Operações Policiais e Militares

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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henriquejr
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Re: Operações Policiais e Militares

#4906 Mensagem por henriquejr » Qua Mai 05, 2010 6:54 pm

E esse salário já está defasado, atualmente o salário inicial da PM/DF está beirando os 6 mil reais!




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zela
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Re: Operações Policiais e Militares

#4907 Mensagem por zela » Qua Mai 05, 2010 11:18 pm

henriquejr escreveu:E esse salário já está defasado, atualmente o salário inicial da PM/DF está beirando os 6 mil reais!
Não tá não :lol: :lol:
E amanhã sai o resultado do pscotécnico do concurso da PMDF...só falta essa prova pra eu adentrar o mundo policial :lol:
Tô com um frio na barriga do @#$%...
Se não for esse, vai ser a PRF, que ainda tá enrolada :cry:




Enlil
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Re: Operações Policiais e Militares

#4908 Mensagem por Enlil » Qui Mai 06, 2010 4:02 am

Sempre temos parâmetro pelo Rio, muito devido a mídia já q é uma "cidade nacional", embora tenhamos muitos outros lugares tão violentos quanto pelo Brasil; por outro lado, em outro contexto latino-americano a coisa é simplesmente assustadora :shock::

http://img62.imageshack.us/img62/5029/73997742.jpg

In this April 24, 2009 photo, seized weapons sit on racks in a seized weapons warehouse at the Secretary of the Defense headquarters in Mexico City. In all, the military has 305,424 confiscated weapons locked in vaults, just a fraction of those used by criminals in Mexico, where an offensive by drug cartels against the military has killed more than 10,750 people since December 2006. The U.S. has acknowledged that many of the rifles, handguns and ammunition used by the cartels come from its side of the border. (AP Photo/Eduardo Verdugo)




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Re: Operações Policiais e Militares

#4909 Mensagem por Edu Lopes » Qui Mai 06, 2010 8:46 am

Hora do confronto no Alemão se aproxima

Caio de Menezes, Marcelo Fernandes, Jornal do Brasil

RIO DE JANEIRO - A ocupação das 12 favelas que compõem o complexo do Alemão pelas forças de segurança do estado será uma batalha sangrenta, segundo policiais ouvidos pelo Jornal do Brasil. Ao contrário de outras comunidades, onde a instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) ocorreu sem resistência dos traficantes, no Alemão e no vizinho complexo da Penha (mais seis favelas), o confronto será inevitável. De acordo com um agente da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), haveria nos dois complexos cerca de 1,5 mil fuzis e mais de seis mil granadas. Num enfrentamento, entre 30 e 50 policiais morreriam, segundo a fonte.

Na semana passada, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame declarou que 2 mil policiais participariam das UPPs do Alemão e da Penha, mas, segundo policiais, para a tomada das comunidades, o contingente teria que ser bem maior. Não há como o tráfico resistir à chegada do Estado, afirma o agente da Dcod.

– O tráfico pode aguentar dez dias ou até um mês. Depois disso, a munição deles acabaria e, eles seriam vencidos pela exaustão. Temos mais homens e, trabalhamos em escala – disse o policial civil, que, no último domingo, participou da operação realizada no Complexo da Maré, na qual seis supostos bandidos morreram.

Um inspetor da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae), que também preferiu o anonimato, disse que o status do Complexo do Alemão, tido como o quartel general de uma das principais quadrilhas de traficantes do estado, incomoda os policiais.

– Todas as grandes lideranças da quadrilha foram para lá. Incomoda o fato de não haver uma operação ali desde setembro de 2008. Entramos na Rocinha a hora que queremos, por que não no Alemão? Basta darem o “ok”, que acabamos com esse quartel general deles.

Para o diretor de Polícia da Capital, Ronaldo Oliveira, uma ação mais incisiva pode acontecer dentro de três meses, e a Operação Abutre, que iniciou o patrulhamento ostensivo no entorno dos complexos, é um preparativo.

– Não estamos ali à toa, temos um objetivo e vamos cumpri-lo. – disse Ronaldo, que, no entanto, não confirma o poderio bélico dos bandidos: –Sobre a quantidade de armas, não há como quantificar.

A estratégia da Polícia Civil, de vigiar as entradas do Alemão, foi elogiada pelo coronel da Força de Segurança Nacional (FNS) Luiz Antônio Ferreira. O oficial, que comandou as tropas da FSN na comunidade durante os Jogos Pan-Americanos de 2007, ressaltou o “terror psicológico” que os traficantes já estariam sofrendo com o cerco.

– A situação ali é adversa para o estado. Por isso, eles estão agindo corretamente, pelas bordas. Sufocando os traficantes, eles ficarão mais receosos – disse Ferreira.

O planejamento da operação leva em conta as cerca de 430 mil pessoas que vivem no Alemão e na Penha, pois o objetivo é preservar ao máximo os moradores sem envolvimento com o crime organizado.

Deputada critica a falta de operações: “virou um bunker”

Para a deputada federal Marina Maggesi (PPS), o período de quase dois anos sem operações no Complexo do Alemão fortaleceu em demasia os traficantes da área.

– A polícia não entra lá por causa das obras do governo federal (PAC), e aquilo se transformou em um bunker, já que nesse tempo eles não perderam uma munição. É um monstro, e temo que muitos colegas venham a perder a vida quando chegar o momento de entrar – preocupa-se ela, que já chefiou a divisão anti-drogas da Polícia Civil.

Em setembro de 2008, um corpo cremado foi encontrado por policiais do Bope no Alemão. O cadáver seria do traficante Antônio José de Souza Ferreira, o Tota, que segundo moradores, fora traído por comparsas e assassinado. A polícia, porém, não conseguiu comprovar se o corpo era realmente de Tota.

A liderança da venda de drogas na comunidade foi assumida Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, que, ao contrário do seu antecessor, evita confrontos com a polícia. Pezão teria ordenado a morte de Tota após este matar a mulher de um dos líderes da quadrilha, por suspeitar que ela tinha ligações com a polícia.

Atualmente, a quadrilha é liderada por Alexander Mendes da Silva, o Polegar, que saiu da prisão após receber o benefício do regime aberto em setembro do ano passado e não voltou a se apresentar à Justiça. Embora na época a cúpula da segurança no estado tenha afirmado que todos os esforços seriam empreendidos na sua captura, Polegar continua foragido.


Fonte: http://jbonline.terra.com.br/pextra/201 ... 510996.asp




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Re: Operações Policiais e Militares

#4910 Mensagem por PQD » Qui Mai 06, 2010 9:13 am

As cabeças e a missão
06 de maio de 2010
Por Olavo de Carvalho (*)


Se você não entra no jogo, é excluído não só da corriola palaciana, como antigamente, mas do seu grupo de amigos, do emprego, da família, do universo. Por isso é que o mundo moderno, se ainda não é o império geral da mentira anunciado no livro do Apocalipse, pelo menos dá o melhor de si para aproximar-se desse ideal sublime.

Enojado com o artificialismo dos costumes na côrte de Henrique VIII, Thomas More observou que a mentira política, quanto mais patente e boboca, mais solicitamente é aceita como verdade por aqueles a quem, no fundo, ela não engana de maneira alguma.

Decorridos vários séculos, belo exemplo da validade permanente dessa máxima é o acordo assinado entre Brasil e Paraguai para "reprimir o narcotráfico", lindo evento diplomático seguido de trocas de tiros, não com os traficantes das Farc, mas entre a Polícia Federal do primeiro signatário e a Marinha do segundo (v. http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 9317.shtml).

Como ambas as partes sabem que a guerrilha colombiana domina o narcotráfico na fronteira, mas ao mesmo tempo comprometem-se a combater tão somente o crime abstrato, puro, platônico, sem tocar na realidade viva das conexões políticas que o originaram, o protegem e dele se alimentam, torna-se evidente que todo o esforço de cada um dos contratantes residirá em fazer o melhor que possa para impedir que as ações do outro contra o banditismo tenham qualquer resultado substantivo: haja o que houver, as Farc não serão arranhadas.

Tão sério é esse compromisso, que aqueles que o assumiram não hesitam em cumpri-lo à bala. Quem disse que não existe heroísmo entre picaretas?

Eis aí, pela bilionésima vez, o sinal de que, na leitura dos tratados internacionais e declarações políticas em geral, o estudante não deve excluir a possibilidade de que signifiquem precisamente o contrário do que dizem.

A única diferença entre o reinado de Henrique VIII e o mundo moderno é que na época do primeiro só eram obrigados a dizer amém à mentira oficial os membros do círculo mais próximo do rei. O povo, à distância, e os intelectuais, no recesso protegido da universidade, sabiam que tudo aquilo era uma palhaçada, e riam.

Hoje, com os meios de comunicação de massa e a instrumentalização das universidades como meios de "transformação social", o auto-engodo obrigatório se impõe a toda a população e os intelectuais em peso são os primeiros a legitimá-lo, cada um sentindo uma angústia, um peso na consciência toda vez que se recusa a acompanhar seus pares, mesmo por minutos, no exercício de tão honrosa missão.

Se você não entra no jogo, é excluído não só da corriola palaciana, como antigamente, mas do seu grupo de amigos, do emprego, da família, do universo. Por isso é que o mundo moderno, se ainda não é o império geral da mentira anunciado no livro do Apocalipse, pelo menos dá o melhor de si para aproximar-se desse ideal sublime.

Vejam o que aconteceu com o dr. Joseph Sonnabend, epidemiologista e um dos criadores da prestigiosa Foundation for AIDS Research. Um belo dia ele recebeu um press release emitido pelo próprio departamento que ele chefiava. A coisa dizia que a Aids assumira proporções epidêmicas, já não era um risco limitado à parcela mais vulnerável da comunidade homossexual, mas era um perigo iminente para toda a humanidade.

"Que besteira é essa? Eu nunca assinei essa porcaria!", protestou o perplexo doutor. Antes que ele obtivesse uma explicação, a mentira alarmista já tinha virado capa da revista Life, com o título: "Aids: Ninguém está a salvo".

Só quando a farsa já havia se espalhado pelos quatro quadrantes da Terra como verdade científica incontestável uma alma caridosa explicou ao dr. Sonnabend que tudo era um plano da Foundation e da indústria farmacêutica para arrancar verbas do governo americano (v.

Na verdade, a Aids nunca foi um perigo sério para a população heterossexual e, hoje, não é absolutamente risco nenhum. Confirma-se assim, linha por linha, a denúncia que em 1993 o jornalista Michael Fumento apresentou em seu livro The Myth of Heterosexual Aids (v. http://www.fumento.com/myth.html). Mas dizer indústria farmacêutica é dizer Rockefeller, e dizer Rockefeller é dizer Council of Foreign Relations, Bilderberg Club e, no fim das contas, Nova Ordem Mundial - as mesmas organizações e entidades que estão por trás do climategate, das campanhas mundiais abortista e gayzista, da nova religião global biônica, da proposta do governo Obama para o controle universal da circulação de capitais, etc. etc. - a lista das maravilhas não tem mais fim. Quem vai dar um basta em tudo isso? Ninguém.

A imposição da bestialidade organizada vem precedida de programas educativos calculados para desarmar a inteligência humana, desde a mais tenra infância, contra a força hipnótica das mais tolas mentiras de polichinelo. Henrique VIII mandou cortar a cabeça de Thomas More quando este se recusou a continuar fazendo vista grossa. A Nova Ordem Mundial não corta cabeças: zela para que elas não cresçam até um ponto em que precisem ser cortadas.

E não é só o sistema educacional que serve a esse fim. Para vocês fazerem uma idéia da colaboração prestimosa da "grande mídia" com a microcefalia global planejada, vejam como os medalhões do jornalismo americano responderam ao novo livro do repórter Aaron Klein, The Manchurian President, que investiga, com mais de oitocentos documentos, as relações íntimas entre Barack Obama e tudo quanto é organização comunista, islamofascista e anti-americana nos EUA.

Antes mesmo de poder lê-lo, assim reagiram aquelas belas almas ao mero anúncio de que o livro estava para ser publicado (v. http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=149313):

"Nunca, nunca mais me contactem", respondeu o redator da Time, Jeffrey Kluger.

"Porcaria ridícula" (John Oswald, editor do New York Daily News).

"Lixo sensacionalista que não interessa a nenhuma publicação séria" (Rana Foroohar, editora adjunta da Newsweek).

"Tirem-me da sua lista" (Nancy Gibbs, editora da Newsweek).

"Vão cuidar das suas vidas" (David Knowles, comentarista político da America Online).

"Isso é ofensivo" (Ben Wyskida, diretor de publicadade de The Nation).

E assim por diante. A dedicação dos grandes do jornalismo atual à ocultação de notícias politicamente indesejáveis não é um capricho de momento, uma frescura, uma leviandade: é um compromisso sério, profundo, inflexível. É uma missão de vida.




(*) Fonte: http://www.midiasemmascara.org/artigos/ ... issao.html




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Re: Operações Policiais e Militares

#4911 Mensagem por PQD » Qui Mai 06, 2010 10:12 am

Brasília (DF) - No dia 03 de maio, foi realizada a pré-estréia do filme "Segurança Nacional", no Teatro Pedro Calmon, no Quartel-General do Exército. Prestigiaram o evento o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, o Comandante do Exército, General Enzo, o Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito, membros da equipe de direção e produção do filme, Sr Roberto Carminati, Sr Diogo Boni e Sr Bruno Fantini e outras autoridades civis e militares.

O filme “Segurança Nacional”, que será lançado na rede nacional de cinemas no dia 07 de maio, foi realizado com apoio do Ministério da Defesa e das Forças Armadas, aproveitando atividades de adestramento real de tropas. É uma obra de ficção que enaltece o trabalho realizado por militares e civis em defesa dos interesses nacionais.




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Re: Operações Policiais e Militares

#4912 Mensagem por PQD » Qui Mai 06, 2010 10:15 am

Serra quer criar força paralela à PF

Flávia Salme



RIO - Depois de anunciar a intenção de criar um Ministério da Segurança Pública Nacional, caso seja eleito à Presidência, o pré-candidato do PSDB, José Serra, também pretende criar uma uma força paralela à Polícia Federal para controlar as fronteiras do país. Em entrevista à rede RBS, transmitida pela internet por meio da Rádio Gaúcha, Serra explicou o plano.

– O governo federal tem que encontrar um instrumento de controle da fronteira. A Polícia Federal é boa, mas é pequena. Não pode crescer 20%, 30%, ao ano, porque você não consegue manter o padrão de organização. Vamos ter que criar uma outra força especial para isso. Mas com o pé no chão, um outro tipo de força, no estilo os carabineros do Chile – detalhou.

Durante a entrevista, José Serra manteve o bom humor e tentou deixar os jornalistas à vontade:

– Pode me chamar de Zé, (...) por mais exótico que seja, já fui Zezinho.

Na sabatina, ele também listou ações políticas e divulgou outras propostas de campanha. Ao explicar sobre como combateria a corrupção no Brasil, afirmou que a questão não é de leis, mas de comportamento. E disse que, se eleito, acabará com as nomeações políticas como forma de reprimir o problema.

– Hoje, (no governo) o procedimento de indicações se generalizou, inclusive nas agências reguladoras, que ficam loteadas por partidos. Por exemplo, a Anvisa, que eu criei, hoje é dividida entre partidos. O sujeito que vai para lá tem estabilidade, não pode ser removido. Isso ajuda a corrupção. É um problema de lei? Não. É um problema de comportamento – disse.

Em seguida, ele afirmou que as nomeações políticas deixaram o estado “obeso”:

– Tenho certeza que tem um índice de gordura bovina europeia – finalizou.

Reajuste aos aposentados

Indagado se sancionaria o reajuste de 7,7% para os aposentados, e o fim do fator previdenciário – aprovados quarta-feira na Câmara dos Deputados – caso fosse presidente, Serra se limitou a responder que que apoiará qualquer decisão que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva venha a adotar.

– Eu acho que o aposentado no Brasil ficou para trás. Acho que tem que ter reposição, sim, ao longo do tempo, para garantir mais dignidade. Sobre esse episódio, o governo tem um ministro da Fazenda que é sério. O presidente Lula acompanha as coisas, e eles vão decidir. O que eles decidirem, eu vou apoiar.

Em meio à entrevista, Serra também falou sobre futebol, “uma paixão”. Defendeu que Neymar, Ganso e Robinho joguem juntos na Seleção. Instado a dar opinião sobre o técnico da equipe, fez graça:

– Não me façam brigar com o Dunga. Eu gosto do Dunga.

Ao fim da entrevista, Serra pediu para contar uma piada.

– A mãe judia é muito protetora, controla tudo, é ciumenta. Essa mãe deu duas gravatas para o filho: uma vermelha, e outra, amarela. O rapaz colocou a vermelha. Ela olhou e disse: Você não gostou da amarela?

Em seguida, Serra quis saber da plateia:

– É boa ou não é?




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Re: Operações Policiais e Militares

#4913 Mensagem por PQD » Qui Mai 06, 2010 10:22 am

Atentado no Paraguai teria sido concebido em prisão paulista

Joana Duarte , Jornal do Brasil



RIO - O Ministério Público paraguaio acusou quarta-feira Assad Khalil Kiwan, um libanês que se naturalizou brasileiro em 2004 e é condenado por tráfico de drogas no Líbano, por um suposto envolvimento no atentado contra o senador paraguaio Robert Acevedo ocorrido na última segunda-feira na cidade de Pedro Juan Caballero, capital do departamento de Amambay, na fronteira com Ponta Porã, Mato Grosso do Sul.

O senador Acevedo conseguiu milagrosamente escapar, sofrendo apenas um ferimento no braço, mas o atentado culminou com as mortes de seu segurança e de seu motorista. No ataque, os criminosos alvejaram seu veículo com mais de 50 tiros.

A promotora do departamento de Amambay, Lourdes Peña, acusa Assad Khalil Kiwan de duplo homicídio e tentativa de homicídio baseando-se no testemunho do senador Acevedo, que já havia acusado o libanês de tentar matá-lo em 2007. Segundo ela, o senador contou que recebeu várias ameaças de Kiwan, que era empresário e ex-dirigente do Clube Esportivo de Amambay, e foi expulso do Paraguai em março de 2009.

Extradição frustrada

Kiwan foi preso no Paraguai em setembro de 2007, sob a acusação de porte ilegal de armas. Na sequência, a Justiça libanesa solicitou sua extradição, sob acusação de tráfico internacional de entorpecentes.

A Interpol paraguaia tentou extraditá-lo para o seu país de origem no ano passado, mas, como não existe voo direto entre Paraguai e Líbano, Kiwan foi embarcado em um voo com escala em São Paulo. Ao desembarcar na capital paulista, o libanês teria solicitado auxílio à Polícia Federal brasileira e conseguiu permanecer no Brasil por usufruir da nacionalidade brasileira.

À época, a tentativa de extradição frustrada por parte das autoridades paraguaias provocou a destituição do chefe da Interpol em Assunção, Teodoro Galeano, uma vez que o ministro paraguaio do Interior, Rafael Filizzola, o havia alertado que qualquer escala em território brasileiro poderia frustrar a extradição do traficante para o Líbano.

Assad Kiwan está preso no Centro de Detenção Provisória III, no bairro de Pinheiros, São Paulo, enquanto aguarda o resultado de seu processo de extradição. Ele teve seu pedido de liberdade provisória negado no Supremo Tribunal Federal pelo ministro Eros Grau em novembro de 2009. A solicitação foi feita pela defesa por meio do habeas corpus contra a prisão preventiva.

Em entrevista ao JB, a promotora Lourdes Peña revelou que baseou a acusação preliminar contra Kiwan apenas nas denúncias feitas pelo senador Robert Acevedo. Lourdes disse acreditar que Kiwan é o “autor moral” do crime, e que teria ordenado o ataque a partir da prisão em São Paulo. Quatro brasileiros, todos com antecedentes criminais, também foram presos em Pedro Juan Caballero por envolvimento no atentado, dias depois do crime em Amambay.

– Fizemos uma acusação preliminar – disse Lourdes em entrevista por telefone. – Nossa investigação ainda deve durar de seis a oito meses.

Indagada sobre como Kiwan teria agido da prisão, Lourdes preferiu não entrar em detalhes, afirmando que a investigação está em andamento, mas destacou:

– Só porque ele está preso no Brasil, isso não significa que ele não seja o autor intelectual do crime. As prisões no Brasil têm muitos problemas.




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Re: Operações Policiais e Militares

#4914 Mensagem por PQD » Qui Mai 06, 2010 10:23 am

Planalto cobra explicação convincente de Tuma Jr. para suspeitas da PF

Operação Wei Jin. Declarações do secretário nacional de Justiça foram consideradas insuficientes pelo ministro Luiz Paulo Barreto, o que pode tornar a situação "insustentável"; paralelamente, articuladores do governo tentam colocar "panos quentes" no caso

Tânia Monteiro e Leandro Colon, BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo



O Palácio do Planalto considerou insuficientes as explicações do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, captado por escutas telefônicas legais da Polícia Federal em troca de favores com um dos chefes da máfia chinesa no Brasil, Li Kwok Kwen, o Paulo Li.

Na avaliação do governo, o silêncio de Tuma Júnior - que é delegado da Polícia Civil de São Paulo - somado ao desdobramento das investigações pode tornar a situação do secretário "insustentável". Paralelamente, articuladores do Planalto ainda tentam colocar "panos quentes" no caso.

Expoente da hierarquia do Ministério da Justiça, Tuma Júnior comanda áreas estratégicas como o Departamento de Recuperação de Ativos (DRCI), que é responsável pelo rastreamento de dinheiro ilegal no exterior, e o Departamento de Estrangeiros.

Como o Estado revelou na edição de ontem, o secretário nacional de Justiça mantinha estreita ligação com Paulo Li, hoje um presidiário na capital paulista.

Li foi preso pela PF com mais 13 pessoas, sob acusação de comandar uma quadrilha especializada no contrabando de telefones celulares falsificados, procedentes da China, durante a Operação Wei Jin (trazer mercadoria proibida, em chinês), deflagrada em setembro de 2009.

Sob o impacto do noticiário, Tuma Júnior preferiu silenciar, dar declarações sucintas a imprensa e ofereceu explicações consideradas fracas para seu superior hierárquico, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto.

Entrevista. O secretário chegou a convocar a imprensa para uma entrevista coletiva. Prometeu que se defenderia publicamente, mas depois desistiu.

Em um movimento para não atrair para o Planalto o escândalo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu a senha para Barreto exonerar o auxiliar.

Lula "despolitizou" Tuma Júnior, filho do senador Romeu Tuma (PTB-SP), aliado do governo, afirmando que esse era um assunto do Ministério da Justiça. "Eu vi informações hoje (ontem) sobre o delegado Romeu Tuma. Primeiro tem de esperar a investigação. Todo mundo sabe que é um delegado muito experimentado na polícia brasileira. É um homem que tem uma folha de serviços prestados ao País", disse.

"Se há uma denúncia contra ele, a única coisa que temos de fazer, antes de precipitarmos decisão, é investigar da forma mais democrática possível", afirmou o presidente Lula, no Palácio do Itamaraty, onde recebeu as credenciais de novos embaixadores estrangeiros.

Enredo. Mas as idas e vindas do secretário e a escassez de respostas colocaram o Planalto no enredo. À tarde, Barreto foi chamado para uma reunião no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória da Presidência da República.

Oficialmente, ele foi lá para tratar da Comissão da Verdade, prevista no decreto do Plano Nacional de Direitos Humanos. Barreto teria sido orientado a exigir explicações que sufocassem a crise ou a abreviasse, com a exoneração do secretário nacional de Justiça.

Depois do encontro com o presidente Lula e outros ministros, Barreto saiu sem falar com a imprensa.

Sob pressão. Ao chegar para trabalhar pela manhã, Tuma Júnior reuniu-se com seus principais assessores para analisar sua defesa. Foi então chamado para uma reunião às pressas com o ministro na hora do almoço. O encontro não estava agendado. Tuma Júnior defendeu-se e afirmou ao ministro que não havia praticado nada de irregular.

Antes desse encontro, a reportagem do Estado o abordou nos corredores do ministério. O secretário tentou demonstrar tranquilidade e afirmou que não era dono do cargo que ocupa no governo. "Eu não sou do cargo", declarou Tuma Júnior.

Logo depois, minimizou as acusações: "Eu não fiz nada". Indagado sobre as relações com o chinês Paulo Li, o secretário partiu para a ironia: "Eu não sou racista".

No início da tarde, após a reunião com o ministro, foi questionado pelo Estado sobre sua permanência no governo. Ele desconversou: "Primeiro o serviço, depois a fofoca".

A assessoria do Ministério da Justiça avisou os jornalistas que, para comentar as acusações, ele daria uma entrevista coletiva após a reunião que teria sobre Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), com a participação de secretários estaduais de Justiça, representantes do Ministério Público, da Advocacia Geral de União (AGU) e do Poder Judiciário.

Destino. Ele, aliás, comandou essa reunião da Enasp, que contou com a presença do ministro Barreto por alguns minutos. Tuma Júnior, no entanto, ausentou-se da sala por cerca de 40 minutos. Seu destino foi incerto. Depois da reunião, ele informou que não daria mais a prometida entrevista, alegando que não teve acesso à investigação.




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Re: Operações Policiais e Militares

#4915 Mensagem por PQD » Qui Mai 06, 2010 10:26 am

FORÇAS ARMADAS

Base de paraquedistas será no Centro-Oeste

Exército vai remanejar tropa do Rio para Goiás. Intenção é ter brigada em região central pronta para chegar rápido, em situações de emergência, a qualquer localidade do país

Edson Luiz



Tropa paraquedista no Rio de Janeiro: em 2001, brigada foi mobilizada para intervir na greve de policiais militares que se aquartelaram em Tocantins

Uma das tropas de elite do Exército, a Brigada de Infantaria Paraquedista, situada no Rio de Janeiro, será transferida para a Região Centro-Oeste, provavelmente para o estado de Goiás. A decisão faz parte de uma estratégia das Forças Armadas de mudar gradativamente as unidades concentradas no Sul e no Sudeste do país para reuni-las em áreas centrais do Brasil e da Amazônia. Na última década, três grandes contigentes — com cerca de 5 mil militares — já foram deslocados. Nesse período, outra brigada foi criada em Goiânia (GO).

O deslocamento mais rápido para qualquer parte do país é uma das razões para se transferir a Brigada de Infantaria Paraquedista para o Centro-Oeste. O Exército não informou em qual cidade a unidade será instalada, mas a hipótese mais provável é que seja Anápolis (GO), que já conta com uma base da Força Aérea Brasileira (FAB). Além disso, o contigente de pronto-emprego ficaria bem próximo do Distrito Federal, onde estão os Poderes do país. A brigada também poderia se deslocar em pouco tempo para a Amazônia, caso fosse necessário, em uma situação emergencial.

Segundo o Comando do Exército, o planejamento é transferir o máximo possível de tropas para o Centro-Oeste e para o Norte do país nos próximos 30 anos. Até agora, foram deslocadas unidades do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, onde está concentrado o maior número de militares. Para Amazonas, por exemplo, foram enviadas a Tefé e a São Gabriel da Cachoeira duas Brigadas de Infantaria Motorizadas, que hoje operam em áreas de fronteira. Outra brigada saiu de Petrópolis (RJ) para Boa Vista (AM).

A Região Norte é, há 40 anos, o centro das atenções da Força. “A Amazônia tem sido uma prioridade do Exército desde os anos 1970, com o intuito de reforçar a segurança da sua extensa faixa de fronteiras e contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região”, afirma o Centro de Comunicação do Exército (Cecomsex). “A relevância dessa opção foi confirmada por programas e projetos dos diversos governos desde então e, mais recentemente, a Estratégia Nacional de Defesa (END), aprovada em dezembro de 2008, projeta essa prioridade no presente e no futuro, inclusive com recomendações específicas, como forma de garantir a soberania da Nação”, acrescenta a Força, em nota.



Greve

Criada em 1945, a Brigada de Infantaria Paraquedista já foi empregada na Região Centro-Oeste em pelo menos uma ocasião nos últimos anos. Foi durante a greve da Polícia Militar de Tocantins de 2001, quando centenas de soldados e sargentos, acompanhados de familiares, ocuparam o quartel da corporação em Palmas. O Comando Militar do Planalto enviou homens para a cidade, enquanto paraquedistas desembarcavam para a necessidade de uma tomada do prédio pelo ar. A greve acabou depois da interferência do Ministério Público Federal, mas não houve incidentes entre os dois lados.



SENTINELA DA PÁTRIA

» A tendência do Exército em incrementar o programa de remanejamento de tropas já deslocou pelo menos cinco mil militares para regiões estratégicas do país, como na Amazônia e agora no centro do Brasil. Em Goiânia, a força criou a Brigada de Operações Especiais, que, assim como os paraquedistas, é uma unidade de elite de pronto-emprego. “Um dos programas do Plano de Articulação é o Sentinela da Pátria. O programa inclui, basicamente, projetos relativos à transferência, à transformação e à implantação de Unidades Militares. Entre esses projetos, consta o de transferência da Brigada de Infantaria Paraquedista para a região Centro-Oeste”, explica o Centro de Comunicação do Exército.




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Re: Operações Policiais e Militares

#4916 Mensagem por prp » Qui Mai 06, 2010 10:34 am

O governo federal tem que encontrar um instrumento de controle da fronteira. A Polícia Federal é boa, mas é pequena. Não pode crescer 20%, 30%, ao ano, porque você não consegue manter o padrão de organização. Vamos ter que criar uma outra força especial para isso. Mas com o pé no chão, um outro tipo de força, no estilo os carabineros do Chile – detalhou.
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Essa história de criar uma nova policia é balela, se for criar é pelo simples fato que os custos da PF são altos cujos salarios estão acima dos 8 kontos, se realmente criar a PFRON pode ter certeza que os salarios serão bem mais baixos, ai nada adiantará a corrupção provavelmente correrá solta, já que quando se cria discrepancia dentro de um mesmo sistema o servidor tende a trabalhar desmotivado.

Acho a proposta do Lula melhor, com a criação dos Pfron estaduais e apoio da FNS e PF, onde toda infraestrutura é bancada pela União que repassa uma certa quantia de dinheiro para que o Estado mantenha um contigente na fronteira. O melhor ainda seria se almentasse o contigente da FNS evitando assim onerar mais os Estados fronteiriços.




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Re: Operações Policiais e Militares

#4917 Mensagem por PQD » Qui Mai 06, 2010 10:38 am

reportagem sobre o filme segurança nacional







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Re: Operações Policiais e Militares

#4918 Mensagem por ZeRo4 » Qui Mai 06, 2010 10:47 am

O Bope e a Maré: a política de colocar batalhões perto das favelas

A decisão de colocar batalhões e sedes de delegacias especializadas dentro ou próximas de favelas tem sido uma das estratégias recentes da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro. Sinceramente, tenho minhas dúvidas se isso terá um impacto positivo na redução da criminalidade do estado.

Bem, mal não vai fazer. Mas, pessoalmente, acredito que também não traz nenhum grande benefício para segurança pública, apesar do alarde que a imprensa tem feito em torno disso.

Gostaria de comentar especialmente a transferência do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) para uma área entre o Complexo da Maré e as favelas de Ramos. Ao acompanhar as notícias de hoje (4) sobre o assunto, percebe-se que há uma tentativa de relacionar a instalação do Bope na localidade com o possível fim do domínio das favelas da Maré por criminosos.

O raciocínio é que se o Bope conseguiu manter os criminosos longe da favela de Tavares Bastos, onde está localizado o atual quartel do batalhão, os “caveiras” conseguirão fazer o mesmo com o Complexo da Maré.

Além de grosseira, a comparação entre Tavares Bastos e Complexo da Maré é incorreta. Tavares Bastos é uma favela pequena, no meio do mato, e com apenas duas entradas em plena zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Além do mais, o quartel se localiza no alto da comunidade. Para que os homens de preto cheguem ao trabalho e se desloquem para suas operações policiais, eles precisam, na maioria das vezes, passar por dentro da favela.

Isso significa que o tráfego de policiais dentro da pequena favela de Tavares Bastos é ininterrupto, todos os dias, o dia inteiro. Manter a favela livre do controle dos criminosos é natural.

Agora vejamos a situação do Complexo da Maré. Em primeiro lugar, a Maré é um conjunto de várias favelas, que deve ser pelo menos 20 vezes maior do que Tavares Bastos. Além do mais, é uma área dividida entre várias facções criminosas. Não há um comando criminoso único.

Como há uma divisão de poderes dentro da favela, a tensão é sempre grande nessa área, com bandidos fortemente armados e confrontos armados corriqueiros. A Maré é também uma localidade estratégica para essas facções, devido à proximidade com várias vias expressas e com a Baía de Guanabara. Além do mais, há várias entradas e saídas.

E mais, já existe um batalhão da Polícia Militar dentro da favela. O 22o Batalhão fica dentro da favela (apesar de não se comunicar com ela, já que os policiais entram e saem do quartel pela Linha Vermelha). E, desde a instalação desse batalhão, não se viu nenhuma melhoria no que se refere à criminalidade na Maré.

Para completar, o Bope não ficará dentro do Complexo da Maré, o que significa que os policiais não precisarão trafegar diariamente pelas ruas da favela (assim como acontece com o Batalhão da Maré). Resumindo: como não estará o tempo inteiro presente na comunidade, sempre que precisar entrar na favela, o Bope continuará tendo que trocar tiro, assim como acontece hoje.

Logo, o que me parece é que se está usando a desculpa de deslocar o Bope para um terreno próximo ao Complexo da Maré para que o governo do estado se isente das cobranças de colocar ali uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) em breve.

Ao se questionar por que a UPP não chegou à Maré, nossas autoridades poderão responder: “Não dá para chegar a todas as favelas ao mesmo tempo, mas pelo menos colocamos o Bope ali na favela”. E a imprensa ficará satisfeita com isso.

Fonte: Rio .40




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Re: Operações Policiais e Militares

#4919 Mensagem por ZeRo4 » Qui Mai 06, 2010 10:52 am

UPP: por uma avaliação realista e sem euforia

Devo confessar que fui inicialmente tomado pela onda de euforia em torno das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), da Polícia Militar, assim que foram criadas pela Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro. Fui contagiado por elas. Afinal, as UPP traziam de volta uma política de polícia comunitária para o estado.

Era uma promessa de trazer paz para as favelas, afetadas pela tirania de bandidos e pelos confrontos entre criminosos e policiais. Ao se colocar um policial mais próximo da comunidade e expulsar o bandido, a polícia criava um novo paradigma de relação com aquelas pessoas.

Era uma chance de melhorar a imagem da polícia frente à população, sempre oprimida por ações violentas do Estado. Além do mais, tirava das crianças o referencial do bandido como um favelado bem sucedido, poderoso, com dinheiro e cheio de mulheres.

Colocava, em seu lugar, o referencial do Estado como um braço amigo com o qual eles poderiam contar para resolver seus problemas. Mas ao analisar o desenrolar da estratégia das UPP, uma pergunta começou a martelar na minha cabeça: Qual a sustentabilidade deste projeto?

Até onde esse projeto pode chegar? Todas as favelas podem ser pacificadas? Em favelas gigantes, o modelo pode ser aplicado? Quantos policiais seriam necessários para ocupar essas favelas todas? Qual o custo disso para o contribuinte?

E se todas as favelas forem ocupadas, o crime não migraria para o asfalto? Foram perguntas q foram surgindo aos poucos na minha cabeça. Então, comecei a tentar buscar as respostas. Comecei a tentar descobrir quais seriam os verdadeiros planos da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro para as UPP.

Uma das primeiras coisas que descobri era que a UPP da Cidade de Deus, a maior delas, não havia sido totalmente bem sucedida. Foi o início de uma ducha de água fria que se preparava para cair sobre a minha cabeça.


Em seguida, descobri que os planos da Secretaria de Segurança só previam UPP para no máximo 100 favelas (depois a Secretaria de Segurança aumentou este número para 120). Mas o Rio deve ter umas duas mil favelas e a maioria é controlada por grupos criminosos.

Comecei então a imaginar o que seriam das áreas sem UPP. Ainda que ela fosse bem sucedida nas áreas onde implantada, o que aconteceria nas demais regiões?

Fiquei imaginando... Se uma das principais características da criminalidade do Rio de Janeiro é o aspecto da disputa territorial, não é de se imaginar que quanto menos territórios disponíveis, mais acirradas sejam as disputas por essas áreas remanescentes?

Então comecei a pensar: se a própria teoria da territorialidade, aceita pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, estiver correta, mais sangue pode rolar no estado durante o processo de expansão das UPP.

Então descobri outra coisa, que divulguei em primeira mão no Twitter: o Estado usaria as UPP para criar um cinturão na zona sul, na Grande Tijuca e no Centro da cidade. Em outras palavras: em 2010, o subúrbio, zona oeste e Grande Rio não veriam as tão esperadas UPP.

O governo optaria, em um ano eleitoral, por criar um “cinturão de segurança” justamente nas áreas menos violentas da capital. O anúncio da criação do cinturão divisor da cidade foi feito justamente inadvertidamente por um funcionário da Prefeitura do Rio, no Fórum Urbano Mundial das Nações Unidas, que, ironicamente, tinha o tema "UNINDO A CIDADE DIVIDIDA".

O Estado não uniria a cidade dividida, mas a dividiria ainda mais. As áreas menos violentas ficariam mais seguras. E as áreas mais violentas? Comecei a pensar não só na conhecida teoria da migração criminal, mas também pensei além. O governo tira das mãos do tráfico, as favelas mais privilegiadas (do ponto de vista do lucro), mas não combate a demanda por drogas.

Se um morador de Ipanema não tiver mais como comprar cocaína no Cantagalo, o que ele fará? Deixará de cheirar? Talvez. Mas acho improvável. Como viciado, ele se deslocará até o subúrbio para comprar.

E o mesmo lucro q era gerado no Cantagalo, começará a ser gerado no Jacaré, no Complexo do Lins e em outras favelas do subúrbio. Com a diferença que os territórios serão mais restritos para as quadrilhas.


As tentativas de tomada de bocas de fumo poderão ser maiores. Além disso, as quadrilhas que dominam determinada favela podem tornar seu controle mais violento, já que há o risco maior de invasões por criminosos rivais pode torná-las mais paranóicas.

E, junto a essa minha hipótese, há o fato de que, fora as UPP, a essência da política de segurança do Rio de Janeiro não mudou
. As operações policiais rotineiras (e geralmente inúteis) continuam. Não há grandes investigações que desarticulem esquemas de entradas de droga e armas no estado.

As investigações de homicídios e outros crimes violentos continuam com baixas taxas de elucidação. A polícia continua recorrendo ao uso de armas com grande poder de fogo para patrulhamento de rotina e não acata a lei estadual que a obriga a usar armamento não letal.

A realidade social dos moradores das áreas mais carentes continua melhorando de forma muito lenta. As políticas sempre são preferencialmente voltadas para áreas mais nobres (que, em geral, não necessitam tanto da atenção pública).

Não há políticas para as cidades médias do interior do estado, onde os índices de crimes violentos vêm paulatinamente nos últimos anos. Hoje, apesar de respeitar o conceito de policiamento comunitário das UPP, não consigo mais ter tanta euforia. Em tese, as unidades pacificadoras são um projeto interessante, mas é preciso que haja uma avaliação constante desse programa.

É preciso que a sociedade (e a imprensa em especial) tenha uma visão crítica sobre as UPP. É necessário que pesquisadores em segurança pública estudem os efeitos dessa política sobre a segurança pública do estado como um todo. Enfim, é preciso reduzir a euforia (como eu infelizmente reduzi) para acompanhar essa política de forma isenta, como qualquer política pública merece ser acompanhada.


Mas, mais importante ainda, é preciso que a sociedade fluminense (não só a carioca) tenha a coragem de dizer: “Se a UPP só beneficia a alguns em detrimento de outros, não a queremos como política pública para o Rio de Janeiro”.


Fonte: Rio .40

Excelente texto que reflete a realidade das UPPs e a piada que é o programa de Segurança Pública no RJ.

Em tempo, deu no Boca de Sabão mais uma sobre as UPPs:

@casodepolicia @reporterdecrime Policiais da UPP/Tabajaras trocam de roupa NA RUA por falta de alojamentos
. VERGONHA! Pra PMERJ, logico. about 14 hours ago via Echofon




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Re: Operações Policiais e Militares

#4920 Mensagem por Túlio » Qui Mai 06, 2010 12:46 pm

A priori, não considero má a idéia de UPP, mas com aquela concepção de Polícia Presente. Isso faz muita diferença. O modo como está sendo aplicado no Rio me parece menos politiqueiro e mais prático: se são mais de mil favelas, não dá para ocupar tudo de uma vez só e ainda por cima manter presença. Me parece estranha essa charla de 'quase tudo está na mão do vago', haja vago, POWS!!!

Por outro lado, dou razão ao 04 até dizer chega numa kôza que ele falou páginas atrás e ficou sem comentário: INTELIGÊNCIA! UPP, BOPE, mil BPMs, não valem nada sem isso! Muita Inteligência (compreendida como COLETA DE INFORMAÇÃO, CRUZAMENTO, ANÁLISE E CONCLUSÃO) e repasse em tempo hábil a quem interessa. Um EM conjunto entre PM/PC/PF seria interessante, a meu ver: os serviços de coleta de informação passariam a ser centralizados pelo EM, repassando a informação bruta para uma central que as processaria e entregaria diretamente - otimização do tempo - a quem planeja e decide as operações. Uma escala de valoração entre os líderes seria interessante, que cabeças cortar primeiro? Dentre os possíveis sucessores, quais os mais capazes? Como e onde pegar até que a liderança fique na mão de algum vacilão incompetente, que acabe conduzindo seu grupo inteiro ao desastre?

Tá, mas o que o DPF está fazendo aí? Bueno, tendo pleno acesso às informações geradas, me parece que seria o órgão mais apropriado a pegar quem está ACIMA do traficante comum. Políticos, empresários, membros do Judiciário e das próprias Polícias, gente assim, que não mora na favela.

Sei lá, apenas idéias... 8-]




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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