Programa de Reaparelhamento da Marinha

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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LeandroGCard
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3016 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jul 01, 2010 8:31 pm

Lord Nauta escreveu:Prezados Senhores,

O comandante da Marinha em sua entrevista confirmou informações que já tinham sido divulgadas em nosso Fórum. Eu, em particular já havia comentado total de meios do primeiro lote do chamado ''pacote italiano'' (5 fragatas, 5 NaPaOc e 1 NaApLo) e outros colegas condimentaram com outras noticias. Entretanto vários pontos são relevantes, entre eles, a utilização dos novos e modernos estaleiros nacionais para construção de navios de guerra e estratégia de renovação dos meios. Outra noticia importante e em relação à classe Barroso e a possível construção de mais alguns exemplares. Antes vou dar minha opinião sobre a classe Inhaúma. Primeiro não e possível negar a importância da MB em projetar seus navios e foi isso que se buscou com a classe Inhaúma. Entretanto acredito que se naquela ocasião a MB tivesse adotado um projeto já provado e construído os navios com a devida assistência técnica teríamos hoje uma Esquadra mais equilibrada. Na época que as Inhaúma foram idealizadas foi contratado um escritório alemão de projetos navais para apoiar tecnicamente o desenvolvimento do projeto. Penso que poderíamos ter adotado, por exemplo, os MEKO 100 da HDW ou Type 21 da Vosper ou até ter construído mais exemplares da classe Niterói em vez das Inhaúma. Bem mas não importa o que realmente valeu foi o esforço de nacionalização da frota por parte da MB. Quanto ao projeto da Barroso concordo com vários colegas que já existe o peso dos anos sobre o mesmo em especial quando pensamos no aspecto furtividade. Mas quando a comparamos com navios com idade tecnológica semelhante ou um pouco mais novos verificamos que as mesmas são relativamente equivalentes a estes projetos. Penso que caso novos navios sejam construídos e preciso uma atualização no sistema de armas. Mas esta atualização deve atender ao tipo de missão destes navios. A classe Barroso tem como principal emprego a guerra ASW e ASuW. Neste caso os sistemas de armas deve priorizar estas missões e ter alguma defesa antiaérea de ponto. Neste ponto e que deve haver alguma modificação nos novos navios e na Barroso. Os pontos positivo da classe, por exemplo, são o hangar e convés de vôo, Siconta, lançador de torpedos, SLDM, MAGE... etc. Estes devem ser mantidos e inclusive serem aperfeiçoados nos novos navios. Quanto às dimensões penso que as relacionadas à boca e calado do navio não devem ser alteradas, mas apenas o comprimento na seção de popa em talvez uns 6 metros. Seria introduzido um corpo paralelo o que permitiria alongar o navio. Este maior comprimento possibilitaria a instalação de um sistema AAe SeaRAM na popa. Alterar calado e boca resulta em um projeto novo e de alto custo, que acredito não ser o momento adequado. Mesmo apenas o alongamento do navio em sua popa já apresenta certo grau de dificuldade, uma vez que implica no reposicionamento dos hélices e do leme. A instalação do SeaRAM juntamente com o MK. 3 proporcionaria uma adequada defesa AAe de ponto ao navio. Penso que o canhão de 114 mm deveria ser substituído por um de 76 mm (inclusive na Barroso) e que o SLDM deveria ser capaz de lançar foguetes despistadores de torpedos. Deveria ser instaladas metralhadoras de 20 mm (bombordo e boreste, inclusive também na Barroso) para oposição a ameaças assimétricas. O canhão de 76 mm também melhoraria a defesa AAe e seria padronizado com os NaPaOc. Para a melhoria das características furtivas a instalação de ''cortinas'' a meia nau (cobrindo as lanchas e TLT) contribuiriam para melhoria neste item especifico. Em minha opinião o projeto de construção de novos navios da classe Barroso (4 navios) deveriam ter um limite de custo de no máximo U$ 240 milhões por exemplar. Caso não fosse possível atingir esta meta de custo seria melhor comprar um projeto existente de um navio em torno de 4.000 toneladas e construí-los no AMRJ.

