É pessoal! Os EUA não dormem em serviço nãoandrefmz escreveu:EUA descobrem R$ 1,8 trilhão em reservas minerais no Afeganistão, diz NYT
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Atualizado às 23h03.
Os Estados Unidos descobriram quase US$ 1 trilhão (cerca de R$ 1,8 trilhão) em reservas minerais inexploradas no Afeganistão, bem longe de quaisquer reservas já conhecidas e grandes o suficiente para mudar a economia e até o destino da guerra nesse país da Ásia, segundo autoridades de alto escalão do governo americano ouvidas pelo jornal "The New York Times".
Arte/Folha
O valor das reservas descobertas são gigantescos se comparado à atual economia afegã destroçada pela guerra, altamente dependente da produção de ópio e do tráfico de narcóticos, bem como de ajuda dos EUA e de outros países, diz o jornal. O produto interno bruto atual do Afeganistão é de apenas cerca de US$ 12 bilhões (R$ 21,6 bilhões).
As reservas minerais descobertas estão espalhados pelo país, incluindo nas regiões sul e leste ao longo da fronteira com o Paquistão, onde ocorreram a maior parte dos piores combates contra a insurgência taleban.
A descoberta envolve depósitos tão grandes de ferro, cobre, cobalto, ouro e metais fundamentais para a indústria, como o lítio, que poderiam transformar o Afeganistão em um dos principais centros de mineração do mundo, afirmaram as autoridades dos EUA ao "NYT".
Segundo um documento interno do Pentágono, por exemplo, o Afeganistão poderia se tornar a "Arábia Saudita do lítio", um material extremamente importante para a fabricação de baterias para laptops e celulares, segundo o jornal.
Indústria de mineração
A descoberta foi fruto do trabalho de uma pequena equipe de oficiais do Pentágono e geólogos americanos, e o governo afegão teria sido recentemente comunicado superficialmente sobre o assunto, segundo as autoridades ouvidas pelo "NYT".
Ainda que possa levar anos para que uma indústria de mineração se desenvolva no país, o potencial é tão bom que autoridades e executivos da área acreditam que poderia atrair grandes investimentos mesmo antes de as minas se tornarem rentáveis, gerando empregos após gerações de guerra, informa o jornal.
Virtualmente com nenhuma indústria ou infraestrutura de mineração em operação atualmente, levaria décadas para o Afeganistão conseguir explorar esse potencial completamente.
"Há um potencial formidável aqui", disse o general David H. Petraeus, chefe do Comando Central dos EUA, em entrevista neste sábado. "Há vários 'se', claro, mas eu acho que potencialmente é enormemente significativo."
Uma força-tarefa do Pentágono já começou a tentar ajudar o governo afegão a estabelecer um sistema para lidar com o desenvolvimento da mineração.
Empresas internacionais de contabilidade com experiência em contratos de mineração foram contratadas para prestar consultoria junto ao Ministério de Minas do Afeganistão, informa o jornal americano. Informações técnicas estão sendo preparadas para serem entregues a multinacionais de mineração e outros potenciais investidores.
Efeitos colaterais
As autoridades dos EUA e Afeganistão concordaram em discutir a descoberta em meio a um difícil momento para a guerra no país asiático. A ofensiva liderada pelos americanos no sul do país conseguiu apenas resultados limitados e acusações contra o presidente Hamid Karzai tiram a credibilidade do governo.
Os EUA, no entanto, reconhecem que a novidade pode ser uma "faca de dois gumes": pode levar o Taleban a lutar ainda mais intensamente para conquistar o comando e pode aumentar a corrupção no país, segundo o "NYT".
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/7503 ... -nyt.shtml
AFEGANISTÃO
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- guilhermecn
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Re: Notícias de Afeganistão
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Re: Notícias de Afeganistão
guilhermecn escreveu:É pessoal! Os EUA não dormem em serviço nãoandrefmz escreveu:EUA descobrem R$ 1,8 trilhão em reservas minerais no Afeganistão, diz NYT
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Atualizado às 23h03.
Os Estados Unidos descobriram quase US$ 1 trilhão (cerca de R$ 1,8 trilhão) em reservas minerais inexploradas no Afeganistão, bem longe de quaisquer reservas já conhecidas e grandes o suficiente para mudar a economia e até o destino da guerra nesse país da Ásia, segundo autoridades de alto escalão do governo americano ouvidas pelo jornal "The New York Times".
Arte/Folha
O valor das reservas descobertas são gigantescos se comparado à atual economia afegã destroçada pela guerra, altamente dependente da produção de ópio e do tráfico de narcóticos, bem como de ajuda dos EUA e de outros países, diz o jornal. O produto interno bruto atual do Afeganistão é de apenas cerca de US$ 12 bilhões (R$ 21,6 bilhões).
As reservas minerais descobertas estão espalhados pelo país, incluindo nas regiões sul e leste ao longo da fronteira com o Paquistão, onde ocorreram a maior parte dos piores combates contra a insurgência taleban.
A descoberta envolve depósitos tão grandes de ferro, cobre, cobalto, ouro e metais fundamentais para a indústria, como o lítio, que poderiam transformar o Afeganistão em um dos principais centros de mineração do mundo, afirmaram as autoridades dos EUA ao "NYT".
Segundo um documento interno do Pentágono, por exemplo, o Afeganistão poderia se tornar a "Arábia Saudita do lítio", um material extremamente importante para a fabricação de baterias para laptops e celulares, segundo o jornal.
Indústria de mineração
A descoberta foi fruto do trabalho de uma pequena equipe de oficiais do Pentágono e geólogos americanos, e o governo afegão teria sido recentemente comunicado superficialmente sobre o assunto, segundo as autoridades ouvidas pelo "NYT".
