Noticias de Portugal

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Al Zarqawi
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Re: Noticias de Portugal

#1726 Mensagem por Al Zarqawi » Ter Fev 09, 2010 4:08 pm

cabeça de martelo escreveu:ESPECTÁCULO!!! Não há uma gang brasileira de seu nome Amigos dos Amigos?! Olha a versão portuguesa... :twisted: :roll: :evil:
Claro que tem Cabeça os "Unidos à Bósnia Herzegovina".Para já apenas um bloco de rua carnavalesco,no futuro quem sabe uma Escola de Samba.Gostamos de mulatas! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
Só tem coveiro de plantão.Até rio com isso. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




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Re: Noticias de Portugal

#1727 Mensagem por P44 » Qua Fev 10, 2010 10:55 am

Imprensa
NY Times dedica extenso artigo à crise portuguesa

Económico
10/02/10 12:25

Portugal saltou para as primeiras páginas dos principais jornais internacionais.



O jornal norte-americano ‘The New York Times' escreveu um extenso artigo sobre Portugal, "um país introvertido e modesto" que saltou para os holofotes dos mercados internacionais.

O periódico escolheu para título "Europa de olhos postos em Portugal" e logo no segundo parágrafo cita uma comerciante do Rossio, em Lisboa, que fala em "total desorganização política" no país.

Depois conta que Portugal, "um dos países mais introvertidos e modestos da Europa ocidental saltou inesperadamente para os holofotes dos mercados internacionais na semana passada". Porquê? Por causa "dos receios de que Portugal, tal como Espanha, esteja na mesma categoria que a Grécia, que ameaça a confiança no euro com o seu elevado endividamento".

O ‘The New York Times' cita depois José Sócrates, que garante estar preparado para o desafio de reduzir o défice para 3% até 2013 e descarta uma eventual intervenção de Bruxelas. No entanto, lê-se no artigo, "os mercados parecem não ter tanta certeza disso".

http://economico.sapo.pt/noticias/ny-ti ... 81283.html

--------------------------------------------


Eurobarómetro
90% dos portugueses consideravam situação económica "má"

Económico com Lusa
10/02/10 13:01


Mais de 90% dos portugueses consideram a situação económica do país "má", segundo os resultados de um Eurobarómetro feito entre Maio e Junho de 2009.

O inquérito mostrou ainda que a larga maioria dos europeus considerava a situação má ou muito má no seu país (quase 78%), uma percepção que piorou desde 2007 quando a percentagem era de 48%

Este Eurobarómetro, agora divulgado, inquiriu cidadãos dos 27 sobre a sua situação pessoal, a situação geral e acerca da inclusão social e protecção sociais.

A insatisfação com o aprovisionamento das pensões é generalizada em 18 Estados Membros, com uma média de -1, numa escala entre -10 (nada satisfeitos) a +10 (satisfeitos). Os portugueses apresentam um valor de -4,3 (82%), integrando o grupo dos mais desagradados, a par da Grécia, Bulgária, Roménia, Hungria e Croácia.

Nos países escandinavos e do Benelux aumenta a satisfação. No relatório, os portugueses também são dos mais descontentes com o preço da Energia, das casas e com a gestão da administração pública.

Neste último ponto, a média europeia é relativamente baixa (-1,2), sendo encontrado o valor português de -3.

Nota negativa à situação do emprego também é dada por 93% dos portugueses, assim como nos benefícios recebidos pelos desempregados (72% contra uma média de 45%) que acreditam que a situação piorou nos últimos cinco anos.

9% dos nacionais consideram ainda que o custo de vida no país é positivo. A média europeia é de 28%.

Avaliando o sistema de Saúde, 53% dos portugueses diz ser mau, num panorama geral europeu considerado satisfatório (64%).

Quarenta e 2% dos portugueses indica que nos últimos cinco anos a situação de pobreza e desigualdades piorou, quando 44% do geral dos cidadãos acha que está na mesma e 38% agravou-se.

Em Portugal, o inquérito foi realizado pela TNS Euroteste, entre 29 de Maio e 16 de Junho de 2009, a 1020 pessoas.

http://economico.sapo.pt/noticias/90-do ... 81287.html




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Re: Noticias de Portugal

#1728 Mensagem por P44 » Qua Fev 10, 2010 11:49 am





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Re: Noticias de Portugal

#1729 Mensagem por P44 » Qua Fev 10, 2010 7:33 pm

a imagem de Portugal no esgoto, graças ao sr. "inginheiro"
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February 10, 2010
Europe Watches as Portugal’s Economy Struggles
By RACHEL DONADIO

LISBON — Along the hilly, cobbled streets of this moody Atlantic city, known for its melancholy even in good times, people seem to be holding their breath, unsure if Portugal’s foundering economy will improve — or worsen, and weaken Europe’s overall financial health.

“We’re waiting for the government to do something, but they’re totally disorganized,” said Conceição Bobião, 63, a saleswoman in a shoe store off downtown Rossio Square, near monuments to the country’s colonial past.

One of Western Europe’s most introverted and unassuming countries, Portugal was unsuspectingly thrust into the international spotlight last week when markets plummeted on fears that it — and Spain — might be seen in the same category as Greece, whose soaring debt, deficit and credibility gap have been undermining confidence in the euro.

