AFEGANISTÃO
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- FOXTROT
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Re: Notícias de Afeganistão
terra.com.br
Soldado da Otan morre em explosão no sul do Afeganistão
19 de agosto de 2010
Um soldado da Otan morreu na quarta-feira na explosão de uma bomba de fabricação caseira, a arma preferida dos talibãs, no sul do Afeganistão.
A Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) não revelou a nacionalidade da vítima. Desde o início do ano, 437 soldados estrangeiros morreram no Afeganistão, segundo um balanço da AFP com base em dados do site independente icasualties.org.
Soldado da Otan morre em explosão no sul do Afeganistão
19 de agosto de 2010
Um soldado da Otan morreu na quarta-feira na explosão de uma bomba de fabricação caseira, a arma preferida dos talibãs, no sul do Afeganistão.
A Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) não revelou a nacionalidade da vítima. Desde o início do ano, 437 soldados estrangeiros morreram no Afeganistão, segundo um balanço da AFP com base em dados do site independente icasualties.org.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- Francoorp
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Re: Notícias de Afeganistão
FOX, certo que recebo sempre boas noticias do senhor... um único soldadinho dos "Aliados" ainda está um pouco aquém das expectativas, mas o dia ainda não acabou e quem sabe a caça ainda hoje seja mais prospera.
Mas é já um primeiro passo pra fechar o dia em beleza...
Mas é já um primeiro passo pra fechar o dia em beleza...
- FOXTROT
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Re: Notícias de Afeganistão
Mais um Francoorp.....
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Soldado das forças internacionais morre no Afeganistão
20 de agosto de 2010
Um soldado das forças internacionais morreu na noite de quinta-feira na explosão de uma mina caseira no sul do Afeganistão, anunciou nesta sexta a Otan em um comunicado.
A Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão (Isaf) não revelou a nacionalidade do soldado.
Ao todo, 438 soldados estrangeiros já morreram no Afeganistão este ano, segundo um balanço da AFP baseado em dados do site independente icasualties.org.
Desde o começo da guerra, em 2001, mais de 2 mil militares estrangeiros já perderam suas vidas.
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Soldado das forças internacionais morre no Afeganistão
20 de agosto de 2010
Um soldado das forças internacionais morreu na noite de quinta-feira na explosão de uma mina caseira no sul do Afeganistão, anunciou nesta sexta a Otan em um comunicado.
A Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão (Isaf) não revelou a nacionalidade do soldado.
Ao todo, 438 soldados estrangeiros já morreram no Afeganistão este ano, segundo um balanço da AFP baseado em dados do site independente icasualties.org.
Desde o começo da guerra, em 2001, mais de 2 mil militares estrangeiros já perderam suas vidas.
Editado pela última vez por FOXTROT em Sex Ago 20, 2010 11:24 am, em um total de 3 vezes.
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- Marino
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Re: Notícias de Afeganistão
A guerra no Afeganistão: ecos do Vietnã
O War Logs (bússolas da guerra), um arquivo de documentos militares confidenciais que
abarcam seis anos da guerra do Afeganistão, publicados na Internet pela organização Wikileaks relatam
uma luta inflamada e cada dia mais encarniçada, na perspectiva dos Estados Unidos. E, para todos os
afegãos, um horror crescente.
Os War Logs, por mais valiosos que sejam, podem contribuir para a doutrina prevalente de que
as guerras são algo mau só se não são exitosas - algo assim como o que os nazistas sentiram depois de
Stalingrado.
No mês passado ocorreu o fiasco do general Stanley A. McChrystal, obrigado a se retirar do
comando das forças dos Estados Unidos no Afeganistão e substituído por seu superior, o general David
H. Petraeus. Uma provável consequência é um relaxamento das normas de combate, de forma que se
torne mais fácil matar civis, e um prolongamento da guerra à medida que Petraeus use sua influência
para conseguir este resultado no Congresso.
O Afeganistão é a principal guerra em curso do presidente Obama. A meta oficial é nos proteger
da AlQaeda, uma organização virtual, sem base específica - uma rede de redes e uma resistência sem
líderes, como foi chamada na literatura profissional. Agora, ainda mais do que antes, a AlQaeda consiste
em facções relativamente independentes, associadas frouxamente ao redor do mundo.
A CIA calcula que entre 50 e 100 ativistas da AlQaeda talvez estejam no Afeganistão, e nada
indica que os talibãs desejem repetir o erro de dar refúgio a AlQaeda. Por outro lado, o talibã parece
estar bem estabelecido em seu vasto e árduo território, uma grande parte dos territórios pashtun.
