Programa de Reaparelhamento da Marinha
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Brasil assina acordo com a Itália para cooperação na área de tecnologia naval
25/06/2010
Brasília – O Brasil e a Itália firmaram hoje (24) acordo que resultará no desenvolvimento de projetos para a construção de navios. Em especial, navios de patrulha oceânica, fragatas e navios de apoio logístico. Assinado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e pelo subsecretário de Defesa da Itália, Guido Crosetto, o acordo inclui também transferências de tecnologia e desenvolvimento de sistemas de combate, navegação, armamento e radares.
“Estamos discutindo questões relativas à Marinha, em especial no que diz respeito às necessidades que temos de defesa na área do Atlântico brasileiro, dentro dos critérios da estratégia nacional de Defesa. A Itália possui expertise na construção de navios e os entendimentos que podem dar frutos ao Brasil são aqueles em que a produção seja feita aqui, com transferência de tecnologia”, disse Jobim.
O acordo possibilitará também o desenvolvimento de mecanismos de segurança para a comunicação militar por meio de satélites. Beneficiará ainda os sistemas utilizados pelo Projeto Amazônia Azul, responsável por proteger a costa brasileira.
Segundo o ministro, o acordo trará vantagens que vão além do campo militar. “Vamos intensificar as relações com a Itália, de forma a estabelecer entendimentos em diversos setores, tanto na área de Defesa como nas de meio ambiente e de cultura”, afirmou o ministro.
“A Itália e o Brasil podem obter grandes vantagens com o aumento da capacidade tecnológica para participarem juntos do mercado mundial”, disse o subsecretário Guido Crosetto.
Com informações da Agência Brasil.
25/06/2010
Brasília – O Brasil e a Itália firmaram hoje (24) acordo que resultará no desenvolvimento de projetos para a construção de navios. Em especial, navios de patrulha oceânica, fragatas e navios de apoio logístico. Assinado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e pelo subsecretário de Defesa da Itália, Guido Crosetto, o acordo inclui também transferências de tecnologia e desenvolvimento de sistemas de combate, navegação, armamento e radares.
“Estamos discutindo questões relativas à Marinha, em especial no que diz respeito às necessidades que temos de defesa na área do Atlântico brasileiro, dentro dos critérios da estratégia nacional de Defesa. A Itália possui expertise na construção de navios e os entendimentos que podem dar frutos ao Brasil são aqueles em que a produção seja feita aqui, com transferência de tecnologia”, disse Jobim.
O acordo possibilitará também o desenvolvimento de mecanismos de segurança para a comunicação militar por meio de satélites. Beneficiará ainda os sistemas utilizados pelo Projeto Amazônia Azul, responsável por proteger a costa brasileira.
Segundo o ministro, o acordo trará vantagens que vão além do campo militar. “Vamos intensificar as relações com a Itália, de forma a estabelecer entendimentos em diversos setores, tanto na área de Defesa como nas de meio ambiente e de cultura”, afirmou o ministro.
“A Itália e o Brasil podem obter grandes vantagens com o aumento da capacidade tecnológica para participarem juntos do mercado mundial”, disse o subsecretário Guido Crosetto.
Com informações da Agência Brasil.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
O problema aqui é a falta de hábito (isto mesmo, de hábito) das FA´s brasileiras, neste caso a MB, em definir os parâmetros operacionais a serem adotados em um míssil novo de projeto nacional. Veja que para o MAN-1 havia em princípio a liberdade de definir estes parâmetros livremente, mas foram adotados simplesmente os parâmetros de uma versão já antiga do Exocet que a marinha já utiliza há muitos anos. O mesmo aconteceu com o Piranha, o MSS-1, etc... , sempre é adotado como parâmetro algum míssil pré-existente, e assim quando o produto nacional finalmente fica pronto ele já está devidamente obsoleto.Brasileiro escreveu:Se esses mísseis fossem produzidos aqui, seriam produzidos da mesma forma que os EC-725 da Helibrás, com quase nada nacional.Lord Nauta escreveu: Prezados Amigos,
Aproveitando a parceria já existente com a MBDA, na qual participam a Avibras e a Mectron, os misseis seriam produzidos no Brasil. Para o TOM da MB o Scalp penso ser o mais adequado.
Sds
Lord Nauta
Tenho certeza de que agora somos capazes de enfrentar este desafio sozinhos. Sistemas inerciais, microturbinas, vôo autônomo, cabeça de guerra... estamos dando conta dessas tecnologias sozinhos, que são as peças-chave para o desenvolvimento deste tipo de míssil. Além do mais, seria desenvolvido desde o início de acordo com as nossas especificações e não o contrário, onde adaptaríamos as nossas especificações para um produto pronto.
Talvez o mais indicado neste caso seja fazer como no caso do MAN-1, em que obtemos tecnologia e assistência técnica para desenvolvermos autonomamente e não um projeto pronto, uma vez que eles dificilmente cederiam a produção de um sistema que lhes é de última geração e não querem um concorrente.
abraços]
As alegações para este tipo de procedimento sempre incluem pontos como a compatibilidade do novo sistema com as plataformas atuais, a já existência de uma doutrina operacional, o medo de riscos de desenvolvimento, etc... . Mas na prática as posições contrárias seriam exatamente as que justificariam o desenvolvimento de qualquer míssil em nosso país. Os gastos e o tempo necessários para desenvolver um míssil no Brasil só se justificariam realmente se visarem justamente ampliar a capacidade das plataformas atuais e principalmente das futuras, atender a uma nova doutrina autóctone ou puxar o desenvolvimento tecnológico do país. Se é para apenas reproduzir o que já existe no mercado, então basta comprar de prateleira, ou no máximo adquirir do fabricante a licença para produção local (alguém tem dúvida de que a MDBA cederia os projetos do Exocet MM-40 Block II por um preço razoável, agora que o Block III está entrando em produção? Tanto é assim que quando souberam que a MB desenvolveria o MAN-1 rapidamente se dispuseram a ceder a tecnologia que fosse necessária para o Brasil produzir um equivalente ao Block II).
O que realmente acontece é que a MB não soube como definir especificações para um míssil novo, e simplesmente adotou as de um que já conhecia. Fica fácil dizer depois que assim se pode aprender a fazer um míssil razoável com pouco risco, e depois se poderá partir para coisa mais avançada. Mas o desenvolvimento tecnológico real acontece exatamente seguindo o caminho contrário, de se colocar especificações técnicas além do que já existe, e então trabalhar para atingir estas especificações. Ou então seria caso do MAN-1 não ser na verdade uma arma que será adotada pela marinha, e sim apenas um estudo acadêmico visando capacitar as equipes de projeto e desenvolvimento, e logo após sua conclusão o novo e "verdadeiro" projeto deveria ser desenvolvido, uma situação muito parecida com a do VLS. O MAN-1 sequer deveria entrar em produção (a não ser talvez na versão lançada do ar).