Sds

Lord Nauta
Concordo com tudo o que foi dito acima, mas coloco apenas duas observações da minha parte:

- A capacidade de projetar seus próprios navios agrega a uma nação (mais do que somente à sua marinha) algumas vantagens que a simples construção de projetos prontos, por melhores que sejam, não podem agregar, entre elas a capacidade de total adequação dos projetos a uma doutrina própria, o impulso para a inovação tecnológica e o prestígio de possuir o domínio de uma área que poucas nações possuem.

Mas esta capacidade não pode ser comprada de prateleira, deve ser aprendida na prática pelo pessoal envolvido, desde os oficiais que definem os requerimentos de cada projeto, passando pelos engenheiros que efetuam os cálculos e indo até os técnicos que elaboram os desenhos (ou atualmente o modelamento 3D). E isso só e possível quando os projetos se sucedem continuamente, como já mencionei muitas vezes aqui antes. A classe Inhaúma foi um primeiro passo no sentido de dar à MB esta capacidade, e mesmo suas deficiências (que existem, como é natural em um primeiro projeto de uma nova equipe) serviram de aprendizado para o aperfeiçoamento que resultou na própria Barroso, um navio sem dúvida mais capaz.

O que abortou este processo foi justamente a idéia de que o custo do projeto em si deveria ser diluído no maior número possível de navios da mesma classe (inicialmente 16, depois 12, e no final apenas 4 por falta de verba, não de vontade). Se ao invés disso tivesse sido desde o princípio planejada apenas uma ou duas Inhaúma e o projeto tivesse sido revisto, a MB poderia contar agora com três Barrosos. E se este caminho tivesse sido continuado muitos outros navios ainda melhores poderiam ter sido projetados e construídos desde então, e a MB talvez não tivesse passado pelo que passa até hoje, com a maior parte de sua frota composta por navios menos adequados que o possível ou muito antigos, sendo muitos de segunda mão. Mas novamente agora se toma a mesma decisão de construir a maior série possível do mesmo navio, repetindo-se o mesmo roteiro de 30 anos atrás. Estaremos repetindo-o de novo daqui a 30 anos?


- Com relação às possíveis alterações da Barroso para atualizá-la tecnologicamente concordo com quase tudo, menos talvez com o RAM, pois não acho mísseis guiados por infra-vermelho a melhor solução para defesa de ponto. A US navy os adotou por não ter problemas de verbas (pelo menos até recentemente) nem qualquer outra opção nacional disponível, mas acho que a MB estaria melhor servida com um sistema como o próprio Sea Wolf que já utiliza. Haveria espaço para o radar de controle de tiro acima da caixa sobre a ponte, e o lançador poderia ser colocado na popa estendida (ou talvez no espaço entre o canhão e a ponte se o canhão fosse trocado por outro de 76mm e deslocado um pouco para a frente.


Leandro G. Card




JL
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3017 Mensagem por JL » Qui Jul 01, 2010 10:00 pm

Desculpe o desabafo a seguir:

Não sei quanto ao futuro, mas sei quanto ao passado, quem quiser que pesquise a História de nossa Marinha desde o inicio do século XX, os planos projetados, as aquisições feitas e o que realmente existiu.

Desculpem me os otimistas, mas pré-sal, não diz quase nada para mim. Por que? A nossa curta trajetória de nação já mostrou claramente como somos ricos em recursos naturais e potenciais econômicos. Ja vivemos muitos ciclos econômicos e produzimos uma enorme quantidade de riqueza que se perdeu no nosso sistema anomalo, para não dizer outra coisa.

O que se fala hoje em termos de pré sal já se falou no passado, com relação há outras possibilidades brasileiras.

Construirmos impérios econômicos asiáticos com o ferro de Carajás, alimentamos o mundo, produzindo uma quantidade absurda de pedras preciosas e de ouro, no entanto oficialmente quase não exportamos nada, vejam os dados das exportações de esmaraldas e diamantes.

Toras de diametro absurdo, resultado da derrubada de árvores magnificas, como mogno, fornecem madeira para móveis dos ricos do hemisfério norte, enquanto nós trabalhadores brasileiros compramos mobiliário de serragem com cola, em suaves prestações nas Casas Bahia da vida. E nos acusam de destruir a Amazônia.