Em fevereiro, no primeiro exercício da nova estratégia de Obama, os fuzileiros estadunidenses
conquistaram Marja, um distrito menor na província de Helmand, principal centro da insurgência.
Uma vez ali, informa Richard A. Oppel Jr., do The New York Times, "os fuzileiros se chocaram
com uma identidade talibã tão dominante que o movimento se assemelha mais a uma organização
política numa região de um só partido, com uma influência que abarca a todos...".
"Temos que reavaliar nossa definição da palavra inimigo, disse o general de brigada Larry
Nicholson, comandante da brigada expedicionária de fuzileiros na província Helmand. A maioria das
pessoas aqui identifica a si mesmas como talibã... Temos que reajustar nossa forma de pensar, de forma
que não pareça que estamos expulsando os talibãs de Marja, mas que estejamos tratando de expulsar o
inimigo.
Os fuzileiros estão enfrentando um problema que sempre espreitou os conquistadores, e que é
muito familiar para os Estados Unidos, desde o Vietnã. Em 1969, Douglas Pike, o mais importante
acadêmico governamental nos assuntos do Vietnã lamentou que o inimigo - a Frente de Libertação
Nacional (FLN) - era o único partido político verdadeiramente baseado nas massas no Vietnã do Sul".
Qualquer esforço para competir politicamente com esse inimigo seria como um conflito entre uma
sardinha e uma baleia, reconheceu Pike. Em consequência, devíamos superar a força política do FLN
recorrendo a nossa vantagem comparativa, a violência - com resultados horrendos.
Outros enfrentaram problemas similares: os russos, por exemplo, no Afeganistão, durante os
anos 80, quando ganharam todas as batalhas mas perderam a guerra.
Escrevendo a respeito de outra invasão estadunidense - a das Filipinas em 1989 -, Bruce
Cumings, historiador especialista em Ásia na Universidade de Chicago fez uma observação hoje
aplicável ao Afeganistão: "quando um fuzileiro vê que sua rota é desastrosa, muda de curso, mas os
exércitos imperiais afundam suas botas em areias movediças e seguem marchando, ainda que seja em
círculos, enquanto os políticos enfeitam o livro de frases dos ideais estadunidenses".
Depois do triunfo de Marja, esperava-se que as forças lideradas pelos Estados Unidos atacariam
a importante cidade de Kandahar, onde, segundo uma pesquisa do exército estadunidense, a operação
militar é rechaçada por 95% da população e onde 5 em cada 6 consideram os talibãs como nossos
irmãos afegãos - mais uma vez, ecos de conquistas prévias. Os planos sobre Kandahar foram
postergados, e isso foi parte dos antecedentes para a saída de McChrystal.
Dadas essas circunstâncias não é de se estranhar que as autoridades dos Estados Unidos
estejam preocupadas com que o apoio popular à guerra no Afeganistão seja ainda mais erodido. Em
maio passado a Wikileaks publicou um memorando da CIA acerca de como manter o apoio da Europa à
guerra: o subtítulo do memorando era: porque contar com a apatia talvez não seja suficiente.
O perfil discreto da missão no Afeganistão permitiu aos líderes franceses e alemães
desprezarem a oposição popular e aumentarem gradualmente suas contribuições às tropas da Força de
Assistência à Segurança Nacional (ISAF), assinala o memorando. Berlim e Paris mantêm o terceiro e
quarto níveis mais altos de tropas na ISAF, em que pese a oposição de 80% dos pesquisados alemães e
franceses a maiores envios de forças. É necessário, em consequência, dissimular as mensagens para
impedir ou ao menos conter uma reação negativa.
O memorando da CIA deve nos fazer recordar que os Estados têm um inimigo interno: sua
própria população, que deve ser controlada quando a política do Estado tem oposição no povo. As
sociedades democráticas dependem não da força, mas da propaganda, manipulando o consenso
mediante uma ilusão necessária e uma super-simplificação emocionalmente poderosa, para citar o
filósofo favorito de Obama, Reinhold Niebuhr.
A batalha para controlar o inimigo interno, então, segue sendo altamente pertinente - de fato, o
futuro da guerra no Afeganistão pode depender dela.
Noam Chomsky - Linguista e filósofo
Tradução: Katarina Peixoto
O War Logs (bússolas da guerra), um arquivo de documentos militares confidenciais que
abarcam seis anos da guerra do Afeganistão, publicados na Internet pela organização Wikileaks relatam
uma luta inflamada e cada dia mais encarniçada, na perspectiva dos Estados Unidos. E, para todos os
afegãos, um horror crescente.
