Guerra Moderna: Nova Plataforma de armas USA
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Guerra Moderna: Nova Plataforma de armas USA
Hoje começa nova rodada de tratados e contra tratados do TNP+... muitos deverão abandonar expectativas ou ainda sonhos de Potência armada... para sempre.
Enquanto isso em uma terra distantes (mas não tanto) existe um povo que diz que o fim das armas nucleares e das plataformas de lançamento de tais armas é próximo, e que é justo, até mesmo justíssimo, que todos os outros abandonem as armas nucleares, ou pelo menos aqueles que ainda não a possuem... mas do outro lado da retórica, apresentam isto ao mundo:
Estados Unidos fazem voo teste de espaçonave para uso militar
O protótipo de uma espaçonave desenvolvida para a Força Aérea americana foi colocado em órbita na quinta-feira (22), em meio a especulações sobre seu possível uso militar.
O protótipo X-37B parece um ônibus espacial em tamanho menor e foi lançado do Cabo Canaveral, na Flórida.
O veículo militar não tem piloto, e realizará a primeira volta à Terra e aterrissagem autônomas da história do programa espacial americano.
Com 9 metros de comprimento, 4,5 metros de asa a asa e pesando cinco toneladas, o protótipo, que é reutilizável, é cerca de um quarto do tamanho de uma espaçonave normal, com um motor colocado na traseira para mudanças de órbita.
E enquanto a energia elétrica dos ônibus espaciais normais vem de células de combustíveis (células eletroquímicas em que a energia é liberada após o consumo de um combustível), a do protótipo é fornecida por energia solar e baterias de íon-lítio.
O custo exato do projeto e seu objetivo não foram revelados, mas os primeiros voos permitirão que autoridades avaliem o desempenho do veículo e garantam que os componentes e sistemas funcionam como devem.
“A prioridade é demonstrar a tecnologia do próprio foguete neste primeiro voo”, disse Gary Payton, vice-secretário da Força Aérea americana para programas espaciais.
Sigilo
O X-37B começou a ser projetado em 1999 como um programa da agência espacial americana, mas a Nasa passou o projeto ao Pentágono em setembro de 2004.
Por isso, apesar de divulgar detalhes sobre o funcionamento da espaçonave, a Força Aérea vem mantendo sigilo sobre seu objetivo, gerando especulações de que o projeto poderá estar contribuindo para uma militarização do espaço.
“Não sei como isso poderia ser chamado de militarização do espaço. É apenas uma versão atualizada do tipo de atividades dos ônibus espaciais no espaço. Nós, a Força Aérea, temos uma gama de missões militares no espaço e esse novo veículo poderia potencialmente nos ajudar a realizar melhor essas missões”, disse Payton.
Segundo Joan Johnson-Freese, do US Naval War College, a Força Aérea já queria há algum tempo uma nave com agilidade de manobra no espaço, para monitorar, por exemplo, “as águas de Taiwan (que os Estados Unidos prometeram proteger contra possíveis ataques da China) e escapar tentativas de derrubá-lo”. “Poderia fazer várias coisas que até agora vêm sendo ficção”, disse ele.
Autonomia
O X-37b foi lançado verticalmente a partir de um foguete Atlas V. A Força Aérea disse que o voo teste verificará os sistemas de orientação avançada, navegação e controle da nave, entre outras coisas.
O ministério da Defesa americano não especificou qual será a duração da missão, mas o X-37B é designado para operar em órbita por até 270 dias.
“Honestamente, nós não sabemos quando ele voltará. Dependerá do progresso que fizermos com os experimentos e demonstrações em órbita”, disse Payton.
Quando a missão for completada, um comando será enviado da Terra para que o protótipo acione seu motor e entre novamente na atmosfera.
O veículo navegará então autonomamente até a pista de pouso na Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia.
Fonte: G1
Enquanto isso em uma terra distantes (mas não tanto) existe um povo que diz que o fim das armas nucleares e das plataformas de lançamento de tais armas é próximo, e que é justo, até mesmo justíssimo, que todos os outros abandonem as armas nucleares, ou pelo menos aqueles que ainda não a possuem... mas do outro lado da retórica, apresentam isto ao mundo:
Estados Unidos fazem voo teste de espaçonave para uso militar
O protótipo de uma espaçonave desenvolvida para a Força Aérea americana foi colocado em órbita na quinta-feira (22), em meio a especulações sobre seu possível uso militar.
