SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#286 Mensagem por Wingate » Sex Abr 09, 2010 12:01 pm

Vendo este vídeo eu tento imaginar o que passou na cabeça do general MacArthur no momento da assinatura.Ele que dois anos antes fazia uma retirada forçada das Filipinas mas deixandom a famosa promessa "I Shall Return",não só só retomou a ilha como também foi o algoz da rendição japonesa.Nada melhor do que o dever cumprido com uma saborosa "vingança". :twisted: :twisted:
MacArthur foi extremamente esperto e previdente. Conhecedor da mentalidade japonesa, ele fez toda questão de "Pompa e Circunstância" frisando bem o momento de derrota do Japão para que ficasse bem gravado nos governantes daquele país e ao mesmo tempo demolindo a figura divina do Imperador Hiroito além de gravar sua própria imponente figura como a imagem do Vencedor.

MacArthur governou o Japão no período pós-guerra e foi responsável pela "ocidentalização" daquele país.

Roberto




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#287 Mensagem por Bolovo » Dom Abr 11, 2010 2:05 am

MacArthur fez um trabalho incrível. Tornou um inimigo mortal de outros tempos num dos seus maiores aliados da região e talvez no mundo todo. E as ilhas foram importantes pontos estratégicos para pressionar o lado oriental do território soviético, baseado na teoria das Rimlands. Tem uma foto, de 1952, quando acabou a ocupação americana as ilhas japonesas, da população local chorando, balançando bandeirinhas americanas e etc, tal como fizeram quando Hirohito perdeu seu poder de imperador. Mundo doido, né não?




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#288 Mensagem por Ogun K-9 » Dom Abr 11, 2010 3:24 pm

Venha a coisa está divertida
Joel Silveira fala sobre o carnaval de 1945, na frente italiana


É Sábado, véspera de carnaval, e a voz do Major Henrique Oest chega do outro lado do telefone de campanha: - Venha. A coisa está divertida. Esperamos você para almoçar.

A chuva rala que caiu durante toda a noite e transformou o caminho branco de ontem numa estrada de lama fofa é agora um aguaceiro pesado. Lembro-me das trovoadas no Nordeste, mas o pracinha de São Borja que guia o meu jipe, me diz que as chuvas do Rio Grande não são como estas aqui da Itália: - Lá é uma chuva limpa, a gente vê as coisas através dela. Aqui tudo fica escuro, como se estivesse caindo do céu água suja

O Posto de Comando do Major Oest está exatamente a 17 quilô-metros do nosso QG Avançado. É a posição brasileira mais próxima das linha inimigas, um nariz pontudo que se intromete pelas linhas alemãs. “Um nariz cheirando as barbas dos nazistas”, como me explica, apontando no mapa, o Tenente Turvo

Neve e gelo são inconveniências que dentro em pouco deixarão de existir. As pequenas cascata, que descem dos Apeninos, e que o duro inverno havia cristalizado, começam a dissolver e algumas já caem livres, de uma água extremamente clara, como linfas. O começo do fim do inverno, com suas chuvas quase diárias que prenunciam a chegada da primavera, cobre agora tudo de uma lama grossa e escura que é o terror (e o martírio) das viaturas, que nela se atolam. Neve, agora, somente nas cristas mais elevadas das montanhas

- O inverno ainda não acabou. De uma hora para outra pode acontecer uma nevasca repentina. Acontece sempre

Quem me diz isto é o paisano que, no meio da estrada, o jipe ia atropelando. A fumaceira artificial tirou-nos toda a visibilidade; e de minuto em minuto, como um cantochão, repete-se a melopéia da guerra: os tiros da Artilharia brasileira, que rebentam próximos; e a resposta dos alemães, que respondem de suas posições lá nos cumes.

Os obuses dos artilheiros da FEB passam assoviando sobre nossas cabeças, e talvez não seja bem um assovio, é mais um gemido doloroso, como o grito de alguém se torcendo de dor. Conto mentalmente os segundos, e a granada explode 100 ou 200 metros além, em meio aos pequenos agrupamentos de casas de camponeses, cercadas de seus cones de feno, agora quase todas duramente atingidas pelos projéteis, nossos e deles. Pela décima ou vigésima vez ouço a advertência do PM (Polícia Militar), uma voz de paulista do interior que me chega do outro lado da barreira de fumaça: - Os tedescos estão craqueando o caminho. Acho bom o senhor andar depressa

Craquear é um verbo novo que aqui na frente brasileira significa algo de perigoso e incômodo: quer dizer que os alemães (ou “tedes-cos”, como preferem dizer os pracinhas, que já vão engrolando o seu italiano) estão castigando o caminho com obuses de canhão e grana-das de morteiros, visando qualquer viatura ou comboio de abasteci-mento que passe por ali; ou, então, a ponte improvisada que, sobre o estreito riacho, liga as linhas avançadas à retaguarda. Mais adiante, outro PM nos previne que nosso jipe está muito próximo dos grandes caminhões que seguem à frente: “E bom manter distância. Ajunta-mento pode chamar a atenção dos tedescos.” Paramos por alguns minutos, enquanto as pesadas viaturas se adiantam lá na frente. Uma granada explodiu na grama já livre da neve, bem lá no fundo do pe-queno e estreito vale. Um partigiano se aproxima do jipe e nos pede cigarro. E um rapaz corado e forte, metido numa roupa azul, com o seu fuzil-metralhadora pendendo de uma correia que ele traz no ombro direito. Pergunta para onde vamos. Respondo e ele, sem pedir li-cença, pula para o banco de trás do jipe. Irá conosco

