Tinha outro sentido, muito mais cultural do q econômico, bem diferente dos moldes brutais, racistas, genocidas e mercantilistas implantado nas colônias ultramarinas na América, por exemplo.Guerra escreveu:Isso é verdade. Quem inventou a escravidão negra foram os negros.wagnerm25 escreveu: Zumbi capturava escravos de fazendas vizinhas para que trabalhassem à força no Quilombo dos Palmares. Na África, inclusive, a mão de obra escrava era usada de forma comum, negros explorando negros - chegando ao ponto de portugueses usarem escravos como moeda para comprar ouro africano. E príncipes da África vinham ao Brasil, para estudar, e recebiam mordomias, como dezenas de escravos.
Ameaça REAL ao Brasil
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Isso é uma questão de bom senso. Essa versão da história sempre foi contestada. Existem fontes que contradiz a versão paraguai da história.Mental Ray escreveu:Esse mesmo autor que vocês criticam é um cara que fez questão de ler a o livro do Doratioto e ajudar a botar no chão as inverdades que a Guerra do Paraguai sofre até hoje no ensino e conhecimento popular.
O que existe contra Santos do Dumont? Que ele não fez o voo com o 14 BIS? Tá documentado.
Ele voou em 1906 os americanos foram em Paris em 1908 e fizeeram a mesma coisa.
O que existe nesse caso é conflito entre conceitos do que é um avião. Um avião é vc fazer uma asa e plainar? Vale sem documentação e sem prova? Entãoquem inventou do avião foi Icaro. Ele tb plainou e não existe provas da façanha dele. Mas em todo caso, isso (de plainar sem motor) Santos Dumont fazia já na adolescencia.
Outro exemplo. Ninguém diz que ele inventou o dirigivel. E ele foi o primeiro homem a provar que era possivel dirigir um balão. Mas o conceito já existia. E outro esperto foi na frente (o que era comum, por ele era pato nessa questão) e roubou a idéia dele.
Santos dumont era um playboy. O negocio dele não era dinheiro e sim gastar esse dinheiro com o que gostava. O dinheiro que ganhou com suas invençoes ele ou distribuiu ou meteu o pau.Quem celebrem Santos Dumont como um grande cientistas,
Ele não ganhou o mérito pelo avião por nunca reclamou esse titulo. Ao contrário dele, os americanos (espertos como sempre) que tinham um desejo comercial. E quando Santos Dumont fez seu voo e mostrou como fazer, eles disseram que já tinham feito. Apesar que nem projeto eles tinham. E depois que o Santos Dumont voou, os espertalhões apareceram em Paris com um aeroplano para vender para os franceses. A midia deu a maior cobertura para o evento e enquanto isso Santos Dumont já estava de saco cheio de voar (ele ia até na casa de amigos de avião). Ele já esta partindo para outras aventuras.
O estado brasileiro é responsavel pela fama do santos Dumont. Sim, é. Porque ele não trabalhou para ter a fama que ele deveria ter. Isso tira o mérito dele? Claro que não.
É ufanismo só porque o governo incentivou a fama dele no país? Que isso, que mentalidade atrasada é essa? Seria ufanismo se fosse mentira. Não é.
Editado pela última vez por Guerra em Sáb Abr 24, 2010 6:43 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Enlil escreveu: Tinha outro sentido, muito mais cultural do q econômico, bem diferente dos moldes brutais, racistas, genocidas e mercantilistas implantado nas colônias ultramarinas na América, por exemplo.
Para mim parece charla isso. Escravidão é escravidão, dizer que uns praticavam isso por razões diferentes (no sentido de 'aceitáveis') de outros não transforma algo degradante em um ato nobre. E achei maneira essa diferenciação entre cultural e econômico mas difícil de sustentar num debate. Em ambos os casos que citaste haviam tanto questões culturais quanto econômicas.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Não, não é "charla", são bem diferentes. Seria a mesma coisa q tu comparar a escravidão mercantilista com a escravidão na Grécia antiga, por exemplo. Em síntese: elas têm caráter e sentidos diferentes.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
A escravidão do negro tem raízes no modo de produção escravista...que por sinal é diferente do modo de produção mercantilista até pelo uso intensivo de mão de obra e a necessidade nem dá para comparar.
O Enlil tem muita razão ao dizer que existe diferença até por que em algumas regiões da África depois de algum tempo, eles eram considerados livres.
