Programa de Reaparelhamento da Marinha
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Ótimo, muito bom.
O mais importante é "Estado brasileiro".
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- Carlos Lima
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
x2Carlos Mathias escreveu:Ótimo, muito bom.
O mais importante é "Estado brasileiro".
[]s
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- knigh7
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
.
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- soultrain
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
DCNS To Finance OPV, Offer It to French Navy
By PIERRE TRAN
Published: 4 May 2010 13:58
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PARIS - DCNS has decided to finance the building of an offshore patrol vessel (OPV) under the Gowind brand name, and has offered to make the craft available to the French Navy as part of its marketing plan, the naval company said May 4.
"One of the keys to winning new business in the corvette/OPV sector is to achieve 'sea-proven' status attested by a world-class navy," the company said in a statement. "Hence, the decision to make the proposed OPV available to the French Navy for three years," the company said.
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"An agreement in principle has been reached for the Navy to provide a crew for the OPV," a Navy spokesman said. Discussions are going on with DCNS on the financial details, logistical support and other practical issues.
Construction of the vessel is due to start soon at the Lorient yard, DCNS said. The OPV project is part of the company's project to double sales over the next 10 years.
The new vessel will be 90 meters long, offer three weeks' endurance at sea and have a range of 8,000 nautical miles. The craft would have a top speed of 21 knots, carry a helicopter and a crew of 30, and have room for 30 passengers.
By PIERRE TRAN
Published: 4 May 2010 13:58
PARIS - DCNS has decided to finance the building of an offshore patrol vessel (OPV) under the Gowind brand name, and has offered to make the craft available to the French Navy as part of its marketing plan, the naval company said May 4.
"One of the keys to winning new business in the corvette/OPV sector is to achieve 'sea-proven' status attested by a world-class navy," the company said in a statement. "Hence, the decision to make the proposed OPV available to the French Navy for three years," the company said.
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"An agreement in principle has been reached for the Navy to provide a crew for the OPV," a Navy spokesman said. Discussions are going on with DCNS on the financial details, logistical support and other practical issues.
Construction of the vessel is due to start soon at the Lorient yard, DCNS said. The OPV project is part of the company's project to double sales over the next 10 years.
The new vessel will be 90 meters long, offer three weeks' endurance at sea and have a range of 8,000 nautical miles. The craft would have a top speed of 21 knots, carry a helicopter and a crew of 30, and have room for 30 passengers.
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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- Marino
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
MONITORMERCANTIL.COM.BR
A Marinha do Brasil e a realidade orçamentária
Eduardo Italo Pesce
Segundo dados do Siafi 2010, disponibilizados em http://contasabertas.uol.com.br/, a dotação autorizada do Ministério da Defesa para este ano é de R$ 60,72 bilhões. Os recursos destinados às forças singulares totalizam R$ 24,55 bilhões para o Exército, R$ 16,27 bilhões para a Marinha e R$ 13,79 bilhões para a Aeronáutica (Força Aérea).
Dos recursos previstos para o Comando da Marinha, R$ 10,87 bilhões (66,8%) correspondem à despesa com pessoal e encargos sociais, R$ 960,52 milhões (5,9%) a outras despesas correntes e R$ 4,43 bilhões (27,2%) a investimentos. No total do Ministério da Defesa, tais porcentagens são de 70,3% para pessoal, 11,8% para despesas correntes e 14,9% para investimentos.
O orçamento da Marinha para este ano registra aumento dos recursos destinados aos investimentos, mas não ao custeio de outras despesas correntes. Todavia, o aumento dos investimentos deverá levar a um aumento dos gastos correntes, para assegurar a operação e a manutenção dos novos meios previstos no Plano de Equipamento e Articulação da Marinha do Brasil (PEAMB).
O total de investimentos previsto no PEAMB é de US$ 84,4 bilhões, dos quais US$ 8,95 bilhões em 2010-2014, US$ 29,36 bilhões em 2015-2022, US$ 30,50 bilhões em 2023-2030 e US$ 15,62 bilhões após 2030. A concretização de tais metas, porém, depende do fluxo contínuo de recursos financeiros, durante duas décadas.
A renovação do Poder Naval não se limita à obtenção de novos meios ou à modernização dos existentes, pois será preciso atender à demanda de pessoal qualificado e adestrado. A lei nº 12.216, sancionada em 11/03/2010, autoriza a ampliação dos quadros de pessoal militar da Marinha, com a criação de 21.507 vagas (3.507 oficiais e 18 mil praças) no período 2010-2030.
O efetivo autorizado da Marinha do Brasil deverá passar de 59,6 mil para 80,5 mil oficiais e praças até 2030, o que corresponde a um aumento de 36%. Nos próximos anos, deverão ser criadas, em média, 218 vagas para oficiais e 771 para praças por ano. Isto resultará em despesa adicional de R$ 27,9 milhões em 2010, de R$ 72,1 milhões em 2011 e de R$ 118,5 milhões em 2012.
Como o Orçamento da União não é impositivo, as verbas autorizadas são passíveis de cortes e contingenciamentos durante o exercício. Este ano, já foram anunciados cortes de R$ 21,5 bilhões, nos recursos para investimento e custeio. O Ministério da Defesa foi o mais atingido, ficando com apenas R$ 10 bilhões dos cerca de R$ 16 bilhões originalmente previstos. Da Marinha teriam sido contingenciados R$ 3,1 bilhões.