O protótipo X-37B parece um ônibus espacial em tamanho menor e foi lançado do Cabo Canaveral, na Flórida.
O veículo militar não tem piloto, e realizará a primeira volta à Terra e aterrissagem autônomas da história do programa espacial americano.
Com 9 metros de comprimento, 4,5 metros de asa a asa e pesando cinco toneladas, o protótipo, que é reutilizável, é cerca de um quarto do tamanho de uma espaçonave normal, com um motor colocado na traseira para mudanças de órbita.
E enquanto a energia elétrica dos ônibus espaciais normais vem de células de combustíveis (células eletroquímicas em que a energia é liberada após o consumo de um combustível), a do protótipo é fornecida por energia solar e baterias de íon-lítio.
O custo exato do projeto e seu objetivo não foram revelados, mas os primeiros voos permitirão que autoridades avaliem o desempenho do veículo e garantam que os componentes e sistemas funcionam como devem.
“A prioridade é demonstrar a tecnologia do próprio foguete neste primeiro voo”, disse Gary Payton, vice-secretário da Força Aérea americana para programas espaciais.
Sigilo
O X-37B começou a ser projetado em 1999 como um programa da agência espacial americana, mas a Nasa passou o projeto ao Pentágono em setembro de 2004.
Por isso, apesar de divulgar detalhes sobre o funcionamento da espaçonave, a Força Aérea vem mantendo sigilo sobre seu objetivo, gerando especulações de que o projeto poderá estar contribuindo para uma militarização do espaço.
“Não sei como isso poderia ser chamado de militarização do espaço. É apenas uma versão atualizada do tipo de atividades dos ônibus espaciais no espaço. Nós, a Força Aérea, temos uma gama de missões militares no espaço e esse novo veículo poderia potencialmente nos ajudar a realizar melhor essas missões”, disse Payton.
Segundo Joan Johnson-Freese, do US Naval War College, a Força Aérea já queria há algum tempo uma nave com agilidade de manobra no espaço, para monitorar, por exemplo, “as águas de Taiwan (que os Estados Unidos prometeram proteger contra possíveis ataques da China) e escapar tentativas de derrubá-lo”. “Poderia fazer várias coisas que até agora vêm sendo ficção”, disse ele.
Autonomia
O X-37b foi lançado verticalmente a partir de um foguete Atlas V. A Força Aérea disse que o voo teste verificará os sistemas de orientação avançada, navegação e controle da nave, entre outras coisas.
O ministério da Defesa americano não especificou qual será a duração da missão, mas o X-37B é designado para operar em órbita por até 270 dias.
“Honestamente, nós não sabemos quando ele voltará. Dependerá do progresso que fizermos com os experimentos e demonstrações em órbita”, disse Payton.
Quando a missão for completada, um comando será enviado da Terra para que o protótipo acione seu motor e entre novamente na atmosfera.
O veículo navegará então autonomamente até a pista de pouso na Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia.
Fonte: G1
- Vinicius Pimenta
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Re: Guerra Moderna: Nova Plataforma de armas USA
Só não entendi o que tem a ver com o TNP. Posso estar enganado, mas acredito que há maneiras (foguetes/mísseis) mais adequados (e baratos) para o uso de armamento nuclear do que este veículo.
Seu uso como plataforma de armamento nuclear seria complicado. O veículo permaneceria em órbita durante um longo período apto a lançar um míssil quando estiver sobre um determinado ponto da terra... Será? Não sei se é economicamente viável.
Acho que esse veículo será útil para outros tipos de aplicações, mas lançamento de armas nucleares, sei lá.
Seu uso como plataforma de armamento nuclear seria complicado. O veículo permaneceria em órbita durante um longo período apto a lançar um míssil quando estiver sobre um determinado ponto da terra... Será? Não sei se é economicamente viável.
Acho que esse veículo será útil para outros tipos de aplicações, mas lançamento de armas nucleares, sei lá.
