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Mensagem
por Marino » Sáb Mai 22, 2010 9:36 am
Hillary sobe o tom e adverte Coreia do Norte
Secretária exige resposta a suposto ataque a navio do Sul e ameaça Pyongyang com consequências
O LÍDER norte-coreano, Kim Jong-il, nega ataque e promete guerra caso sofra punições
TÓQUIO. A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, advertiu ontem a Coreia do Norte, afirmando que o país pode sofrer consequências por ter, supostamente, causado o naufrágio de um navio de guerra da Coreia do Sul em março passado. Em Tóquio, primeira parada de uma visita à Ásia, Hillary afirmou que Washington e Seul estão discutindo a retaliação adequada ao ataque, considerado a maior agressão do regime comunista de Pyongyang aos vizinhos sul-coreanos desde a Guerra da Coreia.
- Não podemos permitir que esse ataque à Coreia do Sul passe sem respostas pela comunidade internacional - disse Hillary. - É importante mandar uma mensagem clara à Coreia do Norte de que ações provocativas têm consequências - ameaçou.
Apesar do tom ameaçador, a secretária negou-se a dizer que medidas poderiam ser adotadas em represália. A questão poderia ser levada ao Conselho de Segurança da ONU, mas segundo analistas, é pouco provável a adoção de qualquer resolução contra os norte-coreanos devido à oposição veemente da China - membro permanente do conselho e digna de veto. Pequim, aliada da Coreia do Norte, limitou-se a condenar o episódio como infeliz e pediu contenção às duas Coreias.
A crise foi causada pela divulgação de um relatório da Coreia do Sul, que investigou as causas do naufrágio de um de seus navios, num episódio que matou 46 marinheiros há dois meses. O documento responsabiliza um submarino norte-coreano pelo disparo de torpedo de 250 quilos que afundou a embarcação. O governo de Pyongyang nega envolvimento - e ameaça guerra caso seja punido pelo incidente.
A Coreia do Sul deve anunciar na próxima segunda-feira sua reação ao incidente. De acordo com a agência de notícias sul-coreana "Yonhap", uma das possíveis punições pode ser fechar rotas marítimas sob sua soberania usadas pelos isolados norte-coreanos na Península da Coreia.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco