Pergunta deveras interessante...eur2 escreveu:onde esta as ong que se entrometem tanto nos paises dos outros, não se manifestam contra a calamidade da petrolifera bp no golfo do mexico, tudo quietinho, tem coisa errada nisto
ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
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- Ilya Ehrenburg
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
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Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
Ilya Ehrenburg
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Olha, o que está vazando lá deve corresponder a algumas décadas de queimadas e desmantamento aqui.
Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
voces que tem conhecimento e abrange uma área (nacional e internacional ) deveriam abrir um topico sobre isto, hoje todas as classes sociais tem computador, a cada dia a classe mais pobre ta entrando na internet, são meios de trazer conhecimento a nação, estas ong são como heróis para a nação
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Estao abrindo a boca sim . Obama ja proibiu novas perfuracoes em aguas profundas no golfo e fez a BP abrir uma conta de 20 bilhoes de dolares para limpeza e indenizacoes .Ilya Ehrenburg escreveu:Pergunta deveras interessante...eur2 escreveu:onde esta as ong que se entrometem tanto nos paises dos outros, não se manifestam contra a calamidade da petrolifera bp no golfo do mexico, tudo quietinho, tem coisa errada nisto
Isso parece ser somente a ponta do iceberg ...
"O comunismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. Sua virtude inerente é a distribuição equitativa da miséria".
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- Clermont
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
É, parece que o jogo já acabou sem nem ter começado..."A eleição nós já perdemos, não podemos perder o caráter. Tentaram me isolar, mas não conseguiram apoio.”
Presidente do DEM, Rodrigo Maia, sobre as eleições e a tentativa do PSDB de emplacar Álvaro Dias como vice de Serra.
Também, com aquele último horário político do PTB, no qual o Jefferson ousou falar em "moralidade", "decência", ao pedir votos para José Serra, com este bem do lado, tirou qualquer mínimo resquício de credibilidade do PSDB. Ah, é claro: o PT não tem nenhuma, tampouco, mas, este é o problema. Entre dois partidos de tratantes, a maioria do povo brasileiro dos dias de hoje, escolherá ficar com aquele cujo chefe é mais simpático e popular.
Adivinhem só quem...
Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Que isso?!? Tá tudo nor-MAL!!!Clermont escreveu:"A eleição nós já perdemos, não podemos perder o caráter. Tentaram me isolar, mas não conseguiram apoio.”
Presidente do DEM, Rodrigo Maia, sobre as eleições e a tentativa do PSDB de emplacar Álvaro Dias como vice de Serra.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
- Valdemort
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Clermont escreveu:É, parece que o jogo já acabou sem nem ter começado..."A eleição nós já perdemos, não podemos perder o caráter. Tentaram me isolar, mas não conseguiram apoio.”
Presidente do DEM, Rodrigo Maia, sobre as eleições e a tentativa do PSDB de emplacar Álvaro Dias como vice de Serra.
Também, com aquele último horário político do PTB, no qual o Jefferson ousou falar em "moralidade", "decência", ao pedir votos para José Serra, com este bem do lado, tirou qualquer mínimo resquício de credibilidade do PSDB. Ah, é claro: o PT não tem nenhuma, tampouco, mas, este é o problema. Entre dois partidos de tratantes, a maioria do povo brasileiro dos dias de hoje, escolherá ficar com aquele cujo chefe é mais simpático e popular.
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"O comunismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. Sua virtude inerente é a distribuição equitativa da miséria".
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Para onde apontam os números
Marcos Coimbra (da Vox Populi)
Saiu uma nova pesquisa nacional do Ibope, que confirma as que foram feitas recentemente pela Vox Populi e pela Sensus. Os dois institutos já antecipavam o que agora indica o Ibope, talvez por utilizarem amostras mais sensíveis.
Nessa pesquisa, a vantagem de Dilma sobre Serra – ela com 40% das intenções de voto, ele com 35% – é ainda pequena, perto da margem de erro de 2 pontos percentuais, se raciocinarmos com o pior cenário para a candidata do PT (no qual ela teria 38%) e o melhor para o do PSDB (em que ele ficaria com 37%). Como essa conjugação é pouco provável, o mais certo é afirmar que ela assume a dianteira, mas sem se distanciar do adversário. Se fosse só isso, caberia apenas dizer que a pesquisa é boa para Dilma.
Na verdade, porém, ela é melhor do que parece à primeira vista, o que permite dizer que é muito favorável à petista.
De um lado, ela mostra que Dilma continua a crescer tirando votos de Serra, em um processo análogo ao que a matemática chama “jogo de soma-zero”.Nele, o ganho de um é idêntico ao prejuízo do outro, o que produz um saldo sempre nulo: mais cinco menos cinco é igual a zero.