Vinicius Pimenta
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Re: Guerra Moderna: Nova Plataforma de armas USA
PS: Não há a menor necessidade de postar a mesma mensagem por todo fórum. Entendo a relevância do assunto, mas vamos maneirar com o flood.
Edit: Perdi as contas de quantas mensagens idênticas você postou por vários tópicos de várias seções, a maioria que não têm qualquer relação com assunto. Você está recebendo uma chamada de Atenção. Por favor, não faça mais isso, pois essas ações têm efeito contrário ao que você quer de chamar a (justa) atenção ao tema. Muitos simplesmente se irritam e não leem o assunto.
Edit: Perdi as contas de quantas mensagens idênticas você postou por vários tópicos de várias seções, a maioria que não têm qualquer relação com assunto. Você está recebendo uma chamada de Atenção. Por favor, não faça mais isso, pois essas ações têm efeito contrário ao que você quer de chamar a (justa) atenção ao tema. Muitos simplesmente se irritam e não leem o assunto.
Vinicius Pimenta
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Re: Guerra Moderna: Nova Plataforma de armas USA
Eu penso que não há motivo para preocupações. Em teoria o space shuttle podia deixar um satélite com uma ogiva no espaço ou lançar uma carga nuclear. Não nos esqueçamos que o projecto do space shuttle grande foi enfiado pela goela da NASA abaixo pelos militares. A NASA queria um aparelho mais pequeno.
Isto parece-me ser a alternativa ao space shuttle, já que o Obama não deve tolerar dois projectos com funcionalidades semelhantes. Com o cancelamento do substituto do space shuttle, avançaram este projecto que terá que dar para os civis e os militares. Ou seja, nada de novo.
Isto parece-me ser a alternativa ao space shuttle, já que o Obama não deve tolerar dois projectos com funcionalidades semelhantes. Com o cancelamento do substituto do space shuttle, avançaram este projecto que terá que dar para os civis e os militares. Ou seja, nada de novo.
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- Francoorp
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Re: Guerra Moderna: Nova Plataforma de armas USA
Falou, mas eu não creio que esta seja somente mais uma coisa de civis bonzinhos, este existe para jogar bombas na cabeça dos outros, e esta plataforma não justificaria ela mesma para usar somente armas convencionais... pra mim é uma maneira de "girar" as normativas assinadas no tratado START II, que limita o numero de ICBM para o lançamento de ogivas nucleares e termo-nucleares, químicas e biológicas, so isso !!
Valeu e desculpa a VEIA que me pegou pouco faz, Valeu !!
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- delmar
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Re: Guerra Moderna: Nova Plataforma de armas USA
Pelas barbas do profeta! Tanta alarde por isto?
saudações
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Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: Guerra Moderna: Nova Plataforma de armas USA
Uai a Rússia testa trocentos ICBM`s por ano e ninguem fala nada, agora os EUA nao podem dar um passinho adiante que ja é a terceira guerra mundial? Menos, bem menos.
- Penguin
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Re: Guerra Moderna: Nova Plataforma de armas USA
EUA enfrentam escolha de novas armas para ataques rápidos
23/04/2010 - 01h53 | do UOL Notícias
David E. Sanger e Thom Shanker
Em Washington (EUA)
George El Khouri Andolfato
Nos próximos anos, o presidente Obama decidirá se empregará uma nova classe de armas, capazes de atingir qualquer ponto do planeta a partir dos Estados Unidos em menos de uma hora, assim como com tamanha força e precisão que diminuiriam enormemente a necessidade americana de seu arsenal nuclear.
Mas desde já as preocupações com a tecnologia são tão fortes que o governo Obama cedeu a uma exigência da Rússia, a de que os Estados Unidos eliminem um míssil nuclear para cada uma dessas armas convencionais posicionadas pelo Pentágono. Esse artigo, segundo a Casa Branca, está presente no tratado Novo START, que Obama e o presidente Dmitri Medvedev assinaram em Praga há duas semanas.
Chamada “Prompt Global Strike” (Ataque Global Rápido), a nova arma é projetada para realizar tarefas como atingir Osama Bin Laden em uma caverna, se a correta puder ser encontrada; destruir um míssil norte-coreano enquanto está sendo conduzido para a plataforma de lançamento; ou destruir um sítio nuclear iraniano –tudo isso sem cruzar o limiar nuclear. Na teoria, a arma atirará uma ogiva convencional de peso enorme a uma alta velocidade e com extrema precisão, gerando o poder destrutivo localizado de uma ogiva nuclear.