Agora que o Zumbi tinha escravos, bom o autor quer comparar com as fazendas da região quem tem mais em proporção a pessoas livres.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Uma escravidão boa!!Enlil escreveu: Tinha outro sentido, muito mais cultural do q econômico, bem diferente dos moldes brutais, racistas, genocidas e mercantilistas implantado nas colônias ultramarinas na América, por exemplo.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Sim, falei mercantilismo pela época, não havia uma lógica capitalista no sentido q conhecemos hoje, q só foi tornar-se hegemônico a partir da Revolução Industrial. De fato o modo de produção escravagista foi o exemplo extremo de brutalidade e racismo entre qualquer "modelo" de escravidão.marcelo l. escreveu:A escravidão do negro tem raízes no modo de produção escravista...que por sinal é diferente do modo de produção mercantilista até pelo uso intensivo de mão de obra e a necessidade nem dá para comparar.
O Enlil tem muita razão ao dizer que existe diferença até por que em algumas regiões da África depois de algum tempo, eles eram considerados livres.
Agora que o Zumbi tinha escravos, bom o autor quer comparar com as fazendas da região quem tem mais em proporção a pessoas livres.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
O fato é que Zumbi também gostava de apossar d aliberdade dos outros e gostava que os outros fizesse o serviço para ele...sem pagar!!marcelo l. escreveu:A escravidão do negro tem raízes no modo de produção escravista...que por sinal é diferente do modo de produção mercantilista até pelo uso intensivo de mão de obra e a necessidade nem dá para comparar.
O Enlil tem muita razão ao dizer que existe diferença até por que em algumas regiões da África depois de algum tempo, eles eram considerados livres.
Agora que o Zumbi tinha escravos, bom o autor quer comparar com as fazendas da região quem tem mais em proporção a pessoas livres.
E olha que naquela epoca, não é qualquer um que podia ter esse privilegio.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Opa..opa..opa!!! O racismo veio da escravidão, e não a escravidão veio do racismo!!!Enlil escreveu: Sim, falei mercantilismo pela época, não havia uma lógica capitalista no sentido q conhecemos hoje, q só foi tornar-se hegemônico a partir da Revolução Industrial. De fato o modo de produção escravagista foi o exemplo extremo de brutalidade e racismo entre qualquer "modelo" de escravidão.
O negro era um produto vendido na africa pelos negors e o branco comprava e não tinha valor humano só comercial. Dai veio o racismo.
Os negros podem ficar sossegados que ninguém vai escraviza-los por serem negros. Não vão ser escravizados por serem cidadãos brasileiros. Porque se fosse na africa eles ainda correriam esse risco.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Calma, estás fazendo uma confusão, vou tentar ser mais claro:
Ao contrário do q muita gente pensa não foram os europeus q inventaram a "civilização" na África. Antes da chegada deles havia n forças políticas, sejam clãs dominantes, principados, reinos e até impérios bastante sofisticados cujo poder difundia-se a partir de meios urbanos. Sendo assim, havia, como em qualquer outro continente habitado, disputas por hegemonia entre as sociedades africanas. E, ao contrário do q muitas gente pensa, quem "tribalizou", ou seja, sedentarizou, grande parte das populações africanas foram os colonizadores ao demarcarem territórios divididos entre eles. Qual a consequência disso? Fim do trânsito de pessoas e mercadorias interafricano!
Por outro lado, qual o expediente básico usado na conquista? Também usado no Brasil, por exemplo? Utilizar-se das disputas políticas locais para conquistar os territórios. Aliava-se a determinado grupo, clã, reino, conquistava-se o território desse inimigo dos locais e por fim o do próprio grupo "aliado". Lembre-se da história dos tupiniquins (aliados portugueses) contra os tupinandás.
Logo, os europeus não se aventuravam no interior do continente africano para aprisionar os nativos, isso é fato. No entanto, a lógica da escravidão pré-européia no continente é bem diferente, tem mais aspectos culturais do q um modo de produção econômica.
Os atravessadores nativos, de grupos aliados dos europeus, só surgiram a partir da implantação de possessões na costa pelos colonizadores. Logo, como lhes era conveniente, nessa nova lógica de poder político, econômico e social, passaram a trocar os cativos por mercadorias, na maior parte das vezes. Ou seja, foi criado uma lógica COMERCIAL visando fornecer mão-de-obra para um modo de produção q antes não existia na escravidão na África.
Mas observe q mesmo antes da chegada dos europeus também se comerciava escravos para o atual Oriente Médio, por exemplo, mas também aqui havia um caráter e sentido diferente da lógica de produção escravagista, baseada sim em racismo frente ao negro. Vejo o caso dos nativos do Brasil colônia, por exemplo, q inclusive lhes era imputada "uma alva", daí as catequeses jesuíticas (principais destruidoras das culturas indígenas no Novo Mundo), logo foi lhes dipensado um tratamento menos brutal, embora também destruidor.