Vendemos tanta coisa e perdemos sempre tanto, até doar dinheiro e perdoar dívidas de outros países nós temos feito atualmente. Investimos na Bolívia, construimos refinarias e perdemos de graça.

O BNDS empresta para tantos países e dívidas são perdoadas, quando dinheiro, em quantas Barroso, as FREM ou seja qualquer outra já podia estar navegando em meio ao pré-sal.

Não sei porque diabos não temos essa Esquadra que todos desejam há muitos anos atrás e sempre ficam nessas especulações para o futuro. Eu que desde da década de 70 escuto isso, fico pensando que terei de morrer sem antes ver o Brasil potência ou pelo menos um pouco mais potente. Somente no futebol, temos história de potência.

Pois até agora tenho lido e ouvido muito: blá-blá-blá. Mas o que hoje temos diferente do Brasil do tempo dos governos militares em termos de poder militar.

Na época tinhamos uma marinha com 6 fragatas de última geração, uns dez contratorpedeiros velhos, mas que faziam ainda diferença, um navio aeródromo que ia para o mar, três submarinos realmente oceânicos os Oberon e mais sete submarinos norte americanos classe Guppy. A FAB tinha mais de uma centena de jatos Xavante, trinta e seis F5 e os Mirage III, razoavelmente modernos. Tinhamos uma indústria bélica emergente e promissora. Pensavamos em ter dois navios aerodromos, de ter Fragatas anti-aéreas com mísseis nacionais, CIWS nacional, míssil anti navio nacional o Barracuda, falavamos do sub nuclear.

Fico pensando também no humilde marinheiro recem saído da escola de aprendiz, filho de uma comunidade carente, como muitas dos cantos do Brasil, ganhando este soldo ridiculo que se paga para os praças ao lado do reator nuclear do sub brasileiro.
Agora tem até teóricos falando na bomba nuclear brasileira, não que não possamos ou que não devemos ter, por mas que raios vamos trocar o fuzil do EB primeiro, chega de FAL de 40 anos ou mais.

Se eu não visitar essas fragatas Frem, se eu não ver esse sub nuclear navegando, depois de tantas linhas escritas desde dos anos 70 sobre o assunto. Se eu não ver um caça na FAB que possa receber dignamente o título de caça nos próximos anos, que se iguale ao potencial do Mirage III e do F5 quando nós compramos. Se eu não ver um Nae brasileiro navegando a todo vapor com o seu convés cheio com as aeronaves de sua ala aérea. Se eu não ver o nosso Brasil potência ou pelo menos alçando este patamar. Não sei o que vou dizer aos meus netos. Pois hoje já tenho dificuldades de explicar para um filho adolescente, que também gosta de marinha, por que demoramos um tempão para construir a Barroso, por que o São Paulo não navega, por que é tão dificil fazer 6 Skyhawk voar, por que não compramos logo o FX. Por que o Brasil tem Bofors L/60 de 40 mm ainda em operação, obuseiros de 155 mm velhos para burro. Por que as nossas fronteiras são desprotegidas. Ainda bem que sei também plantar sonhos, senão o meu filho também ficaria triste como eu.




Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3018 Mensagem por Luís Henrique » Qui Jul 01, 2010 11:01 pm

Marino escreveu:A MB quer 30 FREMM.
:shock: :shock:

Que beleza, teremos mais FREMM que França e Itália JUNTAS. :twisted: :twisted:

Sendo assim, adeus Barroso. Não sentirei sua falta. :mrgreen:




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3019 Mensagem por Valdemort » Sex Jul 02, 2010 9:13 am

JL escreveu:Desculpe o desabafo a seguir:

Não sei quanto ao futuro, mas sei quanto ao passado, quem quiser que pesquise a História de nossa Marinha desde o inicio do século XX, os planos projetados, as aquisições feitas e o que realmente existiu.

Desculpem me os otimistas, mas pré-sal, não diz quase nada para mim. Por que? A nossa curta trajetória de nação já mostrou claramente como somos ricos em recursos naturais e potenciais econômicos. Ja vivemos muitos ciclos econômicos e produzimos uma enorme quantidade de riqueza que se perdeu no nosso sistema anomalo, para não dizer outra coisa.

