Santiago
Bender,
Quando uma empresa militar responde a um RFI e RFP, o potencial cliente assina previamente um Non-Disclosure Agreement ou Confidential Disclosure Agreement. Em português, termo de confidencialidade. Isso é coisa corriqueira na indústria. Se não fosse assim, ninguém repassaria para potenciais clientes informações sensíveis sobre o seus equipamentos e sistemas.
Outro dia desses uma empresa estrangeira queria que eu assinasse um termo de confidencialidade para que ela pudesse fazer mostrar informações sensíveis de seu serviço/produto. Obviamente que eu li antes de aceitar e as penalidade em caso de vazamento eram pesadas e a corte estava bem estabelecida e não era no Brasil. Como não era do meu interesse, preferi não ter acesso às informações sensíveis e confidenciais.
Além disso, o Brasil é signatário do Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio da OMC (TRIPS).
[]s
Olá Santiago,bom feriado!
Esta é a praxe,normal,mas não se apegue as águas rasas das respostas comerciais,pois ambos sabemos que no caso desta compra o buraco é bem mais embaixo.
Veja todos responderam a "pró-forma",mas as inumeras viajens dos Srs. MU,NJ aos EUA,França e Russia antes e depois da divulgação da Short List,mostram a quem quiser ver,que as intenções de nacionalização futura dos itens envolvidos,que fará uso das tecnologias "compradas" vão muito além das simples respostas e cumprimentos das regras pró-forma.
Se voce separar a proposta americana como exemplo,terá que usar a imaginação do por que da sua aceitação e não da proposta russa,se a mesma(proposta dos EUA) independente de qualquer "Disclosure Agreement" inicial e pró-forma, depende totalmente de aprovação congressual posterior,para que se realize e se cumpra.
Não tenha dúvidas que as ambições e os aspectos envolvidos nessa compra,levarão a confecção de um "contrato" entre as partes,draconiano e de grande porte em suas especificidades e contrôles.
Voce pode até argumentar comigo,do porque os russos não agirem como os americanos e os outros,e simplesmente responderem em primeiro momento,que transfeririam tudo que o Brasil quizesse,e depois fossem discutir lá na frente,mas eu diria
sem erro a voce,que as discussões já estavem muito além das propostas iniciais,já estavem em nível de detalhamento dos "interesses" brasileiros,bem antes dos convites serem emitidos.
Foram abortadas.
Os acordos de propriedades intelectuais seriam já em "função do uso"futuro dos equipamentos e T&D e não do pró-forma do simples sigilo de informações contidas em propostas/convites etc.
Coisas distintas.
SDS.