Projeto de Navio Patrulha Fluvial

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Mapinguari
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Re: Projeto de Navio Patrulha Fluvial

#61 Mensagem por Mapinguari » Qua Abr 07, 2010 2:33 am

Ilya Ehrenburg escreveu:A maravilha eslava em muito ajudaria. Tenho certeza!
Não ajudaria em nada. Além da enorme assinatura acústica, esses trambolhos teriam problema com inúmeros troncos de árvores que flutuam pelos principais rios da Amazônia. A MB, por outro lado, já operou os NDD classe Ceará em uma Ribeirex, inclusive com uso de CLANFs, para avaliar seu uso na Bacia Amazônica. O NDD, em si, não apresentou problemas, mas os CLANF não foram muito eficientes, devido à ingestão de folhagens e galhos por seu sistema de propulsão, que precisavam ser retirados à mão.
Entretanto, acredito que a MB poderia ter uns dois navios-transporte de emprego flexível, do porte de uma fragata (umas 4 mil ton), com armamento composto de 1 canhão OTO Melara 76/62 Super Rapido na proa, dois Bofors L70 de 40mm ou Bofors MK3 Trinity à meai-nau, um ou dois morteiros duplos AMOS de 120mm num convés atrás e acima do OTO Melara da proa e por ante a vante do passadiço, além de 1 lançador de RAM sobre um hangar à popa para, pelo menos dois helis médios (dois UH-14 Cougar/Super Puma), que operariam de um convôo à popa. Sob este convôo, espaço para ao menos umas seis lanchas de assalto CB 90, suecas, numa mini-doca alagável, sendo lançadas pela popa, como nos NDD. Essas seis lanchas mais os dois helis poderiam projetar para terra o efetivo de uma Cia de Fuzileiros. Claro que o navio teria acomodações suficientes para a tripulação + tropas.
Esses navios poderiam operar nos rios principais da Amazônia sem problemas, desde que seu calado não ultrapassasse 5 ou 6 metros. Dois navios desses, complementados por um número maior de NPaFlu garantiriam o controle do Solimões-Amazonas e seus principais tributários. Eles também poderiam ter radares de busca aérea, podendo atuar como piquetes e controlando certas áreas sem cobertura-radar. Minha opinião, claro!




Editado pela última vez por Mapinguari em Qua Abr 07, 2010 2:45 am, em um total de 1 vez.
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Re: Projeto de Navio Patrulha Fluvial

#62 Mensagem por Mapinguari » Qua Abr 07, 2010 2:44 am

talharim escreveu:Estaleiros no norte ??? Isso não existe,vão empregar quem........uma massa de analfabetos e indios cocaleros ???

A MB precisa parar de querer fazer caridade e pensar em si mesma.

Já não basta bolsa familia agora bolsa navio ??? Esses indios vão demorar 40 anos para fazer um navio de 200 toneladas.

Navios para serem feitos em 1 mes num estaleiro profissional................tenha dó MB não entra nessa !!!!!
Enfie o seu preconceito onde bem entender, Talharim, mas no Norte não há apenas índios e muito menos cocaleiros. E, mesmo assim, os tais índios formam de 70 a 80 por cento dos efetivos dos Pelotões de Fronteira do EB na chamada "Calha Norte". Moro em Manaus, conheço boa parte da Amazônia e sua unidades militares. Já entrevistei vários comandantes militares da Amazônia e todos elogiaram os "índios" que formam esses pelotões, enquanto militares. São considerados excelentes guerreiros na Selva. Você com sua bunda mole não conseguiria enfrentar um desses índios soldados na selva, com toda tecnologia bélica que os americanos pudessem te fornecer e que não funcionaria na Selva.




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Re: Projeto de Navio Patrulha Fluvial

#63 Mensagem por FABIO » Qua Abr 07, 2010 8:55 am

nada melhor que unm índio para combate na selva eles conhecem tudo na selva e tem armadilhas interessantes, parece com os vietcongs na lascou muitos soldados americanos
na guerra do Vitenã.