O PEAMB vem dar continuidade ao Plano de Reaparelhamento da Marinha (PRM), ora em fase de execução. A Marinha realizou estudos para determinar o quantitativo estratégico de meios flutuantes, aéreos e de fuzileiros navais necessário, numa moldura de tempo que ultrapassa 2030. Entretanto, nada garante que tais estimativas venham a se converter em encomendas firmes.
As metas prioritárias para os próximos anos incluem projetos previstos no PRM e outros que não estavam incluídos naquele plano. Tais projetos incluem a substituição de meios cuja baixa ocorreu recentemente ou deve ocorrer em breve, assim como a modernização de outros, que terão sua vida útil estendida e sua capacidade operativa atualizada.
Até 2017, deve ser concluída a modernização de cinco submarinos, a um custo total de R$ 614,9 milhões, e adquirido um lote de novos torpedos, a um custo de R$ 107,6 milhões. O programa de construção de cinco novos submarinos (quatro convencionais e um nuclear) tem seu custo estimado em 6,7 bilhões de euros. Numa primeira etapa, está prevista a instalação, até 2015, de um estaleiro e de uma base em Itaguaí (RJ).
Foi entregue o primeiro dos seis navios-patrulha de 500 toneladas encomendados, devendo os demais ser entregues até 2014, a um custo unitário de R$ 80 milhões. A construção de um lote inicial de três NPa de 1.800 toneladas (com opção para mais dois), a um custo de R$ 194,7 milhões cada um, deve ser contratada em breve. Até 2015, também serão construídos quatro NPa de 200 toneladas, para águas costeiras e fluviais, por R$ 168 milhões de custo total.
Um lote inicial de três fragatas de 6.000 toneladas (com opção para mais duas) deve ser encomendado, a um custo unitário de cerca de 450 milhões de euros. Um navio de apoio logístico (NApLog) de 20.000 toneladas (com opção para mais quatro), com custo unitário de US$ 150 milhões, também está previsto. Além disso, estão sendo modernizados o navio-aeródromo (NAe) São Paulo, os navios de escolta e diversos navios empregados no serviço de hidrografia e navegação.
Estão previstas no PRM a obtenção de quatro novos helicópteros multiemprego S-70B Seahawk e a modernização de 12 helicópteros de esclarecimento e ataque AH-11A Lynx, assim como a obtenção de diversos tipos de armamento e munição. A aquisição de material para o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) também está incluída.
Constituem projetos extra-PRM a modernização de 12 aeronaves de interceptação e ataque AF-1/AF-1A Skyhawk e a obtenção de 16 helicópteros de emprego geral EH 725 Caracal, assim como a seleção, obtenção e modernização de um lote de aeronaves de alarme aéreo antecipado, transporte e reabastecimento em vôo.
Aos projetos acima, que cobrem o horizonte temporal até 2015, devem seguir-se projetos de médio e longo prazo, previstos no PEAMB. O novo plano, que visa à expansão dos meios e à revisão da articulação das forças navais, aeronavais e de fuzileiros navais, demandará consideráveis recursos. Estará o Brasil à altura de tal desafio?
A Marinha do Brasil e a realidade orçamentária
Eduardo Italo Pesce
Segundo dados do Siafi 2010, disponibilizados em http://contasabertas.uol.com.br/, a dotação autorizada do Ministério da Defesa para este ano é de R$ 60,72 bilhões. Os recursos destinados às forças singulares totalizam R$ 24,55 bilhões para o Exército, R$ 16,27 bilhões para a Marinha e R$ 13,79 bilhões para a Aeronáutica (Força Aérea).
Dos recursos previstos para o Comando da Marinha, R$ 10,87 bilhões (66,8%) correspondem à despesa com pessoal e encargos sociais, R$ 960,52 milhões (5,9%) a outras despesas correntes e R$ 4,43 bilhões (27,2%) a investimentos. No total do Ministério da Defesa, tais porcentagens são de 70,3% para pessoal, 11,8% para despesas correntes e 14,9% para investimentos.
O orçamento da Marinha para este ano registra aumento dos recursos destinados aos investimentos, mas não ao custeio de outras despesas correntes. Todavia, o aumento dos investimentos deverá levar a um aumento dos gastos correntes, para assegurar a operação e a manutenção dos novos meios previstos no Plano de Equipamento e Articulação da Marinha do Brasil (PEAMB).
O total de investimentos previsto no PEAMB é de US$ 84,4 bilhões, dos quais US$ 8,95 bilhões em 2010-2014, US$ 29,36 bilhões em 2015-2022, US$ 30,50 bilhões em 2023-2030 e US$ 15,62 bilhões após 2030. A concretização de tais metas, porém, depende do fluxo contínuo de recursos financeiros, durante duas décadas.
A renovação do Poder Naval não se limita à obtenção de novos meios ou à modernização dos existentes, pois será preciso atender à demanda de pessoal qualificado e adestrado. A lei nº 12.216, sancionada em 11/03/2010, autoriza a ampliação dos quadros de pessoal militar da Marinha, com a criação de 21.507 vagas (3.507 oficiais e 18 mil praças) no período 2010-2030.
O efetivo autorizado da Marinha do Brasil deverá passar de 59,6 mil para 80,5 mil oficiais e praças até 2030, o que corresponde a um aumento de 36%. Nos próximos anos, deverão ser criadas, em média, 218 vagas para oficiais e 771 para praças por ano. Isto resultará em despesa adicional de R$ 27,9 milhões em 2010, de R$ 72,1 milhões em 2011 e de R$ 118,5 milhões em 2012.