Na política, isso acontece quando só existem dois candidatos de direito (por exemplo, no segundo turno) ou de fato (como está ocorrendo agora, quando perto de 80% dos eleitores ficam entre Dilma e Serra). Somente 20% ainda não sabem o que farão ou pensam fazer diferente: votar em outros nomes, anular ou deixar em branco. Como quase não há alterações nos nulos e brancos e Marina não se mexe, permanecendo estacionada nas pesquisas de todos os institutos há algum tempo, as únicas mudanças se dão entre as pessoas que saem de Serra e vão para Dilma (ou vice-versa, mas em proporção muito menor).
Quanto à pequena indecisão residual no voto estimulado, ela decorre da dificuldade que as campanhas têm de atingir algumas faixas do eleitorado refratárias à comunicação política, formadas por eleitores que podem, em muitos casos, continuar tão indecisos até o final que sequer comparecerão para votar.
Para Dilma, o bom, nesse processo, é que, a cada deslocamento de eleitores de Serra para ela, os números dobram. Por exemplo: se Serra perder outros três pontos e ela os receber, a distância entre os dois subirá seis pontos.
Se, então, estiver em curso (como parece) essa tendência, a perspectiva de vitória da candidata do PT no primeiro turno se torna concreta, mesmo imaginando que Marina não mingue e até cresça um pouco. Quanto aos nanicos, alguns respeitáveis, tudo indica que a possibilidade de crescimento é remota.
A segunda razão da nova pesquisa do Ibope ser tão favorável a Dilma é o período de realização. Seu campo foi iniciado no dia seguinte à veiculação do programa do PSDB em rede nacional e prosseguiu enquanto estavam no ar suas inserções, logo após a propaganda do DEM e do PPS, igualmente dedicadas a Serra. O fato de toda essa mídia não ter conseguido, ao que parece, provocar o aumento de suas intenções de voto, era previsível, mas veio como ducha de água fria naqueles que torciam para que melhorassem.
Não havia, no entanto, maiores motivos para imaginar que Serra iria crescer. Como acontecera no fim de 2009 em situação semelhante (quando ele coestrelou com Aécio a propaganda tucana, sem subir), voltamos a ver que seu nível de conhecimento é tão elevado que ele não ganha quando seu tempo de televisão aumenta. Em linguagem publicitária: sua imagem parece ter atingido o ponto de saturação, a partir do qual novos investimentos em propaganda apresentam retorno decrescente ou, quem sabe, negativo (quando há risco de perda de imagem com mais exposição).
Na interpretação amiga de quem deseja que ele vença, houve quem dissesse que foi a Copa do Mundo que o prejudicou, como se o interesse por ela fizesse com que a opinião pública ficasse indiferente à comunicação política enquanto a bola rola. A tese seria admissível se não fosse contrariada por tudo o que conhecemos de eleições passadas, como a de 2002, quando Ciro Gomes cresceu mais de 15 pontos em plena Copa, impulsionado pela propaganda partidária que, desta feita, não ajudou Serra.
Com a perspectiva de encerramento da fase de pré-campanha com Dilma em clara dianteira, a eleição pode se encaminhar para uma definição antecipada: talvez comecemos a etapa final, da propaganda na televisão e no rádio, com a eleição resolvida na cabeça da maioria dos eleitores. Para que isso se confirme, falta pouco.
Comentário
É evidente a diferença de peso entre as análises de Coimbra e os jornalistas-analistas da mídia. Depois de identificar uma tendência central nas eleições – a de que o crescimento de Dilma seria paralelo ao grau de conhecimento dos eleitores do fato de que é candidata de Lula -, solta mas uma avaliação decisiva: a de que a imagem de Serra atingiu ponto de saturação e que isso embotou qualquer eficácia na exposição dela no horário gratuito.
Ainda por sobre, ainda disparou uma ironia sobre as avaliações “amigas” de que o horário gratuito foi atrapalhado pela Copa.
De onde vem essa saturação? Da forma exagerada com que meios de comunicação vêm divulgando sua imagem, do fato de ter uma imagem pesada, não simpática, e do fato da imagem não vir acompanhada de discurso – o que a torna tão previsível que o aumento da exposição cansa.
Em: http://www.conversaafiada.com.br/politi ... no-nassif/
Um fraternal abraço,
Marcos Coimbra (da Vox Populi)
Saiu uma nova pesquisa nacional do Ibope, que confirma as que foram feitas recentemente pela Vox Populi e pela Sensus. Os dois institutos já antecipavam o que agora indica o Ibope, talvez por utilizarem amostras mais sensíveis.
Nessa pesquisa, a vantagem de Dilma sobre Serra – ela com 40% das intenções de voto, ele com 35% – é ainda pequena, perto da margem de erro de 2 pontos percentuais, se raciocinarmos com o pior cenário para a candidata do PT (no qual ela teria 38%) e o melhor para o do PSDB (em que ele ficaria com 37%). Como essa conjugação é pouco provável, o mais certo é afirmar que ela assume a dianteira, mas sem se distanciar do adversário. Se fosse só isso, caberia apenas dizer que a pesquisa é boa para Dilma.
