A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Marino
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#421 Mensagem por Marino » Qua Mar 17, 2010 8:03 am

suntsé escreveu:
Marino escreveu: Há um agravante no Oriente Médio que não podemos esquecer: o conflito é secular, histórico, onde um lado se considera traído pelo outro, ambos descendentes de Abraão.
Neste tipo de conflito, em que a morte é considerada martírio, onde vc vai para o céu com 70 virgens, foge da lógica ocidental, foge dos parâmetros em que estamos acostumados a viver, foge de nosso padrão de entendimento.
Este tipo de conflito não é resolvido por intermediação política, por mediação.
Não há mediação possível, não há aceitação pelas partes de qualquer intermediação política, como as potências envolvidas já viram há quase um século.
É um ódio ancestral, ilimitado, incontrolável, onde as crianças, as novas gerações, crescem odiando a parte contrária.
Veja que não estou analisando quem tem razão, ou não.
Estou analisando, superficialmente, a natureza, o cadinho, o pântano onde resolvemos meter os pés.
Eu discordo totalmente deste ponto de vista.

È fato que os povos do Oriente Médio Viviam em paz....entre si na época do império Otomano. Mesmo com a migração judaica para região...os judeus e àrabes viveram em paz por um determinado tempo.

Até que os Judeus decidiram criar o estado de Israel as custas de territorios densamente povoado por palestinos, comentendo inclusive genocidios e limpezas étnicas.

È claro que depois disso qualquer povvo que tenha amor próprio e sentimento nacionalista iria ficar revoltado.

È claro que os decententes dos palestinos que foram obrigados a viver em campos de refugiados...herdariam as indgnaçãos dos seus antepassados.

Por isso discordo totalmente de qualquer pessoa que tente qualificar o conflitos atuais por razões biblicas (porque isso não corresponde a realidade).

Agora imagine a seguinte situação: você nasceu em um país que é ocupado militarmente por uma potencia invasora....que perceguiu e expropriou as terras dos seus antepassados obrigandoos a viver em campos de refugiados.

Qualquer cidadão palestino esta sujeito a qualquer tipo de arbitrariedade.
Perfeito, vc pode discordar de um ponto causador do problema, mas não discorda que o conflito é ilimitado, a descrição da situação feita em seu post mostra que tipo de problema um mediador vai encontrar.
Vc, como o refugiado, aceitaria uma solução política que não resolvesse estas queixas mostradas em seu post?
Podemos discordar das causas que originaram o problema, mas não das consequências destes problemas.




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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#422 Mensagem por Marino » Qua Mar 17, 2010 9:32 am

Itamaraty ignora críticas e prepara embaixada em Mianmar

GENEBRA

A política de abstenção constante do Brasil diante de violações de direitos humanos voltará a ser questionada em breve, quando o país abrir sua embaixada em Mianmar, conforme fontes do Itamaraty confirmaram ontem ao Estado.

A nova representação começaria a funcionar no segundo semestre, coincidindo com o aumento dos questionamentos sobre violações cometidas pelo regime. A relatoria da ONU para violações de direitos humanos em Mianmar foi liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro até 2008. Mas, no ano seguinte, o Brasil surpreendeu ao abster-se no tratamento do assunto em uma votação na Assembleia-Geral da ONU. A alegação era de que o tema caberia ao Conselho de Direitos Humanos.

Nos debates na ONU desta semana, o relator para a situação em Mianmar, Tomas Quintana, alertou para os mais de 2,1 mil prisioneiros políticos mantidos pelo regime, Ele também disse que não foi autorizado a reunir-se com a opositora e prêmio Nobel da Paz, Aung San Su Kyi. Quintana relatou o uso de prisioneiros para trabalhos forçados e o recrutamento de crianças como soldados.




