11 de Junho de 2010 - Riachuelo

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Marino
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11 de Junho de 2010 - Riachuelo

#1 Mensagem por Marino » Ter Mai 25, 2010 11:35 am

Hotsite do 11 de junho – Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo – Data Magna da Marinha – Encontra-se disponível na Página da Marinha na Internet, www.mar.mil.br, o novo “Hotsite” do 11 de junho – Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo - Data Magna da Marinha, que pode ser acessado por meio do “banner” superior. Esse novo “Hotsite” contempla informações sobre o Histórico da Batalha Naval do Riachuelo, a Biografia do Almirante Barroso e as artes para download (cartaz, folder, busdoor e outdoor).




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Re: 11 de Junho de 2010 - Riachuelo

#2 Mensagem por binfa » Sex Jun 04, 2010 3:30 pm

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Re: 11 de Junho de 2010 - Riachuelo

#3 Mensagem por Bolovo » Sáb Jun 05, 2010 12:25 am

Gostei muito desse poster! [100]




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Re: 11 de Junho de 2010 - Riachuelo

#4 Mensagem por alexmabastos » Dom Jun 06, 2010 1:57 am

Bolovo escreveu:Gostei muito desse poster! [100]
Mto legal mesmo, e mto interessante. Somente 100 anos separam caravelas de monstros submarinos nucleares.
Como a tecnologia voa...daqui 100 anos onde estaremos? Vale pensar...
Parabens à MB, ficou mto legal a propaganda!




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Re: 11 de Junho de 2010 - Riachuelo

#5 Mensagem por Brigadeiro » Dom Jun 06, 2010 6:45 pm

Pergunte ao Dandolo que ele te responderá... :lol: :lol: :lol:

Até mais!




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Re: 11 de Junho de 2010 - Riachuelo

#6 Mensagem por tflash » Seg Jun 07, 2010 8:07 am

alexmabastos escreveu:
Bolovo escreveu:Gostei muito desse poster! [100]
Mto legal mesmo, e mto interessante. Somente 100 anos separam caravelas de monstros submarinos nucleares.
Como a tecnologia voa...daqui 100 anos onde estaremos? Vale pensar...
Parabens à MB, ficou mto legal a propaganda!
Sem me querer meter mas metendo :D , Existiu uma grande evolução desde as caravelas até aos navios que participaram na batalha. Mas de facto a evolução é extraordinária e é tendência mundial querer-se que um navio faca o mesmo que vários, por menos dinheiro.




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Re: 11 de Junho de 2010 - Riachuelo

#7 Mensagem por Marino » Seg Jun 07, 2010 3:44 pm





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Re: 11 de Junho de 2010 - Riachuelo

#8 Mensagem por Marino » Qua Jun 09, 2010 9:06 am

BRASÍLIA, DF.
Em 11 de junho de 2010.

Assunto: Mensagem do Excelentíssimo Senhor Presidente da República à Marinha por ocasião do 145º aniversário da Batalha Naval do Riachuelo – Data Magna da Marinha.


Neste dia, temos a oportunidade de relembrar e reverenciar os feitos de valorosos homens que demonstraram o seu amor ao País, sacrificando as próprias vidas por um ideal maior: a preservação da soberania nacional.

Eram pessoas comuns, como os brasileiros de hoje, com planos e sonhos. E que, no calor do combate daquele 11 de junho de 1865, não se esquivaram à responsabilidade que lhes era imposta. Superaram as adversidades e lograram êxito.

Heróis como o Almirante Barroso, o Guarda-Marinha Greenhalgh, o Marinheiro Marcílio Dias e muitos outros que concorreram para a nossa vitória na Batalha Naval do Riachuelo estarão sempre em nossa memória por seus atos de coragem e bravura.

Felizmente, vivemos hoje em outros tempos. Nossas fronteiras estão consolidadas e a relação de amizade e solidariedade com os países vizinhos está cada vez mais robusta. Cresce, como nunca, a integração e a cooperação regionais. E elas estabelecem um clima de estabilidade e de paz que contribui sobremaneira para o desenvolvimento e os avanços sociais de todos os países da região.

Nesse sentido, as nossas Forças Armadas seguem no rumo certo. Reafirmam nossa vocação pacifista. E, sem descuidar de sua missão constitucional de defesa da Pátria, estão sempre prontas para prover amparo nas horas difíceis.

A Marinha do Brasil, com seu espírito cívico elevado, ilustra muito bem essa devoção. É o que pode ser constatado, por exemplo, na participação dos nossos fuzileiros navais no Haiti.

Em mais de cinco anos de atividades, eles têm ofertado uma contribuição ímpar àquele povo. E chamam a atenção dos haitianos e dos demais contingentes estrangeiros que lá se encontram pelo seu acentuado profissionalismo, generosidade e grande eficiência.

