AFEGANISTÃO
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Re: Notícias de Afeganistão
Procuro apenas informar sobre os custos em vida que essa invasão está cobrando
Saudações
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"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Notícias de Afeganistão
Túlio escreveu: - POWS, quem será que morreu dessa vez?
Só um mais um pobre, só isso. dificiolmente você vera algum nome que seja "importante".
É sempre a mesma história, os ricos e poderosos fazem a merda e os pobres que pagam o preço. sempre assim.
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Re: Notícias de Afeganistão
Ahhh mas com certeza os pais dele deveme star orgulhosos por ele morreu defendendo a liberdade e a democracia...
Oooops... esse slogam é de outro país!
Um abraço e t+
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Re: Notícias de Afeganistão
15/08/2010 - 08:20 | Agência Efe | Cabul
Afeganistão encontra jazida petrolífera de 1,8 bilhão de barris
As autoridades afegãs acharam uma grande jazida petrolífera no norte do Afeganistão que poderia conter reservas de 1,8 bilhão de barris de petróleo, informou neste domingo (15/8) à Agência Efe uma fonte oficial.
"Em breve começaremos a trabalhar e explorar a região", disse por telefone o porta-voz do Ministério de Minas afegão, Jawad Omar.
A jazida fica em algum ponto entre as cidades de Mazar-e-Sharif e Shiberghan, disse Omar, acrescentando que seu Ministério passou os últimos seis meses supervisionando a prospecção da região junto a geólogos americanos.
No dia 14 de junho, Omar anunciou que o Afeganistão começaria a tramitar em um prazo de seis meses um conjunto de minas de diferentes metais e minerais "no valor de vários trilhões de dólares", após o achado de várias jazidas.
Segundo reportagem do jornal norte-americano The New York Times, essas jazidas incluíam reservas sem explorar de ouro, lítio e outros minerais.
O Afeganistão baseou nas últimas décadas sua economia no tráfico de ópio e carece de uma indústria estável, embora segundo um relatório do Pentágono citado pelo jornal, os achados podiam transformar o país "na Arábia Saudita do lítio".
Afeganistão encontra jazida petrolífera de 1,8 bilhão de barris
As autoridades afegãs acharam uma grande jazida petrolífera no norte do Afeganistão que poderia conter reservas de 1,8 bilhão de barris de petróleo, informou neste domingo (15/8) à Agência Efe uma fonte oficial.
"Em breve começaremos a trabalhar e explorar a região", disse por telefone o porta-voz do Ministério de Minas afegão, Jawad Omar.
A jazida fica em algum ponto entre as cidades de Mazar-e-Sharif e Shiberghan, disse Omar, acrescentando que seu Ministério passou os últimos seis meses supervisionando a prospecção da região junto a geólogos americanos.
No dia 14 de junho, Omar anunciou que o Afeganistão começaria a tramitar em um prazo de seis meses um conjunto de minas de diferentes metais e minerais "no valor de vários trilhões de dólares", após o achado de várias jazidas.
Segundo reportagem do jornal norte-americano The New York Times, essas jazidas incluíam reservas sem explorar de ouro, lítio e outros minerais.
O Afeganistão baseou nas últimas décadas sua economia no tráfico de ópio e carece de uma indústria estável, embora segundo um relatório do Pentágono citado pelo jornal, os achados podiam transformar o país "na Arábia Saudita do lítio".
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Re: Notícias de Afeganistão
Novo balanço do front
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terra.com.br
Mortes de soldados estrangeiros passam de 2.000 no Afeganistão
15 de agosto de 2010
O número total de mortes de soldados estrangeiros no Afeganistão ultrapassou os 2.000 no domingo, de acordo com dados não oficiais, com os norte-americanos respondendo por mais de 60 por cento das baixas. O total, entretanto, é bem inferior ao número crescente de mortes civis.
As mortes de um norte-americano, um australiano e um britânico anunciadas nos dois últimos dias elevou o total para 2.002 desde que o Taliban foi tirado do poder no final de 2001 por forças afegãs apoiadas pelos Estados Unidos.
O total equivale a menos da metade das baixas sofridas durante os sete anos da guerra do Iraque, mas é significativo. Os aliados da Otan, como a Holanda, estão se retirando da aliança no Afeganistão e outros países estão reavaliando sua contribuição futura.
Também é um número problemático para o presidente dos EUA, Barack Obama, que prometeu fazer uma revisão estratégica em dezembro, depois das eleições parlamentares, nas quais o Partido Democrata poderá enfrentar uma derrota diante de um público cada vez mais preocupado.