A ideia não é nova: o presidente George W. Bush e sua equipe promoveram a tecnologia, imaginando que esta nova geração de armas convencionais substituiria as ogivas nucleares nos submarinos.
Em encontros com o presidente Bush, os líderes russos se queixaram de que a tecnologia poderia aumentar o risco de uma guerra nuclear, porque a Rússia não teria como saber se os mísseis contêm ogivas nucleares ou convencionais. Bush e seus assessores concluíram que os russos estavam certos.
Parcialmente em consequência, a ideia “não foi a lugar nenhum no governo Bush”, disse o secretário de Defesa, Robert M. Gates, que serviu a ambos os presidentes, recentemente no programa “This Week” da “ABC”. Mas ele disse que ela foi “abraçada pelo novo governo”.
O próprio Obama citou o conceito em uma recente entrevista ao “New York Times”, dizendo que ela faz parte de um esforço “para dar menos ênfase às armas nucleares”, assegurando ao mesmo tempo que “a capacidade de nossas armas convencionais seja um dissuasor eficaz em todas as circunstâncias, exceto as mais extremas”.
A equipe de segurança nacional de Obama descartou a ideia de colocar as novas armas convencionais em submarinos. Em vez disso, a Casa Branca pediu ao Congresso cerca de US$ 250 milhões para o próximo ano para explorar a nova alternativa, uma que utiliza a tecnologia militar mais avançada atual, assim como algumas que ainda nem foram inventadas.
O preço final do sistema permanece desconhecido. O senador John McCain do Arizona, o líder da bancada republicana no Comitê de Serviços Armados do Senado, disse em uma audiência na quinta-feira que o Prompt Global Strike seria “essencial e crítico, mas também caro”.
Ele ficaria baseado, ao menos inicialmente, na Costa Oeste, provavelmente na Base Vandenberg da Força Aérea.
Segundo o plano de Obama, a ogiva Prompt Global Strike seria montada em um míssil de longo alcance para iniciar sua jornada rumo ao alvo. Ela viajaria pela atmosfera em velocidade várias vezes superior a do som, gerando tanto calor que precisaria ser protegida com materiais especiais para evitar o derretimento. (Neste aspecto, é semelhante ao problema enfrentado pelos projetistas do ônibus espacial décadas atrás.)
Mas como o veículo permaneceria dentro da atmosfera em vez de ir ao espaço, ele seria bem mais manobrável do que um míssil balístico, capaz de evitar o espaço aéreo de países neutros, por exemplo, ou evitar território hostil. Seus projetistas notam que ele poderia voar diretamente até o meio do Golfo Pérsico antes de dar uma forte guinada rumo ao alvo.
O Pentágono espera posicionar uma primeira versão do sistema em 2014 ou 2015. Mas mesmo segundo os prazos mais otimistas, um conjunto completo de mísseis, ogivas, sensores e sistemas de controle só deverá entrar para o arsenal entre 2017 e 2020, muito depois de Obama ter deixado o governo, mesmo se for eleito para um segundo mandato.
O planejamento do Prompt Global Strike está sendo chefiado pelo general Kevin P. Chilton da Força Aérea, o mais alto oficial do Comando Estratégico das Forças Armadas e o homem encarregado pelo arsenal nuclear americano. Na era Obama –onde toda discussão do governo a respeito de armas nucleares leva em consideração o compromisso de Obama de buscar o “Zero Global”, a eliminação do arsenal nuclear– a nova parte do trabalho do general Chilton é conversar a respeito de alternativas convencionais.
Em uma entrevista em seu quartel-general na Base Offutt da Força Aérea, o general Chilton descreveu como a capacidade convencional oferecida pelo sistema proposto daria ao presidente mais opções.
“Hoje, nós podemos apresentar algumas opções convencionais ao presidente para atacar um alvo em qualquer parte do globo, variando de 96 horas a várias horas, talvez 4, 5 ou 6 horas”, disse o general Chilton.
