Sócrates aposta na mobilização dos socialistas
Patrocínio
"Não há fome que não dê em fartura". O dito popular pode aplicar-se à situação que se vive no PS. Ou seja, foi ontem, segunda-feira, anunciado que José Sócrates convocou reuniões de todos os órgãos directivos, na sequência de críticas à falta de diálogo entre o líder e o partido.
A atitude de Sócrates é lida internamente como um salto em frente, numa tentativa de chamar o partido a si para um novo "sobressalto mobilizador".
"O líder tem de ouvir o partido". É o que pensam alguns dos dirigentes, que têm vindo a criticar a ausência de uma orientação clara para dar resposta ao momento difícil que o Governo, e em particular o primeiro-ministro, tem vindo a atravessar na sequência da divulgação das alegadas escutas telefónicas, no âmbito do processo Caso Face Oculta.
Após a reunião do Secretariado Nacional (órgão de direcção restrito) marcada para as 13 horas de amanhã, Sócrates reúne-se, na quinta-feira, à hora do jantar , com o grupo parlamentar. O órgão máximo entre congressos, a Comissão Nacional, tem agenda marcada para as 10 horas de sábado, em Lisboa. Nessa tarde, o líder estará também no Porto, no edifício da Alfândega, numa reunião geral de militantes da federação portuense. Este encontro decorrerá à hora da manifestação de apoio a Sócrates, convocada por SMS para a Alameda, em Lisboa, em relação à qual a direcção do partido já se demarcou.
"Novas Fronteiras"em Março
Vitalino Canas, um dos socialistas que pediu, na edição de sábado do JN, a convocação dos órgãos partidários, sublinha agora a necessidade de Sócrates estar junto do partido.
"Reconheço que, antes da viabilização do Orçamento de Estado estar encaminhada, me parecia difícil o chamado núcleo duro do Governo ter disponibilidade para o partido. Mas, agora que há uma certa acalmia nessa frente, é muito importante que o primeiro-ministro saiba o que pensa o partido. Mais do que se justificar, o secretário-geral tem de ouvir o partido". A esta opinião do deputado e antigo porta-voz socialista, junta-se a de Vítor Ramalho, para quem "urge que se provoque esse sobressalto mobilizador" no PS.
"O partido e o Governo têm de dar resposta a uma crise financeira, económica, política e de confiança. E esse combate só será eficaz se houver uma unidade de acção que resulte de uma unidade de pensamento".
Ainda em declarações ao JN, o ex-deputado e actual presidente do INATEL, defendeu ser "urgente acabar com a telenovela" relacionada com a polémica em torno da divulgação das alegadas escutas telefónicas que dão contam de um eventual plano para controlar a comunicação social. Por isso, defendeu, "é preciso gerar um debate interno no partido, no qual a direcção esteja presente com ouvidos de ouvir".
Além dos órgãos do partido, Sócrates agendou igualmente uma Convenção "Novas Fronteiras" para 20 de Março.
A iniciativa de marcar uma convenção fora do estrito quadro partidário não agradou a Vítor Ramalho, porque, acentuou, "cada passo deve ser dado no seu tempo e agora é o momento de mobilizar o partido". Um argumento que utilizou também para considerar ser ainda prematura falar-se de presidenciais.
ANA PAULA CORREIA
publicado a 2010-02-16 às 00:00
Noticias de Portugal
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Re: Noticias de Portugal
Depois da tempestade vem a bonança
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Re: Noticias de Portugal
aqui nem da para escrever!
se desse eu escrevia franco ou qualquer outro no estilo
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"A religião católica contém a Verdade total revelada por Deus e não dizemos isso com arrogância nem para desafiar ninguém. Não podemos diminuir esta afirmação" Dom Hector Aguer
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Re: Noticias de Portugal
capr escreveu:Vocês...
Uma coisa é certa: "Os burros falam e a caravana passa"
Cuidado, foi por os burros falarem ao telemóvel, que foram apanhados.
Aconselho passar a comunicar por sinais de fumo, já que os robalos e a fruta já não pegam. Ou então em Mirandês, que a PJ não topa
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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Re: Noticias de Portugal
capr escreveu:Depois da tempestade vem a bonançaSócrates aposta na mobilização dos socialistas
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"Não há fome que não dê em fartura". O dito popular pode aplicar-se à situação que se vive no PS. Ou seja, foi ontem, segunda-feira, anunciado que José Sócrates convocou reuniões de todos os órgãos directivos, na sequência de críticas à falta de diálogo entre o líder e o partido.