As disputas sobre a guerra no Afeganistão já derrubaram o governo holandês em fevereiro e o presidente alemão em maio e, com as dúvidas crescentes do público quanto à guerra nos EUA, os líderes norte-americanos buscam reduzir as expectativas sobre os resultados do conflito.
De acordo com o www.iCasualties.org, um site independente que monitora a morte de soldados, 2002 soldados foram mortos desde 2001, 1,226 deles americanos. As baixas fatais britânicas chegam aos 331, com os 445 restantes divididos entre os outros 44 parceiros da Otan da Força Internacional de Assistência para Segurança.
Muitos soldados estrangeiros ficaram feridos no conflito que Obama descreveu como uma guerra necessária.
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Mortes de soldados estrangeiros passam de 2.000 no Afeganistão
15 de agosto de 2010
O número total de mortes de soldados estrangeiros no Afeganistão ultrapassou os 2.000 no domingo, de acordo com dados não oficiais, com os norte-americanos respondendo por mais de 60 por cento das baixas. O total, entretanto, é bem inferior ao número crescente de mortes civis.
As mortes de um norte-americano, um australiano e um britânico anunciadas nos dois últimos dias elevou o total para 2.002 desde que o Taliban foi tirado do poder no final de 2001 por forças afegãs apoiadas pelos Estados Unidos.
O total equivale a menos da metade das baixas sofridas durante os sete anos da guerra do Iraque, mas é significativo. Os aliados da Otan, como a Holanda, estão se retirando da aliança no Afeganistão e outros países estão reavaliando sua contribuição futura.
Também é um número problemático para o presidente dos EUA, Barack Obama, que prometeu fazer uma revisão estratégica em dezembro, depois das eleições parlamentares, nas quais o Partido Democrata poderá enfrentar uma derrota diante de um público cada vez mais preocupado.
As disputas sobre a guerra no Afeganistão já derrubaram o governo holandês em fevereiro e o presidente alemão em maio e, com as dúvidas crescentes do público quanto à guerra nos EUA, os líderes norte-americanos buscam reduzir as expectativas sobre os resultados do conflito.
De acordo com o www.iCasualties.org, um site independente que monitora a morte de soldados, 2002 soldados foram mortos desde 2001, 1,226 deles americanos. As baixas fatais britânicas chegam aos 331, com os 445 restantes divididos entre os outros 44 parceiros da Otan da Força Internacional de Assistência para Segurança.
Muitos soldados estrangeiros ficaram feridos no conflito que Obama descreveu como uma guerra necessária.
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Re: Notícias de Afeganistão
A guerra no Afeganistão: ecos do Vietnã
15/08/2010
O War Logs (bússolas da guerra), um arquivo de documentos militares confidenciais que abarcam seis anos da guerra do Afeganistão, publicados na internet pela organização Wikileaks relatam uma luta inflamada e cada dia mais encarniçada, na perspectiva dos Estados Unidos. E, para todos os afegãos, um horror crescente.
Os War Logs, por mais valiosos que sejam, podem contribuir para a doutrina prevalente de que as guerras são algo mau só se não são exitosas – algo assim como o que os nazis sentiram depois de Stalingrado.
No mês passado ocorreu o fiasco do general Stanley A. McChrystal, obrigado a se retirar do comando das forças dos Estados Unidos no Afeganistão e substituído por seu superior, o general David H. Petraeus. Uma provável consequência é um relaxamento das normas de combate, de forma que se torne mais fácil matar civis, e uma prolongamento da guerra à medida que Petraeus use sua influência para conseguir este resultado no Congresso.
O Afeganistão é a principal guerra em curso do presidente Obama. A meta oficial é nos proteger da AlQaeda, uma organização virtual, sem base específica – uma rede de redes e uma resistência sem líderes, como foi chamada na literatura profissional. Agora, ainda mais do que antes, a AlQaeda consiste em facções relativamente independentes, associadas frouxamente ao redor do mundo.
A CIA calcula que entre 50 e 100 ativistas da AlQaeda talvez estejam no Afeganistão, e nada indica que os talibãs desejem repetir o erro de dar refúgio a AlQaeda. Por outro lado, o talibã parece estar bem estabelecido em seu vasto e árduo território, uma grande parte dos territórios pashtun.
Em fevereiro, no primeiro exercício da nova estratégia de Obama, os fuzileiros estadunidenses conquistaram Marja, um distrito menor na província de Helmand, principal centro da insurgência.
Uma vez ali, informa Richard A. Oppel Jr., do The New York Times, “os fuzileiros se chocaram com uma identidade talibã tão dominante que o movimento se assemelha mais a uma organização política numa região de um só partido, com uma influência que abarca a todos…”.