Ainda no cenário internacional, é importante mencionar o apoio prestado ao próprio Haiti e ao Chile após os terremotos ocorridos no início do ano - sendo que, nesse último caso, a Marinha enviou um Hospital de Campanha ao país por cerca de um mês e meio. Também merecem igual reconhecimento a operação de busca e resgate do voo Air France 447 e o salvamento da tripulação e dos jovens estudantes do veleiro canadense "Concórdia", que afundou a cerca de 520 km da costa brasileira.

No Brasil, nossos marinheiros foram fundamentais para o alívio das calamidades provocadas pela chuva em Santa Catarina e no Rio de Janeiro. E mantiveram a nobre missão dos "navios da esperança", que levam assistência médico-hospitalar aos rebeirinhos da Amazônia e do Pantanal.

O valor da Marinha também é reafirmado pela competência com que conduz o Programa Nuclear, de fins pacíficos, e pela sua excelência na construção de navios de superfície e submarinos aqui no País. Esta Força colabora com o desenvolvimento, gera empregos e promove a evolução tecnológica: ações imprescindíveis para uma grande Nação que se projeta cada vez mais no cenário global.

Desse modo, não tenho dúvida de que o nosso povo está certo ao sentir muito orgulho da Marinha que o Brasil possui.

Como Grão-Mestre da Ordem do Mérito Naval, dou meus parabéns a todos aqueles que estão sendo admitidos ou promovidos nesta data. Ser agraciado com tão nobre comenda deve ser motivo de honra para todos os homenageados, que passam a ser propagadores dos valores éticos, morais e profissionais dessa exemplar Instituição.

Marinheiros, Fuzileiros Navais e Servidores Civis!

Que os exemplos do Almirante Barroso e de tantos outros heróis de sua época se perpetuem. Estes homens vitoriosos transformaram desafios em realidade e, através de suas atitudes, carregadas de intrepidez e patriotismo, gravaram seus nomes no rol dos grandes vultos brasileiros.

Condutas dessa magnitude nos engrandecem e devem servir de inspiração para uma sociedade que pretende ser cada vez mais atuante, independente e justa.

Parabéns à Marinha pela sua Data Magna!

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República Federativa do Brasil




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Re: 11 de Junho de 2010 - Riachuelo

#9 Mensagem por Marino » Qua Jun 09, 2010 9:06 am

ORDEM DO DIA Nº 1/2010


Assunto: 145º Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo - Data Magna da Marinha


Completam-se, nesta data, 145 anos desde o momento em que o Brasil escreveu, nas páginas de sua história, uma de suas mais gloriosas passagens: a Batalha Naval do Riachuelo. Foi um acontecimento que deixou, para as gerações futuras, um legado de atos heróicos e ricos em lições de abnegação e amor ao País, protagonizados por pessoas que, no ardor dos combates, souberam dignificar, com coragem e extrema doação, o seu patriotismo. Aqueles fatos seguem nos ajudando a corroborar a grandeza da Nação.

Considerada como o ponto de inflexão da Guerra da Tríplice Aliança, a contenda ocorrida naquele afluente do rio Paraná foi de suma importância para a vitória dos aliados.

Na ocasião, os nossos navios não estavam preparados para uma operação fluvial, pois possuíam cascos inapropriados às pequenas profundidades e que eram feitos de madeira, o que os tornavam bastante vulneráveis às peças de artilharia inimigas, dispostas, furtivamente, ao longo das margens. Contudo, o ânimo para a luta e a adaptabilidade do pessoal foram o fator impulsionador necessário à superação dos obstáculos que se apresentaram.

Como Comandante-em-Chefe da Esquadra estava o nosso Patrono, o Almirante Joaquim Marques Lisboa, então Visconde de Tamandaré. À frente do grupo-tarefa local, cuja missão era participar da retomada da cidade argentina de Corrientes e realizar o bloqueio dos rios Paraguai e Paraná, vias essenciais para o apoio logístico do oponente, encontrava-se o Chefe-de-Divisão Francisco Manoel Barroso da Silva.

Dotado de fibra e sendo muito perspicaz, o Almirante Barroso pôde, naquela manhã de 11 de junho de 1865, contrapor-se à investida do adversário, consagrando-se herói nacional. Também merecem ser lembrados os Guarda-Marinha Greenhalgh e Imperial Marinheiro Marcílio Dias que, como muitos outros, sacrificaram suas vidas defendendo a nossa bandeira.

Marinheiros, Fuzileiros Navais e Servidores Civis de hoje! Homens e mulheres que se dedicam, diuturnamente, à nossa Instituição! Ressaltar a dignificante saga dos antepassados permite refletir sobre a magnitude das responsabilidades que nos são confiadas pela sociedade. A Pátria clama por gente à altura de sua grandiosidade!