This week, the Socialist government of Prime Minister José Sócrates scrambled to reassure markets and its domestic constituency that it had what it took to bring its deficit — which reached 9.3 percent of gross domestic product last year — below the 3 percent ceiling set by the European monetary union by 2013.

“We will do the job in three years,” Mr. Sócrates said Tuesday in an interview in his official residence here. “It is a difficult job, of course, but I am prepared to do it.”

But markets and observers are not so sure. Beyond the economic crisis, the Socialist leader faces intense political pressure as he tries to reduce public sector spending. He lost his majority in September’s elections and now struggles to keep order with an unruly if unfocused opposition.

Last week, markets slumped after the commissioner for European economic and monetary affairs, Joaquín Almunia, listed Portugal, Greece and Spain as countries that had shown “a permanent loss of competitiveness” since they joined the European economic and monetary union.

Mr. Sócrates, a dapper dresser with an open, expressive face who underlines his points with theatrical hand gestures, seemed at turns deeply concerned with the gravity of his country’s problems, and puzzlingly dismissive of data on the European Union.

He rejected the notion that Portugal lagged behind European Union counterparts in productivity and skilled labor. “That is a preconceived idea,” he said. “It has nothing to do with our economy.”

Yet after decades of basing its economy on its low labor costs, Portugal was hit hard by the eastward expansion of the European Union and the loosening of trade barriers with Asia. Today, it struggles to compete with its richer European Union neighbors, having experienced flat growth in the past decade.

“Countries are like companies; you have to keep one step ahead,” said Camilo Lourenço, an economic commentator in Lisbon.

Portugal “didn’t recognize that it was becoming obsolete with E.U. expansion,” he added. “No one pays attention until there’s a shock.”

Mr. Lourenço said he did not think the government had the political skill or a coherent plan to bring the deficit in line. “That’s what worries me,” he said.

Mr. Sócrates attributed the steep rise in Portugal’s deficit to a sharp drop in tax revenue, and noted that it was not out of line with that of other European Union countries. France’s budget deficit for 2010 is expected to be 8.2 percent of gross domestic product, down from its earlier estimate of 8.5 percent, while Germany’s was 3.2 percent for 2009. Last month, Spain announced that its deficit had soared to 11.4 percent of G.D.P., well above its earlier estimates.

Having a deficit now is “very normal,” he said. “All the developed countries have problems now with their deficits.”

Some business leaders in Portugal seemed genuinely taken aback by last week’s market panic, especially since no new data had been published.

“Clearly the markets overreacted,” said Paulo Moita Macedo, a vice chairman at Millennium bcp, a Portuguese bank, who as Portugal’s top tax official from 2004 to 2007 earned plaudits for revamping the tax collecting system. “But no one disagrees that we need to spend less.”

Portugal’s debt is expected to rise to 85 percent of gross domestic product this year, from 76.6 percent in 2009, because of rising unemployment and government spending on infrastructure projects like dams, hydroelectric power systems and a high-speed rail line to Madrid.

Portugal’s main opposition, the Social Democrats, has criticized the government for throwing borrowed money at problems. Mr. Sócrates himself shunned the term “stimulus spending,” saying in the interview, “Not spending, investment.”

The government is hoping its track record will raise confidence. When Portugal’s deficit rose above 6 percent in 2005, it brought it below 3 percent by 2007 by cutting public spending.

“We did it in the past — we will do it again,” Finance Minister Fernando Teixeira dos Santos said Tuesday in a telephone interview. “We are the same guys. We are committed to doing it.”

But this time the same guys lack a solid majority.

Last Friday, Parliament sent an anti-austerity message by passing a regional spending bill to nearly double funds to Madeira and the Azores.

“I told Parliament that that would be a wrong message to pass to the markets,” Mr. Teixeira dos Santos said Tuesday. He said he would use all the laws in his power not to apply the increase.

Mr. Sócrates took pains to distinguish Portugal from Greece. He said the country had carried out “very serious” structural reforms in recent years, including reducing the public sector, raising the retirement age and changing the social security system. Unlike Greece or Italy, it has also instituted sophisticated e-banking systems in which citizens can file taxes at A.T.M.’s.

As talk grows of a possible bailout for Greece, Mr. Sócrates insisted that Portugal did not need help from the European Union. “We don’t need anything from Brussels,” he said emphatically.
http://www.nytimes.com/2010/02/10/world ... nted=print




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Re: Noticias de Portugal

#1730 Mensagem por tflash » Qua Fev 10, 2010 8:12 pm

Destas noticias é que eu gosto...
Negócio de 968,3 milhões de euros
Camargo Corrêa compra posição da Teixeira Duarte na Cimpor
10.02.2010 - 09h06
Por Inês Sequeira, Luís Villalobos
Jose Manuel Ribeiro/Reuters

Valor do negócio é de quase um milhão de euros
A Camargo Corrêa enviou hoje uma comunicação ao mercado na qual informa que chegou a acordo com a Teixeira Duarte para adquirir a posição de 22,17 por cento da construtora na cimenteira portuguesa, a 6,50 euros por acção.

O negócio, avaliado em 968,3 milhões de euros, pode ser ainda complementado com a compra de mais três por cento do capital da Cimpor, que, segundo comunicou a empresa brasileira é detido "por terceiros".
Isto elevaria o total de acções adquiridas a mais de 25 por cento do capital da cimenteira.
Os 6,50 euros por acção que a Camargo irá pagar correspondem a um prémio de 11,3 por cento sobre o preço a que as acções da Cimpor fecharam ontem em bolsa, e está acima do 5,75 euros que a CSN oferece na Oferta Pública de Aquisição (OPA) que está em curso até ao próximo dia 17.