“Temos que reavaliar nossa definição da palavra ‘inimigo’, disse o general de brigada Larry Nicholson, comandante da brigada expedicionária de fuzileiros na província Helmand. A maioria das pessoas aqui identifica a si mesmas como talibã… Temos que reajustar nossa forma de pensar, de forma que não pareça que estamos expulsando os talibãs de Marja, mas que estejamos tratando de expulsar o inimigo.
Os fuzileiros estão enfrentando um problema que sempre espreitou os conquistadores, e que é muito familiar para os Estados Unidos, desde o Vietnã. Em 1969, Douglas Pike, o mais importante acadêmico governamental nos assuntos do Vietnã lamentou que o inimigo – a Frente de Libertação Nacional (FLN) – era o único partido político verdadeiramente baseado nas massas no Vietnã do Sul”.
Qualquer esforço para competir politicamente com esse inimigo seria como um conflito entre uma sardinha e uma baleia, reconheceu Pike. Em consequência, devíamos superar a força política do FLN recorrendo a nossa vantagem comparativa, a violência – com resultados horrendos.
Outros enfrentaram problemas similares: os russos, por exemplo, no Afeganistão, durante os anos 80, quando ganharam todas as batalhas mas perderam a guerra.
Escrevendo a respeito de outra invasão estadunidense – a das Filipinas em 1989 -, Bruce Cumings, historiador especialista em Ásia na Universidade de Chicago fez uma observação hoje aplicável ao Afeganistão: “quando um fuzileiro vê que sua rota é desastrosa, muda de curso, mas os exércitos imperiais afundam suas botas em areias movediças e seguem marchando, ainda que seja em círculos, enquanto os políticos enfeitam o livro de frases dos ideais estadunidenses”.
Depois do triunfo de Marja, esperava-se que as forças lideradas pelos Estados Unidos atacariam a importante cidade de Kandahar, onde, segundo uma pesquisa do exército estadunidense, a operação militar é rechaçada por 95% da população e onde 5 em cada 6 consideram os talibãs como nossos irmãos afegãos – mais uma vez, ecos de conquistas prévias. Os planos sobre Kandahar foram postergados, e isso foi parte dos antecedentes para a saída de McChrystal.
Dadas essas circunstâncias não é de se estranhar que as autoridades dos Estados Unidos estejam preocupadas com que o apoio popular à guerra no Afeganistão seja ainda mais erodido. Em maio passado a Wikileaks publicou um memorando da CIA acerca de como manter o apoio da Europa à guerra: o subtítulo do memorando era: porque contar com a apatia talvez não seja suficiente.
O perfil discreto da missão no Afeganistão permitiu aos líderes franceses e alemães desprezarem a oposição popular e aumentarem gradualmente suas contribuições às tropas da Força de Assistência à Segurança Nacional (ISAF), assinala o memorando. Berlim e Paris mantêm o terceiro e quarto níveis mais altos de tropas na ISAF, em que pese a oposição de 80% dos pesquisados alemães e franceses a maiores envios de forças. É necessário, em consequência, dissimular as mensagens para impedir ou ao menos conter uma reação negativa.
O memorando da CIA deve nos fazer recordar que os Estados têm um inimigo interno: sua própria população, que deve ser controlada quando a política do Estado tem oposição no povo. As sociedades democráticas dependem não da força, mas da propaganda, manipulando o consenso mediante uma ilusão necessária e uma super-simplificação emocionalmente poderosa, para citar o filósofo favorito de Obama, Reinhold Niebuhr.
A batalha para controlar o inimigo interno, então, segue sendo altamente pertinente – de fato, o futuro da guerra no Afeganistão pode depender dela.
Tradução: Katarina Peixoto
Fonte: Carta Maior
http://pbrasil.wordpress.com/2010/08/15 ... more-25073
15/08/2010
O War Logs (bússolas da guerra), um arquivo de documentos militares confidenciais que abarcam seis anos da guerra do Afeganistão, publicados na internet pela organização Wikileaks relatam uma luta inflamada e cada dia mais encarniçada, na perspectiva dos Estados Unidos. E, para todos os afegãos, um horror crescente.
Os War Logs, por mais valiosos que sejam, podem contribuir para a doutrina prevalente de que as guerras são algo mau só se não são exitosas – algo assim como o que os nazis sentiram depois de Stalingrado.
No mês passado ocorreu o fiasco do general Stanley A. McChrystal, obrigado a se retirar do comando das forças dos Estados Unidos no Afeganistão e substituído por seu superior, o general David H. Petraeus. Uma provável consequência é um relaxamento das normas de combate, de forma que se torne mais fácil matar civis, e uma prolongamento da guerra à medida que Petraeus use sua influência para conseguir este resultado no Congresso.
