Pressões Nucleares sobre o Brasil
Moderador: Conselho de Moderação
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
O balé diplomático-nuclear
Leonam Santos Guimarães
Vamos puxar o fio da meada dos recentes eventos nucleares mundiais. Em 6 de abril, Barack
Obama revelou a nova doutrina de uso de armas nucleares dos EUA. Pequenos passos para limitar as
condições para um primeiro ataque, mas nenhuma revolução. No dia 8 de abril, Obama e seu colega
russo, Dmitri Medvedev, assinaram em Praga um tratado chamado Start 3, limitando o número de armas
estratégicas dos dois países.
Em 12 e 13 de abril, Obama se reuniu com vários líderes mundiais, incluindo os presidentes
chinês, francês e brasileiro, em Washington para discutir questões de segurança nuclear, com dois
temas principais: os Estados que violam as regras internacionais, como a Coreia do Norte e o Irã, e o
risco de proliferação de armas nucleares nas mãos de grupos terroristas.
Em 17 e 18 de abril, Teerã promoveu sua própria cúpula, sem chefes de Estado, com apenas
delegações de segunda categoria. Título da conferência: A energia nuclear para todos e as armas
nucleares para ninguém. Finalmente, em 3 de maio foram iniciadas em Nova York as reuniões para a
próxima revisão do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), que se propõe a estabelecer
um marco internacional para esta questão espinhosa, prevista para o fim de maio.
Poderíamos pensar que todas estas cúpulas e tratados visam à desnuclearização do planeta.
Infelizmente não é assim. Apesar das boas intenções do presidente americano, restarão depois do Start
3 cerca de 25.800 ogivas nucleares em todo o mundo, quase tanto como no auge da Guerra Fria. Além
disso, quatro países ainda não assinaram o TNP e não pensam em fazê-lo. Trata-se da Índia, do
Paquistão e de Israel, que desenvolveram um arsenal, assumido ou não, e a Coreia do Norte, que tenta
desenvolver um.
Finalmente, há o caso do Irã, um dos signatários do TNP, mas fortemente suspeito de contornar
suas regras. Na cúpula de Washington, em 12 de abril, Hu Jintao, o presidente chinês, aceitou discutir
novas sanções contra Teerã. O governo brasileiro, simultaneamente, vem liderando uma posição
moderada de persistir nas negociações.
A situação no Oriente Médio continua volátil. Até o momento, os verdadeiros vencedores de todo
esse balé diplomático têm sido, mais uma vez, aquilo que o presidente Eisenhower batizou de complexo
militar-industrial, bem como mercadores de armas menos respeitáveis.
LEONAM DOS SANTOS GUIMARÃES é assessor da Eletronuclear e integrante do Grupo
Permanente de Assessoria em Energia Nuclear do diretor-geral da Agência Internacional de
Energia Atômica (AIEA).
Leonam Santos Guimarães
Vamos puxar o fio da meada dos recentes eventos nucleares mundiais. Em 6 de abril, Barack
Obama revelou a nova doutrina de uso de armas nucleares dos EUA. Pequenos passos para limitar as
condições para um primeiro ataque, mas nenhuma revolução. No dia 8 de abril, Obama e seu colega
russo, Dmitri Medvedev, assinaram em Praga um tratado chamado Start 3, limitando o número de armas
estratégicas dos dois países.
Em 12 e 13 de abril, Obama se reuniu com vários líderes mundiais, incluindo os presidentes
chinês, francês e brasileiro, em Washington para discutir questões de segurança nuclear, com dois
temas principais: os Estados que violam as regras internacionais, como a Coreia do Norte e o Irã, e o
risco de proliferação de armas nucleares nas mãos de grupos terroristas.
Em 17 e 18 de abril, Teerã promoveu sua própria cúpula, sem chefes de Estado, com apenas
delegações de segunda categoria. Título da conferência: A energia nuclear para todos e as armas
nucleares para ninguém. Finalmente, em 3 de maio foram iniciadas em Nova York as reuniões para a
próxima revisão do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), que se propõe a estabelecer
um marco internacional para esta questão espinhosa, prevista para o fim de maio.
Poderíamos pensar que todas estas cúpulas e tratados visam à desnuclearização do planeta.
Infelizmente não é assim. Apesar das boas intenções do presidente americano, restarão depois do Start
3 cerca de 25.800 ogivas nucleares em todo o mundo, quase tanto como no auge da Guerra Fria. Além
disso, quatro países ainda não assinaram o TNP e não pensam em fazê-lo. Trata-se da Índia, do
Paquistão e de Israel, que desenvolveram um arsenal, assumido ou não, e a Coreia do Norte, que tenta
desenvolver um.
Finalmente, há o caso do Irã, um dos signatários do TNP, mas fortemente suspeito de contornar
suas regras. Na cúpula de Washington, em 12 de abril, Hu Jintao, o presidente chinês, aceitou discutir
novas sanções contra Teerã. O governo brasileiro, simultaneamente, vem liderando uma posição
moderada de persistir nas negociações.
A situação no Oriente Médio continua volátil. Até o momento, os verdadeiros vencedores de todo
esse balé diplomático têm sido, mais uma vez, aquilo que o presidente Eisenhower batizou de complexo
militar-industrial, bem como mercadores de armas menos respeitáveis.
LEONAM DOS SANTOS GUIMARÃES é assessor da Eletronuclear e integrante do Grupo
Permanente de Assessoria em Energia Nuclear do diretor-geral da Agência Internacional de
Energia Atômica (AIEA).
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- Franz Luiz
- Sênior
- Mensagens: 811
- Registrado em: Qui Jan 17, 2008 1:18 pm
- Localização: Serra da Mantiqueira-MG
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 5 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Do Terra:
Garcia: EUA 'vão se dar mal' se optarem por sanção ao Irã
Lúcia Müzell
Direto de Madri
O assessor especial da presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou nesta terça-feira em Madri que os Estados Unidos sofrerão sanções morais se continuarem insistindo em aplicar sanções econômicas e comerciais ao Irã caso o país se recuse a cumprir o tratado internacional de não-proliferação nuclear.