Já corremos 13 quilômetros e agora temos que deixar a estrada principal. O jipe sobe a encosta enlameada aos solavancos, derrapando na lama, ameaçando atolar-se nela. O partigiano nos deixa uns 500 metros antes do nosso destino, e já passa das 10 da manhã quando chegamos ao PC do Major Oest

Ele agora traz um bigode que cai em pontas e parece ter engordado alguns quilos, ou então é o pesado uniforme (ou as várias ca-madas dele) que o faz assim, mais largo e mais troncudo. Leva-me por um braço para a pequena sala do andar térreo, na casa contadina, onde está reunida a sua oficialidade. E é nesta sala que escrevo agora, nesta véspera de carnaval. As paredes estão cobertas de mapas, pin-up girls e páginas da revista o Cruzeiro com histórias do Amigo da Onça. Há também um grande mapa da Europa, com a frente oriental toda riscada de linhas vermelhas e azuis. As setas brancas indicam os avanços soviéticos: Zhukov vem por aqui, Cherniakovsky por ali.

- Você ficará aqui alguns dias. E não adianta reclamar. Já mandei seu jipe de volta. Não adianta reclamar: a partir de agora sou um homem isolado do mundo, preso neste PC avançadíssimo, e só sairei daqui na pró-xima quarta-feira

- Trouxe cama-rolo

- Não

- Não há de ser nada. A gente arranja umas mantas

Fica então acertado o seguinte programa a meu respeito: traba-lharei aqui no “coração da frente”, que é o nome que deram a esta sala fumacenta e abafada, me explicam. Farei as refeições no PC da 6ª Companhia, que o cozinheiro de lá é melhor. A noite me acomoda-rei num dos quartos onde a Companhia tem sua sede e partilharei, ali, o reduzido espaço onde já estão aboletados o Segundo-Tenente-Médico Hélio Reis Leal, de São Paulo, dois padioleiros, dois sargen-tos, o paisano Massimo e sua filha Inez, uma moça risonha que não deve ter mais de 16 anos

O Major Oest me leva até a janela do lado, um reduzido buraco aberto na compacta parede de pedra: Olhe lá para baixo e veja o que eles fizeram ontem. Mas não Fique muito tempo com o rosto exposto. Podem acerta-lo

Diviso, lá embaixo, um número sem conta de crateras abertas no chão, como feridas negras, de mau aspecto

- Nosso carnaval começou cedo. Os tedescos começaram a atirar no fim da tarde. Morteiros e metralhadoras. A parede lá de baixo está toda pipocada. Mas em compensação não demos colher de chá. Mandamos confete que não acabava mais

Depois o major me leva até o Capitão Joaquim da Rosa Cruz: - Tome conta do Correspondente e o conduza até os foxholes lá em cima. E virando-se para mim: Se você tiver sorte poderá ver os alemães em cima das cristas

Estamos os dois, eu e o capitão, a chapinhar sobre a lama. A guerra faz da gente um animal anfíbio, me diz ele. Me diz também que é de Porto Alegre, onde deixou esposa e filhos. Res-pondo que no carnaval do ano passado eu estava em Porto Alegre

O capitão responde: - Eu também. Dançando no Clube Comercial

Agora sou eu que digo: - Eu também

- Pois veja só o que é a vida. Agora, neste carnaval de 45, esta-mos novamente juntos. Será que estaremos no de 46

Quem sabe? Se tal acontecer, certamente passaremos horas a comentar o instante de agora, falando deste carnaval de lama, grana-das que explodem, das saudades que nos atormentam. O capitão murmura qualquer coisa que não escuto direito. Ele repete: - Vamos fazer uma pausa e tomar fôlego, pois temos que subir até lá em cima, bem no cocuruto, onde estão os pracinhas. Vai ser uma dureza

Respondo que guerra é guerra. Ele concorda: - É

A última etapa é feroz: o caminho é quase vertical, de forma que para vencê-lo temos que nos segurar forte nas duas grossas cordas. Depois me entrega uma das cordas, segura a outra, e lá vamos nós. A chuva continua a despencar, mas o field jacket americano, de uma espessura blindada, e mais o esforço da subida não me deixam sentir frio. Nossas botas se enterram na lama além do tornozelo, às vezes derrapamos, e meu coração treme quando a encosta me pa-rece faltar sob os pés. Lá embaixo, sei, é o abismo, encoberto pela fumaça

Mas chegamos, finalmente. O capitão me explica: - Somos aqui como uma espécie de península. Os alemães es-tão à nossa direita, em cima daquele morro que parece o perfil de uma mulher, está vendo? Estão também à nossa esquerda, naquela colina ali. De suas privilegiadas posições eles podem facilmente nos vi-sar com seus morteiros e metralhadoras, mas a verdade é que nossa capacidade de fogo é maior. Não deixamos sem resposta um só tiro deles

Aponta para um caminho estreito, do outro lado da terra de ninguém: - Aquela estrada é vital para eles. Todas as noites eles têm que passar por ali suas viaturas, com víveres e munições. É aí que nós entramos

Um sargento aparece, barba de dias (ou de meses), pergunta: - É o Capitão

- Sou eu, sim. Estou aqui com um Correspondente

Vencemos os últimos metros e aqui estamos nas posições deste que é sem dúvida o mais ingrato setor de toda a frente brasileira, de-fendido pelo 6º Regimento de Infantaria. O Sargento Zózimo de Al-meida, de Jacareí, São Paulo, entretém um diálogo com o capitão

- Voltaram? pergunta o capitão

- Voltaram. Mas nós carregamos em cima deles

- E a torre

- Hoje de manhã foi alvejada com metralhadoras. Mas nós res-pondemos logo

- Alguém ferido

- De gravidade, nenhum. E dois foxholes afundaram na lama, ontem à noite. Mas já estamos cavando outros