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Re: Projeto de Navio Patrulha Fluvial

#64 Mensagem por jumentodonordeste » Qua Abr 07, 2010 10:30 am

Adoro essas discussões regionais lotadas de preconceito e ignorância.




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Re: Projeto de Navio Patrulha Fluvial

#65 Mensagem por EDSON » Qua Abr 07, 2010 10:47 am

Erin- Estaleiros Rio Negro


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Produção em Alumínio Naval

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Produção em Aço Naval

Projeto e Construção de Embarcações em Alumínio Soldado até 85 m

O Estaleiro ERIN, fundado em 1971, com sede em Manaus-AM, fabrica embarcações em aço, alumínio e executa obras de calderaria e estruturas para setor industrial.

# DADOS DE SUAS INSTALAÇÕES Área total de 60.000 m2
# Área construida : 30.130 m2
# Potência elétrica instalada : 3.500KW
# 1 carreira para lançamento de Navios até 20.000 TPB
# 4 carreiras cobertas com comprimento de 60 mts, podendo construir embarcações de até 12.000 TPB


LINHA DE PRODUÇÃO
Total de embarcações lançadas até Janeiro de 2001: 1400 unidades.
# AÇO Empurradores Fluviais
# Balsa Petroleira/GLP/Carga Geral
# Pontão Flutuante /Dique
# Navios Petroleiros
# Navio de Passageiros e Cargas
# Navio Escola
# Iates
# Catamarãs
# ALUMÍNIO Lanchas Patrulhas
# Lanchas para Passeio
# Canoas e Botes
# Lanchas de Serviços
# Embarcações Rápidas p/ Transporte de Passageiros
# Catamarãs
# Trimarãs
# ESTRUTURAS Estruturas em Aço para Prédios Industriais
# Caldeiraria Pesada
# Vasos de Pressão
# Pontes Metálicas
# Perfis Metálicos
# Tanques Flutuantes
# Terminais Graneleiros

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Re: Projeto de Navio Patrulha Fluvial

#66 Mensagem por lobo_guara » Qua Abr 07, 2010 10:57 am

FABIO escreveu:nada melhor que unm índio para combate na selva eles conhecem tudo na selva e tem armadilhas interessantes, parece com os vietcongs na lascou muitos soldados americanos
na guerra do Vitenã.
Puxa! Não sabia que haviam indios no Vietnã! Francamente o que uma coisa tem haver com a outra Fábio? Fora algumas teorias antropológicas sobre a origem dos amerindios e o fato de ambas as regiões estarem localizadas em zona equatoriais não consigo entender a relação que tu buscas estabelecer entre os índios brasileiros e o Vietnã, são culturas completamente diferentes sobretudo no que se refere as motivações para os levarem a combater. Tendo isso em vista, penso que a conveniência do emprego de indigenas nas FFAA brasileiras deveria ser avaliada a partir de diversos critérios, devendo-se considerar até mesmo o atual nível de inclusão das populações indigenas na sociedade brasileira, e não apenas em função da eficiência destes durante o treinamento recebido. Contudo, iso não quer dizer que seja contra o recrutamento das populações indigenas.




Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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Re: Projeto de Navio Patrulha Fluvial

#67 Mensagem por EDSON » Qua Abr 07, 2010 12:01 pm

ESTALEIRO RIO MAGUARI

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Os projetos realizados em nosso estaleiro possuem índice de automação de 100%, garantidos pela utilização de plataforma de hardware e software, que utiliza a linha completa de projetos navais da Autoship Systems Co.

Autoship: geração de modelos e superfícies;

Autohydro: cálculos hidrostáticos e de estabilidade;

Autopower: previsão da resistência e cálculo de potência;

Autostructure: projetos de estrutura de casco e casaria;

Autoplate: expansão de chapeamento;

AutoNC: geração de códigos para controle das máquinas de corte de comando munérico.