Com este negócio, que representa a saída da Teixeira Duarte, a Camargo Corrêa junta-se aos brasileiros da Vototantim, que adquiriram os 17,3 por cento que eram detidos pelos franceses da Lafarge, posição essa que também foi disputada pela Camargo.

A Camargo, liderara por Vitor Hallack e cuja principal fonte de receitas é a construção, tentou um projecto de fusão com a Cimpor, estratégia que foi rejeitada pelo regulador do mercado de capitais, a CMVM. Desde então, o grupo tinha três hipóteses: ou se retirava, ou lançava uma OPA concorrente, ou adquiria uma posição inferior a 33 por cento. Acabou por escolher esta última via, depois de ter mantido que, independentemente do negócio entre a Lafarge e a Votorantim, seguido de um acordo entre a Votorantim e a CGD (juntos têm 27,2 por cento da cimenteira gerida por Bayão Horta) continuava a manter o seu interesse na Cimpor.

Hoje, ao anunciar o negócio com a Teixeira Duarte, a Camargo Corrêa afirmou que pretende "prosseguir uma estratégia que permita lançar as bases de um projecto industrial sustentado, de longo prazo e de elevada criação de valor para ambas as empresas e todos os seus 'stakeholders'."
Esta aquisição "é um testemunho da confiança no futuro da Cimpor e traduz a vontade séria da Camargo Corrêa de estabelecer uma presença duradoura, num quadro de estabilidade accionista", acrescenta.
O realinhamento accionista levou a que as acções da Cimpor e da Teixeira Duarte estivessem suspensas durante parte da amanhã, mas voltaram a ser negociadas logo pelas 9.30. A Teixeira Duarte fechou a sessão de hoje da Euronext Lisboa a subir 15,4 por cento para os 0,99 euros (registou a mauir subida do PSI 20), enquanto a Cimpor caiu 5,25 por cento (protagonizou a maior descida) ficando nos 5,54 euros (vinte e um cêntimos abaixo do preço da OPA da CSN, que ainda poderá rever a sua oferta até ao dia 12).
Através de um comunicado enviado às 12.30, a Teixeira Duarte adianta que da venda à Camargo poderá "resultar um impacto nas contas do primeiro trimestre de 2010 de cerca de 300 milhões de euros nos resultados individuais e de cerca de 90 milhões de euros nos resultados consolidados" da empresa.
A Votorantim e a Camargo Corrêa já estão juntas em dois outros negócios, na construção de uma fábrica de cimento no Paraguai e na Usiminas, siderúrgica concorrente da CSN.
No Brasil estão a decorrer averiguações, por parte das autoridades da concorrência, ligadas à suspeita de cartelização no cimento (concertação de preços) e que envolvem um conjunto de empresas que representam cerca de 90 por cento do mercado brasileiro, incluindo a Cimpor Brasil, Votorantim e Camargo Corrêa.

Notícia actualizada às 17.35




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Re: Noticias de Portugal

#1731 Mensagem por P44 » Qui Fev 11, 2010 8:41 am

Publicação: 10-02-2010 20:32 | Última actualização: 10-02-2010 20:46
PGR pode vir a ser acusado de crime de desobediência

O procurador-geral da República pode vir a ser acusado de um crime de desobediência. O juiz de instrução criminal de Aveiro quer que Pinto Monteiro devolva as gravações do processo Face Oculta e já o notificou por duas vezes.

Juiz de instrução de Aveiro ainda não destruiu gravações por estar à espera de expediente

Pinto Monteiro diz ter recebido 11 escutas e 3 meses afirmou ter recebido dezenas
Notícias País As escutas onde se ouve o primeiro-ministro ainda existem, apesar da ordem de destruição decretada pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça a 3 de Setembro, há mais de 5 meses.

O Juiz de Aveiro garante que quer cumprir mas não pode. O expediente que falta são precisamente as gravações que vieram para Lisboa. Dezenas de registos, entre os quais, os onze onde intervem José Sócrates.

Pinto Monteiro já decidiu que não têm relevância criminal, mas ainda não os devolveu à procedência.

Há mais de um mês, António Costa Gomes, o juiz de instrução
notificou o Procurador-geral para entregar os CD. Mas não obteve resposta.
A semana passada, o magistrado voltou a notificar Pinto Monteiro, mas desta vez com uma comunicação, ou seja, a ameaça do infractor poder vir a ser condenado pelo crime de desobediência.

Segundo o código Penal, o crime é punido com pena até 1 ano de prisão ou 120 dias de multa. E, em relação às escutas, há uma aparente contradição que o procurador-geral ainda não esclareceu.

Ontem, Pinto Monteiro dizia que apenas lhe tinham enviado 11, há 3 meses falava em várias dezenas.

Pinto Monteiro diz ter recebido 11 escutas, há 3 meses afirmou ter recebido dezenas

Pinto Monteiro garante que de Aveiro só recebeu conversas telefónicas do primeiro-ministro.

Ora, acontece que há menos de 3 meses, o procurador-geral da República emitiu um comunicado com os detalhes de toda a correspondência
recebida do Ministério Público de Aveiro.

