Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação
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Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação
Bom, vai aí uma pequeno artigo que retirei da Revista Ancoras e Fuzis, para incitar a discussão sobre este tipo de material nas fa's brazucas, e que penso, ainda são, infelizmente, tidos como artigo de luxo para FE's.
FUZIL ANTI-MATERIAL
O armamento, conhecido atualmente como fuzil antimaterial, teve sua origem durante a Primeira Guerra
Mundial, quando os beligerantes desenvolveram fuzis de grosso calibre para perfurar a blindagem de aço dos carros
de combate da época.
Devido ao avanço tecnológico, a blindagem dos carros de combate evoluiu além do ponto onde nenhum fuzil
de grosso calibre poderia penetrar, tornando, assim, obsoleto como arma anticarro. Este tipo de armamento ficou
esquecido até o início da década de 80, quando a comunidade de operações especiais começou a procurar uma
metralhadora pesada de grande precisão para destruição de alvos especiais.
Alguns poucos fuzis antimaterial foram testados e usados, em número limitado, durante a década de 80, porém
não foram fabricados em quantidades significativas até a guerra do Golfo, onde o fuzil Barrett M82A1 foi intensamente
utilizado.
O êxito do M82A1 na operação “Tempestade do Deserto” marcou o primeiro emprego em larga escala do
fuzil de grosso calibre contra blindagem e terminou consagrado entre os militares norte-americanos e outras forças
armadas, sendo atualmente usado por mais de trinta exércitos no mundo.
O calibre do fuzil antimaterial normalmente pode ser de 12,7 x 99mm (0.50 BMG, semelhante ao da metralhadora
Browning ), 12,7 x 108mm ou 20 mm, embora novos
projetos da munição 12,7mm desenvolvidos para o emprego
antimaterial superam os projetis de 20mm em termos de
penetração.
Hoje, os fuzis antimaterial são amplamente usados
para engajar aeronaves estacionadas, helicópteros em
baixa velocidade, veículos com blindagem leve, veículos
de comunicações, radares e alvos similares. Também são
usados por pessoal encarregado pela destruição de artefatos
militares falhados dentro de uma distância segura.
A maioria dos fuzis antimaterial utilizam munição
perfurante (AP), perfurante incendiária (API) e de
multiemprego.
( Jane’s International Defense Review/ december 2001)
FUZIL ANTI-MATERIAL
O armamento, conhecido atualmente como fuzil antimaterial, teve sua origem durante a Primeira Guerra
Mundial, quando os beligerantes desenvolveram fuzis de grosso calibre para perfurar a blindagem de aço dos carros
de combate da época.
Devido ao avanço tecnológico, a blindagem dos carros de combate evoluiu além do ponto onde nenhum fuzil
de grosso calibre poderia penetrar, tornando, assim, obsoleto como arma anticarro. Este tipo de armamento ficou
esquecido até o início da década de 80, quando a comunidade de operações especiais começou a procurar uma
metralhadora pesada de grande precisão para destruição de alvos especiais.
Alguns poucos fuzis antimaterial foram testados e usados, em número limitado, durante a década de 80, porém
não foram fabricados em quantidades significativas até a guerra do Golfo, onde o fuzil Barrett M82A1 foi intensamente
utilizado.
O êxito do M82A1 na operação “Tempestade do Deserto” marcou o primeiro emprego em larga escala do
fuzil de grosso calibre contra blindagem e terminou consagrado entre os militares norte-americanos e outras forças
armadas, sendo atualmente usado por mais de trinta exércitos no mundo.
O calibre do fuzil antimaterial normalmente pode ser de 12,7 x 99mm (0.50 BMG, semelhante ao da metralhadora
Browning ), 12,7 x 108mm ou 20 mm, embora novos
projetos da munição 12,7mm desenvolvidos para o emprego
antimaterial superam os projetis de 20mm em termos de
penetração.
Hoje, os fuzis antimaterial são amplamente usados
para engajar aeronaves estacionadas, helicópteros em
baixa velocidade, veículos com blindagem leve, veículos
de comunicações, radares e alvos similares. Também são
usados por pessoal encarregado pela destruição de artefatos
militares falhados dentro de uma distância segura.
A maioria dos fuzis antimaterial utilizam munição
perfurante (AP), perfurante incendiária (API) e de
multiemprego.
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- rodrigo
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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação
É uma pena, mas mesmo o desenvolvimento do sniper comum é lentíssimo, o antimaterial então... E isso é barato. A CBC fabrica uma munição .50, que vem em caixa de 10, para esse uso.Bom, vai aí uma pequeno artigo que retirei da Revista Ancoras e Fuzis, para incitar a discussão sobre este tipo de material nas fa's brazucas, e que penso, ainda são, infelizmente, tidos como artigo de luxo para FE's.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação
Se já temos quem fabrique a munição, o que nos falta para que a CBC seja incentivada a fabricar um fuzil anti-material nos calibre 12,7mm ou 20mm?