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Recepção de Insumos: recepção e controle de qualidade dos materiais.

Tratamento químico: limpeza e anti-corrosivo.

Traçado e Corte: processo automatizado pelo uso de máquinas de corte por controle numérico.

Fabricação de Painéis e Pré-Montagem de Estruturas: pré-montagem de blocos.

Acabamento Avançado de Blocos: realização de serviços de hidráulica nos blocos.

Edificação dos Painéis e Blocos: Os blocos são unidos e soldados nas respectivas posições.

Finalização dos Sistemas: finalização dos sistemas hidráulicos, de carpintaria, elétrico, sistema de governo e propulsão.

Lançamento e Entrega: procedimento dos testes e entrega da embarcação.

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Catamarãs

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Ferry Boats

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Ferry Boat de 56m

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Ferry Boat de 67,8m

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Ferry Boat de 68m

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Ferry Boat de 75m




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Re: Projeto de Navio Patrulha Fluvial

#68 Mensagem por EDSON » Qua Abr 07, 2010 12:42 pm

ESTALEIRO RIO GRANDE

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Plataforma Offshore / Dique seco
Rio Grande - RS

Área Construída: 450.000 m²

ERG – Situado na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, o Estaleiro Rio Grande, com área total construída de 440 mil metros quadrados, abrigará o maior Dique Seco da América Latina, com exatos 133 metros de largura por 350 metros de comprimento terá capacidade de receber, simultaneamente, duas embarcações para construção ou manutenção, o que o iguala às atuais estruturas asiáticas deste segmento. Também farão parte do complexo naval do Grupo os ERG II e ERG III.


PROJETO
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ANDAMENTO DAS OBRAS
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Fase 2 e 3 - Estaleiros ERG 2 e ERG 3
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Zero Hora
24 de abril de 2008 | N° 15581

Pórtico gigante do Dique Seco chega ao porto

Chegou ao porto de Rio Grande ontem a principal estrutura que integrará o primeiro Dique Seco do Brasil. O pórtico-guindaste gigante, com 85 metros de altura e 130 metros de vão livre, foi trazido da China.

A estrutura, fundeada fora da barra desde o dia 13, estava impedida de passar pelo canal enquanto não eram retirados os cabos aéreos de energia que abastecem São José do Norte e serão trocados por fiação mais resistente.

Em menos de meia hora, o navio Zhen Hua 20, especialmente criado para sustentar o pórtico, passou pelas águas da Lagoa dos Patos e atracou em uma área próxima ao Terminal de Contêineres. Ontem, foi feita a amarração da embarcação aos chamados dolphins, estruturas de concreto que estabilizarão o navio.

Feito de aço, o pórtico terá capacidade para erguer cargas de até 600 toneladas para dentro do dique. Em 10 de maio, a estrutura deverá ser deslocada até a área onde está sendo construído o Dique Seco, no Superporto. O pórtico vai ser acoplado aos demais equipamentos do dique e deve começar a operar em setembro.

A partir de agora, o processo, que levará alguns dias para ser concluído, consistirá na colocação de cabos mais flexíveis e de maior resistência mecânica, permitindo que a linha seja tracionada, chegando a mais de cem metros de altura.

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Plataformas de Tupi serão feitas em Rio Grande

A Petrobras vai fazer ainda neste ano a licitação conjunta para construção das plataformas que irão operar no campo de Tupi, na área do pré-sal da bacia de Santos. O objetivo da estatal é reduzir o tempo de construção e o custo das unidades. A licitação incluirá os módulos de compressão, energia e integração, além do casco das plataformas. Segundo o gerente-executivo de engenharia da Petrobras, Pedro Barusco, as plataformas serão construídas no dique seco, em Rio Grande.

"Estamos prevendo o inicio das licitações para o final de agosto. Essa forma é diferente de clonarmos os projetos, quando simplesmente copiamos. Agora, faremos tudo de uma vez só", disse o gerente-executivo.

