serem engajados em sua proteção. Ganha quem tiver mais combustível...
Veja bem Thor, o atacante vai lançar a 250Km um ou dois pares de mísseis com guiagens diferentes, ativa e passiva.
Na "minha" tática, ele lança e se mantém nesta distância, apenas acompanhando o alvo e atualizando dados de posição e etc.
O E-99 (vamos assumir esse?) verá apenas um caça voando em rota paralela a ele, sem se aproximar na verdade. Receberá um sinal de radar apenas de acompanhamento, já que eu acho que travamento é só para mísseis semi-ativos.
A idéia é justamente o atacante não ter que se aproximar tanto, ficando numa distância tal que lhe permita atualizar o míssil sem se expor às escoltas.

Sobre combustível, o SU-35BM tem bastante. :mrgreen:
Um míssil puramente antiradiação, nesse caso, não teria muita validade, pois o radar do AEW seria desligado durante sua fuga e sua posição variaria muito.
Aí é que está.
O E-99 não vai ver um ataque, vai ver um avião paquera, digamos assim, paquerando a uns 250Km dele. Precisa fugir?
Além disso, se ele foge e desliga o radar, as escoltas e etc vão ter de ligar tudo para procurar o atacante. Acabou a surpresa e ataques furtivos.
Eu calculei (provavelmente errado :mrgreen: ) que o vôo do míssil leve uns 3 min a mach 5~6 no caso do K-100, até o alvo.

O míssil anti-radiação será lançado outra vez bem de longe e o atacante faz meia volta, sem ameaçar o E-99. Como o atacante não avança, provavelmente não se desligará o radar e o míssil terá seu sinal.
Os mísseis convencionais, no setor traseiro, com o alvo voando acima de 400 kt, tem seu alcance muito reduzido, o que obrigará ao caça ficar em voo supersônico para dentro de território inimigo por uns 15 a 20 minutos com a PC aberta, ou seja, provavelmente não terá combustível para voltar para casa, exceto se tiver capacidade de supercruise.
Sim, mas como disse, a idéia é um ataque sem despertar tanto medo e feito de muito longe.
A antena do IRBIS-E pode ser rebatida lateralmente e varrer até 120º, ou seja, o atacante poderá manter o E-99 sob vigilância voando no través dele, sem se aproximar.

Se o E-99 sacar a jogada e fugir, o alcance dos mísseis cai drasticamente, é claro.
Mas aí ele terá abandonado a área, desligado seu radar que são os olhos do povo, e será conseguida uma espécie de soft kill.
A chance seria maior se a aeronave for detectada tardiamente, inclusive passando pelas aeronaves de caça em CAP.
Existe também a possibilidade de erro da tripulação, na demora de tomar a decisão de safe scape ou engajamento errado da CAP. Isso pode ocorrer, não é difícil. Se fosse tudo tão 100% nenhum piloto de caça seria abatido ou mesmo nenhuma aeronave sofreria um acidente aéreo...
Tardiamente quanto?
Eu não sei, mas acho que um tiro dado da distância que eu falei seria uma dúvida.
O E-99 a 10.000m vai ver o SU-35 surgir voando baixo a 350Km.
Eu imagino uma subida muito rápida e aceleração em altitude para ganhar energia e encurtar a distância até o ponto de lançamento das armas, nesse caso, ~250Km.

Acho que dá prá comer esses 100Km nesse processo de subida e aceleração sem que o E-99 sinta-se ameaçado.
Se o atacante vira à 250Km, o E-99 sentiria-se seguro.
Ou não?
Nos diversos exercícios que a FAB fez, apenas uma vez o E-99 chegou muito próximo de ser abatido (COMDAEX 2007, eu acho) por uma aeronave F-5 que disparou um míssil Python. Mas várias situações levaram a isso, desde o Chefe Controlador não ser o adequado para esse cenário pesado, havia a fronteira da Argentina que impediu que o E-99 prosseguisse na sua fuga, pois teve que desistir de correr por essa "barreira", erros de alocação das escoltas pelo COPM que estava conduzindo-os, etc...
Mas na crítica vídeo dos caças, no solo, descobriu-se que um míssil S-530 lançado por um F-2000 teria abatido o F-5M 7 segundos antes de ele ter lançado o seu contra o E-99.
Abraços
Bom, fácil não é mesmo.
Mas acho que, como já disse e repito, com equipamentos especificamente projetados para esse fim, é viável.