Mas o que foi divulgado até agora é que o MAN-1 seria sim colocado em produção como míssil "de segunda linha", e um míssil "de primeira linha" (provavelmente o Exocet blok III) seria adquirido fora para equipar os novos escoltas. E então simplesmente não haveria espaço e nem verba para o desenvolvimento de uma evolução do MAN-1. Na verdade, neste cenário não entendo porque perder tempo com ele afinal.
Leandro G. Card
Editado pela última vez por LeandroGCard em Sáb Jun 26, 2010 12:39 pm, em um total de 1 vez.
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Pode parecer muito bonito na teoria. Mas se o Brasil quize-se desenvolver um míssil de ultima geração hoje, dependeria de fornecedores externos.LeandroGCard escreveu:O problema aqui é a falta de hábito (isto mesmo, de hábito) das FA´s brasileiras, neste caso a MB, em definir os parâmetros operacionais a serem adotados em um míssil novo de projeto nacional. Veja que para o MAN-1 havia em princípio a liberdade de definir estes parâmetros livremente, mas foram adotados simplesmente os parâmetros de uma versão já antiga do Exocet que a marinha já utiliza há muitos anos. O mesmo aconteceu com o Piranha, o MSS-1, etc... , sempre é adotado como parâmetro algum míssil pré-existente, e assim quando o produto nacional finalmente fica pronto ele já está devidamente obsoleto.Brasileiro escreveu: Se esses mísseis fossem produzidos aqui, seriam produzidos da mesma forma que os EC-725 da Helibrás, com quase nada nacional.
Tenho certeza de que agora somos capazes de enfrentar este desafio sozinhos. Sistemas inerciais, microturbinas, vôo autônomo, cabeça de guerra... estamos dando conta dessas tecnologias sozinhos, que são as peças-chave para o desenvolvimento deste tipo de míssil. Além do mais, seria desenvolvido desde o início de acordo com as nossas especificações e não o contrário, onde adaptaríamos as nossas especificações para um produto pronto.
Talvez o mais indicado neste caso seja fazer como no caso do MAN-1, em que obtemos tecnologia e assistência técnica para desenvolvermos autonomamente e não um projeto pronto, uma vez que eles dificilmente cederiam a produção de um sistema que lhes é de última geração e não querem um concorrente.
abraços]
As alegações para este tipo de procedimento sempre incluem pontos como a compatibilidade do novo sistema com as plataformas atuais, a já existência de uma doutrina operacional, o medo de riscos de desenvolvimento, etc... . Mas na prática as posições contrárias seriam exatamente as que justificariam o desenvolvimento de qualquer míssil em nosso país. Os gastos e o tempo necessários para desenvolver um míssil no Brasil só se justificariam realmente se visarem justamente ampliar a capacidade das plataformas atuais e principalmente das futuras, atender a uma nova doutrina autóctone ou puxar o desenvolvimento tecnológico do país. Se é para apenas reproduzir o que já existe no mercado, então basta comprar de prateleira, ou no máximo adquirir do fabricante a licença para produção local (alguém tem dúvida de que a MDBA cederia os projetos do Exocet MM-40 Block II por um preço razoável, agora que o Block III está entrando em produção? Tanto é assim que quando souberam que a MB desenvolveria o MAN-1 rapidamente se dispuseram a ceder a tecnologia que fosse necessária para o Brasil produzir um equivalente ao Block II).
O que realmente acontece é que a MB não soube como definir especificações para um míssil novo, e simplesmente adotou as de um que já conhecia. Fica fácil dizer depois que assim se pode aprender a fazer um míssil razoável com pouco risco, e depois se poderá partir para coisa mais avançada. Mas o desenvolvimento tecnológico real acontece exatamente seguindo o caminho contrário, de se colocar especificações técnicas além do que já existe, e então trabalhar para atingir estas especificações. Ou então seria caso do MAN-1 não ser na verdade uma arma que será adotada pela marinha, e sim apenas um estudo acadêmico visando capacitar as equipes de projeto e desenvolvimento, e logo após sua conclusão o novo e "verdadeiro" projeto deveria ser desenvolvido, uma situação muito parecida com a do VLS. O MAN-1 sequer deveria entrar em produção (a não ser talvez na versão lançada do ar).
Mas o que foi divulgado até agora é que o MAN-1 seria sim colocado em produção como míssil "de segunda linha", e um míssil "de primeira linha" (provavelmente o Exocet blok III) seria adquirido fora para equipar os novos escoltas. E então simplesmente não haveria espaço e nem verba para o desenvolvimento de uma evolução do MAN-1. Na verdade, neste cenário não entendo porque perder tempo com ele afinal.
Leandro G. Card
O MAN-1 será plataforma para uma variedade de misseis nacionais, e todos de grande valia no cenário latino.
Podemos achar que teremos um navio avançado, mas isto não é a verdade absoluta, comprar uma Fragata nova, não significa que teremos os sistemas mais avançados, o ponto crucial é compreender o que se quer com a FREMM, eu gostaria de ver esta fragata com sistemas Brasileiros. Desta forma, se a MB quizer um navio nacional, ela pode contar que vários dos sistemas instalados na Barroso, que podem ser aproveitados nas FREMM, claro, com melhorias de grande monta.
Assim, também compreendo que o missil Mar-Mar da Fragata FREMM deva ser o MAN-1. E o missil anti aéreo, deva ser o mesmo comprado para o EB, seja Russo, seja Sul Africano, seja Europeu, dês de que possamos produzir uma nova versão nacional.
- LeandroGCard
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Esta é uma discussão interessante, vamos continuar.
A questão da especificação é independente da tecnologia, na verdade nos países com tradição na área de projetos a especificação é a principal causa do próprio desenvolvimento tecnológico.
Com relação a ele servir de base a uma variedade de mísseis nacionais, no que uma especificação inicial diferente e mais ambiciosa iria mudar isso? A única vantagem do MAN-1 será a facilidade de compatibilização com aeronaves (por seu tamanho relativamente reduzido), mas seria bastante fácil desenvolver um míssil dedicado para esta tarefa após a equipe de projeto ter dominado o desenvolvimento de mísseis com outro de especificação diferente e mais ambiciosa. Na verdade este desenvolvimento deveria até ser feito em paralelo, em parceria com a FAB. Ao invés disso teremos a estranha situação da marinha com MAN-1 e Exocet Block III e a força aérea usando Harpoon nos seus Orions!?!
Leandro G. Card
Aqui vemos um argumento que é muito utilizado, mas que se baseia em uma confusão entre especificação e tecnologia. A mesmíssima tecnologia que será utilizada no MAN-1 permitiria um míssil com alcance e ogiva maiores, e a adoção do lançamento vertical não exigiria nenhuma mágica tecnológica. É claro que o míssil resultante seria mais volumoso e pesado que um Exocet Block III ou um Harpoon, mas e daí? Em navios como as Niterói ou Inhaúma provavelmente faltaria espaço, mas as FREMM poder operar o SCALP, que também é muito maior, então qual o problema com isso? Os silos estarão lá de qualquer jeito, não há problemas em utilizar toda a sua capacidade e obter assim um míssil muito superior ao MAN-1 em desempenho, com o mesmo nível tecnológico.Strike7 escreveu: Pode parecer muito bonito na teoria. Mas se o Brasil quize-se desenvolver um míssil de ultima geração hoje, dependeria de fornecedores externos.
