Santiago
Santiago escreveu:O fato que muitos não querem enxergar é que tanto EUA como França são membros da OTAN. A Suécia não, embora a ele esteja próxima. Ou seja, qualquer que seja o caça selecionado pelo Brasil, ele estará sujeito aos "humores" da OTAN.
Não, o debate aqui é sobre o fato de que ficaremos atrelados a OTAN independente do caça a ser escolhido, Rafale, SH ou Gripen. E as consequências disso.
O que o Fernando Abache escreveu é a mais pura verdade, da qual os franceses não escapam:
Além disso, caso o Brasil entre em disputa com um país membro da OTAN, qual seria a conseqüência na produção e reposição de peças destas aeronaves para o país? Certamente poderíamos sucumbir como aconteceu com a Argentina diante do esgotamento de sua capacidade de combate. Um país, ao se tornar candidato à potência econômica, se torna concorrente de diversas Nações, disputando a conquista de acordos comerciais no mundo. Devemos lembrar que o Brasil teve difíceis disputas na OMC com os Estados Unidos, Canadá, etc. Fora o conflito com a França referente aos subsídios agrícolas, que impedem a entrada de produtos brasileiros na União Européia.
No meu entender, este é o momento de o Brasil tornar efetiva sua soberania, mantendo a tradição de ser uma nação não alinhada, país neutro e capacitado a reagir a qualquer ameaça a seu território, ao seu povo e ao seu desenvolvimento e crescimento econômico.
Das pessoas que defendem uma opinião que não seja a francesa,a sua é uma das que eu respeito,independente do fato da discordar totalmente.
A idéia de que a independência está na compra suéca é insustentável por si só,e com todo o repeito aos que escrevem defendendo esta tese,é muito óbvia a fragilidade.
A Suécia pode não fazer parte da Otan,mas e daí? Se para poder costruir um caça recorre a fornecedores de vários membros da organização,tendo inclusive tido parceria no projeto de notória empresa inglesa,o resto não é preciso detalhar pela centézima vez.
Onde está a vantagem da Suécia não pertencer a Otan para o Brasil?
O que importa ao GF é escolher o menos pior,do ponto de vista do dominio do projeto por parte do vendedor,pois negociará o que deseja com um só dono,pois o melhor de todos os projetos é justamente o objetivo futuro de adquirir conhecimento e ter um próprio,para não depender de ninguem.
Só existem duas saídas possíveis para uma compra em que os vendedores dominam completamente seus projetos e os direitos intelectuais dos mesmos,e podem negociar sem pedir licença a ninguem para dispor do que quiserem em uma venda,fora os EUA:Russia e França.
O que é mais arriscado? Comprar um projeto em que se tem que negociar as propriedades intelectuais de sabe-se lá quantos fornecedores distintos membros da Otan,e podendo ser obstacularizado por qualquer um,sendo que apenas um deles os EUA,é notório quebra pernas de quem quer dar seus pulinhos fora da cerca,ou de um fornecedor que aparte retornar a fazer parte da organização,tem tradição de independência política e sempre quiz manter a sua independência total em tecnologia bélica,de material terceirizado seja de quem for,e que necessita de um parceiro para continuar com essa política?
Até minha filha de 11 da risada de quem aposta na opção suéca sob este aspecto,pois na minha opinião e na dela esta opção é risivel do ponto de vista da busca de uma independência futura com menor numero de obstáculos,pelo simples e irremediável fato,da Suécia não ser a propriétaria independente de todos os sistemas de seu equipamento.
Ser traido pode fazer parte da história de qualquer casamento,e estatisticamente diria que apesar de a traição poder ser cometida por uma unica e irretocável esposa,o fato de nos casarmos com 10 esposas,com certeza eleva as chances de traição em déz vezes,casar com Gripen é casar com déz esposas.
Há! Uma delas é americana e gosta de praticar o swingue.
Sds.