O que se fala hoje em termos de pré sal já se falou no passado, com relação há outras possibilidades brasileiras.

Construirmos impérios econômicos asiáticos com o ferro de Carajás, alimentamos o mundo, produzindo uma quantidade absurda de pedras preciosas e de ouro, no entanto oficialmente quase não exportamos nada, vejam os dados das exportações de esmaraldas e diamantes.

Toras de diametro absurdo, resultado da derrubada de árvores magnificas, como mogno, fornecem madeira para móveis dos ricos do hemisfério norte, enquanto nós trabalhadores brasileiros compramos mobiliário de serragem com cola, em suaves prestações nas Casas Bahia da vida. E nos acusam de destruir a Amazônia.

Vendemos tanta coisa e perdemos sempre tanto, até doar dinheiro e perdoar dívidas de outros países nós temos feito atualmente. Investimos na Bolívia, construimos refinarias e perdemos de graça.

O BNDS empresta para tantos países e dívidas são perdoadas, quando dinheiro, em quantas Barroso, as FREM ou seja qualquer outra já podia estar navegando em meio ao pré-sal.

Não sei porque diabos não temos essa Esquadra que todos desejam há muitos anos atrás e sempre ficam nessas especulações para o futuro. Eu que desde da década de 70 escuto isso, fico pensando que terei de morrer sem antes ver o Brasil potência ou pelo menos um pouco mais potente. Somente no futebol, temos história de potência.

Pois até agora tenho lido e ouvido muito: blá-blá-blá. Mas o que hoje temos diferente do Brasil do tempo dos governos militares em termos de poder militar.

Na época tinhamos uma marinha com 6 fragatas de última geração, uns dez contratorpedeiros velhos, mas que faziam ainda diferença, um navio aeródromo que ia para o mar, três submarinos realmente oceânicos os Oberon e mais sete submarinos norte americanos classe Guppy. A FAB tinha mais de uma centena de jatos Xavante, trinta e seis F5 e os Mirage III, razoavelmente modernos. Tinhamos uma indústria bélica emergente e promissora. Pensavamos em ter dois navios aerodromos, de ter Fragatas anti-aéreas com mísseis nacionais, CIWS nacional, míssil anti navio nacional o Barracuda, falavamos do sub nuclear.

Fico pensando também no humilde marinheiro recem saído da escola de aprendiz, filho de uma comunidade carente, como muitas dos cantos do Brasil, ganhando este soldo ridiculo que se paga para os praças ao lado do reator nuclear do sub brasileiro.
Agora tem até teóricos falando na bomba nuclear brasileira, não que não possamos ou que não devemos ter, por mas que raios vamos trocar o fuzil do EB primeiro, chega de FAL de 40 anos ou mais.

Se eu não visitar essas fragatas Frem, se eu não ver esse sub nuclear navegando, depois de tantas linhas escritas desde dos anos 70 sobre o assunto. Se eu não ver um caça na FAB que possa receber dignamente o título de caça nos próximos anos, que se iguale ao potencial do Mirage III e do F5 quando nós compramos. Se eu não ver um Nae brasileiro navegando a todo vapor com o seu convés cheio com as aeronaves de sua ala aérea. Se eu não ver o nosso Brasil potência ou pelo menos alçando este patamar. Não sei o que vou dizer aos meus netos. Pois hoje já tenho dificuldades de explicar para um filho adolescente, que também gosta de marinha, por que demoramos um tempão para construir a Barroso, por que o São Paulo não navega, por que é tão dificil fazer 6 Skyhawk voar, por que não compramos logo o FX. Por que o Brasil tem Bofors L/60 de 40 mm ainda em operação, obuseiros de 155 mm velhos para burro. Por que as nossas fronteiras são desprotegidas. Ainda bem que sei também plantar sonhos, senão o meu filho também ficaria triste como eu.
[009] [009] [009]

E nem uma homenagenzinha foi feita pros nossos herois da WWII .

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3020 Mensagem por Lord Nauta » Sex Jul 02, 2010 11:22 am

JL escreveu:Desculpe o desabafo a seguir:

Não sei quanto ao futuro, mas sei quanto ao passado, quem quiser que pesquise a História de nossa Marinha desde o inicio do século XX, os planos projetados, as aquisições feitas e o que realmente existiu.

