PQP! Esses dois posts,me fizeram entender de um tréco,de forma simples,que essa cabeça vélha de lata,jamais imaginou que conseguiria
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Eu estava entendo tudo errado dessa montoeira de coisas que eu estava lendo
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E nem precisou colocar figuras!
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Valeu senhores o pessoal do mobral da aviação aqui agradece!
Allan escreveu:
Largomoco,
Thank you for the links, excerpts and sources of information about the RBE-2. It makes much more sense now. I guess the french general simplified his explanation about what EAU wanted in terms of GTMI/T, and the translators lost the subtlety of what he said...
Para os que não entenderam, oque o Largomoco postou indica que o RBE-2 hoje possui modos de operação Ar-terra com suporte à GTMI/T, oque significa que ele pode procurar alvos em terra no modo SAR, identificar objetos que estejam se movendo e acompanha-los, permitindo a seleção de alvo e posterior ataque com armamento apropriado. Oque o RBE-2 hoje não faz, e que os EAU querem que faça é operar essas mesmas atividades ao mesmo tempo em que varre os ceus à procura de alvos aéreos, ou seja, operar simultâneamente em modo Ar-Ar e modo Ar-Terra, permitindo, por exemplo, que o piloto se concentre em manter o avião seguro contra oponentes aéreos, ou em dar combate à outros aviões, enquanto o co-piloto(não sei se é o nome certo para caças...) seleciona, filtra e ataca alvos em terra com armamento guiado usando também o radar.
Dois pontos importantes: Quando se está atacando um alvo em terra, a menos que todos os planos tenham falhado, é normal evitar emitir sinais para não alertar o inimigo, e nem facilitar o trabalho da defesa aérea. Logo, o ideal mesmo é designar alvos por meios passivos, como câmeras de TV, IR, e eventualmente, apenas para o ataque, usar o FLIR. Se for para usar o radar, a sutileza foi pro saco. Da mesma forma, para combate ar-ar, a doutrina preferida do Rafale é usar furtividade e sensores passivos para atacar sem revelar sua posição. Por isso, não é necessário, em condições normais, que o radar esteja sendo usado ativamente, e se o for, que seja necessário usa-lo simultaneamente para rastrear em terra e no ar. Tal capacidade não é inútil, apenas não faz parte do que seria a estratégia normal de emprego deles. Por isso, na lista de funcionalidades, estava previsto apenas para o futuro, ou seja, como aperfeiçoamento, e não como algo fundamental que falta hoje...
No caso dos EAU, porque eles pensam no caça como um mini-AWACS, desligar o radar ou usar o radar apenas quando indispensável não faz sentido. Eles querem o radar funcionando o tempo todo, oque na verdade significa deixar o avião muito mais exposto à detecção e contra-ataques, para poder saber aonde estão os inimigos. É uma estratégia ruim, mas é oque eles podem fazer com oque tem.(Alguém sabe dizer porque eles não compram um AWACS ou similar? Tanto a França quanto o Brasil tem esse produto à venda, e imagino que mesmo os EUA não deixariam de vender isso para eles, ou isso está fora da lista de tecnologias que os EUA deixam eles terem????)
Allan
Justin Case escreveu:
Amigos, postei isto em outro espaço, mas talvez seja de interesse aqui.
Considerações sobre GMTI/GMTT e sua utilidade:
1. Conceitualmente, o modo é simples. É basicamente um modo ar-ar de radar Doppler, aplicado ao ar-solo "look-down" onde são detectados os alvos que têm movimento (velocidade) em relação à aeronave ou ao “background”.
2. É possível pré-definir o intervalo de velocidade que será computado: por exemplo, de 10 a 120 Kt. Se baixar muito a velocidade mínima, o nível de falso alarme e “clutter” sobe.
3. Poderão ser detectados veículos em movimento, helicópteros em baixa velocidade, trens e navios, por exemplo.
4. No modo tracking, poderão ser acompanhados vários alvos e registradas as suas informações.
5. Tudo isto é muito bonito de ver, especialmente se os contatos forem aplicados em um “layer” sobreposto a um videomapa.
6. Agora quanto à utilidade prática. O que se faz com a informação colhida?
- leva-se para casa ou transmite-se para o pessoal de inteligência analisar;
- informam-se as coordenadas (que variam) para uma bomba inteligente (sem data-link é possível atualizar somente até o seu lançamento);
- pode-se fazer link com o designador laser (só funciona com bom tempo, e poderia usar recursos ópticos);
- pode-se dar orientação inicial para os detectores ópticos;
6. Em um avião de caça, o cone de detecção corre junto com o deslocamento da aeronave em alta velocidade. É muito difícil manter o tracking por muito tempo, pela perda do campo de visada.
7. Se for alvo defendido, como navio, por exemplo, esse tracking pode se transformar em ameaça para o caçador.
8. Será útil se for possível lançar uma bomba guiada ou míssil ar-solo que tenha data-link e possa ser atualizado quanto à posição do alvo em movimento até o impacto, com cobertura de nuvens.
Em suma:
Para um avião de caça, é um modo acessório, de uso muito eventual. Existe em muitos dos radares doppler basicamente pela facilidade de implementação (praticamente só é necessário trabalhar o software).
Para uma aeronave de inteligência ou reconhecimento “on station”, por outro lado, esse modo é de grande relevância.
Entre outros modos acessórios que podem ser implementados por pedidos específicos estão o modo “weather”, por exemplo.
Por favor, podem complementar ou corrigir onde acharem necessário.
Não sou especialista neste assunto específico.
Abraços,
Justin
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Justin Case supports Rafale
SDS