POR DENTRO DO USS CARL VINSON

[Edu Lopes]

Vou postar uma matéria do excelente blogo Hangar 23 do fotógrafo André Coelho. Espero que gostem.

Por dentro do USS Carl Vinson - 1ª Parte

Embarcamos num dos maiores navios do mundo em visita ao Rio, o USS Carl Vinson (CVN 70), porta aviões nuclear da classe Nimitz. Os números deste gigante dos mares impressionam: em operação desde 1980, o USS Carl Vinson tem 333 metros de comprimento, 78 metros de largura e 74 metros de altura (o equivalente a um prédio de 24 andares). Tudo isso impulsionado por dois reatores nucleares. Em sua configuração completa pode acomodar até 6.250 tripulantes e 85 aeronaves das quais 60 aviões e 25 helicópteros. Durante sua passagem pelo Brasil, cinco helicópteros e 22 aviões estarão a bordo, incluindo doze caças F/A -18 E/F Super Hornet pertencentes ao esquadrão de ataque VFA - 81 "Sunliners". Por falar em Super Hornets, cogita-se que um dos motivos da presença do navio em águas brasileiras seja reforçar o lobby americano pela compra destas aeronaves em detrimento dos Rafale franceses e Gripen suecos, outros concorrentes do Programa FX- 2, fato negado tanto pelo Contra-Almirante Ted Branch, Comandante do Grupo-Tarefa de Porta-Aviões Nº1 (CSG - 1) como por representantes da Boeing, fabricante da aeronave.

Fotos André Coelho


Pela manhã, o Contra-Almirante Ted Branch, durante a coletiva no Píer Mauá,
com o Carl Vinson ao fundo.



Um dos F/A -18 E Super Hornet do esquadrão de ataque VFA - 81 "SUNLINERS"




Parte dos C2 A Greyhound do Esquadrão de Apoio Logístico VRC 40 "RAWHIDES"
e E2 C Hawkeye do Esquadrão de Vigilância VAW 125 " TIGER TAILS"




Vigilância constante no deck de vôo com os Super Hornets e os 4 cabos de recuperação ao fundo

[Edu Lopes]

Por dentro do USS Carl Vinson - 2ª Parte

A bordo de um C2 A Greyhound e debaixo de chuva, decolamos com quase uma hora e meia de atraso da Base Aérea do Galeão em direção ao Carl Vinson, que naquele momento já se encontrava em algum lugar próximo ao município de São Pedro D'Aldeia, litoral do Rio de Janeiro. Foram cerca de 35 minutos de vôo até o choque contra o deck do navio, onde se sente na pele o que é aterrizar numa pista de apenas 300metros a uma velocidade de 200Km/h. A primeira visão que se tem após a abertura da rampa traseira do Greyhound são as dezenas de macacões coloridos dos operadores de convôo das mais diversas funções que dão as boas vindas. Após alguns lances de escadarias íngrimes e longos corredores apertados - que seriam nosso habitat natural pelos próximos dois dias, chegamos ao estúdio de tv (sim, o navio possui um estúdio a bordo) que serve como sala para recepção de visitantes. Amanhã, a 3ª e última parte da viagem.

Fotos André Coelho

" The Hangar Bay". O hangar é uma dass áreas mais movimentadas do navio e onde todas as noites ocorre a contagem da tripulação. Oficiais fazem a chamada dos marinheiros para ter certeza de que nenhum incauto caiu no mar ou decidiu ficar no último porto. Além do deck de vôo é onde se pode ter a noção das enormes dimensões do Carl Vinson e local onde pilotos, mecânicos e demais membros da tripulação se encontram frequentemente.

Pilotos brasileiros conversam com colegas americanos diante de um Super Hornet




Cockpit de um dos 3 F/A 18 E/F Super Hornet dispostos no hangar





Refeitório de oficiais e marinheiros : ótima estrutura e variedade de refeições a bordo

Departamento de Mídia: computadores, impressoras de diversos formatos e equipamento fotográfico digital a disposição dos 25 membros da equipe responsável pelas 4 edições semanais do "Carl Vinson Voice", jornal de bordo com tiragem de 500 exemplares. O navio foi o primeiro de toda a frota americana a unificar e transformar todo seu departamento de comunicação para formato completamente digital em 2002.