O Afeganistão é a principal guerra em curso do presidente Obama. A meta oficial é nos proteger da AlQaeda, uma organização virtual, sem base específica – uma rede de redes e uma resistência sem líderes, como foi chamada na literatura profissional. Agora, ainda mais do que antes, a AlQaeda consiste em facções relativamente independentes, associadas frouxamente ao redor do mundo.
A CIA calcula que entre 50 e 100 ativistas da AlQaeda talvez estejam no Afeganistão, e nada indica que os talibãs desejem repetir o erro de dar refúgio a AlQaeda. Por outro lado, o talibã parece estar bem estabelecido em seu vasto e árduo território, uma grande parte dos territórios pashtun.
Em fevereiro, no primeiro exercício da nova estratégia de Obama, os fuzileiros estadunidenses conquistaram Marja, um distrito menor na província de Helmand, principal centro da insurgência.
Uma vez ali, informa Richard A. Oppel Jr., do The New York Times, “os fuzileiros se chocaram com uma identidade talibã tão dominante que o movimento se assemelha mais a uma organização política numa região de um só partido, com uma influência que abarca a todos…”.
“Temos que reavaliar nossa definição da palavra ‘inimigo’, disse o general de brigada Larry Nicholson, comandante da brigada expedicionária de fuzileiros na província Helmand. A maioria das pessoas aqui identifica a si mesmas como talibã… Temos que reajustar nossa forma de pensar, de forma que não pareça que estamos expulsando os talibãs de Marja, mas que estejamos tratando de expulsar o inimigo.
Os fuzileiros estão enfrentando um problema que sempre espreitou os conquistadores, e que é muito familiar para os Estados Unidos, desde o Vietnã. Em 1969, Douglas Pike, o mais importante acadêmico governamental nos assuntos do Vietnã lamentou que o inimigo – a Frente de Libertação Nacional (FLN) – era o único partido político verdadeiramente baseado nas massas no Vietnã do Sul”.
Qualquer esforço para competir politicamente com esse inimigo seria como um conflito entre uma sardinha e uma baleia, reconheceu Pike. Em consequência, devíamos superar a força política do FLN recorrendo a nossa vantagem comparativa, a violência – com resultados horrendos.
Outros enfrentaram problemas similares: os russos, por exemplo, no Afeganistão, durante os anos 80, quando ganharam todas as batalhas mas perderam a guerra.
Escrevendo a respeito de outra invasão estadunidense – a das Filipinas em 1989 -, Bruce Cumings, historiador especialista em Ásia na Universidade de Chicago fez uma observação hoje aplicável ao Afeganistão: “quando um fuzileiro vê que sua rota é desastrosa, muda de curso, mas os exércitos imperiais afundam suas botas em areias movediças e seguem marchando, ainda que seja em círculos, enquanto os políticos enfeitam o livro de frases dos ideais estadunidenses”.
Depois do triunfo de Marja, esperava-se que as forças lideradas pelos Estados Unidos atacariam a importante cidade de Kandahar, onde, segundo uma pesquisa do exército estadunidense, a operação militar é rechaçada por 95% da população e onde 5 em cada 6 consideram os talibãs como nossos irmãos afegãos – mais uma vez, ecos de conquistas prévias. Os planos sobre Kandahar foram postergados, e isso foi parte dos antecedentes para a saída de McChrystal.
Dadas essas circunstâncias não é de se estranhar que as autoridades dos Estados Unidos estejam preocupadas com que o apoio popular à guerra no Afeganistão seja ainda mais erodido. Em maio passado a Wikileaks publicou um memorando da CIA acerca de como manter o apoio da Europa à guerra: o subtítulo do memorando era: porque contar com a apatia talvez não seja suficiente.
O perfil discreto da missão no Afeganistão permitiu aos líderes franceses e alemães desprezarem a oposição popular e aumentarem gradualmente suas contribuições às tropas da Força de Assistência à Segurança Nacional (ISAF), assinala o memorando. Berlim e Paris mantêm o terceiro e quarto níveis mais altos de tropas na ISAF, em que pese a oposição de 80% dos pesquisados alemães e franceses a maiores envios de forças. É necessário, em consequência, dissimular as mensagens para impedir ou ao menos conter uma reação negativa.