Nesses tempos atuais, em que o mundo se transforma rapidamente, o incrível avanço das comunicações e dos transportes encurta as longas distâncias de antigamente e dita profundas mudanças comportamentais nos seres humanos. Há uma notória percepção de que os povos estão permanentemente interagindo, o que requer estarmos atentos para a resultante dessas dinâmicas sociais.

Assim, a Marinha, em plena consonância com a evolução do pensamento moderno, porém sem se afastar dos valores de outrora, procura, incansavelmente, construir uma Força capaz de contribuir para a garantia dos interesses e da soberania de um Estado pujante e cada vez mais influente, como o nosso.

São muitos os motivos que nos levam a meditar.

As riquezas existentes em nosso território, tais como as jazidas de minerais estratégicos, de petróleo e de gás; as reservas de água doce; o clima e o solo fértil para a produção de alimentos; e a longa tradição de buscar soluções pacíficas para as controvérsias, podem gerar atitudes alienígenas indesejáveis às nossas pretensões, caso não estejamos suficientemente preparados para dissuadi-las. Temos, portanto, que enfrentar o desafio de ser grande, fruto do papel, cada vez mais atuante, que estamos desempenhando no cenário internacional e, da mesma maneira que ocorreu no passado, sermos obstinados na execução das tarefas que nos são cometidas.

A construção do submarino com propulsão nuclear, por sua complexidade, bem demonstra o espírito que devemos cultuar. Tendo iniciado o nosso Programa Nuclear há cerca de 31 anos, jamais nos abatemos diante das dificuldades, estando, agora, em decorrência de uma reconhecida necessidade estratégica, aproximando-nos de ver concretizada essa meta maior.

Além disso, precisamos nos conscientizar que somos uma Instituição respeitada entre as diversas Marinhas. As nossas capacidades tecnológicas e operativas, adquiridas ao longo dos anos, refletem, claramente, as potencialidades de um País predestinado a ser um ator relevante, não só em face das suas dimensões geográficas, como também do seu desenvolvimento sócio-econômico. Dentro desse enfoque, posso citar, além do domínio de tecnologias sensíveis, a capacitação em construir navios, o que inclui submarinos convencionais; a operação de navios-aeródromos com aeronaves de asa fixa embarcadas; e a manutenção de tropas de fuzileiros navais em condições de pronto emprego e com características eminentemente expedicionárias.


Acresce que, em dezembro de 2008, foi aprovada a Estratégia Nacional de Defesa, cuja divulgação tem incentivado a sociedade a discutir questões que envolvem a segurança externa; trata-se de um documento de alto nível que orienta os esforços, dos mais variados setores, no sentido de criar-se uma sinergia capaz de proporcionar o devido aparelhamento e a eficaz distribuição territorial das organizações militares, além do fortalecimento sustentável da indústria, com geração de empregos e mais renda para os brasileiros.

A Força, alinhada com essa perspectiva, vem empreendendo esforços importantes com a finalidade de se equipar com os meios necessários à garantia dos interesses brasileiros no mar e na vasta rede fluvial.

Meus Comandados!

A nossa Data Magna, que estamos comemorando, nos remete a incontáveis reflexões que, seguramente, irão nos ajudar a entender o passado, analisar o presente e planejar o futuro. Homens corajosos, como os que participaram da Batalha Naval do Riachuelo, nos deixaram suas heranças de bravura, combatividade, idealismo e, principalmente, valor.

Assim sendo, exorto a todos a manterem vivos, dentro de si, os ideais que guiaram aqueles heróis de 1865. A eles devemos a gratidão por terem ajudado a construir uma Nação soberana e unida, da qual muito nos orgulhamos!



JULIO SOARES DE MOURA NETO
Almirante-de-Esquadra
Comandante da Marinha




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Re: 11 de Junho de 2010 - Riachuelo

#10 Mensagem por Marino » Sex Jun 11, 2010 4:07 pm

Plano Brasil:
BATALHA DO RIACHUELO 11/06/1865 (Domingo)
11/06/2010

Imagem

Batalha Naval do Riachuelo
Victor Meirelles de Lima

Fonte: http://www.expodigital.com.br/obras/bat ... chuelo.htm

Comissionado pelo Ministro da Marinha Afonso Celso, Victor Meirelles segue em 1868 para o teatro de guerra no Paraguai, montando seu ateliê a bordo do capitânia da esquadra, Brasil, onde trabalhou durante dois meses em croquis e esboços. Novamente no Rio executa, no Convento de Santo Antônio, Combate de Riachuelo e Passagem de Humaitá.