Como o Orçamento da União não é impositivo, as verbas autorizadas são passíveis de cortes e contingenciamentos durante o exercício. Este ano, já foram anunciados cortes de R$ 21,5 bilhões, nos recursos para investimento e custeio. O Ministério da Defesa foi o mais atingido, ficando com apenas R$ 10 bilhões dos cerca de R$ 16 bilhões originalmente previstos. Da Marinha teriam sido contingenciados R$ 3,1 bilhões.
O PEAMB vem dar continuidade ao Plano de Reaparelhamento da Marinha (PRM), ora em fase de execução. A Marinha realizou estudos para determinar o quantitativo estratégico de meios flutuantes, aéreos e de fuzileiros navais necessário, numa moldura de tempo que ultrapassa 2030. Entretanto, nada garante que tais estimativas venham a se converter em encomendas firmes.
As metas prioritárias para os próximos anos incluem projetos previstos no PRM e outros que não estavam incluídos naquele plano. Tais projetos incluem a substituição de meios cuja baixa ocorreu recentemente ou deve ocorrer em breve, assim como a modernização de outros, que terão sua vida útil estendida e sua capacidade operativa atualizada.
Até 2017, deve ser concluída a modernização de cinco submarinos, a um custo total de R$ 614,9 milhões, e adquirido um lote de novos torpedos, a um custo de R$ 107,6 milhões. O programa de construção de cinco novos submarinos (quatro convencionais e um nuclear) tem seu custo estimado em 6,7 bilhões de euros. Numa primeira etapa, está prevista a instalação, até 2015, de um estaleiro e de uma base em Itaguaí (RJ).
Foi entregue o primeiro dos seis navios-patrulha de 500 toneladas encomendados, devendo os demais ser entregues até 2014, a um custo unitário de R$ 80 milhões. A construção de um lote inicial de três NPa de 1.800 toneladas (com opção para mais dois), a um custo de R$ 194,7 milhões cada um, deve ser contratada em breve. Até 2015, também serão construídos quatro NPa de 200 toneladas, para águas costeiras e fluviais, por R$ 168 milhões de custo total.
Um lote inicial de três fragatas de 6.000 toneladas (com opção para mais duas) deve ser encomendado, a um custo unitário de cerca de 450 milhões de euros. Um navio de apoio logístico (NApLog) de 20.000 toneladas (com opção para mais quatro), com custo unitário de US$ 150 milhões, também está previsto. Além disso, estão sendo modernizados o navio-aeródromo (NAe) São Paulo, os navios de escolta e diversos navios empregados no serviço de hidrografia e navegação.
Estão previstas no PRM a obtenção de quatro novos helicópteros multiemprego S-70B Seahawk e a modernização de 12 helicópteros de esclarecimento e ataque AH-11A Lynx, assim como a obtenção de diversos tipos de armamento e munição. A aquisição de material para o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) também está incluída.
Constituem projetos extra-PRM a modernização de 12 aeronaves de interceptação e ataque AF-1/AF-1A Skyhawk e a obtenção de 16 helicópteros de emprego geral EH 725 Caracal, assim como a seleção, obtenção e modernização de um lote de aeronaves de alarme aéreo antecipado, transporte e reabastecimento em vôo.
Aos projetos acima, que cobrem o horizonte temporal até 2015, devem seguir-se projetos de médio e longo prazo, previstos no PEAMB. O novo plano, que visa à expansão dos meios e à revisão da articulação das forças navais, aeronavais e de fuzileiros navais, demandará consideráveis recursos. Estará o Brasil à altura de tal desafio?
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
JORNAL CRUZEIRO DO SUL
Marinha planeja investimentos de mais de 70 bilhões de euros
Cruzeiro On Line
Os investimentos no novo plano de reaparelhamento proposto pela Marinha podem superar os 70 bilhões de euros. A projeção foi feita pelo diretor de engenharia naval da Marinha, Francisco Deiana, que detalhou a carteira de encomendas do programa para executivos do setor naval em evento no Rio. "São entre 70 e 80 bilhões, mas para um prazo de 20 anos", afirmou o militar. O programa prevê a construção de diversos tipos de embarcações, sempre a partir da parceria entre uma empresa detentora de tecnologia e um estaleiro brasileiro.
Dois primeiros lotes, de pequenas embarcações de patrulha já foram licitadas. Ainda este ano, a Marinha pretende contratar um terceiro lote, de navios-patrulha de grande porte, com custo estimado em R$ 230 milhões cada. O processo é semelhante ao promovido pela Aeronáutica na compra dos caças. A Marinha analisará as propostas de cada interessado e enviará um parecer para a Presidência da República, que tem a palavra final. No caso dos caças, o governo se posicionou em favor da proposta da francesa Dassault, após negociações entre os presidentes dos dois países. O contrato, porém, ainda não foi assinado.
"A Marinha emite um posicionamento técnico, mas sabemos que há também componentes estratégicos e políticos na decisão. Acredito que todos os pontos possam ser conciliados", afirmou Deiana, em entrevista após sua apresentação. Se posto em prática, o plano de encomendas da Marinha também deve ter grande disputa, pela dimensão das contratações. Apenas no pacote de navios-patrulha de grande porte, são 12 embarcações. Há ainda um grande pacote de 18 navios-escolta, com canhões e capacidade para transportar helicópteros, com custo estimado em 500 milhões de euros cada. A Marinha vai contratar ainda lotes menores, de 4 navios patrulha fluviais e cinco navios de apoio logístico.