À nossa retaguarda se enfileiram uma dezena de trincheiras individuais, os foxholes, e lá em cima, no ponto mais elevado do morro, há uma outra irregular. São simples buracos cavados no chão e que abrigam o pracinha e sua metralhadora. Há revezamento de tanta em tantas horas, os homens lá de cima trocam de posição com os homens cá de baixo, numa permuta que se repete durante o dia e à noite. Lá nos foxholes mais altos, limite extremo de nossas posições em todo este setor apenino, encontramos, barba crescida, cabelos emaranhados e sobrando dos capacetes, pés metidos na lama, os sol-dados brasileiros que no momento, mais próximos se encontram da linha de frente alemã. São pracinhas que neste fim de inverno vêm realizando o trabalho mais penoso de toda a frente defendida pela FEB. Muitos deles não tomam um banho de verdade ha mais de um mês, é o sonho de todos, o imediato, é a possibilidade de passar um ou dois dias, ou mesmo apenas algumas horas, no QG Avançado do General Mascarenhas, em Porreta-Terme, situado noutro fundo de vale; a uns 30 quilômetros daqui

Agora vamos falar da “casa dos pombos”

- Ela não é nossa nem deles. Me explica o capitão. - Ou me-lhor, é nossa e é deles Ergo um pouco a cabeça, apenas uns cinco centímetros além do foxhole, e vejo-a lá embaixo, plantada no centro do vale, com o seu andar de cima deformado pelos obuses, nossos e deles. Pombos al-vos como a neve passeiam tranqüilos pelos escombros, beliscam aqui e ali, vão e voltam em revoadas

- Aquela é uma casa como que à margem da guerra. Quando os tedescos querem melhorar a bóia, organizam patrulhas noturnas com o objetivo de apanhar alguns dos perus e galinhas que lá se encontram, às dúzias. Nós, então, contra-atacamos. Já aconteceu até que duas patrulhas, uma nossa e outra deles, encontraram-se no meio do caminho, a apenas alguns metros da casa, que continua habitada: um casal de velhos e duas mulheres, talvez viúvas. Nessa noite não se resolveu coisa nenhuma.

O Sargento Zózimo intervém para informar que não há mais gali-nhas nem perus, e que os alemães agora estão caçando os pombos: - Eles em cima dos pombos e nós em cima deles

Voltamos pelo mesmo caminho, e a descida se toma ainda mais perigosa, como escorregar sem defesa por um tobogã. De volta, en-quanto tiro penosamente as botas enlameadas, no terreiro do PC, lembro-me mais uma vez que hoje é sábado, véspera de carnaval. “Um ano atrás eu estava em Porto Alegre e à noite dancei no Clube Comercial “, penso. E parece que escuto a voz do Capitão Rosa dizer: “Eu também, eu também.

Fonte deste artigo: A luta dos PRACINHAS Por Joel Silveira e Thassilo Mitke




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#289 Mensagem por Ogun K-9 » Dom Abr 11, 2010 3:28 pm

Silenciando os Big Bens
Relato do Marechal do ar Sir Roderick Hill, da campanha contra as V2


As V2s e a ação do comando de caças contra as V-2 em 1945.

No Ano Novo [de 1945] a escala dos ataques de V-2 cresceu de novo. Durante a primeira metade de janeiro, uma média de mais de oito foguetes por dia atingiu esse país. A partir de então a cadência de fogo diminuiu um pouco, somente para crescer de novo no início de fevereiro, até que uma média de dez foguetes por dia foi alcançada em meados do mês. Mais ainda, os alemães começaram de novo a fazer mais de metade de seu fogo durante o dia, e sua precisão melhorou. Em uma semana média de janeiro e da primeira metade de fevereiro, o dobro de pessoas foi morta ou gravemente ferida por foguetes, em comparação com o período correspondente de dezembro.

Era claro que nosso programa de caças-bombardeiros não era uma deterrência tão efetiva como tínhamos esperado. Isso não queria dizer que nossos métodos estavam errados: sem os ataques de caças-bombardeiros, o ritmo do fogo poderia ter crescido ainda mais rápido. Mas, evidentemente, algo mais era necessário se a ofensiva alemã tivesse que ser mantida em pequena escala.

Que forma esse algo a mais deveria tomar não era tão óbvio. Em dezembro, o Ministério da Aeronáutica tinha pedido ao Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Guerra Econômica para investigar a possibilidade de reduzir os suprimentos de combustível para os A-4, atacando as fábricas onde o oxigênio líquido era feito. Os especialistas informaram que não havia meios de saber quais das muitas fábricas na Alemanha ocidental, ou sob controle alemão, estavam suprindo o oxigênio líquido para esse propósito específico. Havia, entretanto, oito fábricas na Holanda, cinco na Alemanha ocidental e cinco em outros locais na Alemanha que podiam atender os requisitos.

Como uma conseqüência dessa investigação, o Ministério da Aeronáutica me pediu para considerar atacar três fábricas na Holanda. Uma delas, em Alblasserdam, próximo a Dordrecht, foi atacada com sucesso pela Segunda Força Aérea Tática em 22 de janeiro. Outra, em Ijmuiden, era composta de dois prédios cercados de forma tão aproximada por outras fábricas que a perspectiva de um ataque bem sucedido com os meios a minha disposição era bem reduzida. A terceira, em Loosduinen, na periferia de Haia, era cercada por três lados por propriedades privadas holandesas. Daí que estivesse relutante em atacá-la, especialmente por não haver certeza que sua destruição iria fazer com que os alemães disparassem um foguete a menos que fosse.

