Santiago escreveu:Muito pertinente o trecho do texto abaixo:
PROJETO F-X2
ALGUNS COMENTÁRIOS A RESPEITO NA ANTEVÉSPERA DA DECISÃO
Brig. do Ar. Res. Teomar Fonseca Quírico
Piloto de Caça - Turma de 1970
http://www.abra-pc.com.br/
(Forum no27, fev 2010)
[...]
Além disso, minha experiência com eles passa pela definição do canhão que equiparia a série das nossas aeronaves AMX. Poucos sabem, mas nossos protótipos de A-1 foram ensaiados com o canhão DEFA 554, uma versão melhorada daqueles canhões que equipavam nossos Mirage III. Pois bem, depois de toda uma campanha de ensaios feita com o DEFA 554, na hora em que fomos colocar nosso pedido de compra para a série, nossos amigos franceses colocaram tanta dificuldade e tanto sobrepreço que, a despeito de todo o gasto que teríamos para ensaiar um novo canhão, saiu mais barato e conveniente trocarmos de armamento e começarmos tudo de novo, com um novo canhão de um outro país que poderia, inclusive, ser produzido no Brasil!
Essa experiência ruim continua com a gestão do contrato da troca dos helicópteros “Puminha” pelo Super-Puma onde, a despeito de contratualmente constar a implantação de um banco de provas do motor, para evitar o tremendo gasto das revisões gerais feitas na França,
tivemos que suar várias camisas para convencer nossos amigos gauleses a simplesmente cumprirem as cláusulas previstas contratualmente com que eles haviam concordado e assinado! E saí da logística sem saber se eles efetivamente cumpriram o contrato ou se estamos até hoje mandando nossas turbinas para fazerem revisão geral na França! E falando em logística, só quem trabalhou nessa área para saber o elevadíssimo custo de manutenção dos produtos franceses, quase que inviabilizando, economicamente, a operação desses equipamentos.
Quanto à transferência de tecnologia, bem, basta alguém procurar saber hoje, passadas algumas dezenas de anos, qual é o índice de nacionalização dos nossos helicópteros Esquilos montados em Itajubá para se ter uma idéia da filosofia francesa em relação ao assunto.
Um companheiro antigo da Força costuma dizer que a diferença entre o americano e o francês é que o americano pouco ou nada entrega, mas aquilo que ele se comprometeu a entregar ele o faz; já o francês, promete que vai entregar mundos e fundos e, ao final, apesar de compromissado e assinado, pouco ou nada entrega!
[...]
Pois é Santiago, e o texto que o Skyway postou? Como fica? Especialmente com pérolas como estas no resto do texto:
E falando em logística, só quem trabalhou nessa área para saber o elevadíssimo custo de manutenção dos produtos franceses, quase que inviabilizando, economicamente, a operação desses equipamentos.
Claro, por isso existem inumeros operadores, por isso nós reactivamos os velhos Puma, para substituir os Merlin, será que nós somos mais capazes que os Brasileiros? Acho que não é por ai a explicação...
A solução americana é a de menor risco, uma vez que há centenas de F-18E/F voando em diversos países, com alguns milhares de horas de vôo acumuladas
Diversos???? Claramente alguém que sabe o que fala.
A versão ofertada é a do Super-Hornet (F-18 E/F) e não a do Hornet antigo (F-18 A/B ou mesmo C/D). Isso nunca tivemos antes, uma vez que os americanos sempre nos ofertaram aviões de segunda linha e que não estavam sendo empregadas operacionalmente pelas suas próprias forças armadas.
Quando está a entrar o substituto o F-35...
A FAB já possui longa tradição em operar aeronaves americanas, temos já toda uma cultura operacional assimilada bem como uma completa cadeia logística implantada com nossos amigos americanos do norte. Táticas de combate, canais de suprimento, escritórios de ligação, tudo implantado e funcionando (bem)!
Funcionando bem...nossos amiguinhos...sei...
Alguém que mostra este preconceito, sem mostrar evidências...Já o texto do Sky tem evidências, não faz juízos de valor, esta é a diferença de credibilidade, desculpe o Sr. Brigadeiro, pode saber muito mais que eu em algumas coisas, mas nisto meteu o pé na poça e parece que tem outras intenções, pois ele sabe muito bem o porquê de algumas coisas que ele descreve.
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