Cara acho que alguém fez uma salada.gaitero escreveu:Os submarinos eram segundo relatos iniciais e anteriores a este acordo da classe “Scorpene“, mas o texto oficial dos estaleiros franceses DCN afirma agora:
“DCNS will act as prime contractor for four conventional-propulsion submarines to be built by the Joint Venture that will be set up by DCNS and Brazilian partner Odebrecht. The submarines will be designed in cooperation with Brazilian teams under DCNS design authority to meet the Brazilian Navy’s specific needs: They will be ideally suited to the protection and defence of the country’s 8,500 km coast. The first submarine is scheduled to enter active service in 2015.” Ou seja… Não são Scorpene, mas um novo submarino, desenvolvido de forma a cumprir as necessidades específicas do Brasil. Isto não teria que ser necessariamente assim, já que por exemplo, a Índia aceitou submarinos “Scorpene” clássicos, sem alterações de monta…
O acordo tem talvez ainda mais relevância no aspeto em que incluir a assistência da DCN na construção do novo submarino nuclear de ataque (SNA) brasileiro… Ignora-se contudo se este desenho será um derivado do Scorpene (o que pode ser interessante para encurtar prazos de desenvolvimento e custos de construção) ou se, pelo contrário, será uma evolução a partir da classe nuclear francesa Amethyste. A notícia da AP indica que poderá ser uma derivação a partir do Scorpene (”The Scorpene is a conventional diesel-powered attack vessel that Brazilian officials say will help them develop a nuclear-propelled submarine“). De qualquer forma, o Brasil não precisa de apoio na construção do reator, tecnologia que já domina, contudo quanto ao casco, é outra coisa… O casco do Amethyste já foi transformado pela DCN noutra classe de submarinos, a Turquoise, que usa a tecnologia AIP Mesma e portanto, a sua seleção como plataforma de base para o SNA seria vantajosa para o Brasil, já que o vital aspecto do treinamento poderia ser feito a bordo de navios franceses idênticos por marinheiros brasileiros. Transformar um Scorpene num SNA seria neste aspeto pelo menos bem mais problemático, porque nenhum Scorpene/Marlin do mundo tem hoje propulsão nuclear…
Todos os cinco submarinos serão construídos localmente pela empresa brasileira Odebrecht sob a supervisão e seguindo os planos da DCN, cabendo à empresa francesa desenvolver nas suas instalações na Europa alguns não especificados “key advanced-technology equipment“, reforçando a indicação de que não se trata de um “Scorpene” puro e se dúvidas ainda restassem, o texto oficial da DCN acrescenta ainda que “The designs for the Brazilian Navy will combine advanced technologies with innovations developed for other programmes, particularly with regard to hydrodynamics, acoustic discretion, automation and combat systems”, numa referência que se pode referir à combinação deste projeto de características do Turquoise com as do Scorpene.
Para finalizar.
A Odebrecht e a DCNS estão vendendo a localização do Estaleiro que será na região da Marambaia. O Estaleiro será civil e parte dele será destinado para construir o SBR e o almejado SNBR. O Governo está garantindo o estaleiro com a encomenda dos 4 SBR e do casco para o SNBR.
O primeiro será quase todo de fornecimento francês e montangem no Brasil, o índice de nacionalização irá aumentando, no primeiro serão por volta de 36 mil dos 250 mil itens do submarino, segundo levantamento da MB (espero que aumente exponencialmente) até o último SBR.
A estimativa é de mais de 2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos, apenas para a construção do estaleiro que será feito pela Odebrecht, parceira nacional da DCNS no projeto.
Sobre o SBR será baseado no Scorpène/Marlin (possivelmente com estabilizadores em X em vez de em cruz) e do Turquoise com modificações hidrodinâmicas e de manobra, o sistema operacional será o Subtics, e lançará exocet (não sei qual modelo, acredito que o 39)
O RUBI/Ametista era um casco novo, derivado da experiência da DCN em construir os SSNB. A França foi o único país no mundo a partir direto para a construção de SSNB, ao invés de antes fazer um SSN.
Por esse motivo a Classe Rubi/Ametista foi o menor SSN. Dotado de motor principal elétrico e seu reator movia 02 turbo geradores elétricos.
O SSK Turquoise nada mais é que um casco de SSN RUBI, convertido para SSK, portanto, sem o reator, e no seu lugar possui motores diesel. Portanto deve ter o mesmo descolamento e características de casco dos SSN RUBI.
Key Data:
Rubis Amethyste Crew70
Turquoise Crew45
Dimensions:
Overall Length 75m
Beam 7,6m
Surface Displacement 2,420t
Submerged Displacement 2,730t
Performance:
Submerged Speed Over 20kt
Diving DepthOver 300m
Endurece
Amethyste - over 45 days
Turquoise - over 60 days
Nenhum Turquoise foi contruído, usando a tecnologia desenvolvida para o casco do AMETISTA e do novo SSBN, desenvolveram um SSK menor chamado Scorpene. Quem tem diâmetro do casco de 6,20 m, contra os 7,6m do RUBI/AMETISTA/TURQUOISE.
O Marlin é um desenvolvimento do casco do Scorpene, com tecnologia empregada nos SSN Sufren(ex-Barrcuda) e na nova classe de SSBN.
Portanto a DCNS possui 03 cascos diferentes, e desenvolvimentos a partir desse para oferecer a MB. O casco do Turquoise, o casco do Scorpene/Marlin e o casco do SUFREN(ex-Barracuda), a principal diferença tecnológica entre eles é o leme em X.
São 03 cascos de tonelagem diferente, o mais leve é o Scorpene/Marlin, com no máximo 1.700 toneladas na superfície, a versão com AIP. O mais pesado é o casco do SSN Sufren(ex-Barracuda) com 4.100 toneladas na superfície. O intermediário é o casco dos Ametista/Turquoise.
É claro existe o casco dos SSBN Triomphant, que desloca 14.100 toneladas em mergulho, capaz de mergulho acima de 500 metros.
Se a MB conseguir colocar seu reator no anel do casco de um RUBI, seria ótimo, porque poderíamos ter SSK e SNA usando o mesmo casco!
Portanto, ao contrário do que falou o maluco naquele artigo, a DCNS tem vários cascos modernos para a MB escolher.
Podemos fazer um enquete para saber qual seria o melhor opção para a MB.
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