Esse F-5 aí é guerreiro, hein! :shock: :)

Bem Thor, nós estamos aqui debatendo sobre a viabilidade ou não desse ataque.
Sua opinião, como sempre, será muito bem vinda para acrescentar conhecimento e dados realísticos.

Desculpe qualquer burrice, mas eu quero mesmo aprender errando. :D




Carlos Mathias

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#44705 Mensagem por Carlos Mathias » Ter Ago 31, 2010 1:42 am

Carlos,
possivel acho que é, mas teria que ser muito treinado e estudado, estilo ataque a Osirak; e a grande verdade e que pouquissimos paises no mundo tem seus proprios AEW, menos ainda (chutaria apenas russia e china) treinam especificamente para abate-los, na minha opinião por 2 razões:
- 1 um ataque desse não é prioridade de treinamento devido a complexidade e o custo envolvido versus a probabilidade de acontecer (exceto para a russia e a china);
-2 o AEW em si não é uma ameaça, os vetores que ele coordena são!
Diferente de um PA, se eu derrubo um AEW eu não inutilizo a força aerea inimiga, e muitas vezes as aeronaves que eu vou perder e o envolvimento em uma missão com poucas chances de sucesso podem me valer uma vitoria de Pirro. Como falaram, se de 20 vezes eu acertar 1, isso significa uma razão de 20 caças perdidos para cada AEW, será que vale a pena? Sera que eu tenho condição de manter essa razão contra o Brasil por exemplo para derubar todos os E-99?
Eu não me fiz claro.
A razão de 20 X 1 seria tentativa e erro, sem que o atacante fosse perdido, somente os mísseis. Por isso atirar de tão longe, mantendo o caça atacante numa distância tal que lhe permita a retirada.

Sobre o valor do AWACS, a doutrina EUA+OTAN se apóia nisso, e se um AWACS sai do circuito, você equilibra a balança ou melhora o seu lado, se o seu AWACS ficar no ar e entrar logo em seguida no TO.
Você perde coordenação, controle, o fraticídio será mais possível, enfim, um caos para quem está treinado a operar com o seu olho gigante no ar.

Eu acho que vale muito à pena,e justamente por poucos países poderem fazer, eu acho que seria uma arma/capacidade maravilhosa NA NOSSA MÃO. :wink: 8-]
Eu comentei que usaria um armamento passivo porque ele é um alvo altamente protegido, que so vai ser colocado no combate com muita proteção. Nesse cenario, quanto mais encoberto eu conseguir utilizar meu armamento, maior minha chance de sobrevivencia.
Sim, mas temos a tal distância. Temos que pensar com os tais 250Km.
Será usado armamento passivo e ativo, duas guiagens.
Trackear um AEW é dificil para caramba, ainda mais se houve uma escolta eletronica. Normalmente ela embaralha o sinal de tal maneira que o alcance do missil vai sendo degradado ate que ele so seja utilizado em uma distancia na qual ja deixou de valer a pena, alem do fato das escoltas estarem sempre posicionadas mais a frente, nesse caso umas 100nm.
Para que seu ataque desse certo, os flancos tambem teriam que estar desprotegidos, e isso tambem não acontece normalmente(alias foi ai que os F-5 operaram a maior parte do tempo na RED FLAG).
Hmmmm...180KM... Complicou um pouco mais, os caras estão perto do ponto de tiro então. :?
Acho que jamear seria um chamariz para uma arma com capacidade home-on-jam.
Sacrifica-se o jammer então.
Mas se o AWACS não parar de emitir, o KH-31MA vai atrás do sinal dele de qualquer jeito, mesmo perdendo o K-100 na escolta eletrônica.
Aí que eu falo do 20 X 1. Chutei alto, mas acho que antes disso se consegue.