A atitude de Sócrates é lida internamente como um salto em frente, numa tentativa de chamar o partido a si para um novo "sobressalto mobilizador".
"O líder tem de ouvir o partido". É o que pensam alguns dos dirigentes, que têm vindo a criticar a ausência de uma orientação clara para dar resposta ao momento difícil que o Governo, e em particular o primeiro-ministro, tem vindo a atravessar na sequência da divulgação das alegadas escutas telefónicas, no âmbito do processo Caso Face Oculta.
Após a reunião do Secretariado Nacional (órgão de direcção restrito) marcada para as 13 horas de amanhã, Sócrates reúne-se, na quinta-feira, à hora do jantar , com o grupo parlamentar. O órgão máximo entre congressos, a Comissão Nacional, tem agenda marcada para as 10 horas de sábado, em Lisboa. Nessa tarde, o líder estará também no Porto, no edifício da Alfândega, numa reunião geral de militantes da federação portuense. Este encontro decorrerá à hora da manifestação de apoio a Sócrates, convocada por SMS para a Alameda, em Lisboa, em relação à qual a direcção do partido já se demarcou.
"Novas Fronteiras"em Março
Vitalino Canas, um dos socialistas que pediu, na edição de sábado do JN, a convocação dos órgãos partidários, sublinha agora a necessidade de Sócrates estar junto do partido.
"Reconheço que, antes da viabilização do Orçamento de Estado estar encaminhada, me parecia difícil o chamado núcleo duro do Governo ter disponibilidade para o partido. Mas, agora que há uma certa acalmia nessa frente, é muito importante que o primeiro-ministro saiba o que pensa o partido. Mais do que se justificar, o secretário-geral tem de ouvir o partido". A esta opinião do deputado e antigo porta-voz socialista, junta-se a de Vítor Ramalho, para quem "urge que se provoque esse sobressalto mobilizador" no PS.
"O partido e o Governo têm de dar resposta a uma crise financeira, económica, política e de confiança. E esse combate só será eficaz se houver uma unidade de acção que resulte de uma unidade de pensamento".
Ainda em declarações ao JN, o ex-deputado e actual presidente do INATEL, defendeu ser "urgente acabar com a telenovela" relacionada com a polémica em torno da divulgação das alegadas escutas telefónicas que dão contam de um eventual plano para controlar a comunicação social. Por isso, defendeu, "é preciso gerar um debate interno no partido, no qual a direcção esteja presente com ouvidos de ouvir".
Além dos órgãos do partido, Sócrates agendou igualmente uma Convenção "Novas Fronteiras" para 20 de Março.
A iniciativa de marcar uma convenção fora do estrito quadro partidário não agradou a Vítor Ramalho, porque, acentuou, "cada passo deve ser dado no seu tempo e agora é o momento de mobilizar o partido". Um argumento que utilizou também para considerar ser ainda prematura falar-se de presidenciais.
ANA PAULA CORREIA
publicado a 2010-02-16 às 00:00
Boa, assim a comunicação social não controlada, talvez desvie as atenções, excelente ideia. O ideal era o grande líder fazer um discurso daqueles, no horário do noticiário das 20:00, dando recados internos para quem tem o rabo preso e dar recados externos que se se metem com ele, não terá contemplações e mandará para o Tarrafal.
Isso é que era!
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Re: Noticias de Portugal
As bases, as bases, são uns chatos, querem muitos beijinhos e jantaradas, mas nestas alturas é bom sentir o carinho do rebanho cego ou comprometido, comprometido com o desenvolvimento do país, fique claro.
Avante Camaradas Socialistas!
Como é? Nós somos... a liberdade...ou esta é dos outros? Ás vezes confundo!? Desde que conheci o Pedroso pessoalmente, não sei o que me deu...
