A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Brasil não vai se "curvar" aos Estados Unidos, diz Amorim sobre retaliações comerciais
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje (11) que o Brasil “não vai se curvar” às pressões dos Estados Unidos para evitar retaliações a produtos norte-americanos em reação aos subsídios impostos ao algodão brasileiro.
Segundo ele, as compensações oferecidas pelo governo do presidente Barack Obama devem atender às necessidades do Brasil e preservar o setor têxtil do Brasil.
“Nós não podemos nos curvar simplesmente porque um país é mais forte. A lei internacional se aplica a pequenos e grandes países, esta é vantagem do sistema multilateral”, afirmou Amorim.
O chanceler reagiu imediatamente ao ser perguntado sobre a ameaça de contrarretaliação feita pelos norte-americanos, classificando-a de ilegal. “Isso não faz sentido. A retaliação é autorizada pela OMC [Organização Mundial do Comércio]. A contrarretaliação seria ilegal”.
A disputa comercial entre os Estados Unidos e o Brasil envolve diretamente cerca de US$ 830 milhões. Os norte-americanos ainda não apresentaram concretamente propostas de compensações. Mas a lista preparada pelo governo brasileiro envolve 222 artigos que o Brasil compra dos Estados Unidos.
“Para que surja uma proposta que nos convença, deve ter vários aspectos, não adianta vir com uma compensação em um outro setor [que não seja o têxtil]”, afirmou Amorim. “ O que o Brasil está fazendo é dando todos os passos internos para aplicar as retaliações.”
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) está preparando a lista de itens que deve ser retaliada. A orientação de Amorim e do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, é buscar um acordo antes da implementação das medidas – o que deve ocorrer em março.
Inicialmente, a Camex pretende fixar as sanções em um total de até US$ 560 milhões. A retaliação ocorrerá por meio de reajustes na tarifa de importação de até 100 pontos percentuais. Dessa forma, um produto norte-americano que paga 12% para entrar no país passaria a pagar 112%.
A iniciativa brasileira de impor retaliações aos produtos norte-americanos tem o respaldo da OMC. O processo de negociação se estende há sete anos. No final de 2009, a OMC autorizou o Brasil a retaliar os Estados Unidos em até US$ 830 milhões. A decisão é motivada pelos subsídios concedidos pelo governo norte-americano aos produtores de algodão.
“Nós estamos nos valendo de um instrumento que a OMC estabeleceu. O ideal é não precisar retaliar. Para não retaliar, é preciso que haja uma mudança política”, afirmou Amorim.
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje (11) que o Brasil “não vai se curvar” às pressões dos Estados Unidos para evitar retaliações a produtos norte-americanos em reação aos subsídios impostos ao algodão brasileiro.
Segundo ele, as compensações oferecidas pelo governo do presidente Barack Obama devem atender às necessidades do Brasil e preservar o setor têxtil do Brasil.
“Nós não podemos nos curvar simplesmente porque um país é mais forte. A lei internacional se aplica a pequenos e grandes países, esta é vantagem do sistema multilateral”, afirmou Amorim.
O chanceler reagiu imediatamente ao ser perguntado sobre a ameaça de contrarretaliação feita pelos norte-americanos, classificando-a de ilegal. “Isso não faz sentido. A retaliação é autorizada pela OMC [Organização Mundial do Comércio]. A contrarretaliação seria ilegal”.
A disputa comercial entre os Estados Unidos e o Brasil envolve diretamente cerca de US$ 830 milhões. Os norte-americanos ainda não apresentaram concretamente propostas de compensações. Mas a lista preparada pelo governo brasileiro envolve 222 artigos que o Brasil compra dos Estados Unidos.
“Para que surja uma proposta que nos convença, deve ter vários aspectos, não adianta vir com uma compensação em um outro setor [que não seja o têxtil]”, afirmou Amorim. “ O que o Brasil está fazendo é dando todos os passos internos para aplicar as retaliações.”