O memorando da CIA deve nos fazer recordar que os Estados têm um inimigo interno: sua própria população, que deve ser controlada quando a política do Estado tem oposição no povo. As sociedades democráticas dependem não da força, mas da propaganda, manipulando o consenso mediante uma ilusão necessária e uma super-simplificação emocionalmente poderosa, para citar o filósofo favorito de Obama, Reinhold Niebuhr.
A batalha para controlar o inimigo interno, então, segue sendo altamente pertinente – de fato, o futuro da guerra no Afeganistão pode depender dela.
Tradução: Katarina Peixoto
Fonte: Carta Maior
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Re: Notícias de Afeganistão
Baixas silenciosas
14/08/2010
Produzem-se em silêncio e segredo entre os efetivos estadunidenses que combatem ou combateram nas guerras que W. Bush lançou e Barack Obama continua. Junho foi o mês mais cruel: suicidaram-se 32 soldados, um número superior ao de qualquer mês da guerra do Vietnã. Onze não estavam em atividade e sete dos restantes cumpriam serviço militar no Iraque e/ou Afeganistão. São cifras oficiais (www.defense.gov, em 15/07/2010). Em 2009 245 efetivos ceifaram suas próprias vidas e a cifra este ano pode ser superada: 145 se suicidaram no primeiro semestre e 1713 tentaram-no, sem êxito. A taxa é mais alta que a da correspondente [aos suicídios] na população civil dos EUA.
O militar Tim Embree testemunhou em 25 de fevereiro, ante a Comissão de Assuntos relativos aos Veteranos da Câmara de Representantes. Declarou em nome dos 180 000 associados de Veteranos Estadunidenses do Iraque e do Afeganistão (IAVA, em sua sigla em inglês), países aos quais foi enviado para combater duas vezes:
“No ano passado mais efetivos tiraram suas próprias vidas do que morreram em combate no Afeganistão – assinalou. A maioria de nós conhece um companheiro que o fez ao regressar para casa e os números não incluem sequer a quem se suicida quando termina seu serviço: estes estão fora do sistema e suas mortes podem ser ignoradas” (www.iava.org, 15-7-10).
Talvez não fossem seres humanos,mas apenas material descartável.
Embree recordou as cifras publicadas pelo semanário Army Times, que divulga notícias do exército e possibilidades de carreira na instituição:
“18 veteranos se suicidam a cada dia e se registra uma média mensal de 950 tentativas de suicídio entre veteranos que recebem do departamento federal correspondente algum tripo de tratamento (www.armytimes.com, 24/04/2010)”.
Trata-se de veteranos de todas as guerras que os EUA desencadeou em terras estrangeiras e padecem, em geral, de PTSD [Post-Traumatic Stress Disorder]. Antes se chamava de neurose de guerra ou fatiga de combate ou choque e ainda outros nomes. O PTSD reúne todos esses sintomas.
A publicação mensal Archives of General Psychiatry divulgou uma pesquisa independente sobre 18 300 soldados examinados depois de terem voltado do Iraque há três meses ou há um ano: de 20 a 30% sofriam de PTSD e uma depressão profunda abatia a 16% (www.archpsyc.amaasn.org, junho de 2010). A dificuldade dos veteranos em se reintegrarem à vida civil, a violência doméstica que protagonizam, os casamentos desfeitos, a drogadicção e os suicídios se explicam. Em fins de 2009, segundo dados do Departamento de Veteranos do governo, mais de 537 mil dos 2,04 milhões que serviram no Iraque e no Afeganistão solicitaram atendimento médico (www.ptsd.va.gov, fevereiro 2010).
A dificuldade se agrava porque regressam a um país com um desemprego cada vez maior. Segundo uma investigação da IAVA, 14,7% dos veteranos são desocupados, índice 5% superior à media nacional (www.iava.org, 2/4/2010). Assim, o número dos que perderam suas casas aumenta. Um informe da Coalizão Nacional dos Sem-Teto [National Coalition for the Homeless] indica que 33% vive nas ruas e que um milhão e meio corre o risco de ficar sem teto devido à pobreza e à falta de amparo do estado (www.nchv.org, setembro de 2009). Estão ausentes dessas cifras os veteranos fisicamente incapacitados de buscar e manter um trabalho.
Kevin e George Lucey, pais de um soldado que tirou a própria vida contaram uma das tantas histórias que os números escondem. Em 22 de junho de 2004 seu filho, Jeff, de 23 anos se jogou do sótão da casa (www.democracynow.org, 8/9/2010). Era cabo do corpo de fuzileiros [mariners] e tinha regressado do Iraque em julho do ano anterior. A mãe relatou que um mês depois de ter começado a participar da invasão enviava cartas para a sua noiva, nas quais dizia das “coisas imorais” que ele estava fazendo. Uma vez em casa, Jeff começou a falar frases desconexas sobre Nasiriya, a cidade a sudeste de Bagdá em que teve lugar a primeira grande batalha dos invasores contra o exército regular iraquiano. Um dia recebeu sua irmã Amy com lágrimas nos olhos, dizendo-lhe que era um assassino. Antes de se suicidar, deixou sobre sua cama as chapas de identificação dos efetivos iraquianos que havia matado, ainda que eles estivessem sem armas. Jeff costumava observá-las com frequência.