Barusco explicou que o vencedor de cada licitação construirá os módulos de todas as plataformas. Ele acrescentou que o número de plataformas necessárias ainda não está definido, mas admitiu que Tupi precisará de cinco a dez unidades de produção. O gerente ressaltou que ao fazer um único contrato para diferentes plataformas, a Petrobras terá economia de escala. Barusco disse ainda que a companhia pretende iniciar as obras em janeiro de 2009, com término em 47 meses. Segundo o executivo, em 15 dias a Petrobras deverá iniciar a licitação de duas plataformas complementares (uma produz e a outra armazena) para o campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos.

Fotos Recentes

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Re: Projeto de Navio Patrulha Fluvial

#69 Mensagem por WalterGaudério » Qua Abr 07, 2010 1:31 pm

Tremendo orgulho para o RS é este ERG. Vou morar aí heim!




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: Projeto de Navio Patrulha Fluvial

#70 Mensagem por EDSON » Qua Abr 07, 2010 3:34 pm

Essa gracinha foi sugerida aqui e ainda pode ser usada contra aeronaves.



Bofors 57mm MK3 Naval Gun System

57mm Mk3 naval gun
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57mm Mk3 naval gun

Expect the unexpected

Modern ships must be able to operate in different levels of conflict; from peacekeeping operations where the gun is used for firing warning shots to law-enforcement missions against pirates, smugglers and terrorists. In full war conditions, the gun will play an important role in the ship’s self-defence against ships, attack aircraft and anti-ship missiles and for naval gunfire support.

In the littoral scenario the gun must have the capability to engage threats that were impossible to engage with conventional gun systems. Survivability in such an environment requires an extremely flexible weapon system.

The 57 Mk3 gun has this flexibility, which is proven by the fact that it is the deck gun of choice for the US Coast Guard’s National Security Cutter and offshore patrol cutter classes of ships, as well as for the US Navy’s LCS ships and the DDG 1000 Stealth Destroyers.

Bofors 57 Mk3 gun system (US denomination 57 mm Mk110) with its high rate of fire and immediate switch capability between optimized ammunition types, including the new smart 57 mm 3P all-target ammunition, provides high survivability and tactical freedom at all levels of conflict.

Capability:

* 6-mode programmable all-target ammunition.
* Air burst capability for small boat defence and engagement of concealed targets.
* 220 rounds per minute rate of fire and super accuracy gives short firing sequences.
* 120 rounds ready to fire with immediate shift between two types of ammunition.
* On-mount muzzle velocity radar.
* Computer-controlled burst pattern.
* Remotely-operated with gyro-stabilized local control back-up.
* Maximum range: 17,000 metres.

Technical Data:

* Rounds in gun: 120 rounds.
* Time to open fire at 45° training and 35° elevation from stand-by condition: 2.2 s.
* Rate of fire: 4 rounds per second.
* Muzzle velocity: 1,035 m/s.
* Max range: 17,000 m.
* Dispersion (typical values): - Elevation (s-value) 0.4 mrad - T raining (s-value) 0.4 mrad.
* Life of barrel: up to 5,300 rounds.
* Total weight of gun (excl. ammunition): 7,500 kg.
* Weight including 1,000 rounds onboard: 14,000 kg.
* Length of ammunition hoists: 1,960 to 9,805 mm.
* Gyro-stabilized in local control.





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Re: Projeto de Navio Patrulha Fluvial

#71 Mensagem por EDSON » Qua Abr 07, 2010 8:50 pm

Base Naval Val de Cães


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Histórico

Em 1729 foram construídas algumas oficinas e telheiros em frente ao Palácio do Governador e Capitão General do Estado do Maranhão e Gran Pará; as oficinas eram destinadas a construção e reparos das canoas de guerra e os telheiros serviam para armazenar as munições de ante carga dos canhões. Este conjunto era conhecido na época pelo nome de "Casa das Canoas".