Em síntese, seria isso, não sei se consegui ser claro
Ao contrário do q muita gente pensa não foram os europeus q inventaram a "civilização" na África. Antes da chegada deles havia n forças políticas, sejam clãs dominantes, principados, reinos e até impérios bastante sofisticados cujo poder difundia-se a partir de meios urbanos. Sendo assim, havia, como em qualquer outro continente habitado, disputas por hegemonia entre as sociedades africanas. E, ao contrário do q muitas gente pensa, quem "tribalizou", ou seja, sedentarizou, grande parte das populações africanas foram os colonizadores ao demarcarem territórios divididos entre eles. Qual a consequência disso? Fim do trânsito de pessoas e mercadorias interafricano!
Por outro lado, qual o expediente básico usado na conquista? Também usado no Brasil, por exemplo? Utilizar-se das disputas políticas locais para conquistar os territórios. Aliava-se a determinado grupo, clã, reino, conquistava-se o território desse inimigo dos locais e por fim o do próprio grupo "aliado". Lembre-se da história dos tupiniquins (aliados portugueses) contra os tupinandás.
Logo, os europeus não se aventuravam no interior do continente africano para aprisionar os nativos, isso é fato. No entanto, a lógica da escravidão pré-européia no continente é bem diferente, tem mais aspectos culturais do q um modo de produção econômica.
Os atravessadores nativos, de grupos aliados dos europeus, só surgiram a partir da implantação de possessões na costa pelos colonizadores. Logo, como lhes era conveniente, nessa nova lógica de poder político, econômico e social, passaram a trocar os cativos por mercadorias, na maior parte das vezes. Ou seja, foi criado uma lógica COMERCIAL visando fornecer mão-de-obra para um modo de produção q antes não existia na escravidão na África.
Mas observe q mesmo antes da chegada dos europeus também se comerciava escravos para o atual Oriente Médio, por exemplo, mas também aqui havia um caráter e sentido diferente da lógica de produção escravagista, baseada sim em racismo frente ao negro. Vejo o caso dos nativos do Brasil colônia, por exemplo, q inclusive lhes era imputada "uma alva", daí as catequeses jesuíticas (principais destruidoras das culturas indígenas no Novo Mundo), logo foi lhes dipensado um tratamento menos brutal, embora também destruidor.
Em síntese, seria isso, não sei se consegui ser claro
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
É bem mais comum, por isso digo quem quer entender o sistema por dentro e ver a massificação vale a pena ler o livro da Kathia Matoso ser escravo no Brasil.Guerra escreveu:O fato é que Zumbi também gostava de apossar d aliberdade dos outros e gostava que os outros fizesse o serviço para ele...sem pagar!!marcelo l. escreveu:A escravidão do negro tem raízes no modo de produção escravista...que por sinal é diferente do modo de produção mercantilista até pelo uso intensivo de mão de obra e a necessidade nem dá para comparar.
O Enlil tem muita razão ao dizer que existe diferença até por que em algumas regiões da África depois de algum tempo, eles eram considerados livres.
Agora que o Zumbi tinha escravos, bom o autor quer comparar com as fazendas da região quem tem mais em proporção a pessoas livres.
E olha que naquela epoca, não é qualquer um que podia ter esse privilegio.
Se ler as cronicas da época do Knivet que foi um viajante ingles, ele foi escravo no Brasil, só escapou por que "seu senhor foi para terrinha"...ele mesmo encontrou alguns holandeses e franceses na mesma condição aqui. Mas, o Knivet era um escravo diferenciado. O historiador português Tinhorão (acho que é isso) tem um catatau que é Os Negros em Portugal com um subtítulo bem interessante uma presença silenciosa.
Por isso, o importante de entender os do Zumbi e qual lógica ele entra como o Enlil afirmou, era bem mais comum aqui até havia uma grande diferença entre escravo de senhor rico ou pobre.
Grosseiramente comparando é dizer que a falange e legião são quase a mesma coisa, afinal as duas são forças de infantaria e disciplinadas. O problema da história sempre é ver um fato ou acontecimento isolado do todo, esses livros tenho meio urticária por causa disso, colocam algumas verdades, mas sem contexto já viu.
Agora eu não sempre afirmo quem capturou os escravos daqui foram os estados africanos escravistas, agora eles ao vir para cá foram usados dentro de uma lógica mercantilista européia, o próprio Brasil e todos os seus descendentes são vítimas de um sistema economico que gerava grandes lucros para matriz...quem tem que pagar a conta são os que votaram no Sócrates
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
A escravidão é uma evolução da humanidade. Inicialmente os prisioneiros, nas guerras entre clãs ou tribos, eram simplesmente mortos e até devorados Na evolução passaram a ter a vida poupada para serem escravos. No caso da áfrica os escravos passaram também a representar riqueza para os vencedores.
Hoje com a abolição da escravatura estamos voltando ao sistema primitivo. As guerras tribais continuam mas sem prisioneros. Em Ruanda milhares e milhares foram massacrados na luta entre os Hutus e os Tutsis, numa limpeza étnica. Fosse no passado os derrotados seriam todos vendidos como escravos. O mesmo ocorre em Darfur no Sudão ou na Nigéria e em outros locais que nem ficamos sabendo. Um prisioneiro, agora, não vale nada.
Atenção que isto não acontece só na África. Houvesse a escravidão provavelmente Hitler teria vendido milhões de judeus, ciganos, poloneses como escravos ao invez de simplesmente mata-los. Igualmente a limpeza étnica do Kosovo teria sido diferente, ao invez de matar venderiam como escravo, faturando uma grana.
E por fim algo que pode ser politicamente incorreto. A vinda dos escravos para o Brasil e EUA acabou beneficiando, como raça, aos negros. Eles sairam da África e espalharam-se pelo continente. Além de sobreviverem conseguiram um destaque que não teriam se tivessem permanecido lá.
É minha tese, vou ganhar o prêmio Nobel com ela.
Hoje com a abolição da escravatura estamos voltando ao sistema primitivo. As guerras tribais continuam mas sem prisioneros. Em Ruanda milhares e milhares foram massacrados na luta entre os Hutus e os Tutsis, numa limpeza étnica. Fosse no passado os derrotados seriam todos vendidos como escravos. O mesmo ocorre em Darfur no Sudão ou na Nigéria e em outros locais que nem ficamos sabendo. Um prisioneiro, agora, não vale nada.
Atenção que isto não acontece só na África. Houvesse a escravidão provavelmente Hitler teria vendido milhões de judeus, ciganos, poloneses como escravos ao invez de simplesmente mata-los. Igualmente a limpeza étnica do Kosovo teria sido diferente, ao invez de matar venderiam como escravo, faturando uma grana.
E por fim algo que pode ser politicamente incorreto. A vinda dos escravos para o Brasil e EUA acabou beneficiando, como raça, aos negros. Eles sairam da África e espalharam-se pelo continente. Além de sobreviverem conseguiram um destaque que não teriam se tivessem permanecido lá.
É minha tese, vou ganhar o prêmio Nobel com ela.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Então quer dizer que o negro era escravo porque existia racismo contra o negro? Então explica para mim porque o indio não aceitou ser escravo. Porque o indio tb era discriminado. Tanto que tentaram escravizar o indio e não deu certo.mas também aqui havia um caráter e sentido diferente da lógica de produção escravagista, baseada sim em racismo frente ao negro.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Tribos indígenas tentam arrecadar R$ 1 milhão contra hidrelétrica
AGNALDO BRITO
ENVIADO ESPECIAL A ALTAMIRA (PA)
O fracasso da operação de ocupação indígena do Sítio Pimental, local onde será instalada a barragem principal e a casa de força auxiliar da usina hidrelétrica de Belo Monte, pode comprometer a estratégia de captação de recursos para financiar a mobilização de índios a fim de montar acampamentos em toda a Volta Grande do Xingu.
A ocupação abortada ontem só foi possível de ser realizada com o uso de parte dos R$ 200 mil captados com organizações não governamentais nacionais e estrangeiras. O dinheiro foi usado para a compra de combustível e de alimentos para o grupo que assumiria o controle do acampamento no Sítio Pimental.
A Folha apurou que a Amazon Watch, que promoveu a visita do cineasta James Cameron ao Brasil, foi uma das entidades que contribuíram com a arrecadação de recursos para a mobilização. O próprio autor do filme "Avatar" foi um dos contribuintes, segundo lideranças indígenas.
José Carlos Arara, líder da aldeia Terra-Wangan, área da etnia arara da Volta Grande, afirmou que o uso de fontes internacionais para financiar ações de indígenas traz desconfianças, mas, segundo ele, é a única forma de ter recursos para mobilização de grupos que vivem em áreas remotas da região.