A questão da especificação é independente da tecnologia, na verdade nos países com tradição na área de projetos a especificação é a principal causa do próprio desenvolvimento tecnológico.
Primeiramente, para o cenário latino-americano o MAN-1 é absolutamente dispensável, com o dinheiro a ser gasto no seu desenvolvimento poderíamos simplesmente comprar um grande lote de qualquer míssil moderno e nossos vizinhos não teriam como nos acompanhar. Se o Brasil tem interesse em desenvolver mísseis localmente é porque olha para o mundo, e não apenas para a América latina.O MAN-1 será plataforma para uma variedade de misseis nacionais, e todos de grande valia no cenário latino.
Com relação a ele servir de base a uma variedade de mísseis nacionais, no que uma especificação inicial diferente e mais ambiciosa iria mudar isso? A única vantagem do MAN-1 será a facilidade de compatibilização com aeronaves (por seu tamanho relativamente reduzido), mas seria bastante fácil desenvolver um míssil dedicado para esta tarefa após a equipe de projeto ter dominado o desenvolvimento de mísseis com outro de especificação diferente e mais ambiciosa. Na verdade este desenvolvimento deveria até ser feito em paralelo, em parceria com a FAB. Ao invés disso teremos a estranha situação da marinha com MAN-1 e Exocet Block III e a força aérea usando Harpoon nos seus Orions!?!
Novamente, avanço tecnológico e especificação são coisas diferentes. As novas fragatas da MB terão vários sistemas, nacionais e importados, e entre eles estarão os silos de mísseis verticais com dimensões e capacidade de receber mísseis muito mais capazes que o MAN-1. E ao invés disso provavelmente terão que ser efetuadas modificações no desenho dos navios para a instalação de casulos inclinados de MAN-1, que ocuparão o lugar que poderia ser utilizado para outros equipamentos.Podemos achar que teremos um navio avançado, mas isto não é a verdade absoluta, comprar uma Fragata nova, não significa que teremos os sistemas mais avançados, o ponto crucial é compreender o que se quer com a FREMM, eu gostaria de ver esta fragata com sistemas Brasileiros. Desta forma, se a MB quizer um navio nacional, ela pode contar que vários dos sistemas instalados na Barroso, que podem ser aproveitados nas FREMM, claro, com melhorias de grande monta. Assim, também compreendo que o missil Mar-Mar da Fragata FREMM deva ser o MAN-1.
Aqui concordo totalmente, a MB, o EB e a FAB já deveriam estar trabalhando em uma especificação comum para seus mísseis de defesa aérea de médio alcance. Se depois o míssil escolhido seria de projeto local ou importado é outra discussão. Mas nunca ouvi nenhuma informação sobre isso, o que sei é que FAB e EB simplesmente competiram para ver a especificação de quem seria utilizada na aquisição de umas poucas unidades de um novo sistema de mísseis AA (o EB teria vencido e a compra seria do Tor russo). Enquanto isso a MB não se manifesta, e certamente se reserva o direito de escolher o míssil que quiser de acordo com suas próprias especificações. É outro problemas típico das FA’s brasileiras, a falta de coordenação, levando à perda de mais uma bela oportunidade de desenvolvimento de um sistema importante. Parece que a END simplesmente ainda “não colou”.E o missil anti aéreo, deva ser o mesmo comprado para o EB, seja Russo, seja Sul Africano, seja Europeu, dês de que possamos produzir uma nova versão nacional.
Leandro G. Card
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Mas o EB e a FAB não estavam desenvolvendo sistemas de misseis superficie - Ar em conjunto? segundo lembro era liderado pelo CTEX.
Abraço
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
É, só achei notícias de 2006, nem no site do CTEX tem informações!
atual só o mss.
http://www.ctex.eb.br/jornal_ctex/jornal_002_ctex.pdf
abraço
atual só o mss.
http://www.ctex.eb.br/jornal_ctex/jornal_002_ctex.pdf
abraço
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Loki escreveu:Mas o EB e a FAB não estavam desenvolvendo sistemas de misseis superficie - Ar em conjunto? segundo lembro era liderado pelo CTEX.
Abraço
Esse é de curto alcance.
5KM - MANPADS.
Está sendo desenvolvido pelo CTEX.
___________________________________________________________
Um futuro míssil de médio alcance deverá ser concebido tendo os atuais mísseis ar-ar como modelo.
PELO POUCO QUE SEI, parece que será uma versão construída a partir do MAA-1B.
Devem utilizar muita da tecnologia desenvolvida para o A-DARTER nesse futuro equipamento.
Recomendo um ótimo artigo:
http://pbrasil.wordpress.com/2010/04/26 ... s-misseis/Um salto maior
Paralelamente ao desenvolvimento do míssil antiaéreo de baixa altura, o departamento de ciência e tecnologia vem desenvolvendo um sistema defesa antiaérea de média altura, projeto cujas únicas informações que se tem são o orçamento estimado em R$ 300 milhões, e um cronograma de oito anos.
As características do míssl em questão apontam para uma arma leve cujo propulsor muito provavelmente será baseado no projeto MAA-1B Piranha.
Concepção artístia do míssil de média altura; Arte, Planp Brasil baseada na apresentação concedida no DCT.
As informações até agora disponibilizadas sobre este programa, não apresentam dados técnicos e referências sobre as capacidades do míssil e de seus sistemas.
Porém, é possivel projetar e até estimar que este sistema apresente características semelhantes ao do sistema norte americano “Humraam” o qual utiliza o míssil Amraam AIM-120 C7, ou sistema lançador CLAWS o qual está montado sobre o chassis de um veículo Humvee, Avenger’s High Mobility Multipurpose Wheeled Vehicle (HMMWV).
Um dado importante é que há a possibilidade do sistemas de mísseis a serem desenvolvidos operarem com dois tipos de cabeça de guagem, uma de radar semi ativo, e a outra por busca infra vermelho.
O sistema será montado no chassis de um veículo médio e cada bateria será composta por veículos lançadores e veículos radares diretores de tiro ( ou fogo).
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
12 de maio de 2010, às 08h39min
A Marinha do Brasil e a realidade orçamentária
http://www.administradores.com.br/infor ... ria/44822/
Segundo dados do Siafi 2010, disponibilizados em http://contasabertas.uol.com.br/, a dotação autorizada do Ministério da Defesa para este ano é de R$ 60,72 bilhões. Os recursos destinados às forças singulares totalizam R$ 24,55 bilhões para o Exército, R$ 16,27 bilhões para a Marinha e R$ 13,79 bilhões para a Aeronáutica (Força Aérea).
