Operações Policiais e Militares

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Edu Lopes
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Re: Operações Policiais e Militares

#5071 Mensagem por Edu Lopes » Qui Mai 20, 2010 1:31 pm

Esse caso da furadeira foi de uma infelicidade ímpar. Mas a imprensa já tá descendo a lenha na polícia. O texto de capa no site do Globo é Viúva diz que foi xingada por PM do Bope, no Rio numa clara tentativa de jogar a população contra a polícia contra o BOPE.
Policial que matou homem que segurava furadeira será indiciado por homicídio doloso

Publicada em 19/05/2010 às 23h19m
Ediane Merola - O Globo e Paulo Carvalho - Extra


Imagem
O CORONEL Paulo Henrique tenta mostrar a semelhança entre uma furadeira e uma submetralhadora Uzi

RIO - Regina Célia Canelas Ribeiro, de 44 anos, testemunha da morte de seu marido, Hélio Barreira Ribeiro, por um agente do Bope, no Morro do Andaraí, nesta quarta-feira, disse que o policial não falou nada com a vítima e foi logo atirando. Segundo ela, Hélio tinha acabado de subir numa escada trazendo na mão um furadeira - que acabou sendo confundida com uma submetralhadora Uzi - quando houve o disparo.

- Depois de balear meu marido, ele (o PM) ainda me xingou e, apontando a arma para mim, ordenou que eu me deitasse. Vieram pulando os telhados das casas até chegar à nossa. Eles me trataram como bandida -- contou.

Regina ainda tentou impedir que os policiais levassem a furadeira.

- Eles diziam que a furadeira era a prova deles. Só se fosse a prova da incompetência do policial que atirou no meu marido. Não sei como vou tocar a minha vida daqui para frente. Ele era meu amigo, o pai dos meus filhos. Sei que sou mais uma entre tantas outras. Mas hoje perdi mais da metade de mim - disse a mulher da vítima.

Na delegacia, Regina disse que o marido foi atingido quando estava de costas em cima da escada, na casa onde moravam na Rua Ferreira Pontes, num dos acessos ao Morro do Andaraí.

Autor dos disparos, o cabo Leonardo Albarello será indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar, e vai responder pelo crime em liberdade. De acordo com a delegada Leila Goulart, da delegacia de Vila Isabel, o fato de Albarello ter se apresentado espontaneamente retira o flagrante. Segundo ela, mesmo o PM não tendo a intenção de matar, vai responder pelo homicídio doloso.

Após acompanhar o trabalho dos peritos, a delegada disse ainda que, se for preciso, será feita uma reconstituição para saber se a distância fez com que o PM se confundisse. O disparo foi feito a uma distância de aproximadamente 40 metros.

Imagem
Perito trabalha no terraço onde Hélio Ribeiro foi atingido por tiro de fuzil. Foto: Marco Antônio Cavalcanti

Vítima comentou que furadeira poderia ser confundida com arma

A mulher da vítima contou ainda que o marido chegou a comentar com ela o fato de estar com a furadeira na mão e a mesma ser confundida com uma arma.

- Ele subiu para consertar uns plásticos que eu costumo colocar no terraço para cobrir a chuva. Mas eu cheguei a comentar com ele se não seria melhor fazer isso no final de semana. Ele disse que não sabia se ia estar de folga. Quando ele subiu na escada ainda comentou sobre o fato de os policiais confundirem a furadeira com uma arma - disse.

Em entrevista coletiva, o comandante do Bope, tenente-coronel Paulo Henrique Azevedo Moraes, admitiu que houve um erro, mas disse que Albarello agiu acreditando que estava certo. O cabo ficará afastado das ruas por tempo indeterminado e passará por acompanhamento psicológico.

- A partir do momento em que há um disparo contra um civil, isso é um erro. Ele agiu, naquele momento, consciente de que estava certo. O erro foi detectado depois - disse o oficial.

A Secretaria de Segurança divulgou uma nota que lamentou o ocorrido e informou que vai dar apoio à família. E confirmou a instalação, ainda este ano, de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Morro do Andaraí.

No final da tarde, outros policiais do Bope, que participaram da operação no Andaraí, chegaram na delegacia para permitir a saída do acusado. Ele acabou saindo no meio dos colegas, driblando toda a imprensa que estava no local.

Antes da operação do Bope, policiais do 6 BPM (Tijuca) estiveram no morro para checar uma denúncia de que havia um homem preso no alto da comunidade, prestes a ser executado. Durante confronto, morreram Jhonamir Duarte dos Santos, o Peixe, de 21 anos, e Adriano do Sacramento da Silva, o AR, de 24. Com eles, foram apreendidas uma pistola 9mm e uma granada. Adriano tinha três passagens pela polícia.


Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/05 ... 629100.asp




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Re: Operações Policiais e Militares

#5072 Mensagem por Viktor Reznov » Qui Mai 20, 2010 5:07 pm

Só digo uma coisa, fudeu pro BOPE inteiro depois desse incidente infeliz.