Se eu colocar meu próprio AWACS me mostrando onde estão as escoltas, ou se eu uso um caça como mini-AWACS, eu posso ter a posição das escoltas e escolher um rota ideal.
O caça que procura cobriria um arco de 180º à sua frente, apena seu setor traseiro ficaria descoberto. Mas eu posso fechar essa brecha com um outro caça mais recuado, nas seis do primeiro.

Eu acho impossível alguém mandar seu AWACS fazer isso na Red Flag, nem tão pouco colocar seus caças com radar à pleno varrendo o espaço.
Os aviões de escuta eletrônica que ficam lá butucando fariam a festa. :lol:
Como disse, combate com AEW é para gente grande; felizmente poucas forças acham que vale a pena tirar dinheiro de outros projetos para utilizar esse vetor. Digo felizmente para nós aqui na america latina, pois um AEW traz uma vantagem incomensuravel, ou melhor, mensuravel em um ambiente de guerra.
No primeiro exercicio em que foi utilizado em larga escala pela FAB, TODOS os atacantes foram abatidos junto com algumas de suas aeronaves de escolta sem nem saber de onde vinha o perigo nas primeiras saidas, até que começaram a ver que o buraco havia abaixado e muito.
Realmente ele leva a batalha aerea a outro patamar, mas deixa eu para de falar isso antes que algum vizinho escute...
Pois é, daí os caras criarem doutrina, armas e sistemas específicos para a missão.
A potencia do sinal do UAV não importa muito, como disse ela não é utilizada em armamentos anti-radiação em si a não ser para excitar seu equipamento de recepção, e sim outras caracteristicas que funcionam como a identidade do emissor.
Veja bem, voce vai estar recebendo um sinal que tem cara de mexirica, cor de mexirica, cheiro de mexirica mas na verdade é um limão galego...
Só tem duas maneiras de tentar saber a diferença: ou você experimenta e pode se dar mal, ou voce treina bastante e diminui a chance de se dar mal tentando identificar a diferença antes de experimentar, porem de longe ainda e dificil.
Dá para tentar de longe, mesmo ao custo de alguns mísseis. :mrgreen:
Sobre a isca, é um puta complicador, mas assim como o próprio AWACS e o equipamento para caçá-lo, esta isca deve ser algo muito raro por aí.
Sobre o IR, ja se acredita que a guerra vai utilizar cada vez mais essa faixa com o aumento da tecnologia, mas atualmente tudo a longa distancia ainda esta na RF.
Sim, exato.
Mas no caso do R-77 IR, ele vai ser guiado pelo data-link do caça até as cercanias do alvo. Ele só vai abrir o olho lá perto do alvo.

LOBL a 250Km só na cabeça do Prick. :roll: :mrgreen:




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#44706 Mensagem por Carlos Lima » Ter Ago 31, 2010 1:45 am

Thor/Sapao... [100] [009]

CM... muito obrigado por trazer tal debate à tona!! [009]

Eu tenho lido bastante sobre táticas de combate aéreo e estou me coçando para chegar nos capítulos do meu livro atual sobre AEW, mas estou pacientemente ainda lendo (e tentando entender :lol: ) inteligência de sinais... (Elint/Sigint/Commint e afins) :)

-----------------------
Enfim,

Algumas coisas que aprendi até agora:

1. É possível abater um AEW, mas esse vai operar sempre de modo que seja possível detectar e enviar escoltas e eventualmente utilizar uma rota de fuga quando tudo falhar... o que torna ele muito díficil de ser abatido...

2. Existem diversas maneiras de voce disfarçar um dos seus meios (UAV por exemplo) de modo a passar 'a impressão' de ser algo quando na verdade ele é uma isca ou uma maneira de despistar eventuais 'aventuras' por parte do seu adversário

3. Em função das distâncias envolvidas no uso de AEW, combustível, "camadas" de defensores, interferências e despistamentos são fatores críticos na tentativa de interceptação de AEW.

4. Quem tem AEW não abre mão... quem não tem ... não sabe o que está perdendo... :lol:

5. Stealth é sem dúvida o vetor "ideal" para chegar perto e ter bastante sucesso abatendo AEWs

6. O outro lado da moeda são os Su com o seu alcance brutal e com mísseis que voam tremendamente longe são também alguns dos vetores com mais chances de encontrar e abater AEW, mas sem dúvida em uma escala de risco creio eu Stealth ainda faz uma diferença tremenda.