Segundo dados do Siafi 2010, disponibilizados em http://contasabertas.uol.com.br/, a dotação autorizada do Ministério da Defesa para este ano é de R$ 60,72 bilhões. Os recursos destinados às forças singulares totalizam R$ 24,55 bilhões para o Exército, R$ 16,27 bilhões para a Marinha e R$ 13,79 bilhões para a Aeronáutica (Força Aérea).
Dos recursos previstos para o Comando da Marinha, R$ 10,87 bilhões (66,8%) correspondem à despesa com pessoal e encargos sociais, R$ 960,52 milhões (5,9%) a outras despesas correntes e R$ 4,43 bilhões (27,2%) a investimentos. No total do Ministério da Defesa, tais porcentagens são de 70,3% para pessoal, 11,8% para despesas correntes e 14,9% para investimentos.
O orçamento da Marinha para este ano registra aumento dos recursos destinados aos investimentos, mas não ao custeio de outras despesas correntes. Todavia, o aumento dos investimentos deverá levar a um aumento dos gastos correntes, para assegurar a operação e a manutenção dos novos meios previstos no Plano de Equipamento e Articulação da Marinha do Brasil (PEAMB).
O total de investimentos previsto no PEAMB é de US$ 84,4 bilhões, dos quais US$ 8,95 bilhões em 2010-2014, US$ 29,36 bilhões em 2015-2022, US$ 30,50 bilhões em 2023-2030 e US$ 15,62 bilhões após 2030. A concretização de tais metas, porém, depende do fluxo contínuo de recursos financeiros, durante duas décadas.
A renovação do Poder Naval não se limita à obtenção de novos meios ou à modernização dos existentes, pois será preciso atender à demanda de pessoal qualificado e adestrado. A lei nº 12.216, sancionada em 11/03/2010, autoriza a ampliação dos quadros de pessoal militar da Marinha, com a criação de 21.507 vagas (3.507 oficiais e 18 mil praças) no período 2010-2030.
O efetivo autorizado da Marinha do Brasil deverá passar de 59,6 mil para 80,5 mil oficiais e praças até 2030, o que corresponde a um aumento de 36%. Nos próximos anos, deverão ser criadas, em média, 218 vagas para oficiais e 771 para praças por ano. Isto resultará em despesa adicional de R$ 27,9 milhões em 2010, de R$ 72,1 milhões em 2011 e de R$ 118,5 milhões em 2012.
Como o Orçamento da União não é impositivo, as verbas autorizadas são passíveis de cortes e contingenciamentos durante o exercício. Este ano, já foram anunciados cortes de R$ 21,5 bilhões, nos recursos para investimento e custeio. O Ministério da Defesa foi o mais atingido, ficando com apenas R$ 10 bilhões dos cerca de R$ 16 bilhões originalmente previstos. Da Marinha teriam sido contingenciados R$ 3,1 bilhões.
O PEAMB vem dar continuidade ao Plano de Reaparelhamento da Marinha (PRM), ora em fase de execução. A Marinha realizou estudos para determinar o quantitativo estratégico de meios flutuantes, aéreos e de fuzileiros navais necessário, numa moldura de tempo que ultrapassa 2030. Entretanto, nada garante que tais estimativas venham a se converter em encomendas firmes.
As metas prioritárias para os próximos anos incluem projetos previstos no PRM e outros que não estavam incluídos naquele plano. Tais projetos incluem a substituição de meios cuja baixa ocorreu recentemente ou deve ocorrer em breve, assim como a modernização de outros, que terão sua vida útil estendida e sua capacidade operativa atualizada.
Até 2017, deve ser concluída a modernização de cinco submarinos, a um custo total de R$ 614,9 milhões, e adquirido um lote de novos torpedos, a um custo de R$ 107,6 milhões. O programa de construção de cinco novos submarinos (quatro convencionais e um nuclear) tem seu custo estimado em 6,7 bilhões de euros. Numa primeira etapa, está prevista a instalação, até 2015, de um estaleiro e de uma base em Itaguaí (RJ).
Foi entregue o primeiro dos seis navios-patrulha de 500 toneladas encomendados, devendo os demais ser entregues até 2014, a um custo unitário de R$ 80 milhões. A construção de um lote inicial de três NPa de 1.800 toneladas (com opção para mais dois), a um custo de R$ 194,7 milhões cada um, deve ser contratada em breve. Até 2015, também serão construídos quatro NPa de 200 toneladas, para águas costeiras e fluviais, por R$ 168 milhões de custo total.
Um lote inicial de três fragatas de 6.000 toneladas (com opção para mais duas) deve ser encomendado, a um custo unitário de cerca de 450 milhões de euros. Um navio de apoio logístico (NApLog) de 20.000 toneladas (com opção para mais quatro), com custo unitário de US$ 150 milhões, também está previsto. Além disso, estão sendo modernizados o navio-aeródromo (NAe) São Paulo, os navios de escolta e diversos navios empregados no serviço de hidrografia e navegação. Estão previstas no PRM a obtenção de quatro novos helicópteros multiemprego S-70B Seahawk e a modernização de 12 helicópteros de esclarecimento e ataque AH-11A Lynx, assim como a obtenção de diversos tipos de armamento e munição. A aquisição de material para o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) também está incluída.
Constituem projetos extra-PRM a modernização de 12 aeronaves de interceptação e ataque AF-1/AF-1A Skyhawk e a obtenção de 16 helicópteros de emprego geral EH 725 Caracal, assim como a seleção, obtenção e modernização de um lote de aeronaves de alarme aéreo antecipado, transporte e reabastecimento em vôo.
Aos projetos acima, que cobrem o horizonte temporal até 2015, devem seguir-se projetos de médio e longo prazo, previstos no PEAMB. O novo plano, que visa à expansão dos meios e à revisão da articulação das forças navais, aeronavais e de fuzileiros navais, demandará consideráveis recursos. Estará o Brasil à altura de tal desafio?
Eduardo Italo Pesce
Especialista em Relações Internacionais, professor no Cepuerj e colaborador permanente do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Escola de Guerra Naval (Cepe/EGN).
A Marinha do Brasil e a realidade orçamentária
http://www.administradores.com.br/infor ... ria/44822/
Segundo dados do Siafi 2010, disponibilizados em http://contasabertas.uol.com.br/, a dotação autorizada do Ministério da Defesa para este ano é de R$ 60,72 bilhões. Os recursos destinados às forças singulares totalizam R$ 24,55 bilhões para o Exército, R$ 16,27 bilhões para a Marinha e R$ 13,79 bilhões para a Aeronáutica (Força Aérea).