Mas isso não seria rápido o bastante, ele notou, caso chegasse uma inteligência sobre uma movimentação de terroristas da Al Qaeda ou o lançamento iminente de um míssil. “Se o presidente quiser agir contra um alvo em particular mais rapidamente do que isso, a única coisa mais rápida que temos é uma resposta nuclear”, ele disse.
Mas a chave para preencher essa lacuna é assegurar que a Rússia e a China, entre outras potências nucleares, entendam que o míssil lançado que virem em suas telas de radar não sinalize o início de um ataque nuclear, disseram as autoridades.
Segundo a nova doutrina do governo, a Rússia ou outros países inspecionariam regularmente os silos do Prompt Global Strike para se certificarem de que as armas não são nucleares. E seriam posicionados em locais distantes da força nuclear estratégica.
“Quem sabe se algum dia viremos a posicioná-la?” disse Gary Samore, o alto conselheiro de Obama para armas não-convencionais, em uma conferência em Washington na quarta-feira. Mas ele notou que a Rússia já está tão concentrada na possibilidade que insistiu que qualquer arma convencional montada em um míssil que possa alcancá-la seja contada dentro do novo limite ao arsenal americano segundo o tratado.
No próximo tratado, ele disse, os russos certamente negociarão o Prompt Global Strike e defesas antimísseis balísticos.
Se Obama decidir empregar o sistema, disse Samore, o número de armas seria pequeno o bastante para a Rússia e a China não temerem que possam ser usadas contra seus arsenais nucleares.
23/04/2010 - 01h53 | do UOL Notícias
David E. Sanger e Thom Shanker
Em Washington (EUA)
George El Khouri Andolfato
Nos próximos anos, o presidente Obama decidirá se empregará uma nova classe de armas, capazes de atingir qualquer ponto do planeta a partir dos Estados Unidos em menos de uma hora, assim como com tamanha força e precisão que diminuiriam enormemente a necessidade americana de seu arsenal nuclear.
Mas desde já as preocupações com a tecnologia são tão fortes que o governo Obama cedeu a uma exigência da Rússia, a de que os Estados Unidos eliminem um míssil nuclear para cada uma dessas armas convencionais posicionadas pelo Pentágono. Esse artigo, segundo a Casa Branca, está presente no tratado Novo START, que Obama e o presidente Dmitri Medvedev assinaram em Praga há duas semanas.
Chamada “Prompt Global Strike” (Ataque Global Rápido), a nova arma é projetada para realizar tarefas como atingir Osama Bin Laden em uma caverna, se a correta puder ser encontrada; destruir um míssil norte-coreano enquanto está sendo conduzido para a plataforma de lançamento; ou destruir um sítio nuclear iraniano –tudo isso sem cruzar o limiar nuclear. Na teoria, a arma atirará uma ogiva convencional de peso enorme a uma alta velocidade e com extrema precisão, gerando o poder destrutivo localizado de uma ogiva nuclear.
A ideia não é nova: o presidente George W. Bush e sua equipe promoveram a tecnologia, imaginando que esta nova geração de armas convencionais substituiria as ogivas nucleares nos submarinos.
Em encontros com o presidente Bush, os líderes russos se queixaram de que a tecnologia poderia aumentar o risco de uma guerra nuclear, porque a Rússia não teria como saber se os mísseis contêm ogivas nucleares ou convencionais. Bush e seus assessores concluíram que os russos estavam certos.
Parcialmente em consequência, a ideia “não foi a lugar nenhum no governo Bush”, disse o secretário de Defesa, Robert M. Gates, que serviu a ambos os presidentes, recentemente no programa “This Week” da “ABC”. Mas ele disse que ela foi “abraçada pelo novo governo”.
O próprio Obama citou o conceito em uma recente entrevista ao “New York Times”, dizendo que ela faz parte de um esforço “para dar menos ênfase às armas nucleares”, assegurando ao mesmo tempo que “a capacidade de nossas armas convencionais seja um dissuasor eficaz em todas as circunstâncias, exceto as mais extremas”.
A equipe de segurança nacional de Obama descartou a ideia de colocar as novas armas convencionais em submarinos. Em vez disso, a Casa Branca pediu ao Congresso cerca de US$ 250 milhões para o próximo ano para explorar a nova alternativa, uma que utiliza a tecnologia militar mais avançada atual, assim como algumas que ainda nem foram inventadas.