Sendo o Pará, devido a sua posição Geográfica - desembocadura do Rio Amazonas, porta de acesso a um interior riquíssimo, foi, pôr vezes, alvo de tentativas de invasões piratas, obrigando os então defensores de nossa terra a estabelecerem o seu dispositivo de defesa. Este dispositivo de defesa era utilizado na ação das canoas de guerra, que seria tanto mais efetiva quanto maior fosse a capacidade das oficinas para os pontos reparos de que as canoas necessitassem.

Em 1761, para melhor atender às suas finalidades, as oficinas das casas das canoas foram transferidas para o Convento S. Boaventura, onde é hoje uma dependência da sede do Comando do 4º Distrito Naval, passando-se a chamar de Arsenal de Marinha do Pará e com atribuições mais amplas, entre elas a construção de navios de guerra de maior porte para operarem em mar aberto. Assim é que, no período áureo de sua existência, entre outras embarcações, construiu uma nau armada com 74 canhões, 5 fragatas de 44 canhões, 4 charruas e 12 calupas artilheiras. Entre as fragatas construídas, uma - a "Imperatriz" – serviu gloriosamente no Rio da Prata, onde sustentou e repeliu vitoriosamente a abordagem de 11 navios inimigos.

Daí em diante o Arsenal de Marinha do Pará limitou-se apenas a fazer reparos nos navios de guerra, os quais, posteriormente, vieram a constituir a Flotilha do Amazonas.

A experiência consequente do 1º conflito mundial induziu o Estado Maior da Armada (EMA) a estudar e planejar a defesa da costa brasileira e das suas linhas de comunicações marítimas em moldes mais adequados à evolução da guerra moderna no mar.

Em decorrência daqueles estudos foi constatada a necessidade de instalações de Bases Navais ao longo do litoral brasileiro. Entre elas estava uma na costa paraense, e em 07/07/1922, um Decreto do Presidente da República a criava.

Somente 8 anos depois, em 1930, é que foi dado início aos estudos da localização da Base Naval do Pará, sendo escolhido o porto de Belém, prevalecendo na seleção, aquelas mesmas razões que convenceram o Governador ALEXANDRE SOUZA FREIRE a construir a "CASA DAS CANOAS" em 1729, isto é, a posição estratégica e geográfica da cidade favorecia ao apoio de uma Força Naval incumbida da defesa do litoral norte do Brasil e da Bacia Amazônica.

A situação econômico-financeira do país, agravada pelas consequências da revolução de 1930, tornou impossível a execução imediata da instalação dessa Base. Por volta de 1940, florescia o Serviço de Navegação na Amazônia e Administração do Porto do Pará (SNAPP), autarquia fundada no Estado Novo pela encampação da Port of Pará. Dispondo de recursos substanciais, o SNAPP modernizou suas oficinas e iniciou as escavações de um dique seco em Val-de-Cães.

Em 1941 com o mundo já em conflito, o EMA, considerando o constante desenvolvimento do SNAPP e os navios de que dispunha para eventual apoio aos navios da Marinha do Brasil (MB), reestudou o assunto da instalação da Base Naval de Belém. Em consequência deste reestudo, propôs ao Ministério da Marinha (MM) a extinção do Arsenal de Marinha do Pará e transferência do seu acervo para o SNAPP. A entrada do Brasil na guerra e as suas implicações para a Marinha, protelaram a solução da proposta.

E precisamente porque, já então se constatava a relevância de uma Base Naval autêntica, sediada em Belém, para apoio de operações navais no norte do Brasil, o MM, não concordando com a proposta do EMA, baixou o Aviso 0830, de 23/03/1948 determinando providências para o planejamento da Base Naval de Val-de-Cães, com a recomendação de que se fizesse com visão larga e confiança no futuro do Brasil.

Complementando essa medida, pleiteou do Governo e conseguiu, invocando as razões de defesa nacional, plenamente justificadas, durante o período da última guerra, a transferência da área do SNAPP destinando-a à Base, com o acervo nela existente, incluindo o dique em construção. Em consequência , foi elaborado um Plano de Obras (chamado plano primitivo da Base). Quando concluídas as construções previstas nesse plano, a Base ocuparia uma área de 4.506.000m2 e nela existiriam 28.000 pessoas.