Segundo dados do Siafi 2010, disponibilizados em http://contasabertas.uol.com.br/, a dotação autorizada do Ministério da Defesa para este ano é de R$ 60,72 bilhões. Os recursos destinados às forças singulares totalizam R$ 24,55 bilhões para o Exército, R$ 16,27 bilhões para a Marinha e R$ 13,79 bilhões para a Aeronáutica (Força Aérea).
Dos recursos previstos para o Comando da Marinha, R$ 10,87 bilhões (66,8%) correspondem à despesa com pessoal e encargos sociais, R$ 960,52 milhões (5,9%) a outras despesas correntes e R$ 4,43 bilhões (27,2%) a investimentos. No total do Ministério da Defesa, tais porcentagens são de 70,3% para pessoal, 11,8% para despesas correntes e 14,9% para investimentos.
O orçamento da Marinha para este ano registra aumento dos recursos destinados aos investimentos, mas não ao custeio de outras despesas correntes. Todavia, o aumento dos investimentos deverá levar a um aumento dos gastos correntes, para assegurar a operação e a manutenção dos novos meios previstos no Plano de Equipamento e Articulação da Marinha do Brasil (PEAMB).
O total de investimentos previsto no PEAMB é de US$ 84,4 bilhões, dos quais US$ 8,95 bilhões em 2010-2014, US$ 29,36 bilhões em 2015-2022, US$ 30,50 bilhões em 2023-2030 e US$ 15,62 bilhões após 2030. A concretização de tais metas, porém, depende do fluxo contínuo de recursos financeiros, durante duas décadas.
A renovação do Poder Naval não se limita à obtenção de novos meios ou à modernização dos existentes, pois será preciso atender à demanda de pessoal qualificado e adestrado. A lei nº 12.216, sancionada em 11/03/2010, autoriza a ampliação dos quadros de pessoal militar da Marinha, com a criação de 21.507 vagas (3.507 oficiais e 18 mil praças) no período 2010-2030.
O efetivo autorizado da Marinha do Brasil deverá passar de 59,6 mil para 80,5 mil oficiais e praças até 2030, o que corresponde a um aumento de 36%. Nos próximos anos, deverão ser criadas, em média, 218 vagas para oficiais e 771 para praças por ano. Isto resultará em despesa adicional de R$ 27,9 milhões em 2010, de R$ 72,1 milhões em 2011 e de R$ 118,5 milhões em 2012.
Como o Orçamento da União não é impositivo, as verbas autorizadas são passíveis de cortes e contingenciamentos durante o exercício. Este ano, já foram anunciados cortes de R$ 21,5 bilhões, nos recursos para investimento e custeio. O Ministério da Defesa foi o mais atingido, ficando com apenas R$ 10 bilhões dos cerca de R$ 16 bilhões originalmente previstos. Da Marinha teriam sido contingenciados R$ 3,1 bilhões.
O PEAMB vem dar continuidade ao Plano de Reaparelhamento da Marinha (PRM), ora em fase de execução. A Marinha realizou estudos para determinar o quantitativo estratégico de meios flutuantes, aéreos e de fuzileiros navais necessário, numa moldura de tempo que ultrapassa 2030. Entretanto, nada garante que tais estimativas venham a se converter em encomendas firmes.
As metas prioritárias para os próximos anos incluem projetos previstos no PRM e outros que não estavam incluídos naquele plano. Tais projetos incluem a substituição de meios cuja baixa ocorreu recentemente ou deve ocorrer em breve, assim como a modernização de outros, que terão sua vida útil estendida e sua capacidade operativa atualizada.
Até 2017, deve ser concluída a modernização de cinco submarinos, a um custo total de R$ 614,9 milhões, e adquirido um lote de novos torpedos, a um custo de R$ 107,6 milhões. O programa de construção de cinco novos submarinos (quatro convencionais e um nuclear) tem seu custo estimado em 6,7 bilhões de euros. Numa primeira etapa, está prevista a instalação, até 2015, de um estaleiro e de uma base em Itaguaí (RJ).
Foi entregue o primeiro dos seis navios-patrulha de 500 toneladas encomendados, devendo os demais ser entregues até 2014, a um custo unitário de R$ 80 milhões. A construção de um lote inicial de três NPa de 1.800 toneladas (com opção para mais dois), a um custo de R$ 194,7 milhões cada um, deve ser contratada em breve. Até 2015, também serão construídos quatro NPa de 200 toneladas, para águas costeiras e fluviais, por R$ 168 milhões de custo total.
Um lote inicial de três fragatas de 6.000 toneladas (com opção para mais duas) deve ser encomendado, a um custo unitário de cerca de 450 milhões de euros. Um navio de apoio logístico (NApLog) de 20.000 toneladas (com opção para mais quatro), com custo unitário de US$ 150 milhões, também está previsto. Além disso, estão sendo modernizados o navio-aeródromo (NAe) São Paulo, os navios de escolta e diversos navios empregados no serviço de hidrografia e navegação. Estão previstas no PRM a obtenção de quatro novos helicópteros multiemprego S-70B Seahawk e a modernização de 12 helicópteros de esclarecimento e ataque AH-11A Lynx, assim como a obtenção de diversos tipos de armamento e munição. A aquisição de material para o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) também está incluída.
Constituem projetos extra-PRM a modernização de 12 aeronaves de interceptação e ataque AF-1/AF-1A Skyhawk e a obtenção de 16 helicópteros de emprego geral EH 725 Caracal, assim como a seleção, obtenção e modernização de um lote de aeronaves de alarme aéreo antecipado, transporte e reabastecimento em vôo.
Aos projetos acima, que cobrem o horizonte temporal até 2015, devem seguir-se projetos de médio e longo prazo, previstos no PEAMB. O novo plano, que visa à expansão dos meios e à revisão da articulação das forças navais, aeronavais e de fuzileiros navais, demandará consideráveis recursos. Estará o Brasil à altura de tal desafio?
Eduardo Italo Pesce
Especialista em Relações Internacionais, professor no Cepuerj e colaborador permanente do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Escola de Guerra Naval (Cepe/EGN).
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Monitor Mercantil
Submarinos em parceria com a França serão construídos em Itaguaí
As obras civis do programa de construção de submarinos acertado entre Brasil e França já estão em andamento. A terraplanagem da área onde será instalada, em Itaguaí (RJ), a unidade de fabricação de estruturas metálicas já está sendo implementada. A obra deve levar 24 meses para ficar pronta e o material produzido no local será usado na montagem dos submarinos que estão sendo comprados pela Marinha do Brasil.
O Grupo francês DCNS quer aproveitar a relação estabelecida com o governo brasileiro para fechar novos contratos. O mais comentado deles no momento refere-se à possibilidade de a Marinha do Brasil comprar novas fragatas para reaparelhar a sua frota.
- Temos interesse no negócio - confirmou Eric Berthelot, principal executivo do grupo, que participou, recentemente, de uma visita à fragata Chevalier Paul, da Marinha francesa, que permanecia ancorada no porto do Rio.