RIACHUELO:- Passo do rio Paraguai, que deu o seu nome ao grandioso combate naval de 11 de junho de 1865, um domingo, entre a esquadra brasileira, comandada pelo almirante Barroso (depois barão do Amazonas) e a esquadra paraguaia, que foi destroçada e em parte destruída. O combate durou aproximadamente 8 horas, e foi sustentado de um e outro lado com rara bravura.

Nesta edição inaugural do Almanaque Virtual, orgulhosamente estamos revivendo uma das epopéias heróicas dos nossos soldados, cultuando também, com grande respeito, na mesma intensidade, a bravura dos combatentes paraguaios; revivê-la com um texto contemporâneo, com certeza não seria tarefa tão difícil, porém, não tão contundente como esta que estamos resgatando para os nossos queridos visitantes.

Foi no distante junho de 1918, mais de cinqüenta anos da monumental batalha, que o almanaque “Eu sei tudo”, numa sugestiva seção intitulada “PAGINAS ESQUECIDAS”, brindou os seus inúmeros leitores com uma matéria muito bonita e comovente, sob o titulo “COMBATE DO RIACHUELO”, do Dr. Pires de Almeida.

Hoje, após mais de 80 anos da publicação e 130 anos da batalha, o Almanaque Virtual procura preservar esse maravilhoso feito desses bravos soldados, reeditando novamente essa matéria, na esperança de não ter sido em vão os esforços dos editores do almanaque “Eu sei tudo”, não tornando essa página da nossa história, em uma das “PAGINAS ESQUECIDAS”.

Em fins de abril, de 1865, duas divisões da esquadra brasileira subiram o rio Paraná, indo fundear em Bela Vista. Os paraguaios, tendo invadido o território correntino (Corrientes) com poderosa força, ao mando do general Robles, agora reforçados por mais 3.000 homens, apoderam-se da cidade, depois de haverem tomado de assalto dois vapores argentinos, e juntam-se ás tropas ali existentes, convertendo a indefesa cidade em poderosa praça de guerra, com um efetivo de 27.000 homens e 60 bocas de fogo.

Simultaneamente, outro exercito paraguaio ameaça invadir as fronteiras brasileiras pela lado de Itapua, ao mando do tenente coronel Estigarribia.

Sem que encontrassem embaraços á sua passagem, os paraguaios, com forças sempre numericamente superiores, dividem-se e subdividem-se, descendo a melhor parte até Riachuelo, em cujas barrancas se fortificam.; não obstante porém esse aparato todo, inesperadamente contra-marcham, obrigando Paunero, que ia ao seu encontro, a reembarcar suas tropas, vindo abarracar-se em Rincon del Soto.

Aquele simulacro de retirada não passara despercebido ao valente cabo de guerra argentino, que, sem ter receio do imprevisto, de plano com com o chefe Barroso, que o auxilia na temerária expedição, embarca novamente suas forças e, surgindo na capital correntina a 25 de Maio (quinta feira), ataca-a e retoma-a, estando a cidade defendida por 2.000 homens, ao mando de Martinez.

Imagem

Os aliados tiveram fora de combate, entre mortos e feridos, 200 argentinos e 21 brasileiros; o inimigo 452 mortos fora 66 feridos e 86 prisioneiros; e , além de armamento e munições em considerável quantidade, tomamos-lhe mais três bocas de fogo, duas caixas de guerra e uma bandeira

Obtida esta vitória, Paunero, certo de que Robles, vendo assim surpreendida sua linha de retirada, o atacaria com 25.000 homens sob seu comando, embarca as forças argentinas e brasileiras e desce, indo acampar no Rincon.

E com aquele predisposto, Lopez embarca precipitadamente no Taquari, a 8 de junho de 1865, uma quinta feira, com direção a Humaitá, e assiste em pessoa aos preparativos para a planejada expedição, marcando o dia 11, domingo, irrevogavelmente para o ataque e abordagem á esquadra, que ele supunha desprevenida e desguarnecida.

Aparentemente calmo, Lopez traia-se a cada instante, desenvolvendo frenética atividade para esconder os revezes que acabava de sofrer, e agora, sugestionado pelo feroz Diaz, resolve o ousado plano de um formidável combate naval, de que lhe adviriam vantagens imaginarias sobre os exércitos aliados.

Para atenuar, perante os seus soldados, o desastre de Corrientes, responsabiliza pela derrota o chefe Martinez, que faz passar pelas armas, não obstante ter-se valentemente batido.

Apenas chegado ao forte de Humaitá, Solano Lopez, em veemente alocução, concita os oficiais e soldados do Sexto batalhão de infantaria naval, o mais valente dos seus batalhões, a se baterem sem tréguas; e á distribuição de sabres e machadinhas recomendou-lhes que lhe levassem prisioneiros vivos, ao que eles responderam que pouco lhes preocupavam prisioneiros, prometendo afirmativamente, que voltariam vitoriosos, rebocando os nossos vasos de guerra.