E só as primeiras duas certidões continham já 23 CD, 6 delas relativas ao primeiro-ministro. Pinto Monteiro chegou a falar da enorme quantidade.

O comunicado de Novembro continuava com o rol de expediente enviado de Aveiro para a Procuradoria-geral. Centena e meia de CD, entre os quais cinco com a voz de Sócrates.

Agora Pinto Monteiro dá a entender que o crime de atentado ao Estado de Direito pode afinal estar ainda a ser investigado.

Apesar das explicações, as dúvidas permanecem.
http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais ... iencia.htm

Destaques » Portugal


Moura Guedes acusa António Vitorino de pressões

Por:Fernando Esteves, Pedro Jorge Castro e Vítor Matos

10 FEVEREIRO 2010

O socialista e advogado António Vitorino foi denunciado por Manuela Moura Guedes durante as audições na ERC (Entidade Reguladora da Comunicação) como o homem escolhido por José Sócrates para pressionar o grupo espanhol Prisa – proprietário da TVI – no sentido de acabar com o Jornal Nacional de sexta-feira, apurou a SÁBADO. No seu depoimento à ERC, a ex-subdirectora de informação disse que Bernardo Bairrão, actual CEO da Media Capital lhe tinha passado essa informação.

A SÁBADO recolheu informações indicando que António Vitorino terá falado várias vezes com os donos da TVI sobre a venda da estação. O ex-comissário europeu disse à SÁBADO que não fala “sobre questões da actividade profissional nem sobre clientes”, afirmando não estar a “confirmar nem a desmentir” uma relação como jurista com o grupo espanhol Prisa. Refira-se que António Vitorino, que escreveu o programa eleitoral do PS, e é advogado no maior escritório de advogados da Península Ibérica, o Cuatrecasas Gonçalves Pereira.

Sobre as acusações de Moura Guedes apenas disse: “Não vou dizer nada, nem sei se é verdade. Não comento mexericos”.

Bernardo Bairrão não se lembra de ter feito esse comentário com Manuela Moura Guedes, classificando as afirmações como “conversa de corredor”.

José Eduardo Moniz, por sua vez, quando prestou o seu depoimento à ERC, acusou o ex-ministro da Economia Manuel Pinho de prejudicar deliberadamente a TVI ao nível publicitário. Referiu uma campanha de 3 milhões de euros do Turismo de Portugal, que nunca passou na TVI.

“Um ministro não se mete na escolha de meios publicitários”, disse Manuel Pinho à SÁBADO. “Podia ter uma palavra a dizer na escolha campanha, ou se era mais dirigida à televisão, imprensa ou rádio”. Mais nada.

Mário Lino, ex-ministro da Obras Públicas, Transportes e Comunicações, segundo apurou a SÁBADO, manteve reuniões a sós no ministério com Rui Pedro Soares, o administrador da PT apanhado nas escutas divulgadas pelo Sol a conspirar para o Governo controlar grupos de comunicação social – nomeadamente a TVI.

O ex-ministro começou por dizer à SÁBADO que os seus contactos com a PT, que tutelava “eram feitos através do presidente do conselho de administração” e que nada sabia do negócio com a televisão. Mas não negou que mantivesse conversas com Rui Pedro Soares: “Conheço muita gente nas empresas com quem tenho relações pessoais de amizade e que nada têm a ver com a PT e nunca tive nenhuma reunião sobre a venda da TVI para além do que veio nos jornais.”

A propósito destas reuniões, Henrique Granadeiro, presidente da PT, disse à SÁBADO: “Desconheço em absoluto. Nem sei em que qualidade isso aconteceu, mas as pessoas podem falar umas com as outras em várias qualidades e tenho a certeza de que o ministro não tratou de matérias da minha competência com mais ninguém”.

Leia toda a história na edição da SÁBADO esta semana.
http://www.sabado.pt/Actualidade/Portug ... usivo.aspx




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Re: Noticias de Portugal

#1732 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Fev 11, 2010 2:36 pm

A ser verdade o que foi publicado, isso é uma coisa muito grave.
Não que simpatize com o jornalismo de sargeta da MMG, e a prova de que se trata de coisa pessoal é ela ter-se constituido assistente do processo Freeport, mas sinceramente, a substancia politica do que terá sido gravado e nunca desmentido é grave... gravíssimo.

Quanto ao que se terá passado com o Mário Crespo, sinceramente, eu sem deixar de acreditar ou não, acho que ele emprenhou pelos ouvidos, pois não ouviu a conversa de fonte propria, mas escreveu a cronica censurada com base no diz que disse.




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Re: Noticias de Portugal

#1733 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Fev 11, 2010 3:03 pm

decretada providência cautelar para impedir amanhã a continuação da transcrição das escutas referentes ao Processo Face Oculta, pelo semanário Sol.




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Re: Noticias de Portugal

#1734 Mensagem por P44 » Qui Fev 11, 2010 3:05 pm

Uma vergonha :evil:

a censura está de volta a este País, ou achas que é coincidência que todos aqueles que têm a coragem de criticar o "Grande Lider Iluminado" são calados?

Se calhar o António Pires de Lima já foi preso, pelo que chamou ontem ao sócrates na SIC Noticias?




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Re: Noticias de Portugal

#1735 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Fev 11, 2010 3:10 pm

Pois... o ideal seria uma clarificação total sobre tudo o que tem sido dito e publicado, e de preferencia que os média deixassem de ser tão controlados por grupos económicos, estes que dependem da teta do Estado para sobreviverem neste país paroquial.