Existe a possibilidade de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visite Itaguaí no início de agosto, o que marcaria de forma simbólica o início das obras civis do Pró-Sub, como é chamado o programa de construção de submarinos acertado com a França.
- O projeto está andando dentro do previsto.
A empresa francesa tem contratos com a Marinha do Brasil para a construção dos submarinos, os quais também envolvem a Odebrecht. Já houve, inclusive, adiantamentos financeiros por parte da Marinha para execução dos contratos. O programa dos submarinos totaliza investimentos de 6,7 bilhões de euros para um período de 15 anos, sendo que grande parte conta com financiamento francês.
O Pró-Sub inclui a construção dos submarinos, de um estaleiro e de uma base naval em Itaguaí, além da transferência de tecnologia da França para o Brasil e do fornecimento de armamento (mísseis). No total, o programa prevê a compra de quatro submarinos convencionais e de um casco de um submarino de propulsão nuclear.
A DCNS, grupo que tem controle do governo da França, formou uma sociedade de propósito específico (SPE) com a Odebrecht para a construção dos submarinos. A SPE foi batizada de Itaguaí Construções Navais (ICN) e tem como acionistas a Odebrecht, com 59%, e a DCNS, com 41%. A Marinha do Brasil, por meio da Emgepron, tem ação especial (golden share) que lhe dá direito de veto em algumas decisões.
Contratos - Ao todo existem cinco contratos envolvendo Marinha, DCNS e Odebrecht. Um deles refere-se ao contrato de transferência de tecnologia entre Marinha e DCNS. Há ainda o contrato com a ICN para a construção dos submarinos e outro para o fornecimento dos mísseis, além de um quarto contrato para a construção do estaleiro e da base naval, que está sob responsabilidade da Odebrecht. A expectativa é de que as obras da base naval e do estaleiro, que exigirá obra de aterro hidráulico na Baía de Sepetiba, comecem em 2011 e sejam concluídas em prazo de 48 meses. Um quinto contrato permite administrar todos os demais.
Eric Berthelot disse que a escolha da Odebrecht foi feita levando-se em conta a experiência da empresa em projetos de infraestrutura e engenharia. Ele afirmou que o primeiro dos quatro submarinos convencionais do programa deve ser entregue em 2017 e o último em 2021. A unidade de propulsão nuclear ficaria pronta em 2025.
O executivo disse que a DCNS começou a trabalhar, no fim de maio, na construção de uma parte (secção) do primeiro submarino para a Marinha do Brasil em estaleiro da empresa em Cherburgo, na França. Nessa seção participam até 130 técnicos e engenheiros brasileiros. E, depois de pronta, essa seção será transportada até o Brasil para a montagem final do submarino.
Submarinos em parceria com a França serão construídos em Itaguaí
As obras civis do programa de construção de submarinos acertado entre Brasil e França já estão em andamento. A terraplanagem da área onde será instalada, em Itaguaí (RJ), a unidade de fabricação de estruturas metálicas já está sendo implementada. A obra deve levar 24 meses para ficar pronta e o material produzido no local será usado na montagem dos submarinos que estão sendo comprados pela Marinha do Brasil.
O Grupo francês DCNS quer aproveitar a relação estabelecida com o governo brasileiro para fechar novos contratos. O mais comentado deles no momento refere-se à possibilidade de a Marinha do Brasil comprar novas fragatas para reaparelhar a sua frota.
- Temos interesse no negócio - confirmou Eric Berthelot, principal executivo do grupo, que participou, recentemente, de uma visita à fragata Chevalier Paul, da Marinha francesa, que permanecia ancorada no porto do Rio.
Existe a possibilidade de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visite Itaguaí no início de agosto, o que marcaria de forma simbólica o início das obras civis do Pró-Sub, como é chamado o programa de construção de submarinos acertado com a França.
- O projeto está andando dentro do previsto.
A empresa francesa tem contratos com a Marinha do Brasil para a construção dos submarinos, os quais também envolvem a Odebrecht. Já houve, inclusive, adiantamentos financeiros por parte da Marinha para execução dos contratos. O programa dos submarinos totaliza investimentos de 6,7 bilhões de euros para um período de 15 anos, sendo que grande parte conta com financiamento francês.
O Pró-Sub inclui a construção dos submarinos, de um estaleiro e de uma base naval em Itaguaí, além da transferência de tecnologia da França para o Brasil e do fornecimento de armamento (mísseis). No total, o programa prevê a compra de quatro submarinos convencionais e de um casco de um submarino de propulsão nuclear.
A DCNS, grupo que tem controle do governo da França, formou uma sociedade de propósito específico (SPE) com a Odebrecht para a construção dos submarinos. A SPE foi batizada de Itaguaí Construções Navais (ICN) e tem como acionistas a Odebrecht, com 59%, e a DCNS, com 41%. A Marinha do Brasil, por meio da Emgepron, tem ação especial (golden share) que lhe dá direito de veto em algumas decisões.
Contratos - Ao todo existem cinco contratos envolvendo Marinha, DCNS e Odebrecht. Um deles refere-se ao contrato de transferência de tecnologia entre Marinha e DCNS. Há ainda o contrato com a ICN para a construção dos submarinos e outro para o fornecimento dos mísseis, além de um quarto contrato para a construção do estaleiro e da base naval, que está sob responsabilidade da Odebrecht. A expectativa é de que as obras da base naval e do estaleiro, que exigirá obra de aterro hidráulico na Baía de Sepetiba, comecem em 2011 e sejam concluídas em prazo de 48 meses. Um quinto contrato permite administrar todos os demais.
Eric Berthelot disse que a escolha da Odebrecht foi feita levando-se em conta a experiência da empresa em projetos de infraestrutura e engenharia. Ele afirmou que o primeiro dos quatro submarinos convencionais do programa deve ser entregue em 2017 e o último em 2021. A unidade de propulsão nuclear ficaria pronta em 2025.
O executivo disse que a DCNS começou a trabalhar, no fim de maio, na construção de uma parte (secção) do primeiro submarino para a Marinha do Brasil em estaleiro da empresa em Cherburgo, na França. Nessa seção participam até 130 técnicos e engenheiros brasileiros. E, depois de pronta, essa seção será transportada até o Brasil para a montagem final do submarino.
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Barão do Rio Branco
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Bom, pelos lados da MB as coisas estão mesmo caminhando.
Abraços
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
LeandroGCard escreveu:Esta é uma discussão interessante, vamos continuar.
Aqui vemos um argumento que é muito utilizado, mas que se baseia em uma confusão entre especificação e tecnologia. A mesmíssima tecnologia que será utilizada no MAN-1 permitiria um míssil com alcance e ogiva maiores, e a adoção do lançamento vertical não exigiria nenhuma mágica tecnológica. É claro que o míssil resultante seria mais volumoso e pesado que um Exocet Block III ou um Harpoon, mas e daí? Em navios como as Niterói ou Inhaúma provavelmente faltaria espaço, mas as FREMM poder operar o SCALP, que também é muito maior, então qual o problema com isso? Os silos estarão lá de qualquer jeito, não há problemas em utilizar toda a sua capacidade e obter assim um míssil muito superior ao MAN-1 em desempenho, com o mesmo nível tecnológico.Strike7 escreveu: Pode parecer muito bonito na teoria. Mas se o Brasil quize-se desenvolver um míssil de ultima geração hoje, dependeria de fornecedores externos.