Os War Logs, por mais valiosos que sejam, podem contribuir para a doutrina prevalente de que
as guerras são algo mau só se não são exitosas - algo assim como o que os nazistas sentiram depois de
Stalingrado.
No mês passado ocorreu o fiasco do general Stanley A. McChrystal, obrigado a se retirar do
comando das forças dos Estados Unidos no Afeganistão e substituído por seu superior, o general David
H. Petraeus. Uma provável consequência é um relaxamento das normas de combate, de forma que se
torne mais fácil matar civis, e um prolongamento da guerra à medida que Petraeus use sua influência
para conseguir este resultado no Congresso.
O Afeganistão é a principal guerra em curso do presidente Obama. A meta oficial é nos proteger
da AlQaeda, uma organização virtual, sem base específica - uma rede de redes e uma resistência sem
líderes, como foi chamada na literatura profissional. Agora, ainda mais do que antes, a AlQaeda consiste
em facções relativamente independentes, associadas frouxamente ao redor do mundo.
A CIA calcula que entre 50 e 100 ativistas da AlQaeda talvez estejam no Afeganistão, e nada
indica que os talibãs desejem repetir o erro de dar refúgio a AlQaeda. Por outro lado, o talibã parece
estar bem estabelecido em seu vasto e árduo território, uma grande parte dos territórios pashtun.
Em fevereiro, no primeiro exercício da nova estratégia de Obama, os fuzileiros estadunidenses
conquistaram Marja, um distrito menor na província de Helmand, principal centro da insurgência.
Uma vez ali, informa Richard A. Oppel Jr., do The New York Times, "os fuzileiros se chocaram
com uma identidade talibã tão dominante que o movimento se assemelha mais a uma organização
política numa região de um só partido, com uma influência que abarca a todos...".
"Temos que reavaliar nossa definição da palavra inimigo, disse o general de brigada Larry
Nicholson, comandante da brigada expedicionária de fuzileiros na província Helmand. A maioria das
pessoas aqui identifica a si mesmas como talibã... Temos que reajustar nossa forma de pensar, de forma
que não pareça que estamos expulsando os talibãs de Marja, mas que estejamos tratando de expulsar o
inimigo.
Os fuzileiros estão enfrentando um problema que sempre espreitou os conquistadores, e que é
muito familiar para os Estados Unidos, desde o Vietnã. Em 1969, Douglas Pike, o mais importante
acadêmico governamental nos assuntos do Vietnã lamentou que o inimigo - a Frente de Libertação
Nacional (FLN) - era o único partido político verdadeiramente baseado nas massas no Vietnã do Sul".
Qualquer esforço para competir politicamente com esse inimigo seria como um conflito entre uma
sardinha e uma baleia, reconheceu Pike. Em consequência, devíamos superar a força política do FLN
recorrendo a nossa vantagem comparativa, a violência - com resultados horrendos.
Outros enfrentaram problemas similares: os russos, por exemplo, no Afeganistão, durante os
anos 80, quando ganharam todas as batalhas mas perderam a guerra.
Escrevendo a respeito de outra invasão estadunidense - a das Filipinas em 1989 -, Bruce
Cumings, historiador especialista em Ásia na Universidade de Chicago fez uma observação hoje
aplicável ao Afeganistão: "quando um fuzileiro vê que sua rota é desastrosa, muda de curso, mas os
exércitos imperiais afundam suas botas em areias movediças e seguem marchando, ainda que seja em
círculos, enquanto os políticos enfeitam o livro de frases dos ideais estadunidenses".
Depois do triunfo de Marja, esperava-se que as forças lideradas pelos Estados Unidos atacariam
a importante cidade de Kandahar, onde, segundo uma pesquisa do exército estadunidense, a operação
militar é rechaçada por 95% da população e onde 5 em cada 6 consideram os talibãs como nossos
irmãos afegãos - mais uma vez, ecos de conquistas prévias. Os planos sobre Kandahar foram
postergados, e isso foi parte dos antecedentes para a saída de McChrystal.
Dadas essas circunstâncias não é de se estranhar que as autoridades dos Estados Unidos
estejam preocupadas com que o apoio popular à guerra no Afeganistão seja ainda mais erodido. Em
maio passado a Wikileaks publicou um memorando da CIA acerca de como manter o apoio da Europa à
guerra: o subtítulo do memorando era: porque contar com a apatia talvez não seja suficiente.