O preço final do sistema permanece desconhecido. O senador John McCain do Arizona, o líder da bancada republicana no Comitê de Serviços Armados do Senado, disse em uma audiência na quinta-feira que o Prompt Global Strike seria “essencial e crítico, mas também caro”.
Ele ficaria baseado, ao menos inicialmente, na Costa Oeste, provavelmente na Base Vandenberg da Força Aérea.
Segundo o plano de Obama, a ogiva Prompt Global Strike seria montada em um míssil de longo alcance para iniciar sua jornada rumo ao alvo. Ela viajaria pela atmosfera em velocidade várias vezes superior a do som, gerando tanto calor que precisaria ser protegida com materiais especiais para evitar o derretimento. (Neste aspecto, é semelhante ao problema enfrentado pelos projetistas do ônibus espacial décadas atrás.)
Mas como o veículo permaneceria dentro da atmosfera em vez de ir ao espaço, ele seria bem mais manobrável do que um míssil balístico, capaz de evitar o espaço aéreo de países neutros, por exemplo, ou evitar território hostil. Seus projetistas notam que ele poderia voar diretamente até o meio do Golfo Pérsico antes de dar uma forte guinada rumo ao alvo.
O Pentágono espera posicionar uma primeira versão do sistema em 2014 ou 2015. Mas mesmo segundo os prazos mais otimistas, um conjunto completo de mísseis, ogivas, sensores e sistemas de controle só deverá entrar para o arsenal entre 2017 e 2020, muito depois de Obama ter deixado o governo, mesmo se for eleito para um segundo mandato.
O planejamento do Prompt Global Strike está sendo chefiado pelo general Kevin P. Chilton da Força Aérea, o mais alto oficial do Comando Estratégico das Forças Armadas e o homem encarregado pelo arsenal nuclear americano. Na era Obama –onde toda discussão do governo a respeito de armas nucleares leva em consideração o compromisso de Obama de buscar o “Zero Global”, a eliminação do arsenal nuclear– a nova parte do trabalho do general Chilton é conversar a respeito de alternativas convencionais.
Em uma entrevista em seu quartel-general na Base Offutt da Força Aérea, o general Chilton descreveu como a capacidade convencional oferecida pelo sistema proposto daria ao presidente mais opções.
“Hoje, nós podemos apresentar algumas opções convencionais ao presidente para atacar um alvo em qualquer parte do globo, variando de 96 horas a várias horas, talvez 4, 5 ou 6 horas”, disse o general Chilton.
Mas isso não seria rápido o bastante, ele notou, caso chegasse uma inteligência sobre uma movimentação de terroristas da Al Qaeda ou o lançamento iminente de um míssil. “Se o presidente quiser agir contra um alvo em particular mais rapidamente do que isso, a única coisa mais rápida que temos é uma resposta nuclear”, ele disse.
Mas a chave para preencher essa lacuna é assegurar que a Rússia e a China, entre outras potências nucleares, entendam que o míssil lançado que virem em suas telas de radar não sinalize o início de um ataque nuclear, disseram as autoridades.
Segundo a nova doutrina do governo, a Rússia ou outros países inspecionariam regularmente os silos do Prompt Global Strike para se certificarem de que as armas não são nucleares. E seriam posicionados em locais distantes da força nuclear estratégica.
“Quem sabe se algum dia viremos a posicioná-la?” disse Gary Samore, o alto conselheiro de Obama para armas não-convencionais, em uma conferência em Washington na quarta-feira. Mas ele notou que a Rússia já está tão concentrada na possibilidade que insistiu que qualquer arma convencional montada em um míssil que possa alcancá-la seja contada dentro do novo limite ao arsenal americano segundo o tratado.
No próximo tratado, ele disse, os russos certamente negociarão o Prompt Global Strike e defesas antimísseis balísticos.
Se Obama decidir empregar o sistema, disse Samore, o número de armas seria pequeno o bastante para a Rússia e a China não temerem que possam ser usadas contra seus arsenais nucleares.