De todas as compras previstas no PRM, a Marinha já encomendou dois lotes de navios-patrulha de pequeno porte, um deles junto ao Estaleiro Inace, no Ceará, e outro junto ao Estaleiro Ilha, no Rio. Ao custo estimado de R$ 80 milhões por unidade, as embarcações já começaram a ser entregues. Além disso, fechou um contrato com a francesa DCNS e a Odebrecht para a construção de submarinos nucleares em estaleiro que será construído em Itaguaí, região metropolitana do Rio. A pedra fundamental do estaleiro será lançada no mês que vem, em cerimônia com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os reatores são desenvolvidos pela própria Marinha.
"Em 2009, a produção de petróleo marítimo gerou uma receita de US$ 43 bilhões", afirmou Deiana, no início de sua palestra, ao apontar uma das razões para o investimento em novas embarcações militares. Além disso, afirmou, as águas territoriais brasileiras têm hoje o mesmo tamanho da área verde da Amazônia, com grande diversidade de recursos naturais - a "Amazônia azul", comparou. (Nicola Pamplona - AE)
Marinha planeja investimentos de mais de 70 bilhões de euros
Cruzeiro On Line
Os investimentos no novo plano de reaparelhamento proposto pela Marinha podem superar os 70 bilhões de euros. A projeção foi feita pelo diretor de engenharia naval da Marinha, Francisco Deiana, que detalhou a carteira de encomendas do programa para executivos do setor naval em evento no Rio. "São entre 70 e 80 bilhões, mas para um prazo de 20 anos", afirmou o militar. O programa prevê a construção de diversos tipos de embarcações, sempre a partir da parceria entre uma empresa detentora de tecnologia e um estaleiro brasileiro.
Dois primeiros lotes, de pequenas embarcações de patrulha já foram licitadas. Ainda este ano, a Marinha pretende contratar um terceiro lote, de navios-patrulha de grande porte, com custo estimado em R$ 230 milhões cada. O processo é semelhante ao promovido pela Aeronáutica na compra dos caças. A Marinha analisará as propostas de cada interessado e enviará um parecer para a Presidência da República, que tem a palavra final. No caso dos caças, o governo se posicionou em favor da proposta da francesa Dassault, após negociações entre os presidentes dos dois países. O contrato, porém, ainda não foi assinado.
"A Marinha emite um posicionamento técnico, mas sabemos que há também componentes estratégicos e políticos na decisão. Acredito que todos os pontos possam ser conciliados", afirmou Deiana, em entrevista após sua apresentação. Se posto em prática, o plano de encomendas da Marinha também deve ter grande disputa, pela dimensão das contratações. Apenas no pacote de navios-patrulha de grande porte, são 12 embarcações. Há ainda um grande pacote de 18 navios-escolta, com canhões e capacidade para transportar helicópteros, com custo estimado em 500 milhões de euros cada. A Marinha vai contratar ainda lotes menores, de 4 navios patrulha fluviais e cinco navios de apoio logístico.
De todas as compras previstas no PRM, a Marinha já encomendou dois lotes de navios-patrulha de pequeno porte, um deles junto ao Estaleiro Inace, no Ceará, e outro junto ao Estaleiro Ilha, no Rio. Ao custo estimado de R$ 80 milhões por unidade, as embarcações já começaram a ser entregues. Além disso, fechou um contrato com a francesa DCNS e a Odebrecht para a construção de submarinos nucleares em estaleiro que será construído em Itaguaí, região metropolitana do Rio. A pedra fundamental do estaleiro será lançada no mês que vem, em cerimônia com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os reatores são desenvolvidos pela própria Marinha.
"Em 2009, a produção de petróleo marítimo gerou uma receita de US$ 43 bilhões", afirmou Deiana, no início de sua palestra, ao apontar uma das razões para o investimento em novas embarcações militares. Além disso, afirmou, as águas territoriais brasileiras têm hoje o mesmo tamanho da área verde da Amazônia, com grande diversidade de recursos naturais - a "Amazônia azul", comparou. (Nicola Pamplona - AE)
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Marino,Marino escreveu:MONITORMERCANTIL.COM.BR
A Marinha do Brasil e a realidade orçamentária
Eduardo Italo Pesce
Segundo dados do Siafi 2010, disponibilizados em http://contasabertas.uol.com.br/, a dotação autorizada do Ministério da Defesa para este ano é de R$ 60,72 bilhões. Os recursos destinados às forças singulares totalizam R$ 24,55 bilhões para o Exército, R$ 16,27 bilhões para a Marinha e R$ 13,79 bilhões para a Aeronáutica (Força Aérea).
Dos recursos previstos para o Comando da Marinha, R$ 10,87 bilhões (66,8%) correspondem à despesa com pessoal e encargos sociais, R$ 960,52 milhões (5,9%) a outras despesas correntes e R$ 4,43 bilhões (27,2%) a investimentos. No total do Ministério da Defesa, tais porcentagens são de 70,3% para pessoal, 11,8% para despesas correntes e 14,9% para investimentos.