Os psiquiatras e psicólogos militares carecem de conhecimentos para enfrentar essas enfermidades. Mark Russel, comandante da Marinha especializado em enfermidades mentais descobriu que 90% do pessoal que cumpre essas funções não tem a formação necessária para atender aos casos de PTSD. Limitam-se a prescrever drogas como Paroxetina, Prozac ou Gabapentina [Neurontin], que acentuam e até produzem os sintomas, e a devolverem os soldados a suas unidades (www.usatoday.com, em 17/1/2007).
Na segunda-feira passada (9/8) o presidente Obama disse ante uma convenção de veteranos incapacitados em Atlanta que seu governo estava tomando os máximos esforços para prevenir o suicídio e outras consequências do PTSD. Para o pai de Jeff, isso é pura hipocrisia.
Tradução: Katarina Peixoto
Fonte: Carta Maior
http://pbrasil.wordpress.com/2010/08/14 ... more-25028
14/08/2010
Produzem-se em silêncio e segredo entre os efetivos estadunidenses que combatem ou combateram nas guerras que W. Bush lançou e Barack Obama continua. Junho foi o mês mais cruel: suicidaram-se 32 soldados, um número superior ao de qualquer mês da guerra do Vietnã. Onze não estavam em atividade e sete dos restantes cumpriam serviço militar no Iraque e/ou Afeganistão. São cifras oficiais (www.defense.gov, em 15/07/2010). Em 2009 245 efetivos ceifaram suas próprias vidas e a cifra este ano pode ser superada: 145 se suicidaram no primeiro semestre e 1713 tentaram-no, sem êxito. A taxa é mais alta que a da correspondente [aos suicídios] na população civil dos EUA.
O militar Tim Embree testemunhou em 25 de fevereiro, ante a Comissão de Assuntos relativos aos Veteranos da Câmara de Representantes. Declarou em nome dos 180 000 associados de Veteranos Estadunidenses do Iraque e do Afeganistão (IAVA, em sua sigla em inglês), países aos quais foi enviado para combater duas vezes:
“No ano passado mais efetivos tiraram suas próprias vidas do que morreram em combate no Afeganistão – assinalou. A maioria de nós conhece um companheiro que o fez ao regressar para casa e os números não incluem sequer a quem se suicida quando termina seu serviço: estes estão fora do sistema e suas mortes podem ser ignoradas” (www.iava.org, 15-7-10).
Talvez não fossem seres humanos,mas apenas material descartável.
Embree recordou as cifras publicadas pelo semanário Army Times, que divulga notícias do exército e possibilidades de carreira na instituição:
“18 veteranos se suicidam a cada dia e se registra uma média mensal de 950 tentativas de suicídio entre veteranos que recebem do departamento federal correspondente algum tripo de tratamento (www.armytimes.com, 24/04/2010)”.
Trata-se de veteranos de todas as guerras que os EUA desencadeou em terras estrangeiras e padecem, em geral, de PTSD [Post-Traumatic Stress Disorder]. Antes se chamava de neurose de guerra ou fatiga de combate ou choque e ainda outros nomes. O PTSD reúne todos esses sintomas.
A publicação mensal Archives of General Psychiatry divulgou uma pesquisa independente sobre 18 300 soldados examinados depois de terem voltado do Iraque há três meses ou há um ano: de 20 a 30% sofriam de PTSD e uma depressão profunda abatia a 16% (www.archpsyc.amaasn.org, junho de 2010). A dificuldade dos veteranos em se reintegrarem à vida civil, a violência doméstica que protagonizam, os casamentos desfeitos, a drogadicção e os suicídios se explicam. Em fins de 2009, segundo dados do Departamento de Veteranos do governo, mais de 537 mil dos 2,04 milhões que serviram no Iraque e no Afeganistão solicitaram atendimento médico (www.ptsd.va.gov, fevereiro 2010).