Estaria em condições de oferecer apoio logístico a uma Força Naval composta de 4 unidades de 12 mil toneladas, 6 unidades de 3 mil toneladas e 10 unidades fluviais de 1.000 toneladas permitindo a sua atracação em um cais de 700 metros e em pies com 645 metros totais.

Evidentemente que era um plano por demais audacioso e de custos elevadíssimo na época (1948) orçado em 2,5 bilhões de cruzeiros - mas sem dúvida, de acordo com a recomendação ministerial - com visão larga e confiança no Brasil.

Em 25 de julho de 1949, foi empossado o primeiro Comandante da Base Naval de Val-de-Cães, que concluiu os trabalhos de transferência dos terrenos cedidos pelo SNAPP, para a Marinha e também, a mudança das oficinas do Arsenal de Marinha do Pará, em 23 de dezembro de 1949. Mas, oficialmente, somente em 05 de maio de 1950, por meio do Aviso n º 968 do Ministro da Marinha, é que foi criada a Base Naval de Val-de-Cães.

Em maio de 1955, o EMA, para ajustar-se à realidade da conjuntura econômico-financeira do País e com ela conciliar a responsabilidade da MB quanto ao desenvolvimento dos Estabelecimentos de Apoio às Forças Armadas ao longo do litoral, estabeleceu uma diretiva a ser seguida em relação às Bases Navais baseada na missão atribuída a cada uma delas. Essa diretiva foi consubstanciada em um Plano Diretor da construção da Base Naval de Val-de-Cães, onde, mantendo-se a missão do plano inicial, atribuía-se, porém, prioridade às obras para a sua consecução, mas sem limite de tempo.

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Re: Projeto de Navio Patrulha Fluvial

#72 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Qua Abr 07, 2010 9:01 pm

Mapinguari escreveu:
Ilya Ehrenburg escreveu:A maravilha eslava em muito ajudaria. Tenho certeza!
Não ajudaria em nada. Além da enorme assinatura acústica, esses trambolhos teriam problema com inúmeros troncos de árvores que flutuam pelos principais rios da Amazônia. A MB, por outro lado, já operou os NDD classe Ceará em uma Ribeirex, inclusive com uso de CLANFs, para avaliar seu uso na Bacia Amazônica. O NDD, em si, não apresentou problemas, mas os CLANF não foram muito eficientes, devido à ingestão de folhagens e galhos por seu sistema de propulsão, que precisavam ser retirados à mão.
Entretanto, acredito que a MB poderia ter uns dois navios-transporte de emprego flexível, do porte de uma fragata (umas 4 mil ton), com armamento composto de 1 canhão OTO Melara 76/62 Super Rapido na proa, dois Bofors L70 de 40mm ou Bofors MK3 Trinity à meai-nau, um ou dois morteiros duplos AMOS de 120mm num convés atrás e acima do OTO Melara da proa e por ante a vante do passadiço, além de 1 lançador de RAM sobre um hangar à popa para, pelo menos dois helis médios (dois UH-14 Cougar/Super Puma), que operariam de um convôo à popa. Sob este convôo, espaço para ao menos umas seis lanchas de assalto CB 90, suecas, numa mini-doca alagável, sendo lançadas pela popa, como nos NDD. Essas seis lanchas mais os dois helis poderiam projetar para terra o efetivo de uma Cia de Fuzileiros. Claro que o navio teria acomodações suficientes para a tripulação + tropas.
Esses navios poderiam operar nos rios principais da Amazônia sem problemas, desde que seu calado não ultrapassasse 5 ou 6 metros. Dois navios desses, complementados por um número maior de NPaFlu garantiriam o controle do Solimões-Amazonas e seus principais tributários. Eles também poderiam ter radares de busca aérea, podendo atuar como piquetes e controlando certas áreas sem cobertura-radar. Minha opinião, claro!
Eu gostaria de saber como um tronco flutuante pode afetar um veículo que trafega por um colchão de ar, capaz de mover-se da água para terra. Quanto à assinatura acústica... É menor que de um C-130.