O orçamento da Marinha para este ano registra aumento dos recursos destinados aos investimentos, mas não ao custeio de outras despesas correntes. Todavia, o aumento dos investimentos deverá levar a um aumento dos gastos correntes, para assegurar a operação e a manutenção dos novos meios previstos no Plano de Equipamento e Articulação da Marinha do Brasil (PEAMB).
O total de investimentos previsto no PEAMB é de US$ 84,4 bilhões, dos quais US$ 8,95 bilhões em 2010-2014, US$ 29,36 bilhões em 2015-2022, US$ 30,50 bilhões em 2023-2030 e US$ 15,62 bilhões após 2030. A concretização de tais metas, porém, depende do fluxo contínuo de recursos financeiros, durante duas décadas.
A renovação do Poder Naval não se limita à obtenção de novos meios ou à modernização dos existentes, pois será preciso atender à demanda de pessoal qualificado e adestrado. A lei nº 12.216, sancionada em 11/03/2010, autoriza a ampliação dos quadros de pessoal militar da Marinha, com a criação de 21.507 vagas (3.507 oficiais e 18 mil praças) no período 2010-2030.
O efetivo autorizado da Marinha do Brasil deverá passar de 59,6 mil para 80,5 mil oficiais e praças até 2030, o que corresponde a um aumento de 36%. Nos próximos anos, deverão ser criadas, em média, 218 vagas para oficiais e 771 para praças por ano. Isto resultará em despesa adicional de R$ 27,9 milhões em 2010, de R$ 72,1 milhões em 2011 e de R$ 118,5 milhões em 2012.
Como o Orçamento da União não é impositivo, as verbas autorizadas são passíveis de cortes e contingenciamentos durante o exercício. Este ano, já foram anunciados cortes de R$ 21,5 bilhões, nos recursos para investimento e custeio. O Ministério da Defesa foi o mais atingido, ficando com apenas R$ 10 bilhões dos cerca de R$ 16 bilhões originalmente previstos. Da Marinha teriam sido contingenciados R$ 3,1 bilhões.
O PEAMB vem dar continuidade ao Plano de Reaparelhamento da Marinha (PRM), ora em fase de execução. A Marinha realizou estudos para determinar o quantitativo estratégico de meios flutuantes, aéreos e de fuzileiros navais necessário, numa moldura de tempo que ultrapassa 2030. Entretanto, nada garante que tais estimativas venham a se converter em encomendas firmes.
As metas prioritárias para os próximos anos incluem projetos previstos no PRM e outros que não estavam incluídos naquele plano. Tais projetos incluem a substituição de meios cuja baixa ocorreu recentemente ou deve ocorrer em breve, assim como a modernização de outros, que terão sua vida útil estendida e sua capacidade operativa atualizada.
Até 2017, deve ser concluída a modernização de cinco submarinos, a um custo total de R$ 614,9 milhões, e adquirido um lote de novos torpedos, a um custo de R$ 107,6 milhões. O programa de construção de cinco novos submarinos (quatro convencionais e um nuclear) tem seu custo estimado em 6,7 bilhões de euros. Numa primeira etapa, está prevista a instalação, até 2015, de um estaleiro e de uma base em Itaguaí (RJ).
Foi entregue o primeiro dos seis navios-patrulha de 500 toneladas encomendados, devendo os demais ser entregues até 2014, a um custo unitário de R$ 80 milhões. A construção de um lote inicial de três NPa de 1.800 toneladas (com opção para mais dois), a um custo de R$ 194,7 milhões cada um, deve ser contratada em breve. Até 2015, também serão construídos quatro NPa de 200 toneladas, para águas costeiras e fluviais, por R$ 168 milhões de custo total.
Um lote inicial de três fragatas de 6.000 toneladas (com opção para mais duas) deve ser encomendado, a um custo unitário de cerca de 450 milhões de euros. Um navio de apoio logístico (NApLog) de 20.000 toneladas (com opção para mais quatro), com custo unitário de US$ 150 milhões, também está previsto. Além disso, estão sendo modernizados o navio-aeródromo (NAe) São Paulo, os navios de escolta e diversos navios empregados no serviço de hidrografia e navegação.
Estão previstas no PRM a obtenção de quatro novos helicópteros multiemprego S-70B Seahawk e a modernização de 12 helicópteros de esclarecimento e ataque AH-11A Lynx, assim como a obtenção de diversos tipos de armamento e munição. A aquisição de material para o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) também está incluída.
Constituem projetos extra-PRM a modernização de 12 aeronaves de interceptação e ataque AF-1/AF-1A Skyhawk e a obtenção de 16 helicópteros de emprego geral EH 725 Caracal, assim como a seleção, obtenção e modernização de um lote de aeronaves de alarme aéreo antecipado, transporte e reabastecimento em vôo.
Aos projetos acima, que cobrem o horizonte temporal até 2015, devem seguir-se projetos de médio e longo prazo, previstos no PEAMB. O novo plano, que visa à expansão dos meios e à revisão da articulação das forças navais, aeronavais e de fuzileiros navais, demandará consideráveis recursos. Estará o Brasil à altura de tal desafio?
Talvêz você possa me esclarecer: Porque a Marinha precisa de mais 20 mil homens?