Na verdade, porém, ela é melhor do que parece à primeira vista, o que permite dizer que é muito favorável à petista.
De um lado, ela mostra que Dilma continua a crescer tirando votos de Serra, em um processo análogo ao que a matemática chama “jogo de soma-zero”.Nele, o ganho de um é idêntico ao prejuízo do outro, o que produz um saldo sempre nulo: mais cinco menos cinco é igual a zero.
Na política, isso acontece quando só existem dois candidatos de direito (por exemplo, no segundo turno) ou de fato (como está ocorrendo agora, quando perto de 80% dos eleitores ficam entre Dilma e Serra). Somente 20% ainda não sabem o que farão ou pensam fazer diferente: votar em outros nomes, anular ou deixar em branco. Como quase não há alterações nos nulos e brancos e Marina não se mexe, permanecendo estacionada nas pesquisas de todos os institutos há algum tempo, as únicas mudanças se dão entre as pessoas que saem de Serra e vão para Dilma (ou vice-versa, mas em proporção muito menor).
Quanto à pequena indecisão residual no voto estimulado, ela decorre da dificuldade que as campanhas têm de atingir algumas faixas do eleitorado refratárias à comunicação política, formadas por eleitores que podem, em muitos casos, continuar tão indecisos até o final que sequer comparecerão para votar.
Para Dilma, o bom, nesse processo, é que, a cada deslocamento de eleitores de Serra para ela, os números dobram. Por exemplo: se Serra perder outros três pontos e ela os receber, a distância entre os dois subirá seis pontos.
Se, então, estiver em curso (como parece) essa tendência, a perspectiva de vitória da candidata do PT no primeiro turno se torna concreta, mesmo imaginando que Marina não mingue e até cresça um pouco. Quanto aos nanicos, alguns respeitáveis, tudo indica que a possibilidade de crescimento é remota.
A segunda razão da nova pesquisa do Ibope ser tão favorável a Dilma é o período de realização. Seu campo foi iniciado no dia seguinte à veiculação do programa do PSDB em rede nacional e prosseguiu enquanto estavam no ar suas inserções, logo após a propaganda do DEM e do PPS, igualmente dedicadas a Serra. O fato de toda essa mídia não ter conseguido, ao que parece, provocar o aumento de suas intenções de voto, era previsível, mas veio como ducha de água fria naqueles que torciam para que melhorassem.
Não havia, no entanto, maiores motivos para imaginar que Serra iria crescer. Como acontecera no fim de 2009 em situação semelhante (quando ele coestrelou com Aécio a propaganda tucana, sem subir), voltamos a ver que seu nível de conhecimento é tão elevado que ele não ganha quando seu tempo de televisão aumenta. Em linguagem publicitária: sua imagem parece ter atingido o ponto de saturação, a partir do qual novos investimentos em propaganda apresentam retorno decrescente ou, quem sabe, negativo (quando há risco de perda de imagem com mais exposição).
Na interpretação amiga de quem deseja que ele vença, houve quem dissesse que foi a Copa do Mundo que o prejudicou, como se o interesse por ela fizesse com que a opinião pública ficasse indiferente à comunicação política enquanto a bola rola. A tese seria admissível se não fosse contrariada por tudo o que conhecemos de eleições passadas, como a de 2002, quando Ciro Gomes cresceu mais de 15 pontos em plena Copa, impulsionado pela propaganda partidária que, desta feita, não ajudou Serra.
Com a perspectiva de encerramento da fase de pré-campanha com Dilma em clara dianteira, a eleição pode se encaminhar para uma definição antecipada: talvez comecemos a etapa final, da propaganda na televisão e no rádio, com a eleição resolvida na cabeça da maioria dos eleitores. Para que isso se confirme, falta pouco.
Comentário
É evidente a diferença de peso entre as análises de Coimbra e os jornalistas-analistas da mídia. Depois de identificar uma tendência central nas eleições – a de que o crescimento de Dilma seria paralelo ao grau de conhecimento dos eleitores do fato de que é candidata de Lula -, solta mas uma avaliação decisiva: a de que a imagem de Serra atingiu ponto de saturação e que isso embotou qualquer eficácia na exposição dela no horário gratuito.
Ainda por sobre, ainda disparou uma ironia sobre as avaliações “amigas” de que o horário gratuito foi atrapalhado pela Copa.
De onde vem essa saturação? Da forma exagerada com que meios de comunicação vêm divulgando sua imagem, do fato de ter uma imagem pesada, não simpática, e do fato da imagem não vir acompanhada de discurso – o que a torna tão previsível que o aumento da exposição cansa.
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Um fraternal abraço,
.'.
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Mas que absurdo aquilo né?Clermont escreveu:É, parece que o jogo já acabou sem nem ter começado..."A eleição nós já perdemos, não podemos perder o caráter. Tentaram me isolar, mas não conseguiram apoio.”
Presidente do DEM, Rodrigo Maia, sobre as eleições e a tentativa do PSDB de emplacar Álvaro Dias como vice de Serra.