Até pouco tempo atrás, recomeçamos a prática de ter nos blts de infantaria os nossos próprios caçadores. Que nos falta para habilitar esses mesmos caçadores com fuzis anti-material?
Será que é tão difícil assim?
Até pouco tempo atrás, recomeçamos a prática de ter nos blts de infantaria os nossos próprios caçadores. Que nos falta para habilitar esses mesmos caçadores com fuzis anti-material?
Será que é tão difícil assim?
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- henriquejr
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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação
A CBC nunca desenvolveu nem produziu nenhum fuzil, se alguma arma anti-material tiver que ser desenvolvido no Brasil a empresa mais qualificada para isso é a Imbel.
.
Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação
Hehehehehe... acho que o colega se complicou!!!
Será que produzir um Fuzil desses é muito complicado??? de certa forma eu vejo até como simples, já que um fuzil desse não necessita ter a mesma precisão de fuzis sniper, visto que a intenção é enganjar alvos bem maiores.
Será que produzir um Fuzil desses é muito complicado??? de certa forma eu vejo até como simples, já que um fuzil desse não necessita ter a mesma precisão de fuzis sniper, visto que a intenção é enganjar alvos bem maiores.
As GATs e RPs estão em toda cidade!
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação
É verdade amigo, talvez não seja preciso uma arma altamente precisa (se bem que os americanos vem usando esses fuzis anti-material com sucesso contra tropas inimigas) mas mesmo assim é preciso que a empresa tenha um mínimo de experiência para que possa desenvolver e produzir algo realmentem válido.ZeRo4 escreveu:Hehehehehe... acho que o colega se complicou!!!
Será que produzir um Fuzil desses é muito complicado??? de certa forma eu vejo até como simples, já que um fuzil desse não necessita ter a mesma precisão de fuzis sniper, visto que a intenção é enganjar alvos bem maiores.
Posso estar enganado mas acho que o projeto de um fuzil desses não deve ser tão simples pois ele deve apresentar algumas caracteristicas que tornará seu uso no campo de batalha viável como peso reduzido (de forma que seja transportável por um soldado), tenha uma eficiente redução do recuo (haja visto o calibre utilizado) e uma boa precisão já que deverá acertar alvos a mais de 1000 metros.
.
- rodrigo
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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação
A taurus possui capacidade de fabricar canos de .50, e poderia desenhar e construir a nova arma, se a demanda ($$$) compensasse. Muito difícil qualquer país começar uma arma do zero, ao invés de comprar os barret M82.
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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação
Existem vários modelos de fuzis anti-material pelo mundo disponiveis para simples compra ou quiçá uma produção sob licença.
Mas aqui devemos observar três considerações específicas da condição brasileira sobre o uso desta arma:
1. não temos experiência operacional no uso deste tipo de arma; só muito recentemente começamos o seu uso na BgdaOpsEsp. Portanto, não temos doutrina consolidada. E sem doutrina, sem manual. E sem manual, o conhecimento faz-se apenas de maneira retórica. E teorias demoram muito tempo para serem elaboradas ou modificadas.
2. os caçadores brasileiros não estão em sua grande maioria, habilitados para o uso proeficiente deste tipo de fuzil, e portanto, não existem referências substanciais para a elaboração de parâmetros técnicos de fabricação que possam ser transferidos à industria, como forma de conceitualizar o produto. Sem isso nenhuma empresa vai imiscuir-se de fabricar algo que nem mesmo as fa's tem noção do que precisam em termos técnico-operacionais.
3. Por último, a END que nos dá agora as metas para a BID, reza que temos que disponibilizar o máximo possível de material à industria nacional. Neste sentido, tendo-se em conta os dois fatores anteriores, cabe aqui, propositadamente, o desenvolvimento de uma parceria entre industria nacional e estrangeira para a fabricação sob licença - com a consequente trasnfererencia de tecnologia - do material selecionado. Assim dois passos devem ser dados: primeiro, selecionar fuzil de industria estrangeira e criar doutrina, e segundo, produção sob licença, no médio prazo, assim que a doutrina evoluir e podermos respaldar uma linha de produção coerente com as necessidades das fa's.
Então atualmente temos duas possibilidades industriais: a Imbel e a Taurus, ambas com parcerias firmadas com Denel e IMI, respectivamente, também ambas fabricantes de fuzis e com conhecimento para disponibilizar produtos prontos, ou desenvolvimento de arma especifica.
O que me chama a atenção no momento, é o seguinte: diante da falta de doutrina especifica nas fa's e dos pouquíssimos fuzis anti-material disponíveis no EB, que parece é a única força que se interessou pelo uso deste tipo de armamento, como ficamos em termos de aquisição destes fuzis para outras tropas, se tudo concorre para uma morosidade ou falta de interesse sobre este tipo de armamento no Brasil?