Pergunto isso porque estive comparando dados de wikipedia entre marinhas como a Inglesa e a Francesa, e percebí que a nossa marinha conta com mais homens por navio doque essas outras duas, sendo que efetivamente dispõe de menor capacidade de combate(o mesmo parece valer para exército e aeronáutica, ou seja, não seria um problema só para a marinha). Não seria esse uso excessivo de pessoal um dos fatores que, no médio e longo prazo, levam as FAs à ter gastos maiores de pessoal e pensões doque com custeio e investimentos? Será que não se pensa em profissionalizar e racionalizar o uso de mão de obra nas forças? Se novas gerações de navios precisarão de menos manutenção, e serão mais automatizados, porque prever um aumento do número de marinheiros, quando o número atual já é exagerado em relação à força?
Allan
- Marino
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
O Poder Político da Nação determinou que a MB criasse uma 2º Esquadra.
Não só isso, mas será criada uma nova grande unidade de Fuzileiros Navais e uma nova Base Naval/Aeronaval, com todas as OM de apoio subordinadas.
Além disso, foi criado o Batalhão de Operações Ribeirinhas de Fuzileiros Navais de Manaus e serão criados os de Ladário, Belém e Tabatinga.
Então, a questão não é só o nº de marinheiros embarcados em navios, mas Batalhões de Fuzileiros, Base Naval, órgãos de apoio aos meios, etc.
As novas gerações de navios demandarão muito mais manutenção, posto que os sistemas serão extremamente automatizados e não podem falhar. Podem demandar menos tripulação, o que é discutível, mas a manutenção pesará muito. As Inhaúma, p. ex, com poucos tripulantes, possuem dificuldade para guarnecer alguns postos, como transferência de óleo no mar, onde até cozinheiros são deslocados para guarnecerem estações.
Outra coisa: desde a década de 70 do século passado, o efetivo da MB havia sido "congelado", mas não as atividades que a Força continuou a receber. Neste período o mar coalhou de plataformas, o tráfego marítimo aumentou não sei quantas vezes, as atividades subsidiárias da MB como Autoridade Marítima do Brasil cresceram exponencialmente.
Não podemos esquecer das mesmas e pensar somente em navios de combate.
A questão é muito maior.
Não só isso, mas será criada uma nova grande unidade de Fuzileiros Navais e uma nova Base Naval/Aeronaval, com todas as OM de apoio subordinadas.
Além disso, foi criado o Batalhão de Operações Ribeirinhas de Fuzileiros Navais de Manaus e serão criados os de Ladário, Belém e Tabatinga.
Então, a questão não é só o nº de marinheiros embarcados em navios, mas Batalhões de Fuzileiros, Base Naval, órgãos de apoio aos meios, etc.
As novas gerações de navios demandarão muito mais manutenção, posto que os sistemas serão extremamente automatizados e não podem falhar. Podem demandar menos tripulação, o que é discutível, mas a manutenção pesará muito. As Inhaúma, p. ex, com poucos tripulantes, possuem dificuldade para guarnecer alguns postos, como transferência de óleo no mar, onde até cozinheiros são deslocados para guarnecerem estações.
Outra coisa: desde a década de 70 do século passado, o efetivo da MB havia sido "congelado", mas não as atividades que a Força continuou a receber. Neste período o mar coalhou de plataformas, o tráfego marítimo aumentou não sei quantas vezes, as atividades subsidiárias da MB como Autoridade Marítima do Brasil cresceram exponencialmente.
Não podemos esquecer das mesmas e pensar somente em navios de combate.
A questão é muito maior.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Complementando o post anterior.
Mesmo o nº de navios aumentará muito.
De 1 PA, passaremos a 2.
De 14 escoltas, passaremos a 30.
Some os novos NPa de 500 ton, os de 200, os de 1800, os novos NPaFlu, NTrtFlu, NApLog, etc.
A MB crescerá de acordo com as necessidades do Brasil no século XXI.
Mesmo o nº de navios aumentará muito.
De 1 PA, passaremos a 2.
De 14 escoltas, passaremos a 30.
Some os novos NPa de 500 ton, os de 200, os de 1800, os novos NPaFlu, NTrtFlu, NApLog, etc.
A MB crescerá de acordo com as necessidades do Brasil no século XXI.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
A ampliação da vila naval daqui de tabatinga já está quase concluida.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
O ESP de hoje repete o artigo sobre o planejamento da MB dito pelo Alte Deiana.
Nenhuma novidade, então não vou transcrevê-lo.
Mas o Godoy emitiu opinião:
ANÁLISE
Investimentos chegam com atraso
*Roberto Godoy
A Marinha do Brasil está recuperando investimentos que deveriam ter sido feitos há 33 anos, quando a frota naval deixou de ser regularmente renovada.O governo do Brasil reivindica 4,5 milhões de km² de área de exploração econômica no Atlântico Sul. É o cenário de 86% das principais rotas comerciais de interesse do País, sobre as quais, para garantir o direito de exploração, está assumindo responsabilidades de controle e da segurança da navegação. Quando estiver em pleno funcionamento, a província petrolífera do pré-sal implicará numa espécie de arquipélago artificial onde devem trabalhar e viver cerca de 45 mil pessoas. O Comando da Marinha terá de assegurar a integridade desses recursos e negar o acesso a agressores. A frota pretendida, moderna, ágil e com elevado poder de fogo, é o instrumento de dissuasão adequado à situação.
*É JORNALISTA DO ESTADO
Nenhuma novidade, então não vou transcrevê-lo.