PS: Lembro dos Iranianos utilizando o AIM-54 operacionalmente (os americanos nunca o utilizaram em combate)... segundo relatos, os pilotos iranianos em termos de "números" são os pilotos que mais abateram e enganjaram alvos em combate BVR até hoje... (interessante né? :) ). Enfim, segundo consta a a combinação de um F-14 agindo como AEW com o seu AWG-9 e outro dando uma "esticada" para chegar em um alcance rasoável do alvo e a partir daí deixando o AIM-54 fazer o "serviço" era mortal (vou catar aqui no livro do Tom Cooper os números, mas eles tiveram um enorme sucesso com essa tática, o que é muito semelhante a o que o Thor mencionou que ocorreu da primeira vez que os AEW foram empregados na FAB em exercício).

Enfim... []s e mais uma vez obrigado! [100]
CB_Lima




CB_Lima = Carlos Lima :)
Carlos Mathias

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#44707 Mensagem por Carlos Mathias » Ter Ago 31, 2010 1:51 am

5. Stealth é sem dúvida o vetor "ideal" para chegar perto e ter bastante sucesso abatendo AEWs

6. O outro lado da moeda são os Su com o seu alcance brutal e com mísseis que voam tremendamente longe são também alguns dos vetores com mais chances de encontrar e abater AEW, mas sem dúvida em uma escala de risco creio eu Stealth ainda faz uma diferença tremenda.
Então?
Eu acho que para outros caças,a missão é quase impossível pela necessidade de se chegar muito perto para atirar.
Os outros Nº, 100% de acordo. Aliás, justamente pela extrema dificuldade é que são usadas "armas e sistemas específicos".

Sobre os F-14 + AIM-54, um sistema de armas fantástico mesmo. :)




Carlos Mathias

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#44708 Mensagem por Carlos Mathias » Ter Ago 31, 2010 1:53 am

Vou dormir, até amanhã! :)




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#44709 Mensagem por Penguin » Ter Ago 31, 2010 9:04 am

A combinação de modos LPI + data link + ECM torna o caldo indigesto.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#44710 Mensagem por PRick » Ter Ago 31, 2010 9:14 am

Vamos a algumas dicas,

Oras não são apenas os russos que andam desenvolvendo novas armas ou melhorando as suas, não é preciso detectar o lançamento de um míssil a 250kms, mas ele pode ser rastreado depois, se o alarme de lançamento de mísseis se der a uns 60 kms, já será tempo o suficiente para fazer medidas evasivas.

Para quem não sabe o Meteor foi gestado para ser superior ao R-77 com ram jet. Não se tem ainda os dados sobre alcance dele, porém uma coisa é certa, pesando ao redor 205 kgs(esse parece ser o peso atual dele) no lançamento, e possuindo um motor ramjet, vai ter alcance máximo acima de 160 kms.

Como falaram acima, uma aeronave AEW tem pelo menos duas camadas de escoltas.

[]´s




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#44711 Mensagem por Brigadeiro » Ter Ago 31, 2010 9:30 am

Essa charla tá com a cara do "Seis Horas" do Túlio... hehehehe

Mas olhando a parte técnica, o papo tá até bom!

Toca o barco!

Até mais!




Thiago
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#44712 Mensagem por Bender » Ter Ago 31, 2010 2:57 pm

Caras,voces estão dando um show! :D O membro honorário do Mobral da aviação agradece! :mrgreen:

SDS>




sapao
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#44713 Mensagem por sapao » Ter Ago 31, 2010 3:03 pm

Carlos,
concordo que de longe utilizando seu AEW seria a melhor opção, lança furtivo utilizando o plote de outro radar. Mas mesmo na proporção de 20 missies para 1 acerto ainda e fogo, se voce for olhar o preço de um missel desse completo (com todas as capacidades e sem estar degradado), 20 vai dar quase o preço de 1 caça... Mas concordo que valeria a pena, desde que fosse um missil nacional ou produzido aqui sob licença.