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) está preparando a lista de itens que deve ser retaliada. A orientação de Amorim e do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, é buscar um acordo antes da implementação das medidas – o que deve ocorrer em março.
Inicialmente, a Camex pretende fixar as sanções em um total de até US$ 560 milhões. A retaliação ocorrerá por meio de reajustes na tarifa de importação de até 100 pontos percentuais. Dessa forma, um produto norte-americano que paga 12% para entrar no país passaria a pagar 112%.
A iniciativa brasileira de impor retaliações aos produtos norte-americanos tem o respaldo da OMC. O processo de negociação se estende há sete anos. No final de 2009, a OMC autorizou o Brasil a retaliar os Estados Unidos em até US$ 830 milhões. A decisão é motivada pelos subsídios concedidos pelo governo norte-americano aos produtores de algodão.
“Nós estamos nos valendo de um instrumento que a OMC estabeleceu. O ideal é não precisar retaliar. Para não retaliar, é preciso que haja uma mudança política”, afirmou Amorim.
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
O ESTADO DE SÃO PAULO – 12/02/12O ESTADO DE SÃO PAULO – 12/02/12
EUA preparam retaliação ao Brasil
O apoio do Brasil ao Irã ameaça atrapalhar os interesses econômicos brasileiros nos EUA. O lobby pró-Israel no Congresso americano deixou de apoiar a abertura do mercado americano ao etanol brasileiro. "Estávamos nos esforçando para eliminar a tarifa sobre o etanol brasileiro, mas diante da aproximação do governo Lula com Ahmadinejad, paramos", disse ao Estado Jack Halpern, um dos diretores do Congresso Americano Judaico.
"Não podemos recompensar o Brasil com o vasto mercado americano enquanto seu governo apoia um regime ditatorial, que nega o Holocausto e está enriquecendo urânio", disse Halpern. O Congresso Americano Judaico e outros grupos de pressão judaicos gastam milhões de dólares por ano em lobbies e pesquisas para combustíveis renováveis.
O objetivo é reduzir a dependência dos EUA do petróleo do Oriente Médio e deixar de enriquecer os países da região, que se opõem a Israel. A entidade de Halpern, por exemplo, faz lobby para que os EUA passem a exigir carros flex.
Segundo fontes do Congresso, a relutância do governo brasileiro em endossar novas sanções ao Irã no Conselho de Segurança da ONU foi a gota d"água. Essas organizações tinham se alinhado com o Brasil no lobby para derrubar a tarifa sobre o etanol, mas deixaram tudo em suspenso. "O Brasil precisa entender que o apoio ao Irã traz consequências", diz Halpern.
ERRO
O lobby pró-Israel americano foi um dos maiores doadores da campanha eleitoral do presidente Barack Obama, em 2008. "Outros interesses do Brasil também podem ser afetados", diz Bernard Aronson, ex-secretário adjunto de Estado para assuntos interamericanos.
"Foi um enorme erro estratégico, o Brasil está jogando fora toda a boa vontade que havia com o País", disse Aronson. "O Congresso segue a questão do Irã e da aproximação com o Brasil muito de perto. Isso está prejudicando muito a imagem do Brasil aqui."
Segundo Aronson, o Brasil poderia ter seus interesses afetados. No ano passado, por exemplo, o senador Frank Lautenberg bloqueou a permanência do Brasil no Sistema Geral de Preferências, que concede vantagens tarifárias, por causa do caso do garoto Sean Goldman. "Esse é um exemplo de consequência."
Outro que já manifestou repetidas vezes sua insatisfação com a posição brasileira é o deputado democrata Eliot Engel, presidente do subcomitê do Hemisfério Ocidental da Câmara. O Comitê de Relações Públicas Americano-Israelense (Aipac, na sigla em inglês) e outras organizações judaicas gastaram, no ano passado, US$ 4 milhões com lobby para leis como a de sanções contra empresas que vendem petróleo refinado para o Irã, que acaba de ser aprovada no Senado.