O perfil discreto da missão no Afeganistão permitiu aos líderes franceses e alemães
desprezarem a oposição popular e aumentarem gradualmente suas contribuições às tropas da Força de
Assistência à Segurança Nacional (ISAF), assinala o memorando. Berlim e Paris mantêm o terceiro e
quarto níveis mais altos de tropas na ISAF, em que pese a oposição de 80% dos pesquisados alemães e
franceses a maiores envios de forças. É necessário, em consequência, dissimular as mensagens para
impedir ou ao menos conter uma reação negativa.
O memorando da CIA deve nos fazer recordar que os Estados têm um inimigo interno: sua
própria população, que deve ser controlada quando a política do Estado tem oposição no povo. As
sociedades democráticas dependem não da força, mas da propaganda, manipulando o consenso
mediante uma ilusão necessária e uma super-simplificação emocionalmente poderosa, para citar o
filósofo favorito de Obama, Reinhold Niebuhr.
A batalha para controlar o inimigo interno, então, segue sendo altamente pertinente - de fato, o
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Noam Chomsky - Linguista e filósofo
Tradução: Katarina Peixoto
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Notícias de Afeganistão
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Ataque de rebeldes mata 4 soldados da Otan no Afeganistão
21 de agosto de 2010
Ataques de rebeldes no sul do Afeganistão mataram quatro soldados das Forças Especiais nas últimas 24 horas. Entre os mortos estão dois australianos, segundo informou a Otan e o ministro da Defesa da Austrália.
A Otan reconheceu, ainda, ter matado por engano uma mulher e duas crianças em um ataque aéreo contra um grupo insurgente em Farah, sudoeste do Afeganistão.
Neste sábado, um soldado estrangeiro, cuja nacionalidade não foi informada, morreu em um ataque rebelde no sul do país.
Na véspera, dois soldados australianos, que faziam uma patrulha, morreram na explosão de uma bomba caseira colocada na margem da estrada, elevando a 20 o número de militares australianos mortos no Afeganistão.
Um terceiro soldado, cuja nacionalidade não foi revelada pela Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf), morreu na sexta-feira em ataque rebelde no sul do Afeganistão.
Desde o início de 2010, 445 soldados estrangeiros morreram no país asiático, segundo balanço estabelecido pela AFP feito a partir do site independente icasualties.org.
Em 2009, morreram 520 soldados estrangeiros no país.
Ataque de rebeldes mata 4 soldados da Otan no Afeganistão
21 de agosto de 2010
Ataques de rebeldes no sul do Afeganistão mataram quatro soldados das Forças Especiais nas últimas 24 horas. Entre os mortos estão dois australianos, segundo informou a Otan e o ministro da Defesa da Austrália.
A Otan reconheceu, ainda, ter matado por engano uma mulher e duas crianças em um ataque aéreo contra um grupo insurgente em Farah, sudoeste do Afeganistão.
Neste sábado, um soldado estrangeiro, cuja nacionalidade não foi informada, morreu em um ataque rebelde no sul do país.
Na véspera, dois soldados australianos, que faziam uma patrulha, morreram na explosão de uma bomba caseira colocada na margem da estrada, elevando a 20 o número de militares australianos mortos no Afeganistão.
Um terceiro soldado, cuja nacionalidade não foi revelada pela Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf), morreu na sexta-feira em ataque rebelde no sul do Afeganistão.
Desde o início de 2010, 445 soldados estrangeiros morreram no país asiático, segundo balanço estabelecido pela AFP feito a partir do site independente icasualties.org.
Em 2009, morreram 520 soldados estrangeiros no país.
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- tflash
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Re: Notícias de Afeganistão
Deve ser uma festa na Austrália quando morrem soldados brasileiros no Haiti.Francoorp escreveu:FOX, certo que recebo sempre boas noticias do senhor... um único soldadinho dos "Aliados" ainda está um pouco aquém das expectativas, mas o dia ainda não acabou e quem sabe a caça ainda hoje seja mais prospera.
Mas é já um primeiro passo pra fechar o dia em beleza...
Desculpem lá, mas desceram muito na minha consideração. Uma coisa é não concordar e outra é festejar a morte de soldados dos países participantes. Já percebo porque é que apoiam os talibans, Pensam como eles.
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Re: Notícias de Afeganistão
Caro tflash, não apoio a invasão do Afeganistão que se deu baseada em "provas" unilaterais dos EUA.
A grande maioria desses soldados é voluntário, seja para servir as forças armadas ou para participarem dessa missão, logo sabiam os riscos que corriam.