Alojamento de marinheiros


Lembrança da passagem pelo Rio e símbolo americano para matar as saudades de casa no Ready Room dos "TigerTails".




Friend Or Foe: detalhe no Ready Room dos "Sunliners"

[Edu Lopes]

Por dentro do USS Carl Vinson - 3ª Parte

O último dia de nossa "estadia" a bordo começa às 6 da manhã, quando somos pontualmente acordados. Na verdade, pode-se dizer que o dia começou ainda mais cedo - pelo menos duas horas antes - com os estrondos de aviões decolando e pousando no deck de vôo, como parte do treinamento para a demonstração que aconteceria mais tarde, caso a previsão do tempo fosse favorável. Após um café da manhã regado a ovos, bacon, pão e o café ralo tipicamente americano, seguimos com a nossa "escolta" para uma volta pelo navio, que a essa hora da manhã se encontrava em uma estranha calmaria. O vai-e-vem pelos corredores apertados é cansativo e o marinheiro que nos acompanha informa que das 8 às 10 da manhã ocorre a limpeza a bordo e nada acontece. Somos enviados então para a sala do Handler, o oficial responsável por 90% de tudo que acontece no deck de vôo. Da sala apertada de uns 6 metros quadrados ele comanda com mais 2 ou 3 auxiliares pousos, decolagens, recolhimento de cabos de recuperação e atende o telefone que toca a cada minuto. Finalmente às 10h30, após a chegada de um C2 carregado de "vips" e debaixo de uma chuva fina acompanhada de vento constante, os Super Hornets, HawkEyes e SeaHawks decolam para a demonstração aérea.

Visão de parte do deck de vôo do Carl Vinson (em direção à proa)a partir da cabine do Air Boss


GreyHound, HawkEye e Super Hornet: a base dos esquadrões a bordo além dos SeaHawks













E2 C Hawkeye passa rasante sobre o Vinson e abaixo a Sala de operações da aeronave











Marines fazem rapel a partir de um SeaHawk


Formação final de HawkEye e Super Hornets após a demonstração de vôo


"WalkDown": oficiais e membros de equipes checam cada pedaço do deck de vôo a procura de pequenos detritos que possam comprometer a aterrisagem das aeronaves.

Um dos Super Hornets dos "Sunliners" se prepara para acertar um dos quatro cabos de recuperação durante a aterrisagem. Abaixo, detalhes do gancho da aeronave e do mesmo cabo, sendo recolhido após o fim da demonstração aérea.

Grupo de visitantes e oficiais de deck observam a aproximação de um Super Hornet


Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/hangar23/

[Ilya Ehrenburg]

Um belo e majestoso alvo para os nossos "subs".

[Rui Elias Maltez]

Muito boa reportagem.

Em Lisboa, é vulgar fundearem os Nimitz, mas em escalas mais técnicas, e nunca existem essas demosntarções, nem intercambio entre a USN e a FAP ou coisa que o valha, nessas escalas.

[luis F. Silva]

Também o que é que a FAP ia fazer como intercâmbio? Tentar pousar com os F 16?
Quando algum desses navios vem a Portugal, são efectuados exercícios Passex com a MGP.

[Rui Elias Maltez]

Obrigado, Luis

[soultrain]

Já agora algumas curiosidades:

Motto:Vis Per Mare (Força que vem do Mar)

Nicknames:
Starship Vinson
The Gold Eagle
San Francisco's Own
America's Favorite Carrier
Chuckie V
U.S.S. Chuck Wagon
The Carl Prison
Cell Block 70

[Ilya Ehrenburg]

Soube que nos exercícios navais, ocorridos pela passagem de ocasião do majestoso Porta - Aviões "Carl Vinson", o nosso submarino engajado na operação, logrou afundar simuladamente a gigantesca belonave por duas vezes, no entanto, em uma delas, foi "afundado" por uma das escoltas.

[Marino]

Soube que nos exercícios navais, ocorridos pela passagem de ocasião do majestoso Porta - Aviões "Carl Vinson", o nosso submarino engajado na operação, logrou afundar simuladamente a gigantesca belonave por duas vezes, no entanto, em uma delas, foi "afundado" por uma das escoltas.

Em um terceiro exercício.
Escore: 2X1, sendo que na primeira vez, a que valeria, MB 1 X 0 USN