Editado pela última vez por Penguin em Sex Abr 23, 2010 10:16 pm, em um total de 1 vez.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Guerra Moderna: Nova Plataforma de armas USA
Otimo, tudo que precisamos agora é ICBM´s convencionais que possam atingir qualquer parte do globo sem dó nem piedade ja que armas convencionai nas mentes das pessoas = pouco estrago.
Acho bom o Brasil agilizar seu programa espacial. Ao menos poderiamos converter alguns foguetes em misseis no desespero. (ou realmente pensar em militarizar nosso programa espacial como todo mundo faz, ficaria pior pra pegar peças internacionais, mas ao menos receberia verba militar).
Acho bom o Brasil agilizar seu programa espacial. Ao menos poderiamos converter alguns foguetes em misseis no desespero. (ou realmente pensar em militarizar nosso programa espacial como todo mundo faz, ficaria pior pra pegar peças internacionais, mas ao menos receberia verba militar).
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Re: Guerra Moderna: Nova Plataforma de armas USA
A boca pequena e grande lá n CTA fala-se que este programa visa(entre outras coisas) a validar um veículo para um ALDS-Airborne(space) Laser Defense System, já que o projeto ABL(endo-atmosférico) tem demonstrado bom desempenho.Vinicius Pimenta escreveu:Só não entendi o que tem a ver com o TNP. Posso estar enganado, mas acredito que há maneiras (foguetes/mísseis) mais adequados (e baratos) para o uso de armamento nuclear do que este veículo.
Seu uso como plataforma de armamento nuclear seria complicado. O veículo permaneceria em órbita durante um longo período apto a lançar um míssil quando estiver sobre um determinado ponto da terra... Será? Não sei se é economicamente viável.
Acho que esse veículo será útil para outros tipos de aplicações, mas lançamento de armas nucleares, sei lá.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
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Re: Guerra Moderna: Nova Plataforma de armas USA
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Guerra Moderna: Nova Plataforma de armas USA
Ares Blog
Busy Hour for Military Space and Hypersonics
Posted by Guy Norris at 4/22/2010 10:04 PM CDT
Two key tests which could have ramifications for U.S. military space and hypersonics for decades to come took place within an hour of one another this evening. First off the mark, at around 7pm EDT, was Darpa’s HTV-2 – a Lockheed Martin-built hypersonic test vehicle aimed at proving technology for long-endurance, maneuvering hypersonic flight. The small, sharp-delta shaped vehicle was pushed to speeds in excess of Mach 20 by a Minotaur IV Lite rocket launched from Vandenberg AFB, California.
Did HTV-2 perform as expected? We may find out soon. (Darpa)
Less than one hour later, at 7:52pm EDT, the Boeing-built X-37B Orbital Test Vehicle was launched from Cape Canaveral AFB, Florida on top of a United Launch Alliance Atlas V. The U.S. Air Force OTV is designed to serve as an ‘on-orbit’ testbed for spacecraft technologies as well as pioneer re-usable space operations. The 29-ft long OTV was launched by the 45th Space Wing into an orbital mission that will end after an unspecified period of days or weeks with an autonomous landing at Vandenberg AFB. The X-37B is powered by gallium arsenide solar cells with lithium-ion batteries and potentially could stay in orbit for up to 270 days.
OTV - ready for sealing up inside the Atlas V fairing (USAF)
After years of planning, and a series of recent weather delays, it was by complete chance that both tests took place so close together. At this point we know that both vehicles launched successfully, and separated from their respective boosters. The rest of the story remains to be told, but is expected to unfold (in the case of the HTV-2 at least), in more detail on Friday.
Busy Hour for Military Space and Hypersonics
Posted by Guy Norris at 4/22/2010 10:04 PM CDT
Two key tests which could have ramifications for U.S. military space and hypersonics for decades to come took place within an hour of one another this evening. First off the mark, at around 7pm EDT, was Darpa’s HTV-2 – a Lockheed Martin-built hypersonic test vehicle aimed at proving technology for long-endurance, maneuvering hypersonic flight. The small, sharp-delta shaped vehicle was pushed to speeds in excess of Mach 20 by a Minotaur IV Lite rocket launched from Vandenberg AFB, California.