Também, com aquele último horário político do PTB, no qual o Jefferson ousou falar em "moralidade", "decência", ao pedir votos para José Serra, com este bem do lado, tirou qualquer mínimo resquício de credibilidade do PSDB. Ah, é claro: o PT não tem nenhuma, tampouco, mas, este é o problema. Entre dois partidos de tratantes, a maioria do povo brasileiro dos dias de hoje, escolherá ficar com aquele cujo chefe é mais simpático e popular.
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A oposição desse país caducou... A não ser que a Dilma se complique nos debates, teremos PAC 2,3,4...
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
SERGIO GUERRA, COORDENADOR DE SERRA, ADMITE À CBN: A VACA BORDEJA O BREJO
O coordenador da campanha tucana, Sergio Guerra, em entrevista nesta 2º feira à CBN, admitiu que o desentendimento com os DEMOS em torno do vice de Serra pode 'comprometer a vitória'. O desalento de Guerra ecoa percepção mais ampla antecipada pelo líder DEMO, Cesar Maia, no domingo,após reunião de cúpula do seu partido no Rio. Na avaliação de Maia, segundo o jornal O Globo, a eleição foi perdida no momento em que o candidato escolhido foi Serra, e não o ex-governador mineiro Aécio Neves. A sensação de que a vaca bordeja o brejo generaliza-se e o clima de velório transpira até nas colunas de aguerridos 'analistas' tucanos nesta 2º feira, quando os jornais adicionaram três dados sintomáticos de um derretimento em marcha: 1) na convenção do PSDB, no Ceará, Tasso Jereissati não mencionou o nome de Serra em seu discurso; 2) a mesma omissão ocorreu na reunião gaucha dos tucanos, em que Yeda Crusius ignorou o candidato do seu partido à presidencia; 3) em Minas, na convenção do PSDB no final de semana, Aécio fez um longo discurso e reservou uma frase protocolar --uma só-- à Serra. Ao seu lado, Itamar também discurou e não fez qualquer menção à campanha presidencial tucana. Nesta 2º feira, os DEMOS têm uma reunião com Serra, naquela que seria a última tentativa de reverter a escolha de Alvaro Dias para vice na chapa de oposição a Lula e Dilma. A intenção seria dar um ultimato: ou o cargo será ocupado por um representante do partido, ou a agremiação romperá a aliança. Dois minutos e nove segundos de propaganda eleitoral estão em jogo. Ainda que a ruptura não ocorra oficialmente --até porque os DEMOS não tem alternativa à extinção política se não apostar em Serra-- fica difícil imaginar uma adesão mais que formal de lideranças ressentidas, como é o caso de Cesar Maia, que dispensa ao ex-governador de SP o mesmo pouco caso percebido entre as fileiras tucanas de MG, após o passa-moleque aplicado em Aécio Neves. O agora indisfarçável mal-estar entre DEMOS e PSDB reavivou uma tese curiosa, quase desesperada. Circula nos meios acadêmicos, sobretudo em franjas que ainda enxergam em Serra um ‘desenvolvimentista’ (‘de boca’, retrucaria Maria da Conceição Tavares) um mito eleitoral: Serra teria como plano concorrer à presidência com o apoio da direita e da extrema-direita acantonadas nos DEMOS para --se vencer o pleito-- dar um golpe, alijando os apoiadores incômodos de qualquer influencia em um hipotético governo. O tratamento dispensado ao ex-PFL na questão da vice reforçaria essa tese, segundo alguns amigos do ex-governador de SP. O raciocínio generoso dos academicos esbarra, entre outros fatores, num pequeno detalhe: desde quando Alvaro Dias é sinônimo de ruptura progressista?