Dá-se quanto aos NaPaFlus brasileiros, o óbvio, que é a falta de uma característica guerreira mais firme, na forma de blindagem e de mais armas. Basta ver.




Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg


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Re: Projeto de Navio Patrulha Fluvial

#73 Mensagem por WalterGaudério » Qua Abr 07, 2010 9:08 pm

Ilya Ehrenburg escreveu:
Mapinguari escreveu: Não ajudaria em nada. Além da enorme assinatura acústica, esses trambolhos teriam problema com inúmeros troncos de árvores que flutuam pelos principais rios da Amazônia. A MB, por outro lado, já operou os NDD classe Ceará em uma Ribeirex, inclusive com uso de CLANFs, para avaliar seu uso na Bacia Amazônica. O NDD, em si, não apresentou problemas, mas os CLANF não foram muito eficientes, devido à ingestão de folhagens e galhos por seu sistema de propulsão, que precisavam ser retirados à mão.
Entretanto, acredito que a MB poderia ter uns dois navios-transporte de emprego flexível, do porte de uma fragata (umas 4 mil ton), com armamento composto de 1 canhão OTO Melara 76/62 Super Rapido na proa, dois Bofors L70 de 40mm ou Bofors MK3 Trinity à meai-nau, um ou dois morteiros duplos AMOS de 120mm num convés atrás e acima do OTO Melara da proa e por ante a vante do passadiço, além de 1 lançador de RAM sobre um hangar à popa para, pelo menos dois helis médios (dois UH-14 Cougar/Super Puma), que operariam de um convôo à popa. Sob este convôo, espaço para ao menos umas seis lanchas de assalto CB 90, suecas, numa mini-doca alagável, sendo lançadas pela popa, como nos NDD. Essas seis lanchas mais os dois helis poderiam projetar para terra o efetivo de uma Cia de Fuzileiros. Claro que o navio teria acomodações suficientes para a tripulação + tropas.
Esses navios poderiam operar nos rios principais da Amazônia sem problemas, desde que seu calado não ultrapassasse 5 ou 6 metros. Dois navios desses, complementados por um número maior de NPaFlu garantiriam o controle do Solimões-Amazonas e seus principais tributários. Eles também poderiam ter radares de busca aérea, podendo atuar como piquetes e controlando certas áreas sem cobertura-radar. Minha opinião, claro!
Eu gostaria de saber como um tronco flutuante pode afetar um veículo que trafega por um colchão de ar, capaz de mover-se da água para terra. Quanto à assinatura acústica... É menor que de um C-130.

Dá-se quanto aos NaPaFlus brasileiros, o óbvio, que é a falta de uma característica guerreira mais firme, na forma de blindagem e de mais armas. Basta ver.
Ilya, não se fala aqui de troncos flutuantes apenas, mas daqueles(que são muitos) que permanecem fincados no leito raso dos rios, estes sim são mortais. Um Hovercraft a cerca de 40 nós teria seu colchão de ar lindamente rasgado por um destes, não tenha dúvidas.




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Re: Projeto de Navio Patrulha Fluvial

#74 Mensagem por vitor freitas » Qua Abr 07, 2010 9:19 pm

Skyway escreveu:Pensei em algo nesse sentido quando ví esse navio fluvial:
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Possível?
É trash, fiquei imaginando o pouso nesse barco...

Vamos lá imagine um vendo de proa(NAVIO) de apoximadamente 20 nós com o barco movimentando a 10 nós, imagina agora como será aproximação e pousar com ventos de laterais de 20 nós e matendo na velocidade do barco.. Impossivel por isso sempre é com o barco aproando do vento e vertical o Navio..