"Se os Estados Unidos optarem pela sanção, eles vão se dar mal. Vão sofrer uma sanção moral e política", afirmou Garcia, que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sua viagem à Espanha. "Cabe aos Estados Unidos decidirem se querem ou não um 'new deal' com o Irã", disse o assessor direto de Lula.
Quando deu a declaração, Garcia ainda não tinha tomado conhecimento do anúncio da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, de que Estados Unidos, China e Rússia entraram em um acordo sobre as sanções ao Irã a respeito do seu controverso programa nuclear, à revelia do acerto que o Brasil e a Turquia haviam conseguido no domingo com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. Após ser informado do anúncio, Garcia se recusou a comentá-lo antes de saber dos detalhes. Conforme o anúncio da americana, os três países entrariam ainda hoje no Conselho de Segurança da ONU com um pedido de resolução prevendo as sanções.
Na segunda-feira, Hillary já havia demonstrado por telefone a sua desconfiança em relação ao Irã para o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. De acordo com Garcia, os Estados Unidos gostariam de negociar com o Irã apenas depois de já terem aplicado as sanções, posição da qual o Brasil discorda.
Em relação ao anúncio, por parte do Irã, de que o país continuaria a enriquecer urânio internamente mesmo depois de se comprometer a entregar parte do material para enriquecimento no exterior - conforme prevê o acordo intermediado por Brasil e Turquia -, Garcia disse que "cada coisa tem o seu momento". O assessor avalia que Ahmadinejad teria se recusado a prosseguir as negociações se Lula e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, tivessem mencionado essa questão. "O enriquecimento de urânio não é proibido. O que nós procuramos foi criar confiança. Eu acho que a relação que o Irã estabeleceu com o Brasil e a Turquia foi uma relação de confiança", disse.
"Governo não é ONG"
Quando questionado sobre as constantes violações dos Direitos Humanos cometidas no Irã, e se o presidente Lula havia abordado de alguma forma este problema na reunião que teve com Ahmadinejad, Garcia revelou que o presidente brasileiro fez "outros pedidos" ao governo iraniano, mas se recusou a revelar quais são. "O governo não é uma ONG. As ONGs podem ficar dando declarações de direitos humanos. O presidente Lula encaminhou outros pedidos ao governo iraniano que nós esperamos que venham a ter sucesso", afirmou.
Ele confirmou a intenção do Brasil em ampliar o grupo de negociações sobre o tratado de não-proliferação nuclear, liderado por Rússia, China, Reino Unido, França, Estados Unidos e Alemanha. A intenção faz parte dos antigos planos brasileiros de obter uma cadeira de membro-permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Garcia ressaltou que o Brasil estava ciente dos riscos que a visita de Lula ao Irã implicava, tanto no plano internacional como também na política interna. "Ele sabia que era uma aposta grande, que poderia comprometer alguns planos do Brasil, como a entrada permanente no Conselho de Segurança", disse. "Nós estamos com eleições no Brasil, e obviamente isso seria explorado pela oposição como uma aventura ou um fracasso, ou ainda dizendo que somos aliados do Irã. Mas achamos que de qualquer maneira valeria a pena", disse.
Conforme o assessor do presidente, Lula e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, não falaram sobre a possível venda dos caças franceses Rafale para a Defesa brasileira, ao contrário do que especulava a imprensa francesa na manhã de hoje. Os dois líderes se encontraram para uma reunião bilateral para discutir o acordo intermediado por Lula no Irã.
_____________________________________________
É bom o Brasil realmente armar-se bem para "dissuasão", como diz o MD.
E fortalecer-se no desenvolvimento tecnológico.
Pancadas virão para nosso lado, agora, ou daqui alguns anos.
Ou como preferem alguns, resta curva-se e desistir de nossa independência.
Mas o que eles não sabem é que mesmo assim, pancadas virão.
Então...
Abraço
Franz Luiz
Garcia: EUA 'vão se dar mal' se optarem por sanção ao Irã
Lúcia Müzell
Direto de Madri
O assessor especial da presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou nesta terça-feira em Madri que os Estados Unidos sofrerão sanções morais se continuarem insistindo em aplicar sanções econômicas e comerciais ao Irã caso o país se recuse a cumprir o tratado internacional de não-proliferação nuclear.
"Se os Estados Unidos optarem pela sanção, eles vão se dar mal. Vão sofrer uma sanção moral e política", afirmou Garcia, que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sua viagem à Espanha. "Cabe aos Estados Unidos decidirem se querem ou não um 'new deal' com o Irã", disse o assessor direto de Lula.
Quando deu a declaração, Garcia ainda não tinha tomado conhecimento do anúncio da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, de que Estados Unidos, China e Rússia entraram em um acordo sobre as sanções ao Irã a respeito do seu controverso programa nuclear, à revelia do acerto que o Brasil e a Turquia haviam conseguido no domingo com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. Após ser informado do anúncio, Garcia se recusou a comentá-lo antes de saber dos detalhes. Conforme o anúncio da americana, os três países entrariam ainda hoje no Conselho de Segurança da ONU com um pedido de resolução prevendo as sanções.
Na segunda-feira, Hillary já havia demonstrado por telefone a sua desconfiança em relação ao Irã para o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. De acordo com Garcia, os Estados Unidos gostariam de negociar com o Irã apenas depois de já terem aplicado as sanções, posição da qual o Brasil discorda.
Em relação ao anúncio, por parte do Irã, de que o país continuaria a enriquecer urânio internamente mesmo depois de se comprometer a entregar parte do material para enriquecimento no exterior - conforme prevê o acordo intermediado por Brasil e Turquia -, Garcia disse que "cada coisa tem o seu momento". O assessor avalia que Ahmadinejad teria se recusado a prosseguir as negociações se Lula e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, tivessem mencionado essa questão. "O enriquecimento de urânio não é proibido. O que nós procuramos foi criar confiança. Eu acho que a relação que o Irã estabeleceu com o Brasil e a Turquia foi uma relação de confiança", disse.
