Acho essa explicação bastante razoável mas também creio q muita gente estava só procurando uma desculpa, mesmo q esfarrapada como essa, para tirar os russos da jogada. O pior é q caíram no ridículo ao fazerem esse bizarro short-list:LeandroGCard escreveu:Tenho uma opinião um pouco diferente sobre este ponto. Tenho contato comercial com russos (minha empresa distribui no Brasil um programa de engenharia russo), e eles tendem a ser muito diretos nas negociações comerciais, falta uma certa "sutileza" comum nos países ocidentais.PRick escreveu: O motivo da desclassificação dos russos já foi dito com todas as letras pelo NJ, várias vezes, não queriam transferir tecnologia dentro do que queríamos. Quanto a fragilidade da posição política russa dentro da FAB, isso parece ser real. Porém, quando alguém especula deve deixar isso claro, no entanto, na mídia brasileira especulação é fato, opinião é fato, enfim, é o que todos nós já sabemos, não vale o papel onde estas besteira estão escritas!
[]´s
Eu acho que o que ocorreu foi o seguinte. O NJ ou o pessoal da FAB chegou para os russos e disse que queria comprar três dúzias de caças X, e perguntou sobre a transferência de tecnologia. Os russos simplesmente disseram que para 36 caças não haveria nenhuma, (o que não me parece nem um pouco estranho, é apenas a verdade, até porque seria totalmente inviável economicamente e não temos nenhum programa de caça em projeto onde esta tecnologia possa ser utilizada). É claro que o pessoal brasileiro não ficou nem um pouco satisfeito, pois dá a mais alta prioridade à transferência de tecnologia no contexto do FX, e os outros concorrentes prometem mundos e fundos (mesmo sem dizer o que é). Mas os russos não estavam se negando a transferir tecnologias para o Brasil, apenas informaram que a compra de apenas 36 aviões não permite isso. Se quiséssemos poderíamos por exemplo ter entrado no programa do PAK-FA (como a Índia), ou comprado consultoria deles para um desenvolvimento local (como eles se propuseram a fazer na área espacial e nós não quisemos), mas no contexto do FX-2 não há muito o que transferir, com excessão do que for necessário para operação e manutenção dos aviões e a eventual integração de algum armamento. E um engenheiro não vai considerar isso como sendo realmente transferência de tecnologia.
Os russos estavam apenas sendo sinceros. Mas como o pessoal brasileiro já não morria de amores pelos russos mesmo, até por questões culturais, esta foi a deixa para voltar aos parceiros tradicionais e esquecer os aviões russos, que de qualquer forma dariam um trabalho maior para ser tornados operacionais por falta de cultura nossa com aviões russos.
Não vejo aí nenhum demérito para os russos, talvez até seja o contrário. Nem nada que nos impeça de voltar a conversar com eles.
Leandro G. Card
Um monomotor demonstrador do caça proposto;
Um caça naval do último país do mundo interessado em transferir tecnologia para um país periférico em sua geopolítica; aliás sequer transferem para seus aliados da OTAN;
Um caça q é supostamente tido como caríssimo por setores da FAB.
Se de fato há alguém dentro da FAB q está querendo fazer política (qualquer um dos escolhidos seria uma opção dessa natureza) em detrimento da opção geopolítica e estratégica do governo Civil, a quem são subordinados e é quem define o orçamento da União, então me parece q há ainda dentro da Força resquícios de um passado não muito distantes em q as FAs exerciam poder político ilegítimo e não democrático a revelia da sociedade brasileira. Se de fato isso for uma realidade entre uma minoria da Força então não vejo outra solução a não ser exoneração de quem acha q ainda estamos em uma época passível de antagonismos Civil/Militar de outrora...
O mais engraçado é q em países ocidentais de elevada estabilidade institucional como os EUA, o Congresso (em q o lobie é legal e regulamentado), impõe diretrizes tecnológicas e estratégicas ao Pentágono e ninguém por lá entra em crise por causa disso.
Enfim, muitos q os tem como paradigma (e sem dúvida eles têm seus bons) deveriam prestar mais atenção em como são as coisas por lá quando a questão em pauta são assuntos estratégicos ligados a Defesa e a geopolítica da nação.