Não se trata de ser a favor ou contra os Talibãs, sou a favor de qualquer cidadão que pegar em armas contra os ocupantes usurpadores.
Sua comparação do Haiti e da Austrália me parece inadequada, não somos vistos como forças invasoras ou de ocupação no Haiti, porque esse não é o nosso papel, estamos lá com o único propósito de ajudar o Haiti, prova disso que após (quantos anos já fazem?) ainda não se descobriram jazidas preciosas naquele país, bem diferente do que ocorre no Afeganistão, não?
Quanto a queda de conceito, isso é um direito seu.
Saudações
A grande maioria desses soldados é voluntário, seja para servir as forças armadas ou para participarem dessa missão, logo sabiam os riscos que corriam.
Não se trata de ser a favor ou contra os Talibãs, sou a favor de qualquer cidadão que pegar em armas contra os ocupantes usurpadores.
Sua comparação do Haiti e da Austrália me parece inadequada, não somos vistos como forças invasoras ou de ocupação no Haiti, porque esse não é o nosso papel, estamos lá com o único propósito de ajudar o Haiti, prova disso que após (quantos anos já fazem?) ainda não se descobriram jazidas preciosas naquele país, bem diferente do que ocorre no Afeganistão, não?
Quanto a queda de conceito, isso é um direito seu.
Saudações
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Re: Notícias de Afeganistão
Para alguma facções, O Brasil está lá a mais. Eles somente não tem os recursos dos Talibans e estão numa ilha, não tem apoio, ou seja, os oponentes do Brasil são pouco mais que bandidos, perigosos de qualquer forma.
O meu caro está a confundir o Iraque com o Afeganistão. No Afeganistão as provas são fornecidas todos os dias, já que a missão, devidamente mandatada, é erradicar a Al qaeda e os talibans e os países que participam tem essa missão. A questão das jazidas é secundária, já que com o país pacificado ou em paz, é mais barato extrair os recursos, aliás, fica mais barato comprar o minério do que manter aquele dispositivo.
O que me chocou é o desprezo por pessoas que escolhem uma carreira nas forças armadas, num país de direito com governantes eleitos pelo povo. Eu que sou português, cidadão de um país com tropas destacadas nesse teatro, não faria um post dessa forma, sobre o talibans.
Ainda que inimigos, merecem um pouco de respeito da minha parte.
Aquilo não é um videogame.
O meu caro está a confundir o Iraque com o Afeganistão. No Afeganistão as provas são fornecidas todos os dias, já que a missão, devidamente mandatada, é erradicar a Al qaeda e os talibans e os países que participam tem essa missão. A questão das jazidas é secundária, já que com o país pacificado ou em paz, é mais barato extrair os recursos, aliás, fica mais barato comprar o minério do que manter aquele dispositivo.
O que me chocou é o desprezo por pessoas que escolhem uma carreira nas forças armadas, num país de direito com governantes eleitos pelo povo. Eu que sou português, cidadão de um país com tropas destacadas nesse teatro, não faria um post dessa forma, sobre o talibans.
Ainda que inimigos, merecem um pouco de respeito da minha parte.
Aquilo não é um videogame.
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Re: Notícias de Afeganistão
tflash, vamos por partes:
1° O Haiti está localizado em uma ilha com um outro país, a Republica Dominicana, logo, seus marginais podem receber apoio;
2º. Em nenhum post reconheço legitimidade a essa invasão, as provas foram fornecidas pelos EUA de forma unilateral e, naquele momento a ONU mais uma vez abaixou a cabeça para os EUA, a ONU não tinha opção se não legitimar a invasão;
3º. Tenho muito respeito pela carreira militar, mas isso não significa que devo apoiar todas as decisões, veja bem, quando um cidadão escolhe essa carreira está assumindo o risco, que poderá ser pago com a própria vida.
4º. Respeito muito o cidadão (nacional de qualquer país que venha a ser ocupado) e pega em armas para expulsar o invasor, pouco importa religião, política e etc, mas sim o objetivo de expulsar o invasor.
Saudações
1° O Haiti está localizado em uma ilha com um outro país, a Republica Dominicana, logo, seus marginais podem receber apoio;
2º. Em nenhum post reconheço legitimidade a essa invasão, as provas foram fornecidas pelos EUA de forma unilateral e, naquele momento a ONU mais uma vez abaixou a cabeça para os EUA, a ONU não tinha opção se não legitimar a invasão;
3º. Tenho muito respeito pela carreira militar, mas isso não significa que devo apoiar todas as decisões, veja bem, quando um cidadão escolhe essa carreira está assumindo o risco, que poderá ser pago com a própria vida.
4º. Respeito muito o cidadão (nacional de qualquer país que venha a ser ocupado) e pega em armas para expulsar o invasor, pouco importa religião, política e etc, mas sim o objetivo de expulsar o invasor.
Saudações
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Re: Notícias de Afeganistão
Estão colocando duas coisas muito diferentes no mesmo patamar: a invasão do Afeganistão e a invasão do Iraque. Esta última foi sim injustificável do ponto de vista moral. Mas tal raciocínio não se aplica ao Afeganistão. Após o 11/9 QUALQUER país no lugar dos USA teria feito a mesma coisa.
[]'s
[]'s
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Re: Notícias de Afeganistão
Hader escreveu:Estão colocando duas coisas muito diferentes no mesmo patamar: a invasão do Afeganistão e a invasão do Iraque. Esta última foi sim injustificável do ponto de vista moral. Mas tal raciocínio não se aplica ao Afeganistão. Após o 11/9 QUALQUER país no lugar dos USA teria feito a mesma coisa.
[]'s
Claro, supostamente um grupo de Sauditas que se encontrava em um país falido como Estado (Afeganistão) comete um atentado.
Todas as provas foram fornecidas pelos EUA, lembre-se que Osama é criação Yanque, e finalmente a invasão e ocupação do Afeganistão que tem no poder um grupo simpático aos supostos terroristas.
Não vejo nada de moral e legitimo nessa guerra, ainda mais após os invasores anunciarem a "descoberta" de enormes jazidas no país ocupado.
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Re: Notícias de Afeganistão
Meus prezados:
Ex-Blackwater pagará multa por exportar armas para o Afeganistão
Empresa de segurança violou leis comerciais em centenas de ocasiões, diz o 'New York Times'
A empresa de segurança privada Xe Services, a antiga Blackwater, pagará uma multa de US$ 42 milhões ao Governo americano por ter violado leis comerciais em centenas de ocasiões e exportado armas para o Afeganistão.
Em virtude do acordo, que ainda não foi publicado, mas foi antecipado pelo jornal The New York Times em sua edição digital, a Xe evitará assim um processo judicial.
A empresa fez exportações ilegais de armas para o Afeganistão e propostas não autorizadas para treinar tropas no sul do Sudão, além de fornecer formação de franco-atirador para agentes da Polícia taiuanesa, disseram fontes da empresa e do Governo ao diário.
Uma fonte da companhia confirmou o acordo, mas o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, não ratificou a notícia.
O acordo foi fechado após longas conversas e negociações entre a Xe e o Departamento de Estado, que tratou as violações como infrações administrativas, permitindo assim à empresa de segurança privada evitar acusações penais.
O pacto não resolve, no entanto, outros problemas legais da Blackwater, de seus ex-diretores e outros funcionários, que incluem acusações de tráfico de armas, obstrução à Justiça e tentativa de suborno de funcionários do Governo iraquiano.
O New York Times afirma que o acordo permitirá à Xe continuar disputando contratos governamentais.
A Blackwater perdeu no ano passado seu maior contrato com o Departamento de Estado, que não quis que a empresa fizesse a segurança de seu pessoal na embaixada de Bagdá por causa da polêmica surgida após o massacre de 16 de setembro de 2007.
Nessa data, um grupo de segurança da Blackwater disparou contra civis em uma praça de Bagdá, deixando 17 mortos e 27 feridos.
Apesar disso, a Xe segue tendo contratos de segurança com o Departamento de Estado e a CIA (agência de inteligência americana) no Afeganistão.
Em junho, o departamento de Estado assinou um contrato de US$ 120 milhões com a Xe para a segurança seus escritórios regionais do Afeganistão. A CIA pagará US$ 100 milhões pela segurança de seu posto em Cabul, segundo o New York Times.
fonte: EFE 21 de agosto de 2010 | 18h 15
Ex-Blackwater pagará multa por exportar armas para o Afeganistão
Empresa de segurança violou leis comerciais em centenas de ocasiões, diz o 'New York Times'
A empresa de segurança privada Xe Services, a antiga Blackwater, pagará uma multa de US$ 42 milhões ao Governo americano por ter violado leis comerciais em centenas de ocasiões e exportado armas para o Afeganistão.
Em virtude do acordo, que ainda não foi publicado, mas foi antecipado pelo jornal The New York Times em sua edição digital, a Xe evitará assim um processo judicial.