"Governo não é ONG"
Quando questionado sobre as constantes violações dos Direitos Humanos cometidas no Irã, e se o presidente Lula havia abordado de alguma forma este problema na reunião que teve com Ahmadinejad, Garcia revelou que o presidente brasileiro fez "outros pedidos" ao governo iraniano, mas se recusou a revelar quais são. "O governo não é uma ONG. As ONGs podem ficar dando declarações de direitos humanos. O presidente Lula encaminhou outros pedidos ao governo iraniano que nós esperamos que venham a ter sucesso", afirmou.
Ele confirmou a intenção do Brasil em ampliar o grupo de negociações sobre o tratado de não-proliferação nuclear, liderado por Rússia, China, Reino Unido, França, Estados Unidos e Alemanha. A intenção faz parte dos antigos planos brasileiros de obter uma cadeira de membro-permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Garcia ressaltou que o Brasil estava ciente dos riscos que a visita de Lula ao Irã implicava, tanto no plano internacional como também na política interna. "Ele sabia que era uma aposta grande, que poderia comprometer alguns planos do Brasil, como a entrada permanente no Conselho de Segurança", disse. "Nós estamos com eleições no Brasil, e obviamente isso seria explorado pela oposição como uma aventura ou um fracasso, ou ainda dizendo que somos aliados do Irã. Mas achamos que de qualquer maneira valeria a pena", disse.
Conforme o assessor do presidente, Lula e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, não falaram sobre a possível venda dos caças franceses Rafale para a Defesa brasileira, ao contrário do que especulava a imprensa francesa na manhã de hoje. Os dois líderes se encontraram para uma reunião bilateral para discutir o acordo intermediado por Lula no Irã.
_____________________________________________
É bom o Brasil realmente armar-se bem para "dissuasão", como diz o MD.
E fortalecer-se no desenvolvimento tecnológico.
Pancadas virão para nosso lado, agora, ou daqui alguns anos.
Ou como preferem alguns, resta curva-se e desistir de nossa independência.
Mas o que eles não sabem é que mesmo assim, pancadas virão.
Então...
Abraço
Franz Luiz
- prp
- Sênior
- Mensagens: 8869
- Registrado em: Qui Nov 26, 2009 11:23 am
- Localização: Montes Claros
- Agradeceu: 118 vezes
- Agradeceram: 414 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Eu também penso assim, nós nunca ganhamos nada sendo submissos, vamos ver quais os desdobramentos futuros agora que chutamos o páu da barraca.
Eu quero é saber quando eu vou ir ali em Leticia* ostentando a camisa da seleção do Império
*Letícia=Capital do Departamento do Amazonas/Colombia - cidade limítrofe com Tabatinga/am
Eu quero é saber quando eu vou ir ali em Leticia* ostentando a camisa da seleção do Império
*Letícia=Capital do Departamento do Amazonas/Colombia - cidade limítrofe com Tabatinga/am
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
É impressionante ver onde chega o cinismo dos EUA. Antes, quando o acordo estava distante (por culpa deles mesmo com sua arrogância de nunca dialogar e sempre impor suas vontades, diga-se de passagem), eles diziam que o Irã não queria colaborar, agora, que o acordo se torna possível, eles dizem que nada vale. Dois pesos e duas medidas, ao bel-prazer de seus interesses.
Aprecio ver o "blefe" deles (EUA) hoje dizendo ter uma resolução contra o Irã apoiado por China e Rússia, quando a China, a mais interessada na não aplicação de sanções por seu comércio grande com Teerã, mas sobretudo pela fonte de energia (petróleo) que os árabes os fornecem, declara oficialmente via chacelaria, apoio ao acordo.
O mais evidente sinal que esse acordo pode sim sair oficialmente (via AIEA) é a "lei do silêncio" que Israel impôs em seu governo e a velocidade da reação americana em tentar acelerar o processo de sanções para que, caso o acordo se oficialize realmente, não haja reações mundiais (mais uma vez), acusando Washington de passar com seu rolo compressor sobre a ONU.
[]'s a todos.
Aprecio ver o "blefe" deles (EUA) hoje dizendo ter uma resolução contra o Irã apoiado por China e Rússia, quando a China, a mais interessada na não aplicação de sanções por seu comércio grande com Teerã, mas sobretudo pela fonte de energia (petróleo) que os árabes os fornecem, declara oficialmente via chacelaria, apoio ao acordo.
O mais evidente sinal que esse acordo pode sim sair oficialmente (via AIEA) é a "lei do silêncio" que Israel impôs em seu governo e a velocidade da reação americana em tentar acelerar o processo de sanções para que, caso o acordo se oficialize realmente, não haja reações mundiais (mais uma vez), acusando Washington de passar com seu rolo compressor sobre a ONU.
[]'s a todos.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
- FOXTROT
- Sênior
- Mensagens: 7715
- Registrado em: Ter Set 16, 2008 1:53 pm
- Localização: Caçapava do Sul/RS.
- Agradeceu: 267 vezes
- Agradeceram: 108 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Caro DELTA22, os EUA são uma nação sanguinária, uma sociedade que ganha dinheiro fazendo guerra e não mede as consequências de seus atos, mas sim o quanto vão lucrar com os mesmos.
O Brasil agora parece se libertar da síndrome do coitadismo, a independência virá o dia que declararmos aos quatro ventos que somos uma potência nuclear militar.
Saudações
O Brasil agora parece se libertar da síndrome do coitadismo, a independência virá o dia que declararmos aos quatro ventos que somos uma potência nuclear militar.
Saudações
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- Sávio Ricardo
- Sênior
- Mensagens: 2990
- Registrado em: Ter Mai 01, 2007 10:55 am
- Localização: Conceição das Alagoas-MG
- Agradeceu: 128 vezes
- Agradeceram: 181 vezes
- Contato:
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Nos libertamos, mas se certo partido ganhar a proxima eleição voltamos pro tronco dinovo.FOXTROT escreveu:Caro DELTA22, os EUA são uma nação sanguinária, uma sociedade que ganha dinheiro fazendo guerra e não mede as consequências de seus atos, mas sim o quanto vão lucrar com os mesmos.
O Brasil agora parece se libertar da síndrome do coitadismo, a independência virá o dia que declararmos aos quatro ventos que somos uma potência nuclear militar.
