Santiago, leia o acordo com a França aqui:
http://www.defesanet.com.br/md1/br_fr_1.htm
Dependencia da França
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Re: Dependencia da França
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Dependencia da França
Embora eu tenha achado o texto um pouco vago, o artigo 2.3 do acordo diz que o Brasil escolheu tecnologia francesa para todos os itens do submarino (plataforma, sistemas e armas). Isto significa que não poderemos, por exemplo, instalar uma versão do SICONTA nestes sub’s, teremos necessariamente que utilizar o SUBTICS? Onde está dito que poderemos utilizar itens nacionais se disponíveis?
De qualquer forma, na minha opinião qualquer restrição deste acordo com relação aos itens empregados nestes 4 submarinos SBR seria pouco importante. A marinha já informou que seus planos são de possuir uma frota com 12 ou mais sub`s convencionais, e estes 4 seriam no máximo um terço da frota. Os demais deverão ser de projeto totalmente nacional (conforme os IKL-209 forem sendo substituídos), e as restrições do acordo não se aplicarão mais. O que é importante verificar é se desta vez a MB conseguirá realmente absorver a tecnologia para projetar e construir estes submarinos de projeto próprio no futuro. Uma tentativa de conseguir isto já falhou décadas atrás, o que será feito desta vez para garantir que o resultado será diferente? Infelizmente só saberemos isso daqui a 12 ou 15 anos.
Leandro G. Card
De qualquer forma, na minha opinião qualquer restrição deste acordo com relação aos itens empregados nestes 4 submarinos SBR seria pouco importante. A marinha já informou que seus planos são de possuir uma frota com 12 ou mais sub`s convencionais, e estes 4 seriam no máximo um terço da frota. Os demais deverão ser de projeto totalmente nacional (conforme os IKL-209 forem sendo substituídos), e as restrições do acordo não se aplicarão mais. O que é importante verificar é se desta vez a MB conseguirá realmente absorver a tecnologia para projetar e construir estes submarinos de projeto próprio no futuro. Uma tentativa de conseguir isto já falhou décadas atrás, o que será feito desta vez para garantir que o resultado será diferente? Infelizmente só saberemos isso daqui a 12 ou 15 anos.
Leandro G. Card
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Re: Dependencia da França
Tudo o que for fabricado no Brasil será usado nos submarinos.
A busca, pela DCNS, de empresas brasileiras e o cadastro de seus produtos comprova isso.
Mas é importante nos fixarmos nos seguintes ítens:
A busca, pela DCNS, de empresas brasileiras e o cadastro de seus produtos comprova isso.
Mas é importante nos fixarmos nos seguintes ítens:
De acordo com os princípios definidos no Artigo 2 a seguir, esta cooperação abrange:
1.1 os métodos, as tecnologias, as ferramentas, os equipamentos e a assistência técnica em todas as fases (concepções inicial e detalhada, desenvolvimento, construção e comissionamento) do projeto de submarinos convencionais do tipo SCORPENE (SBR), bem como de um submarino com armamento convencional (SNBR) destinado a receber um reator nuclear e seus sistemas associados, desenvolvidos pela Parte brasileira;
1.2 a assistência para a concepção (inicial e detalhada) e para a construção de um estaleiro de construção e manutenção desses submarinos e de uma base naval capaz de abrigá-los. A concepção (expressão dos requisitos e projeto básico), a construção e a manutenção das infraestruturas e dos equipamentos necessários às operações de construção e de manutenção da parte nuclear do submarino nuclear estão excluídas do âmbito do presente Acordo;
1.3 a transferência de conhecimento acadêmico relativa a submarinos, nas áreas da ciência e da tecnologia, por meio da formação dos estudantes, professores e instrutores, em instituições pertencentes ao Ministério da Defesa, em complemento às cooperações existentes em matéria de formação nos domínios conexos, pertinentes para a execução do presente Acordo. A formação das primeiras tripulações poderá ser objeto de um Ajuste específico.
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Barão do Rio Branco
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Re: Dependencia da França
Eu creio que este número de 20% de nacionalização deve ser encarado apenas como uma questão "física" do processo, a parte "mecânica" da nacionalização (parafusos, cabos, a lampâda da cozinha... etc, etc, etc....). Acho que se levar em consideração a mão-de-obra, que será em sua maioria nacional na construção, pode-se dizer que este índice de nacionalização aumenta e, a nacionalização propriamente dita (ou aquela "visível", palpável) se relativiza.
[]'s a todos.
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"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."