Entretanto, tendo em vista o pedido do Ministério da Aeronáutica, e meu desejo de não deixar de fazer nada que pudesse atrapalhar o inimigo. Concordei em faze-lo. De forma a reduzir o risco à propriedade privada, os pilotos escolhidos para a missão foram instruídos a usar métodos que podem ser melhor descritos como “pingar suas bombas na direção do alvo”. Esta técnica demandava cinco ataques diferentes, dos quais todos, menos um, seriam feitos da direção que não havia casas coladas na fábrica. Dois ataques foram feitos em 3 de fevereiro, dois em 9 de fevereiro e um no dia 8. Depois do último ataque no dia 9, achamos que o alvo tinha sofrido danos suficientes para poder ser ignorado no futuro.

Em janeiro, o mal tempo limitou o número de sortidas de caças-bombardeiros que podíamos fazer para um pouco mais da metade das que tínhamos feito em dezembro. Em fevereiro, o clima foi melhor e durante a primeira metade do mês, fizemos mais sortidas de caças-bombardeiros do que em todo janeiro. Além de fazer os cinco ataques contra a fábrica de oxigênio em Loosduinen, que mencionei, fizemos seis ataques em Haagsche Bosch [parque próximo a Haia], uma área de florestas na qual foguetes tinham sido vistos em fotografias de reconhecimento feitas em dezembro. O Hotel Promenade foi atacado em três ocasiões e ataques também foram feitos em outras áreas suspeitas de armazenamento em Haia, Wassenaar e no gancho da Holanda, assim como em alvos ferroviários. A Segunda Força Aérea Tática continuou a atacar as comunicações como antes, na seqüência de seu programa de reconhecimentos armados e interdição ferroviária.

Enquanto isso, como conseqüência do aumento na escala dos ataques de foguetes, para o fim de Janeiro o Ministério da Aeronáutica tinha começado a pressionar-me para intensificar meus esforços contra as áreas de disparo e armazenamento. Mas mesmo assim, ainda estavam relutantes em ver qualquer parte do esforço do Comando de Bombardeiros desviado para o ataque de tais alvos. No dia 26 do mês, entretanto, o Comitê de Defesa concordou em convidar o Ministério do Ar para pedir ao Supremo Quartel General para sancionar ataques de precisão contra alvos escolhidos, pelos bombardeiros leves do 2º Grupo, o que eu vinha insistindo que acontecesse desde o outono anterior. Pouco depois disso, consegui aumentar o efetivo da força designada para uso exclusivo contra bases de foguetes de quatro esquadrões para seis, e para equipar e usar todos os seis esquadrões regularmente como caças-bombardeiros (os esquadrões adicionais selecionados foram os nº 451 (Spitfire XVI) e 124 (Spitfire IX, modificado para bombardeio).

Agora negociei um novo acordo com a Segunda Força Aérea Tática, pelo qual minha área de responsabilidade foi estendida no oriente, até Amersfoort. Nos dias que o tempo era inadequado para ataques de precisão em Haia, nossos caças-bombardeiros ficavam agora atacando alvos ferroviários; e a inclusão de Hamerfoort em nossa área permitiria-nos bombardear o entroncamento ferroviário ali – um gargalo pelo qual todo o tráfego da Alemanha para as áreas de lançamento na Holanda Ocidental passava. Sob os termos do novo acordo, a Segunda Força Aérea Tática usaria quaisquer bombardeiros leves ou médios que pudesse dispensar da batalha terrestre para atacar os alvos em terra, escolhidos de listas dadas por meu estado maior.

O efeito total da expansão da força de caças-bombardeiros “Big Ben”, foi visto na segunda metade de fevereiro, quando o comando de caças-bombardeiros, quando o comando de caças fez 548 sortidas e jogou 108 toneladas de bombas – em duas semanas, precisamente o mesmo peso que nas seis antecedentes. Seguindo uma sugestão de meu oficial Chefe de Informações, que recomendava que deveríamos tentar o efeito de concentrar nossos esforços em um só alvo por pelo menos uma semana, quase três quartos foi usada em Haagshe Bosc, onde graves danos foram feitos, particularmente em 22 de fevereiro, onde um estúdio de filmagem que os alemães usavam para armazenamento foi arruinado.

Uma interrupção quase total do fogo de foguetes por um período de mais de sessenta horas se seguiu a esse ataque; e em 24 de fevereiro, um reconhecimento fotográfico não revelou um só foguete em qualquer lugar da área de uma milha quadrada [2,6 km2] aproximada do Haagsche Bosch. Outros pistas reforçavam a inferência que os alemães tinham sido expulsos do Haagsche Bosch, pelo menos por enquanto, e sugeriam que tinham sido forçados a improvisar instalações na área de pistas de corrida em Duindigt, mais para o norte.

Até onde podíamos ver, a política de nos concentramos em uma área tinha sido encorajadora; mas os eventos mostraram que nenhum efeito permanente tinha sido obtido contra os alemães. Quando o fogo recomeçou (aparentemente de Duindigt), no dia 26, nenhum declínio notável em sua qualidade ou quantidade foi aparente. Nem o primeiro dos a muito esperados ataques de bombardeio do 2º Grupo, que foi lançado no dia 3 de março, teve um efeito melhor. O ataque foi lançado por 56 Mitchells e o alvo escolhido - não sem algumas dúvidas, pois a continuada presença dos alemães e de seu material era duvidosa – foi o Haagsche Bosch. Infelizmente, o bombardeio não foi suficientemente preciso, de forma que baixas ocorreram entre os civis holandeses e suas propriedades foram danificadas. Depois dessa infeliz experiência, o Marechal do Ar Coningham decidiu não fazer mais ataques contra alvos em Haia.