PUNIÇÃO
A lei, de autoria do senador democrata Chris Dodd, impõe sanções a empresas que fornecem petróleo refinado ao Irã e companhias americanas ou subsidiárias estrangeiras que estejam fazendo negócios com o setor energético iraniano.
BRASIL - Amorim muda discurso e condena avanço iraniano
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, advertiu ontem que o enriquecimento de urânio a 80% é uma violação do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e qualquer menção sobre o tema não seria uma atitude construtiva. Esse ponto de vista foi apresentado pelo chanceler ao final de um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Suécia, Carl Bildt, após ser questionado sobre a declaração do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, de que seu país tem capacidade para enriquecer urânio a 20% ou 80%.
Amorim repetiu três vezes que "lamentaria" uma decisão nessa linha por parte do Irã, mas teve o cuidado de acrescentar que, até aquele momento, não havia "lido" as notícias sobre Teerã. Mais adiante, Amorim admitiu que o tema causa preocupação. "Todos nós estamos preocupados. Eu também estava muito preocupado com o Iraque (antes do início da guerra, em 2003) e fiquei mais preocupado depois", insistiu. "Fico preocupado também em encontrar o caminho certo."
Claramente nervoso com a notícia, Amorim manteve cautela diante dos jornalistas e declarou que não poderia adiantar nada sobre eventuais discussões sobre sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã - apoiadas pelos membros permanentes, exceto a China - ou sobre o processo de negociação de um acordo. O chanceler alegou que precisaria antes saber se a declaração de Ahmadinejad foi "retórica" ou "um arroubo".
"Não sei o que foi dito nem como foi dito. Evidentemente, enriquecer (urânio) a 80% será uma violação ao TNP", afirmou. "Acho até que falar nisso, embora não seja proibido, não é produtivo", completou o chanceler.
Apesar de afirmar que, em sua opinião, deve haver um "limite" nesse imbróglio nuclear que opõe o Irã ao Ocidente, Amorim insistiu que é preciso fazer um "esforço" de diálogo em prol de uma "solução pacífica".
Pelo segundo dia consecutivo, o chanceler sugeriu que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) convoque os negociadores iranianos para dar explicações sobre as recentes declarações de Ahmadinejad e de outras autoridades do país, que causaram reações no exterior.
JUSTIFICATIVA
Em uma atitude defensiva, Amorim justificou a insistência do governo brasileiro pela via da negociação, em um momento em que cinco das seis potências nucleares estão convencidas de que a imposição de sanções é o único meio de forçar o Irã a retomar o diálogo sobre o acordo de troca de urânio enriquecido a 3% por combustível nuclear, intermediado pela AIEA. O chanceler argumentou que a preocupação do Brasil é idêntica à dessas potências - a garantia de que não haverá proliferação de armas atômicas.
"Quando dizem que nós não deveríamos entrar (na questão), que isso é uma confusão, uma saia-justa, essas pessoas se esquecem que o mundo é um só e, se houver um problema grave no Irã, pode haver uma série de efeitos, desde o aumento do preço do petróleo até uma catástrofe humana, como ocorreu no Iraque antes da guerra", ponderou.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Marino escreveu:O ESTADO DE SÃO PAULO – 12/02/12O ESTADO DE SÃO PAULO – 12/02/12
EUA preparam retaliação ao Brasil
O apoio do Brasil ao Irã ameaça atrapalhar os interesses econômicos brasileiros nos EUA. O lobby pró-Israel no Congresso americano deixou de apoiar a abertura do mercado americano ao etanol brasileiro. "Estávamos nos esforçando para eliminar a tarifa sobre o etanol brasileiro, mas diante da aproximação do governo Lula com Ahmadinejad, paramos", disse ao Estado Jack Halpern, um dos diretores do Congresso Americano Judaico.
"Não podemos recompensar o Brasil com o vasto mercado americano enquanto seu governo apoia um regime ditatorial, que nega o Holocausto e está enriquecendo urânio", disse Halpern. O Congresso Americano Judaico e outros grupos de pressão judaicos gastam milhões de dólares por ano em lobbies e pesquisas para combustíveis renováveis.
O objetivo é reduzir a dependência dos EUA do petróleo do Oriente Médio e deixar de enriquecer os países da região, que se opõem a Israel. A entidade de Halpern, por exemplo, faz lobby para que os EUA passem a exigir carros flex.
Segundo fontes do Congresso, a relutância do governo brasileiro em endossar novas sanções ao Irã no Conselho de Segurança da ONU foi a gota d"água. Essas organizações tinham se alinhado com o Brasil no lobby para derrubar a tarifa sobre o etanol, mas deixaram tudo em suspenso. "O Brasil precisa entender que o apoio ao Irã traz consequências", diz Halpern.
ERRO
O lobby pró-Israel americano foi um dos maiores doadores da campanha eleitoral do presidente Barack Obama, em 2008. "Outros interesses do Brasil também podem ser afetados", diz Bernard Aronson, ex-secretário adjunto de Estado para assuntos interamericanos.
"Foi um enorme erro estratégico, o Brasil está jogando fora toda a boa vontade que havia com o País", disse Aronson. "O Congresso segue a questão do Irã e da aproximação com o Brasil muito de perto. Isso está prejudicando muito a imagem do Brasil aqui."
Segundo Aronson, o Brasil poderia ter seus interesses afetados. No ano passado, por exemplo, o senador Frank Lautenberg bloqueou a permanência do Brasil no Sistema Geral de Preferências, que concede vantagens tarifárias, por causa do caso do garoto Sean Goldman. "Esse é um exemplo de consequência."
Outro que já manifestou repetidas vezes sua insatisfação com a posição brasileira é o deputado democrata Eliot Engel, presidente do subcomitê do Hemisfério Ocidental da Câmara. O Comitê de Relações Públicas Americano-Israelense (Aipac, na sigla em inglês) e outras organizações judaicas gastaram, no ano passado, US$ 4 milhões com lobby para leis como a de sanções contra empresas que vendem petróleo refinado para o Irã, que acaba de ser aprovada no Senado.
PUNIÇÃO
A lei, de autoria do senador democrata Chris Dodd, impõe sanções a empresas que fornecem petróleo refinado ao Irã e companhias americanas ou subsidiárias estrangeiras que estejam fazendo negócios com o setor energético iraniano.
BRASIL - Amorim muda discurso e condena avanço iraniano
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, advertiu ontem que o enriquecimento de urânio a 80% é uma violação do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e qualquer menção sobre o tema não seria uma atitude construtiva. Esse ponto de vista foi apresentado pelo chanceler ao final de um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Suécia, Carl Bildt, após ser questionado sobre a declaração do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, de que seu país tem capacidade para enriquecer urânio a 20% ou 80%.
Amorim repetiu três vezes que "lamentaria" uma decisão nessa linha por parte do Irã, mas teve o cuidado de acrescentar que, até aquele momento, não havia "lido" as notícias sobre Teerã. Mais adiante, Amorim admitiu que o tema causa preocupação. "Todos nós estamos preocupados. Eu também estava muito preocupado com o Iraque (antes do início da guerra, em 2003) e fiquei mais preocupado depois", insistiu. "Fico preocupado também em encontrar o caminho certo."
Claramente nervoso com a notícia, Amorim manteve cautela diante dos jornalistas e declarou que não poderia adiantar nada sobre eventuais discussões sobre sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã - apoiadas pelos membros permanentes, exceto a China - ou sobre o processo de negociação de um acordo. O chanceler alegou que precisaria antes saber se a declaração de Ahmadinejad foi "retórica" ou "um arroubo".
"Não sei o que foi dito nem como foi dito. Evidentemente, enriquecer (urânio) a 80% será uma violação ao TNP", afirmou. "Acho até que falar nisso, embora não seja proibido, não é produtivo", completou o chanceler.
Apesar de afirmar que, em sua opinião, deve haver um "limite" nesse imbróglio nuclear que opõe o Irã ao Ocidente, Amorim insistiu que é preciso fazer um "esforço" de diálogo em prol de uma "solução pacífica".
Pelo segundo dia consecutivo, o chanceler sugeriu que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) convoque os negociadores iranianos para dar explicações sobre as recentes declarações de Ahmadinejad e de outras autoridades do país, que causaram reações no exterior.
JUSTIFICATIVA
Em uma atitude defensiva, Amorim justificou a insistência do governo brasileiro pela via da negociação, em um momento em que cinco das seis potências nucleares estão convencidas de que a imposição de sanções é o único meio de forçar o Irã a retomar o diálogo sobre o acordo de troca de urânio enriquecido a 3% por combustível nuclear, intermediado pela AIEA. O chanceler argumentou que a preocupação do Brasil é idêntica à dessas potências - a garantia de que não haverá proliferação de armas atômicas.
"Quando dizem que nós não deveríamos entrar (na questão), que isso é uma confusão, uma saia-justa, essas pessoas se esquecem que o mundo é um só e, se houver um problema grave no Irã, pode haver uma série de efeitos, desde o aumento do preço do petróleo até uma catástrofe humana, como ocorreu no Iraque antes da guerra", ponderou.
Toda essa predisposição ostensiva pró-Irã de CA, MAG e NJ podem ter efeitos danosos para coisas muito mais importantes para o Brasil. Espero que tudo isso não afete a predisposição francesa - que já se posicionou totalmente contra a política nuclear do Irã - de nos repassar a tecnologia do casco do submarino nuclear.
[]s
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Tudo é possível.Mas acho que a postura do Brasil bem coerente para com o Irã.Pois até o momento os EUA e Israel ou mesmo alguns países europeus não dispõem de nehuma prova contra o Irã nem mesmo a AIEA.Hoje pode ser o Irã depois o Brasil.O Brasil já deixou claro que apoia o projeto nuclear para fins pacíficos, mostrando maturidade e não indo atrás só porque alguém falou e mandou fazer.Temos que ter sim opinião propria baseada nas leis e acordos internacionais da qual nosso país sempre tentou pautar.Santiago escreveu:Marino escreveu: O ESTADO DE SÃO PAULO – 12/02/12
BRASIL - Amorim muda discurso e condena avanço iraniano
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, advertiu ontem que o enriquecimento de urânio a 80% é uma violação do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e qualquer menção sobre o tema não seria uma atitude construtiva. Esse ponto de vista foi apresentado pelo chanceler ao final de um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Suécia, Carl Bildt, após ser questionado sobre a declaração do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, de que seu país tem capacidade para enriquecer urânio a 20% ou 80%.
Amorim repetiu três vezes que "lamentaria" uma decisão nessa linha por parte do Irã, mas teve o cuidado de acrescentar que, até aquele momento, não havia "lido" as notícias sobre Teerã. Mais adiante, Amorim admitiu que o tema causa preocupação. "Todos nós estamos preocupados. Eu também estava muito preocupado com o Iraque (antes do início da guerra, em 2003) e fiquei mais preocupado depois", insistiu. "Fico preocupado também em encontrar o caminho certo."
Claramente nervoso com a notícia, Amorim manteve cautela diante dos jornalistas e declarou que não poderia adiantar nada sobre eventuais discussões sobre sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã - apoiadas pelos membros permanentes, exceto a China - ou sobre o processo de negociação de um acordo. O chanceler alegou que precisaria antes saber se a declaração de Ahmadinejad foi "retórica" ou "um arroubo".
"Não sei o que foi dito nem como foi dito. Evidentemente, enriquecer (urânio) a 80% será uma violação ao TNP", afirmou. "Acho até que falar nisso, embora não seja proibido, não é produtivo", completou o chanceler.
Apesar de afirmar que, em sua opinião, deve haver um "limite" nesse imbróglio nuclear que opõe o Irã ao Ocidente, Amorim insistiu que é preciso fazer um "esforço" de diálogo em prol de uma "solução pacífica".
Pelo segundo dia consecutivo, o chanceler sugeriu que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) convoque os negociadores iranianos para dar explicações sobre as recentes declarações de Ahmadinejad e de outras autoridades do país, que causaram reações no exterior.
JUSTIFICATIVA
Em uma atitude defensiva, Amorim justificou a insistência do governo brasileiro pela via da negociação, em um momento em que cinco das seis potências nucleares estão convencidas de que a imposição de sanções é o único meio de forçar o Irã a retomar o diálogo sobre o acordo de troca de urânio enriquecido a 3% por combustível nuclear, intermediado pela AIEA. O chanceler argumentou que a preocupação do Brasil é idêntica à dessas potências - a garantia de que não haverá proliferação de armas atômicas.
"Quando dizem que nós não deveríamos entrar (na questão), que isso é uma confusão, uma saia-justa, essas pessoas se esquecem que o mundo é um só e, se houver um problema grave no Irã, pode haver uma série de efeitos, desde o aumento do preço do petróleo até uma catástrofe humana, como ocorreu no Iraque antes da guerra", ponderou.
Toda essa predisposição ostensiva pró-Irã de CA, MAG e NJ podem ter efeitos danosos para coisas muito mais importantes para o Brasil. Espero que tudo isso não afete a predisposição francesa - que já se posicionou totalmente contra a política nuclear do Irã - de nos repassar a tecnologia do casco do submarino nuclear.
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
A questão é que o próprio Iran se declarou "um estado nuclear", com capacidade de enriquecer urânio a 100%.
Simplesmente puxou o tapete do Amorim e das gazelas do itamaraty.
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Parece que não há um sistema de inteligencia a apoiar o Itamaraty. Os caras são sempre os últimos a tomarem conhecimento e pelos jornaisMarino escreveu:A questão é que o próprio Iran se declarou "um estado nuclear", com capacidade de enriquecer urânio a 100%.
Simplesmente puxou o tapete do Amorim e das gazelas do itamaraty.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Tudo é possível.Mas acho que a postura do Brasil bem coerente para com o Irã.Pois até o momento os EUA e Israel ou mesmo alguns países europeus não dispõem de nehuma prova contra o Irã nem mesmo a AIEA.Hoje pode ser o Irã depois o Brasil.O Brasil já deixou claro que apoia o projeto nuclear para fins pacíficos, mostrando maturidade e não indo atrás só porque alguém falou e mandou fazer.Temos que ter sim opinião propria baseada nas leis e acordos internacionais da qual nosso país sempre tentou pautar.
Vai ser difícil inventar uma guerra contra o Irã, ainda mais depois de desmascarada a farsa das armas de destruição de massa no Iraque.
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
E se abandonarmos o barco agora que China e Rússia parecem não ter mais interesse por novas sanções perderemos um excelente mercado por nada. Essa notícia de 100% é bem discutível, parece mais um blefe de quem esta acuado.GustavoB escreveu:Tudo é possível.Mas acho que a postura do Brasil bem coerente para com o Irã.Pois até o momento os EUA e Israel ou mesmo alguns países europeus não dispõem de nehuma prova contra o Irã nem mesmo a AIEA.Hoje pode ser o Irã depois o Brasil.O Brasil já deixou claro que apoia o projeto nuclear para fins pacíficos, mostrando maturidade e não indo atrás só porque alguém falou e mandou fazer.Temos que ter sim opinião propria baseada nas leis e acordos internacionais da qual nosso país sempre tentou pautar.