A questão da especificação é independente da tecnologia, na verdade nos países com tradição na área de projetos a especificação é a principal causa do próprio desenvolvimento tecnológico.
No caso do MAN-1, seria possivel desenvolver um missil maior do que o Exocet, mas não é tão simples como você disse, porque teriamos de partir do 0. Já com o MAN-1, pela sua grande semelhança com o Exocet, várias etapas serão eliminadas.
Primeiramente, para o cenário latino-americano o MAN-1 é absolutamente dispensável, com o dinheiro a ser gasto no seu desenvolvimento poderíamos simplesmente comprar um grande lote de qualquer míssil moderno e nossos vizinhos não teriam como nos acompanhar. Se o Brasil tem interesse em desenvolver mísseis localmente é porque olha para o mundo, e não apenas para a América latina.O MAN-1 será plataforma para uma variedade de misseis nacionais, e todos de grande valia no cenário latino.
Com relação a ele servir de base a uma variedade de mísseis nacionais, no que uma especificação inicial diferente e mais ambiciosa iria mudar isso? A única vantagem do MAN-1 será a facilidade de compatibilização com aeronaves (por seu tamanho relativamente reduzido), mas seria bastante fácil desenvolver um míssil dedicado para esta tarefa após a equipe de projeto ter dominado o desenvolvimento de mísseis com outro de especificação diferente e mais ambiciosa. Na verdade este desenvolvimento deveria até ser feito em paralelo, em parceria com a FAB. Ao invés disso teremos a estranha situação da marinha com MAN-1 e Exocet Block III e a força aérea usando Harpoon nos seus Orions!?!
Iria mudar drasticamente. Desenvolver uma variante a partir de um missil maior seria praticamente desenvolver um novo missil.
Em uma guerra, mais do que ter uma centena de misseis avançados, que terão de ser preservados, o importante é produzir 1000 misseis nacionais e disparar a vontade.
Novamente, avanço tecnológico e especificação são coisas diferentes. As novas fragatas da MB terão vários sistemas, nacionais e importados, e entre eles estarão os silos de mísseis verticais com dimensões e capacidade de receber mísseis muito mais capazes que o MAN-1. E ao invés disso provavelmente terão que ser efetuadas modificações no desenho dos navios para a instalação de casulos inclinados de MAN-1, que ocuparão o lugar que poderia ser utilizado para outros equipamentos.Podemos achar que teremos um navio avançado, mas isto não é a verdade absoluta, comprar uma Fragata nova, não significa que teremos os sistemas mais avançados, o ponto crucial é compreender o que se quer com a FREMM, eu gostaria de ver esta fragata com sistemas Brasileiros. Desta forma, se a MB quizer um navio nacional, ela pode contar que vários dos sistemas instalados na Barroso, que podem ser aproveitados nas FREMM, claro, com melhorias de grande monta. Assim, também compreendo que o missil Mar-Mar da Fragata FREMM deva ser o MAN-1.
O principal é desenvolver o nosso parque tecnologico, e tornarmos independetes, não importa muito a capacidade do vetor. Podemos até ter capacidade para receber misseis mais avançados, mas não temos necessidades, e neste caso é mais importante focar nas prioridades, o MAN-1 será um missil adequado as nossas necessidades, e será um instrumento de grande valor.
Aqui concordo totalmente, a MB, o EB e a FAB já deveriam estar trabalhando em uma especificação comum para seus mísseis de defesa aérea de médio alcance. Se depois o míssil escolhido seria de projeto local ou importado é outra discussão. Mas nunca ouvi nenhuma informação sobre isso, o que sei é que FAB e EB simplesmente competiram para ver a especificação de quem seria utilizada na aquisição de umas poucas unidades de um novo sistema de mísseis AA (o EB teria vencido e a compra seria do Tor russo). Enquanto isso a MB não se manifesta, e certamente se reserva o direito de escolher o míssil que quiser de acordo com suas próprias especificações. É outro problemas típico das FA’s brasileiras, a falta de coordenação, levando à perda de mais uma bela oportunidade de desenvolvimento de um sistema importante. Parece que a END simplesmente ainda “não colou”.E o missil anti aéreo, deva ser o mesmo comprado para o EB, seja Russo, seja Sul Africano, seja Europeu, dês de que possamos produzir uma nova versão nacional.
A END veio exatamente para isto, e é um dos motivos da presença da MB na discussão final do F-X, mesmo não tendo participação no programa, a MB deverá utilizar um caça padronizado, em seus novos meios. Assim, não tenho dúvidas de que a padronização englobará também a MB no caso dos misseis terra-ar do EB, até porque as expecificações até então são semelhantes.
Leandro G. Card
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Não era no final de 2020 ou início de 2021? O programa atrasou ou o jornalista se enrolou?A unidade de propulsão nuclear ficaria pronta em 2025.
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Não, em 2020 estará pronto o submarino, a planta de propulsão será bem antes.Centurião escreveu:Não era no final de 2020 ou início de 2021? O programa atrasou ou o jornalista se enrolou?A unidade de propulsão nuclear ficaria pronta em 2025.
Aonde estão as Ogivas Nucleares do Brasil???
- LeandroGCard
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Vamos lá:
O ponto é que os parâmetros operacionais escolhidos para o desenvolvimento de um míssil devem sempre refletir a espectativa de uso futuro (pois quando se toma a decisão e iniciar o desenvolvimento de um míssil já se sabe que ele entrará em operação vários anos depois), e não simplesmente o medo de dificuldades no desenvolvimento. Estas dificuldade são enfrentadas de outras formas (aumento do tamanho, parcerias tecnológicas, aquisição de um projeto existente já com as características desejadas, etc...), e não limitando o desempenho do míssil a parâmetros que se sabe de antemão o colocarão em patamar inferior de outros da mesma classe. A própria MB reconhece que o MAN-1 não atenderá completamente os seus requisitos operacionais, e fala em operá-lo juntamente com o Exocet Block III (cuja escolha me parece também influênciada pelo receio de mudanças), então fica claro que o programa está sendo guiado pelo medo, e não pela especificação. Como eu já disse, isto vale para estudos acadêmicos e demonstradores de conceito, mas não para uma arma que se quer colocar em produção.