Saudações
Não vejo tanta necessidade de pleitearmos nos armar nuclearmente, acho q estamos no caminho certo, o mundo inteiro sabe que nós sabemos fazer as nukes, que dominamos o ciclo e tals...ja esta ótimo.
O desenvolvimento de uma Bomba Nuclear nos tempos atuais seria uma turbulência muito grande.
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Não é hora d'A bomba, caro Fox!FOXTROT escreveu:Caro DELTA22, os EUA são uma nação sanguinária, uma sociedade que ganha dinheiro fazendo guerra e não mede as consequências de seus atos, mas sim o quanto vão lucrar com os mesmos.
O Brasil agora parece se libertar da síndrome do coitadismo, a independência virá o dia que declararmos aos quatro ventos que somos uma potência nuclear militar.
Saudações
Aguarde mais 20/25 anos...
[]'s.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
- wagnerm25
- Sênior
- Mensagens: 3590
- Registrado em: Qui Jan 15, 2009 2:43 pm
- Agradeceu: 83 vezes
- Agradeceram: 198 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Acho que seria conveniente o presidente Lula reforçar sua segurança. Pode ser paranóia, mas o Mossad deve estar incomodado.
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
El tema nuclear: ¿El fin del status quo en América Latina?
Por Fabián Calle (Analista internacional, Lic. en Ciencias Políticas, Prof. Universidad Di Tella) .
- El crecimiento exponencial del valor del petróleo a partir del año 2003 y las proyecciones acerca de que se mantendrá en niveles elevados en el mediano y largo plazo, han acicateado una fuerte revalorización de la energía nuclear como fuente de energía. Ello tiene como algunos de sus ejemplos la decisión de los EEUU de autorizar, después de casi 30 años, la construcción de nuevas centrales nucleares.
En nuestra región, a partir de 2004, la Argentina se decidió a invertir importantes recursos y voluntad política en retomar la construcción de Atucha II, la media vida de la Central de Embalse, la reactivación del proyecto del reactor Carem y la planificación con vistas a Atucha III. Lo mismo en el caso del Brasil, con el proyecto de triplicar la cantidad de este tipo de instalaciones en la próxima década.
En el caso de nuestro vecino y socio, la administración Lula avanzo a encauzar y acelerar áreas sensibles y de uso dual -civil y militar- tales como la construcción de un submarino nuclear en cooperación con Francia, ampliar las instalaciones de enriquecimiento de uranio en la planta de Resende y acelerar la fabricación de un motor de propulsión nuclear para el sumergible. El cual estaría a disposición de la Marina a partir del año 2021-22.
Ese motor nuclear, con grados de enriquecimiento de uranio de 20 por ciento o mas, así como la negativa del Brasil en el año 2004 de aceptar una inspección total de Resende por parte de la Organización Internacional de Energía Atómica OIEA con el argumento de proteger know how nacional y secreto en materia de centrifugadoras nucleares, han generado crecientes versiones en medios periodísticos y científicos de los EEUU y Europa sobre la posibilidad de que el gigante sudamericano se decida a quedar al borde o un paso adentro de contar con armamento nuclear. O sea, la bomba.
Los que hacen hipotesis sobre el futuro del programa nuclear del Brasil suman dicen que todo país que cuenta con submarinos de propulsión nuclear tiene también la bomba. Así, un factor de tensión podría estar asomando en Latinoamerica en general y el Cono Sur en particular en donde conviven dos de los países con mas desarrollo atómico como son el nuestro y Brasil.
Las presiones o insinuaciones internacionales sobre la Argentina para que se sume de manera unilateral al Protocolo Adicional -o sea, inspecciones reforzadas, de la OIEA- y no espere al Brasil, se han multiplicado. Hasta el momento, el poder político argentino y los diplomáticos con visión y prudencia estratégica han sabido resistir. No obstante, Brasil debe ayudar a que esta paciencia no se agote en el mediano plazo. Un exceso de unilateralismo o de no valorización de la necesidad de dialogo sincero y frontal con la Argentina, podría derivar en el peor de los escenarios, como el de una "asia-centralizacion" (India-Pakistan) en el mediano y largo plazo del escenario regional. Con un Argentina inclinada finalmente a desarrollar su programa militar nuclear para montar una disuasión no convencional.
El mejor de los escenarios seria que ambos países ratifiquen su alianza estratégica, que desarrollen al máximo sus capacidades nucleares pero sin llegar al filo de la bomba, y que busquen la síntesis que preserve sus mecanismos bilaterales de confianza mutua y transparencia.
Si en realidad les interesa evitar un Brasil con la bomba u opaco en sus desarrollos, los EEUU pueden levantar el "waiver" politico-estrategico que el Departamento de Estado creo sobre la planta de Resende para moderar y encauzar el conflicto entre Brasil y la OIEA en el 2004. En el caso de Francia, su rol central en la construcción del sumergible nuclear brasileño, le darían la posibilidad de poner alguna fecha limite en el 2012 o 2013 para una postura mas flexible del Brasilia frente al PA. Un punto intermedio, seria que en el largo plazo la Argentina y Brasil sean mas parecidos a la matriz de relación aliados, seria y constructiva de dos potencias nucleares y vecinas como Francia y Gran Bretaña.
http://www.ambito.com/noticia.asp?id=522825
Por Fabián Calle (Analista internacional, Lic. en Ciencias Políticas, Prof. Universidad Di Tella) .
- El crecimiento exponencial del valor del petróleo a partir del año 2003 y las proyecciones acerca de que se mantendrá en niveles elevados en el mediano y largo plazo, han acicateado una fuerte revalorización de la energía nuclear como fuente de energía. Ello tiene como algunos de sus ejemplos la decisión de los EEUU de autorizar, después de casi 30 años, la construcción de nuevas centrales nucleares.
En nuestra región, a partir de 2004, la Argentina se decidió a invertir importantes recursos y voluntad política en retomar la construcción de Atucha II, la media vida de la Central de Embalse, la reactivación del proyecto del reactor Carem y la planificación con vistas a Atucha III. Lo mismo en el caso del Brasil, con el proyecto de triplicar la cantidad de este tipo de instalaciones en la próxima década.