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Re: Operações Policiais e Militares

#5073 Mensagem por Pereira » Qui Mai 20, 2010 5:16 pm

Cross escreveu:Só digo uma coisa, fudeu pro BOPE inteiro depois desse incidente infeliz.
Pra tudo o brasileiro (imprensa) tem memória curta. Do mesmo jeito que já esqueceram todo o bom trabalho do BOPE, em dois tempos não se falará mais nisso.

Mas que é revoltante isso é. E não erro do policial, e sim como trataram o caso num desses jornais da manhã, a infeliz da âncora teve a coragem de pôr em dúvida toda a polícia.




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Re: Operações Policiais e Militares

#5074 Mensagem por prp » Qui Mai 20, 2010 6:30 pm

E com certeza o policial será inocentado. Legítima defesa putativa.




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Re: Operações Policiais e Militares

#5075 Mensagem por PQD » Sex Mai 21, 2010 9:10 am

Narcotráfico: Bolívia envia tropas para fronteira com Brasil

Agência AFP



LA PAZ - O governo boliviano ordenou o reforço da presença militar em regiões de fronteira com Brasil e Paraguai, onde foi detectada uma crescente presença de narcotraficantes, assassinos e quadrilhas colombianas, disse nesta quinta-feira o presidente em exercício, Alvaro García.

"A locomotiva da Constituição e das leis são as Forças Armadas (que servirão) para a maior presença territorial e (para) acabar com micro-exércitos de narcotraficantes e mercenários que estão começando a crescer", afirmou Alvaro García.

Segundo o presidente em exercício, será formado um "comando conjunto na Chiquitanía (nas planícies do departamento de Santa Cruz, fronteiriço com Brasil e Paraguai) para levar várias unidades militares a esta região".

"Vamos ter a presença nas próximas semanas e meses garantindo soberania territorial", disse Garcia, ao referir-se às regiões que fazem fronteira com terras brasileiras e paraguaias onde, além do tráfico de drogas, também existe um amplo comércio ilegal de armas.

A medida visa especialmente o departamento de Santa Cruz, onde é detectada uma crescente atividade do narcotráfico.

Em Santa Cruz, a região mais próspera da Bolívia, foram descobertos nas últimas semanas vários laboratórios de cocaína dirigidos por colombianos, e ocorreram seis assassinatos, incluindo o de três guarda-costas sérvios, em um aparente ajuste de contas entre narcotraficantes.

García - que substitui temporariamente Evo Morales, que viaja pela Europa - disse que o problema gerado pelo narcotráfico "não deve ser permitido".

"Por isso, temos que distribuir a presença militar que é a vanguarda da presença estatal", acrescentou.

A Bolívia, com 195 toneladas ao ano, é o terceiro produtor mundial de cocaína, atrás de Colômbia e Peru, segundo um informe emitido em março pelos Estados Unidos.




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Re: Operações Policiais e Militares

#5076 Mensagem por PQD » Sex Mai 21, 2010 9:13 am

Novo esquema de escutas da PF deixa empresas telefônicas de fora

Rui Nogueira e Felipe Recondo, BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo



A Polícia Federal vai ter um novo sistema de escutas telefônicas com duas novidades: as operadoras de telefonia serão excluídas do processo de interceptação e o Judiciário terá controle informatizado sobre todas as autorizações e sobre o início e o fim de cada escuta.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o qual foi negociado o novo modelo, terá online o número de processos que envolvem grampos telefônicos.

O novo modelo, chamado Sistema de Interceptação de Sinais (SIS), começou a ser negociado com o CNJ, Ministério Público e Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) dois anos atrás, quando chegou ao Congresso a informação de que as operadoras de telefonia - mesmo com autorização judicial - teriam realizado 407 mil escutas só em 2007.

Ao final dos trabalhos de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) se descobriu que o número significava a quantidade de vezes que os telefones interceptados haviam sido acionados - e não a quantidade de autorizações judiciais para grampear aparelhos. Mesmo assim, ganhou corpo o debate sobre exageros e agressões à privacidade.

No seminário internacional Interceptação de Comunicações Telefônicas e Telemáticas, o delegado Roberto Troncon, diretor de Combate ao Crime Organizado, apresentou um balanço oficial. "Até abril passado, a Polícia Federal tinha em andamento 138.858 investigações criminais. Apenas 391 delas, ou 0,3%, usam a técnica da interceptação telefônica", disse Troncon na sessão de anteontem do seminário que é patrocinado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

Como funciona. O SIS, de acordo com a PF, é mais seguro e menos burocrático do que o modelo atual. Todo o trâmite necessário para autorizar uma escuta telefônica será feito pela internet, quase como se fosse um programa de autoatendimento. Polícia e Ministério Público encaminharão ao juiz responsável pelo caso investigado, por meio de um sistema eletrônico, o pedido de interceptação - incluindo e-mails, VOIPs e comunicação de dados. Se aprovar o pedido, o juiz informa policiais e procuradores e já ordena, por meio do mesmo sistema, o início das interceptações.