Mas o Godoy emitiu opinião:
ANÁLISE
Investimentos chegam com atraso
*Roberto Godoy
A Marinha do Brasil está recuperando investimentos que deveriam ter sido feitos há 33 anos, quando a frota naval deixou de ser regularmente renovada.O governo do Brasil reivindica 4,5 milhões de km² de área de exploração econômica no Atlântico Sul. É o cenário de 86% das principais rotas comerciais de interesse do País, sobre as quais, para garantir o direito de exploração, está assumindo responsabilidades de controle e da segurança da navegação. Quando estiver em pleno funcionamento, a província petrolífera do pré-sal implicará numa espécie de arquipélago artificial onde devem trabalhar e viver cerca de 45 mil pessoas. O Comando da Marinha terá de assegurar a integridade desses recursos e negar o acesso a agressores. A frota pretendida, moderna, ágil e com elevado poder de fogo, é o instrumento de dissuasão adequado à situação.
*É JORNALISTA DO ESTADO
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Marino,Marino escreveu:O Poder Político da Nação determinou que a MB criasse uma 2º Esquadra.
Não só isso, mas será criada uma nova grande unidade de Fuzileiros Navais e uma nova Base Naval/Aeronaval, com todas as OM de apoio subordinadas.
Além disso, foi criado o Batalhão de Operações Ribeirinhas de Fuzileiros Navais de Manaus e serão criados os de Ladário, Belém e Tabatinga.
Então, a questão não é só o nº de marinheiros embarcados em navios, mas Batalhões de Fuzileiros, Base Naval, órgãos de apoio aos meios, etc.
As novas gerações de navios demandarão muito mais manutenção, posto que os sistemas serão extremamente automatizados e não podem falhar. Podem demandar menos tripulação, o que é discutível, mas a manutenção pesará muito. As Inhaúma, p. ex, com poucos tripulantes, possuem dificuldade para guarnecer alguns postos, como transferência de óleo no mar, onde até cozinheiros são deslocados para guarnecerem estações.
Outra coisa: desde a década de 70 do século passado, o efetivo da MB havia sido "congelado", mas não as atividades que a Força continuou a receber. Neste período o mar coalhou de plataformas, o tráfego marítimo aumentou não sei quantas vezes, as atividades subsidiárias da MB como Autoridade Marítima do Brasil cresceram exponencialmente.
Não podemos esquecer das mesmas e pensar somente em navios de combate.
A questão é muito maior.
Minha pergunta vem da minha visão sobre como o TI e como o mercado privado se alterou nos últimos anos, com o uso de tecnologia, então me perdoe se tiver insistindo em algo que não faz sentido...
Pelo que entendo, novas gerações de navios possuem mais sistemas automatizados, e construidos com melhores tecnologias. Deveriam demandar menos tempo para reparos e menor mão de obra, e oferecer maior disponibilidade. É exatamente nessa linha que empresas e meios militares, como os caças de nova geração, estão seguindo, apesar do aumento constante da complexidade de sistemas. Será que não falta à MB analisar o problema da manutenção e prever, para o futuro, novos sistemas de suporte e mesmo navios que tenham como requerimento uma necessidade menor de suporte de pessoal da própria marinha? Não estou falando de reduzir postos para economizar, estou falando de usar a tecnologia para usar melhor os recursos humanos de que se dispõe...
De qualquer forma, obrigado pelas respostas.
Ats,
Allan
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Caro amigo, este é um debate interessante.
Já não vou comentar o grande aumento do nº de navios, tanto na Esquadra como nos Distritos Navais, previstos.
Também não vamos mais citar a criação de novas unidades de FN.
Também de meios aéreos.
Lembre-se de que para isso, a estrutura logística de manutenção precisa ser implementada.
Vamos falar de automatização.
Trago a experiência das Corvetas Inhaúma.
Quando foram adquiridas, a MB precisou criar um Grupo de Manutenção sediado em terra.
Isto pq se toda a tripulação do navio ficasse 24 hs por dia fazendo as MANUTENÇÕES PREVENTIVAS previstas, não as corretivas, não as emergênciais que acontecem no mar, não conseguiria cumprir os cartões de trabalho.
Então, quando os navios atracavam, o pessoal do Grupo de Manutenção embarcava e se juntava a tripulação nas manutenções preventivas previstas para os equipamentos.
Imagine a situação em um navio de outra geração, muito mais moderno.
Então, por experiência, a questão da automatização não é o santo graal que vai permitir a diminuição do nº de pessoal envolvido na logística dos meios.
se esta logística não for cumprida, não só as manutenções preventivas, corretivas, emergenciais, mas ciclos de alinhamento de sensores e armas, p. ex, vc pode esquecer a eficiência e eficácia do meio.
Teríamos um mercantão que vai do ponto A para o ponto B, sem poder detectar, trecar, atirar, se comunicar, sem poder fazer nada.
Quanto mais sofisticado e moderno o navio, mais amplas as necessidades de manutenção de sistemas, e não o contrário.
Outra coisa, que creio já ter comentado já há algum tempo: o nº reduzido de tripulantes causa problemas para o desempenho de algumas tarefas típicas de um navio de guerra.
Por exemplo, a transferência de óleo no mar nas Inhaúma, onde cozinheiros, telegrafistas, sinaleiros, etc, precisam ser adestrados para participarem da faina por causa do baixo nº de tripulantes na divisão de convés. Some carga leve, carga pesada, duas equipes de manobra e crash para operar helis dia e noite, etc, e imagine o tamanho do problema.
Para mim, redução de tripulação como uma meta a ser atingida causa problema.