Vai ser difícil inventar uma guerra contra o Irã, ainda mais depois de desmascarada a farsa das armas de destruição de massa no Iraque.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Manter e desenvolver o mercado é uma coisa. Defender e apoiar ostensivamente o regime iraniano é outra completamente diferente.marcelo l. escreveu:E se abandonarmos o barco agora que China e Rússia parecem não ter mais interesse por novas sanções perderemos um excelente mercado por nada. Essa notícia de 100% é bem discutível, parece mais um blefe de quem esta acuado.GustavoB escreveu:
Vai ser difícil inventar uma guerra contra o Irã, ainda mais depois de desmascarada a farsa das armas de destruição de massa no Iraque.
A Rússia, apesar dos bons negócios com o Irã, tb defende o endurecimento das medidas.
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Na verdade os Serviços de Inteligencia dos EUA tem informações de que o Iran tem a intensão de produzir armas nucleares e dissidentes do proprio Irã confirmnaram isso.
Logo, eu acho que uma intervenção militar é uma questão de tempo.
Logo, eu acho que uma intervenção militar é uma questão de tempo.
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Onde foi mesmo que ouvi essa história?Na verdade os Serviços de Inteligencia dos EUA tem informações de que o Iran tem a intensão de produzir armas nucleares e dissidentes do proprio Irã confirmnaram isso.
Ah, era a história aquela que um taxista tinha dito aos ingleses que o Saddan tinha armas químicas.
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
GustavoB escreveu:Onde foi mesmo que ouvi essa história?Na verdade os Serviços de Inteligencia dos EUA tem informações de que o Iran tem a intensão de produzir armas nucleares e dissidentes do proprio Irã confirmnaram isso.
Ah, era a história aquela que um taxista tinha dito aos ingleses que o Saddan tinha armas químicas.
Pessoalmente eu sinto que o Iran tem a in tensão de usar tecnologia nuclear para fins bélicos....eu não confio no descurso do senhor lobo
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Isso é o que dá desaparelhar os serviços de inteligência criados durante o governo militar, destroçar seu orçamento, perseguir seus antigos membros, considerar um ministério da defesa como um ministério vassalo-subordinado............ Não vejo a hora desse governo de merda acabar, porque não consigo considerar o Serra sendo mais imbecil que o Lula na política externa do país.Santiago escreveu:Parece que não há um sistema de inteligencia a apoiar o Itamaraty. Os caras são sempre os últimos a tomarem conhecimento e pelos jornaisMarino escreveu:A questão é que o próprio Iran se declarou "um estado nuclear", com capacidade de enriquecer urânio a 100%.
Simplesmente puxou o tapete do Amorim e das gazelas do itamaraty.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Por outro lado, enquanto estiverem entretidos no Oriente Médio, Ásia Central e Chifre da África podemos nos enganar com relação às bases na Colômbia.suntsé escreveu:GustavoB escreveu: Onde foi mesmo que ouvi essa história?
Ah, era a história aquela que um taxista tinha dito aos ingleses que o Saddan tinha armas químicas.
Pessoalmente eu sinto que o Iran tem a in tensão de usar tecnologia nuclear para fins bélicos....eu não confio no descurso do senhor lobo
Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Incrível como a nosso mídia consegue mixar tudo, no intuito de sempre fazer oposição partidária ao governo.
A posição do Governo Brasileiro é bem clara, o Irã tem o direito a desenvolver seu programa nuclear de modo pacífico, e nada até agora prova em contrário. Caso exista uma prova ou fatos que mudem a natureza do programa do Irã, aí sim nós mudaremos nossa posição. Não sei o que existe de complicado de entender tal fato.
[]´s
A posição do Governo Brasileiro é bem clara, o Irã tem o direito a desenvolver seu programa nuclear de modo pacífico, e nada até agora prova em contrário. Caso exista uma prova ou fatos que mudem a natureza do programa do Irã, aí sim nós mudaremos nossa posição. Não sei o que existe de complicado de entender tal fato.
[]´s