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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#423 Mensagem por Marino » Qua Mar 17, 2010 9:33 am

Na ONU, Brasil se cala sobre violações de Cuba

Enquanto potências europeias acusam Havana de perseguir dissidentes, Itamaraty prefere manter silêncio

Jamil Chade - O Estadao de S.Paulo

CORRESPONDENTE / GENEBRA



O Brasil manteve silêncio absoluto na Organização das Nações Unidas (ONU) em relação à situação dos direitos humanos no Irã, preferiu não questionar a situação em Cuba e nem sequer tomou a palavra para falar durante as sessões da organização dedicadas exclusivamente à Coreia do Norte e Mianmar. Nos últimos dois dias, a ONU tratou de violações em países considerados preocupantes. Mas o Brasil optou pelo silêncio total.

No que se refere à Cuba, os governos europeus foram os mais críticos, enquanto Havana alega que não mantém prisioneiros políticos, e sim terroristas

O governo da Noruega prepara uma resolução para pedir que governos deixem de chamar ativistas em direitos humanos de terroristas. Cuba já anunciou que será contra a resolução.

Para o representante belga na ONU, Xavier Baert, "o destino dos opositores políticos em Cuba é um problema que não pode ser esquecido". Hedda Samsan, representante holandesa, é outra que atacou Havana. "A situação é deplorável e os prisioneiros de consciência vivem uma situação desesperadora", disse. Eileen Chamberlain Donahoe, representante dos EUA na ONU, acusou Cuba de manter 200 prisioneiros políticos nas cadeias da ilha. "A situação dos prisioneiros políticos em Cuba é uma preocupação", afirmou o representante alemão na ONU, Michael Klepsch.

O embaixador de Cuba na ONU, Rodolfo Reyes, contra-atacou. Segundo ele, os governos estavam sendo "hipócritas" ao criticar Havana. "São esses governos que lideram guerras de ocupação contra outros", afirmou.

Desde segunda-feira, governos estão usando a tribuna da ONU para questionar a situação de direitos humanos em diversos países. O Itamaraty diz que não tomar a palavra para criticar países específicos já é uma posição tradicional do governo. Para o Brasil, o debate sobre a situação de cada país deve ser feito por meio do exame periódico universal, mecanismo criado há dois anos para sabatinar os governos acusados de violações. Mas cada governo é livre para aceitar ou rejeitar uma recomendação feita pela ONU, o que, para ONGs, reduz a eficácia do mecanismo em casos de países com graves violações.

O Brasil se absteve recentemente de apoiar condenações por violações dos direitos humanos no Sudão, Coreia do Norte, Congo, Sri Lanka e China.



VISTA GROSSA



Irã

Itamaraty se calou em votação contra abusos cometidos por Teerã contra manifestantes da oposição depois das eleições de junho de 2009



Coreia do Norte

País não condenou regime quando estava perto de abrir embaixada em Pyongyang



Sudão

Brasil se absteve sobre genocídio em Darfur



Congo

Governo brasileiro ignorou violações cometidas durante a guerra civil



Sri Lanka

Novo silêncio. Desta vez, sobre massacre de guerrilheiros




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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#424 Mensagem por marcelo l. » Qua Mar 17, 2010 10:47 am

http://mediaplayer.yahoo.com/contplay/i ... uisnassif/

Acho que o texto é claro, a fortuna para sorrir para Lula... incrível...




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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#425 Mensagem por Viktor Reznov » Qua Mar 17, 2010 11:37 am

Israel cometeu genocídios e limpezas étnicas? Alguem tá precisando revisar seus conceitos no dicionário.




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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#426 Mensagem por PRick » Qua Mar 17, 2010 12:12 pm

Sim, acusam Israel de genocídio contra palestinos, acusam o Brasil de genocídio na Guerra do Paraguai, etc..

O problema é quando um país quer bancar o Tribunal do Mundo, a Polícia do Planeta, isso é papel da ONU, e nossa política externa é clara, isso é interferência nos assuntos internos, não nos cabe fazer esse tipo de julgamento.