Não vamos esquecer que, em caso de guerra, a MB não possui reservas mobilizáveis, como o EB, e que tripulantes adestrados não se encontram com mobilização. Esta é outra questão a ser pensada. Na Marinha, substitutos para tripulantes mortos ou feridos, estão na Instituição.
Já não vou comentar o grande aumento do nº de navios, tanto na Esquadra como nos Distritos Navais, previstos.
Também não vamos mais citar a criação de novas unidades de FN.
Também de meios aéreos.
Lembre-se de que para isso, a estrutura logística de manutenção precisa ser implementada.
Vamos falar de automatização.
Trago a experiência das Corvetas Inhaúma.
Quando foram adquiridas, a MB precisou criar um Grupo de Manutenção sediado em terra.
Isto pq se toda a tripulação do navio ficasse 24 hs por dia fazendo as MANUTENÇÕES PREVENTIVAS previstas, não as corretivas, não as emergênciais que acontecem no mar, não conseguiria cumprir os cartões de trabalho.
Então, quando os navios atracavam, o pessoal do Grupo de Manutenção embarcava e se juntava a tripulação nas manutenções preventivas previstas para os equipamentos.
Imagine a situação em um navio de outra geração, muito mais moderno.
Então, por experiência, a questão da automatização não é o santo graal que vai permitir a diminuição do nº de pessoal envolvido na logística dos meios.
se esta logística não for cumprida, não só as manutenções preventivas, corretivas, emergenciais, mas ciclos de alinhamento de sensores e armas, p. ex, vc pode esquecer a eficiência e eficácia do meio.
Teríamos um mercantão que vai do ponto A para o ponto B, sem poder detectar, trecar, atirar, se comunicar, sem poder fazer nada.
Quanto mais sofisticado e moderno o navio, mais amplas as necessidades de manutenção de sistemas, e não o contrário.
Outra coisa, que creio já ter comentado já há algum tempo: o nº reduzido de tripulantes causa problemas para o desempenho de algumas tarefas típicas de um navio de guerra.
Por exemplo, a transferência de óleo no mar nas Inhaúma, onde cozinheiros, telegrafistas, sinaleiros, etc, precisam ser adestrados para participarem da faina por causa do baixo nº de tripulantes na divisão de convés. Some carga leve, carga pesada, duas equipes de manobra e crash para operar helis dia e noite, etc, e imagine o tamanho do problema.
Para mim, redução de tripulação como uma meta a ser atingida causa problema.
Não vamos esquecer que, em caso de guerra, a MB não possui reservas mobilizáveis, como o EB, e que tripulantes adestrados não se encontram com mobilização. Esta é outra questão a ser pensada. Na Marinha, substitutos para tripulantes mortos ou feridos, estão na Instituição.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Desculpe me meter na conversa, mas como entendo um pouco disto, gostaria de tentar responder.
Quanto mais informatizado e automatizado o sistema, mais componentes e sistema terão que ser mantidos e supridos.
Sim a operação do sistema demanda menos gente ou atuação humana, mas o tempo e a quantidade de manutenções aumenta na proporção que o tempo entre falha do equipamento aumenta.
Um MTBF alto implica obrigatoriamente na substituição da peça ou equipamentos antes do tempo de falha, exemplifico:
um determinado componente de controle de giro de uma torre, tem vida útil de 100 mil giros, este componente tem que ser substituido no período de manutenção que mais se aproxime dos 100 mil giros, estando o componente bom ou não. Via de regra se vários componentes forem substituidos em boa forma, após a análise completa dos mesmos, será modificado o tempo de vida útil do dito componente.
Grande parte destas pequenas manutenções não serão mais feitas com o pessoal operacional ou de bordo, pois a equipe foi reduzida, e a operação otimizada, o pessoal treinado e a ferramenta para isso ficam na base, trocando esse componente de todos os navios que lá fizerem a manutenção.
Para sua pergunta podemos fazer esse exercicio simplificado (a proporção não é essa):
05 navios antigos, 10 operadores e 5 de manutenção na base
10 navios novos e modernos, 10 operadores e 12 de manutenção na base.
Espero ter respondido sua questão.
Abraço
Quanto mais informatizado e automatizado o sistema, mais componentes e sistema terão que ser mantidos e supridos.
Sim a operação do sistema demanda menos gente ou atuação humana, mas o tempo e a quantidade de manutenções aumenta na proporção que o tempo entre falha do equipamento aumenta.
Um MTBF alto implica obrigatoriamente na substituição da peça ou equipamentos antes do tempo de falha, exemplifico:
um determinado componente de controle de giro de uma torre, tem vida útil de 100 mil giros, este componente tem que ser substituido no período de manutenção que mais se aproxime dos 100 mil giros, estando o componente bom ou não. Via de regra se vários componentes forem substituidos em boa forma, após a análise completa dos mesmos, será modificado o tempo de vida útil do dito componente.
Grande parte destas pequenas manutenções não serão mais feitas com o pessoal operacional ou de bordo, pois a equipe foi reduzida, e a operação otimizada, o pessoal treinado e a ferramenta para isso ficam na base, trocando esse componente de todos os navios que lá fizerem a manutenção.
Para sua pergunta podemos fazer esse exercicio simplificado (a proporção não é essa):
05 navios antigos, 10 operadores e 5 de manutenção na base
10 navios novos e modernos, 10 operadores e 12 de manutenção na base.
Espero ter respondido sua questão.
Abraço