A despeito de tão eloqüente entusiasmo, Solano Lopez, como se não confiasse bastante no plano traçado pelo general Diaz, reforçou-o, mandando o coronel de artilharia Bruguez assestar uma bateria de 32 canhões, na margem direita da embocadura do Riachuelo; este, por iniciativa própria, estendeu no local denominado Barrancas, protegido por um montículo, poderoso contingente de infantaria, destinado não só a socorrer a abordagem sob o comando do coronel Aquino, mas ainda a auxiliar a artilharia com a sua fuzilaria.

Três mil homens ali estavam na tocaia. A margem direita da embocadura, de ponto em ponto, outros contingentes se abarracaram para fim idêntico.

A nossa força naval atingia, no local, a 2.287 combatentes, inclusive oficiais de mar e terra, sendo 1.113 de marinha e 1.174 do exercito, que se achavam a bordo para qualquer operação de desembarque, e 50 bocas de fogo; cumprindo assinalar que oficiais e praças de terra, segundo as comunicações do vários comandantes, muito concorreram para o resultados obtidos.

Formando ligeira curva, alerta se achavam os navios paraguaios: Tacuary, Igurey, Marquez de Olinda, Salto, Paraguary, Iporá, Jujuy e Iberá, na ordem em que os mencionamos.

Essa esquadra partira de Humaitá á meia-noite, dando-se logo ao sair um desarranjo na maquina do Iberá, que alterou um tanto o plano de ataque.

Abaixo de Corrientes, cerca de duas léguas, ostentava-se a nossa esquadra, composta dos vapores de guerra: Belmonte, Mearim, Beberibe, Ipiranga, Amazonas, Jequitinhonha, Parnaíba, Iguatemi e Araguari, ancorados á margem direita do Paraná, entre as pontas do mesmo nome e de Santa Catarina.

Importando executar á risca as ordens do ditador, a abordagem foi tentada logo ao dobrar a ilha Palomera. Aproaram os navios contra a corrente do Paraná, como para executá-la; o renhido canhoneio dos rodízios de popa dos vapores brasileiros, porém, fê-los recuar. Depois deste rechaço, a esquadra paraguaia, avançando, colocou-se em frente ás bocas do Riachuelo.

As 9 horas, distinguem-se nuvens de fumo anunciando a aproximação de navios inimigos. Do tope de vante de um dos nossos vasos de guerra ouvem-se vozes de Navio á proa! Em seguida de Esquadra inimiga á vista.

Imediatamente a Mearim, a cujo bordo se achava Barroso, iça o respectivo sinal.

Rufam tambores e trilam os apitos no convés de todos os vapores de nossa divisão. Barroso desfralda sinais, que ordenam: Preparar para combate! E manda despertar os fogos abafados; Largam-se as amarras sobre as bóias; acham-se em bateria as peças e rodízios; os encarregados da munição descem pressurosos aos paióis e voltam trazendo balas e metralhas, que empilham aos lados das baterias. Atiradores guarnecem as gáveas.

A esquadra inimiga apontou, indo na frente Paraguary, seguido de Igurey e depois Iporá, Salto, Pirabebé, Jujuy, Márquez de Olinda e Tacuary.

Neste embarcara, em Humaitá, o velho marinheiro Messa, com a senha de abordar violentamente e, segundo as circunstancias, um ou mais navios, sem medir sacrifícios.

A nossa esquadra põe-se em movimento, iniciando a marcha a canhoneira Belmonte, cuja guarnição se mostra ansiosa. Seguem após Amazonas, para cujo bordo de transferira Barroso, e, na mesma linha, avançam, Beberibe, Mearim,Araguari e os demais.

Já no tope do navio capitania vê-se o sinal de O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever e, em seguida, este outro Bater o inimigo que estiver mais próximo

A nossa esquadra ia, de fato, ao encontro do inimigo. Jequitinhonha, ao passar em frente á embocadura do Riachuelo, encalha, dando se então fortíssimo tiroteio entre as forças do navio e as de Bruguez, ao alto do barranco.

Três navios paraguaios tentam abordá-la; a canhoneira, porém, cuja tripulação a custo consegue safá-la, prossegue, obrigada a uma luta desigual, em que a nossa maruja se vê constantemente a beira das baterias inimigas. Quadro indescritível oferece, então, esse vaso de guerra, com a sua proa, as amurada, as vergas e os mastros, os escaleres, tudo, enfim, reduzido a estilhaços, que concorrem para por fora de combate os nossos soldados e oficiais mais ousados.