Outra contramedida cogitada nesse estágio foi o uso de artilharia antiaérea para atirar contra foguetes que se aproximassem para os explodir no ar. Os problemas pareciam ser formidáveis, somente considerando o fato de que os foguetes viajavam muitas vezes mais rápido do que o mais rápido dos bombardeiros e completavam seu vôo parabólico vindos da Holanda em menos de cinco minutos. De fato, tinha-se pensado em propostas neste sentido antes dos ataques terem começado e foram consideradas impraticáveis. O General Pile levantou o ponto de novo em dezembro de 1944, quando pediu permissão para fazer um teste operacional de um esquema projetado para assegurar que os foguetes passariam por uma cortina de fragmentos de granadas quando se aproximassem da terra. Um requisito essencial do plano era um aviso preciso e a tempo de que um foguete estava a caminho. Apesar de ainda haver dificuldades na forma de disseminar tal alarme ao público, para propósitos operacionais, informações confiáveis deste tipo agora estavam disponíveis. Havia algumas coisas evidentemente negativas no esquema: por exemplo, o gasto de munição necessário para explodir apenas um foguete que fosse deveria ser extravagante e possivelmente alarmante para o público.

Ainda assim, estava satisfeito que ele continha o germe de uma contramedida eficaz, que poderia se tornar importante no futuro e que em bases puramente operacionais, um teste prático era desejável. Fiz recomendações para nesse sentido quando submeti a proposta do General Pile à autoridades superiores. O comitê ante o qual o esquema foi apresentado, depois de ouvir a opinião de eminentes homens de ciência, um dos quais colocou as chances de um engajamento bem sucedido em uma em cem, e outro em uma em mil, decidiu que um teste operacional seria prematuro. Convidaram os envolvidos a buscar formas de aperfeiçoar o esquema, e prometerem considerá-lo de novo em março.

Assim, o General Pile repetiu seu pedido por um teste operacional no final daquele mês. Apontou que o tempo claramente estava se esgotando: a oportunidade de testar o esquema na prática logo iria passar. Em resposta, em 26 de março pediu-se a um grupo de cientistas para preparar uma estimativa teórica de sucesso. Relataram no mesmo dia que se 400 disparos fossem feitos contra qualquer foguete, a chance de obter um acerto seria, na melhor das hipóteses, uma em trinta. Depois de mais um testemunho do General Pile, que disse que iria tentar aumentar as chances de sucesso triplicando a cadência de fogo, a proposta foi apresentada ante os Chefes de Estado Maior, que decidiram no dia 30 que a possibilidade de sucesso era pequena demais para sobrepujar as objeções ao esquema. Mas, de qualquer forma, nessa época a campanha tinha acabado.

Enquanto isso, tínhamos continuado nossa ofensiva de caças-bombardeiros contra a organização de disparo de foguetes e suas comunicações. Depois de 3 de março, não fizemos mais ataques contra o Haagsche Bosch, mas voltamos nossa atenção para a área de pistas de corrida vizinha, em Duindigt, junto com outras áreas de armazenamento e disparo e um grupo de prédios pertencendo a companhia de petróleo Bataafsche, que os alemães aparentemente estavam usando como alojamentos e escritórios. Como antes, selecionamos alvos ferroviários para atacar quando as condições fossem inadequadas para atacar nossos objetivos primários. Somente durante a segunda semana de março, nos jogamos certa de 70 toneladas de bombas em Duindigt. Por meados do mês, tínhamos pistas que os alemães tinham abandonado a área, que naquele momento estava tão cheia de crateras que, nas palavras de um relatório contemporâneo, “parecia que o Comando de Bombardeiros, e não o Comando de Caças, vinha atacando-a”.

Este sucesso foi acompanhado por outro decréscimo temporário na escala dos ataques de foguetes contra Londres; e o que era, talvez, mais significativo foi que por essa época os alemães começaram a fazer mais e mais de seus disparos antes da madrugada. Concluímos que nossos esforços tinham atrapalhado seus arranjos para armazenamento de foguetes na área avançada e que eles estavam sendo forçados a trazer os mísseis durante a noite e dispará-los assim que possível. Assim sendo, durante a segunda metade de março, demos pouca atenção às áreas de armazenamento e devotamos a maior parte de nossos esforços de caças-bombardeiros às comunicações. No todo, fizemos mais sortidas de caças-bombardeiros em março do que nos quatro meses anteriores juntos e jogamos mais de três vezes o peso de bombas jogado em fevereiro.

A ofensiva alemã terminou às 16:45 horas de 27 de março, quando o milésimo centésimo décimo quinto foguete a ser jogado neste país ou a vista de suas costas caiu em Orpington, em Kent. A campanha tinha durado sete meses. Durante este período, os alemães tinham disparado pelo menos 1.300 foguetes contra Londres e cerca de 40 ou mais contra Norwich. Desses, 518 tinham caído dentro da Região de Defesa Civil de Londres e nenhum sequer dentro dos limites da última cidade. No todo, 2.511 pessoas tinham sido mortas e 5.869 seriamente feridas em Londres, e 213 mortas e 598 seriamente feridas em outros locais.

Estes dados teriam sido substancialmente menores se não fosse um número de incidentes infelizes, nos quais foguetes casualmente atingiram prédios repletos. Entre os piores desses incidentes estavam três que ocorreram na estrada New Cross, Deptford, em 25 de novembro de 1944 [destruição da Loja Woolworth, 160 mortos] e no mercado de Smithfield [110 mortos], e Hughes Mansions [blocos de apartamentos, última V2 a cair em Londres, 134 mortos] , Stepney, em 8 e 27 de março, respectivamente. Apesar dessas ocorrências terem sido deploráveis, sua própria raridade é um indicação da qualidade de imprevisão dos foguetes de longo alcance, no estágio que os alemães tinham-no desenvolvido.