Desculpem me os otimistas, mas pré-sal, não diz quase nada para mim. Por que? A nossa curta trajetória de nação já mostrou claramente como somos ricos em recursos naturais e potenciais econômicos. Ja vivemos muitos ciclos econômicos e produzimos uma enorme quantidade de riqueza que se perdeu no nosso sistema anomalo, para não dizer outra coisa.

O que se fala hoje em termos de pré sal já se falou no passado, com relação há outras possibilidades brasileiras.

Construirmos impérios econômicos asiáticos com o ferro de Carajás, alimentamos o mundo, produzindo uma quantidade absurda de pedras preciosas e de ouro, no entanto oficialmente quase não exportamos nada, vejam os dados das exportações de esmaraldas e diamantes.

Toras de diametro absurdo, resultado da derrubada de árvores magnificas, como mogno, fornecem madeira para móveis dos ricos do hemisfério norte, enquanto nós trabalhadores brasileiros compramos mobiliário de serragem com cola, em suaves prestações nas Casas Bahia da vida. E nos acusam de destruir a Amazônia.

Vendemos tanta coisa e perdemos sempre tanto, até doar dinheiro e perdoar dívidas de outros países nós temos feito atualmente. Investimos na Bolívia, construimos refinarias e perdemos de graça.

O BNDS empresta para tantos países e dívidas são perdoadas, quando dinheiro, em quantas Barroso, as FREM ou seja qualquer outra já podia estar navegando em meio ao pré-sal.

Não sei porque diabos não temos essa Esquadra que todos desejam há muitos anos atrás e sempre ficam nessas especulações para o futuro. Eu que desde da década de 70 escuto isso, fico pensando que terei de morrer sem antes ver o Brasil potência ou pelo menos um pouco mais potente. Somente no futebol, temos história de potência.

Pois até agora tenho lido e ouvido muito: blá-blá-blá. Mas o que hoje temos diferente do Brasil do tempo dos governos militares em termos de poder militar.

Na época tinhamos uma marinha com 6 fragatas de última geração, uns dez contratorpedeiros velhos, mas que faziam ainda diferença, um navio aeródromo que ia para o mar, três submarinos realmente oceânicos os Oberon e mais sete submarinos norte americanos classe Guppy. A FAB tinha mais de uma centena de jatos Xavante, trinta e seis F5 e os Mirage III, razoavelmente modernos. Tinhamos uma indústria bélica emergente e promissora. Pensavamos em ter dois navios aerodromos, de ter Fragatas anti-aéreas com mísseis nacionais, CIWS nacional, míssil anti navio nacional o Barracuda, falavamos do sub nuclear.

Fico pensando também no humilde marinheiro recem saído da escola de aprendiz, filho de uma comunidade carente, como muitas dos cantos do Brasil, ganhando este soldo ridiculo que se paga para os praças ao lado do reator nuclear do sub brasileiro.
Agora tem até teóricos falando na bomba nuclear brasileira, não que não possamos ou que não devemos ter, por mas que raios vamos trocar o fuzil do EB primeiro, chega de FAL de 40 anos ou mais.

Se eu não visitar essas fragatas Frem, se eu não ver esse sub nuclear navegando, depois de tantas linhas escritas desde dos anos 70 sobre o assunto. Se eu não ver um caça na FAB que possa receber dignamente o título de caça nos próximos anos, que se iguale ao potencial do Mirage III e do F5 quando nós compramos. Se eu não ver um Nae brasileiro navegando a todo vapor com o seu convés cheio com as aeronaves de sua ala aérea. Se eu não ver o nosso Brasil potência ou pelo menos alçando este patamar. Não sei o que vou dizer aos meus netos. Pois hoje já tenho dificuldades de explicar para um filho adolescente, que também gosta de marinha, por que demoramos um tempão para construir a Barroso, por que o São Paulo não navega, por que é tão dificil fazer 6 Skyhawk voar, por que não compramos logo o FX. Por que o Brasil tem Bofors L/60 de 40 mm ainda em operação, obuseiros de 155 mm velhos para burro. Por que as nossas fronteiras são desprotegidas. Ainda bem que sei também plantar sonhos, senão o meu filho também ficaria triste como eu.