Morre Lima Barroso e, junto dele, tem a mesma sorte o pratico André Motta; 17 inferiores tombam quase de assentada. Recebem ferimentos o chefe Gomensoro, Freitas, Lacerda e Castro Silva, firmes nos seus postos.

Desce agora o Parnaíba: outra abordagem pelos navios Salto, Paraguary e Tacuary. Tão certeiros são os disparos da Jequitinhonha sobre Paraguary, que este retrocede logo.

Os outros navios atacantes encostaram-se, porém, a bombordo e a estibordo da Jequitinhonha; Garcindo, no passadiço, concita a tripulação á resistência; Firmino Chaves, em brados de entusiasmo, Pedro Afonso Ferreira e Maia, á frente dos seus navais, relutam com denodo.

O Marques de Olinda, vem em socorro dos seus e despeja no convés da Parnaíba centenas de bravios guaranis, armados de sabres, machadinhas e revolveres. Eram os famigerados do Sexto de infantaria, que já se haviam triste e indignamente celebrado nas carniçarias de Mato Grosso.

Dá-se, então, combate, peito a peito, pulso a pulso, que remata em horrível carnificina. Greenhalgh consegue derrubar, a tiro, um oficial paraguaio, que o intima a arriar o pavilhão; mas, logo após, cai morto ás arguçantes cutiladas de sabre a duas mãos; Pedro Affonso e Maia, defendendo-se, caem mutilados; Marcilio Dias, batendo-se contra quatro, mata dois de seus adversários, morrendo em seguida aos golpes de afiadas machadinhas dos outros dois. Após uma hora de nutrida e porfiante contenda, o inimigo consegue Apossar-se do convés desde a popa ao mastro grande. Os oficiais, escudados pelas peças, fuzilam-no, ás incessantes investidas. Mearim e Belmonte, respectivamente sob os comandos de Eliziario Barbosa e Abreu, acodem oportunos.

Os abordantes abandonam os companheiros, que haviam galgado o convés da Parnaíba, e fogem aos primeiros tiros daqueles navios. A bordo da Parnaíba chegara-se a vacilar um instante, quase se perdendo a esperança de repelir o inimigo, que se multiplicava com os ininterruptos esforços; Garcindo, seu brioso comandante, á iminente ameaça daqueles reforços, chega mesmo a combinar com o imediato Felippe Rodrigues Chaves que, em ultimo caso e como medida extrema, lançariam fogo ao paiol, fazendo voar o navio em estilhaços, e, como visse repletas chalanas inimigas se aproximarem, transmitiu aquelas ordens ao oficial, escrivão Correa da Silva, que acendendo o charuto, se dispôs a obedecer no instante; a guarnição, entretanto, reanima-se e, investindo contra os paraguaios, que em vertiginoso delírio se batiam á louca, aos gritos de – mata! degola! , tapetam o convés com seus cadaveres, que rolam por dezenas. O Amazonas, que até então sustentara vivíssimo fogo contra as baterias de Bruguez, percebe, através da espessa fumaça, o que se passa a bordo da Parnaíba, e vem-lhe em socorro, no momento mesmo em que o Márquez de Olinda chegava para reforçar a abordagem: contra este investe o Amazonas, que o afunda a proadas. O Tacuary tenta escapar-se a idêntica manobra do Amazonas; este, porém, persegue-o, e mete-o a pique, igualmente ás bicadas de proa. Ipiranga, sob o comando de Alvaro de Carvalho e que, bem como aquele, respondia ao tiroteio da baterias de Bruguez, vem, por sua vez, em defesa do Parnaíba, e com certeiros disparos arromba logo o costado e as caldeira do Salto, cuja tripulação, em alarido, atira-se na água, á fuzilada dos nossos.

Segue-se agora o Ipiranga no encalço do Paraguary, crivando-o de metralha.

A Beberibe, cujo comandante Bonifacio de Sant’Anna se mostrara de inaudita bravura, persegue os navios inimigos. O comandante da Iguatemi, ferido, é levado em braços para o camarote; o imediato Oliveira Pimentel, substituindo-o, é decapitado por uma bala; assume o comando o jovem Gomes dos Santos, que auxilia o tiroteio.

O Ipiranga, ao mando de Alvaro de Carvalho, faz submergir uma chata que, a distancia, dirige certeiros tiros aos costados dos navios: a tripulação, estilhaçada, trombulha, descendo na correnteza; no Araguary, Hoonholts bate-se com denodo; contra o navio de se comando voltam-se os que atacavam a Parnaíba, auxiliados agora pelo Tacuary, que recuara aos disparos dos rodízios do Ipiranga.