A empresa fez exportações ilegais de armas para o Afeganistão e propostas não autorizadas para treinar tropas no sul do Sudão, além de fornecer formação de franco-atirador para agentes da Polícia taiuanesa, disseram fontes da empresa e do Governo ao diário.
Uma fonte da companhia confirmou o acordo, mas o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, não ratificou a notícia.
O acordo foi fechado após longas conversas e negociações entre a Xe e o Departamento de Estado, que tratou as violações como infrações administrativas, permitindo assim à empresa de segurança privada evitar acusações penais.
O pacto não resolve, no entanto, outros problemas legais da Blackwater, de seus ex-diretores e outros funcionários, que incluem acusações de tráfico de armas, obstrução à Justiça e tentativa de suborno de funcionários do Governo iraquiano.
O New York Times afirma que o acordo permitirá à Xe continuar disputando contratos governamentais.
A Blackwater perdeu no ano passado seu maior contrato com o Departamento de Estado, que não quis que a empresa fizesse a segurança de seu pessoal na embaixada de Bagdá por causa da polêmica surgida após o massacre de 16 de setembro de 2007.
Nessa data, um grupo de segurança da Blackwater disparou contra civis em uma praça de Bagdá, deixando 17 mortos e 27 feridos.
Apesar disso, a Xe segue tendo contratos de segurança com o Departamento de Estado e a CIA (agência de inteligência americana) no Afeganistão.
Em junho, o departamento de Estado assinou um contrato de US$ 120 milhões com a Xe para a segurança seus escritórios regionais do Afeganistão. A CIA pagará US$ 100 milhões pela segurança de seu posto em Cabul, segundo o New York Times.
fonte: EFE 21 de agosto de 2010 | 18h 15
Re: Notícias de Afeganistão
FoxFOXTROT escreveu:Hader escreveu:Estão colocando duas coisas muito diferentes no mesmo patamar: a invasão do Afeganistão e a invasão do Iraque. Esta última foi sim injustificável do ponto de vista moral. Mas tal raciocínio não se aplica ao Afeganistão. Após o 11/9 QUALQUER país no lugar dos USA teria feito a mesma coisa.
[]'s
Claro, supostamente um grupo de Sauditas que se encontrava em um país falido como Estado (Afeganistão) comete um atentado.
Todas as provas foram fornecidas pelos EUA, lembre-se que Osama é criação Yanque, e finalmente a invasão e ocupação do Afeganistão que tem no poder um grupo simpático aos supostos terroristas.
Não vejo nada de moral e legitimo nessa guerra, ainda mais após os invasores anunciarem a "descoberta" de enormes jazidas no país ocupado.
Saudações
Tentar negar a aliança entre Osama e Taleban beira a insanidade. Reduzir a Al-qaeda a " um grupo de Sauditas" demonstra uma profunda ignorância sobre o assunto. E eu SEI que você não é, nem de longe, ignorante neste assunto. Não permita que um sentimento (o anti-americanismo) turve seu raciocínio. Existem erros e faltas americanas aos montes para serem usadas em debates. Não é preciso deformar nem adaptar a realidade para tal.
Outra coisa: nenhuma guerra é moral e legítima sob todos os pontos de vista. Este não é o "moto" de guerra alguma. Guerras são imorais sempre, assim como a política.
Abraços!
P.S. - espero sinceramente que você compreenda o pano de fundo deste post e não encare como qualquer tipo de ofensa, pois não existe nenhuma intenção de ofendê-lo!
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Re: Notícias de Afeganistão
Hader de forma alguma levo as coisas para o lado pessoal, encaro o FDB como uma família e estou sempre pronto para aprender e rever conceitos e pré-conceitos
Não tento reduzir a Al-qaeda a "um grupo de Sauditas", mas sim, disse que a nacionalidade dos supostos terroristas era Saudita e não Afegã, logo a aliada Arábia também deveria ser atacada, não?
Julgar os meus posts como " anti-americanismo" é muito simplório amigo, nada tenho contra o povo Norte Americano, mas sim contra a política de Estado desenvolvida por esse país, frequento Mec, como fritas e tomo coca-cola.
As guerras são a ultima forma de expressão da política e não as vejo (ambas, guerra e política) como imorais, umas são outras não, assim como os políticos há bons e há os outros...
O que lamentavelmente não vejo são as pessoas se perguntarem o que levou ao 11.09.01? Por que os EUA foram atacados? Terá sido por suas boas ações? Será que não há a menor possibilidade desse atentado ter sido orquestrado por eles próprios?
Saudações
Não tento reduzir a Al-qaeda a "um grupo de Sauditas", mas sim, disse que a nacionalidade dos supostos terroristas era Saudita e não Afegã, logo a aliada Arábia também deveria ser atacada, não?
