Confirmado: SCORPÈNE para MB

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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PRick

Re: Confirmado: SCORPÈNE para MB

#106 Mensagem por PRick » Sáb Jan 03, 2009 2:18 pm

gaitero escreveu:Os submarinos eram segundo relatos iniciais e anteriores a este acordo da classe “Scorpene“, mas o texto oficial dos estaleiros franceses DCN afirma agora:

“DCNS will act as prime contractor for four conventional-propulsion submarines to be built by the Joint Venture that will be set up by DCNS and Brazilian partner Odebrecht. The submarines will be designed in cooperation with Brazilian teams under DCNS design authority to meet the Brazilian Navy’s specific needs: They will be ideally suited to the protection and defence of the country’s 8,500 km coast. The first submarine is scheduled to enter active service in 2015.” Ou seja… Não são Scorpene, mas um novo submarino, desenvolvido de forma a cumprir as necessidades específicas do Brasil. Isto não teria que ser necessariamente assim, já que por exemplo, a Índia aceitou submarinos “Scorpene” clássicos, sem alterações de monta…

O acordo tem talvez ainda mais relevância no aspeto em que incluir a assistência da DCN na construção do novo submarino nuclear de ataque (SNA) brasileiro… Ignora-se contudo se este desenho será um derivado do Scorpene (o que pode ser interessante para encurtar prazos de desenvolvimento e custos de construção) ou se, pelo contrário, será uma evolução a partir da classe nuclear francesa Amethyste. A notícia da AP indica que poderá ser uma derivação a partir do Scorpene (”The Scorpene is a conventional diesel-powered attack vessel that Brazilian officials say will help them develop a nuclear-propelled submarine“). De qualquer forma, o Brasil não precisa de apoio na construção do reator, tecnologia que já domina, contudo quanto ao casco, é outra coisa… O casco do Amethyste já foi transformado pela DCN noutra classe de submarinos, a Turquoise, que usa a tecnologia AIP Mesma e portanto, a sua seleção como plataforma de base para o SNA seria vantajosa para o Brasil, já que o vital aspecto do treinamento poderia ser feito a bordo de navios franceses idênticos por marinheiros brasileiros. Transformar um Scorpene num SNA seria neste aspeto pelo menos bem mais problemático, porque nenhum Scorpene/Marlin do mundo tem hoje propulsão nuclear…

Todos os cinco submarinos serão construídos localmente pela empresa brasileira Odebrecht sob a supervisão e seguindo os planos da DCN, cabendo à empresa francesa desenvolver nas suas instalações na Europa alguns não especificados “key advanced-technology equipment“, reforçando a indicação de que não se trata de um “Scorpene” puro e se dúvidas ainda restassem, o texto oficial da DCN acrescenta ainda que “The designs for the Brazilian Navy will combine advanced technologies with innovations developed for other programmes, particularly with regard to hydrodynamics, acoustic discretion, automation and combat systems”, numa referência que se pode referir à combinação deste projeto de características do Turquoise com as do Scorpene.

Para finalizar.

A Odebrecht e a DCNS estão vendendo a localização do Estaleiro que será na região da Marambaia. O Estaleiro será civil e parte dele será destinado para construir o SBR e o almejado SNBR. O Governo está garantindo o estaleiro com a encomenda dos 4 SBR e do casco para o SNBR.
O primeiro será quase todo de fornecimento francês e montangem no Brasil, o índice de nacionalização irá aumentando, no primeiro serão por volta de 36 mil dos 250 mil itens do submarino, segundo levantamento da MB (espero que aumente exponencialmente) até o último SBR.

A estimativa é de mais de 2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos, apenas para a construção do estaleiro que será feito pela Odebrecht, parceira nacional da DCNS no projeto.
Sobre o SBR será baseado no Scorpène/Marlin (possivelmente com estabilizadores em X em vez de em cruz) e do Turquoise com modificações hidrodinâmicas e de manobra, o sistema operacional será o Subtics, e lançará exocet (não sei qual modelo, acredito que o 39)
Cara acho que alguém fez uma salada.

