Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.
Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação
-
PRick
#6091
Mensagem
por PRick » Ter Mar 23, 2010 7:01 pm
EDSON escreveu:Então a pergunta é:
O helicóptero EC 725 siguinifica o quê nas forças aramadas?
A FAB não quere a MB não quer ?
Não é isso que está se discutindo, mas a configuração dos EC_725 para cada uma das forças, a MB quer por exemplo capacidade de lançar Am-39. A FAB quer REVO, e configuração C-SAR para algumas unidades, etc.. Por exemplo, os EC-725 não foram homolagados para os AM-39, isso terá que ser feito, a certificação da nova configuração.
Para a FAB e o EB, seriam a versão C-SAR, de transporte comum e VIP.
Para a MB, ASupW e transporte comum.
[]´s
-
marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
#6092
Mensagem
por marcelo l. » Ter Mar 23, 2010 7:06 pm
PRick escreveu:marcelo l. escreveu:A pergunta que faço é se houve aditivo é que não estava no edital, por que não estava?
Por que e não estava para Helibrás, também para outros concorrentes ou seja, teria aditivo e ficaria mais caro de qualquer jeito.
Como não sabemos o teor do contrato, nem dos aditivos, não dá para ter qualquer certeza, porém, como o contrato é para 50 helos, sendo que cada força tem seus requisitos de configuração, é de se esperar muitos ajustes no contrato inicial, por meio de aditivos. E não existiu um edital, afinal, trata-se de um compra direta, negociada entre governos. Porque a oferta original para helos era somente para a FAB.
[]´s
Ou seja, quem leva-se a compra, teria que se ajustar o preço. Sei não mas parece tempestade em copo d´água.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
-
pafuncio
- Sênior
- Mensagens: 5921
- Registrado em: Sex Set 09, 2005 2:38 am
- Agradeceu: 29 vezes
- Agradeceram: 5 vezes
#6093
Mensagem
por pafuncio » Ter Mar 23, 2010 10:06 pm
O lance é que o Walter e o Marino não tem dado pitaco nesta seara.
"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
-
Carlos Mathias
#6094
Mensagem
por Carlos Mathias » Ter Mar 23, 2010 11:22 pm
E...?
-
PRick
#6095
Mensagem
por PRick » Ter Mar 23, 2010 11:24 pm
marcelo l. escreveu:PRick escreveu:
Como não sabemos o teor do contrato, nem dos aditivos, não dá para ter qualquer certeza, porém, como o contrato é para 50 helos, sendo que cada força tem seus requisitos de configuração, é de se esperar muitos ajustes no contrato inicial, por meio de aditivos. E não existiu um edital, afinal, trata-se de um compra direta, negociada entre governos. Porque a oferta original para helos era somente para a FAB.
[]´s
Ou seja, quem leva-se a compra, teria que se ajustar o preço. Sei não mas parece tempestade em copo d´água.
Sim, é o que parece, os perdedores e inconformados ficam querendo achar chifre em cabeça de vaca.
[]´s
-
brisa
#6096
Mensagem
por brisa » Ter Mar 23, 2010 11:42 pm
pafuncio escreveu:O lance é que o Walter e o Marino não tem dado pitaco nesta seara.
E daí????
-
Bolovo
- Sênior
- Mensagens: 28560
- Registrado em: Ter Jul 12, 2005 11:31 pm
- Agradeceu: 547 vezes
- Agradeceram: 442 vezes
#6097
Mensagem
por Bolovo » Ter Mar 23, 2010 11:54 pm
pafuncio escreveu:O lance é que o Walter e o Marino não tem dado pitaco nesta seara.
O Walter sim.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
-
Carlos Mathias
#6098
Mensagem
por Carlos Mathias » Ter Mar 23, 2010 11:55 pm
E...?
-
kekosam
- Sênior
- Mensagens: 2500
- Registrado em: Sex Out 03, 2008 10:17 am
- Localização: Cuiabá-MT
- Agradeceu: 24 vezes
- Agradeceram: 34 vezes
#6099
Mensagem
por kekosam » Qua Mar 24, 2010 9:10 am
O CM mudou o ham ham pelo E...?
Assinatura? Estou vendo com meu advogado...
-
marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
#6101
Mensagem
por marcelo l. » Qua Mar 24, 2010 1:35 pm
Ao meu ver pelo que li e sei, o negócio dos helicopteros tem haver com uma demanda da Petrobrás que se uniu a das forças armadas...
A idéia em si era com o EC-725 capacitar a indústria brasileira (já que a Helibrás é considerada legalmente como brasileira) com uma produção viável para termos uma plataforma militar.
Por isso, escolheu um helicoptero que iria necessitar de ajustes através de aditivos pelo que estou agora compreendendo, isso me leva ao F-X-2, fala-se de caça nacional vale a pena qualquer risco e olha que no caso do EC-725 ainda tem as compras da Petrobrás para impulsionar toda a produção, são se não estou enganado entre este modelo e o civil, 72 unidades com provavelmente a Petrobrás ainda comprará mais.