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Re: Noticias de Portugal

#1736 Mensagem por Al Zarqawi » Qui Fev 11, 2010 3:50 pm

Rui Elias Maltez escreveu:A ser verdade o que foi publicado, isso é uma coisa muito grave.
Não que simpatize com o jornalismo de sargeta da MMG, e a prova de que se trata de coisa pessoal é ela ter-se constituido assistente do processo Freeport, mas sinceramente, a substancia politica do que terá sido gravado e nunca desmentido é grave... gravíssimo.

Quanto ao que se terá passado com o Mário Crespo, sinceramente, eu sem deixar de acreditar ou não, acho que ele emprenhou pelos ouvidos, pois não ouviu a conversa de fonte propria, mas escreveu a cronica censurada com base no diz que disse.
Eu devo acrescentar que nada simpatizo com o jornalismo sensacionalista de MMG.
Mas também concordo concordo consigo Rui Elias Maltez sobre a análise caso Mário Crespo.Ele insulta meio mundo em pressupostos muito subjectivos e não lida muito bem com a crítica.Isso é comum em Portugal nada de novo.
Por falar em indiscrição quanto ganha ele?E quanto ostenta ganhar?Como se fala no Brasil "Pimenta no cú dos outros é refresco".
Mistério.

Abs,




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Re: Noticias de Portugal

#1737 Mensagem por P44 » Qui Fev 11, 2010 4:03 pm

É isso, calemos todas as vozes incómodas ao "Chefe", já só falta o Medina Carreira, e continuemos, orgulhosamente sós, a caminho da Ditadura encapotada.

Ao menos no tempo da outra senhora TODA a gente sabia com o que contava. Agora nem isso...

Quanto ao MALANDRO do Mário Crespo, procurem ler as crónicas dele, eu sei que a verdade magoa, a diferença é que nos países avançados e civilizados, aqueles a que -talvez - um dia a gente chegue a ser algo parecido com isso, por muito menos que isto já a justiça (essa coisa que em portugal é uma anedota vergonhosa!) já teria actuado e investigado. Cá a única preocupação é esconder a verdade do zé povinho.
É como no "outro " processo, não interessa o contéudo das escutas, interessa é abafá-las.




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Re: Noticias de Portugal

#1738 Mensagem por P44 » Qui Fev 11, 2010 7:52 pm

Face Oculta
por Carlos Santos Neves, RTP actualizado às 21:23 - 11 Fevereiro '10
Jornal Sol sai para as bancas após providência cautelar
publicado 18:19 11 Fevereiro '10




O semanário Sol foi confrontado esta quinta-feira com uma providência cautelar interposta por Rui Pedro Soares, administrador executivo da Portugal Telecom, para travar a publicação de mais transcrições de escutas. A direcção do jornal garante que a edição de sexta-feira vai fazer "novas revelações sobre as escutas" do processo Face Oculta.

O semanário Sol revelou, na edição da passada sexta-feira, extractos do despacho em que o juiz de Aveiro responsável pela instrução do processo Face Oculta, António Costa Gomes, aponta para a existência de "indícios muito fortes da existência de um plano", com o envolvimento de José Sócrates, para controlar a TVI e afastar a jornalista Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz, antigo director-geral daquela estação televisiva.

O despacho do juiz de instrução criminal da Comarca do Baixo Vouga inclui transcrições de escutas telefónicas que envolvem o antigo ministro socialista Armando Vara, Paulo Penedos, assessor da Portugal Telecom, e Rui Pedro Soares, administrador executivo da empresa de telecomunicações.

Na sequência da notícia do Sol, o administrador executivo da Portugal Telecom interpôs, há dois dias, uma providência cautelar que visa impedir a publicação de notícias com transcrições de escutas que envolvam o seu nome. Numa nota citada pela agência Lusa, Rui Pedro Soares afirma que o tribunal determinou que o jornal "está impedido de publicar, por qualquer forma", conversas telefónicas em que tenha participado e que façam parte do processo Face Oculta.

O quadro da PT adianta que a decisão foi tomada por "um Tribunal Civil Português, numa providência cautelar" que impede o semanário de "distribuir e vender edições do Sol que contenham essas conversas e facultá-las a quem quer que seja". Rui Pedro Soares diz ainda esperar, "porventura em vão", que o jornal cumpra a providência cautelar.

"O Polvo" é manchete no Sol

O agente de execução e a advogada que se deslocaram esta quinta-feira às instalações do jornal pretendiam notificar o director José António Saraiva e as jornalistas Felícia Cabrita e Ana Paula Azevedo. A meio da tarde, um agente de execução permanecia no edifício do Sol, sem que a direcção do semanário se mostrasse disponível para receber a notificação. O agente de execução abandonou as instalações cerca das 18h15, depois de entregar o documento a um segurança.

De acordo com a edição on-line do Expresso, a próxima manchete do semanário terá como título "O Polvo" - o jornal divulga novas escutas relacionadas com o processo Face Oculta.
"Tenho perfeita consciência de que a decisão de um Tribunal valerá pouco ou nada para muitos, nomeadamente os que, nos últimos dias, têm tentado branquear as violações da lei perpetradas pelo Sol", sustenta Rui Pedro Soares no comunicado remetido à Lusa.