(Carta Maior, com informações O Globo, Estadão e Valor; 28-06 )
Em: http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm
Um fraternal abraço,
O coordenador da campanha tucana, Sergio Guerra, em entrevista nesta 2º feira à CBN, admitiu que o desentendimento com os DEMOS em torno do vice de Serra pode 'comprometer a vitória'. O desalento de Guerra ecoa percepção mais ampla antecipada pelo líder DEMO, Cesar Maia, no domingo,após reunião de cúpula do seu partido no Rio. Na avaliação de Maia, segundo o jornal O Globo, a eleição foi perdida no momento em que o candidato escolhido foi Serra, e não o ex-governador mineiro Aécio Neves. A sensação de que a vaca bordeja o brejo generaliza-se e o clima de velório transpira até nas colunas de aguerridos 'analistas' tucanos nesta 2º feira, quando os jornais adicionaram três dados sintomáticos de um derretimento em marcha: 1) na convenção do PSDB, no Ceará, Tasso Jereissati não mencionou o nome de Serra em seu discurso; 2) a mesma omissão ocorreu na reunião gaucha dos tucanos, em que Yeda Crusius ignorou o candidato do seu partido à presidencia; 3) em Minas, na convenção do PSDB no final de semana, Aécio fez um longo discurso e reservou uma frase protocolar --uma só-- à Serra. Ao seu lado, Itamar também discurou e não fez qualquer menção à campanha presidencial tucana. Nesta 2º feira, os DEMOS têm uma reunião com Serra, naquela que seria a última tentativa de reverter a escolha de Alvaro Dias para vice na chapa de oposição a Lula e Dilma. A intenção seria dar um ultimato: ou o cargo será ocupado por um representante do partido, ou a agremiação romperá a aliança. Dois minutos e nove segundos de propaganda eleitoral estão em jogo. Ainda que a ruptura não ocorra oficialmente --até porque os DEMOS não tem alternativa à extinção política se não apostar em Serra-- fica difícil imaginar uma adesão mais que formal de lideranças ressentidas, como é o caso de Cesar Maia, que dispensa ao ex-governador de SP o mesmo pouco caso percebido entre as fileiras tucanas de MG, após o passa-moleque aplicado em Aécio Neves. O agora indisfarçável mal-estar entre DEMOS e PSDB reavivou uma tese curiosa, quase desesperada. Circula nos meios acadêmicos, sobretudo em franjas que ainda enxergam em Serra um ‘desenvolvimentista’ (‘de boca’, retrucaria Maria da Conceição Tavares) um mito eleitoral: Serra teria como plano concorrer à presidência com o apoio da direita e da extrema-direita acantonadas nos DEMOS para --se vencer o pleito-- dar um golpe, alijando os apoiadores incômodos de qualquer influencia em um hipotético governo. O tratamento dispensado ao ex-PFL na questão da vice reforçaria essa tese, segundo alguns amigos do ex-governador de SP. O raciocínio generoso dos academicos esbarra, entre outros fatores, num pequeno detalhe: desde quando Alvaro Dias é sinônimo de ruptura progressista?
(Carta Maior, com informações O Globo, Estadão e Valor; 28-06 )
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Ignorada por Serra, convenção do PPS expõe crise na oposição
RIO DE JANEIRO – Era para ser uma festa, mas o principal convidado sequer compareceu. Realizada na noite de sábado (26) em um hotel no Rio de Janeiro, a convenção nacional do PPS homologou a participação do partido na aliança de sustentação ao candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra. Aguardado para pronunciar o discurso de encerramento da convenção, o candidato tucano, no entanto, desistiu na última hora de fazer a viagem de Manaus - onde se encontrava após participar da festa do boi em Parintins - ao Rio, para frustração dos militantes do PPS e dos candidatos a deputado presentes.
O maior constrangimento coube ao presidente nacional do PPS, Roberto Freire. Certo da presença de Serra, ele fez com que a convenção, marcada para as 17h, começasse com quase três horas de atraso. Quando decidiu começar seu discurso de abertura mesmo sem a presença do tucano, Freire foi logo interrompido pelo toque de seu celular: “É o Serra”, disse, antes de deixar o palco por alguns minutos. Quando retornou, visivelmente constrangido, Freire pediu desculpas, avisou que Serra não apareceria e transmitiu um recado do tucano.
“Estávamos aguardando a confirmação da vinda do Serra. Ele chegou no Amazonas (sic) agora, vindo de Parintins, e não poderá esta aqui. Mas, ele mandou um abraço aos camaradas do PPS. Ele lamenta, mas chegou em Manaus realmente estourado e não teria tempo de estar aqui”, disse Freire, antes de acrescentar: “O Serra manda dizer que está firme e que é importante nós todos sabermos que ele não é alguém que morre apenas com a zoada de um tiro”.
A “zoada” citada por Freire tem múltiplas origens. A maior delas é o resultado da última pesquisa divulgada pelo Ibope, que mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff, com 40% das intenções de voto e pela primeira vez consolidada à frente de Serra, que aparece com 35%. Outro problema para o tucano é a crise instalada em sua aliança desde o anúncio de que o vice em sua chapa será o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Para completar, o clima entre o PSDB e o PPS no Rio azedou desde que a direção nacional tucana tentou emplacar um candidato próprio ao Senado em detrimento da candidatura de Marcelo Cerqueira (PPS). Tudo isso explica a ausência de Serra, mas o desânimo dos cerca de 300 militantes do PPS presentes à convenção nacional do partido com a falta do “dono da festa” era contagiante.
...
Em : http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=16741
Um fraternal abraço,
RIO DE JANEIRO – Era para ser uma festa, mas o principal convidado sequer compareceu. Realizada na noite de sábado (26) em um hotel no Rio de Janeiro, a convenção nacional do PPS homologou a participação do partido na aliança de sustentação ao candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra. Aguardado para pronunciar o discurso de encerramento da convenção, o candidato tucano, no entanto, desistiu na última hora de fazer a viagem de Manaus - onde se encontrava após participar da festa do boi em Parintins - ao Rio, para frustração dos militantes do PPS e dos candidatos a deputado presentes.