O RUBI/Ametista era um casco novo, derivado da experiência da DCN em construir os SSNB. A França foi o único país no mundo a partir direto para a construção de SSNB, ao invés de antes fazer um SSN.

Por esse motivo a Classe Rubi/Ametista foi o menor SSN. Dotado de motor principal elétrico e seu reator movia 02 turbo geradores elétricos.

O SSK Turquoise nada mais é que um casco de SSN RUBI, convertido para SSK, portanto, sem o reator, e no seu lugar possui motores diesel. Portanto deve ter o mesmo descolamento e características de casco dos SSN RUBI.

Key Data:

Rubis Amethyste Crew70
Turquoise Crew45

Dimensions:
Overall Length 75m
Beam 7,6m
Surface Displacement 2,420t
Submerged Displacement 2,730t

Performance:
Submerged Speed Over 20kt
Diving DepthOver 300m

Endurece

Amethyste - over 45 days
Turquoise - over 60 days


Nenhum Turquoise foi contruído, usando a tecnologia desenvolvida para o casco do AMETISTA e do novo SSBN, desenvolveram um SSK menor chamado Scorpene. Quem tem diâmetro do casco de 6,20 m, contra os 7,6m do RUBI/AMETISTA/TURQUOISE.

O Marlin é um desenvolvimento do casco do Scorpene, com tecnologia empregada nos SSN Sufren(ex-Barrcuda) e na nova classe de SSBN.

Portanto a DCNS possui 03 cascos diferentes, e desenvolvimentos a partir desse para oferecer a MB. O casco do Turquoise, o casco do Scorpene/Marlin e o casco do SUFREN(ex-Barracuda), a principal diferença tecnológica entre eles é o leme em X.

São 03 cascos de tonelagem diferente, o mais leve é o Scorpene/Marlin, com no máximo 1.700 toneladas na superfície, a versão com AIP. O mais pesado é o casco do SSN Sufren(ex-Barracuda) com 4.100 toneladas na superfície. O intermediário é o casco dos Ametista/Turquoise.

É claro existe o casco dos SSBN Triomphant, que desloca 14.100 toneladas em mergulho, capaz de mergulho acima de 500 metros. :twisted: :twisted:

Se a MB conseguir colocar seu reator no anel do casco de um RUBI, seria ótimo, porque poderíamos ter SSK e SNA usando o mesmo casco!

Portanto, ao contrário do que falou o maluco naquele artigo, a DCNS tem vários cascos modernos para a MB escolher. :wink:

Podemos fazer um enquete para saber qual seria o melhor opção para a MB.

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Re: Confirmado: SCORPÈNE para MB

#107 Mensagem por gaitero » Dom Jan 04, 2009 5:06 pm

Deve ter feito mesmo, por isto coloquei aqui..... :wink:

De qualquer forma da para se tirar informações sobre a contrução do estaleiro, da nacionalização de peças, da mudança de alguns sistemas do marlin ''puro'' e das possiveis modificações a serem realizadas pelo Brasil.

Depois que nosso amigo Prick esclareceu a ''salada'', ainda tiramos novas informações a respeito dos possiveis cascos. Seria mesmo conveniente realizar alguma enquete sobre qual casco será o escolhido ào SNB. :D

Abraço.




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Re: Confirmado: SCORPÈNE para MB

#108 Mensagem por Mapinguari » Dom Jan 04, 2009 10:27 pm

gaitero escreveu:Deve ter feito mesmo, por isto coloquei aqui..... :wink:

De qualquer forma da para se tirar informações sobre a contrução do estaleiro, da nacionalização de peças, da mudança de alguns sistemas do marlin ''puro'' e das possiveis modificações a serem realizadas pelo Brasil.