O administrador da Portugal Telecom argumenta também que as "histórias" publicadas pelo Sol, "como se provará pelos meios e no momento adequado, são manipulações".

"Enquanto cidadão, não posso compactuar com as graves violações de normas essenciais do Estado de Direito", acrescenta, para depois acusar o semanário de ter publicado um texto "truncado e manipulado".
"Manobras para controlar outros órgãos de comunicação social"

Em comunicado publicado esta noite, a direcção do Sol garante que o jornal "estará amanhã nas bancas como habitualmente, incluindo novas revelações sobre as escutas no processo Face Oculta".

As escutas em causa, indica a nota publicada na edição on-line do semanário, "provam manobras para controlar outros órgãos da comunicação social, além da TVI e condicionar jornalistas".

"A Direcção do jornal tomou conhecimento através da comunicação social de uma providência cautelar interposta por uma figura citada nas notícias, não tendo sido notificado, porém, nenhum membro da administração da empresa ou da direcção do jornal", lê-se no comunicado assinado por José António Saraiva, José António Lima, Mário Ramires e Vítor Rainho.
José Eduardo Moniz denuncia "ingerência"

A providência cautelar interposta pelo administrador executivo da PT foi conhecida no mesmo dia em que o antigo director-geral da TVI reiterou que houve "ingerência" do Executivo de Sócrates no processo que levou ao fim do bloco de notícias apresentado por Manuela Moura Guedes.

"Ontem houve uma pequena nuance nas afirmações do primeiro-ministro. Diz que não teve conhecimento formal [do negócio frustrado para a compra da TVI pela PT]. Anteriormente não tinha conhecimento puro e simples, o que significa que alguma coisa sabia do negócio", afirmou José Eduardo Moniz na capital de Moçambique, onde assinou, em representação da Ongoing, um acordo com um grupo de comunicação social daquele país.

"Que houve ingerência nestes processos relacionados com a TVI e outras entidades da parte do Governo, não tenho a mínima dúvida. Aliás, acho que hoje em dia, em Portugal, ninguém tem dúvidas sobre isso. Apenas se não conhecem os contornos específicos em que as coisas ocorreram", sustentou Moniz.

No entender do administrador da Ongoing, o jornalismo em Portugal pode sair fortalecido com este processo, uma vez que "a circunstância de se terem tornado conhecidos alguns episódios que envergonham quem deles participou" acabará por consolidar os princípios da "independência" e da "transparência". No entanto, José Eduardo Moniz considera também que o processo está inquinado "a partir do momento em que há despachos judiciais que impedem que se tornem conhecidas algumas conversas que poderiam contribuir" para o apuramento da verdade.

"Acho que sai muito beliscada a classe política de tudo isto, nomeadamente o primeiro-ministro e o Governo que liderou anteriormente, como também sai beliscado o poder judicial, porque são muitos os ziguezagues, são muitos os enredos em que o próprio sistema judicial se envolveu", prosseguiu o antigo director-geral da estação televisiva de Queluz de Baixo.

Moniz reiterou, ainda, que deixou a TVI porque "a partir de determinada altura tinha deixado de ser possível sustentar o ambiente que se tinha gerado": "Apercebia-me de que os accionistas da empresa estavam pressionados a vários títulos para actuar sobre a informação da empresa, nomeadamente sobre um jornal específico".
Governo demarca-se

Confrontado com a notícia da providência cautelar contra o semanário Sol, o ministro da Justiça, Alberto Martins, invocou o "princípio da separação de poderes" para se escusar a tecer quaisquer comentários.

"Não comento tudo o que está a ser apreciado no âmbito da justiça. A justiça tem as suas regras, os seus procedimentos próprios. À justiça o que é da justiça, é o princípio da separação de poderes", declarou Alberto Martins à margem do segundo dia de debate da proposta de Orçamento do Estado para 2010.

"Não comento, nem aprecio, nem julgo matérias que estão a ser apreciadas na justiça. Não me cabe isso nem farei isso. Isso cabe aos tribunais e aos seus órgãos próprios", reforçou o governante, acrescentando que "o princípio da separação de poderes é uma trave fundamental do Estado de Direito que o Governo respeita, a Assembleia da República respeita e todos temos o dever de respeitar".

Também o ministro dos Assuntos Parlamentares considerou que a providência cautelar contra a publicação de escutas no jornal Sol "é matéria em relação à qual o Governo nada tem a ver, é uma questão do foro judicial".

"O Governo não interefere com as competências dos tribunais", enfatizou Jorge Lacão.
Situação "embaraçosa para a liberdade de expressão"

Para o líder parlamentar do PSD, José Pedro Aguiar-Branco, a existência de uma providência cautelar contra o Sol corresponde a uma "situação, em termos globais, embaraçosa para a liberdade de expressão".

"Eu, em concreto, quanto a sentenças judiciais, não vou fazer nenhum comentário. A situação, na sua forma global, é que é um bocado embaraçosa para a liberdade de expressão", declarou Aguiar-Branco a partir do Parlamento.

A uma pergunta sobre quem estará a pôr em causa a liberdade de expressão no país, o dirigente social-democrata respondeu: "Podemos fazer aqui várias vezes ensaios sobre a pergunta e sobre a resposta, só que eu o que tenho a dizer é isto: em relação ao processo concreto, não me pronuncio; em relação à situação, em termos globais, é embaraçosa para a liberdade de expressão".
Decisões judiciais "têm que ser respeitadas por todos"

Pelo CDS-PP, Nuno Magalhães sublinhou que as "decisões judiciais devem ser respeitadas por todos", sem deixar de chamar a atenção para o "desconforto e a incomodidade" motivados pela providência cautelar contra o jornal Sol.

