sapao escreveu:
Pepê, apenas algumas considerações minhas sobre suas sugestões, tirei o VIP para me focar apenas no operacional:
considerando que para cada aeronave de caça você vai ter 3 pilotos na unidade, para o de transporte normal 4 (2 para cada posto de pilotagem), transporte pesado 6 (comum eles viajarem com 1 1/2 tripulação em viagems longas), na patrulha e no AEW 6 ( 2 por posto de pilotagem e 2 para o oficial de controle de voo) isso daria a necessidade de 1860 pilotos (checa ai por posso ter errado), sem contar a aviaçao de asas rotativas, a AFA e outras mais peculiares como o GEEV e o GEIV.
Agora segue meu raciocinio:
Primeiro-um aviador depois de formado leva em media 17 anos para chegar a Tenente Coronel aonde ele passaria a voar menos ou nada para comandar, correto?A AFA teria que formar em media 110 aviadores por ano! Isso que não estamos contando a aviação de helicoptero, o GTE, o EDA, a propria AFA e outras unidades em que o aviador esta presente (como a EPCAR, a EEAR, as bases aereas) e estamos considerando que um major no ultimo ano no posto ira voar igual a um 2 tenente, o que não ocorre devido as responsabilidades do posto. Olha que eu so estou falando de aviador, o numero de graduados por aeronave e igual ou maior; e isso são somente os tripulantes, sem contar as demais especialidades tanto de oficiais como graduados.
Segundo- Supondo que a gente consiga todo mundo ai de cima, voce colocou 5 bases para a FAB correto? As demais hoje existentes seria usados como apoio, eu acredito? Então vamos la, dividindo grosseiramente teriamos 372 aviadores em cada base, supondo que metade seja casado, são 186 casas na vila so para aviadores!
Terceiro- Nessas 5 bases seriam distribuidas 492 aeronaves!!! Da quase 100 em cada uma, imagina o tamanho do patio delas, dos hangares de manutenção, da quantidade de apoio de solo e do paiol de uma organização desse tamanho, sem contar os helicopteros enfiados ai no meio.
Em resumo, para chegar nesse patamar que voce imagina (e que eu gostaria de ver), já estamos muito atrasados, e seriam necessarios uns 10 anos ou mais para chegarmos perto disso.
abraço,
sapao
Olá Sapo véio (Sapão),
claro que não sou o Pepê, respeitarei as particularidades a ele dirigidas, inclusive aguardando ansiosamente seus (dele) comentários, mas ousarei dar minhas opiniões, se me permite.
1) Baixo número de pilotos formados pela AFA: erro! Que se ajuste tais limitações urgentemente, isto não é desculpa para se ter uma FAB decente.
2) Que a FAB adote modelo semelhante ao adotado pela MB, ou seja, que a formação "acadêmica" dos oficiais aconteçam nas universidades públicas (federais, por exemplo) e a parte "específica" fique sob responsabilidade da FAB; os custos iriam parar lá no chão. É preciso envolver os civis nestas etapas, é preciso haver confiança mútua.
3) Número de casas, alojamentos, vilas, etc.: esta fase já deu o que tinha que dar! Este é um erro estúpido e que precisa acabar rapidamente!!! Não é casa de moradia gratuita que um oficial deve reivindicar, mas condições salariais (soldos) e de trabalhos dignos para que tenha condições de adquirir a sua própria residência e demais bens, duráveis ou não.
4) As bases deveriam possuir alojamentos descentes apenas para os militares de plantão, os demais, em residência própria (alugada, etc., cada um de acordo com suas poses). Base militar não é hotel, restaurante, etc., isto é passado e tem que acabar. Mas insisto em deixar claro: com melhoria expressiva dos soldos/salários e das condições de vida dos militares (por exemplo, financiamento imobiliário adequado e dentro desta realidade, entre outras coisas).
5) Número de bases: 5???? Isto é no mínimo ridículo, abaixo de risível para um país continental como o Brasil. Não se discute dinheiro para se ter as bases, mas condições críveis para viabilizar um número muito maior de bases para as três Forças; algo que se quer (discussão) ocorre. País grande que pensa pequeno é populado por anões mentais (deixo claro: nada com os indivíduos de baixa estatura, nenhum preconceito, apenas figura de linguagem).
6) Não faltam anos ou décadas para se chegar no "mínimo", o que falta é sapiência e boa vontade. Esta tal boa vontade não depende apenas dos políticos, mas das FFAA e principalmente da população civil, aquela que motivada pela estupidez humana tupiniquim foi adestrada para ignorar e reprimir os militares, como se fossem lesa-pátria.
7) Um número cabalístico (7): falta a compreensão generalizada do que é preciso de fato e também respeito pelo o que está sendo feito, jamais deve-se ignorar o que a mente limitada impõe como verdades pessoais; é preciso mostrar a necessidade sem impor o rancor do passado; é preciso esquecer as dificuldades de outrora, esquecer as mágoas e vicissitudes morais que impuseram o "sim senhor" de tempos atrás e abaixar cabeças para aqueles que não merecem tal gesto. Ignorar e/ou temer o novo é refugiar-se em suas próprias limitações e fraquezas -- isto não combina (e nem pode combinar) com um guerreiro de fato. O momento não é de revanchismo, mas sim da (re)construção da defesa do País, algo que há muito se perdeu.
Sapo véio (Sapão), nada disso é pra você, apenas "carona" em seu post. Sei que me compreenderá.
Forte abraço; meus cumprimentos por estar neste fórum, minhas desculpas pela agressividades iniciais.
Orestes