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ninjanki
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#427 Mensagem por ninjanki » Qua Mar 17, 2010 12:13 pm

Acho que falta um pouco de vergonha para os "comerciantes" do governo brasileiro. A troco de ganhar mercados, fazemos exatamente aquilo que sempre criticamos: somos o estrangeiro que apoia o déspota local, o regime totalitarista, os genocidas e afins para ganhar contratos. Se achamos que os EUA não tem moral para nos criticar porque eles também fazem isso, eu lhes pergunto: E que moral temos nós para fazer o mesmo? Somos tudo farinha do mesmo saco? Por vantagens comerciais, que se fodam os princípios?

Parece coisa de carola oque eu falei acima? Pensem bem: porque no Brasíl tem gente que acha que corrupção faz parte da política, e do serviço público, e da iniciativa privada, e que é assim mesmo? Porque muita gente que critica da boca para fora a corrupção não pensa duas vezes ao pagar uma cerveja para escapar da multa, ou uma propina para ganhar um contratinho, ou oque o valha. Somos um povo que já não era muito ético, e estamos ficando cada vez menos éticos. Sacrificamos todos os dias os nossos princípios no altar da praticidade e do lucro, e se isso é oque almejamos ser ao nos tornarmos uma potência mundial reconhecida, seria melhor que nunca tivéssemos saido do lamaçal...




PRick

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#428 Mensagem por PRick » Qua Mar 17, 2010 12:27 pm

ninjanki escreveu:Acho que falta um pouco de vergonha para os "comerciantes" do governo brasileiro. A troco de ganhar mercados, fazemos exatamente aquilo que sempre criticamos: somos o estrangeiro que apoia o déspota local, o regime totalitarista, os genocidas e afins para ganhar contratos. Se achamos que os EUA não tem moral para nos criticar porque eles também fazem isso, eu lhes pergunto: E que moral temos nós para fazer o mesmo? Somos tudo farinha do mesmo saco? Por vantagens comerciais, que se fodam os princípios?

Parece coisa de carola oque eu falei acima? Pensem bem: porque no Brasíl tem gente que acha que corrupção faz parte da política, e do serviço público, e da iniciativa privada, e que é assim mesmo? Porque muita gente que critica da boca para fora a corrupção não pensa duas vezes ao pagar uma cerveja para escapar da multa, ou uma propina para ganhar um contratinho, ou oque o valha. Somos um povo que já não era muito ético, e estamos ficando cada vez menos éticos. Sacrificamos todos os dias os nossos princípios no altar da praticidade e do lucro, e se isso é oque almejamos ser ao nos tornarmos uma potência mundial reconhecida, seria melhor que nunca tivéssemos saido do lamaçal...

Não, de forma nenhuma, não interferir, e fazer comércio, não é o mesmo que apoiar golpes, mandar tropas, armamento, etc... Isso é interferência, quem faz isso são os EUA, e dizem que é em nome da Democracia, mas na verdade é em nome de seus interesses.

Oras, temos nossos problemas internos, e não admitimos que ninguém interfira neles, você está igualando comportamentos completamentes distintos, a não interferência, não pode ser entendida como aprovação dos governos locais. Afinal, não somos nós o Tribunal que deve dizer aos outros o tipo de governo e o tipo de sociedade que determinado país deve ter.

A nossa mídia PIG agora está interessada nos Direitos Humanos, gente que apoio o Golpe Militar no Brasil, nada como esses novos democratas, eles são iguais aos seus patrões do norte, o problema não é ter ditaduras, mas elas não serem subordinadas aos patrões deles, os EUA.

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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#429 Mensagem por marcelo l. » Qua Mar 17, 2010 12:46 pm

Cross escreveu:Israel cometeu genocídios e limpezas étnicas? Alguem tá precisando revisar seus conceitos no dicionário.
Não precisa não, só ler Ilan Pappé's The Ethnic Cleansing of palestine.

Lembremos sempre da natureza do Irgun...já observada em 1948 na famosa carta ao NYT de 4 de dezembro de 1948:


TO THE EDITORS OF THE NEW YORK TIMES:

New Palestine Party Visit of Menachem Begin and Aims of Political Movement Discussed

Among the most disturbing political phenomena of our times is the emergence in the newly created state of Israel of the "Freedom Party" (Tnuat Haherut), a political party closely akin in its organization, methods, political philosophy and social appeal to the Nazi and Fascist parties. It was formed out of the membership and following of the former Irgun Zvai Leumi, a terrorist, right-wing, chauvinist organization in Palestine.

The current visit of Menachem Begin, leader of this party, to the United States is obviously calculated to give the impression of American support for his party in the coming Israeli elections, and to cement political ties with conservative Zionist elements in the United States. Several Americans of national repute have lent their names to welcome his visit. It is inconceivable that those who oppose fascism throughout the world, if correctly informed as to Mr. Beginâs political record and perspectives, could add their names and support to the movement he represents.

Before irreparable damage is done by way of financial contributions, public manifestations in Beginâs behalf, and the creation in Palestine of the impression that a large segment of America supports Fascist elements in Israel, the American public must be informed as to the record and objectives of Mr. Begin and his movement.

The public avowals of Beginâs party are no guide whatever to its actual character. Today they speak of freedom, democracy and anti-imperialism, whereas until recently they openly preached the doctrine of the Fascist state. It is in its actions that the terrorist party betrays its real character; from its past actions we can judge what it may be expected to do in the future.

Attack on Arab Village

A shocking example was their behavior in the Arab village of Deir Yassin. This village, off the main roads and surrounded by Jewish lands, had taken no part in the war, and had even fought off Arab bands who wanted to use the village as their base. On April 9 (THE NEW YORK TIMES), terrorist bands attacked this peaceful village, which was not a military objective in the fighting, killed most of its inhabitants÷240 men, women, and children÷and kept a few of them alive to parade as captives through the streets of Jerusalem. Most of the Jewish community was horrified at the deed, and the Jewish Agency sent a telegram of apology to King Abdullah of Trans-Jordan. But the terrorists, far from being ashamed of their act, were proud of this massacre, publicized it widely, and invited all the foreign correspondents present in the country to view the heaped corpses and the general havoc at Deir Yassin.

The Deir Yassin incident exemplifies the character and actions of the Freedom Party.

Within the Jewish community they have preached an admixture of ultranationalism, religious mysticism, and racial superiority. Like other Fascist parties they have been used to break strikes, and have themselves pressed for the destruction of free trade unions. In their stead they have proposed corporate unions on the Italian Fascist model.

During the last years of sporadic anti-British violence, the IZL and Stern groups inaugurated a reign of terror in the Palestine Jewish community. Teachers were beaten up for speaking against them, adults were shot for not letting their children join them. By gangster methods, beatings, window-smashing, and wide-spread robberies, the terrorists intimidated the population and exacted a heavy tribute.

The people of the Freedom Party have had no part in the constructive achievements in Palestine. They have reclaimed no land, built no settlements, and only detracted from the Jewish defense activity. Their much-publicized immigration endeavors were minute, and devoted mainly to bringing in Fascist compatriots.

Discrepancies Seen

The discrepancies between the bold claims now being made by Begin and his party, and their record of past performance in Palestine bear the imprint of no ordinary political party. This is the unmistakable stamp of a Fascist party for whom terrorism (against Jews, Arabs, and British alike), and misrepresentation are means, and a "Leader State" is the goal.

In the light of the foregoing considerations, it is imperative that the truth about Mr. Begin and his movement be made known in this country. It is all the more tragic that the top leadership of American Zionism has refused to campaign against Beginâs efforts, or even to expose to its own constituents the dangers to Israel from support to Begin.

The undersigned therefore take this means of publicly presenting a few salient facts concerning Begin and his party; and of urging all concerned not to support this latest manifestation of fascism.

ISIDORE ABRAMOWITZ, HANNAH ARENDT, ABRAHAM BRICK, RABBI JESSURUN CARDOZO, ALBERT EINSTEIN, HERMAN EISEN, M.D., HAYIM FINEMAN, M. GALLEN, M.D., H.H. HARRIS, ZELIG S. HARRIS, SIDNEY HOOK, FRED KARUSH, BRURIA KAUFMAN, IRMA L. LINDHEIM, NACHMAN MAISEL, SEYMOUR MELMAN, MYER D. MENDELSON, M.D., HARRY M. OSLINSKY, SAMUEL PITLICK, FRITZ ROHRLICH, LOUIS P. ROCKER, RUTH SAGIS, ITZHAK SANKOWSKY, I.J. SHOENBERG, SAMUEL SHUMAN, M. SINGER, IRMA WOLFE, STEFAN WOLFE.

Acredito que ninguém vai dizer que algum dos signatários é anti-semita.




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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#430 Mensagem por Marino » Qua Mar 17, 2010 4:24 pm

Globo on Line:
'Quem nomeou o Brasil mediador universal?'
Publicada em 17/03/2010 às 15h40m
Artigo do leitor Silvio Teles

É bem verdade que o Brasil, com Luis Inácio Lula da Silva, ganhou merecida posição de destaque internacional. Mas, sinceramente, Lula nos últimos dias tem posto em xeque sua condição de "O cara". Pelo menos em matéria de relação diplomática: não bastasse sua lista de incidentes internacionais, como os refugiados de Cuba, nos jogos do Pan, a polêmica extradição de Cesare Battisti, a trapalhada com Zelaya e as sofríveis declarações acerca dos dissidentes cubanos, entre outras, Lula acaba de colocar o Brasil, mais uma vez, em maus lençóis com a opinião pública internacional, desta feita, em Israel.

Candidato a mediador geral do universo, nosso presidente chegou ao Oriente Médio e, de cara, recusou-se a participar da visita ao túmulo de um dos maiores lideres sionistas dos judeus, Theodor Herzl. Lula rejeitou a visita a um dos lugares mais importantes para os judeus e, com isso, refutou toda a base sionista do Estado Israelense, que defende a escolha do território palestino como a terra prometida para a fundação de sua pátria. Para alguns, foi um insulto. A diplomacia internacional requer obediência aos protocolos. Na cartilha "como liderar o mundo", que Lula deve estar lendo, essa lição foi cabulada. E ele errou feio.

Em mais um péssimo discurso - este nem tanto por sua retórica populista rasteira, mas pelo conteúdo sofrível --, na Knesset, o parlamento israelense, sem a presença do ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman (que decidiu retribuir a gentileza de Lula e o boicotou), Lula foi obrigado a ver inúmeros integrantes do partido União Nacional, ultra-direitista, literalmente, virarem-lhe as costas.

Lula, que chegou a Israel afirmando que possuía o "vírus da paz", fez um discurso subliminar perigoso. Em vez do apoio a Israel, que era o que os judeus esperavam, o presidente brasileiro teceu críticas aos arsenais nucleares e se esqueceu que Israel já tem suas "nukes". Esqueceu-se, também, de sua proximidade com Mahmoud Ahmadinejad, que anseia suas bombinhas atômicas, para, como já prometeu, riscar do mapa Israel, os Estados Unidos e todo Ocidente. Vem fazendo isso, aos poucos, financiando inúmeras organizações terroristas por todo o mundo.

Sem trato com a diplomacia e sem habilidade para resolução sequer de briga de vizinho, que dirá de um dos mais históricos e polêmicos conflitos do mundo, Lula assoprou a fogueira dos judeus e fez a labareda crescer. Abandonando o critério que usou em Cuba, de não se intrometer em assuntos internos, criticou a construção das 1.600 casas na Jerusalém Oriental (sob domínio palestino) e, ao falar em terrorismo, foi genérico. Deve ter se lembrando de seu amigo iraniano. Lula se esqueceu, também, que Israel não quer e não deseja paz com os palestinos. Israel quer consolidar seu Estado, custe o que custar, doa a quem doer.

Nesta quarta-feira, na Cisjordânia, Lula usou o termo "mágica", referindo-se ao atual estado animoso entre Israel e EUA e uma possível solução transcedental para o conflito israelo-palestino, que dura séculos. Como, presidente? Nao tem "Mister M" ou "Lulinha Paz e Amor" que, assim, num truque, instale a paz naquelas bandas do médio oriente. A razão é simples: as pretensões dos contendores jamais se harmonizarão. Sedentos, é como se disputassem o último gole d'água. Além disso, a falta de imparcialidade do presidente, camuflada de discursos de amigo geral do universo, deixa o Brasil numa situação, no mínimo, curiosa. Lula não está indo longe demais em suas pretensões pessoais? Lula disse que o Brasil faria tudo o que fosse possível par a resolver a contenda oriental... Quem nomeou nossa nação como mediadora universal?

Talvez Barack Obama nem saiba do mal que fez quando decidiu, publicamente, condecorar Lula com o título de "O cara". Com sua obsessão desenfreada em ser o "homem do planeta", aliada a sua notável falta de habilidade política (de querer o mel e a cabaça), foi como se Obama tivesse dito: "toma a corda, rapazinho". E Lula, incauto e acreditando estar construindo brilhante carreira diplomática, desanda e atrai o descrédito internacional. Sem se dar conta, já passou a corda no pescoço e fez um laço duplo. Só falta, agora, alguém tirar a banqueta debaixo de seus pés. E olhe que o que não falta é (pré)candidato para isso!




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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#431 Mensagem por WalterGaudério » Qua Mar 17, 2010 4:32 pm

Lula prêmio nobel da Paz... só se for indicado pela torcida do Corinthians...

Depois disso aí aquela história de virar Secretário Geral da ONU está a provocar risadas at´no Cel. kadafi.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
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Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#432 Mensagem por Paisano » Qua Mar 17, 2010 4:46 pm

Marino escreveu:Na ONU, Brasil se cala sobre violações de Cuba

Enquanto potências europeias acusam Havana de perseguir dissidentes, Itamaraty prefere manter silêncio

Jamil Chade - O Estadao de S.Paulo

CORRESPONDENTE / GENEBRA

(...)
Não vi ou li qualquer tipo de manifestação dessas "potências europeias" sobre os voos clandestinos da CIA através do território europeu.

Aliás, as informações contidas nos jornais são de que essas "potências europeias" colaboraram ativamente no encobertamento desses voos.




PRick

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#433 Mensagem por PRick » Qua Mar 17, 2010 7:54 pm

Paisano escreveu:
Marino escreveu:Na ONU, Brasil se cala sobre violações de Cuba

Enquanto potências europeias acusam Havana de perseguir dissidentes, Itamaraty prefere manter silêncio

Jamil Chade - O Estadao de S.Paulo

CORRESPONDENTE / GENEBRA

(...)
Não vi ou li qualquer tipo de manifestação dessas "potências europeias" sobre os voos clandestinos da CIA através do território europeu.

Aliás, as informações contidas nos jornais são de que essas "potências europeias" colaboraram ativamente no encobertamento desses voos.

Como podemos ver a campanha da mídia PIG, recionária, internacionalista, continua, um país insignificante e com uma ficha suja como Israel é tido como grande importância, se Israel não gosta, o problema é deles, e não nosso. Depois continuam o problema do Lula é ser brasileiro, não ser da elite podre desse país, e ter vencido sem se vender. Creio que ele será o melhor e maior secretário que a ONU já teve. Alguém que terá legitimidade e coragem para dizer na cara dos hipocritas mundiais, o que eles fazem por aí.

Dá nojo ler o que essa gentalha escreve.

[ ]´s




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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#434 Mensagem por Marino » Qui Mar 18, 2010 11:44 am

A coisa, a maneira de tratar assunto tão sério, é surreal. :shock: :shock: :shock:
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Lula envia Amorim a Damasco para envolver a Síria na negociação de paz no Oriente Médio
Publicada em 18/03/2010 às 10h46m
Eliane Oliveira - enviada especial

AMÃ - Com o objetivo de ampliar o número de atores envolvidos na busca de um acordo de paz duradoura entre israelenses e palestinos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou seu ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a Damasco, na Síria, nesta quinta-feira, para dar início a uma discussão que deverá ter um desfecho nos próximos dias, em uma visita ao Brasil do presidente daquele país, Bashar al-Assad. Ao encerrar, em Amã, na Jordânia, uma viagem de cinco dias ao Oriente Médio, Lula disse que a Síria é peça importante na resolução dos conflitos na região, nas quais ele também pretende ter maior participação.

O país não mantém relações com Israel, e ficou cinco anos sem embaixador americano, posto que a partir deste ano será ocupado por Robert Ford. Perguntado se os Estados Unidos, um dos atuais mediadores do conflito, haviam sido consultados sobre sua ida a Damasco, Amorim respondeu:

"
Não podemos pedir 'dá licença, mamãe' para fazer uma visita diplomática
"
--------------------------------------------------------------------------------
.- Não podemos pedir 'dá licença, mamãe' para fazer uma visita diplomática - disse Amorim.

Criticando os "países ricos", Lula reafirmou que o Brasil também está disposto a conversar com Irã. Na véspera, ele já havia respondido que se encontraria com o grupo radical islâmico Hamas, que havia o convidado a visitar a Faixa de Gaza.

- Se os países ricos, da Europa e os Estados Unidos, não estão conversando com a Síria, e o Brasil tem boas relações com a Síria, o Brasil vai conversar com a Síria. Se for necessário conversar com o Irã, nós vamos conversar com o Irã. Precisamos aproximar os interlocutores que podem encontrar uma solução e que não a encontram, porque estão distantes uns dos outros - afirmou o presidente.

O presidente destacou que os EUA tiveram uma reação importante, ao condenarem o anúncio de construção de 1.600 novas casas nos territórios palestinos. Disse também que volta ao Brasil com a sensação de que tanto Israel como a Autoridade Nacional Palestina (ANP) querem a paz.

"
A minha grande descoberta é saber quem não quer a paz. É lógico que temos que conversar exatamente com aqueles que não querem
"
--------------------------------------------------------------------------------
.- A minha grande descoberta é saber quem não quer a paz. É lógico que temos que conversar exatamente com aqueles que não querem - disse, negando-se a revelar, exatamente, qual a mensagem que está sendo levada neste momento a Damasco por seu chanceler. - Essa é uma coisa muito delicada, um campo minado onde há muitos interesses. Há muita gente que acha que é dona da situação. Não vou dizer, pela imprensa, qual é minha mensagem, senão o presidente da Síria, que vai ao Brasil no mês que vem, vai dizer que não precisa mais me encontrar. É preciso ter muita paciência.

Amorim diz que recepção a brasileiros em Jerusalém foi 'excelente'
Amorim lembrou que, além dos palestinos, os sírios também têm problemas com Israel, envolvendo as colinas de Golan, consideradas pela ONU e por diversos países como território sírio ocupado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias em 1967. Momentos antes de partir de Amã para Damasco, o chanceler disse que o Brasil defende um "novo olhar" nas negociações de paz no Oriente Médio.

- Não se trata de esquecer o que já foi feito, mas principalmente de apresentar novas ideias, sem os interesses militares e político-estratégicos de muitos dos outros negociadores. Talvez o Brasil, por não ter essa bagagem, seja melhor ouvido - esclareceu.

O chanceler disse também que o governo da Jordânia apoiou a iniciativa brasileira de ajudar no processo de paz e negou que tenha sentido desconforto da parte israelense em relação às últimas declarações do presidente Lula em defesa do reconhecimento de um Estado palestino. Ele enfatizou ainda que a recepção à delegação brasileira, no início desta semana, em Jerusalém, foi "excelente".

- Os israelenses tocaram música brasileira no jantar e os encontros ultrapassaram os horários. O premier (Benjamin) Netanyahu nos recebeu no gabinete, foram acordadas reuniões ministeriais conjuntas, um tratamento que é dado a poucos países. É muito importante que o país saiba que nós nos consideramos amigos de Israel - disse Amorim, que voltou a defender a presença de inspetores no Irã antes de serem adotadas novas sanções como quer Israel.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Marino
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#435 Mensagem por Marino » Sex Mar 19, 2010 10:34 am

Pyongyang faz plano brasileiro fracassar na ONU
Regime comunista ignora esforço de mediação do Brasil e não responde por violações dos
direitos humanos
Jamil Chade - O Estadão de S.Paulo/ONLINE
CORRESPONDENTE / GENEBRA
A estratégia do Brasil de poupar regimes autoritários e criar condições de diálogo com países
que promovem graves violações de direitos humanos sofreu um ontem um duro revés e mostrou todas
as suas limitações.
Em Genebra, a Coreia do Norte rejeitou todas as sugestões do Brasil e de outros governos para
promover a melhora da situação dos direitos humanos. Pyongyang se recusou até mesmo a afirmar se
aceitava ou não as propostas e só indicou que "tomava nota" das ideias. Para ONGs, a confusão de deve
servir de lição para o Brasil, que já admite mudar de posição pelo menos em relação à Coreia do Norte.
O Itamaraty, em 2009, absteve-se numa resolução apresentada na ONU que condenava as
violações aos direitos humanos pelo regime da Coreia do Norte e estabelecia um relator especial para
investigar o país. Na época, a embaixadora do Brasil na ONU, Maria Nazareth Farani Azevedo, poupou a
Coreia do Norte explicando que o Itamaraty se absteria como forma de dar "uma chance" ao governo
asiático. Naquele momento, o Brasil estava prestes a abrir uma embaixada em Pyongyang, o que acabou
ocorrendo poucos meses depois. O argumento do Brasil é o de que todo debate sobre direitos humanos
deveria ocorrer durante o Exame Periódico Universal da ONU, uma espécie de sabatina à qual todos os
governos devem se submeter. O Itamaraty aposta no mecanismo como forma de superar os confrontos e
não precisar tomar posições de princípios contra regimes autoritários, mas que serão fundamentais para
as aspirações políticas brasileiras pelo mundo.
A promoção do diálogo é a posição que o Brasil defende em relação ao Sri Lanka, Irã, Cuba,
Mianmar e Sudão. O Itamaraty oficialmente alega que essa seria a forma de garantir que governos não
sejam apenas acusados e haja, portanto, uma cooperação para a promoção dos direitos humanos.
Ontem, porém, a estratégia brasileira fracassou. A Coreia do Norte já havia recusado 50
propostas de diversos governos em dezembro, mesmo diante da constatação da ONU que o país vive
uma situação de "violações endêmicas". Pyongyang rejeitou acabar com execuções, tortura, campos de
trabalho forçado e aceitar a entrada da ONU no país. Os norte-coreanos se recusaram a acabar com a
pena de morte, pedido específico do Brasil.
Para o embaixador norte-coreano na ONU, Rê Tcheul, essas recomendações tem como objetivo
fazer cair o regime de seu país. "Elas têm como base o ódio e a motivação política. Na Coreia do Norte,
temos uma situação política estável e todos estão unidos ao redor de nosso grande líder", disse. "Não há
discriminação em nosso país e todos têm liberdade", afirmou.
Segundo ele, os problemas enfrentados pelo país são decorrência de desastres naturais nos
anos 90, da ocupação militar do Japão décadas atrás, das sanções existentes contra o país e da Guerra
da Coreia nos anos 50.
Ontem, as restantes 117 propostas que ainda precisam ser debatidas nem sequer tiveram uma
resposta do governo. Ri limitou-se a dizer que "tomava nota" das recomendações.




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