"Num Estado de Direito, as decisões judiciais têm que ser respeitadas por todos. Pode-se concordar ou pode-se discordar, mas têm que ser respeitadas. Dito isto, não deixamos de admitir e sublinhar que este caso causa socialmente algum desconforto e até incomodidade", declarou o porta-voz do partido.

O deputado democrata-cristão recusou-se a responder a mais questões, argumentando que desconhecia "quer o teor da decisão, quer o estado do processo".
"Episódio incendiário"

O líder do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza, classifica, por seu turno, de "episódio incendiário" a providência cautelar interposta para impedir o Sol de publicar mais notícias sobre as escutas do processo Face Oculta.

José Manuel Pureza abordou, de resto, no plenário da Assembleia da República, a notícia da providência cautelar interposta contra o jornal, ao intervir no encerramento do debate sobre o Orçamento do Estado para 2010.

"Perante o episódio incendiário de hoje, quero reafirmar ao Parlamento que o Bloco de Esquerda mantém como sempre a mesma atitude de separação entre a justiça e a política e de procurar aqui mesmo, que é o local próprio para a fiscalização dos actos do Governo, todo o esclarecimento que é devido ao país para que não reste nenhuma dúvida", afirmou o deputado do Bloco.

"Derrotismo seria no dia de hoje ignorar o clima de desagregação, de confusões judiciárias e sobretudo de recusa persistente de esclarecimento acerca de todas as dúvidas legítimas sobre como se portou o Estado e o Governo em relação à operação de compra da TVI e à eventual tentativa de condicionar a sua linha editorial", vincou José Manuel Pureza.
"Precedente preocupante" e "perigoso"

Os comunistas vêem na providência cautelar "um precedente preocupante" e "perigoso". Na óptica do deputado do PCP António Filipe, está em causa a liberdade de expressão, que constitui um "direito fundamental" com "uma importância democrática transcendente".

"Estamos a falar da liberdade de expressão, que é um direito fundamental, tem uma importância democrática transcendente e é com alguma preocupação que vemos qualquer decisão que possa traduzir-se em limitações ao exercício dessa liberdade", assinalou o deputado comunista.

Depois de ressalvar que não está em causa a "legitimidade das autoridades judiciais", que "exercem a sua competência e devem fazê-lo sem qualquer intromissão do poder político", António Filipe sustentou que "tudo aquilo que se traduza em limitações da liberdade de expressão" é "motivo de preocupação".

António Filipe defendeu ainda a necessidade de ser "cabalmente esclarecida", em sede de Comissão de Ética do Parlamento, a questão das "eventuais pressões feitas sobre a liberdade de imprensa e promiscuidade entre poder político e económico para condicionamento da comunicação social".

http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t= ... ual=3&tm=8




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Re: Noticias de Portugal

#1739 Mensagem por soultrain » Qui Fev 11, 2010 10:09 pm

Rui Elias Maltez escreveu:A ser verdade o que foi publicado, isso é uma coisa muito grave.
Não que simpatize com o jornalismo de sargeta da MMG, e a prova de que se trata de coisa pessoal é ela ter-se constituido assistente do processo Freeport, mas sinceramente, a substancia politica do que terá sido gravado e nunca desmentido é grave... gravíssimo.

Quanto ao que se terá passado com o Mário Crespo, sinceramente, eu sem deixar de acreditar ou não, acho que ele emprenhou pelos ouvidos, pois não ouviu a conversa de fonte propria, mas escreveu a cronica censurada com base no diz que disse.
Quanto à MMG, nada a dizer, mas não justifica o que se passou.

Agora o Mário Crespo é outra ceara. Além do seu curriculum que fala por si, ele recebeu por escrito o relato e confirmou com mais fontes antes de escrever o artigo, por isso muita calma nesse linchamento.

Não se esqueçam que não é de agora, é publico que o Sol foi alvo de pressão, através do Vara do BCP, o Publico, o Correio da Manhã, a RTP, a TVI e a SIC/Expresso. O DN, TSF, JN e Lusa pertencem ao regime.

Um amigo da RTP confidenciou-me que os telefonemas são mais ao menos normais em todos os governos, mas nunca como neste equipas de reportagem voltavam para trás.

Amanhã vem o escândalo.
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Re: Noticias de Portugal

#1740 Mensagem por P44 » Sex Fev 12, 2010 6:37 am

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Face Oculta
O ‘plano’ de Sócrates à beira das eleições

Por Ana Paula Azevedo e Felícia Cabrita
O SOL revela os despachos dos investigadores do ‘Face Oculta’, em que estes defenderam um inquérito ao mais alto nível: estava em curso um ‘plano’, com o primeiro-ministro à cabeça, para controlar a TVI e outros media

A explicação surge de forma simples e sem margem para dúvidas: surgiram «indícios muito fortes da existência de um plano em que está directamente envolvido o Governo, nomeadamente o senhor primeiro-ministro» , visando «a interferência no sector da comunicação social e afastamento de jornalistas incómodos». Isto a três meses das eleições legislativas e com «prejuízo» para a PT.