Cameron coletou imagens de aldeias do Xingu para a realização de um filme em 3D, tecnologia cinematográfica usada na produção de "Avatar". Cameron considerou o caso dos indígenas do Xingu a versão real do enredo de seu filme, disse Antonio Bonsorte, fotógrafo e cinegrafista da equipe do cineasta que passou pela região de Belo Monte, no Pará. "O Xingu mudou James Cameron", disse.
O plano da comissão de indígenas, após a decisão do governo de levar adiante o leilão e a construção de Belo Monte, era o de arrecadar R$ 1 milhão com doações de instituições nacionais e estrangeiras a fim de mobilizar etnias indígenas instaladas em várias regiões da bacia hidrográfica do Xingu para uma ocupação em toda a Volta Grande.
O objetivo era o de chamar a atenção internacional para os efeitos negativos que serão provocados com a construção do empreendimento. A região da Volta Grande será fortemente atingida com a construção da obra. Na parte interna da Volta Grande, onde fica a Terra Indígena Paquiçamba (controlada pela etnia Juruna) e um grande número de agricultores familiares, instalados há mais de vinte anos na área, com grandes lavouras de cacau.
Além da parte interna da Volta, o barramento do Xingu vai provocar uma drástica redução da vazão de água em um trecho de cem quilômetros do rio. Essa situação vai comprometer a navegação de ribeirinhos e de indígenas, além de reduzir as condições de produção agrícola da área.
Nova mobilização
Segundo Luiz Xipaia, coordenador do grupo de indígenas que montou a operação de ocupação do Sítio Pimental, o plano de invasão do Sítio Pimental continua. "Se parte dos indígenas desistiu, vamos organizar um outro grupo com as etnias arara, juruna [no Paquiçamba] e os xipaia", disse o líder local.
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O fracasso da operação de ocupação indígena do Sítio Pimental, local onde será instalada a barragem principal e a casa de força auxiliar da usina hidrelétrica de Belo Monte, pode comprometer a estratégia de captação de recursos para financiar a mobilização de índios a fim de montar acampamentos em toda a Volta Grande do Xingu.
A ocupação abortada ontem só foi possível de ser realizada com o uso de parte dos R$ 200 mil captados com organizações não governamentais nacionais e estrangeiras. O dinheiro foi usado para a compra de combustível e de alimentos para o grupo que assumiria o controle do acampamento no Sítio Pimental.
A Folha apurou que a Amazon Watch, que promoveu a visita do cineasta James Cameron ao Brasil, foi uma das entidades que contribuíram com a arrecadação de recursos para a mobilização. O próprio autor do filme "Avatar" foi um dos contribuintes, segundo lideranças indígenas.
José Carlos Arara, líder da aldeia Terra-Wangan, área da etnia arara da Volta Grande, afirmou que o uso de fontes internacionais para financiar ações de indígenas traz desconfianças, mas, segundo ele, é a única forma de ter recursos para mobilização de grupos que vivem em áreas remotas da região.
Cameron coletou imagens de aldeias do Xingu para a realização de um filme em 3D, tecnologia cinematográfica usada na produção de "Avatar". Cameron considerou o caso dos indígenas do Xingu a versão real do enredo de seu filme, disse Antonio Bonsorte, fotógrafo e cinegrafista da equipe do cineasta que passou pela região de Belo Monte, no Pará. "O Xingu mudou James Cameron", disse.
O plano da comissão de indígenas, após a decisão do governo de levar adiante o leilão e a construção de Belo Monte, era o de arrecadar R$ 1 milhão com doações de instituições nacionais e estrangeiras a fim de mobilizar etnias indígenas instaladas em várias regiões da bacia hidrográfica do Xingu para uma ocupação em toda a Volta Grande.
O objetivo era o de chamar a atenção internacional para os efeitos negativos que serão provocados com a construção do empreendimento. A região da Volta Grande será fortemente atingida com a construção da obra. Na parte interna da Volta Grande, onde fica a Terra Indígena Paquiçamba (controlada pela etnia Juruna) e um grande número de agricultores familiares, instalados há mais de vinte anos na área, com grandes lavouras de cacau.
Além da parte interna da Volta, o barramento do Xingu vai provocar uma drástica redução da vazão de água em um trecho de cem quilômetros do rio. Essa situação vai comprometer a navegação de ribeirinhos e de indígenas, além de reduzir as condições de produção agrícola da área.
Nova mobilização
Segundo Luiz Xipaia, coordenador do grupo de indígenas que montou a operação de ocupação do Sítio Pimental, o plano de invasão do Sítio Pimental continua. "Se parte dos indígenas desistiu, vamos organizar um outro grupo com as etnias arara, juruna [no Paquiçamba] e os xipaia", disse o líder local.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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