Acho que seria mais interessante o passadiço frontal como o G30(NDD Ceará) ou lateralmente como portas helicopteros.

Abraços.




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Re: Projeto de Navio Patrulha Fluvial

#75 Mensagem por Mapinguari » Qui Abr 08, 2010 12:11 am

Ilya Ehrenburg escreveu:
Mapinguari escreveu: Não ajudaria em nada. Além da enorme assinatura acústica, esses trambolhos teriam problema com inúmeros troncos de árvores que flutuam pelos principais rios da Amazônia. A MB, por outro lado, já operou os NDD classe Ceará em uma Ribeirex, inclusive com uso de CLANFs, para avaliar seu uso na Bacia Amazônica. O NDD, em si, não apresentou problemas, mas os CLANF não foram muito eficientes, devido à ingestão de folhagens e galhos por seu sistema de propulsão, que precisavam ser retirados à mão.
Entretanto, acredito que a MB poderia ter uns dois navios-transporte de emprego flexível, do porte de uma fragata (umas 4 mil ton), com armamento composto de 1 canhão OTO Melara 76/62 Super Rapido na proa, dois Bofors L70 de 40mm ou Bofors MK3 Trinity à meai-nau, um ou dois morteiros duplos AMOS de 120mm num convés atrás e acima do OTO Melara da proa e por ante a vante do passadiço, além de 1 lançador de RAM sobre um hangar à popa para, pelo menos dois helis médios (dois UH-14 Cougar/Super Puma), que operariam de um convôo à popa. Sob este convôo, espaço para ao menos umas seis lanchas de assalto CB 90, suecas, numa mini-doca alagável, sendo lançadas pela popa, como nos NDD. Essas seis lanchas mais os dois helis poderiam projetar para terra o efetivo de uma Cia de Fuzileiros. Claro que o navio teria acomodações suficientes para a tripulação + tropas.
Esses navios poderiam operar nos rios principais da Amazônia sem problemas, desde que seu calado não ultrapassasse 5 ou 6 metros. Dois navios desses, complementados por um número maior de NPaFlu garantiriam o controle do Solimões-Amazonas e seus principais tributários. Eles também poderiam ter radares de busca aérea, podendo atuar como piquetes e controlando certas áreas sem cobertura-radar. Minha opinião, claro!
Eu gostaria de saber como um tronco flutuante pode afetar um veículo que trafega por um colchão de ar, capaz de mover-se da água para terra. Quanto à assinatura acústica... É menor que de um C-130.

Dá-se quanto aos NaPaFlus brasileiros, o óbvio, que é a falta de uma característica guerreira mais firme, na forma de blindagem e de mais armas. Basta ver.
Ilya, no dia que você navegar num dos rios da Amazônia ou conhecer uma Floresta de Igapó, entenderá. Não são apenas troncos flutuantes, que podem, sim, perfurar o colchão de ar de um hovercraft. Existem também árvores enormes enraizadas no leito dos rios em áreas que são inundáveis no período de cheia dos rios e que só se expõem na vazante, ou na séca (assim mesmo, aberto, como dizem os ribeirinhos da Amazônia). Essas podem rasgar o hovercraft, inutilizando o efeito do colchão de ar.
Deixando de lado o desenho adotado nos NPaFlu da MB, que têm seus hélices protegidos, o outro tipo de sistema de propulsão testado na Amazônia que funcionou foi o de Waterjet, como os usados na CB 90 sueca. Veja esse vídeo, que fiz em abril de 2004, durante demonstrações da embarcação para as FAs brasileiras, no Amazonas. O barco navega impunemente sobre as canaranas (vegetação flutuante) e seu casco, projetado para fazer abicagens nas praias com leito rochoso (e não arenoso, como no Brasil) dos países escandinavos, enfrenta sem problemas toras flutuantes. Tem um outro vídeo que mostra, em determinado momento, a CB 90 passando por cima de um desses troncos, sem tomar conhecimento.





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