O maior constrangimento coube ao presidente nacional do PPS, Roberto Freire. Certo da presença de Serra, ele fez com que a convenção, marcada para as 17h, começasse com quase três horas de atraso. Quando decidiu começar seu discurso de abertura mesmo sem a presença do tucano, Freire foi logo interrompido pelo toque de seu celular: “É o Serra”, disse, antes de deixar o palco por alguns minutos. Quando retornou, visivelmente constrangido, Freire pediu desculpas, avisou que Serra não apareceria e transmitiu um recado do tucano.
“Estávamos aguardando a confirmação da vinda do Serra. Ele chegou no Amazonas (sic) agora, vindo de Parintins, e não poderá esta aqui. Mas, ele mandou um abraço aos camaradas do PPS. Ele lamenta, mas chegou em Manaus realmente estourado e não teria tempo de estar aqui”, disse Freire, antes de acrescentar: “O Serra manda dizer que está firme e que é importante nós todos sabermos que ele não é alguém que morre apenas com a zoada de um tiro”.
A “zoada” citada por Freire tem múltiplas origens. A maior delas é o resultado da última pesquisa divulgada pelo Ibope, que mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff, com 40% das intenções de voto e pela primeira vez consolidada à frente de Serra, que aparece com 35%. Outro problema para o tucano é a crise instalada em sua aliança desde o anúncio de que o vice em sua chapa será o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Para completar, o clima entre o PSDB e o PPS no Rio azedou desde que a direção nacional tucana tentou emplacar um candidato próprio ao Senado em detrimento da candidatura de Marcelo Cerqueira (PPS). Tudo isso explica a ausência de Serra, mas o desânimo dos cerca de 300 militantes do PPS presentes à convenção nacional do partido com a falta do “dono da festa” era contagiante.
...
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- Edu Lopes
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
E a ornitorrinco já declarou ser favorável ao golpe do Voto de Lista. Aos poucos vão nos tomando o pode de decidir os futuros da nação.Promessas da criatura
O Estado de S.Paulo
A criatura pode fazer mais que o criador, mas sem dispensar sua ajuda, segundo a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. Ela prometeu, se eleita, realizar uma reforma para reduzir a zero a tributação dos investimentos e de insumos essenciais à produção e ao desenvolvimento, como a eletricidade. O presidente Lula em breve completará oito anos de governo sem ter reformado o sistema tributário. De fato, ele não produziu nenhuma grande transformação institucional, porque nunca se dispôs a negociar um projeto politicamente complicado. Logo, a candidata oficial deve julgar-se mais preparada para a tarefa que o inventor de sua candidatura. Segundo a ex-ministra, Lula poderá ajudá-la a obter a aprovação de reformas, participando da vida política na condição de ex-presidente. Como poderá ajudar, ela não explicou. O que não fez em oito anos no poder, ajudará interposta pessoa a fazer em quatro?
As mudanças tributárias prometidas pela candidata petista foram discutidas e propostas por especialistas há muitos anos e têm sido reivindicadas há longo tempo pelo setor privado. Não há em seu discurso nenhuma ideia nova. Também não há nenhuma grande inovação positiva em seu currículo. Numa entrevista gravada para a TV Cultura, ela disse haver coordenado todos os programas do governo Lula e apontou esse trabalho como prova de sua experiência administrativa. O balanço desse trabalho, no entanto, é devastador para a reputação de qualquer gerente. Projetos de grande importância para o País - como o da reforma tributária - acabaram desfigurados e empacados no Congresso. Alguns, como o das agências de regulação, foram combatidos nos seus pontos mais positivos, porque vários ministros do governo petista, incluída a candidata à Presidência, nunca aceitaram a ideia de autonomia operacional. A experiência nos países desenvolvidos mostra a importância dessa autonomia para o bom funcionamento das agências. Mas o governo Lula preferiu incluir as agências no loteamento político do setor público.
Pode-se também avaliar a experiência administrativa da ex-ministra pelos números do Programa de Aceleração do Crescimento, um dos grandes fiascos de sua carreira gerencial. Desde o lançamento do programa, em 2008, até o mês passado, o Tesouro só investiu no programa R$ 43,8 bilhões, 47% do previsto para o período. A candidata Dilma Rousseff chefiou a Casa Civil até 31 de março e deixou o governo em seguida para cuidar só da campanha eleitoral, mas o padrão administrativo do Planalto não mudou.
Neste ano, de janeiro a maio, a execução foi bem melhor que nos anos anteriores, mas, apesar disso, o total desembolsado pelo Tesouro, R$ 7,1 bilhões, correspondeu a modestíssimos 25% do total previsto para o programa no Orçamento.
Como de costume, o total investido pelas estatais - e não incluído nessa conta - dependeu quase exclusivamente de uma empresa, a Petrobrás. Mas os projetos dessa empresa nunca dependeram de fato da coordenação do PAC. Se dependessem, teriam emperrado. Quando se considera o total de investimentos sob responsabilidade do Tesouro - R$ 62,3 bilhões em 2010 -, o resultado é igualmente desabonador: só R$ 15,3 bilhões, 25% do valor autorizado para o ano, foram liquidados até maio, e isso inclui restos a pagar.