Ainda assim, o foguete não pode ser desconsiderado como uma mera anomalia. Praticamente, era uma nova arma, que trouxe novos perigos para as vidas de milhões e criou novos problemas para a defesa. Sua importância, e da bomba voadora [V1], quando colocadas contra o fundo maior da guerra como um todo, ainda tem que ser pensada.
Fonte deste artigo: Brigadeiro-do-Ar Sir Roderick Hill, London Gazette, outubro de 1945




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#290 Mensagem por Clermont » Qui Abr 15, 2010 9:05 pm

KATYN E A “BOA GUERRA”.

Patrick J. Buchanan – 13 de abril de 2010.

A decapitação do governo polonês, semana passada, incluindo o presidente Lech Kaczynski e a liderança militar, no vôo para Smolensk, a fim de comemorar o Massacre de Katyn, traz à mente os terríveis e trágicos dias e feitos do que muitos, ainda, chamam a Boa Guerra.

Segundo relatos russos, o piloto polonês rechaçou quatro comandos do controle de tráfego aéreo para desviar para Moscou ou Minsk. O aeroporto de Smolensk estava debaixo de névoa. Há a especulação de que Kaczynski, ferozmente nacionalista e desconfiado dos russos, possa ter, desafiadoramente, ordenado ao piloto que pousasse, de preferência a atrasar o 70º aniversário de Katyn. O simbolismo é inescapável.

Pois, foi o desafio à exigência de Adolf Hitler para negociar a devolução de Danzig, uma cidade alemã posta sob controle polonês, após a Grande Guerra, que deu origem ao Pacto Hitler-Stalin, que levou à Katyn.

Após a invasão alemã de 1º de setembro de 1939, iniciar a guerra, Josef Stalin atacou a Polônia do leste, em 17 de setembro, capturando muito do corpo de oficiais polonês.

Em abril de 1940, sob ordens de Stalin, a polícia secreta soviética, o NKVD, assassinou, virtualmente a liderança inteira da nação, incluindo 8 mil oficiais e quase o dobro deste número de intelectuais e líderes civis. Cerca de 4 mil foram fuzilados com as mãos atadas às costas na Floresta de Katyn.

Os alemães desenterraram os corpos, em 1943, e convidaram a Cruz Vermelha para examinar o local. Através de jornais encontrados com os cadáveres, a data da atrocidade foi determinada como mais do que um ano antes de o exército alemão invadir a União Soviética.

Quando patriotas poloneses, cujos filhos tinham voado com a Real Força Aérea na Batalha da Inglaterra, foram até Winston Churchill, para exigir que ele obtivesse respostas de Stalin sobre a atrocidade, ele os colocou de lado.

“Não há sentido algum em ficar remexendo em sepulturas de três anos de Smolensk,” disse o Grande Homem.

À pedido de Stalin, Churchill forçou os poloneses a concordarem com a anexação de toda a terra polonesa com a qual Stalin tinha sido premiado por assinar seu pacto com Hitler.

Nos julgamentos de Nuremberg, a delegação russa, liderada por Andrei Vishinsky, o promotor que fez o trabalho sujo de Stalin, nos julgamentos do expurgo, acusou os alemães do massacre.

Isto apresentou um problema para os americanos e britânicos, que sabiam a verdade. Eles manobraram a questão, deixando de levar à frente a acusação.

Antes, durante e após os julgamentos de Nuremberg que condenariam os nazistas de “crimes contra a humanidade”, um dos maiores crimes contra a humanidade na história, estava sendo cometido. Quinze milhões de alemães – velhos, mulheres e crianças – foram tangidos como gado para fora de seus lares ancestrais na Prússia, Pomerânia, Brandemburgo, Silésia e os Sudetos.

Como o campeão dos direitos humanos, Alfred de Zayas, escreveu em seu corajoso “Nemesis at Potsdam: The Expulsion of the Germans From de East”, talvez 2 milhões tenham morrido no êxodo. Poucas mulheres alemãs, na Europa Oriental, escaparam ao estupro.

Os Aliados fecharam os olhos para a monstruosa atrocidade, enquanto nomes antigos desapareciam. Memel tornou-se Klaipeda. A Prússia desapareceu. Koenigsberg, a cidade de Immanuel Kant, tornou-se Kaliningrado. Danzig tornou-se Gdansk. Breslau virou Wroclaw.

“Os alemães mereceram isto, pelo que fizeram,” vem a resposta.

Inegavelmente, as atrocidades nazistas foram numerosas e horríveis – contra poloneses, ucranianos, russos, judeus.

Porém, foram os alemães inocentes que pagaram pelos crimes dos alemães culpados.

O que aconteceu na Europa Central e Oriental, de 1939 a 1948, forneceu prova, se alguma mais fosse, realmente, necessária, da verdade da visão de W.H. Auden, em seu poema “September 1, 1939”, “Estes a quem o mal é feito, fazem o mal em troca.”

No fim da guerra, Churchill e Harry Truman concordaram em repatriar 2 milhões de prisioneiros de guerra soviéticos para Stalin, nenhum dos quais desejava voltar. Pois, o retorno à Rússia significaria a morte no fim da estrada, ou uma curta e brutal vida, em trabalho escravo no Arquipélago Gulag.