Um jammer pode evitar que um missil o atinja utilizando algumas tecnicas que vão passar uma posição errada ao missil, ai quando ele entra na fase terminal não vai conseguir acha-lo.
E complicado, mas uma aeronave maior leva vantagem nesse ponto em relação a um caça porque seus equipamentos de contra medidas serão mais potentesque os radares embarcados que tentam supera-lo, estima-se que o americano tenha alguns EB-52 (apesar de sair na imprensa que o projeto havia sido cancelado). Imagina a potencia do equipamento embarcado!
Com isso ele consegue interferir ainda fora do envelope do armamento HOME-ON JAM, o A-6 faz isso muito bem, tanto é que estão com ele até hoje.

Outro fator decisivo é a experiencia, enquanto um AEW ou um jammer tem um operador dedicado a função de guerra eletronica, no caça é o piloto com no maximo um WSO para dar uma mão. Então é um cara formado somente para operar consoles de guerra eletronica, que treina para identificar sinais e suas contramedidas contra outro que faz isso e mais outras coisas.
Numa comparação, para quem gosta de jogos de estrategia tipo Civilization, o AEW teria um cara para tomar conta de cada cidade, enquanto o caçador colocaria todas as cidades no modo automatico de evolução.
Por mais que você programe bem seus processadores, eles ainda estão longe de substituir a experiencia e intuição humana de um operador bem treinado.

Eu tambem gostaria muito que nos pudessemos ter esse tipo de equipamento a mão atualmente, bem como algums Akula para a MB e alguns blindados russos para o EB, mas a negociação parace que foi menos favoravel que com os franceses, e eu entendo os russos. Vender para paises que so querem usar e facil, para aqueles que querem operar mas não tem um parque industrial nem cientifico para copiar seus avanços e mais dificil mas ainda vai, agora entregar tudo na mão de alguem que vai ser seu concorrente daqui a algumas decadas e muito complicado (vide a pernada que eles tomaram na china), acho que isso prejudicou bastante esses negocios; mas essa e minha opinião pessoal. Não tem jeito, aprenda, copie e melhore, so da certo assim em equipamentos militares no nivel de autonomia que nos queremos.




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Se não agora, quando?”[/justificar]
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#44714 Mensagem por Pepê Rezende » Ter Ago 31, 2010 6:25 pm

sapao escreveu:Carlos,
concordo que de longe utilizando seu AEW seria a melhor opção, lança furtivo utilizando o plote de outro radar. Mas mesmo na proporção de 20 missies para 1 acerto ainda e fogo, se voce for olhar o preço de um missel desse completo (com todas as capacidades e sem estar degradado), 20 vai dar quase o preço de 1 caça... Mas concordo que valeria a pena, desde que fosse um missil nacional ou produzido aqui sob licença.
Depende. Os mísseis russos são sensivelmente mais baratos que os ocidentais. Quanto a produzir sob licença, o fabricante do Igla propôs a instalação de uma fábrica no Brasil se comprássemos 2.000 unidades. Apenas no primeiro dia da Guerra de Kosovo, foram empregados cerca de 1.000 pelos sérvios. Como resultado, a Otan não operou seus AH-64 Apaches e passou a atacar de grande altitude, com resultados pífios contra alvos militares. Para dar uma idéia exata do investimento, cada míssil custa US$ 200 mil, ou seja, o investimento total equivaleria a US$ 400 milhões, ou seja, o mesmo que OITO Gripen NG em preço flyway. Dissemos que não precisávamos de tantos e tentamos copiá-los no CeTEx com resultados pífios.
sapao escreveu:Um jammer pode evitar que um missil o atinja utilizando algumas tecnicas que vão passar uma posição errada ao missil, ai quando ele entra na fase terminal não vai conseguir acha-lo.

E complicado, mas uma aeronave maior leva vantagem nesse ponto em relação a um caça porque seus equipamentos de contra medidas serão mais potentesque os radares embarcados que tentam supera-lo, estima-se que o americano tenha alguns EB-52 (apesar de sair na imprensa que o projeto havia sido cancelado). Imagina a potencia do equipamento embarcado!

Com isso ele consegue interferir ainda fora do envelope do armamento HOME-ON JAM, o A-6 faz isso muito bem, tanto é que estão com ele até hoje.

Outro fator decisivo é a experiencia, enquanto um AEW ou um jammer tem um operador dedicado a função de guerra eletronica, no caça é o piloto com no maximo um WSO para dar uma mão. Então é um cara formado somente para operar consoles de guerra eletronica, que treina para identificar sinais e suas contramedidas contra outro que faz isso e mais outras coisas.

Numa comparação, para quem gosta de jogos de estrategia tipo Civilization, o AEW teria um cara para tomar conta de cada cidade, enquanto o caçador colocaria todas as cidades no modo automatico de evolução.

Por mais que você programe bem seus processadores, eles ainda estão longe de substituir a experiencia e intuição humana de um operador bem treinado.
Todas as avaliações foram feitas aqui sem levar em conta um ponto: o bicho voa a Mach 4! Ou seja o tempo de reação é de quatro segundos... Mal dá tempo de desligar o radar e o disparo ocorre a um alcance superior em 100 quilômetros ao do melhor míssil ar-ar ocidental. O disparo é passivo e não dá nenhum indicativo ao AWACS de que ele está na mira. Ou seja, é como o ataque de um crocodilo, traiçoeiro, rápido e efetivo.

sapao escreveu:Eu tambem gostaria muito que nos pudessemos ter esse tipo de equipamento a mão atualmente, bem como algums Akula para a MB e alguns blindados russos para o EB, mas a negociação parace que foi menos favoravel que com os franceses, e eu entendo os russos. Vender para paises que so querem usar e facil, para aqueles que querem operar mas não tem um parque industrial nem cientifico para copiar seus avanços e mais dificil mas ainda vai, agora entregar tudo na mão de alguem que vai ser seu concorrente daqui a algumas decadas e muito complicado (vide a pernada que eles tomaram na china), acho que isso prejudicou bastante esses negocios; mas essa e minha opinião pessoal. Não tem jeito, aprenda, copie e melhore, so da certo assim em equipamentos militares no nivel de autonomia que nos queremos.
Há muita fofoca e pouca realidade na pirataria chinesa de equipamentos russos modernos. O J-11, versão aperfeiçoada do Su 27, contou e conta com apoio da Sukhoi em seu desenvolvimento. A República Popular da China não o comercializa, ponto fundamental do acordo entre os dois países. A RPC também desenvolveu um projeto similar ao S300, mas embasado no projeto do Patriot, obtido por espionagem. Aliás, esse míssil é fabricado pelo Irã (embora os chineses não reconheçam que tenham cedido a tecnologia). O WS-10, motor que equipará os J-11 e os J-10B, também tem tecnologia norte-americana (usa o núcleo do CFM-56, a exemplo do F110 usado nos F-16 e F-15). Veja bem, não piratearam o AL31 ou o AL31F, honrando os compromissos mantidos com a Rússia.

O grande ponto é que as FFAA brasileiras fixam-se nos vetores e não nos armamentos. Num outro fórum, um oficial da FAB levantou-se indignado quanto coloquei que 200 R-Darters sul-africanos foram oferecidos ao Brasil, informação repassada em ON pelo brigadeiro Bueno. Segundo esse senhor "era um absurdo dizer que a África do Sul, um país de Terceiro Mundo, tivesse tantos mísseis em seus arsenais." Claro, levava em conta a "experiência" brasileira, onde a Marinha tem menos de 20 Sea Wolfs para equipar três fragatas (cada uma delas teoricamente capaz de lançar 16 deles), e a FAB conta com menos de 50 Derbys para armar 56 F-5EM...

Sem produção, qualquer desenvolvimento será vazio. Ou seja, precisamos abandonar a mentalidade de "prostituta de beira de estrada", que se contenta com sanduíche de mortadela e tubaína, para pensar como scort girl de luxo, que come caviar iraniano e bebe champanhe Veuve Clicquot de boa safra. Esse choque cultural seria importante para que tenhamos, no futuro, FFAA realmente operacionais.

Abraços

Pepê




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#44715 Mensagem por prp » Ter Ago 31, 2010 6:33 pm

Tubaina é sodas. :?




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