Ainda que possa levar anos para que uma indústria de mineração se desenvolva no país, o potencial é tão bom que autoridades e executivos da área acreditam que poderia atrair grandes investimentos mesmo antes de as minas se tornarem rentáveis, gerando empregos após gerações de guerra, informa o jornal.
Virtualmente com nenhuma indústria ou infraestrutura de mineração em operação atualmente, levaria décadas para o Afeganistão conseguir explorar esse potencial completamente.
"Há um potencial formidável aqui", disse o general David H. Petraeus, chefe do Comando Central dos EUA, em entrevista neste sábado. "Há vários 'se', claro, mas eu acho que potencialmente é enormemente significativo."
Uma força-tarefa do Pentágono já começou a tentar ajudar o governo afegão a estabelecer um sistema para lidar com o desenvolvimento da mineração.
Empresas internacionais de contabilidade com experiência em contratos de mineração foram contratadas para prestar consultoria junto ao Ministério de Minas do Afeganistão, informa o jornal americano. Informações técnicas estão sendo preparadas para serem entregues a multinacionais de mineração e outros potenciais investidores.
Efeitos colaterais
As autoridades dos EUA e Afeganistão concordaram em discutir a descoberta em meio a um difícil momento para a guerra no país asiático. A ofensiva liderada pelos americanos no sul do país conseguiu apenas resultados limitados e acusações contra o presidente Hamid Karzai tiram a credibilidade do governo.
Os EUA, no entanto, reconhecem que a novidade pode ser uma "faca de dois gumes": pode levar o Taleban a lutar ainda mais intensamente para conquistar o comando e pode aumentar a corrupção no país, segundo o "NYT".
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/7503 ... -nyt.shtml
guilhermecn como ousas imaginar isso nos EUA? A guerra no Afeganistão é meramente em prol da liberdade
Saudações
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
Re: Notícias de Afeganistão
A Operação Liberdade Duradoura é um verdadeiro sucesso no Afeganistão, exemplo para o mundo livre e democrático.FOXTROT escreveu:guilhermecn escreveu: É pessoal! Os EUA não dormem em serviço não
guilhermecn como ousas imaginar isso nos EUA? A guerra no Afeganistão é meramente em prol da liberdade
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- guilhermecn
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Re: Notícias de Afeganistão
Ora bolas! É claro que a guerra no Afeganistão é em prol da liberdade! Liberdade capitalista americanaFOXTROT escreveu:guilhermecn escreveu: É pessoal! Os EUA não dormem em serviço não
guilhermecn como ousas imaginar isso nos EUA? A guerra no Afeganistão é meramente em prol da liberdade
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- tflash
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Re: Notícias de Afeganistão
Acho que eles não foram lá por isso, que não se conhecia, mas agora tem um motivo para ficar.
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Re: Notícias de Afeganistão
hahahaha......os americanos devem conhecer estas reservas ha uns 15 anos pelo menos...guerra ao terror não é??...sei..
- tflash
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Re: Notícias de Afeganistão
Mas quem é que fez o estudo? Será que foram os soviéticos e por isso é que se foram meter lá?
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Re: Notícias de Afeganistão
Karzai teria dito que duvida que o Ocidente possa derrotar o Taleban
13/06/2010 - 00h00 | do UOL Notícias
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Dexter Filkins
Em Cabul, Afeganistão
George El Khouri Andolfato
Dois altos funcionários do governo afegão mostravam ao presidente Hamid Karzai a evidência de um ataque impressionante com foguete contra uma conferência nacional de paz, no início deste mês, quando Karzai lhes disse que acreditava que o Taleban não era o responsável.
“O presidente não demonstrou nenhum interesse pela evidência – nenhum – ele a tratou como se fosse porcaria”, disse Amrullah Saleh, o então diretor do serviço de inteligência afegão.
Saleh se recusou a discutir o argumento de Karzai mais detalhadamente. Mas um proeminente afegão com conhecimento da reunião, que falou sob a condição de anonimato, disse que o presidente sugeriu na reunião que poderiam ter sido os americanos os responsáveis.
Minutos após a conversa, Saleh e o ministro do Interior, Hanif Atmar, renunciaram – a mais dramática deserção do governo de Karzai desde que ele chegou ao poder há nove anos. Saleh e Atmar disseram que renunciaram porque Karzai deixou claro que não mais os considerava leais.
Mas por trás das tensões, segundo Saleh e autoridades afegãs e ocidentais, estava algo mais profundo: o fato do presidente ter perdido a fé de que os americanos e a Otan consigam prevalecer no Afeganistão.
Dúvidas
Hamid Karzai, presidente do Afeganistão, fala durante coletiva de imprensa. Para o ex-diretor do serviço de inteligência do país, Amrullah Saleh, Karzai perdeu a confiança na capacidade tanto da coalizão quanto de seu próprio governo de proteger o país
Por esse motivo, Saleh e outras autoridades disseram, Karzai tem sido pressionado a fechar um acordo por conta própria com o Taleban e o arquirrival do país, o Paquistão, o antigo aliado do Taleban. Segundo um ex-alto funcionário afegão, as manobras de Karzai envolvem negociações secretas com o Taleban fora do alcance dos oficiais americanos e da Otan.
“O presidente perdeu a confiança na capacidade tanto da coalizão quanto de seu próprio governo de proteger este país”, disse Saleh em uma entrevista em sua casa. “O presidente Karzai nunca anunciou que a Otan perderá, mas a forma como não se orgulha da campanha mostra que não confia que ela esteja funcionando”.
Pessoas próximas do presidente dizem que ele começou a perder a confiança nos americanos em meados do ano passado, após as eleições nacionais, nas quais monitores independentes determinaram que quase um milhão de votos foram manipulados em prol de Karzai. O racha piorou em dezembro, quando o presidente Barack Obama anunciou que pretendia reduzir o número de soldados americanos até meados de 2011.
“Karzai me disse que não confia que os americanos consertarão a situação aqui”, disse um diplomata ocidental em Cabul, que falou sob a condição de anonimato. “Ele acredita que eles roubaram sua legitimidade durante as eleições do ano passado. E então disseram publicamente que vão partir”.
Karzai não pôde ser contatado para comentários na última sexta-feira (11).
Combate ao Taleban
Se a determinação de Karzai de trabalhar estreitamente com os Estados Unidos e usar seu próprio exército para combater o Taleban está diminuindo, isso poderia representar um problema para Obama. A estratégia de guerra americana se apoia em grande parte em libertar a área dominada pelo Taleban para que o governo e exército de Karzai possam ocupá-la, permitindo aos americanos que reduzam seu envolvimento em uma guerra cada vez mais cara e impopular.
As relações com Karzai são turbulentas há algum tempo e autoridades internacionais expressaram preocupação no passado de que a tomada de decisão dele pode ser errática. No ano passado, Karzai acusou em um discurso a Otan de transportar combatentes do Taleban de helicóptero no norte do Afeganistão. No início deste ano, após críticas do governo Obama, o presidente disse a um grupo de simpatizantes que poderia se juntar ao Taleban.
As autoridades americanas tentaram consertar seu relacionamento com Karzai durante sua visita à Casa Branca no mês passado. Na verdade, em muitas questões, como o início de um contato com alguns líderes do Taleban para persuadir seus combatentes a mudarem de lado, o presidente afegão e os americanos estão de acordo.
Mas suas motivações parecem divergir enormemente. Os americanos e seus parceiros da Otan estão enviando dezenas de milhares de soldados adicionais ao país para enfraquecer o núcleo do Taleban e forçar o grupo a sentar à mesa de negociação. Karzai parece acreditar que a ofensiva liderada pelos americanos não funcionará.
Em uma coletiva de imprensa no Palácio Presidencial nesta semana, foi perguntado a Karzai sobre o papel do Taleban no ataque de 4 de junho contra a loya jirga e sobre sua fé na Otan. Ele se recusou a falar sobre ambos os assuntos.
Ao ser perguntado sobre se tinha confiança na Otan, Karzai disse que estava grato pela ajuda e disse que a parceria está “funcionando muito, muito bem”. Mas ele não respondeu a pergunta.
“Nós continuamos trabalhando para melhorar as coisas”, disse Karzai, falando em inglês e aparecendo ao lado de David Cameron, o primeiro-ministro britânico.
Um alto oficial da Otan disse que as renúncias de Atmar e Saleh, que contavam com forte apoio dos aliados da Otan, “atrapalharam demais”.
O oficial disse a respeito de Karzai: “Minha preocupação é se ele é capaz de ser um líder em tempos de guerra”.
O oficial da Otan disse que os comandantes americanos deram a Karzai um dossiê mostrando evidências convincentes de que o ataque contra a conferência de paz foi realizado por combatentes leais a Jalalhuddin Haqqani, um dos principais líderes que combatem em nome do Taleban.
“Não há dúvida”, disse o oficial.
As renúncias de Saleh e Atmar revelaram um racha profundo entre os líderes afegãos em torno de como melhor lidar com o Taleban e seus patrocinadores no Paquistão.
Saleh é um ex-assessor do falecido Ahmed Shah Massoud, o lendário comandante que lutou contra a União Soviética e o Taleban. Muitos dos antigos tenentes de Massoud, a maioria da etnia tajik e agora líderes importantes no norte do Afeganistão, estavam presentes na conferência de paz. Como Saleh, eles preferem uma abordagem dura em vez de negociar com o Taleban e o Paquistão.
Karzai, como a grande maioria do Taleban, é da etnia pashtun. Ele agora parece preferir uma abordagem mais conciliatória.
Comissão formada
No final da loya jirga, Karzai anunciou a formação de uma comissão que analisaria o caso de cada combatente do Taleban mantido sob custódia e que soltaria aqueles que não fossem considerados extremamente perigosos. A comissão, que seria liderada por vários altos funcionários do governo Karzai, excluiu o Diretório Nacional de Segurança, a agência de inteligência dirigida por Saleh.
Na entrevista, Saleh disse que se ofendeu com a exclusão. Sua tarefa principal é entender o Taleban, ele disse; deixar sua agência de fora da comissão o deixou preocupado de que Karzai poderia pretender soltar combatentes do Taleban mais calejados.
“A conclusão dele é – muitos talebans foram detidos erroneamente, então devem ser soltos”, disse Saleh. “Passaram-se dez anos desde a queda do Taleban – isso significa que não sabemos quem é o inimigo. Nós detemos as pessoas erradas.”
Saleh também criticou a loya jirga. “Este é o resultado da jirga”, disse Saleh. “Eu não quero lutar contra vocês. Eu estou abrindo a porta para vocês. Foi meu erro empurrar vocês para as montanhas. A jirga não foi uma vitória para o Estado afegão, foi uma vitória para o Taleban”.
Karzai tem buscado estender a mão ao Taleban há meses. No início deste ano, o irmão do presidente, Ahmed Wali Karzai, participou de reuniões secretas com o mulá Abdul Ghani Baradar, o vice-comandante do Taleban, segundo um ex-alto funcionário afegão.
Segundo o general Hilaluddin Hilal, o vice-ministro do interior do governo Karzai, Ahmed Wali Karzai e Baradar se encontraram duas vezes em janeiro perto de Spin Boldak, uma cidade na fronteira com o Paquistão. O encontro foi intermediado pelo mulá Essa Khakrezwal, o governador paralelo taleban da província de Kandahar, e Hafez Majid, um alto oficial de inteligência taleban, disse Hilal.
Um analista ocidental em Cabul confirmou o relato de Hilal. O alto oficial da Otan disse desconhecer o encontro, assim como Saleh. Ahmed Wali Karzai não respondeu às perguntas por e-mail sobre o encontro.
O resultado da reunião não ficou claro, disse Hilal. Baradar foi preso no final de janeiro em uma ação conjunta paquistanesa-americana em Karachi, Paquistão. Mas as tentativas de Karzai de negociar com o Taleban prosseguiram, ele disse.
“Ele não acha que os americanos podem arcar em permanecer”, disse Hilal.
Saleh disse que a estratégia de Karzai também envolve uma postura mais conciliatória em relação ao Paquistão. Se for verdade, isso representaria uma mudança enorme para Karzai, que passou seus nove anos no governo acusando regularmente os paquistaneses de apoiar a insurreição do Taleban.
Saleh disse temer que o Afeganistão seja forçado a aceitar o que chamou de “acordo indigno” com o Paquistão, o que deixará seu país em um estado enfraquecido.
Ele disse que considera Karzai um patriota. Mas ele disse que o presidente está cometendo um erro caso planeje contar com o apoio paquistanês. (Os líderes paquistaneses pressionaram Karzai por anos para remover Saleh, que consideravam um linha-dura.)
“Eles o estão enfraquecendo sob o disfarce de o estarem respeitando. Eles vão aprovar um líder afegão fraco, mas nunca o respeitarão”, disse Saleh.
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Dexter Filkins
Em Cabul, Afeganistão
George El Khouri Andolfato
Dois altos funcionários do governo afegão mostravam ao presidente Hamid Karzai a evidência de um ataque impressionante com foguete contra uma conferência nacional de paz, no início deste mês, quando Karzai lhes disse que acreditava que o Taleban não era o responsável.
“O presidente não demonstrou nenhum interesse pela evidência – nenhum – ele a tratou como se fosse porcaria”, disse Amrullah Saleh, o então diretor do serviço de inteligência afegão.
Saleh se recusou a discutir o argumento de Karzai mais detalhadamente. Mas um proeminente afegão com conhecimento da reunião, que falou sob a condição de anonimato, disse que o presidente sugeriu na reunião que poderiam ter sido os americanos os responsáveis.
Minutos após a conversa, Saleh e o ministro do Interior, Hanif Atmar, renunciaram – a mais dramática deserção do governo de Karzai desde que ele chegou ao poder há nove anos. Saleh e Atmar disseram que renunciaram porque Karzai deixou claro que não mais os considerava leais.
Mas por trás das tensões, segundo Saleh e autoridades afegãs e ocidentais, estava algo mais profundo: o fato do presidente ter perdido a fé de que os americanos e a Otan consigam prevalecer no Afeganistão.
Dúvidas
Hamid Karzai, presidente do Afeganistão, fala durante coletiva de imprensa. Para o ex-diretor do serviço de inteligência do país, Amrullah Saleh, Karzai perdeu a confiança na capacidade tanto da coalizão quanto de seu próprio governo de proteger o país
Por esse motivo, Saleh e outras autoridades disseram, Karzai tem sido pressionado a fechar um acordo por conta própria com o Taleban e o arquirrival do país, o Paquistão, o antigo aliado do Taleban. Segundo um ex-alto funcionário afegão, as manobras de Karzai envolvem negociações secretas com o Taleban fora do alcance dos oficiais americanos e da Otan.
“O presidente perdeu a confiança na capacidade tanto da coalizão quanto de seu próprio governo de proteger este país”, disse Saleh em uma entrevista em sua casa. “O presidente Karzai nunca anunciou que a Otan perderá, mas a forma como não se orgulha da campanha mostra que não confia que ela esteja funcionando”.
Pessoas próximas do presidente dizem que ele começou a perder a confiança nos americanos em meados do ano passado, após as eleições nacionais, nas quais monitores independentes determinaram que quase um milhão de votos foram manipulados em prol de Karzai. O racha piorou em dezembro, quando o presidente Barack Obama anunciou que pretendia reduzir o número de soldados americanos até meados de 2011.
“Karzai me disse que não confia que os americanos consertarão a situação aqui”, disse um diplomata ocidental em Cabul, que falou sob a condição de anonimato. “Ele acredita que eles roubaram sua legitimidade durante as eleições do ano passado. E então disseram publicamente que vão partir”.
Karzai não pôde ser contatado para comentários na última sexta-feira (11).
Combate ao Taleban
Se a determinação de Karzai de trabalhar estreitamente com os Estados Unidos e usar seu próprio exército para combater o Taleban está diminuindo, isso poderia representar um problema para Obama. A estratégia de guerra americana se apoia em grande parte em libertar a área dominada pelo Taleban para que o governo e exército de Karzai possam ocupá-la, permitindo aos americanos que reduzam seu envolvimento em uma guerra cada vez mais cara e impopular.