Os flancos dos navios brasileiros, despedaçados pelos canhonaços das chatas a lume d’agua, tornam iminente a submersão total da esquadra. Bombas metralhas esfuziam do alto dos barrancos: não é possível descrever o que se passa a bordo dos navios ao alcance das balas, que sibilam em chuveiros.

Entretanto, alguma coisa de providencial se passava, que cumpre não esquecer: quando o oficial-escrivão da Parnaíba, depois de haver tragado, para atiçá-lo, algumas fumaças do fatídico morrão que deveria comunicar o fogo ao paiol, pensa cumprir a sinistra ordem ouvem-se alvissareiros vivas que, irrompendo dos navios brasileiros em delírio, o detém estupefato. E de pé, sobre a caixa das rodas, destaca-se afina, por entre densas nuvens de fumo, o vulto imponente de Barroso, que é o primeiro a bradar – Vitória!

E este triunfo naval, que tão diretamente influíra nos destinos de toda a campanha, mudou também, e inteiramente, a sorte dos adversários.

Robles não mais prosseguiu na invasão de Entre Rios; Estigarribia, isolado nas margens do Uruguai, depões as armas; Lopez, recolhendo-se a temporária defensiva, volta-se contra os seus: Robles ao regressar é fuzilado por covarde. As nossas perdas foram de 216 combatentes entre mortos e feridos, assim descriminados por navios:

Navios Mortos Feridos
Amazonas 13 13
Belmonte 9 23
Iguatemi 1 6
Jequitinhonha 8 33
Parnaíba 33 29
Beberibe 5 19
Araguari 2 5
Ipiranga 1 6
Mearim 2 8

Total 74 142

Total 216

O inimigo teve fora de combate, a bordo, entre mortos, feridos, afogados, comprimidos pelos costados dos navios e prisioneiros, 1.500 praças, aproximadamente; em terra, Bruguez perdeu 1.750, o tudo perfaz 3.250; mais elevada foi, entretanto, a estimativa de inteligentes oficiais prisioneiros. E a esquadra avança, avança sempre, em demanda de novas e estrondosas vitórias.

Dr. Pires de Almeida

Fonte: Almanaque CNT




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: 11 de Junho de 2010 - Riachuelo

#11 Mensagem por soultrain » Sex Jun 11, 2010 7:33 pm

Marino escreveu:ORDEM DO DIA Nº 1/2010


Assunto: 145º Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo - Data Magna da Marinha


Completam-se, nesta data, 145 anos desde o momento em que o Brasil escreveu, nas páginas de sua história, uma de suas mais gloriosas passagens: a Batalha Naval do Riachuelo. Foi um acontecimento que deixou, para as gerações futuras, um legado de atos heróicos e ricos em lições de abnegação e amor ao País, protagonizados por pessoas que, no ardor dos combates, souberam dignificar, com coragem e extrema doação, o seu patriotismo. Aqueles fatos seguem nos ajudando a corroborar a grandeza da Nação.

Considerada como o ponto de inflexão da Guerra da Tríplice Aliança, a contenda ocorrida naquele afluente do rio Paraná foi de suma importância para a vitória dos aliados.

Na ocasião, os nossos navios não estavam preparados para uma operação fluvial, pois possuíam cascos inapropriados às pequenas profundidades e que eram feitos de madeira, o que os tornavam bastante vulneráveis às peças de artilharia inimigas, dispostas, furtivamente, ao longo das margens. Contudo, o ânimo para a luta e a adaptabilidade do pessoal foram o fator impulsionador necessário à superação dos obstáculos que se apresentaram.

Como Comandante-em-Chefe da Esquadra estava o nosso Patrono, o Almirante Joaquim Marques Lisboa, então Visconde de Tamandaré. À frente do grupo-tarefa local, cuja missão era participar da retomada da cidade argentina de Corrientes e realizar o bloqueio dos rios Paraguai e Paraná, vias essenciais para o apoio logístico do oponente, encontrava-se o Chefe-de-Divisão Francisco Manoel Barroso da Silva.

Dotado de fibra e sendo muito perspicaz, o Almirante Barroso pôde, naquela manhã de 11 de junho de 1865, contrapor-se à investida do adversário, consagrando-se herói nacional. Também merecem ser lembrados os Guarda-Marinha Greenhalgh e Imperial Marinheiro Marcílio Dias que, como muitos outros, sacrificaram suas vidas defendendo a nossa bandeira.

Marinheiros, Fuzileiros Navais e Servidores Civis de hoje! Homens e mulheres que se dedicam, diuturnamente, à nossa Instituição! Ressaltar a dignificante saga dos antepassados permite refletir sobre a magnitude das responsabilidades que nos são confiadas pela sociedade. A Pátria clama por gente à altura de sua grandiosidade!