Um aparelho ficará instalado nas centrais das operadoras de telefonia para que o sinal das ligações seja imediatamente transferido para a polícia, que passará a estocar e a decodificar as ligações. As empresas de telefonia não terão nenhuma informação de que um de seus clientes está sob investigação e tem suas conversas gravadas pela PF.

A PF afirma que o novo sistema evitará possíveis vazamentos nas operadoras e, ao retirar das empresas a obrigação de efetivar os grampos, reduzirá custos. Hoje, as empresas de telefonia sabem desde o início qual de seus clientes está sob investigação. A ordem do juiz para que uma pessoa tenha suas ligações gravadas é comunicada diretamente às operadoras. São elas as responsáveis por operacionalizar os desvios de voz para escuta telefônicas e arcam com as despesas necessárias para isso.

Em alguns casos, a determinação da Justiça é previamente submetida ao corpo jurídico da empresa, o que atrasa o processo e pode facilitar vazamentos de informações. Segundo a PF, ordens feitas em papel são mais suscetíveis a fraudes. Há casos relatados à Justiça de ordens falsas de interceptações telefônicas encaminhadas às operadoras.

Integrantes do CNJ, do Ministério Público e da Polícia Federal já se reuniram com representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e de operadores para discutir o novo sistema. Pelas conversas iniciais, as empresas se mostraram favoráveis à mudança.

Resolução da Anatel. Para que o sistema seja implementado, a Anatel deverá baixar uma resolução determinando que as empresas se ajustem. O CNJ também estuda votar uma resolução para que os juízes passem a utilizar o programa para ordenar as interceptações telefônicas.

Na avaliação da PF, o SIS segue a tendência de desburocratizar os procedimentos judiciais e de aumentar a segurança das investigações. Atualmente, os juízes já dispõem de um sistema - o Bacen Jus - destinado ao bloqueio de contas bancárias, transferência de valores bloqueados e quebra de sigilo bancário.

O sistema eletrônico de relacionamento entre o Judiciário e as instituições financeiras, intermediado pelo Banco Central, tornou os processos mais ágeis e seguros.



ESCUTAS EM ALGUNS PAÍSES



Brasil

é preciso pedir autorização judicial

prazo de escuta é de 15 dias, mas juiz pode prorrogar o procedimento pelo período que achar necessário à investigação

número de telefone tem de ser especificado

pode ser instalada escuta

ambiental em escritórios de advogados

serve de prova nos tribunais

operadora desvia o áudio para a polícia

Inglaterra

a Justiça não decide sobre escutas; é uma decisão

ministerial

uma escuta não serve

de prova em nenhuma

circunstância

vazamento é punido com

cinco anos de prisão

a escuta é prorrogável pelo tempo que for considerado

necessário à investigação

a escuta só é usada como

último recurso de investigação

comissão especial faz

controle externo sobre os

pedidos de escuta



Canadá

juiz decide sobre o pedido

usado nos crimes mais graves (com 10 anos de prisão)

na mesma operação, a polícia pode fazer interceptação em telefones dos investigados que não tenham sido explicitamente solicitados ao juiz

em casos de sequestro, é

possível fazer a escuta sem autorização judicial

não são permitidas escutas residenciais

escuta pode ser prorrogada pelo tempo que o juiz avaliar necessário




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Re: Operações Policiais e Militares

#5077 Mensagem por PQD » Sex Mai 21, 2010 9:14 am

Pressão por lei que não limite prazo para interceptação

Rui Nogueira / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo



No debate em curso, no Congresso, sobre a nova lei de interceptações que deve substituir a legislação de 1996, a Polícia Federal tem um lobby específico e aberto junto aos parlamentares e demais envolvidos na discussão, como o Ministério Público e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A PF não quer que a nova lei fixe um prazo máximo para as investigações com a ajuda da técnica da escuta telefônica.

O seminário internacional Interceptação de Comunicações Telefônicas e Telemáticas, realizado ontem e anteontem, em Brasília, com patrocínio das Nações Unidas (ONU), juntou especialistas de sete países - EUA, Inglaterra, França, Colômbia, Portugal, Nova Zelândia e Canadá - para tratar das legislações, das práticas e casos de escutas nos respectivos países.

Diferenças políticas, legais e policiais à parte, todos os países apresentaram um ponto em comum: os prazos iniciais de escuta são sempre prorrogados a critério dos juízes pelo tempo que considerarem necessário às investigações.

Até mesmo na Inglaterra, onde o Judiciário não participa do processo de decisão sobre fazer ou não a escuta e também não aceita as informações do grampo como prova, o ministro de Estado que autoriza inicialmente a interceptação telefônica por 30 dias pode renovar esse período até o prazo que considerar necessário aos trabalhos da polícia.

No caso dos sete países convidados para o seminário, os prazos iniciais para escuta variam de 15 dias (Brasil) a 90 dias (Portugal), mas todos deixando a critério da autoridade competente a dilatação desses prazos.