En el caso de nuestro vecino y socio, la administración Lula avanzo a encauzar y acelerar áreas sensibles y de uso dual -civil y militar- tales como la construcción de un submarino nuclear en cooperación con Francia, ampliar las instalaciones de enriquecimiento de uranio en la planta de Resende y acelerar la fabricación de un motor de propulsión nuclear para el sumergible. El cual estaría a disposición de la Marina a partir del año 2021-22.
Ese motor nuclear, con grados de enriquecimiento de uranio de 20 por ciento o mas, así como la negativa del Brasil en el año 2004 de aceptar una inspección total de Resende por parte de la Organización Internacional de Energía Atómica OIEA con el argumento de proteger know how nacional y secreto en materia de centrifugadoras nucleares, han generado crecientes versiones en medios periodísticos y científicos de los EEUU y Europa sobre la posibilidad de que el gigante sudamericano se decida a quedar al borde o un paso adentro de contar con armamento nuclear. O sea, la bomba.
Los que hacen hipotesis sobre el futuro del programa nuclear del Brasil suman dicen que todo país que cuenta con submarinos de propulsión nuclear tiene también la bomba. Así, un factor de tensión podría estar asomando en Latinoamerica en general y el Cono Sur en particular en donde conviven dos de los países con mas desarrollo atómico como son el nuestro y Brasil.
Las presiones o insinuaciones internacionales sobre la Argentina para que se sume de manera unilateral al Protocolo Adicional -o sea, inspecciones reforzadas, de la OIEA- y no espere al Brasil, se han multiplicado. Hasta el momento, el poder político argentino y los diplomáticos con visión y prudencia estratégica han sabido resistir. No obstante, Brasil debe ayudar a que esta paciencia no se agote en el mediano plazo. Un exceso de unilateralismo o de no valorización de la necesidad de dialogo sincero y frontal con la Argentina, podría derivar en el peor de los escenarios, como el de una "asia-centralizacion" (India-Pakistan) en el mediano y largo plazo del escenario regional. Con un Argentina inclinada finalmente a desarrollar su programa militar nuclear para montar una disuasión no convencional.
El mejor de los escenarios seria que ambos países ratifiquen su alianza estratégica, que desarrollen al máximo sus capacidades nucleares pero sin llegar al filo de la bomba, y que busquen la síntesis que preserve sus mecanismos bilaterales de confianza mutua y transparencia.
Si en realidad les interesa evitar un Brasil con la bomba u opaco en sus desarrollos, los EEUU pueden levantar el "waiver" politico-estrategico que el Departamento de Estado creo sobre la planta de Resende para moderar y encauzar el conflicto entre Brasil y la OIEA en el 2004. En el caso de Francia, su rol central en la construcción del sumergible nuclear brasileño, le darían la posibilidad de poner alguna fecha limite en el 2012 o 2013 para una postura mas flexible del Brasilia frente al PA. Un punto intermedio, seria que en el largo plazo la Argentina y Brasil sean mas parecidos a la matriz de relación aliados, seria y constructiva de dos potencias nucleares y vecinas como Francia y Gran Bretaña.
http://www.ambito.com/noticia.asp?id=522825
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- Franz Luiz
- Sênior
- Mensagens: 811
- Registrado em: Qui Jan 17, 2008 1:18 pm
- Localização: Serra da Mantiqueira-MG
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 5 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Nosso programa espacial ganhará cada vez mais arrocho de embargos de todas as direções.
O programa nuclear também. Não interessa para os EUA e Europa uma nova potência a médio prazo.
Mas é exatamente por isso, o medo da nuclearização de outros países, que aprendi a respeitar
este governo e seu MRE. Nada de arrogância contra os países menores e sim apoio e visão mais fraterna.
Nada de sentir-se acima da lei e melhores que os outros e sim defender o direito de igualdade de todos
crescerem e se desenvolverem.
Espero mesmo que nunca sejamos como os americanos. Que aprendamos enquanto ainda estivermos
no terceiro mundo para, quando nos desenvolvermos mais, sabermos respeitar o direito de outras nações
e continuarmos a defender um mundo solidário e fraterno. Que não caiamos na tentação da superioridade e descaso com o direito alheio.
Mas que é bom nos desenvolvermos rapidinho, agora que cutucamos com a vara curta, é bom mesmo.
Um abraço
Franz Luiz
O programa nuclear também. Não interessa para os EUA e Europa uma nova potência a médio prazo.
Mas é exatamente por isso, o medo da nuclearização de outros países, que aprendi a respeitar
este governo e seu MRE. Nada de arrogância contra os países menores e sim apoio e visão mais fraterna.
Nada de sentir-se acima da lei e melhores que os outros e sim defender o direito de igualdade de todos
crescerem e se desenvolverem.
Espero mesmo que nunca sejamos como os americanos. Que aprendamos enquanto ainda estivermos
no terceiro mundo para, quando nos desenvolvermos mais, sabermos respeitar o direito de outras nações
e continuarmos a defender um mundo solidário e fraterno. Que não caiamos na tentação da superioridade e descaso com o direito alheio.
Mas que é bom nos desenvolvermos rapidinho, agora que cutucamos com a vara curta, é bom mesmo.
Um abraço
Franz Luiz
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Nossa Alguem viu o Arnaldo Jabor falando agora a noite sobre o acordo? que raiva que me deu desse cara, pelo visto o Brasil nunca vai poder tentar resolver impasses inovando? apenas seguindo as potências tradicionais?
- FOXTROT
- Sênior
- Mensagens: 7715
- Registrado em: Ter Set 16, 2008 1:53 pm
- Localização: Caçapava do Sul/RS.
- Agradeceu: 267 vezes
- Agradeceram: 108 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Sávio Ricardo e Delta 22 caso o Brasil resolvesse construir a bomba, quanto tempo para termos este artefato?
Penso que devemos iniciar um programa de mísseis logo, assim quando tivermos um míssil com alcance razoável e dominarmos todo o procedimento de miniaturização do artefato, brademos “independência ou morte".
Saudações
Penso que devemos iniciar um programa de mísseis logo, assim quando tivermos um míssil com alcance razoável e dominarmos todo o procedimento de miniaturização do artefato, brademos “independência ou morte".