A dificuldade se agrava porque regressam a um país com um desemprego cada vez maior. Segundo uma investigação da IAVA, 14,7% dos veteranos são desocupados, índice 5% superior à media nacional (www.iava.org, 2/4/2010). Assim, o número dos que perderam suas casas aumenta. Um informe da Coalizão Nacional dos Sem-Teto [National Coalition for the Homeless] indica que 33% vive nas ruas e que um milhão e meio corre o risco de ficar sem teto devido à pobreza e à falta de amparo do estado (www.nchv.org, setembro de 2009). Estão ausentes dessas cifras os veteranos fisicamente incapacitados de buscar e manter um trabalho.
Kevin e George Lucey, pais de um soldado que tirou a própria vida contaram uma das tantas histórias que os números escondem. Em 22 de junho de 2004 seu filho, Jeff, de 23 anos se jogou do sótão da casa (www.democracynow.org, 8/9/2010). Era cabo do corpo de fuzileiros [mariners] e tinha regressado do Iraque em julho do ano anterior. A mãe relatou que um mês depois de ter começado a participar da invasão enviava cartas para a sua noiva, nas quais dizia das “coisas imorais” que ele estava fazendo. Uma vez em casa, Jeff começou a falar frases desconexas sobre Nasiriya, a cidade a sudeste de Bagdá em que teve lugar a primeira grande batalha dos invasores contra o exército regular iraquiano. Um dia recebeu sua irmã Amy com lágrimas nos olhos, dizendo-lhe que era um assassino. Antes de se suicidar, deixou sobre sua cama as chapas de identificação dos efetivos iraquianos que havia matado, ainda que eles estivessem sem armas. Jeff costumava observá-las com frequência.
Os psiquiatras e psicólogos militares carecem de conhecimentos para enfrentar essas enfermidades. Mark Russel, comandante da Marinha especializado em enfermidades mentais descobriu que 90% do pessoal que cumpre essas funções não tem a formação necessária para atender aos casos de PTSD. Limitam-se a prescrever drogas como Paroxetina, Prozac ou Gabapentina [Neurontin], que acentuam e até produzem os sintomas, e a devolverem os soldados a suas unidades (www.usatoday.com, em 17/1/2007).
Na segunda-feira passada (9/8) o presidente Obama disse ante uma convenção de veteranos incapacitados em Atlanta que seu governo estava tomando os máximos esforços para prevenir o suicídio e outras consequências do PTSD. Para o pai de Jeff, isso é pura hipocrisia.
Tradução: Katarina Peixoto
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Re: Notícias de Afeganistão
agora é que não saem mesmo
Afghanistan says finds 1.8 billion barrel oilfield
Yesterday, 09:58 am
http://uk.news.yahoo.com/22/20100815/tt ... 02f96.html
Afghanistan says finds 1.8 billion barrel oilfield
Yesterday, 09:58 am
http://uk.news.yahoo.com/22/20100815/tt ... 02f96.html
Triste sina ter nascido português
- Francoorp
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Re: Notícias de Afeganistão
P44 escreveu:agora é que não saem mesmo
Afghanistan says finds 1.8 billion barrel oilfield
Yesterday, 09:58 am
http://uk.news.yahoo.com/22/20100815/tt ... 02f96.html
Já postaram na pagina anterior... ou foi na ante-anterior??
Mas pra mim saem mesmo assim... pois se ficarem quem disse que conseguiram extrair este petróleo??
- Pablo Maica
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Re: Notícias de Afeganistão
terra.com.br
Seis policiais, 5 afegãos e 3 soldados morreram no Afeganistão
17 de agosto de 2010
Seis policiais, cinco civis afegãos e três soldados das tropas da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) da Otan morreram nas últimas horas em três incidentes violentos no Afeganistão, segundo fontes oficiais.
Os policiais afegãos foram envenenados e posteriormente baleados em Kandahar, capital da província homônima, declarou à agência afegã AIP uma fonte oficial.
Os agentes eram os responsáveis por um posto de controle policial no sul da cidade.
Em outro episódio, cinco civis morreram ontem à noite no distrito de Shindand, na província de Herat.
Uma mina explodiu na passagem de um veículo no qual viajavam os civis. Outros quatro ficaram feridos.
Igualmente, três soldados da Isaf morreram hoje em duas explosões com bombas, informou a organização em dois comunicados: dois dos militares morreram no leste e um terceiro no oeste do país.
"A política da Isaf é transferir para as autoridades nacionais os procedimentos de identificação", lembrou a Isaf sem precisar mais detalhes.
As minas e as bombas de fabricação caseira são os métodos preferidos dos talibãs para atacar as tropas internacionais no Afeganistão.
Seis policiais, 5 afegãos e 3 soldados morreram no Afeganistão
17 de agosto de 2010
Seis policiais, cinco civis afegãos e três soldados das tropas da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) da Otan morreram nas últimas horas em três incidentes violentos no Afeganistão, segundo fontes oficiais.