Como administradora, a candidata petista é uma representante fiel desse padrão gerencial. Em relação a reformas importantes e complexas, seu currículo de realizações é tão bom quanto o do presidente Lula, isto é, praticamente nulo.
Mas o governo federal foi não só incapaz de modernizar o sistema tributário durante os quase oito anos do presidente Lula. Além de não fazer a reforma, aumentou de forma contínua a carta tributária sobre indivíduos e sobre empresas. Esse aumento foi usado para financiar gastos crescentes de um governo empreguista e empenhado em distribuir bondades com base em critérios obscuros. Sem abandonar esses costumes, nenhum governo fará mudanças importantes na tributação. Mas a mudança de costumes não consta da pauta da candidata oficial.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 4055,0.php
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
MUDAR OU CONTINUAR.
De Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi - Correio Braziliense/Blog do Noblat - 30.06.10.
Já faz algum tempo, começou a se generalizar no meio político a convicção de que Dilma vai ganhar as eleições. Embora nem todos admitam, é o que pensam até as principais lideranças da oposição, assim como a quase totalidade dos formadores de opinião e da imprensa. Para consumo externo, continuam a dizer que o processo está aberto, que nada está definido. Mas não é o que, no íntimo, acreditam que vai acontecer.
Do lado governista, nem se fala. Não é de agora que os principais estrategistas do Planalto e do PT trabalham com o cenário de crescimento e vitória da candidata de Lula. A rigor, é nisso que apostam desde 2008, quando o presidente deixou claras duas coisas: que ele próprio não tentaria mudar as regras do jogo para disputar um terceiro mandato; e que achava que conseguiria ganhar as eleições através de alguém que o representasse.
Tudo que está acontecendo na sua sucessão, até o momento, confirma seu cálculo. Ele não se baseava no que diziam as pesquisas sobre as intenções de voto do conjunto do eleitorado. Ao contrário, o raciocínio sempre foi sobre o potencial de crescimento de uma candidatura identificada com ele e o governo, avaliados, pela grande maioria da população, como ótimos ou bons.
Nunca foi relevante considerar os resultados agregados das pesquisas (que são os que a imprensa normalmente divulga), pois misturavam respostas de quem sabia e quem não sabia qual era a candidatura apoiada por Lula. Enquanto não aumentasse a proporção dos que tinham essa informação, a vantagem de Serra era ilusória e não preocupava quem, no PT, sabia fazer as contas.
É de se notar que, na oposição, as pessoas pensaram de maneira oposta. A opção por Serra, em detrimento de Aécio, mostrou que ela preferia escolher em função do desempenho presente dos pré-candidatos, deixando em segundo plano seu potencial de crescimento. Serra prevaleceu pelo patamar de largada, não pela perspectiva de chegada.
Há quem defenda que é cedo para decretar que a eleição está resolvida. De fato, é preciso admitir que muita água ainda pode rolar por baixo da ponte. Não é impossível que Dilma, sua campanha, seus apoiadores e o vasto conjunto de forças políticas mobilizadas para elegê-la cometam erros calamitosos. É, apenas, pouco provável.
Em função da possibilidade cada vez mais concreta de que Dilma venha a ganhar (talvez já no primeiro turno), alguns setores da oposição andam à cata de novos argumentos, para tentar convencer os eleitores a mudar de ideia. Um dos mais engraçados tem a ver com o conceito de alternância do poder.
Trata-se da tese de que é bom, para a democracia, que as eleições ensejem a mudança do partido ou coalizão que está no poder, assim permitindo que ocorra uma salutar alternância de pontos de vista e prioridades. A continuidade seria ruim, ao impedir que novas agendas sejam discutidas e que outras políticas, mais adequadas a um novo momento, sejam formuladas.
O ápice dessa argumentação aconteceu outro dia, quando uma importante revista semanal entrevistou o candidato do PSDB e perguntou “porque é positivo”, para “a democracia brasileira”, experimentar “uma alternância de poder depois de 8 anos de governo Lula”.
Difícil imaginar algo mais sem sentido, a começar pelo fato da pergunta ser feita ao candidato interessado na alternância. É o mesmo que perguntar ao macaco se quer banana. Ou alguém supõe que Serra diria que o melhor, para o país, é a continuidade?
Mas o importante não é isso. A democracia não está na ideia abstrata de alternância. Para o ideal democrático, o relevante não é o conteúdo da escolha. Tanto faz que os cidadãos prefiram continuar ou mudar. O que torna uma sociedade democrática é haver instituições que assegurem, a cada cidadão, a possibilidade real de escolher.
Se a maioria da sociedade brasileira quer a continuidade e vota Dilma, é bom que todos se acostumem, incluindo os que querem a alternância. Em si, ela só é importante como uma possibilidade. Se não, nem seria preciso haver eleições. Bastaria trocar o governo a cada período estipulado. (O problema é que ninguém saberia como fazê-lo.)
De Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi - Correio Braziliense/Blog do Noblat - 30.06.10.
Já faz algum tempo, começou a se generalizar no meio político a convicção de que Dilma vai ganhar as eleições. Embora nem todos admitam, é o que pensam até as principais lideranças da oposição, assim como a quase totalidade dos formadores de opinião e da imprensa. Para consumo externo, continuam a dizer que o processo está aberto, que nada está definido. Mas não é o que, no íntimo, acreditam que vai acontecer.
Do lado governista, nem se fala. Não é de agora que os principais estrategistas do Planalto e do PT trabalham com o cenário de crescimento e vitória da candidata de Lula. A rigor, é nisso que apostam desde 2008, quando o presidente deixou claras duas coisas: que ele próprio não tentaria mudar as regras do jogo para disputar um terceiro mandato; e que achava que conseguiria ganhar as eleições através de alguém que o representasse.
Tudo que está acontecendo na sua sucessão, até o momento, confirma seu cálculo. Ele não se baseava no que diziam as pesquisas sobre as intenções de voto do conjunto do eleitorado. Ao contrário, o raciocínio sempre foi sobre o potencial de crescimento de uma candidatura identificada com ele e o governo, avaliados, pela grande maioria da população, como ótimos ou bons.
Nunca foi relevante considerar os resultados agregados das pesquisas (que são os que a imprensa normalmente divulga), pois misturavam respostas de quem sabia e quem não sabia qual era a candidatura apoiada por Lula. Enquanto não aumentasse a proporção dos que tinham essa informação, a vantagem de Serra era ilusória e não preocupava quem, no PT, sabia fazer as contas.
É de se notar que, na oposição, as pessoas pensaram de maneira oposta. A opção por Serra, em detrimento de Aécio, mostrou que ela preferia escolher em função do desempenho presente dos pré-candidatos, deixando em segundo plano seu potencial de crescimento. Serra prevaleceu pelo patamar de largada, não pela perspectiva de chegada.
Há quem defenda que é cedo para decretar que a eleição está resolvida. De fato, é preciso admitir que muita água ainda pode rolar por baixo da ponte. Não é impossível que Dilma, sua campanha, seus apoiadores e o vasto conjunto de forças políticas mobilizadas para elegê-la cometam erros calamitosos. É, apenas, pouco provável.
Em função da possibilidade cada vez mais concreta de que Dilma venha a ganhar (talvez já no primeiro turno), alguns setores da oposição andam à cata de novos argumentos, para tentar convencer os eleitores a mudar de ideia. Um dos mais engraçados tem a ver com o conceito de alternância do poder.
Trata-se da tese de que é bom, para a democracia, que as eleições ensejem a mudança do partido ou coalizão que está no poder, assim permitindo que ocorra uma salutar alternância de pontos de vista e prioridades. A continuidade seria ruim, ao impedir que novas agendas sejam discutidas e que outras políticas, mais adequadas a um novo momento, sejam formuladas.
O ápice dessa argumentação aconteceu outro dia, quando uma importante revista semanal entrevistou o candidato do PSDB e perguntou “porque é positivo”, para “a democracia brasileira”, experimentar “uma alternância de poder depois de 8 anos de governo Lula”.
Difícil imaginar algo mais sem sentido, a começar pelo fato da pergunta ser feita ao candidato interessado na alternância. É o mesmo que perguntar ao macaco se quer banana. Ou alguém supõe que Serra diria que o melhor, para o país, é a continuidade?
Mas o importante não é isso. A democracia não está na ideia abstrata de alternância. Para o ideal democrático, o relevante não é o conteúdo da escolha. Tanto faz que os cidadãos prefiram continuar ou mudar. O que torna uma sociedade democrática é haver instituições que assegurem, a cada cidadão, a possibilidade real de escolher.
Se a maioria da sociedade brasileira quer a continuidade e vota Dilma, é bom que todos se acostumem, incluindo os que querem a alternância. Em si, ela só é importante como uma possibilidade. Se não, nem seria preciso haver eleições. Bastaria trocar o governo a cada período estipulado. (O problema é que ninguém saberia como fazê-lo.)
Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Obama é o Presidente, seria até ruim aos EUA se ele não tomasse posição, precisamos trazer conhecimento aos nossos jovens do futuro, sobre estas ongs, que muitas vezes entran em nosso país para atrapalhar o crescimento da naçãoValdemort escreveu:Estao abrindo a boca sim . Obama ja proibiu novas perfuracoes em aguas profundas no golfo e fez a BP abrir uma conta de 20 bilhoes de dolares para limpeza e indenizacoes .Ilya Ehrenburg escreveu: Pergunta deveras interessante...
Isso parece ser somente a ponta do iceberg ...
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
olha o que eu achei na net huehuehuehuehe
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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