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Re: Noticias de Portugal
prevendo-se a criação de 20.000 postos de trabalhos induzidos”
isso deve ser enquanto montam a fibra óptica porque as redes de nova geração também vão ser mais vantajosas para os operadores, principalmente para estes quando reduzirem os custos com a manutenção (ou seja menos pessoal).
outra consequência é a aderência de entidades públicas e empresas do interior ao "cloud computing" ou seja não precisam de servidores (e técnicos de informática) pois todos os dados da empresa ficam concentrados nos servidores da operadora e a empresa paga uma mensalidade (+ €€€ para a PT). Os moradores do interior também passam a ter melhor acesso à net mais rápida, a maiores larguras de banda para a tv por cabo, a possibilidade de alugar filmes online e muitas outras coisas que se pagam bem neste país
em suma, as empresas do interior terão mais competitividade mas no fim isto representa uma redução de emprego. É algo que eu não culpo o governo visto ser o progresso natural das coisas.
O que eu lamento é que se atire areia para os olhos para as pessoas que não percebem do assunto. não vamos ter mais 20000 pessoas a trabalhar na area das comunicações. O que vamos ter são milhares de trabalhadores da construção a abrir buracos no chão e a passar cabos de fibra óptica como se vem fazendo no litoral à mais de 10 anos. Algo necessário mas que não cria empregos estáveis e bem pagos.
eu apoio em grande parte a política deste governo no que diz respeito às novas tecnologias mas a PT não precisa de ajuda para instalar uma rede de onde vai tirar lucro no futuro.
Outra boa noticia é que se vai reduzir o roubo de cobre no interior do país. A fibra óptica não vale nada depois de derretida.
Kids - there is no Santa. Those gifts were from your parents. Happy New Year from Wikileaks
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Re: Noticias de Portugal
Isso é tudo fantochada, se eu contasse tudo o que sei...
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Re: Noticias de Portugal
Vítor Constâncio eleito vice-presidente do BCE
Vítor Constâncio foi eleito vice-presidente do Banco Central Europeu. A decisão foi tomada, esta tarde, pelos ministros das Finanças da Zona Euro. Constâncio assume o lugar no próximo mês de Julho.
Ana Luísa Marques
anamarques@negocios.pt
Vítor Constâncio foi eleito vice-presidente do Banco Central Europeu. A decisão foi tomada, esta tarde, pelos ministros das Finanças da Zona Euro. Constâncio assume o lugar no próximo mês de Julho.
Na corrida ao cargo estiveram, além de Constâncio, o luxemburguês Yves Mersh e o belga Peter Praet. A votação para o cargo foi adiada três semanas, devido ao risco de empate entre o candidato luxemburguês e o português e a incerteza do que fazer perante essa situação.
Uma vez feita a escolha do novo “vice” do BCE pelos ministros das Finanças do euro, o Conselho de Governadores da autoridade monetária será chamado a dar o seu parecer.
O processo de nomeação do sucessor do grego Lucas Papademos só ficará concluído com o “carimbo” dos líderes europeus, que o deverão fazer na cimeira marcada para 25 e 26 de Março. O vice-presidente do BCE ocupa-se, em particular, da supervisão. E na nova arquitectura europeia (em discussão actualmente no Parlamento Europeu), o BCE terá poderes reforçados na chamada supervisão macro-prudencial.
O percurso de Vítor Constâncio
Vítor Constâncio, 66 anos, licenciou-se em Economia no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras. Foi eleito Secretário-Geral do Partido Socialista em 1986, cargo em que se manteve até 1989, dois anos após Cavaco Silva ter conquistado a primeira maioria absoluta. Nesse mesmo ano, Jorge Sampaio substitui Constâncio como secretário-geral do PS.
Antes de assumir o cargo de secretário-geral do PS, em 1986, Constâncio desempenhou durante um ano o cargo de Governador do Banco de Portugal, cargo a que voltaria em 2000 para substituir António José de Sousa, que esteve no banco central entre Junho de 1994 e Fevereiro de 2000.
Entre 1995 e 2000, Constâncio desempenhou funções no sector privado como administrador do Banco Português de Investimento e da EDP.
Vítor Constâncio foi eleito vice-presidente do Banco Central Europeu. A decisão foi tomada, esta tarde, pelos ministros das Finanças da Zona Euro. Constâncio assume o lugar no próximo mês de Julho.
Ana Luísa Marques
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Vítor Constâncio foi eleito vice-presidente do Banco Central Europeu. A decisão foi tomada, esta tarde, pelos ministros das Finanças da Zona Euro. Constâncio assume o lugar no próximo mês de Julho.
Na corrida ao cargo estiveram, além de Constâncio, o luxemburguês Yves Mersh e o belga Peter Praet. A votação para o cargo foi adiada três semanas, devido ao risco de empate entre o candidato luxemburguês e o português e a incerteza do que fazer perante essa situação.
Uma vez feita a escolha do novo “vice” do BCE pelos ministros das Finanças do euro, o Conselho de Governadores da autoridade monetária será chamado a dar o seu parecer.
O processo de nomeação do sucessor do grego Lucas Papademos só ficará concluído com o “carimbo” dos líderes europeus, que o deverão fazer na cimeira marcada para 25 e 26 de Março. O vice-presidente do BCE ocupa-se, em particular, da supervisão. E na nova arquitectura europeia (em discussão actualmente no Parlamento Europeu), o BCE terá poderes reforçados na chamada supervisão macro-prudencial.
O percurso de Vítor Constâncio
Vítor Constâncio, 66 anos, licenciou-se em Economia no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras. Foi eleito Secretário-Geral do Partido Socialista em 1986, cargo em que se manteve até 1989, dois anos após Cavaco Silva ter conquistado a primeira maioria absoluta. Nesse mesmo ano, Jorge Sampaio substitui Constâncio como secretário-geral do PS.
Antes de assumir o cargo de secretário-geral do PS, em 1986, Constâncio desempenhou durante um ano o cargo de Governador do Banco de Portugal, cargo a que voltaria em 2000 para substituir António José de Sousa, que esteve no banco central entre Junho de 1994 e Fevereiro de 2000.
Entre 1995 e 2000, Constâncio desempenhou funções no sector privado como administrador do Banco Português de Investimento e da EDP.
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Re: Noticias de Portugal
Camilo Lourenço
A impunidade, os intocáveis e a democracia
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Dentre as questões levantadas pelas escutas do processo Face oculta (a confirmarem-se os factos), há uma que se destaca: como que se foi tão longe? A resposta só pode estar ligada ao sentimento de impunidade reinante em Portugal. Em vários sectores. Desde o...
Dentre as questões levantadas pelas escutas do processo Face oculta (a confirmarem-se os factos), há uma que se destaca: como que se foi tão longe? A resposta só pode estar ligada ao sentimento de impunidade reinante em Portugal. Em vários sectores. Desde o político ao empresarial (que, vezes de mais, andam de mãos dadas). Mas como que com tantos "checks and balances" (tribunais, parlamento, presidência, Imprensa livre) essa impunidade chega tão longe? Porque algum não está a desempenhar correctamente a sua função. Quem? Todos: o Parlamento, muitas vezes afundado em discussões estéreis (v.g. Lei das Finanças Regionais); a Presidência, que se deixa intimidar perante acusações de interferência no poder executivo; os tribunais (quantas pessoas foram condenadas por incorrecta utilização de poderes públicos e outros crimes?).
De todos a ausência do poder judicial, seja por que razão for (pressão política, falta de meios), é a pior. Porque amplia o sentimento do cidadão de rua, de que a culpa morre solteira. esta convicção de impunidade que precisa de ser atalhada. O caso Face Oculta, pela sua gravidade, é uma boa oportunidade para dar um sinal de mudança, mostrando que não há intocáveis. Caso contrário estaremos a encorajar quem se move nas margens da lei a ser cada vez mais ousado. Com a inevitável minagem dos alicerces da Democracia.
P.S. Que o poder político queira controlar a comunicação social não espanta. Mas que haja gente do sector a alinhar nisso é uma vergonha.
A impunidade, os intocáveis e a democracia
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Dentre as questões levantadas pelas escutas do processo Face oculta (a confirmarem-se os factos), há uma que se destaca: como que se foi tão longe? A resposta só pode estar ligada ao sentimento de impunidade reinante em Portugal. Em vários sectores. Desde o...
Dentre as questões levantadas pelas escutas do processo Face oculta (a confirmarem-se os factos), há uma que se destaca: como que se foi tão longe? A resposta só pode estar ligada ao sentimento de impunidade reinante em Portugal. Em vários sectores. Desde o político ao empresarial (que, vezes de mais, andam de mãos dadas). Mas como que com tantos "checks and balances" (tribunais, parlamento, presidência, Imprensa livre) essa impunidade chega tão longe? Porque algum não está a desempenhar correctamente a sua função. Quem? Todos: o Parlamento, muitas vezes afundado em discussões estéreis (v.g. Lei das Finanças Regionais); a Presidência, que se deixa intimidar perante acusações de interferência no poder executivo; os tribunais (quantas pessoas foram condenadas por incorrecta utilização de poderes públicos e outros crimes?).
De todos a ausência do poder judicial, seja por que razão for (pressão política, falta de meios), é a pior. Porque amplia o sentimento do cidadão de rua, de que a culpa morre solteira. esta convicção de impunidade que precisa de ser atalhada. O caso Face Oculta, pela sua gravidade, é uma boa oportunidade para dar um sinal de mudança, mostrando que não há intocáveis. Caso contrário estaremos a encorajar quem se move nas margens da lei a ser cada vez mais ousado. Com a inevitável minagem dos alicerces da Democracia.
P.S. Que o poder político queira controlar a comunicação social não espanta. Mas que haja gente do sector a alinhar nisso é uma vergonha.
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Re: Noticias de Portugal
Camilo Lourenço
The Lisbon Papers?
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13 de Junho de 1971. O "The New York Times" começa a publicar um relatório do Pentágono sobre o envolvimento americano na guerra do Vietname. Nesse documento, entre outras coisas, ficava provado que a administração Johnson mentira ao país e ao Congresso...
13 de Junho de 1971. O "The New York Times" começa a publicar um relatório do Pentágono sobre o envolvimento americano na guerra do Vietname. Nesse documento, entre outras coisas, ficava provado que a administração Johnson mentira ao país e ao Congresso sobre o conflito. Três artigos depois, uma providência cautelar censurou novas revelações. De pouco serviu: outros jornais pegaram na história e divulgaram o que tinha sido proibido ao NYT. Até serem, eles mesmos, censurados. O que se seguiu é conhecido: a 30 de Junho o Supremo Tribunal reconhecia à Imprensa o direito de divulgar os Pentagon Papers.
As escutas do "Face Oculta" não são os "Pentagon Papers". A providência cautelar não veio do Governo e abrange apenas as conversas de um dos intervenientes. Mas há um ponto comum: a limitação à liberdade de Imprensa. Talvez seja altura de o "Sol" ponderar o que está em causa.
Se concluir que a informação "censurada" é fundamental para apurar o que realmente se passou, pode emular o NYT: partilhar a informação com outro jornal e recorrer para um tribunal superior (para, no futuro, não haver dúvidas sobre aquilo que os jornais podem ou não publicar).
P.S1. - Depois do chairman da PT ter defendido publicamente o administrador da PT em causa, dificilmente se compreende a providência cautelar. Quem não deve não teme.
P.S2. - O Governo vai congelar "salários reais" na Função Pública até 2013? Sócrates parece que não aprendeu nada nas últimas semanas: para acalmar os mercados precisa de os surpreender. Com um plano credível de redução de despesa. Sem fugas de informação.
The Lisbon Papers?
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13 de Junho de 1971. O "The New York Times" começa a publicar um relatório do Pentágono sobre o envolvimento americano na guerra do Vietname. Nesse documento, entre outras coisas, ficava provado que a administração Johnson mentira ao país e ao Congresso...
13 de Junho de 1971. O "The New York Times" começa a publicar um relatório do Pentágono sobre o envolvimento americano na guerra do Vietname. Nesse documento, entre outras coisas, ficava provado que a administração Johnson mentira ao país e ao Congresso sobre o conflito. Três artigos depois, uma providência cautelar censurou novas revelações. De pouco serviu: outros jornais pegaram na história e divulgaram o que tinha sido proibido ao NYT. Até serem, eles mesmos, censurados. O que se seguiu é conhecido: a 30 de Junho o Supremo Tribunal reconhecia à Imprensa o direito de divulgar os Pentagon Papers.
As escutas do "Face Oculta" não são os "Pentagon Papers". A providência cautelar não veio do Governo e abrange apenas as conversas de um dos intervenientes. Mas há um ponto comum: a limitação à liberdade de Imprensa. Talvez seja altura de o "Sol" ponderar o que está em causa.
Se concluir que a informação "censurada" é fundamental para apurar o que realmente se passou, pode emular o NYT: partilhar a informação com outro jornal e recorrer para um tribunal superior (para, no futuro, não haver dúvidas sobre aquilo que os jornais podem ou não publicar).
P.S1. - Depois do chairman da PT ter defendido publicamente o administrador da PT em causa, dificilmente se compreende a providência cautelar. Quem não deve não teme.
P.S2. - O Governo vai congelar "salários reais" na Função Pública até 2013? Sócrates parece que não aprendeu nada nas últimas semanas: para acalmar os mercados precisa de os surpreender. Com um plano credível de redução de despesa. Sem fugas de informação.
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Re: Noticias de Portugal
16 Fevereiro 2010 - 00h30
Dia a dia
Guardiões da honra
Uma das coisas mais escandalosas que a ‘Face Oculta’ tem revelado é a ligeireza com que se multiplicam os insultos de dirigentes do PS aos investigadores e magistrados do caso. O mais irrelevante do que tem sido dito está na multidão de rapaziada embasbacada com Sócrates que pulula pela internet .
Uns mais desinteressados, outros puramente empenhados em defender umas migalhas, todos muito encandeados com a luminosidade da propaganda governamental. Agora veio o advogado Proença de Carvalho, que há anos diaboliza polícias e magistrados. Habitualmente com opiniões respeitáveis, desta vez com adjectivos inqualificáveis. Por fim, o candidato do PS rotundamente derrotado nas Europeias, Vital Moreira, que despejou todo o desprezo que é capaz na expressão "agente local", qualificativo aplicado ao Ministério Público de Aveiro. Estes continuadores da prosápia governamental fazem tábua rasa do trabalho e da seriedade de pessoas que servem o Estado, algumas há mais de 30 anos, e com inegável competência e prestígio. Alguns dos prestimosos guardiões da honra de Sócrates são só patetas, mas outros têm responsabilidades públicas e políticas sérias. Mais valia que soubessem estar calados quando não sabem conciliar a defesa de amigos com o respeito pelo trabalho dos outros.
Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto
...............
15 Fevereiro 2010 - 00h30
Estado do Sítio
Chefe, mas pouco
O senhor presidente relativo do Conselho, o chefe, obviamente que não se demite. Os boys do chefe na Portugal Telecom obviamente que não se demitem. O chairman da PT obviamente que não se demite. O presidente executivo da maior empresa lusa obviamente que não se demite. O senhor procurador-geral da República obviamente que não se demite. O senhor presidente do Supremo Tribunal de Justiça obviamente que não se demite.
Os partidos da oposição obviamente que não vão apresentar qualquer moção de censura ao Governo do senhor presidente relativo do Conselho, o chefe. E o senhor Presidente da República, preocupado com o desemprego, o défice, a dívida pública, o endividamento externo e as agências de rating, obviamente que não vai demitir o senhor presidente relativo do Conselho, o chefe de um bando de incompetentes que andou por aí a tentar controlar a Comunicação Social e que foi apanhado numa rede estendida pela polícia a um sucateiro manhoso, especialista em fintas ao Fisco e outros negócios escuros.
Dito isto, não se passa nada. O sítio continua como dantes miserável, deprimido, manhoso, hipócrita, corrupto, incompetente e, obviamente, cada vez mais mal frequentado. Bem podem andar por aí uns socialistas atrevidos a congeminar conspirações contra o senhor presidente relativo do Conselho, o chefe. Bem podem andar por aí algumas almas indignadas com a degradação a que isto chegou. Bem podem andar por aí umas comissões de ética a ouvir vilões e mártires sobre a liberdade de expressão e outras importantes liberdades consagradas na Constituição desta III República, herdeira de duas ditaduras de má memória. A verdade é que ninguém acredita em nada.
Da política à justiça, passando por uma economia dependente do Estado, com empresários de joelhos à espera de negócios, benefícios e subsídios. Na verdade, o único que teve algum senso nestes dias agitados e cheios de emoções foi o senhor que preside ao conselho de administração da Portugal Telecom.
O homem, embrulhado em contradições, aflito com uma memória malvada que o trai sempre que abre a boca, acabou por confessar que se sentia encornado. Na verdade, quem se deve sentir completamente encornado são os indígenas que andam a fazer pela vidinha e dependem destes encornados. Mas, no meio desta desgraça toda, importa salvar a Pátria e impedir que o chefe também nos venha dizer que se sente encornado.
António Ribeiro Ferreira, Jornalista
http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx? ... 0000000093
Dia a dia
Guardiões da honra
Uma das coisas mais escandalosas que a ‘Face Oculta’ tem revelado é a ligeireza com que se multiplicam os insultos de dirigentes do PS aos investigadores e magistrados do caso. O mais irrelevante do que tem sido dito está na multidão de rapaziada embasbacada com Sócrates que pulula pela internet .
Uns mais desinteressados, outros puramente empenhados em defender umas migalhas, todos muito encandeados com a luminosidade da propaganda governamental. Agora veio o advogado Proença de Carvalho, que há anos diaboliza polícias e magistrados. Habitualmente com opiniões respeitáveis, desta vez com adjectivos inqualificáveis. Por fim, o candidato do PS rotundamente derrotado nas Europeias, Vital Moreira, que despejou todo o desprezo que é capaz na expressão "agente local", qualificativo aplicado ao Ministério Público de Aveiro. Estes continuadores da prosápia governamental fazem tábua rasa do trabalho e da seriedade de pessoas que servem o Estado, algumas há mais de 30 anos, e com inegável competência e prestígio. Alguns dos prestimosos guardiões da honra de Sócrates são só patetas, mas outros têm responsabilidades públicas e políticas sérias. Mais valia que soubessem estar calados quando não sabem conciliar a defesa de amigos com o respeito pelo trabalho dos outros.
Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto
...............
15 Fevereiro 2010 - 00h30
Estado do Sítio
Chefe, mas pouco
O senhor presidente relativo do Conselho, o chefe, obviamente que não se demite. Os boys do chefe na Portugal Telecom obviamente que não se demitem. O chairman da PT obviamente que não se demite. O presidente executivo da maior empresa lusa obviamente que não se demite. O senhor procurador-geral da República obviamente que não se demite. O senhor presidente do Supremo Tribunal de Justiça obviamente que não se demite.
Os partidos da oposição obviamente que não vão apresentar qualquer moção de censura ao Governo do senhor presidente relativo do Conselho, o chefe. E o senhor Presidente da República, preocupado com o desemprego, o défice, a dívida pública, o endividamento externo e as agências de rating, obviamente que não vai demitir o senhor presidente relativo do Conselho, o chefe de um bando de incompetentes que andou por aí a tentar controlar a Comunicação Social e que foi apanhado numa rede estendida pela polícia a um sucateiro manhoso, especialista em fintas ao Fisco e outros negócios escuros.
Dito isto, não se passa nada. O sítio continua como dantes miserável, deprimido, manhoso, hipócrita, corrupto, incompetente e, obviamente, cada vez mais mal frequentado. Bem podem andar por aí uns socialistas atrevidos a congeminar conspirações contra o senhor presidente relativo do Conselho, o chefe. Bem podem andar por aí algumas almas indignadas com a degradação a que isto chegou. Bem podem andar por aí umas comissões de ética a ouvir vilões e mártires sobre a liberdade de expressão e outras importantes liberdades consagradas na Constituição desta III República, herdeira de duas ditaduras de má memória. A verdade é que ninguém acredita em nada.
Da política à justiça, passando por uma economia dependente do Estado, com empresários de joelhos à espera de negócios, benefícios e subsídios. Na verdade, o único que teve algum senso nestes dias agitados e cheios de emoções foi o senhor que preside ao conselho de administração da Portugal Telecom.
O homem, embrulhado em contradições, aflito com uma memória malvada que o trai sempre que abre a boca, acabou por confessar que se sentia encornado. Na verdade, quem se deve sentir completamente encornado são os indígenas que andam a fazer pela vidinha e dependem destes encornados. Mas, no meio desta desgraça toda, importa salvar a Pátria e impedir que o chefe também nos venha dizer que se sente encornado.
António Ribeiro Ferreira, Jornalista
http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx? ... 0000000093
Triste sina ter nascido português
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Re: Noticias de Portugal
Tá feia a coisa aí em Portugal. Será que teremos Islândia II em outro país europeu??
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Noticias de Portugal
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/inter ... id=1495986Escutas
Accionistas da PT querem demissão de gestores
por ANA TOMÁS RIBEIRO Hoje
A administração da Portugal Telecom deverá tomar ainda esta semana uma posição relativamente aos dois administradores executivos envolvidos nas escutas divulgadas pelo semanário Sol - que denunciam um alegado plano de controlo dos media.