Saudações
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- Sávio Ricardo
- Sênior
- Mensagens: 2990
- Registrado em: Ter Mai 01, 2007 10:55 am
- Localização: Conceição das Alagoas-MG
- Agradeceu: 128 vezes
- Agradeceram: 181 vezes
- Contato:
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Carissimo Amigo Fox...
Não tenho muito conhecimento sobre o assunto, alias, são raros os assuntos que tenho vasto conhecimento...tento aprender um pouquinho de tudo...rs.
Concordo com você quanto aos misseis de longo alcance, devemos iniciar um projeto p/ tal logo.
Abaixo um começo, noticia antiga de 2008, mas vale a pena ler denovo:
O Brasil está a desenvolver um novo míssil guiado, de nome AV/MT-300 que será lançados por camiões Astros-II. Os novos mísseis serão guiados por um sistema inercial por laser e GPS, de forma idêntica aos mísseis americanos BGM 109 Tomahawk, mas a uma fracção do custo unitário destes (1,4 biliões de dólares por unidade!), voando como um míssil até se aproximar do alvo, altura em que abre as asas e passa a voar como um pequeno avião supersónico, até ao momento do impacto.
De capacidades semelhantes ao Tomahawk americano, o AV/MT-300 terá, um preço muito inferior… Ou seja, em vez de 1,4 biliões de dólares cada míssil, cada AV/MT-300 deverá custa menos de um milhão de dólares. As características e promessas desta proposta brasileira já atrairam o interesse dos actuais utilizadores do sistemas Astros II. Como a Malásia que ainda recentemente comprou sistemas Astros II por 180 milhões de dólares ou o Iraque, a Arábia Saudita, o Qatar e o Kuwait, para além do Brasil, claro.
O AV/MT-300 brasileiro será capaz de transportar uma ogiva de até 200 Kg de explosivos a alvos situados a até 300 Km de distância. Existem estudos para variantes navais do míssil (conhecidas como X-300) e de lançamento aéreo, sobre os quais a Avibras tem trabalhado, de forma intermitente, nos últimos anos, pelo menos desde 1999.
Fontes:
Global Security
Militar.com.br
DefesaBr.com
Devemos deixar tudo pronto...rs... com alguns misseis de verdade mais o conhecimento sobre os ciclos das Nukes...o dia que a porca torcer o rabo, se torcer...estamos preparados.
Ja a respeito do tempo, sou pessimo em fisica nuclear, a unica fisica que gosto é a Educação Fisica quando praticada por mulheres de calça de lycra bem agarradinhas...rs... mas mesmo tendo o conhecimento deve ser uma coisa demorada, mas não podemos nos esquecer que um conflito não se inicia do dia para noite, as vezes demora anos e anos, tempo suficiente para fabricarmos algumas dezenas, ai fodam-se sanções, TNP, EUA, UE, será nosso povo e nossa soberania em jogo.
Abs
Não tenho muito conhecimento sobre o assunto, alias, são raros os assuntos que tenho vasto conhecimento...tento aprender um pouquinho de tudo...rs.
Concordo com você quanto aos misseis de longo alcance, devemos iniciar um projeto p/ tal logo.
Abaixo um começo, noticia antiga de 2008, mas vale a pena ler denovo:
O Brasil está a desenvolver um novo míssil guiado, de nome AV/MT-300 que será lançados por camiões Astros-II. Os novos mísseis serão guiados por um sistema inercial por laser e GPS, de forma idêntica aos mísseis americanos BGM 109 Tomahawk, mas a uma fracção do custo unitário destes (1,4 biliões de dólares por unidade!), voando como um míssil até se aproximar do alvo, altura em que abre as asas e passa a voar como um pequeno avião supersónico, até ao momento do impacto.
De capacidades semelhantes ao Tomahawk americano, o AV/MT-300 terá, um preço muito inferior… Ou seja, em vez de 1,4 biliões de dólares cada míssil, cada AV/MT-300 deverá custa menos de um milhão de dólares. As características e promessas desta proposta brasileira já atrairam o interesse dos actuais utilizadores do sistemas Astros II. Como a Malásia que ainda recentemente comprou sistemas Astros II por 180 milhões de dólares ou o Iraque, a Arábia Saudita, o Qatar e o Kuwait, para além do Brasil, claro.
O AV/MT-300 brasileiro será capaz de transportar uma ogiva de até 200 Kg de explosivos a alvos situados a até 300 Km de distância. Existem estudos para variantes navais do míssil (conhecidas como X-300) e de lançamento aéreo, sobre os quais a Avibras tem trabalhado, de forma intermitente, nos últimos anos, pelo menos desde 1999.
Fontes:
Global Security
Militar.com.br
DefesaBr.com
Devemos deixar tudo pronto...rs... com alguns misseis de verdade mais o conhecimento sobre os ciclos das Nukes...o dia que a porca torcer o rabo, se torcer...estamos preparados.
Ja a respeito do tempo, sou pessimo em fisica nuclear, a unica fisica que gosto é a Educação Fisica quando praticada por mulheres de calça de lycra bem agarradinhas...rs... mas mesmo tendo o conhecimento deve ser uma coisa demorada, mas não podemos nos esquecer que um conflito não se inicia do dia para noite, as vezes demora anos e anos, tempo suficiente para fabricarmos algumas dezenas, ai fodam-se sanções, TNP, EUA, UE, será nosso povo e nossa soberania em jogo.
Abs
- wagnerm25
- Sênior
- Mensagens: 3590
- Registrado em: Qui Jan 15, 2009 2:43 pm
- Agradeceu: 83 vezes
- Agradeceram: 198 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
A notícia é boa, mas o valor tá completamente errado. 1,4 bilhão por míssel nem se fosse revestido de ouro.Sávio Ricardo escreveu:
O Brasil está a desenvolver um novo míssil guiado, de nome AV/MT-300 que será lançados por camiões Astros-II. Os novos mísseis serão guiados por um sistema inercial por laser e GPS, de forma idêntica aos mísseis americanos BGM 109 Tomahawk, mas a uma fracção do custo unitário destes (1,4 biliões de dólares por unidade!), voando como um míssil até se aproximar do alvo, altura em que abre as asas e passa a voar como um pequeno avião supersónico, até ao momento do impacto.
