tflash escreveu: Eu como contribuinte acho bem que sejam os utilizadores das estradas a pagar portagens e não quem nunca passa nelas. Esta estupidez das estradas sem custos é uma grande negociata para dar lucro às empresas financiadoras de campanhas e dos compadres.
A partir do momento em que existam alternativas credíveis concordo. O problema é que por exemplo no caso da A28, estas simplesmente não existem. O governo está a mostrar estar-se a cagar para os interesses da região que enfrenta mais dificuldades do país (mais uma vez e para não variar). O governo precisa de dinheiro para o TGV Lisboa- Madrid e para a TTT, logo vai buscar aos desgraçados do costume, colocando portagens em estradas onde não há alternativas, adiando o a ligação Porto-Vigo (e usando o dinheiro dos fundos europeus destinado a este projecto para os projectos de Lisboa, veja-se o nível da falta de vergonha, e já não é a primeira vez), adiando a segunda fase de expansão do metro do Porto, etc...
Desculpa la tflash mas estás a comparar alhos com bugalhos. Achas que há alguma comparação possível entre os 200 ou 300 metros das pontes do Porto com os 18 quilómetros da Vasco da Gama? Quanto custa uma Vasco da Gama em comparação com as pontes do Porto? 20 ou 30 vezes mais seguramente. De qualquer das maneiras acho que na 25 de Abril as portagens não fazem qualquer sentido.tflash escreveu: É injusto não se pagarem portagens nas pontes do Porto mas as de Lisboa já se pagarem. A única alternativa é Vila Franca, 50 Km a Norte.
Bem, mas parece que o governo desta vez não se vai safar tão facilmente.
Rui Rio: "Norte à beira de se poder revoltar a sério"
19h56m
O presidente da Junta Metropolitana do Porto, Rui Rio, alertou hoje, segunda-feira, o Governo para o facto das pessoas da região Norte estarem "à beira de se poderem revoltar", apelando ao chumbo dos chips para "acalmar" a situação das SCUT.
Em declarações aos jornalistas após uma reunião entre a Junta Metropolitana do Porto (JMP), as Comissões de Utentes contra as portagens nas SCUT, a ANTRAM, a Associação Empresarial de Viana do Castelo e o presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes, Rui Rio afirmou que a questão das SCUT foi "a gota de água" no "tratamento discriminatório" de que a Região Norte tem sido alvo.
"Este tratamento discriminatório é, em minha opinião e pela leitura política que eu faço, muito perigoso para o Governo. Estamos à beira das pessoas se poderem revoltar a sério e com razão", alertou o também presidente da Câmara do Porto.
Segundo Rio, o Governo "deveria ponderar muito bem aquilo que está a fazer" e "optar por responder e por dialogar e ouvir os argumentos sérios" dos vários intervenientes.
"Está nas mãos da Assembleia da República, não só dos deputados da maioria como dos deputados da oposição, a possibilidade de acalmar e nós não corrermos riscos maiores do que aqueles que estamos a correr", afirmou o presidente da JMP, apelando à revogação dos chips na próxima quinta feira.
Rui Rio considera que "a Junta Metropolitana tem a obrigação e o dever político de apoiar as manifestações feitas pelos movimentos" contra a introdução de portagens nas SCUT.
"Eu tenho esperança que na quinta feira tudo isto possa acalmar com a revogação dos chips e depois haja um clima de diálogo que possa conduzir tudo isto a bom porto", disse o autarca.
Questionado pelos jornalistas sobre o que o levaria a ter esperança no diálogo se ele nunca aconteceu nesta matéria, Rio foi peremptório: "o senhor ministro das Obras Públicas não tem experiência política que eu tenho mas o Primeiro-ministro tem, talvez mais até do que eu, e talvez consiga perceber que não estamos a falar de uma brincadeira, estamos a falar de toda uma região que está à beira de se poder revoltar".
O presidente da câmara garantiu que "se tivesse no Governo tinha muito cuidado a tratar todos por igual", considerando que "estão a lidar muito mal com os sentimentos das pessoas do Norte".
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