Os órgãos e as pessoas visadas nesse «plano» eram, em primeiro lugar, a TVI, José Eduardo Moniz e Manuela Moura Guedes. Mas mais: «resultam ainda fortes indícios de que as pessoas envolvidas no plano tentaram condicionar a actuação do senhor Presidente da República».

Estas são as palavras usadas pelo procurador da República e pelo juiz de instrução do processo ‘Face Oculta’ para fundamentar os despachos que deram, em final de Junho do ano passado, mandando extrair certidões para que fosse instaurado um inquérito autónomo ao referido «plano», que consideravam consubstanciar um crime de «atentado contra o Estado de Direito».

São estes despachos – até agora desconhecidos, do procurador João Marques Vidal e do juiz de instrução António Gomes – que o SOL revela e publica nesta edição. A sua leitura integral, bem como das principais escutas telefónicas que os suportam, permite perceber as razões por que dois magistrados consideraram que devia ser instaurado um inquérito que visaria directamente o primeiro-ministro e vários gestores da área do PS, alguns já arguidos no ‘Face Oculta’.

O aviso da PJ

O primeiro alerta foi dado no dia 12 de Junho por Teófilo Santiago, director da Polícia Judiciária de Aveiro e coordenador no terreno das investigações do ‘Face Oculta’. Entre as vigilâncias e escutas telefónicas montadas aos arguidos Armando Vara e Paulo Penedos – suspeitos, juntamente com altos quadros de grandes empresas públicas, de colaborar nos crimes de corrupção e tráfico de influências que permitiram ao empresário de Ovar, Manuel Godinho, ganhar uma série de concursos na área dos resíduos industriais – tinham surgido «situações» que lhe suscitavam «sérias dúvidas quanto à sua legalidade».

Em causa estavam as conversas de Paulo Penedos, dirigente do PS e assessor da PT, e de Armando Vara, antigo dirigente socialista e então vice-presidente do BCP. O primeiro falava com o administrador executivo Rui Pedro Soares – seu superior hierárquico e que no dia 3 de Junho fora a Madrid num avião a jacto, falar com a Prisa, proprietária da TVI – e outros altos quadros da empresa. Vara falava com empresários e com o primeiro-ministro, José Sócrates. Percebia-se que havia já um «negócio» com contornos definidos, de aquisição de parte da TVI pela PT, de uma forma encapotada.

No dia 23 de Junho, o procurador Marques Vidal mandou extrair certidão para se abrir um inquérito a estes factos. E justificou: há «fortes indícios da existência de um plano em que está directamente envolvido o Governo para interferência no sector da comunicação social visando o afastamento de jornalistas incómodos e o controlo dos meios de comunicação social». Um plano que se «concretizaria através de uma rede instalada nas grandes empresas e no sistema bancário» e que recorria até «a prestação de informações falsas às autoridades de supervisão».

O magistrado explicava ainda que a precipitação dos acontecimentos (o negócio iria ser assinado daí a dois dias) obrigava a avançar com urgência para a investigação. Para isso, pedia ao juiz de instrução que autorizasse a extracção de cópias das escutas, bem como dos relatórios policiais com os respectivos resumos. Nestas estavam incluídas as conversas de Vara com Sócrates.

O juiz, António Gomes, aceitou esta valoração das provas e disse mesmo que existiam «indícios muito fortes» – autorizando as cópias dos documentos e das escutas.

Estas duas certidões foram de imediato remetidas «em mão para superior apresentação», uma vez que o Ministério Público (MP) de Aveiro não tinha competência territorial para tal, além de estar em causa o primeiro-ministro. Seguiram-se, nos meses seguintes, mais seis certidões, que incluíam outras escutas telefónicas entretanto surgidas sobre o assunto e também documentos pedidos pelo procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro. Daí se ter assistido ao que o presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Noronha Nascimento, qualificou a certa altura como «certidões aos bochechos».

Contraste e mistério

Como se sabe, estas certidões foram apreciadas pelo PGR e por Noronha Nascimento, por estar em causa José Sócrates. Em Setembro e em Novembro, ambos consideraram não haver razão para instaurar um inquérito – um contraste muito grande com as argumentações do procurador e do juiz de Aveiro.

Pinto Monteiro, que nunca divulgou os seus despachos e respectiva fundamentação, anunciou em dois comunicados sucessivos (14 e 21 de Novembro passado) que «não existiam indícios probatórios» e que as matérias oriundas de Aveiro padeciam de «irrelevância criminal». Isto além de não poderem ser usadas como prova, pois só o presidente do STJ pode autorizar escutas que envolvam o primeiro-ministro. Noronha mandou destruir essas escutas e foi mais longe, num despacho divulgado em Dezembro: «O conteúdo [das escutas] em que interveio o primeiro-ministro, não revela qualquer facto, circunstância, conhecimento ou referência, susceptíveis de ser entendidos ou interceptados como indício ou sequer como sugestão de algum comportamento com valor para ser ponderado em dimensão de ilícito penal».

Além do contraste, existe um mistério sobre o que se terá passado ao nível do MP, que resultou na existência de decisões díspares. Como o PGR já revelou, houve reuniões «entre Maio e Junho», ao mais alto nível (Pinto Monteiro, João Marques Vidal e Braga Themido, procurador-distrital de Coimbra) só para discutir o ‘Face Oculta’.

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Socied ... e%20Oculta




Triste sina ter nascido português 👎
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