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Depreendo que a leitora, autora do texto publicado no Blog das Forças Terrestres, seja a nossa ex-DBista Koslova.
===========================================================
Reproduzimos aqui o comentário da leitora Elizabeth, enviado em 18/05/2010, às 2:30, na matéria “Israel diz que Irã enganou Brasil e Turquia“. Uma análise que coloca em perspectiva aspectos técnicos, políticos e estratégicos muito interessantes a respeito do acordo de troca de material nuclear para o Irã, costurado pela diplomacia brasileira e turca.
“Deixa-me rapidamente explicar a questão da “bomba iraniana”, um assunto complexo altamente resumido.
Para você ter uma bomba atômica é necessário dois tipos de combustível. Urânio acima de 90% ou Plutônio.
Enriquecer Urânio a 90% é caríssimo e demora, foi utilizado no projeto Manhattan como pulverização de risco, não se sabia ao certo se uma bomba de plutônio com a tecnológica da época seria possível nem se urânio a 90% seria viável, então se tentou as duas coisas e ambas deram certo, gerando duas bombas tecnicamente distintas, Fat Man (plutônio) e Litlle Boy (Urânio).
Desde os anos 50, o caminho pelo qual quase todas as bombas atômicas são feitas é pelo uso de plutônio. Para obter este combustível você coloca urânio e um reator e dentro de algum tempo ele produz plutônio.
A questão é que tipo de Urânio você precisa colocar em função do modelo de reator.
Reatores água leve pressurizada: Coloca-se urânio enriquecido.
Reatores água pesada ou grafite: Coloca-se urânio natural (sem enriquecimento).
Os engenheiros iranianos assim como seus colegas do projeto Manhattan sabem que tem muitos desafios técnicos proporcionais a sua tecnologia disponível, então decidiram partir por dois caminhos diferentes.
Caminho 1. O urânio é retirado de três minas na região central do país e levado a uma localidade chamada Ardacam, lá é purificado e gerado o Yellow Cake, depois em Fasa é feita a conversão para hexafluoreto de urânio que é enriquecido em Ramandeh. Este urânio volta para Fasa onde são montados os conjuntos de combustível e estes irão abastecer a usina de Bushehr. Esta usina esta em operação inicial desde o ano passado.
Este é um caminho muito análogo ao Brasileiro deste a mineração a usina o processo é eminentemente civil. O único jeito de construir uma bomba por este caminho é retirar plutônio da usina de Bushehr que é fiscalizada pelos russos e nem mesmo os EUA tem desconfianças quando a honestidade russa neste processo.
Caminho 2. Este é o caminho da bomba iraniana. O caminho do urânio é o mesmo desde as minas na região central até a conversão em Yellow Cake em Ardacam. Porem em Arak, próximo a Teerã há a um reator de água pesada sendo construído, este tipo de reator utiliza urânio natural (que não passa por enriquecimento e portando por controle de nenhum país externo), utiliza água pesada que é fabricada em Kondabh (também próximo a Teerã), ao fabricar água pesada o Ira não precisa de negociar com exportadores deste tipo de insumo da industria nuclear como Argentina e Canadá.
O reator presente em Arak tem algumas características digamos “suspeitas”,
O primeiro é a sua pequena potencia. Ele tem 40MW de potencia térmica o que dá menos de 5MW de potencia útil, se fosse utilizado para gerar eletricidade forneceria o suficiente para uma cidade de apenas 40.000 habitantes.
O segundo é a utilização de urânio natural, por ser moderado a água pesada (livre portando dos percalços políticos e tecnológicos associados ao enriquecimento de urânio).
O terceiro é a sua proximidade com Teerã, um local com pouca estabilidade sísmica (onde normalmente não se constrói reatores por motivos óbvios), mas que é mais facilmente defendido de um ataque aéreo pela proximidade com a capital. O reator de Bushehr por exemplo, esta a 1300Km de Teerã, as margens do golfo não é um lugar fácil de ser atingido por um inimigo, mas é construído em um dos únicos lugares sismicamente estáveis do Irã, por ser um reator comercial não é um algo militar legítimo.
O atual acordo de troca de urânio enriquecido em solo turco muda algo no “caminho da bomba”, na pratica não porque ele esta associado ao “caminho 1” onde os fins são a usina de Bushehr que tem a Rússia como fiadora e utilizações médicas e cientificas de material nuclear enriquecido.
Já o caminho 2, aquele que passa pelo reator de Arak este em nada é afetado, porque como vimos este tipo de reator opera com urânio natural.
EUA e Rússia sabem disto, que esta ofensiva diplomática brasileira dá ao Irã um credito político junto a comunidade internacional, porque afinal de contas o “Irã cedeu” em alguma coisa.
Cedeu porem em um aspecto que nada influencia seu “caminho da bomba”. E tenham certeza esta pirotecnia diplomática brasileira em muito irritou aos países que defendem sanções ao Irã, porque em nada impede o Irã de seguir o caminho da bomba.
Em muito ajuda ganhar tempo ao governo de Teerã.
Porque EUA e Rússia não criticam o Brasil abertamente? Em um primeiro momento para não parecer que estão com dor de cotovelo diplomático, até porque não estão; o que Lula fez foi ajudar Mahmoud Ahmadinejad a parecer mais “flexivel” perante o mundo enquanto seu plano da bomba continua inalterado.
O reator de Arak fica pronto daqui a 12 meses bem como a fabricação de água pesada em Kondabh. Estes são os alvos mais estratégicos para um ataque contra o Irã.
Até 2015 haverá plutônio suficiente para a produção das primeiras ogivas. A bomba atômica do Irã esta com seu make-up de engenharia pronto, falta o combustível e o iniciador de nêutrons.
Informações da Casa Branca, tendenciosas como aquelas produzidas contra o Iraque em 2003?
Não, isto são dados da inteligência russa, país que mais coopera com o Irã hoje em programas nucleares civis, mas que tem colocado mais energia política e diplomática nos últimos 5 anos para evitar um Irã nuclear.