Autorizações. Há propostas em debate no Congresso para substituir a legislação atual - Lei 9.296/1996 - que aumentam o prazo inicial de 15 para 30 dias, mas preveem que essas autorizações só podem ser renovadas até um período máximo de seis meses. Uma das propostas diz que, "quando se tratar de crime permanente", o juiz pode ultrapassar os seis meses de prazo máximo para as investigações com interceptação telefônica "enquanto o crime não cessar".

A PF considera esse limite prejudicial às investigações contra o crime organizado e tem o apoio do Ministério Público nessa reivindicação.

No seminário, o procurador Alexandre Camanho, do DF, criticou a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, em setembro de 2009, anulou a operação da PF que investigou a empresa Sundown, do Paraná, e usou por quase dois anos escutas telefônicas.

Na maioria dos países, a legislação e a prática deixam claro que a escuta deve ser usada como "último instrumento de investigação" ou instrumento para "aprofundar as investigações". Mas os próprios ingleses admitiram que a tendência é que o país também venha a usar as escutas como provas.





Câmara fica refém de lobby policial durante votação

Denise Madueño / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo



O plenário da Câmara ficou praticamente refém de policiais que tomaram as galerias pressionando pela votação das propostas de emenda constitucional que fixa o piso salarial nacional da categoria e cria a polícia penal. Deputados identificaram falta de controle dos manifestantes e se sentiram ameaçados temendo uma onda de agressão.

O clima de tensão crescente na noite de quarta-feira provocou a suspensão da sessão pelo presidente em exercício, Marco Maia (PT-RS), só retomada na madrugada de ontem e exclusivamente para ser encerrada, porque não havia condições de garantir a segurança na Casa. Havia suspeita da presença de policiais armados nas galerias, o que foi negado pelos seguranças da Câmara.

O governo não aceita a aprovação do projeto que fixa na Constituição os valores do piso, assim como parte das bancadas partidárias. Para o governo, a exemplo do que foi feito no caso do piso nacional dos professores, a proposta de emenda constitucional deve apenas prever a criação de um piso e remeter para uma lei os valores a serem fixados.

Por outro lado, há a pressão dos policiais e deputados que defendem a causa, somados a um grupo de parlamentares preocupado em agradar à categoria em ano eleitoral, pensando nos votos nas urnas. Sem acordo, os líderes partidários haviam decidido, na tarde de quarta-feira, não colocar as propostas na pauta.

Mas Marco Maia convocou uma sessão extraordinária incluindo os dois projetos na sessão: o que fixa um piso nacional para os policiais no valor de R$ 3.500 para soldados e de R$ 7.000 para oficiais para valer imediatamente, e o que cria a polícia penal.

Estratégia. O governo adotou a tática da obstrução para impedir a votação do projeto. "Quando perceberam o engodo, eles (os policiais) manifestaram a angústia. Houve uma comoção, porque se viram engodados", disse o deputado Paes de Lira (PTC-SP), coronel da Polícia Militar de São Paulo. "(Os deputados) Ficaram com medo sem razão nenhuma", completou, classificando a sessão de "encenação", porque o governo trabalhou para esvaziar a votação.

Enquanto Maia se reunia no gabinete da presidência com os líderes em busca de uma saída, os manifestantes nas galerias entoavam palavras de ordem: "Ô deputado, presta atenção, nossa resposta vai ser dada na eleição", "Ô Genoino, pode esperar, o ficha limpa vai te pegar".

Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo na Câmara, e o deputado José Genoino (PT-SP), contestavam a votação do projeto na sessão. "A Casa está precisando de uma direção política sobre a pauta e suas consequências. Está se fazendo a pauta no grito", avaliou ontem Genoino. "Quando um Poder é chantageado, é o caminho para a sua inanição", completou.

O impasse da madrugada só foi resolvido depois de uma hora e meia de reunião. A saída foi pedir a mediação do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), relator da proposta de emenda constitucional da polícia penal e autor de uma das propostas do piso salarial dos policiais. Ele foi até as galerias, acalmou os manifestantes e conseguiu clima para que Marco Maia voltasse e encerrasse a sessão. Maia assumiu o compromisso de promover uma reunião na terça-feira para discutir uma saída para a votação.

Jogada. O deputado Paes de Lira, no entanto, avisou que a categoria não abre mão do piso salarial. Nos bastidores, deputados criticaram a atitude de Maia de incluir o projeto da pauta, criando uma expectativa de votação que não ia acontecer. Para muitos, ele "jogou gasolina e ateou fogo" na sessão.

O projeto do piso salarial começou a ser votado em março sob forte pressão de policiais, que chegaram a bloquear o acesso ao prédio do Congresso. Líderes governistas, temendo derrota, usaram os mecanismos regimentais para impedir a continuidade da votação.



