Bourne escreveu:soultrain escreveu:Tulio,
É uma possibilidade, como já discutimos diversas vezes. Mas para isso acontecer muitos outros irão primeiro, ou junto, será uma catástrofe mundial.
Acredito, conhecendo os dados actuais, que a acontecer (leiam bem) é mais provável acontecer primeiro nos EUA.
O que aconteceu no Dubai, não vai ficar por ai, e muitos fundos de investimento Americanos obscuros tinham lá o seu dinheiro, a divida Americana escala sem controlo etc etc.
A Europa da união monetária tem sido mais conservadora e está menos frágil, é certo que há países mais frágeis, mas representam uma pequena parcela do todo.
Portugal e as Empresas Portuguesas têm conseguido dinheiro relativamente barato até agora, já houve alturas de muito menos liquidez no passado recente e não houve este estardalhaço todo, isto é dirigido.
Mas se acontecer, vai doer a todos. Isto é a ponta do véu.
De qualquer maneira, o que está em jogo actualmente em Portugal, é o nosso governo sem credibilidade interna.
Sempre houve este tipo de pressão na comunicação social de todos os partidos, sempre houve a tentativa do PS ter um grupo de media, sempre desde o inicio (para quem não se lembra, o jornal 24 horas é um resquício duma dessas tentativas), com ajudas Americanas através da FLAD e outras fundações sombra. Eu sou ideologicamente PS, mas o PS desde a fundação sempre foi o maior antro para este tipo de coisas, é o partido do clientelismo, do aparelho de Estado e dos favores por excelência.
Mas nunca houve nada parecido com o que se estava a desenhar, uma subversão completa do Estado de Direito.
Eu espero que haja consequências e bem duras.
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O União monetária européia sempre foi frágil por que é uma união monetária entre países diferentes países. os problemas sempre estiveram lá, só precisam de um pequeno incentivo para precipitar um crise interna e arrastar todos os países a perdição. Esse é o problema da união monetária, não importa necessariamente o tamanho do país em crise, mas como se alastra para os demais arrastando os mais fracos para o buraco, mesmo que aparentemente estejam muito bem. Esse problema é visto pela maioria dos economistas que criticavam a precipitação da união monetária, pois os países não estavam institucionalmente preparados para a união, inclusive muitos europeus.
Portanto, a discussão transcende em muito os dados sejam quais forem. A imprensa é que se preocupa com dados ou consultorias que ficam a superficialidade. Para entender a profundidade do problema tem que entender os problemas dentro do funcionamento das uniões monetárias, considerando as particularidades européias e do cenário atual.
O BCE ser conservador não é sinônimo de maior segurança. Normalmente significa o contrário na medida em que a visão conservadora não é pensada para enfrentar crises e pode ser desastrosa para a economia real. A política conservado, sinônimo de controle da inflação, pode funcionar bem quando a economia vai bem, mas não é feita para crises.
Aliás, tem uma vasta literatura dos anos 1980/1990 para explicar as crises cambiais européias que eram freqüentes no período. A partir daí muitos passaram a defender que a adoção de uma moeda comum ajudaria a evitar esse tipo de crise. Porém ceifou a capacidade dos países periféricos terem o componentes da política monetária e câmbio para equacionar preços e estabilizar a economia, como também, não foram previstos mecanismos para permitir essa possibilidade. Mesmo sabendo que do lado real e institucional nem todos estão no mesmo nível e, uma moeda forte como o euro, geraria desequilíbrio potencialmente desastrosos.
Vou sentar na varando e ver quem tomba primeiro: euro ou dólar. Apostei uma caixa de vodka (sueca, é claro) e redbull no euro