Com relação especificamente ao desenvolvimento de outras variantes do MAN-1, a única que parece interessante seria a de lançamento aéreo, como já mencionei, pois para lançamento de terra ou de submarinos as mesmas restrições da versão naval se aplicam. Agora, o desenvolvimento de um míssil anti-navio desta categoria lançado por aviões me parece deveria ser um trabalho conjunto da MB e da FAB, e aí deveriam entrar também os desenvolvimentos que já foram feitos para o MAR-1, que está muito mais avançado que o MAN-1, e o míssil resultante novamente não teria necessariamente que ter alguma semelhança com o Exocet Block II.
Estamos já há mais de 20 anos usando esta idéia de iniciar o desenvolvimento de mísseis nacionais partindo de especificações de outros mísseis já desenvolvidos (e gerelmente já em uso) no estrangeiro, e os resultados não tem sido muito bons (Cobra, Piranha, MSS-1, etc...). Este tipo de coisa é meio que inevitável quando se está começando, mas vamos continuar começando até quando? Já passou da hora de nossas FA´s assumirem seu papel e criarem suas próprias especificações para nortear o desenvolvimento da tecnologia de mísseis nacionais, ao invés de simplesmente copiarem o que já está disponível por aí. E a criação de doutrinas próprias terá uma participação muito importante neste ponto.
Este é o próprio espírito da END. Se fosse apenas a fabricação local de sistemas que já são produzidos fora do país não seria dada ênfase ao domínio tecnológico, mas apenas à independência de fornecimento e à geração de empregos, que são objetivos muito diferentes do primeiro.
Leandro G. Card
É claro que o desenvolvimento de um míssil maior seria um pouco mais complexo que o de um exatamente do mesmo tamanho que o Exocet Block II, mas não implicaria em nada que não seja já dominado no Brasil. Lembre-se que já desenvolvemos foguetes bem maiores há vinte anos. Construir uma ogiva maior, um motor maior, aletas maiores, etc... não apresenta nenhum desafio tecnológico, e a parte realmente complexa (guiagem, sistemas de bordo, etc... serão exatamente as mesmas qualquer que seja o tamanho do míssil.Strike7 escreveu:No caso do MAN-1, seria possivel desenvolver um missil maior do que o Exocet, mas não é tão simples como você disse, porque teriamos de partir do 0. Já com o MAN-1, pela sua grande semelhança com o Exocet, várias etapas serão eliminadas.
A idéia seria exatamente desenvolver um míssil novo, ou se fosse para copiar algum que fosse um com parâmetros mais condizentes com o cenário moderno e futuro (navios acima das 5.000 ton e equipados com armamentos de alcance superior a 100 Km). Porque não copiar por exemplo o Otomat (não assinamos uma parceria tecnológica com a Itália também)? Qual a lei da natureza que dita que podemos apenas ter MAN-1? Isto é uma especificação inicial, não um mandamento divino.Iria mudar drasticamente. Desenvolver uma variante a partir de um missil maior seria praticamente desenvolver um novo missil. Com relação a utilização de Exocet-BIII, eu já disse que não há garantias. Podemos ter o MAN-1 apenas. Até porque ele deverá ser superior ou equivalente ao B-II.
Em uma guerra, mais do que ter uma centena de misseis avançados, que terão de ser preservados, o importante é produzir 1000 misseis nacionais e disparar a vontade.
O ponto é que os parâmetros operacionais escolhidos para o desenvolvimento de um míssil devem sempre refletir a espectativa de uso futuro (pois quando se toma a decisão e iniciar o desenvolvimento de um míssil já se sabe que ele entrará em operação vários anos depois), e não simplesmente o medo de dificuldades no desenvolvimento. Estas dificuldade são enfrentadas de outras formas (aumento do tamanho, parcerias tecnológicas, aquisição de um projeto existente já com as características desejadas, etc...), e não limitando o desempenho do míssil a parâmetros que se sabe de antemão o colocarão em patamar inferior de outros da mesma classe. A própria MB reconhece que o MAN-1 não atenderá completamente os seus requisitos operacionais, e fala em operá-lo juntamente com o Exocet Block III (cuja escolha me parece também influênciada pelo receio de mudanças), então fica claro que o programa está sendo guiado pelo medo, e não pela especificação. Como eu já disse, isto vale para estudos acadêmicos e demonstradores de conceito, mas não para uma arma que se quer colocar em produção.
Com relação especificamente ao desenvolvimento de outras variantes do MAN-1, a única que parece interessante seria a de lançamento aéreo, como já mencionei, pois para lançamento de terra ou de submarinos as mesmas restrições da versão naval se aplicam. Agora, o desenvolvimento de um míssil anti-navio desta categoria lançado por aviões me parece deveria ser um trabalho conjunto da MB e da FAB, e aí deveriam entrar também os desenvolvimentos que já foram feitos para o MAR-1, que está muito mais avançado que o MAN-1, e o míssil resultante novamente não teria necessariamente que ter alguma semelhança com o Exocet Block II.
Concordo até certo ponto, a capacidade do sistema não pode ser desprezada. De que adiantaria sermos absolutamente independentes na produção de tanques Centurion ou caças F-4, em pleno século XXI? A criação do parque industrial nacional é a meta mais importante, mas istó será possível quando se dominar o ciclo de desenvolvimento dos armamentos, o que inclui necessariamente a definição de especificações próprias, adequadas às aplicações nas FA´s nacionais. Não adianta nada termos uma fábrica totalmente nacional produzindo fuscas.O principal é desenvolver o nosso parque tecnologico, e tornarmos independetes, não importa muito a capacidade do vetor. Podemos até ter capacidade para receber misseis mais avançados, mas não temos necessidades, e neste caso é mais importante focar nas prioridades, o MAN-1 será um missil adequado as nossas necessidades, e será um instrumento de grande valor, aliado as capacidades e baixa assinatura da Fragata FREMM.
A END veio exatamente para isto, e é um dos motivos da presença da MB na discussão final do F-X, mesmo não tendo participação no programa, a MB deverá utilizar um caça padronizado, em seus novos meios. Assim, não tenho dúvidas de que a padronização englobará também a MB no caso dos misseis terra-ar do EB, até porque as expecificações até então são semelhantes.
Estamos já há mais de 20 anos usando esta idéia de iniciar o desenvolvimento de mísseis nacionais partindo de especificações de outros mísseis já desenvolvidos (e gerelmente já em uso) no estrangeiro, e os resultados não tem sido muito bons (Cobra, Piranha, MSS-1, etc...). Este tipo de coisa é meio que inevitável quando se está começando, mas vamos continuar começando até quando? Já passou da hora de nossas FA´s assumirem seu papel e criarem suas próprias especificações para nortear o desenvolvimento da tecnologia de mísseis nacionais, ao invés de simplesmente copiarem o que já está disponível por aí. E a criação de doutrinas próprias terá uma participação muito importante neste ponto.
Este é o próprio espírito da END. Se fosse apenas a fabricação local de sistemas que já são produzidos fora do país não seria dada ênfase ao domínio tecnológico, mas apenas à independência de fornecimento e à geração de empregos, que são objetivos muito diferentes do primeiro.
Leandro G. Card