PARA LEMBRAR

Mais despesas pressionam Orçamento



A votação de temas polêmicos e que interessam a grandes grupos de eleitores tem agitado o plenário da Câmara nas últimas semanas. No início do mês, em menos de duas horas, os deputados elevaram de 6,14% para 7,7% o reajuste de 8 milhões de aposentadorias acima do salário mínimo. Com isso, criaram uma despesa adicional de R$ 5,6 bilhões para o Orçamento do ano que vem. Além da PEC dos policiais, estão na fila outras pautas salgadas, como o projeto de regularização dos bingos e o reajuste de pelo menos 50% nos salários do Judiciário, que vai custar em torno de R$ 6 bilhões.




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Re: Operações Policiais e Militares

#5078 Mensagem por Rodrigoiano » Dom Mai 23, 2010 1:36 pm

Não sei se é o tópico adequado, mas vai lá...

Elo entre Al Qaeda, tráfico e brasileiros mobiliza PF
SÉRGIO DÁVILA
EDITOR-EXECUTIVO
MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO


A Polícia Federal tenta desvendar um enigma que mistura a rede terrorista Al Qaeda, tráfico de cocaína para financiar ações do terror e um grupo brasileiro de supostos contrabandistas.

A investigação visa identificar quem são os brasileiros citados por militantes ligados à Al Qaeda, que ajudariam o grupo terrorista a colocar entre 500 kg e uma tonelada de cocaína em Mali, na África Ocidental.

A aparente conexão brasileira foi descoberta com a prisão, em dezembro do ano passado, de três militantes de um braço da Al Qaeda que atua entre Gana, Mali e Argélia, na África Ocidental.

O trio --Omar Issa, Harouna Touré e Idris Abdelrahman-- é de Mali, foi preso em Gana e deportado para Nova York, onde será julgado.

É a primeira prisão de integrantes da Al Qaeda num caso que o governo dos EUA classifica de narcoterrorismo --a venda de drogas para financiar ações armadas.

Touré era o contato com os brasileiros, de acordo com uma investigação da DEA (Drug Enforcement Administration, a agência americana antidrogas).

Em conversas telefônicas e gravações em vídeo, Touré diz que traria a cocaína da Colômbia com a ajuda de brasileiros. O passaporte dele tem a comprovação de que passou pelo Brasil, pela França e pela Arábia Saudita.

Consultada pela Folha, a PF diz que investiga que grupo atuaria na rota do tráfico entre o Brasil e Mali.

Tráfico no deserto

A tarefa do grupo brasileiro seria levar a cocaína da Colômbia para Mali, como relatam documentos obtidos pela Folha nos EUA. De Mali, a droga seria transportada pelo deserto até o Marrocos e depois para a Espanha.

Mali é o principal entreposto de cocaína na África, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes. O norte do país virou rota de contrabando e palco de sequestros. De 30 a 70 toneladas de cocaína que vão para a Europa passam pela África Ocidental.

O braço da Al Qaeda que levaria a cocaína pelo deserto caiu numa armadilha da DEA. A agência colocou um informante para negociar com o trio como se fosse das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Os americanos imaginavam que o ódio que ambos nutrem pelos EUA funcionaria como liga para os negócios. Deu certo.

Touré, que veio ao Brasil, disse, em mais de uma conversa com o informante, que cobraria US$ 2.000 por quilo de cocaína transportado --transportar 500 kg renderia US$ 1 milhão ao grupo.

No norte da África, é rotineira a mistura de crimes e radicalismo islâmico. Muitas das rotas de contrabando em Gana e no Chade são dominadas por facções terroristas.

Os militantes que estão presos em Nova York pertencem a um grupo chamado Aqim (Al Qaeda do Magreb Islâmico).

A facção nasceu em 1997 na Argélia, com o objetivo de atacar autoridades seculares argelinas e alvos ocidentais. Em 2006, o grupo assumiu um atentado em que morreram 43 militares da Argélia e o sequestro de 23 europeus.

A aliança da Aqim com a Al Qaeda foi selada em 11 de setembro de 2006, no quinto aniversário do ataque às torres gêmeas de Nova York.

Foi Osama bin Laden quem autorizou que usassem o nome Al Qaeda do Magreb Islâmico _antes, a facção chamava-se Grupo Salafista de Predicação e Combate [predicação é sermão].


http://www1.folha.uol.com.br/poder/elo- ... a-pf.shtml

fonte: Folha de SP




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Re: Operações Policiais e Militares

#5079 Mensagem por PQD » Seg Mai 24, 2010 9:10 am

Rodrigoiano escreveu:Não sei se é o tópico adequado, mas vai lá...
Elo entre Al Qaeda, tráfico e brasileiros mobiliza PF
SÉRGIO DÁVILA
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MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO


A Polícia Federal tenta desvendar um enigma que mistura a rede terrorista Al Qaeda, tráfico de cocaína para financiar ações do terror e um grupo brasileiro de supostos contrabandistas.

A investigação visa identificar quem são os brasileiros citados por militantes ligados à Al Qaeda, que ajudariam o grupo terrorista a colocar entre 500 kg e uma tonelada de cocaína em Mali, na África Ocidental.

A aparente conexão brasileira foi descoberta com a prisão, em dezembro do ano passado, de três militantes de um braço da Al Qaeda que atua entre Gana, Mali e Argélia, na África Ocidental.

O trio --Omar Issa, Harouna Touré e Idris Abdelrahman-- é de Mali, foi preso em Gana e deportado para Nova York, onde será julgado.

É a primeira prisão de integrantes da Al Qaeda num caso que o governo dos EUA classifica de narcoterrorismo --a venda de drogas para financiar ações armadas.

Touré era o contato com os brasileiros, de acordo com uma investigação da DEA (Drug Enforcement Administration, a agência americana antidrogas).

Em conversas telefônicas e gravações em vídeo, Touré diz que traria a cocaína da Colômbia com a ajuda de brasileiros. O passaporte dele tem a comprovação de que passou pelo Brasil, pela França e pela Arábia Saudita.

Consultada pela Folha, a PF diz que investiga que grupo atuaria na rota do tráfico entre o Brasil e Mali.

Tráfico no deserto

A tarefa do grupo brasileiro seria levar a cocaína da Colômbia para Mali, como relatam documentos obtidos pela Folha nos EUA. De Mali, a droga seria transportada pelo deserto até o Marrocos e depois para a Espanha.

Mali é o principal entreposto de cocaína na África, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes. O norte do país virou rota de contrabando e palco de sequestros. De 30 a 70 toneladas de cocaína que vão para a Europa passam pela África Ocidental.

O braço da Al Qaeda que levaria a cocaína pelo deserto caiu numa armadilha da DEA. A agência colocou um informante para negociar com o trio como se fosse das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Os americanos imaginavam que o ódio que ambos nutrem pelos EUA funcionaria como liga para os negócios. Deu certo.

Touré, que veio ao Brasil, disse, em mais de uma conversa com o informante, que cobraria US$ 2.000 por quilo de cocaína transportado --transportar 500 kg renderia US$ 1 milhão ao grupo.

No norte da África, é rotineira a mistura de crimes e radicalismo islâmico. Muitas das rotas de contrabando em Gana e no Chade são dominadas por facções terroristas.

Os militantes que estão presos em Nova York pertencem a um grupo chamado Aqim (Al Qaeda do Magreb Islâmico).

A facção nasceu em 1997 na Argélia, com o objetivo de atacar autoridades seculares argelinas e alvos ocidentais. Em 2006, o grupo assumiu um atentado em que morreram 43 militares da Argélia e o sequestro de 23 europeus.

A aliança da Aqim com a Al Qaeda foi selada em 11 de setembro de 2006, no quinto aniversário do ataque às torres gêmeas de Nova York.

Foi Osama bin Laden quem autorizou que usassem o nome Al Qaeda do Magreb Islâmico _antes, a facção chamava-se Grupo Salafista de Predicação e Combate [predicação é sermão].


http://www1.folha.uol.com.br/poder/elo- ... a-pf.shtml

fonte: Folha de SP



claro que é o local certo aqui se comenta operações de policia de qualquer parte do Brasil ou do mundo, assim como operações militares do Brasil ou de qualquer pais do mundo (terrestres)




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Re: Operações Policiais e Militares

#5080 Mensagem por PQD » Seg Mai 24, 2010 9:32 am





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Re: Operações Policiais e Militares

#5081 Mensagem por tenso » Seg Mai 24, 2010 1:27 pm

Rapper diz ter sido espancado por policiais de UPP na Zona Sul do Rio
Confusão teria começado por causa de som em bar no Morro Santa Marta.
Segundo a PM, se ficar comprovado, policiais serão punidos.

Foi de uma forma nada pacificadora que o rapper Emerson Claudio Nascimento, conhecido como Mc Fiell, disse ter sido retirado do Morro Santa Marta, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, onde mora, na madrugada do último domingo (23). “Me arrastaram, me espancaram, tomei soco, tapa na cara”, conta ele que, depois de fazer exame de corpo de delito, pretende ir à delegacia do bairro nesta segunda-feira (24) para denunciar a agressão.
Ele já esteve lá na madrugada de domingo, quando foi levado pelos policiais dentro de um camburão da Polícia Militar acusado de desacato a autoridade. “Não me deixaram nem pegar meus documentos. Minha esposa, que estava indo à delegacia como minha acompanhante, quando chegou lá também foi autuada por desacato sem ter feito nada. A gente não quer ser reprimido nem pelo tráfico nem pela polícia”, desabafou o rapper.
Procurada pelo G1, a Polícia Militar disse, em nota, que as investigações estão a cargo da Polícia Civil e que, “caso as acusações sejam comprovadas, os policiais militares serão submetidos aos rigores da lei”.

Como foi
Segundo Fiell, a confusão começou quando, às 21h de sábado (22), policiais apareceram no bar de seu sogro, onde acontece um pagode todo fim de semana. “Isso não é novidade no Santa Marta. O bar existe há mais de 15 anos. Eles entraram e avisaram que se o evento passasse das 2h, eles iam apreender o material e prender os proprietários”, conta.
Ele afirma ainda que, por volta das 1h55, 12 policiais entraram no local “metendo as mãos nas tomadas, desligando tudo, invadindo o local”. Foi então, lembra Fiell, que ele pegou um microfone que ainda estava ligado e começou a ler a lei do silêncio, reiterando que em vez de pedirem para abaixar o som, os policiais não queriam nem conversar e estavam desligando tudo, citando o comando da Unidade de Polícia Pacificadora no local. “Depois que falei isso, me deram voz de prisão, me arrastaram de cima do palco e começaram a me espancar.”

Cartilha de abordagem policial
Ironia ou não, Fiell é um dos autores da Cartilha de Abordagem Policial, lançada na comunidade, com o apoio da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, da Ordem dos Advogados do Brasil, no Rio, e Ministério Público.
“Depois disso, a gente não tem mais sossego aqui. Virou perseguição. Enquanto me espancavam, os policiais falavam: ‘cadê a cartilha pra garantir alguma coisa pra você’. Não adiantou mesmo, porque, quando a polícia quer, ela viola a lei”, diz ele.


http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noti ... o-rio.html




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Re: Operações Policiais e Militares

#5082 Mensagem por Skyway » Seg Mai 24, 2010 1:53 pm

Sempre vejo com muita cautela essas casos, mas tenho sempre uma linha de raciocínio...

Assim como tem muito PM sem noção e grupinhos agressivos assim, tem muito malandro que gosta de se fazer de vítima.

Se ele foi autuado por desacato, calminho ele não estava. E assumiu a culpa no momento que diz que a esposa foi autuada "sem ter feito nada"...ou seja, ele fez. Mas mesmo ele não estando com a razão, os PMs NÃO PODEM perder a razão deles, NÃO PODEM agir dessa forma descrita na versão dele.

Se foi de fato agredido, tem que denunciar mesmo. PM no Rio tem que saber trabalhar, saber o que significa sua profissão e como agir.

Agora, se for um embusteiro se fazendo de vítima depois de fazer merda, tem que pagar por isso.

Um abraço.




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Re: Operações Policiais e Militares

#5083 Mensagem por Viktor Reznov » Seg Mai 24, 2010 2:04 pm

tenso escreveu:Rapper diz ter sido espancado por policiais de UPP na Zona Sul do Rio
Confusão teria começado por causa de som em bar no Morro Santa Marta.
Segundo a PM, se ficar comprovado, policiais serão punidos.

Foi de uma forma nada pacificadora que o rapper Emerson Claudio Nascimento, conhecido como Mc Fiell, disse ter sido retirado do Morro Santa Marta, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, onde mora, na madrugada do último domingo (23). “Me arrastaram, me espancaram, tomei soco, tapa na cara”, conta ele que, depois de fazer exame de corpo de delito, pretende ir à delegacia do bairro nesta segunda-feira (24) para denunciar a agressão.
Ele já esteve lá na madrugada de domingo, quando foi levado pelos policiais dentro de um camburão da Polícia Militar acusado de desacato a autoridade. “Não me deixaram nem pegar meus documentos. Minha esposa, que estava indo à delegacia como minha acompanhante, quando chegou lá também foi autuada por desacato sem ter feito nada. A gente não quer ser reprimido nem pelo tráfico nem pela polícia”, desabafou o rapper.
Procurada pelo G1, a Polícia Militar disse, em nota, que as investigações estão a cargo da Polícia Civil e que, “caso as acusações sejam comprovadas, os policiais militares serão submetidos aos rigores da lei”.

Como foi
Segundo Fiell, a confusão começou quando, às 21h de sábado (22), policiais apareceram no bar de seu sogro, onde acontece um pagode todo fim de semana. “Isso não é novidade no Santa Marta. O bar existe há mais de 15 anos. Eles entraram e avisaram que se o evento passasse das 2h, eles iam apreender o material e prender os proprietários”, conta.
Ele afirma ainda que, por volta das 1h55, 12 policiais entraram no local “metendo as mãos nas tomadas, desligando tudo, invadindo o local”. Foi então, lembra Fiell, que ele pegou um microfone que ainda estava ligado e começou a ler a lei do silêncio, reiterando que em vez de pedirem para abaixar o som, os policiais não queriam nem conversar e estavam desligando tudo, citando o comando da Unidade de Polícia Pacificadora no local. “Depois que falei isso, me deram voz de prisão, me arrastaram de cima do palco e começaram a me espancar.”