Há claro, devo lembrar que tanto EB quanto o CFN possuem oficiais e praças, (não necessáriamente nas OpsEsp), com experiência e cursos no exterior, face aos convênios estabelecidos com EUA e Europa, em armamento deste tipo, e que já tiveram contato com tropas que utilizam este armamento de forma regular.
Entendo, e isso é apenas uma opinião pessoal de leigo, que o fuzil anti-material hoje, mais do que uma arma para tropas especiais, tornou-se de tal forma uma necessidade para qualquer tropa de caráter móvel. E creio, não seria luxo ou exagero, termos nossos blt de inf pqdt, leve, mth e mesmo de Slv equipados com armamento deste porte, já que estes se provaram nos vários conflitos recentes que podem ser bem mais úteis que simplemente atingir alvos grandes e protegidos no campo de batalha moderno.
abraços
Mas aqui devemos observar três considerações específicas da condição brasileira sobre o uso desta arma:
1. não temos experiência operacional no uso deste tipo de arma; só muito recentemente começamos o seu uso na BgdaOpsEsp. Portanto, não temos doutrina consolidada. E sem doutrina, sem manual. E sem manual, o conhecimento faz-se apenas de maneira retórica. E teorias demoram muito tempo para serem elaboradas ou modificadas.
2. os caçadores brasileiros não estão em sua grande maioria, habilitados para o uso proeficiente deste tipo de fuzil, e portanto, não existem referências substanciais para a elaboração de parâmetros técnicos de fabricação que possam ser transferidos à industria, como forma de conceitualizar o produto. Sem isso nenhuma empresa vai imiscuir-se de fabricar algo que nem mesmo as fa's tem noção do que precisam em termos técnico-operacionais.
3. Por último, a END que nos dá agora as metas para a BID, reza que temos que disponibilizar o máximo possível de material à industria nacional. Neste sentido, tendo-se em conta os dois fatores anteriores, cabe aqui, propositadamente, o desenvolvimento de uma parceria entre industria nacional e estrangeira para a fabricação sob licença - com a consequente trasnfererencia de tecnologia - do material selecionado. Assim dois passos devem ser dados: primeiro, selecionar fuzil de industria estrangeira e criar doutrina, e segundo, produção sob licença, no médio prazo, assim que a doutrina evoluir e podermos respaldar uma linha de produção coerente com as necessidades das fa's.
Então atualmente temos duas possibilidades industriais: a Imbel e a Taurus, ambas com parcerias firmadas com Denel e IMI, respectivamente, também ambas fabricantes de fuzis e com conhecimento para disponibilizar produtos prontos, ou desenvolvimento de arma especifica.
O que me chama a atenção no momento, é o seguinte: diante da falta de doutrina especifica nas fa's e dos pouquíssimos fuzis anti-material disponíveis no EB, que parece é a única força que se interessou pelo uso deste tipo de armamento, como ficamos em termos de aquisição destes fuzis para outras tropas, se tudo concorre para uma morosidade ou falta de interesse sobre este tipo de armamento no Brasil?
Há claro, devo lembrar que tanto EB quanto o CFN possuem oficiais e praças, (não necessáriamente nas OpsEsp), com experiência e cursos no exterior, face aos convênios estabelecidos com EUA e Europa, em armamento deste tipo, e que já tiveram contato com tropas que utilizam este armamento de forma regular.
Entendo, e isso é apenas uma opinião pessoal de leigo, que o fuzil anti-material hoje, mais do que uma arma para tropas especiais, tornou-se de tal forma uma necessidade para qualquer tropa de caráter móvel. E creio, não seria luxo ou exagero, termos nossos blt de inf pqdt, leve, mth e mesmo de Slv equipados com armamento deste porte, já que estes se provaram nos vários conflitos recentes que podem ser bem mais úteis que simplemente atingir alvos grandes e protegidos no campo de batalha moderno.
abraços
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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação
Adotando a realidade como parâmetro, nossa demanda por fuzis sniper comuns (AGLC) é ínfima, com o EB comprando menos de 100 unidades. Como justificar o desenvolvimento ou a produção sob licença da arma antimaterial, se a demanda(penso em EB e MB juntos) seria de algumas dezenas de unidades? E tratam-se de armas na faixa de U$10.000.
Além disso, essa classe de arma necessita de um conjunto de elementos para se tornar operacional. O treinamento é mais complexo, envolve cálculos balísticos próximos aos de artilharia. A munição tem que ser pelo menos razoável (CBC?). O local de treino tem que possuir pelos menos 10 Km de área de escape (áreas de artilharia).
Na Argentina, até a polícia tem Barret .50.