Até porque alguns dos accionistas de referência, públicos e privados, na empresa de telecomunicações consideram que as suspeitas que recaem sobre ambos, assim como os comportamentos de Rui Pedro Soares e Fernando Soares Carneiro, estão a ser prejudiciais para a empresa e querem a sua demissão, referiram ao DN alguns dos seus representantes, preferindo não dar a cara. Entre eles está o próprio Estado, que os nomeou.
Quando se referem aos comportamentos, os representantes dos accionistas, em declarações ao DN falam sobretudo dos pedidos de providências cautelares apresentadas pelos dois gestores para tentarem impedir a saída da última edição do Sol.
A solução para a saída dos dois gestores pode passar pela demissão dos próprios ou, se isso não acontecer, por um pedido intervenção da Comissão de Auditoria da PT, para que esta avalie o caso, adiantaram fontes accionistas ao DN. E se houver motivo para a demissão dos gestores, o assunto será levado à próxima assembleia geral da empresa.
A convocação de uma reunião extraordinária está fora de questão, tal como já disse ontem o próprio presidente do conselho de administração da PT, Henrique Granadeiro, ao Diário Económico. Isto porque a convocatória deveria ser feita com um mês de antecedência e, assim, só se realizaria no final de Março ou no início de Abril. Ora, para essa altura, está prevista a assembleia geral anual para aprovar as contas.
Henrique Granadeiro, contactado ontem pelo DN por diversas vezes preferiu não falar.
Porém, a própria comissão de trabalhadores da PT em comunicado no seu site afirma que a serem verdadeiras as notícias vindas a público sobre o envolvimento dos administradores da empresa num plano para controlar órgãos de comunicação social , esses "devem renunciar aos cargos". E relembra que a "administração da PT e o seu principal visado ainda não as desmentiram". A comissão de trabalhadores considera ainda: "Estamos perante uma operação que desprestigia um dos maiores grupos económicos do País."
Quer o gabinete do primeiro-ministro, quer o Ministério da Obras Públicas dizem não haver nada a acrescentar às declarações já feitas por José Sócrates sobre o assunto. Ou seja, que o Governo nada sabia sobre o negócio da compra da TVI pela PT, nem sobre um plano para, através desta empresa, controlar vários órgãos de comunicação social (ver texto na página ao lado). Mesmo sabendo-se que o Estado tem uma golden share na empresa de telecomunicações, que lhe confere poderes especiais. Posição que o empresário Joe Berardo veio ontem dizer à Lusa que estaria disponível para comprar.
"Se o Governo quiser vender, eu estou interessado. O Governo não pode ter uma golden share, mas um accionista pode", afirmou, não querendo, no entanto, avançar com um valor para a oferta. Mas assegurou que já ofereceu ao Estado "um montante substancial" por aquela posição.
A Ongoing, outro dos accionistas privados de referência, também se mantém em silêncio relativamente ao caso PT. Mas continua a desenrolar a sua estratégia para a compra de uma posição de 33% na Media Capital, empresa proprietária da TVI. Ontem, fonte oficial da empresa, garantiu à Lusa que está a ultimar a venda da participação dos 23 por cento de capital que detém na Impresa (grupo de Pinto Balsemão dono da SIC e do Expresso), para concluir a aquisição - condição imposta pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).
Triste sina ter nascido português
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Re: Noticias de Portugal
É impossível Portugal ser a nova Islândia porque nós temos uma economia completamente diferente da deles. Eles eram acima de tudo especuladores e quando houve a crise...lixaram-se.marcelo l. escreveu:Tá feia a coisa aí em Portugal. Será que teremos Islândia II em outro país europeu??
Os problemas que se tem falado nos últimos textos, são problemas políticos, ou seja, o nosso actual governo tem pouca ou nenhuma credibilidade. Os escândalos sucedem-se, e é cada vez mais claro que o senhor Sócrates é corrupto, mentiroso, e com tiques de chavismo (Chavez é amigo pessoal do tipo).
Não te enganes, a economia portuguesa não está nos melhores dias, muito pelo contrário. Mas se compararmos com a Grécia, estamos muito melhor já que eles têm um deficit orçamental muito maior, estão muito mais endividados, etc.
O governo português tem que dar mostras aos nossos parceiros da EU que está a combater de frente estes problemas, a questão é que até agora o que tem mostrado é pouco, muito pouco para acalmar os mercados e a EU.