As relações com Karzai são turbulentas há algum tempo e autoridades internacionais expressaram preocupação no passado de que a tomada de decisão dele pode ser errática. No ano passado, Karzai acusou em um discurso a Otan de transportar combatentes do Taleban de helicóptero no norte do Afeganistão. No início deste ano, após críticas do governo Obama, o presidente disse a um grupo de simpatizantes que poderia se juntar ao Taleban.
As autoridades americanas tentaram consertar seu relacionamento com Karzai durante sua visita à Casa Branca no mês passado. Na verdade, em muitas questões, como o início de um contato com alguns líderes do Taleban para persuadir seus combatentes a mudarem de lado, o presidente afegão e os americanos estão de acordo.
Mas suas motivações parecem divergir enormemente. Os americanos e seus parceiros da Otan estão enviando dezenas de milhares de soldados adicionais ao país para enfraquecer o núcleo do Taleban e forçar o grupo a sentar à mesa de negociação. Karzai parece acreditar que a ofensiva liderada pelos americanos não funcionará.
Em uma coletiva de imprensa no Palácio Presidencial nesta semana, foi perguntado a Karzai sobre o papel do Taleban no ataque de 4 de junho contra a loya jirga e sobre sua fé na Otan. Ele se recusou a falar sobre ambos os assuntos.
Ao ser perguntado sobre se tinha confiança na Otan, Karzai disse que estava grato pela ajuda e disse que a parceria está “funcionando muito, muito bem”. Mas ele não respondeu a pergunta.
“Nós continuamos trabalhando para melhorar as coisas”, disse Karzai, falando em inglês e aparecendo ao lado de David Cameron, o primeiro-ministro britânico.
Um alto oficial da Otan disse que as renúncias de Atmar e Saleh, que contavam com forte apoio dos aliados da Otan, “atrapalharam demais”.
O oficial disse a respeito de Karzai: “Minha preocupação é se ele é capaz de ser um líder em tempos de guerra”.
O oficial da Otan disse que os comandantes americanos deram a Karzai um dossiê mostrando evidências convincentes de que o ataque contra a conferência de paz foi realizado por combatentes leais a Jalalhuddin Haqqani, um dos principais líderes que combatem em nome do Taleban.
“Não há dúvida”, disse o oficial.
As renúncias de Saleh e Atmar revelaram um racha profundo entre os líderes afegãos em torno de como melhor lidar com o Taleban e seus patrocinadores no Paquistão.
Saleh é um ex-assessor do falecido Ahmed Shah Massoud, o lendário comandante que lutou contra a União Soviética e o Taleban. Muitos dos antigos tenentes de Massoud, a maioria da etnia tajik e agora líderes importantes no norte do Afeganistão, estavam presentes na conferência de paz. Como Saleh, eles preferem uma abordagem dura em vez de negociar com o Taleban e o Paquistão.
Karzai, como a grande maioria do Taleban, é da etnia pashtun. Ele agora parece preferir uma abordagem mais conciliatória.
Comissão formada
No final da loya jirga, Karzai anunciou a formação de uma comissão que analisaria o caso de cada combatente do Taleban mantido sob custódia e que soltaria aqueles que não fossem considerados extremamente perigosos. A comissão, que seria liderada por vários altos funcionários do governo Karzai, excluiu o Diretório Nacional de Segurança, a agência de inteligência dirigida por Saleh.
Na entrevista, Saleh disse que se ofendeu com a exclusão. Sua tarefa principal é entender o Taleban, ele disse; deixar sua agência de fora da comissão o deixou preocupado de que Karzai poderia pretender soltar combatentes do Taleban mais calejados.
“A conclusão dele é – muitos talebans foram detidos erroneamente, então devem ser soltos”, disse Saleh. “Passaram-se dez anos desde a queda do Taleban – isso significa que não sabemos quem é o inimigo. Nós detemos as pessoas erradas.”
Saleh também criticou a loya jirga. “Este é o resultado da jirga”, disse Saleh. “Eu não quero lutar contra vocês. Eu estou abrindo a porta para vocês. Foi meu erro empurrar vocês para as montanhas. A jirga não foi uma vitória para o Estado afegão, foi uma vitória para o Taleban”.
Karzai tem buscado estender a mão ao Taleban há meses. No início deste ano, o irmão do presidente, Ahmed Wali Karzai, participou de reuniões secretas com o mulá Abdul Ghani Baradar, o vice-comandante do Taleban, segundo um ex-alto funcionário afegão.
Segundo o general Hilaluddin Hilal, o vice-ministro do interior do governo Karzai, Ahmed Wali Karzai e Baradar se encontraram duas vezes em janeiro perto de Spin Boldak, uma cidade na fronteira com o Paquistão. O encontro foi intermediado pelo mulá Essa Khakrezwal, o governador paralelo taleban da província de Kandahar, e Hafez Majid, um alto oficial de inteligência taleban, disse Hilal.
Um analista ocidental em Cabul confirmou o relato de Hilal. O alto oficial da Otan disse desconhecer o encontro, assim como Saleh. Ahmed Wali Karzai não respondeu às perguntas por e-mail sobre o encontro.
O resultado da reunião não ficou claro, disse Hilal. Baradar foi preso no final de janeiro em uma ação conjunta paquistanesa-americana em Karachi, Paquistão. Mas as tentativas de Karzai de negociar com o Taleban prosseguiram, ele disse.
“Ele não acha que os americanos podem arcar em permanecer”, disse Hilal.
Saleh disse que a estratégia de Karzai também envolve uma postura mais conciliatória em relação ao Paquistão. Se for verdade, isso representaria uma mudança enorme para Karzai, que passou seus nove anos no governo acusando regularmente os paquistaneses de apoiar a insurreição do Taleban.
Saleh disse temer que o Afeganistão seja forçado a aceitar o que chamou de “acordo indigno” com o Paquistão, o que deixará seu país em um estado enfraquecido.
Ele disse que considera Karzai um patriota. Mas ele disse que o presidente está cometendo um erro caso planeje contar com o apoio paquistanês. (Os líderes paquistaneses pressionaram Karzai por anos para remover Saleh, que consideravam um linha-dura.)
“Eles o estão enfraquecendo sob o disfarce de o estarem respeitando. Eles vão aprovar um líder afegão fraco, mas nunca o respeitarão”, disse Saleh.
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Re: Notícias de Afeganistão
terra.com.br
Mais um soldado britânico morre no Afeganistão
15 de junho de 2010
Um soldado britânico morreu em consequência dos ferimentos sofridos em um tiroteio no sul do Afeganistão, o que eleva para 51 as baixas das tropas do Reino Unido nesse país no correr do ano, anunciou nesta terça-feira o ministério da Defesa em Londres.
Esta nova baixa eleva para 296 os soldados britânicos que morreram no Afeganistão desde que começou a intervenção liderada pelos Estados Unidos no final de 2001.
No total, 260 soldados das forças internacionais morreram nesse país em 2010, entre eles quase dois terços de americanos, segundo balanço da AFP com base nas cifras so site icasualties.org.
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Mais um soldado britânico morre no Afeganistão
15 de junho de 2010
Um soldado britânico morreu em consequência dos ferimentos sofridos em um tiroteio no sul do Afeganistão, o que eleva para 51 as baixas das tropas do Reino Unido nesse país no correr do ano, anunciou nesta terça-feira o ministério da Defesa em Londres.
Esta nova baixa eleva para 296 os soldados britânicos que morreram no Afeganistão desde que começou a intervenção liderada pelos Estados Unidos no final de 2001.
No total, 260 soldados das forças internacionais morreram nesse país em 2010, entre eles quase dois terços de americanos, segundo balanço da AFP com base nas cifras so site icasualties.org.
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Re: Notícias de Afeganistão
15/06/2010-11h58
Comandante dos EUA no Iraque e Afeganistão desmaia durante depoimento
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O general David Petraeus -- o principal comandante das tropas dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão-- desmaiou nesta terça-feira durante depoimento no Senado americano.
Ele desmaiou por alguns segundos, mas em seguida voltou à consciência.
Petraus, que testemunhava no Comitê de Serviços Armados do Senado-- havia acabado de responder a uma pergunta do senador John McCain sobre o plano de retirada das tropas americanas do Afeganistão em 2011.
McCain estava rebatendo a resposta, mas parou de falar repentinamente e assessores se aglomeraram em torno de Petraeus.
O general se levantou sozinho e foi levado rapidamente para fora da sala.
Pouco tempo depois, Petraeus retornou e pediu desculpas aos senadores, dizendo que "não se sentia muito bem", e que o mal estar "nada teria a ver" com a pergunta de McCain.
General de quatro estrelas, Petraeus tem uma carreira de alto nível e é cotado para ser o próximo líder do Joint Chiefs of Staff, comissão militar que aconselha o presidente americano.
Ele comandou todas as tropas americanas no Iraque durante o governo do republicano George W. Bush.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/7512 ... ento.shtml
Comandante dos EUA no Iraque e Afeganistão desmaia durante depoimento
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O general David Petraeus -- o principal comandante das tropas dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão-- desmaiou nesta terça-feira durante depoimento no Senado americano.
Ele desmaiou por alguns segundos, mas em seguida voltou à consciência.
Petraus, que testemunhava no Comitê de Serviços Armados do Senado-- havia acabado de responder a uma pergunta do senador John McCain sobre o plano de retirada das tropas americanas do Afeganistão em 2011.
McCain estava rebatendo a resposta, mas parou de falar repentinamente e assessores se aglomeraram em torno de Petraeus.
O general se levantou sozinho e foi levado rapidamente para fora da sala.
Pouco tempo depois, Petraeus retornou e pediu desculpas aos senadores, dizendo que "não se sentia muito bem", e que o mal estar "nada teria a ver" com a pergunta de McCain.
General de quatro estrelas, Petraeus tem uma carreira de alto nível e é cotado para ser o próximo líder do Joint Chiefs of Staff, comissão militar que aconselha o presidente americano.
Ele comandou todas as tropas americanas no Iraque durante o governo do republicano George W. Bush.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/7512 ... ento.shtml
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Re: Notícias de Afeganistão
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Dois soldados da Otan morrem em ataque no Afeganistão
18 de junho de 2010
Dois soldados da Força Internacional da Otan no Afeganistão morreram nesta sexta-feira em um ataque de insurgentes no sul do território afegão, anunciou a Aliança Atlântica.
Essas mortes elevam a 271 o número de soldados estrangeiros que perderam a vida durante o ano no Afeganistão, segundo um balanço da AFP baseado em números do site independente icasualties.org.
Os soldados, com nacionalidades não reveladas, integravam a Força Internacional de Estabilização no Afeganistão (ISAF), que alcançará os 150 mil militares em agosto.
Em 2009, 520 soldados da Otan morreram no Afeganistão.
Dois soldados da Otan morrem em ataque no Afeganistão
18 de junho de 2010
Dois soldados da Força Internacional da Otan no Afeganistão morreram nesta sexta-feira em um ataque de insurgentes no sul do território afegão, anunciou a Aliança Atlântica.
Essas mortes elevam a 271 o número de soldados estrangeiros que perderam a vida durante o ano no Afeganistão, segundo um balanço da AFP baseado em números do site independente icasualties.org.
Os soldados, com nacionalidades não reveladas, integravam a Força Internacional de Estabilização no Afeganistão (ISAF), que alcançará os 150 mil militares em agosto.
Em 2009, 520 soldados da Otan morreram no Afeganistão.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Notícias de Afeganistão
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Quatro soldados da Otan morrem em ataques no Afeganistão
18 de junho de 2010
Quatro soldados da Força Internacional da Otan no Afeganistão, um deles britânico, morreram nesta sexta-feira em ataques de insurgentes no sul do território afegão, anunciou a Aliança Atlântica.
Dois deles, de nacionalidades não reveladas, morreram em ataques de rebeldes, enquanto os outros dois, entre eles um britânico, faleceram após a explosão de bombas de fabricação caseira, a arma por excelência dos talibãs.
O militar britânico perdeu a vida em uma explosão no distrito de Nahr-e Saraj, na província de Helmand, informou o ministério britânico de Defesa em um comunicado.
A morte dos quatro soldados eleva a 273 o número de militares estrangeiros que perderam a vida durante o ano no Afeganistão, segundo um balanço da AFP baseado em números do site independente icasualties.org.
Os soldados integravam a Força Internacional de Estabilização no Afeganistão (ISAF), que alcançará os 150 mil militares em agosto. Em 2009, 520 soldados da Otan morreram no Afeganistão.
Quatro soldados da Otan morrem em ataques no Afeganistão
18 de junho de 2010
Quatro soldados da Força Internacional da Otan no Afeganistão, um deles britânico, morreram nesta sexta-feira em ataques de insurgentes no sul do território afegão, anunciou a Aliança Atlântica.
Dois deles, de nacionalidades não reveladas, morreram em ataques de rebeldes, enquanto os outros dois, entre eles um britânico, faleceram após a explosão de bombas de fabricação caseira, a arma por excelência dos talibãs.
O militar britânico perdeu a vida em uma explosão no distrito de Nahr-e Saraj, na província de Helmand, informou o ministério britânico de Defesa em um comunicado.
A morte dos quatro soldados eleva a 273 o número de militares estrangeiros que perderam a vida durante o ano no Afeganistão, segundo um balanço da AFP baseado em números do site independente icasualties.org.
Os soldados integravam a Força Internacional de Estabilização no Afeganistão (ISAF), que alcançará os 150 mil militares em agosto. Em 2009, 520 soldados da Otan morreram no Afeganistão.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Notícias de Afeganistão
Q dúvida, q haviam aproveitado a guerra pela "liberdade e democracia" para prospectar o território afegão... Só para passar o tempo, por lazer, também fizeram pipelines...andrefmz escreveu:EUA descobrem R$ 1,8 trilhão em reservas minerais no Afeganistão, diz NYT
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Atualizado às 23h03.
Os Estados Unidos descobriram quase US$ 1 trilhão (cerca de R$ 1,8 trilhão) em reservas minerais inexploradas no Afeganistão, bem longe de quaisquer reservas já conhecidas e grandes o suficiente para mudar a economia e até o destino da guerra nesse país da Ásia, segundo autoridades de alto escalão do governo americano ouvidas pelo jornal "The New York Times".
Arte/Folha
O valor das reservas descobertas são gigantescos se comparado à atual economia afegã destroçada pela guerra, altamente dependente da produção de ópio e do tráfico de narcóticos, bem como de ajuda dos EUA e de outros países, diz o jornal. O produto interno bruto atual do Afeganistão é de apenas cerca de US$ 12 bilhões (R$ 21,6 bilhões).
As reservas minerais descobertas estão espalhados pelo país, incluindo nas regiões sul e leste ao longo da fronteira com o Paquistão, onde ocorreram a maior parte dos piores combates contra a insurgência taleban.
A descoberta envolve depósitos tão grandes de ferro, cobre, cobalto, ouro e metais fundamentais para a indústria, como o lítio, que poderiam transformar o Afeganistão em um dos principais centros de mineração do mundo, afirmaram as autoridades dos EUA ao "NYT".
Segundo um documento interno do Pentágono, por exemplo, o Afeganistão poderia se tornar a "Arábia Saudita do lítio", um material extremamente importante para a fabricação de baterias para laptops e celulares, segundo o jornal.
Indústria de mineração
A descoberta foi fruto do trabalho de uma pequena equipe de oficiais do Pentágono e geólogos americanos, e o governo afegão teria sido recentemente comunicado superficialmente sobre o assunto, segundo as autoridades ouvidas pelo "NYT".
Ainda que possa levar anos para que uma indústria de mineração se desenvolva no país, o potencial é tão bom que autoridades e executivos da área acreditam que poderia atrair grandes investimentos mesmo antes de as minas se tornarem rentáveis, gerando empregos após gerações de guerra, informa o jornal.
Virtualmente com nenhuma indústria ou infraestrutura de mineração em operação atualmente, levaria décadas para o Afeganistão conseguir explorar esse potencial completamente.
"Há um potencial formidável aqui", disse o general David H. Petraeus, chefe do Comando Central dos EUA, em entrevista neste sábado. "Há vários 'se', claro, mas eu acho que potencialmente é enormemente significativo."
Uma força-tarefa do Pentágono já começou a tentar ajudar o governo afegão a estabelecer um sistema para lidar com o desenvolvimento da mineração.
Empresas internacionais de contabilidade com experiência em contratos de mineração foram contratadas para prestar consultoria junto ao Ministério de Minas do Afeganistão, informa o jornal americano. Informações técnicas estão sendo preparadas para serem entregues a multinacionais de mineração e outros potenciais investidores.
Efeitos colaterais
As autoridades dos EUA e Afeganistão concordaram em discutir a descoberta em meio a um difícil momento para a guerra no país asiático. A ofensiva liderada pelos americanos no sul do país conseguiu apenas resultados limitados e acusações contra o presidente Hamid Karzai tiram a credibilidade do governo.
Os EUA, no entanto, reconhecem que a novidade pode ser uma "faca de dois gumes": pode levar o Taleban a lutar ainda mais intensamente para conquistar o comando e pode aumentar a corrupção no país, segundo o "NYT".
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/7503 ... -nyt.shtml
Coincidentemente, nos anos 1980, junto com agentes do DEA, agência anti-narcóticos dos EUA, na Bolívia, vinham geólogos, geógrafos, engenheiros de Minas, biólogos, dentre outras especialidades...
Estava até demorando...
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Re: Notícias de Afeganistão
Atualizado em 19 de junho, 2010 - 07:56 (Brasília) 10:56 GMT
ONU registra aumento de violência 'alarmante' no Afeganistão
A violência no Afeganistão aumentou de forma dramática nos primeiros quatro meses deste ano, de acordo com um relatório trimestral do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Conselho de Segurança.
De acordo com o documento, as explosões em acostamentos de estradas aumentaram 94% em relação ao mesmo período de 2009.
Em média, foram registradas três explosões suicidas por semana, metade delas no sul do país.
Foram registrados 45% mais assassinatos, com o Talebã e outros grupos sendo cada vez mais bem-sucedidos nos assassinatos de oficiais afegãos.
Ataques suicidas a bomba sofisticados dobraram desde o ano passado para cerca de dois por mês.
"A mudança para ataques suicidas mais complexos demonstra uma capacidade crescente de redes terroristas locais ligadas à Al-Qaeda", disse o relatório.
Sobre as bombas em acostamentos, o documento observou: "O aumento em incidentes envolvendo explosivos improvisados são uma tendência alarmante."
Eleições
As revelações vêm em meio a uma grande ofensiva da Organização dos Países do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na província de Helmand e um aumento do número de soldados americanos no país.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, determinou o envio de mais 30 mil soldados ao Afeganistão em dezembro.
Em fevereiro, a Otan lançou a Operação Moshtarak em Helmand, sua maior ofensiva militar desde que o Talebã foi retirado do poder, em 2001.
O relatório afirma que o aumento da violência é "atribuído a um aumento das operações militares na região sul durante o primeiro trimestre de 2010".
O documento também diz que a situação geral de segurança do Afeganistão "não melhorou" desde o último relatório, em março.
Apesar de tudo isso, a comissão eleitoral afegã conseguiu registrar mais de 2,5 mil candidatos políticos - dos quais 400 são mulheres - para as eleições marcadas para setembro, ressaltou o relatório.
Além disso, tanto a polícia afegã como o Exército estavam um pouco à frente de seus objetivos de aumentar suas tropas para 134 mil e 171,6 mil respectivamente.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... a_aw.shtml
ONU registra aumento de violência 'alarmante' no Afeganistão
A violência no Afeganistão aumentou de forma dramática nos primeiros quatro meses deste ano, de acordo com um relatório trimestral do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Conselho de Segurança.
De acordo com o documento, as explosões em acostamentos de estradas aumentaram 94% em relação ao mesmo período de 2009.
Em média, foram registradas três explosões suicidas por semana, metade delas no sul do país.
Foram registrados 45% mais assassinatos, com o Talebã e outros grupos sendo cada vez mais bem-sucedidos nos assassinatos de oficiais afegãos.
Ataques suicidas a bomba sofisticados dobraram desde o ano passado para cerca de dois por mês.
"A mudança para ataques suicidas mais complexos demonstra uma capacidade crescente de redes terroristas locais ligadas à Al-Qaeda", disse o relatório.
Sobre as bombas em acostamentos, o documento observou: "O aumento em incidentes envolvendo explosivos improvisados são uma tendência alarmante."
Eleições
As revelações vêm em meio a uma grande ofensiva da Organização dos Países do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na província de Helmand e um aumento do número de soldados americanos no país.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, determinou o envio de mais 30 mil soldados ao Afeganistão em dezembro.
Em fevereiro, a Otan lançou a Operação Moshtarak em Helmand, sua maior ofensiva militar desde que o Talebã foi retirado do poder, em 2001.
O relatório afirma que o aumento da violência é "atribuído a um aumento das operações militares na região sul durante o primeiro trimestre de 2010".
O documento também diz que a situação geral de segurança do Afeganistão "não melhorou" desde o último relatório, em março.
Apesar de tudo isso, a comissão eleitoral afegã conseguiu registrar mais de 2,5 mil candidatos políticos - dos quais 400 são mulheres - para as eleições marcadas para setembro, ressaltou o relatório.
Além disso, tanto a polícia afegã como o Exército estavam um pouco à frente de seus objetivos de aumentar suas tropas para 134 mil e 171,6 mil respectivamente.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... a_aw.shtml
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Re: Notícias de Afeganistão
PERA AÍ!Enlil escreveu:Q dúvida, q haviam aproveitado a guerra pela "liberdade e democracia" para prospectar o território afegão... Só para passar o tempo, por lazer, também fizeram pipelines...
Coincidentemente, nos anos 1980, junto com agentes do DEA, agência anti-narcóticos dos EUA, na Bolívia, vinham geólogos, geógrafos, engenheiros de Minas, biólogos, dentre outras especialidades...
Estava até demorando...
Geógrafos?!??!?! Onde que eu mando meu CV?!?!
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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