Cartilha de abordagem policial
Ironia ou não, Fiell é um dos autores da Cartilha de Abordagem Policial, lançada na comunidade, com o apoio da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, da Ordem dos Advogados do Brasil, no Rio, e Ministério Público.
“Depois disso, a gente não tem mais sossego aqui. Virou perseguição. Enquanto me espancavam, os policiais falavam: ‘cadê a cartilha pra garantir alguma coisa pra você’. Não adiantou mesmo, porque, quando a polícia quer, ela viola a lei”, diz ele.


http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noti ... o-rio.html
Vagabundo que fica fazendo algazarra em bar incomodando sossego da vizinhança tem que mais é que apanhar mesmo. Odeio essa cambada de imprestáveis que ficam fazendo baderna com som alto até altas horas da madrugada sem levar em consideração o fato de que o direito ao sossego alheio é garantido por lei.




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Re: Operações Policiais e Militares

#5084 Mensagem por Túlio » Seg Mai 24, 2010 5:58 pm

Polícia prende quadrilha comandada por presidiários no RS
24 de maio de 2010 • 09h09

Seis pessoas foram presas durante uma operação da Polícia Civil para desarticular uma quadrilha de traficantes comandada por presidiários no município de Taquari, no Rio Grande do Sul. As investigações tiveram início em março e foram encerradas no fim da semana passada, com a prisão de três suspeitos.

Segundo a Polícia Civil, no dia 12 de março, foi presa a mulher do presidiário conhecido como Nenê Cabeludo, um dos líderes da quadrilha. Na casa da suspeita, os policiais apreenderam 31 g de maconha, 41 pedras de crack, que pesavam aproximadamente 23 g, além de cerca de R$ 600. A partir da prisão da mulher, que foi encaminhada para a Penitenciária Modulada de Montenegro (RS), intensificaram-se as investigações, inclusive com monitoramento através de interceptações telefônicas autorizadas judicialmente.

Em 12 de maio, a polícia efetuou buscas na residência de Chancho, 32 anos, irmão dos detentos líderes da quadrilha. No imóvel foram apreendidas 49 g de crack, que resultariam em cerca de 100 pedras da droga.

No dia seguinte, os policiais seguiram uma mulher conhecida como Lurdinha (ou Gralha), que viajou de Taquari a Lajeado (RS) com o objetivo de comprar drogas para a quadrilha. Ela foi presa em flagrante na estação rodoviária de Lajeado, com cerca de 98 g de crack. Além dela, a polícia prendeu a mulher que lhe entregou a droga, que havia recebido R$ 1,4 mil pela mercadoria. Ambas foram encaminhadas ao Presídio de Bento Gonçalves (RS).

Na última sexta-feira, Chancho foi preso na residência de seus pais. No dia seguinte, foram presos na casa de Nenê Cabeludo W.B.S, 31 anos, e J.A.V., o Ceninho, 48 anos, que possui inúmeros antecedentes policiais, inclusive por tráfico de drogas. Na cueca de W.B.S., a polícia encontrou 18 pacotes de cocaína, num peso aproximado de 7,70 g. No pátio da residência em que a dupla foi presa, foram encontrados mais 80 g da droga. A dupla, oriunda de Porto Alegre, havia chegado recentemente a Taquari para auxiliar a quadrilha.

A Justiça expediu outros sete mandados de prisão temporária, inclusive contra os detentos líderes da quadrilha, os irmãos Nenê Cabeludo, 35 anos, e Dandão, 21 anos. No decorrer da semana, serão ouvidos outros envolvidos na quadrilha, principalmente familiares dos líderes, que poderão vir a ser indiciados por associação para o tráfico.

Mais notícias de Polícia » Redação Terra

http://noticias.terra.com.br/brasil/not ... no+RS.html

Essa é pra tigrada que fala que o Rio é o repositório do mal. Detalhe: ontem, no meu plantão, um colega (cupincha direto, na verdade) da Inteligência (da BM, que a nossa é piada de mau gosto) me apontou um cara do PCC na minha galeria (MV1B) e eu nem sonhava, o cara é do Pontal do Paranapanema, muito educado e disciplinado. Se chama Márcio. Um pouco depois e bem na manha liguei meu cel em Bluetooth Search (é ilegal até dizer chega ter cel mesmo sendo AP, o princípio de Presunção de Inocência foi subvertido em Presunção de Culpa mas a gente não dá bola, não nos fornecem equipamento mesmo, temos de usar o nosso) diante da cela dele (MV1B3) e peguei três contatos. Fiquei na minha e fui adiante. Tinha sentido os vibracalls (campainha desligada) de cada contato e ficado quieto. Gozado é que os cels deles devem ter avisado. É que espalhamos que há sensores (charla, não nos dão nada) de celulares.

Bueno, falei três, né? Invadimos e pegamos CINCO!!!

Mas ficamos quietinhos com o PCC-man, inimigo identificado é amigo, afinal, agora sabemos ONDE buscar infos... :wink:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Operações Policiais e Militares

#5085 Mensagem por Pereira » Seg Mai 24, 2010 6:25 pm

Hehe... essa foi boa Túlio.

O Rio ficou estereotipado porque é o Rio, 'o problema' tem ramificações em todas as regiões do Brasil. Até nos nossos vizinhos, como no caso daquele atentado contra o parlamentar paraguaio, disseram que foi coisa do PCC. Será mesmo?




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