Depois que nosso amigo Prick esclareceu a ''salada'', ainda tiramos novas informações a respeito dos possiveis cascos. Seria mesmo conveniente realizar alguma enquete sobre qual casco será o escolhido ào SNB. :D

Abraço.
Me parece óbvio que o SBR (convencional) será baseado no Marlin, inclusive com o leme e atuadores em X. O nuclear deverá ser baseado no Barracuda/Suffren.




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Re: Confirmado: SCORPÈNE para MB

#109 Mensagem por gaitero » Seg Jan 05, 2009 11:50 am

Veremos......

Quanto ao marlin concordo, concordo até mesmo com o X.
Agora quanto ao SNB, tenho as minhas dúvidas :roll:




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Re: Confirmado: SCORPÈNE para MB

#110 Mensagem por Penguin » Qui Fev 11, 2010 9:43 pm

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‘Scorpène’ da Malásia é incapaz de mergulhar


O primeiro submarino da Malásia, um “Scòrpene” entregue em setembro de 2009, desenvolveu problemas que os tornaram impróprio para o mergulho, segundo o Ministro da Defesa da Malásia informou nesta quinta-feira.
O KD Tunku Abdul Rahman teve uma grande recepção no ano passado como o primeiro de dois submarinos encomendados à DCNS da França e à Navantia da Espanha, ao custo total de 3,4 bilhões de ringgit (961 milhões de dólares).
Batizado com o nome do primeiro primeiro-ministro do país, a aquisição foi considerada importante, apesar das alegações da oposição de corrupção no negócio.
“O submarino ainda pode mergulhar, mas quando foram detectados os defeitos, nós fomos alertados de que não se deve mergulhar”, disse o Ministro da Defesa, Ahmad Zahid Hamidi, a repórteres.
“As partes com defeitos estão ainda sob a garantia do fornecedor que está efetuando os reparos”, acrescentou.
O comandante da Marinha, Jaafar Abdul Aziz, disse que o problema surgiu pela primeira vez no sistema de refrigeração do submarino, em dezembro passado. Depois de ser consertado, outro defeito foi identificado em um sistema diferente, no mês passado.
“Esperamos que ele mergulhe novamente depois de 18 de fevereiro, para que possamos realizar os ensaios em águas tropicais”, afirmou Abdul Aziz.
O Comandante da Marinha disse que o segundo submarino, o KD Tun Razak, batizado com o nome do segundo premier do país, deve chegar da França em 31 de maio. Ele estava originalmente programado para ser entregue no final de 2009.
Os dois submarinos têm atraído controvérsia desde que o acordo foi assinado em 2002. A oposição da Malásia alega que 540 milhões de ringgit foram pagos a um colaborador próximo do primeiro-ministro Najib Razak, na intermediação do contrato dos submarinos.
Najib negou que houve qualquer tipo de corrupção no negócio, que foi feito quando ele era ministro da Defesa.

FONTE: AFP




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#111 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Qui Fev 11, 2010 9:49 pm

Pergunta: Leme em "X" é melhor que o leme em "+"?




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Re: Confirmado: SCORPÈNE para MB

#112 Mensagem por LeandroGCard » Qui Fev 11, 2010 10:04 pm

Ilya Ehrenburg escreveu:Pergunta: Leme em "X" é melhor que o leme em "+"?
Facilita o "pouso" no fundo, quando esta tática tem chances de ser empregada, o que só acontece em águas rasas. Dependendo do projeto pode também reduzir um pouco (apenas muito pouco) o arrasto do sub quando navegando na superfície.

Por outro lado complica o projeto dos comandos de atuação dos lemes, que precisam ser coordenados. Também pode aumentar o arrasto em manobras imersas.


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Re: Confirmado: SCORPÈNE para MB

#113 Mensagem por P44 » Sex Fev 12, 2010 6:55 am

LeandroGCard escreveu:
Ilya Ehrenburg escreveu:Pergunta: Leme em "X" é melhor que o leme em "+"?
Facilita o "pouso" no fundo, quando esta tática tem chances de ser empregada, o que só acontece em águas rasas. Dependendo do projeto pode também reduzir um pouco (apenas muito pouco) o arrasto do sub quando navegando na superfície.

Por outro lado complica o projeto dos comandos de atuação dos lemes, que precisam ser coordenados. Também pode aumentar o arrasto em manobras imersas.


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Ilya, por exemplo os U-212 construidos originalmente para operar no Báltico (águas pouco profundas) têm lemes "X"

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já os U-214 construidos para operar em águas profundas têm lemes em "+"

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Re: Confirmado: SCORPÈNE para MB

#114 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Sex Fev 12, 2010 7:48 pm

Então o leme em "X" não nos interessa. Precisamos do leme em "+"; O Atlântico é profundo. Se bem que... Para bloquear a bacia do Prata, um leme em "X" viria a calhar... [003] [003] [003] [003] [003]




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Re: Confirmado: SCORPÈNE para MB

#115 Mensagem por PRick » Sex Fev 12, 2010 9:18 pm

Ilya Ehrenburg escreveu:Então o leme em "X" não nos interessa. Precisamos do leme em "+"; O Atlântico é profundo. Se bem que... Para bloquear a bacia do Prata, um leme em "X" viria a calhar... [003] [003] [003] [003] [003]

O leme em X dá maior capacidade de manobra para o sub, será o caminho, os SSN Sufren tem leme em X e são feitos para atuar em mar aberto. O problema é que os controle X são mais complexos, trata-se de uma evolução.

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Re: Confirmado: SCORPÈNE para MB

#116 Mensagem por P44 » Ter Fev 16, 2010 10:09 am

Malaysian Scorpene Back on Track After Short Setback




Technical problems with KD Tun Razak attack submarines fixed by DCNS
http://www.defpro.com/daily/details/509/

08:53 GMT, February 16, 2010 defpro.com | Last week the Malaysian submarine programme, which received much attention during the past months, suffered a temporary setback as Malaysian Defence Minister Ahmad Zahid Hamidi had to announce that the country’s first Scorpene-class submarine, delivered in September 2009, was unfit for diving. Originally scheduled for tropical water trials, KD Tunku Abdul Rahman, a diesel-electric attack submarine named after country's first Prime Minister, had to remain on the wharf longer than expected.

According to the Minister, “the defects are still covered by warranty, so the supplier and contractor are repairing them.” Since, the technical problem has been fixed and the submarine is again capable to dive, as DCNS told depfro.com. Royal Malaysian Navy chief, Admiral Tan Sri Abdul Aziz Jaafar, confirmed that tropical water trials would resume on 18 February.

Different press reports, emerging last week, questioned the general performance of the submarines, reporting that this was the third case in a row of technical problems, since the submarine was launched at the shipyard of French naval manufacturer DCNS.

However, the Royal Malaysian Navy described the problem as “minor,” which indeed seems to be the case, as DCNS required only short time to repair the identified flaw. As Royal Malaysian Navy chief Admiral Tan Sri Abdul Aziz specified to reporters, “the damage involves a part that channels water pressure movement which caused the submarine's failure to launch underwater."

Malaysia ordered two Scorpene-class submarines in 2002 for some 3.4 billion ringgits ($961 million) from European naval industry partners DCNS and Navantia, who have jointly designed the Scorpene concept based on the proven Améthyste class. Technical problems after the launch of the submarine have prevented from transferring the submarine from France to Malaysia and resulted in a three month delay. Nevertheless, these problems can be classified as “teething” which many new products and systems experience. It is only unfortunate problems occur that prevent the submarine from doing what it should: dive.

According to a Malaysian daily newspaper, DCNS extended the warranty for the submarine, which was supposed to expire on 25 January, until May. This will give the required time to the KD Tunku Abdul Rahman for completing its trials and accomplishing the Initial Operational Capability (IOC). During these trials, the submarine is also expected to conduct the live firing of its SM39 Exocet anti-ship missiles. The newspaper suggests that the delivery of the second submarine, the KD Tun Abdul Razak, has been delayed until June of July due to the problems experienced with the first submarine. KD Tun Abdul Razak is reportedly carrying out a second phase of trials by Navantia and will conduct its first live torpedo firing late this year.


----
By Nicolas von Kospoth, Managing Editor
http://www.defpro.com/daily/details/509/




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Re: Confirmado: SCORPÈNE para MB

#117 Mensagem por tykuna » Ter Fev 16, 2010 11:58 am

Ilya Ehrenburg escreveu:Então o leme em "X" não nos interessa. Precisamos do leme em "+"; O Atlântico é profundo. Se bem que... Para bloquear a bacia do Prata, um leme em "X" viria a calhar... [003] [003] [003] [003] [003]

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Re: Confirmado: SCORPÈNE para MB

#118 Mensagem por Marino » Ter Fev 16, 2010 12:08 pm

Da série: "A volta dos que não foram", patrocinada pela FSP:
=============================
Símbolo de acordo, submarino fracassa

Compradora de modelo francês adquirido pelo Brasil reclama de problemas para fazer Scorpène submergir



IGOR GIELOW

SECRETÁRIO DE REDAÇÃO

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA



O Scorpène, submarino que simboliza o bilionário acordo militar Brasil-França, está passando por apuros no Oriente. O governo da Malásia, um dos raros compradores do modelo, afirmou que não consegue fazê-lo submergir em segurança.

Desde dezembro a Marinha local luta contra defeitos no barco, como uma falha no seu sistema de resfriamento. "O submarino ainda pode submergir, mas nós fomos alertados de que ele não deve fazer isso", disse na semana passada o ministro Ahmad Zahid Hamidi (Defesa), citado pela agência France Presse.

Ele afirmou que fará nova tentativa no mar no dia 18. A Malásia comprou dois Scorpène em 2002 por US$ 960 milhões, e a segunda unidade está com sua entrega atrasada em quase seis meses. Apesar de problemas na incorporação de novos sistemas militares não serem incomuns, o fato de o governo vir a público falar delas é sinal de sua gravidade.

O contrato foi alvo de polêmica, com denúncias de que um assessor do então ministro da Defesa ganhou propina da França para fechar o contrato. Hoje, o ministro é o premiê do país. Todas as partes envolvidas negam ter havido quaisquer irregularidades.



Acordo

O Scorpène será o novo modelo de submarino convencional do Brasil. No acordo assinado com a França em 2009, a parte referente à aquisição de quatro submarinos e seu apoio logístico é de R$ 5 bilhões no câmbio de sexta-feira passada.

O custo não é comparável ao modelo asiático porque o barco brasileiro tem características próprias, sendo, por exemplo, maior no comprimento.

O total do negócio chega a R$ 17 bilhões, por incluir a construção de base, estaleiro e do futuro modelo de propulsão nuclear brasileiro -fora a logística e os armamentos.

A Marinha do Brasil hoje usa modelos diesel-elétricos alemães, líderes do mercado mundial, e a mudança de padrão foi criticada como antieconômica. Quatro são da classe Tupi, uma nacionalização do chamado Tipo-209, e um é da mais avançada classe Tikuna.

A justificativa apresentada pela preferência do francês foi que o pacote incluía a tecnologia para fazer o modelo nuclear, o que os alemães não possuem
.

O Brasil domina o ciclo do combustível nuclear, em programa controlado pela Marinha, mas não a tecnologia para integrar casco, reator e sistema de propulsão.

Causou estranheza a observadores também o fato de o estaleiro francês DCNS ter subcontratado, sem licitação ou consulta oficial ao Brasil, a empreiteira Odebrecht para a construção das novas instalações no país.

Essa parte consome R$ 4,75 bilhões do acordo. O governo brasileiro afirma que os franceses ofereceram um pacote, e que a escolha da empreiteira já estava embutida nele

Hoje só há dois Scorpène ativos no mundo, no Chile. Além dos modelos da Malásia, estão previstos seis feitos sob licença na Índia e os quatro brasileiros.

O que a reporcagem não fala, e que até o BPN citou, é que este é o segundo problema ocorrido no sub malaio.
O primeiro foi uma avaria no sistema de refrigeração do navio, que obviamente impedia que o mesmo submergisse em águas tropicais.
Este segundo problema não foi explicitado, mas foi dito que em breve estaria resolvido, mostrando que era outra falha em algum equipamento não vital.
Parece que a FSP desconhece que equipamentos avariam, que precisam de manutenção preventiva e corretiva, e não sabemos a capacidade dos malaios, ainda mais com os primeiros submarinos de sua história, o que nos leva a deduzir que terão ainda muitos anos pela frente até conseguirem a capacitação necessária para manutenirem e operarem satisfatoriamente o meio.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Confirmado: SCORPÈNE para MB

#119 Mensagem por LeandroGCard » Ter Fev 16, 2010 12:54 pm

PRick escreveu: O leme em X dá maior capacidade de manobra para o sub, será o caminho, os SSN Sufren tem leme em X e são feitos para atuar em mar aberto. O problema é que os controle X são mais complexos, trata-se de uma evolução.

[]´s
Prick,

Poderia informar por favor de onde você tirou a informação de que os lemes em "X" melhoram a manobralidade dos submarinos? Que eles tornam o projeto mais complexo sim, isto é conhecimento comum, mas eu pessoalmente nunca vi esta afirmação sobre melhoria da manobralidade em nenhum artigo técnico, nem com relação a submarinos nem com relação a aeronaves.

O simples fato de que foram escolhidos para a classe Suffren não dá nenhuma indicação de que esta configuração contribua para melhor a manobralidade dos sub's. Seguindo a tendência pós guerra-fria esta classe terá capacidades para apoiar operações de inteligência e de forças especiais próximo ao litoral, operando em águas rasas, e por isso a adoção dos lemes em "X" faz sentido independentemente de qualquer eventual melhoria na capacidade de manobra destes submarinos.


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Re: Confirmado: SCORPÈNE para MB

#120 Mensagem por gaitero » Ter Fev 16, 2010 1:20 pm

Nossa, a muito tempo não entrava neste tópico...

Segue as utlimas informações:
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA

A Marinha do Brasil (MB) não adquiriu exatamente
o submarino Scorpène, mas, sim, o projeto do submarino convencional brasileiro (S-BR), derivado
do projeto básico da DCNS, o Scorpène. E seus lemes, assim como o projeto básico, terão o formato de cruz.

Releva notar que, diferentemente do que tem sido publicado, tanto na Europa quanto no
Brasil, o submarino Marlin é um novo projeto de submarino, que inclui alterações que vão bem
além dos lemes. Seu comprimento é de 75m, enquanto o do Scorpène é de 66,40m. Ainda que
ficassem limitadas aos lemes, as alterações já representariam grande impacto sobre o projeto, pois o
controle do submarino com lemes em X requer sofisticadíssimos programas de computador,
atuadores diferentes no interior do navio, impactando todo o sistema de controle da plataforma, que,
em larga medida, é automatizado.

Também, o Marlin, até o momento, é um projeto em desenvolvimento. Existe apenas seu
projeto de concepção, nada se tendo dito do projeto de exeqüibilidade, projeto de construção e, por
conseqüência, menos ainda do projeto detalhado, que só costuma ser elaborado quando da
existência de encomendas, que ainda não há. A bem da verdade, o Marlin ainda parece um projeto
um tanto distante.

Finalmente, para o Brasil, a simples mudança do formado dos lemes de cruz para X
implicaria alterações tais no projeto, inclusive no comprimento do submarino (alterações implicam
sempre outras alterações), que os custos se tornariam proibitivos.




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