Além disso, essa classe de arma necessita de um conjunto de elementos para se tornar operacional. O treinamento é mais complexo, envolve cálculos balísticos próximos aos de artilharia. A munição tem que ser pelo menos razoável (CBC?). O local de treino tem que possuir pelos menos 10 Km de área de escape (áreas de artilharia).
Na Argentina, até a polícia tem Barret .50.
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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação
A título de curiosidade, dentro do tópico, segue abaixo link para um antigo filme de treinamento da Segunda Guerra Mundial, feito pelos Estúdios Walt Disney para o Canadá, para treinamento nos fuzis anti-tanque Boys (começa com um desenho de propaganda anti-nazista e daí passa para o treinamento):
Roberto
Roberto
Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação
Devido a pouca quantidade e alta especialidade, e melhor deixar o nacionalismo no lado e adquirir no exterior.
Os dinheiros economizados, treine os operadores.
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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação
Eu tenho dúvidas sobre a efetividade desse tipo de arma para a finalidade proposta, ou seja, antimaterial. É uma arma cara, grande e pesada que serve para enfiar um projétil .50 num alvo imóvel a uns dois km no máximo. Bueno, já na Coréia os Sabres ianques tinham que encher um MiG de tiros das suas seis metralhadoras para abater, era a grande queixa dos pilotos, acertavam e o caça inimigo continuava voando, tinham que acertar e acertar até derrubar. É sintomático que depois do Sabre os ianques migraram para o canhão de 20mm...
Mas onde eu quero chegar?
Bueno, por que não um pequeno míssil com ogiva HEAT ou HEFRAG de menos de 1 kg, tipicamente algo como um SBAT37 com novo motor, daqueles que se usam nos mísseis AT? Poder-se-ia usar guiagem CLOS ou optrônica (tipo a do FOG-MPM) ou ainda laser, podendo ficar o tubo de lançamento distante do Operador, dificultando sua localização. Então:
O que causaria mais estrago num alvo como uma aeronave parada, uma estação móvel de radar/comunicações/guerra eletrônica ou um lançador de foguetes: uma bala AP-I de umas 60 gramas ou uma ogiva HEAT/HEFRAG de quase 1 kg? Diria que meio quilo basta...
O Atirador do Barret não vai poder ficar ali calmamente atirando até o alvo ir pelos ares, o primeiro disparo o denuncia e ainda dá sua direção aproximada às tropas de defesa. É atirar e dar no pé. Arrastando um trambolhão enorme de quase 15 kg e um metro e meio enquanto é perseguido por gente que está bem mais leve...
O Operador do sistema proposto dispara e guia. Dificilmente o alvo vai resistir ao único impacto. O míssil partiu de uma direção diversa da posição do Operador. Após o impacto, pode cair fora carregando apenas seu equipamento pessoal e armamento de autodefesa. O pessoal que vai caçá-lo não tem a menor idéia de onde ele está...
Mas onde eu quero chegar?
Bueno, por que não um pequeno míssil com ogiva HEAT ou HEFRAG de menos de 1 kg, tipicamente algo como um SBAT37 com novo motor, daqueles que se usam nos mísseis AT? Poder-se-ia usar guiagem CLOS ou optrônica (tipo a do FOG-MPM) ou ainda laser, podendo ficar o tubo de lançamento distante do Operador, dificultando sua localização. Então:
O que causaria mais estrago num alvo como uma aeronave parada, uma estação móvel de radar/comunicações/guerra eletrônica ou um lançador de foguetes: uma bala AP-I de umas 60 gramas ou uma ogiva HEAT/HEFRAG de quase 1 kg? Diria que meio quilo basta...
O Atirador do Barret não vai poder ficar ali calmamente atirando até o alvo ir pelos ares, o primeiro disparo o denuncia e ainda dá sua direção aproximada às tropas de defesa. É atirar e dar no pé. Arrastando um trambolhão enorme de quase 15 kg e um metro e meio enquanto é perseguido por gente que está bem mais leve...
O Operador do sistema proposto dispara e guia. Dificilmente o alvo vai resistir ao único impacto. O míssil partiu de uma direção diversa da posição do Operador. Após o impacto, pode cair fora carregando apenas seu equipamento pessoal e armamento de autodefesa. O pessoal que vai caçá-lo não tem a menor idéia de onde ele está...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação
Essa história de antimaterial é meio mal contada pra mim... Acho que podem até usar, mas é mais desculpa pra poder enfiar um balaço no caboclo...
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação
Exato! Não dá para comparar a efetividade antimaterial de uma arma de tubo raiado com uma munição explosiva...
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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação
Olha ele ai, o M-82 A1/A2/A3, para alguns M-107, o Fuzil anti material:
Parece que funciona bem contra o "material" dos Taliban... e eles tem muito material mesmo né !!
Parece que funciona bem contra o "material" dos Taliban... e eles tem muito material mesmo né !!