Nesses tempos atuais, em que o mundo se transforma rapidamente, o incrível avanço das comunicações e dos transportes encurta as longas distâncias de antigamente e dita profundas mudanças comportamentais nos seres humanos. Há uma notória percepção de que os povos estão permanentemente interagindo, o que requer estarmos atentos para a resultante dessas dinâmicas sociais.

Assim, a Marinha, em plena consonância com a evolução do pensamento moderno, porém sem se afastar dos valores de outrora, procura, incansavelmente, construir uma Força capaz de contribuir para a garantia dos interesses e da soberania de um Estado pujante e cada vez mais influente, como o nosso.

São muitos os motivos que nos levam a meditar.

As riquezas existentes em nosso território, tais como as jazidas de minerais estratégicos, de petróleo e de gás; as reservas de água doce; o clima e o solo fértil para a produção de alimentos; e a longa tradição de buscar soluções pacíficas para as controvérsias, podem gerar atitudes alienígenas indesejáveis às nossas pretensões, caso não estejamos suficientemente preparados para dissuadi-las. Temos, portanto, que enfrentar o desafio de ser grande, fruto do papel, cada vez mais atuante, que estamos desempenhando no cenário internacional e, da mesma maneira que ocorreu no passado, sermos obstinados na execução das tarefas que nos são cometidas.

A construção do submarino com propulsão nuclear, por sua complexidade, bem demonstra o espírito que devemos cultuar. Tendo iniciado o nosso Programa Nuclear há cerca de 31 anos, jamais nos abatemos diante das dificuldades, estando, agora, em decorrência de uma reconhecida necessidade estratégica, aproximando-nos de ver concretizada essa meta maior.

Além disso, precisamos nos conscientizar que somos uma Instituição respeitada entre as diversas Marinhas. As nossas capacidades tecnológicas e operativas, adquiridas ao longo dos anos, refletem, claramente, as potencialidades de um País predestinado a ser um ator relevante, não só em face das suas dimensões geográficas, como também do seu desenvolvimento sócio-econômico. Dentro desse enfoque, posso citar, além do domínio de tecnologias sensíveis, a capacitação em construir navios, o que inclui submarinos convencionais; a operação de navios-aeródromos com aeronaves de asa fixa embarcadas; e a manutenção de tropas de fuzileiros navais em condições de pronto emprego e com características eminentemente expedicionárias.


Acresce que, em dezembro de 2008, foi aprovada a Estratégia Nacional de Defesa, cuja divulgação tem incentivado a sociedade a discutir questões que envolvem a segurança externa; trata-se de um documento de alto nível que orienta os esforços, dos mais variados setores, no sentido de criar-se uma sinergia capaz de proporcionar o devido aparelhamento e a eficaz distribuição territorial das organizações militares, além do fortalecimento sustentável da indústria, com geração de empregos e mais renda para os brasileiros.

A Força, alinhada com essa perspectiva, vem empreendendo esforços importantes com a finalidade de se equipar com os meios necessários à garantia dos interesses brasileiros no mar e na vasta rede fluvial.

Meus Comandados!

A nossa Data Magna, que estamos comemorando, nos remete a incontáveis reflexões que, seguramente, irão nos ajudar a entender o passado, analisar o presente e planejar o futuro. Homens corajosos, como os que participaram da Batalha Naval do Riachuelo, nos deixaram suas heranças de bravura, combatividade, idealismo e, principalmente, valor.

Assim sendo, exorto a todos a manterem vivos, dentro de si, os ideais que guiaram aqueles heróis de 1865. A eles devemos a gratidão por terem ajudado a construir uma Nação soberana e unida, da qual muito nos orgulhamos!



JULIO SOARES DE MOURA NETO
Almirante-de-Esquadra
Comandante da Marinha
Mais um discurso fantástico, junto ao do Presidente, BZ à MB e a todos os seus integrantes [009] [009] [009] [009] [009]





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


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Re: 11 de Junho de 2010 - Riachuelo

#12 Mensagem por Paisano » Sex Jun 11, 2010 8:13 pm





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czarccc
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Re: 11 de Junho de 2010 - Riachuelo

#13 Mensagem por czarccc » Sex Jun 11, 2010 9:33 pm

Só completando Paisano, está faltando a Fase 1. O responsável pela postagem lá no site argentino deve ter se esquecido de linkar a foto, mas ela está lá no servidor. Segue:

Imagem




Imagem
Hader

Re: 11 de Junho de 2010 - Riachuelo

#14 Mensagem por Hader » Sex Jun 11, 2010 10:06 pm

Um viva à Armada e seus valorosos homens e mulheres, que demosntram dia após dia ao povo brasileiro o verdadeiro significado do amor à Pátria. BZ MB!




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