Operação KEELHAUL foi o nome dado ao conluio aliado com o Exército Vermelho na transferência destes prisioneiros aterrorizados, para suas mortes nas mãos dos mesmos carniceiros comunistas que haviam cometido os assassinatos em Katyn.

Em 3 de setembro de 1939, a Grã-Bretanha e a França declararam guerra à Alemanha, para restaurar a integridade e a independência da Polônia. Por este grande objetivo, eles converteram um choque polaco-alemão, que durou três semanas, numa guerra mundial que durou seis anos.

E a Polônia foi salva? Não, a Polônia foi crucificada.

Como conseqüência da guerra iniciada em seu nome, milhões de poloneses – judeus e católicos, da mesma forma – pereceram, o massacre de Katyn foi levado à cabo, o Exército Metropolitano foi aniquilado, a nação sofreu cinco anos de domínio nazista e quase meio século de perseguição comunista.

A tragédia de hoje é que foram os homens da geração pós-guerra, como Lech Kaczynski, quem sustentaram a fé de seus pais e lideraram a Polônia das trevas para a luz do sol da liberdade, que morreram procurando prestar homenagem aos seus pais que sofreram um dos maiores crimes do mais sangrento dos séculos.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#291 Mensagem por marcelo l. » Qui Abr 15, 2010 10:02 pm

Este anime, o tumulo dos vagalumes é muito bem cotado.



A serie de 26 episodios, zipang tem como pano de fundo o navio JDS Mirai um vaso moderno da marinha japonesa retorna a segunda guerra mundial... A idéia lembra o Nimitz de volta ao inferno...



Provavelmente o primeiro vou asssistir.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#292 Mensagem por Anton » Sex Abr 16, 2010 10:55 am

Alguém já assistiu? É bom?

Redescobrindo a Segunda Guerra
National Geographic Channel
Filmes restaurados e em cores que mostram a Segunda Guerra Mundial como nunca se viu antes.

"Redescobrindo a Segunda Guerra" relata esse conflito terrível por meio do trágico destino de quem foi à guerra (soldados), de quem sofreu suas consequências (civis) e de quem a comandou (chefes militares e políticos).

A guerra matou 50 milhões de homens e mulheres no mundo todo - e foi a primeira da história com tantas vítimas civis quanto baixas militares.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#293 Mensagem por Ogun K-9 » Sex Abr 16, 2010 10:12 pm

"Somos como prostitutas num bordel"

No maior e mais conceituado jornal italiano, Corriere della Sera, foi publicada, no dia 28 de fevereiro, a carta que um grupo de escritores russos escreveu para os colegas ocidentais que assistiam ao Congresso Pan-Soviético dos Escritores, de 1934. Esta carta, guardada nos arquivos da polícia secreta soviética, foi divulgada há pouco tempo na Rússia, traduzida em italiano, do original russo, por Clara Strada Janovic. ITALIAMIGA acha seu dever mostrar aos que ainda acreditam na assim dita democracia de tipo comunista, o que significou viver naquele regime de terror e de delação, e como hoje é importante, para nós, ter a possibilidade de viver num mundo onde a liberdade de expressão e de pensamento é permitida a todos e defendida por todos.


"Nós, um grupo de escritores formado por representantes de todas as tendências político-sociais existentes na Russia, comunistas inclusive, compelidos pelas nossas consciências, achamos que deveríamos escrever esta carta aos colegas escritores estrangeiros (...).
- Tudo que vocês ouvirão e presenciarão no Congresso será, tão somente, o que lhes for permitido ver e ouvir pelo aparato comunista. Pode ser que alguns de nós que participamos da elaboração desta carta, conversando pessoalmente com qualquer de vocês, usemos uma versão diferente. Reconhecemos que, vivendo em condições completamente diferentes das nossas, deve ser difícil entenderem que, depois de 17 anos nossa situação exclui, de forma absoluta, a possibilidade de livre expressão.
- Nós, escritores russos, nos sentimos como prostitutas de bordel, porém, com uma só diferença: enquanto aquelas negociam o próprio corpo, nós negociamos nossas almas e opiniões. Enquanto elas estão condenadas à morte pela fome, assim será igualmente para nós (...)
Aliás, nossas famílias e amigos também estão sofrendo com nossas atitudes pois, até com eles, evitamos falar de nossas decepções. Na URSS existe um sistema cruel de delação em que nos obrigam a acusar uns aos outros. E o fazemos contra amigos, conhecidos e até parentes.
- Enquanto isso vocês constituem comitês para enfrentamento do fascismo, organizam congressos contra a guerra, criam bibliotecas para resgatar os livros queimados por Hitler. Embora tudo louvável, não vemos suas ações para salvar as vítimas inocentes dos atos tirânicos stalinistas que ferem e ofendem os sentimentos da moderna humanidade, especialmente os praticados após o fim da Guerra Mundial (1919). Será que vocês não estão percebendo que a URSS é um grande campo militar, pronto para incendiar a Europa Ocidental e impor, pela lâmina da baioneta, as teses de Marx, Engels, Lenin e Stalin ? Saibam que o fato da Russia estar na miséria e com fome não se constituirá em vantagem para vocês.
- Vocês estão assustados com o nazismo, mas nós não temos medo de Hitler. Para Stalin trata-se, simplesmente, de preconceito burguês. Ele sim, Stalin, é que é o perigo. Vocês sabem que jogo está sendo jogado ? Ou admitem sobreviver, como nós, pela prostituição do sentimento, da opinião e do senso de dever ? Então, nesse caso, não os perdoaremos (...)".