Ou seja, em termos de projeto industrial parece-me mais viável que 36 caças, já que teríamos demanda interna, agora resta saber se os ajustes necessários são factiveis para cada arma.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
-
Penguin
- Sênior
- Mensagens: 18983
- Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
- Agradeceu: 5 vezes
- Agradeceram: 374 vezes
#6102
Mensagem
por Penguin » Qua Mar 24, 2010 7:52 pm
Muito pertinente o trecho do texto abaixo:
PROJETO F-X2
ALGUNS COMENTÁRIOS A RESPEITO NA ANTEVÉSPERA DA DECISÃO
Brig. do Ar. Res. Teomar Fonseca Quírico
Piloto de Caça - Turma de 1970
http://www.abra-pc.com.br/
(Forum no27, fev 2010)
[...]
Além disso, minha experiência com eles passa pela definição do canhão que equiparia a série das nossas aeronaves AMX. Poucos sabem, mas nossos protótipos de A-1 foram ensaiados com o canhão DEFA 554, uma versão melhorada daqueles canhões que equipavam nossos Mirage III. Pois bem, depois de toda uma campanha de ensaios feita com o DEFA 554, na hora em que fomos colocar nosso pedido de compra para a série, nossos amigos franceses colocaram tanta dificuldade e tanto sobrepreço que, a despeito de todo o gasto que teríamos para ensaiar um novo canhão, saiu mais barato e conveniente trocarmos de armamento e começarmos tudo de novo, com um novo canhão de um outro país que poderia, inclusive, ser produzido no Brasil!
Essa experiência ruim continua com a gestão do contrato da troca dos helicópteros “Puminha” pelo Super-Puma onde, a despeito de contratualmente constar a implantação de um banco de provas do motor, para evitar o tremendo gasto das revisões gerais feitas na França,
tivemos que suar várias camisas para convencer nossos amigos gauleses a simplesmente cumprirem as cláusulas previstas contratualmente com que eles haviam concordado e assinado! E saí da logística sem saber se eles efetivamente cumpriram o contrato ou se estamos até hoje mandando nossas turbinas para fazerem revisão geral na França! E falando em logística, só quem trabalhou nessa área para saber o elevadíssimo custo de manutenção dos produtos franceses, quase que inviabilizando, economicamente, a operação desses equipamentos.
Quanto à transferência de tecnologia, bem, basta alguém procurar saber hoje, passadas algumas dezenas de anos, qual é o índice de nacionalização dos nossos helicópteros Esquilos montados em Itajubá para se ter uma idéia da filosofia francesa em relação ao assunto.
Um companheiro antigo da Força costuma dizer que a diferença entre o americano e o francês é que o americano pouco ou nada entrega, mas aquilo que ele se comprometeu a entregar ele o faz; já o francês, promete que vai entregar mundos e fundos e, ao final, apesar de compromissado e assinado, pouco ou nada entrega!
[...]
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
-
Ilya Ehrenburg
- Sênior
- Mensagens: 2449
- Registrado em: Ter Set 08, 2009 5:47 pm
- Agradeceram: 1 vez
#6103
Mensagem
por Ilya Ehrenburg » Qua Mar 24, 2010 8:01 pm
Santiago escreveu:Muito pertinente o trecho do texto abaixo:
PROJETO F-X2
ALGUNS COMENTÁRIOS A RESPEITO NA ANTEVÉSPERA DA DECISÃO
Brig. do Ar. Res. Teomar Fonseca Quírico
Piloto de Caça - Turma de 1970
http://www.abra-pc.com.br/
(Forum no27, fev 2010)
[...]
Além disso, minha experiência com eles passa pela definição do canhão que equiparia a série das nossas aeronaves AMX. Poucos sabem, mas nossos protótipos de A-1 foram ensaiados com o canhão DEFA 554, uma versão melhorada daqueles canhões que equipavam nossos Mirage III. Pois bem, depois de toda uma campanha de ensaios feita com o DEFA 554, na hora em que fomos colocar nosso pedido de compra para a série, nossos amigos franceses colocaram tanta dificuldade e tanto sobrepreço que, a despeito de todo o gasto que teríamos para ensaiar um novo canhão, saiu mais barato e conveniente trocarmos de armamento e começarmos tudo de novo, com um novo canhão de um outro país que poderia, inclusive, ser produzido no Brasil!
Essa experiência ruim continua com a gestão do contrato da troca dos helicópteros “Puminha” pelo Super-Puma onde, a despeito de contratualmente constar a implantação de um banco de provas do motor, para evitar o tremendo gasto das revisões gerais feitas na França,
tivemos que suar várias camisas para convencer nossos amigos gauleses a simplesmente cumprirem as cláusulas previstas contratualmente com que eles haviam concordado e assinado! E saí da logística sem saber se eles efetivamente cumpriram o contrato ou se estamos até hoje mandando nossas turbinas para fazerem revisão geral na França! E falando em logística, só quem trabalhou nessa área para saber o elevadíssimo custo de manutenção dos produtos franceses, quase que inviabilizando, economicamente, a operação desses equipamentos.
Quanto à transferência de tecnologia, bem, basta alguém procurar saber hoje, passadas algumas dezenas de anos, qual é o índice de nacionalização dos nossos helicópteros Esquilos montados em Itajubá para se ter uma idéia da filosofia francesa em relação ao assunto.
Um companheiro antigo da Força costuma dizer que a diferença entre o americano e o francês é que o americano pouco ou nada entrega, mas aquilo que ele se comprometeu a entregar ele o faz; já o francês, promete que vai entregar mundos e fundos e, ao final, apesar de compromissado e assinado, pouco ou nada entrega!
[...]
Dá no mesmo. Compremos dos russos, então!
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg
Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!