Os policiais afegãos foram envenenados e posteriormente baleados em Kandahar, capital da província homônima, declarou à agência afegã AIP uma fonte oficial.
Os agentes eram os responsáveis por um posto de controle policial no sul da cidade.
Em outro episódio, cinco civis morreram ontem à noite no distrito de Shindand, na província de Herat.
Uma mina explodiu na passagem de um veículo no qual viajavam os civis. Outros quatro ficaram feridos.
Igualmente, três soldados da Isaf morreram hoje em duas explosões com bombas, informou a organização em dois comunicados: dois dos militares morreram no leste e um terceiro no oeste do país.
"A política da Isaf é transferir para as autoridades nacionais os procedimentos de identificação", lembrou a Isaf sem precisar mais detalhes.
As minas e as bombas de fabricação caseira são os métodos preferidos dos talibãs para atacar as tropas internacionais no Afeganistão.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- marcelo l.
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Re: Notícias de Afeganistão
Não é a guerra EUA x Taliban, mas é a destruição da história de um povo, triste...
http://www.elephantjournal.com/2010/08/ ... t+journal)
Dharamsala, August 6 – A two millennia Buddhist site covering 4500 square metre monastery in Afghanistan’s Mes Aynak hill, faces impending demolition for mining, reported Andrew Lawyer to Sciencemagazine.com
A mining project worth $3 billion is awarded to China Metallurgical Group Corp by the Afghan government which plans to dynamite the ancient monastery located near the capital, Kabul.
It is estimated that China will extract 200,000 tons of copper and provide Afghan government with up to $400 million in annual revenues.
A group of Afghan French archaeologists who recently uncovered more than 100 statues, stupas, and a 5 metre long reclining Buddha among other relics have raised concern saying though the plan to blow up the monastery in last April was stalled, the proposition remains.
Chinese have started building a railroad, housing, and a power plant nearby, in preparation for mining.
Archaeologists are hoping to draw international support to save the historical site which will provide new information about how Buddhism flourished in the region and coexisted with Islam during one era.
“The monastery flourished from as early as the 2nd century BC until at least the 6th century AD although it may have continued as a settlement until as late as the 9th century AD” said Phillipe Marquis, head of the French Archaeologists’ team in Afghanistan.
He proposed a view saying “copper mining and the monastery can coexist by creating a protected archaeological area that eventually could generate tourism income” for the war torn country who are in desperate need of foreign revenues.
Marquis further added that “ Karzai ( President of Afghnaistan) is the one who can say no” and abort the annihilation of the ancient monastery.
“The site is huge and we have amazing remains. Time is running short.This place is going to be destroyed in a few months, and we need to find another solution—or the site is doomed” said Nader Rassouli, director of Afghanistan’s National Institute of Archaeology.
http://www.elephantjournal.com/2010/08/ ... t+journal)
Dharamsala, August 6 – A two millennia Buddhist site covering 4500 square metre monastery in Afghanistan’s Mes Aynak hill, faces impending demolition for mining, reported Andrew Lawyer to Sciencemagazine.com
A mining project worth $3 billion is awarded to China Metallurgical Group Corp by the Afghan government which plans to dynamite the ancient monastery located near the capital, Kabul.
It is estimated that China will extract 200,000 tons of copper and provide Afghan government with up to $400 million in annual revenues.
A group of Afghan French archaeologists who recently uncovered more than 100 statues, stupas, and a 5 metre long reclining Buddha among other relics have raised concern saying though the plan to blow up the monastery in last April was stalled, the proposition remains.
Chinese have started building a railroad, housing, and a power plant nearby, in preparation for mining.
Archaeologists are hoping to draw international support to save the historical site which will provide new information about how Buddhism flourished in the region and coexisted with Islam during one era.
“The monastery flourished from as early as the 2nd century BC until at least the 6th century AD although it may have continued as a settlement until as late as the 9th century AD” said Phillipe Marquis, head of the French Archaeologists’ team in Afghanistan.
He proposed a view saying “copper mining and the monastery can coexist by creating a protected archaeological area that eventually could generate tourism income” for the war torn country who are in desperate need of foreign revenues.
Marquis further added that “ Karzai ( President of Afghnaistan) is the one who can say no” and abort the annihilation of the ancient monastery.
“The site is huge and we have amazing remains. Time is running short.This place is going to be destroyed in a few months, and we need to find another solution—or the site is doomed” said Nader Rassouli, director of Afghanistan’s National Institute of Archaeology.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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- P44
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