Sabedoria política que sobra em Moscou, mas que falta em Brasília.”
Elizabeth
===========================================================
Reproduzimos aqui o comentário da leitora Elizabeth, enviado em 18/05/2010, às 2:30, na matéria “Israel diz que Irã enganou Brasil e Turquia“. Uma análise que coloca em perspectiva aspectos técnicos, políticos e estratégicos muito interessantes a respeito do acordo de troca de material nuclear para o Irã, costurado pela diplomacia brasileira e turca.
“Deixa-me rapidamente explicar a questão da “bomba iraniana”, um assunto complexo altamente resumido.
Para você ter uma bomba atômica é necessário dois tipos de combustível. Urânio acima de 90% ou Plutônio.
Enriquecer Urânio a 90% é caríssimo e demora, foi utilizado no projeto Manhattan como pulverização de risco, não se sabia ao certo se uma bomba de plutônio com a tecnológica da época seria possível nem se urânio a 90% seria viável, então se tentou as duas coisas e ambas deram certo, gerando duas bombas tecnicamente distintas, Fat Man (plutônio) e Litlle Boy (Urânio).
Desde os anos 50, o caminho pelo qual quase todas as bombas atômicas são feitas é pelo uso de plutônio. Para obter este combustível você coloca urânio e um reator e dentro de algum tempo ele produz plutônio.
A questão é que tipo de Urânio você precisa colocar em função do modelo de reator.
Reatores água leve pressurizada: Coloca-se urânio enriquecido.
Reatores água pesada ou grafite: Coloca-se urânio natural (sem enriquecimento).
Os engenheiros iranianos assim como seus colegas do projeto Manhattan sabem que tem muitos desafios técnicos proporcionais a sua tecnologia disponível, então decidiram partir por dois caminhos diferentes.
Caminho 1. O urânio é retirado de três minas na região central do país e levado a uma localidade chamada Ardacam, lá é purificado e gerado o Yellow Cake, depois em Fasa é feita a conversão para hexafluoreto de urânio que é enriquecido em Ramandeh. Este urânio volta para Fasa onde são montados os conjuntos de combustível e estes irão abastecer a usina de Bushehr. Esta usina esta em operação inicial desde o ano passado.
Este é um caminho muito análogo ao Brasileiro deste a mineração a usina o processo é eminentemente civil. O único jeito de construir uma bomba por este caminho é retirar plutônio da usina de Bushehr que é fiscalizada pelos russos e nem mesmo os EUA tem desconfianças quando a honestidade russa neste processo.
Caminho 2. Este é o caminho da bomba iraniana. O caminho do urânio é o mesmo desde as minas na região central até a conversão em Yellow Cake em Ardacam. Porem em Arak, próximo a Teerã há a um reator de água pesada sendo construído, este tipo de reator utiliza urânio natural (que não passa por enriquecimento e portando por controle de nenhum país externo), utiliza água pesada que é fabricada em Kondabh (também próximo a Teerã), ao fabricar água pesada o Ira não precisa de negociar com exportadores deste tipo de insumo da industria nuclear como Argentina e Canadá.
O reator presente em Arak tem algumas características digamos “suspeitas”,
O primeiro é a sua pequena potencia. Ele tem 40MW de potencia térmica o que dá menos de 5MW de potencia útil, se fosse utilizado para gerar eletricidade forneceria o suficiente para uma cidade de apenas 40.000 habitantes.
O segundo é a utilização de urânio natural, por ser moderado a água pesada (livre portando dos percalços políticos e tecnológicos associados ao enriquecimento de urânio).
O terceiro é a sua proximidade com Teerã, um local com pouca estabilidade sísmica (onde normalmente não se constrói reatores por motivos óbvios), mas que é mais facilmente defendido de um ataque aéreo pela proximidade com a capital. O reator de Bushehr por exemplo, esta a 1300Km de Teerã, as margens do golfo não é um lugar fácil de ser atingido por um inimigo, mas é construído em um dos únicos lugares sismicamente estáveis do Irã, por ser um reator comercial não é um algo militar legítimo.
O atual acordo de troca de urânio enriquecido em solo turco muda algo no “caminho da bomba”, na pratica não porque ele esta associado ao “caminho 1” onde os fins são a usina de Bushehr que tem a Rússia como fiadora e utilizações médicas e cientificas de material nuclear enriquecido.
Já o caminho 2, aquele que passa pelo reator de Arak este em nada é afetado, porque como vimos este tipo de reator opera com urânio natural.
EUA e Rússia sabem disto, que esta ofensiva diplomática brasileira dá ao Irã um credito político junto a comunidade internacional, porque afinal de contas o “Irã cedeu” em alguma coisa.
Cedeu porem em um aspecto que nada influencia seu “caminho da bomba”. E tenham certeza esta pirotecnia diplomática brasileira em muito irritou aos países que defendem sanções ao Irã, porque em nada impede o Irã de seguir o caminho da bomba.
Em muito ajuda ganhar tempo ao governo de Teerã.
Porque EUA e Rússia não criticam o Brasil abertamente? Em um primeiro momento para não parecer que estão com dor de cotovelo diplomático, até porque não estão; o que Lula fez foi ajudar Mahmoud Ahmadinejad a parecer mais “flexivel” perante o mundo enquanto seu plano da bomba continua inalterado.
O reator de Arak fica pronto daqui a 12 meses bem como a fabricação de água pesada em Kondabh. Estes são os alvos mais estratégicos para um ataque contra o Irã.
Até 2015 haverá plutônio suficiente para a produção das primeiras ogivas. A bomba atômica do Irã esta com seu make-up de engenharia pronto, falta o combustível e o iniciador de nêutrons.
Informações da Casa Branca, tendenciosas como aquelas produzidas contra o Iraque em 2003?
Não, isto são dados da inteligência russa, país que mais coopera com o Irã hoje em programas nucleares civis, mas que tem colocado mais energia política e diplomática nos últimos 5 anos para evitar um Irã nuclear.
Sabedoria política que sobra em Moscou, mas que falta em Brasília.”
Elizabeth
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco