Mundo pós-2025

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Guerra
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Re: Mundo pós-2025

#46 Mensagem por Guerra » Dom Jan 31, 2010 9:00 pm

Bourne escreveu:
Santiago escreveu:
A Economia ainda é uma ciência humana e social...

[]s
Sei, sei, sei....

E qual o projeto do Brasil para 2025? Vai estar pensando em desenvolver que tipo de tecnologia, produto, como vai estar crescendo e distribuindo renda, quando vai se investir para formar capital humano, tecnologia e estrutura produtiva? Qual o plano secreto para fazer isso?

Ou será que tem gente que pensa que, no longo prazo, o país sustenta o crescimento e bom posicionamento global exportando commodities e tendo o crescimento impulsionado pelo consumo. Não dá para sustentar a possível quinta economia do mundo nessas bases, não passa de um gigante bobão. E este cenário não muda sem a ação governamental e plano para tal, por um passe de mágica não vai mudar. O que o Lula está fazendo com PAC e Pré-sal é um inicio, mas cadê o plano maior?

É bem provável que acreditem, mas isso vale para o curto prazo, no longo é outra história. Se bem que no longo prazo estaremos todos mortos. :mrgreen:
Mas esta errado o Brasil priorizar o investimento em infraestrutura. Adiantaria investir na produção tecnologica e ter estradas esburacadas?




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Re: Mundo pós-2025

#47 Mensagem por Bourne » Dom Jan 31, 2010 9:09 pm

Guerra escreveu:
Bourne escreveu: Sei, sei, sei....

E qual o projeto do Brasil para 2025? Vai estar pensando em desenvolver que tipo de tecnologia, produto, como vai estar crescendo e distribuindo renda, quando vai se investir para formar capital humano, tecnologia e estrutura produtiva? Qual o plano secreto para fazer isso?

Ou será que tem gente que pensa que, no longo prazo, o país sustenta o crescimento e bom posicionamento global exportando commodities e tendo o crescimento impulsionado pelo consumo. Não dá para sustentar a possível quinta economia do mundo nessas bases, não passa de um gigante bobão. E este cenário não muda sem a ação governamental e plano para tal, por um passe de mágica não vai mudar. O que o Lula está fazendo com PAC e Pré-sal é um inicio, mas cadê o plano maior?

É bem provável que acreditem, mas isso vale para o curto prazo, no longo é outra história. Se bem que no longo prazo estaremos todos mortos. :mrgreen:
Mas esta errado o Brasil priorizar o investimento em infraestrutura. Adiantaria investir na produção tecnologica e ter estradas esburacadas?
SIM!!!

As duas caminham juntas. Sem infra-estrutura não se viabiliza o aumento da produção e, sem produção tecnológica, não se cria novos produtos e serviços que dão competitividade a empresas nacionais frente ao mercado internacional, como também, oportunidades de crescimento.




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Re: Mundo pós-2025

#48 Mensagem por Guerra » Dom Jan 31, 2010 9:13 pm

Então fudeu, porque foi duas coisas neglicenciadas nessa pais a seculos.

Outra pergunta, essas previsões para o Brasil não se aplicam a China e India? Esses dois paises estão tendo uma melhor distribuição de renda do que o Brasil?




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Re: Mundo pós-2025

#49 Mensagem por LeandroGCard » Dom Jan 31, 2010 9:17 pm

Guerra escreveu:
Bourne escreveu: Sei, sei, sei....

E qual o projeto do Brasil para 2025? Vai estar pensando em desenvolver que tipo de tecnologia, produto, como vai estar crescendo e distribuindo renda, quando vai se investir para formar capital humano, tecnologia e estrutura produtiva? Qual o plano secreto para fazer isso?

Ou será que tem gente que pensa que, no longo prazo, o país sustenta o crescimento e bom posicionamento global exportando commodities e tendo o crescimento impulsionado pelo consumo. Não dá para sustentar a possível quinta economia do mundo nessas bases, não passa de um gigante bobão. E este cenário não muda sem a ação governamental e plano para tal, por um passe de mágica não vai mudar. O que o Lula está fazendo com PAC e Pré-sal é um inicio, mas cadê o plano maior?

É bem provável que acreditem, mas isso vale para o curto prazo, no longo é outra história. Se bem que no longo prazo estaremos todos mortos. :mrgreen:
Mas esta errado o Brasil priorizar o investimento em infraestrutura. Adiantaria investir na produção tecnologica e ter estradas esburacadas?
E adianta ter estradas maravilhosas apenas para distribuir produtos importados pelo país, enquanto as empresas brasileiras vão saindo do mercado? As ações tem que ser complementares e simultâneas, investimentos em infra-estrutura E em tecnologia.

O grande problema é que a indústria nacional (tecnologia é basicamente criada na indústria) não tem o hábito, por questões históricas, de criar tecnologia, e as também não há incentivo comercial para isso com a dificuldade de acesso aos mercados internacionais devido ao ambiente econômico interno desfavorável (muitos impostos, burocracia, distorções de preços, etc...) e à valorização da moeda. Estes problemas não se resolverão sozinhos, sem muito planejamento (tanto governamental quanto por parte da iniciativa privada) neste ponto tenho que concordar com o Bourne. O difícil é encontrar uma forma de executar este planejamento em conjunto, outros países tem fóruns onde governo e empresas particulares podem discutir e planejar o futuro em conjunto, mas no Brasil o governo e a iniciativa privada são praticamente inimigos.

Leandro G. Card




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Re: Mundo pós-2025

#50 Mensagem por Centurião » Dom Jan 31, 2010 9:53 pm

LeandroGCard escreveu:
Guerra escreveu: Mas esta errado o Brasil priorizar o investimento em infraestrutura. Adiantaria investir na produção tecnologica e ter estradas esburacadas?
E adianta ter estradas maravilhosas apenas para distribuir produtos importados pelo país, enquanto as empresas brasileiras vão saindo do mercado? As ações tem que ser complementares e simultâneas, investimentos em infra-estrutura E em tecnologia.

O grande problema é que a indústria nacional (tecnologia é basicamente criada na indústria) não tem o hábito, por questões históricas, de criar tecnologia, e as também não há incentivo comercial para isso com a dificuldade de acesso aos mercados internacionais devido ao ambiente econômico interno desfavorável (muitos impostos, burocracia, distorções de preços, etc...) e à valorização da moeda. Estes problemas não se resolverão sozinhos, sem muito planejamento (tanto governamental quanto por parte da iniciativa privada) neste ponto tenho que concordar com o Bourne. O difícil é encontrar uma forma de executar este planejamento em conjunto, outros países tem fóruns onde governo e empresas particulares podem discutir e planejar o futuro em conjunto, mas no Brasil o governo e a iniciativa privada são praticamente inimigos.

Leandro G. Card
Será que o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social não serve para resolver parte disso? Eu acho que estamos avançando em pesquisa (dado que o número de trabalhos publicados no Brasil subiu rapidamente nos últimos vintes anos), mas o que falta é a integração com a indústria. Também sei de uma nova lei que dá incentivos tributários a empresas que financiarem pesquisas e colaboração com universidades. Porém, não sei se é a eficácia de tal medida.

Quanto ao câmbio, acho que temos que aprender a conviver com esse nível, pois parece que veio para ficar. Temos que tirar proveito do fato de podermos importar bens de capital e soluções mais baratas para poder ajudar no desenvolvimento de nossos produtos. Veja o Canadá, por exemplo. Tem empresas de alta tecnologia como a RIM, que se não fosse pela quase paridade com o dólar americano, seria muito mais caro importar equipamentos para a empresa para desenvolver um produto de alto padrão como o Blackberry.




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Re: Mundo pós-2025

#51 Mensagem por LeandroGCard » Dom Jan 31, 2010 10:57 pm

Centurião escreveu:Será que o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social não serve para resolver parte disso? Eu acho que estamos avançando em pesquisa (dado que o número de trabalhos publicados no Brasil subiu rapidamente nos últimos vintes anos), mas o que falta é a integração com a indústria. Também sei de uma nova lei que dá incentivos tributários a empresas que financiarem pesquisas e colaboração com universidades. Porém, não sei se é a eficácia de tal medida.

Quanto ao câmbio, acho que temos que aprender a conviver com esse nível, pois parece que veio para ficar. Temos que tirar proveito do fato de podermos importar bens de capital e soluções mais baratas para poder ajudar no desenvolvimento de nossos produtos. Veja o Canadá, por exemplo. Tem empresas de alta tecnologia como a RIM, que se não fosse pela quase paridade com o dólar americano, seria muito mais caro importar equipamentos para a empresa para desenvolver um produto de alto padrão como o Blackberry.
O diagnóstico geral do problema já existe, bem como algumas propostas de soluções para ele. O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social seria uma delas, se tivesse algum poder decisório e não fosse apenas consultivo. Os incentivos à pesquisa também, e estão criando uma série de iniciativas em empresas geralmente pequenas que estão desenvolvendo diversos produtos novos com níveis razoáveis de inovação tecnológica.

O problema é que com a dificuldade de acesso aos mercados internacionais causada pelo câmbio estes produtos não são competitivos no mercado internacional, e portanto estas empresas tem pouca chance de sucesso duradouro, pois apenas o mercado nacional não gera volume suficiente de dinheiro que permita a manutenção de altos níveis de investimento necessários para sustentar uma política de inovação contínua capaz de manter a competividade (fora que o mercado local demanda um nível muito pequeno de inovação, a simples produção local do que vem de fora, licenciada ou não, já é suficiente para encantar o consumidor).

Para algumas poucas empresas que já tem posição consolidada internacionalmnete, como a Embraer, é possível tirar alguma vantagem do dólar mais barato, trazendo equipamentos e componentes e agregando valor no projeto do produto em si. Mas empresas menores ou que entraram no mercado internacional mais recentemente (a Embraer já tem grande parte de sua produção voltada para a exportação há mais de trinta anos, quando a China ainda era um país comunista fechado ao mundo) não tem como competir contra outras que já produzem em volumes maiores para mercados que já lhe são tradicionais.

Se as novas empresas, ou empresas nem tão novas mas que desejam iniciar o desenvolviento de produtos novos e inovadores que possam competir fora do país, pudessem começar e se manter por alguns anos provavelmente poderiam criar a "massa crítica" em termos de profissionais e infra-estrutura de P&D (ou seja, competência em projeto do produto como tem a Embraer) para se manter. Mas com as dificuldades internas que já mencionei e este nível de câmbio, isto é muito, muito difícil. Sem planejamento e apoio governamental então... .


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