Nascido de alma caudilha- nem por isso menos franca -Deus te deu essa cor branca que até de noite rebrilha.Lua do herói na coxilha,por onde eu for, onde eu ande e sem que ninguém me mande eu te canto, troféu mudo que é puro neste Rio Grande!
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#294 Mensagem por magoo32 » Seg Abr 19, 2010 12:22 pm

Em toda a guerra sempre existem coisas que não são totalmente reveladas, até para que os heróis continuem sempre sendo heróis.
Após a invasão alemã de 1º de setembro de 1939, iniciar a guerra, Josef Stalin atacou a Polônia do leste, em 17 de setembro, capturando muito do corpo de oficiais polonês
Quando patriotas poloneses, cujos filhos tinham voado com a Real Força Aérea na Batalha da Inglaterra, foram até Winston Churchill, para exigir que ele obtivesse respostas de Stalin sobre a atrocidade, ele os colocou de lado.

“Não há sentido algum em ficar remexendo em sepulturas de três anos de Smolensk,” disse o Grande Homem.
Em 3 de setembro de 1939, a Grã-Bretanha e a França declararam guerra à Alemanha, para restaurar a integridade e a independência da Polônia. Por este grande objetivo, eles converteram um choque polaco-alemão, que durou três semanas, numa guerra mundial que durou seis anos.
O que será ainda de sujo e torpe ainda estão guardados a sete chaves nos arquivos????

A propósito, se a invasão da Polonia pela Alemanha foi o estopim da guerra por parte da França e Inglaterra, porque tb. não declararam guerra a Stalin, uma vez que ele fez o mesmo que a Alemanha?




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#295 Mensagem por U-27 » Seg Abr 19, 2010 12:49 pm

nem sei por que declararam guerra
não fizeram nada pela pobre polonia




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#296 Mensagem por Bolovo » Seg Abr 19, 2010 1:06 pm

Segundo eu já li, a idéia era se aliar sempre a URSS, porque eles tinham o controle da Heartland e sem eles seria impossível deter a expansão germânica (que começou com Bismark). A Polônia que se dane, é só um país no meio do caminho das potências européias. É desumano, frio, surreal isso? É, mas é assim que as coisas são ditadas.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#297 Mensagem por U-27 » Seg Abr 19, 2010 1:16 pm

sim

mas foi exatamente isto bolovo




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#298 Mensagem por magoo32 » Qua Abr 28, 2010 12:26 pm

"Documentos secretos detalhando a decisão do governo soviético de assassinar 22 mil oficiais poloneses em Katyn, em 1940, foram divulgados pela Rússia nesta quarta-feira depois de ordens do presidente Dmitri Medvedev. Segundo informações do jornal britânico The Times, a iniciativa não tem precedentes e mostra como o líder Joseph Stálin aprovou o massacre comandado por Lavrenty Beria, seu homem de confiança dentro da polícia secreta, durante a Segunda Guerra Mundial.

O documento principal tem quatro páginas e foi enviado a Stálin por Beria, chefe da NKVD, precessora da KGB. Nele, o oficial expõe sua proposta de "rapidamente examinar o uso dos meios mais duros de punição - a morte a tiros". A assinatura de Stálin e um carimbo de "top secret" ilustram a primeira página. A iniciativa, diz o Times, é mais uma tentativa de Moscou de resolver as polêmicas com Varsóvia em relação a Katyn. No entanto, mais de 100 volumes relacionados à investigação ainda seguem restritos.

Os documentos divulgados hoje são cópias eletrônicas. No site http://rusarchives.ru/publication/katyn/spisok.shtml (o endereço está indisponível) é possível encontrar sete documentos da chamada "pasta para guardar papéis especiais Nº1", como era chamado o arquivo máximo da chefia soviética. O documento principal, com data de 5 de março de 1940 e com um sinal verde de Stálin e outros membros da cúpula soviética, acrescenta que estes casos devem ser vistos "sem pedir o comparecimento dos detidos e sem apresentação de acusações".

Os russos ainda não reconheceram oficialmente o crime cometido em Katyn como um massacre. Primeiro, o regime soviético atribuiu as mortes aos nazistas. Depois da queda do comunismo, Mikhail Gorbachev e Boris Yeltsin abriram os arquivos do caso e a Rússia assumiu a responsabilidade. Mas ainda há um impasse sobre a "descrição legal do crime". Putin, ao assumir o poder, endureceu novamente a posição de Moscou. O premiê chegou a dizer que se tratava de um "crime político". Em 2008, jornais russos chegaram a atribuir o crime mais uma vez à Alemanha de Hitler.

No entanto, nos últimos tempos a Rússia vem tentando dar alguns passos para confrontar seu passado. Isso se acelerou depois do acidente que matou o presidente Lech Kaczynski e outras 95 pessoas a caminho de uma cerimônia de homenagem aos mortos em Katyn, mas algumas iniciativas já haviam sido tomadas. A própria cerimônia que participaria Kaczynski era uma. Outra foi a exibição do filme Katyn, do diretor polonês Andrzej Wajdas, pela primeira vez na televisão russa. Além disso, Medvedev participou pessoalmente o funeral do presidente, onde recebeu o pedido do cardeal Stanislaw Dziwisz para resolver a dificuldade história dos dois países."

Fonte: Terra.com.br 28 de abril de 2010 • 08h33 • atualizado às 09h17




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#299 Mensagem por marcelo l. » Qua Abr 28, 2010 12:33 pm

Este site tenta resgatar a memória dos combatentes da FEB, gostei da idéia e do site.

http://memoriasdofront.blogspot.com/




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#300 Mensagem por marcelo l. » Qui Abr 29, 2010 1:59 pm

Só informando gente o forum FARRA acabou...os links da segunda guerra mundial parecem ainda estar válidos...mas, por quanto tempo vai saber.




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