Prezado Amigo,

Excelente o seu desabafo.Parabéns!

Sds

Lord Nauta

:D :D :D :D :D




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3021 Mensagem por ciclope » Sex Jul 02, 2010 1:54 pm

Infelismente estou de acordo.
O Brasil e o país dos planos mirabolantes e dos feitos mediocres!




Carlos Mathias

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3022 Mensagem por Carlos Mathias » Sex Jul 02, 2010 7:11 pm

Lixo com isso tudo e vamos de OHPs então.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3023 Mensagem por Valdemort » Sáb Jul 03, 2010 7:32 am

OHPs , deve ta num bagaco ... Acho que de gratis ainda tah caro ...

Poh CM vamos sonhar com as FREMM / FREDA / HORIZON / Mistral / CDG etc ...




"O comunismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. Sua virtude inerente é a distribuição equitativa da miséria".
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3024 Mensagem por LeandroGCard » Sáb Jul 03, 2010 9:44 am

Valdemort escreveu:OHPs , deve ta num bagaco ... Acho que de gratis ainda tah caro ...

Poh CM vamos sonhar com as FREMM / FREDA / HORIZON / Mistral / CDG etc ...
Ai, ai...

País com mentalidade subdesenvolvida é triste. Os franceses e italianos sonharam com Horizons e FREMM's, os ingleses com Type-45´s, os americanos com Arleigh Burkes, etc.... . Nós nem para sonhar imaginamos projetos brasileiros?

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3025 Mensagem por ciclope » Sáb Jul 03, 2010 10:25 am

:lol: :lol: :lol:




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3026 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Jul 03, 2010 10:31 am

Valdemort escreveu:OHPs , deve ta num bagaco ... Acho que de gratis ainda tah caro ...

Poh CM vamos sonhar com as FREMM / FREDA / HORIZON / Mistral / CDG etc ...
Foi o que a Marinha Portuguesa pensou quando preferiu comprar as Fragatas M à Holanda em vez de receber de graça as OHP dos EUA. 8-]




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3027 Mensagem por Penguin » Sáb Jul 03, 2010 11:49 am

Imagem
O navio da Marinha de Guerra do Brasil, Corveta Barroso, um dos mais modernos da esquadra brasileira, encontra-se atracado desde a passada sexta-feira, no Porto de Luanda.

http://www.naval.com.br/blog/




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3028 Mensagem por Valdemort » Sáb Jul 03, 2010 1:11 pm

LeandroGCard escreveu:
Valdemort escreveu:OHPs , deve ta num bagaco ... Acho que de gratis ainda tah caro ...

Poh CM vamos sonhar com as FREMM / FREDA / HORIZON / Mistral / CDG etc ...
Ai, ai...

País com mentalidade subdesenvolvida é triste. Os franceses e italianos sonharam com Horizons e FREMM's, os ingleses com Type-45´s, os americanos com Arleigh Burkes, etc.... . Nós nem para sonhar imaginamos projetos brasileiros?

Leandro G. Card
Pois eh , mas nem veleiros nos projetamos , praticamente todos sao copias de modelos de fora , ate da Argentina .




"O comunismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. Sua virtude inerente é a distribuição equitativa da miséria".
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3029 Mensagem por Valdemort » Sáb Jul 03, 2010 1:14 pm

cabeça de martelo escreveu:
Valdemort escreveu:OHPs , deve ta num bagaco ... Acho que de gratis ainda tah caro ...

Poh CM vamos sonhar com as FREMM / FREDA / HORIZON / Mistral / CDG etc ...
Foi o que a Marinha Portuguesa pensou quando preferiu comprar as Fragatas M à Holanda em vez de receber de graça as OHP dos EUA. 8-]
Pois eles fizeram muito bem ...

De acordo com oque foi postado pelo Marino esse tb e o pensamento da MB .




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3030 Mensagem por Marino » Sáb Jul 03, 2010 1:34 pm

Vejam, a MB vai assinar um lote INICIAL de 5 FREMM.
Os seguintes 25, o que impede que sejam uma evolução com a mão de projetistas nacionais?
Não é exatamente o que o Leandro propõe?




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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