Julgar os meus posts como " anti-americanismo" é muito simplório amigo, nada tenho contra o povo Norte Americano, mas sim contra a política de Estado desenvolvida por esse país, frequento Mec, como fritas e tomo coca-cola.
As guerras são a ultima forma de expressão da política e não as vejo (ambas, guerra e política) como imorais, umas são outras não, assim como os políticos há bons e há os outros...
O que lamentavelmente não vejo são as pessoas se perguntarem o que levou ao 11.09.01? Por que os EUA foram atacados? Terá sido por suas boas ações? Será que não há a menor possibilidade desse atentado ter sido orquestrado por eles próprios?
Saudações
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
Re: Notícias de Afeganistão
Caro Fox, eu não julgo teus posts como sendo puramente "anti-americanos". A politica de Estado americana reflete, em grande medida, o pensamento do americano médio. Mas isso é outro debate!
Sobre a imoralidade da guerra: moralidade é um conceito relativo, fruto de considerações de ordens filosóficas. E nunca haverá aquilo que eu chamo de "moral inercial", ou seja, uma moral válida como referência para todos. O terrorismo judeu no princípio da luta pelo Estado de Israel foi imoral? Para os sionistas não. Para quem perdeu parentes vítimas das bombas sim. A política versa sobre a conquista e manutenção do poder. O resto é acessório. Você realmente acredita que há moralidade que sobreviva a isto? Eu já vi o suficiente para ter certeza absoluta que não. Somos animais Fox, lutamos pelos recursos escassos do mundo. Tentamos impor alguns limites aos nossos impulsos, criamos conjuntos de regras para sustentar o modelo de vida em grupos, mas o germe da destruição está lá. É a regra e não a excessão. Dê poder a um homem e verás quem ele realmente é. Seja ele o homem no Salão Oval ou o sujeito no trono de Pedro.
Durante toda história houve dominador e dominado. A ética do dominador e a ética do dominado. Os USA plantam intervencionismo e colhem ódio? Claro que sim. Como todos os outros. Este ódio justifica atos como o 11/09? Não creio que esta pergunta deva ser feita sob o viés da ética ou da moral, mas sob a percepção da política. Ou acreditamos que o Osama não faz política? Entre um mundo dominado pelo pensamento americano e um mundo dominado pelos preceitos morais do Taleban eu não tenho nenhuma dificuldade em escolher em qual gostaria de viver. E esta é uma opção política. Envolve abrir mão de alguns pontos em defesa de outros. Por outro lado gostaria muito mais de viver num mundo que fosse uma gigantesca Noruega e não uma grande América. E isto também envolve abrir mão de algo.
Obrigado pelo bom papo!
Sobre a imoralidade da guerra: moralidade é um conceito relativo, fruto de considerações de ordens filosóficas. E nunca haverá aquilo que eu chamo de "moral inercial", ou seja, uma moral válida como referência para todos. O terrorismo judeu no princípio da luta pelo Estado de Israel foi imoral? Para os sionistas não. Para quem perdeu parentes vítimas das bombas sim. A política versa sobre a conquista e manutenção do poder. O resto é acessório. Você realmente acredita que há moralidade que sobreviva a isto? Eu já vi o suficiente para ter certeza absoluta que não. Somos animais Fox, lutamos pelos recursos escassos do mundo. Tentamos impor alguns limites aos nossos impulsos, criamos conjuntos de regras para sustentar o modelo de vida em grupos, mas o germe da destruição está lá. É a regra e não a excessão. Dê poder a um homem e verás quem ele realmente é. Seja ele o homem no Salão Oval ou o sujeito no trono de Pedro.
Durante toda história houve dominador e dominado. A ética do dominador e a ética do dominado. Os USA plantam intervencionismo e colhem ódio? Claro que sim. Como todos os outros. Este ódio justifica atos como o 11/09? Não creio que esta pergunta deva ser feita sob o viés da ética ou da moral, mas sob a percepção da política. Ou acreditamos que o Osama não faz política? Entre um mundo dominado pelo pensamento americano e um mundo dominado pelos preceitos morais do Taleban eu não tenho nenhuma dificuldade em escolher em qual gostaria de viver. E esta é uma opção política. Envolve abrir mão de alguns pontos em defesa de outros. Por outro lado gostaria muito mais de viver num mundo que fosse uma gigantesca Noruega e não uma grande América. E isto também envolve abrir mão de algo.
Obrigado pelo bom papo!