Did HTV-2 perform as expected? We may find out soon. (Darpa)
Less than one hour later, at 7:52pm EDT, the Boeing-built X-37B Orbital Test Vehicle was launched from Cape Canaveral AFB, Florida on top of a United Launch Alliance Atlas V. The U.S. Air Force OTV is designed to serve as an ‘on-orbit’ testbed for spacecraft technologies as well as pioneer re-usable space operations. The 29-ft long OTV was launched by the 45th Space Wing into an orbital mission that will end after an unspecified period of days or weeks with an autonomous landing at Vandenberg AFB. The X-37B is powered by gallium arsenide solar cells with lithium-ion batteries and potentially could stay in orbit for up to 270 days.
OTV - ready for sealing up inside the Atlas V fairing (USAF)
After years of planning, and a series of recent weather delays, it was by complete chance that both tests took place so close together. At this point we know that both vehicles launched successfully, and separated from their respective boosters. The rest of the story remains to be told, but is expected to unfold (in the case of the HTV-2 at least), in more detail on Friday.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Guerra Moderna: Nova Plataforma de armas USA
Acho que é muito cedo para tirarmos conclusões.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Guerra Moderna: Nova Plataforma de armas USA
Astrônomo canadense descobre órbita secreta de nave militar americana
Seg, 24 Mai, 03h54
Toronto (Canadá), 24 mai (EFE).- Um astrônomo amador canadense descobriu a órbita de um projeto secreto das Forças Armadas americanas, o veículo de teste orbital (OTV, na sigla em inglês) "X-37B", lançado no dia 22 de abril.
Segundo a imprensa local, Kevin Fetter descobriu a rota do aparelho de forma acidental, enquanto analisava o espaço com seu telescópio para encontrar satélites fora de serviço.
Mas o telescópio de Fetter, que faz parte do grupo de astrônomos amadores Heavens-Above, captou durante alguns segundos o voo do "X-37B", uma nave de 5,5 toneladas colocado em órbita pelas Forças Armadas dos Estados Unidos sem que sua função tenha sido anunciada.
"O vi por sorte, porque estava apontando para área certa do céu", disse Fetter ao jornal canadense "The Globe and Mail".
A descoberta de Fetter revela que o "X-37B" orbita a 410 quilômetros da Terra e que completa uma volta ao planeta a cada 90 minutos.
Mas o mais importante é que a nave está em uma órbita de 40 graus, e não de 33 graus como foi especulado a princípio, o que a coloca em uma rota que passa sobre Afeganistão, Paquistão, Coreia do Norte e Iraque, entre outros países.
Especialistas consultados pelo jornal disseram que a órbita, utilizada normalmente por satélites espiões, é prova de que o "X-37B" está sendo utilizado em seu primeiro voo para tarefas de espionagem. EFE
Seg, 24 Mai, 03h54
Toronto (Canadá), 24 mai (EFE).- Um astrônomo amador canadense descobriu a órbita de um projeto secreto das Forças Armadas americanas, o veículo de teste orbital (OTV, na sigla em inglês) "X-37B", lançado no dia 22 de abril.
Segundo a imprensa local, Kevin Fetter descobriu a rota do aparelho de forma acidental, enquanto analisava o espaço com seu telescópio para encontrar satélites fora de serviço.
Mas o telescópio de Fetter, que faz parte do grupo de astrônomos amadores Heavens-Above, captou durante alguns segundos o voo do "X-37B", uma nave de 5,5 toneladas colocado em órbita pelas Forças Armadas dos Estados Unidos sem que sua função tenha sido anunciada.
"O vi por sorte, porque estava apontando para área certa do céu", disse Fetter ao jornal canadense "The Globe and Mail".
A descoberta de Fetter revela que o "X-37B" orbita a 410 quilômetros da Terra e que completa uma volta ao planeta a cada 90 minutos.
Mas o mais importante é que a nave está em uma órbita de 40 graus, e não de 33 graus como foi especulado a princípio, o que a coloca em uma rota que passa sobre Afeganistão, Paquistão, Coreia do Norte e Iraque, entre outros países.
Especialistas consultados pelo jornal disseram que a órbita, utilizada normalmente por satélites espiões, é prova de que o "X-37B" está sendo utilizado em seu primeiro voo para tarefas de espionagem. EFE