Se tá deficitário, alguma alguma hora o dinheiro mingua, chega no limite de capacidade de endividamento e tem que voltar a produzir mais e consumir menos. O problema é ficar esticando essa capacidade como os EUA fizeram. A medida que o déficit aumenta, o mercado começa a dar estímulo para reverter a situação, como a desvalorização da moeda e tal.Bourne escreveu:A direção do envidamento externo é determinada pelas transações correntes que contempla a balança comercial, de serviços e movimento de capitais. A tendência do Brasil é ser deficitário em transações correntes e, assim, gerando endividamento externo que acaba levando a estrangulamentos externos ao crescimento e fechamento dos canais de financiamento. Isso é um fato ao longo da história brasileira.Vitor escreveu:Pura babaquice mercantilista. Déficit de comércio internacional não é problema, desde que não seja estimulado por emprésitmos e dívidas . Se tivemos superávit, quer dizer que temos mais dinheiro e quem tá do outro lado da (estranho uma linha imaginária onde por algum motivo mágico comércio vira déficit, né?) está com menos dinheiro, logo tem que consumir menos e produzir mais, e como temos muito dinheiro, podemos importar mais sem problema.
Ridículo reclamar que os brasileiros estão podendo importar mais, como se ter condições de consumir fosse pecado.
A idéia que superávit tem que ser constante e eterno é bizonha e insustentável a longo prazo. Veja o caso da China com os EUA, a China pôs na cabeça que tem que exportar loucamente, impedindo que a própria população consumisse o que ela mesmo produziu e melhorasse a qualidade de vida, porém os americanos não tinham condições de importar tanto, aí a China resolve patrocinar a dívida dos americanos. O que vai acontecer é que logo a dívida vai ficar insustentável e os chineses vão levar um belo calote.
A questão central não é o déficit comercial, mas como financiar um maior endividamento externo derivado do déficit em transações correntes. Um dos meios seria o Brasil ter multinacionais que remetessem lucro para o país, desenvolvessem tecnologia vendida para o exterior, um sistema financeiro capaz de financiar outros países, etc... Mas não tem ou não na escala necessária.
Então, como se financia o déficit? Se endivida e um dia tem que pagar. É o fardo da economia economia brasileira.
MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
NÃO À DROGA! NÃO AO CRIME LEGALIZADO! HOJE ÁLCOOL, AMANHÃ COGUMELO, DEPOIS NECROFILIA! QUANDO E ONDE IREMOS PARAR?
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Sim, as condições históricas anteriores, estavam dando aos EUA essa capacidade, criar riqueza sem produção correspondente, desvinculando a formação de sua moeda, de sua real capacidade de criar riqueza, entropia. Esses mecanismos nada tem haver com as explicações clássicas do Bourne, mas com a geopolitica pós-segunda guerra, que deixou Japão e Alemanha como mercados controlados a partir dos EUA. Não é possível formular teoria economica a partir do plano nacional, é preciso entender como se dá as relações globais, nenhuma teoria economica explicaria o que ocorre na economia dos EUA, somente, a partir dela mesma de 1970 para cá, graças as circunstâncias históricas, eles puderam fabricar riqueza.Vitor escreveu:Se tá deficitário, alguma alguma hora o dinheiro mingua, chega no limite de capacidade de endividamento e tem que voltar a produzir mais e consumir menos. O problema é ficar esticando essa capacidade como os EUA fizeram. A medida que o déficit aumenta, o mercado começa a dar estímulo para reverter a situação, como a desvalorização da moeda e tal.Bourne escreveu: A direção do envidamento externo é determinada pelas transações correntes que contempla a balança comercial, de serviços e movimento de capitais. A tendência do Brasil é ser deficitário em transações correntes e, assim, gerando endividamento externo que acaba levando a estrangulamentos externos ao crescimento e fechamento dos canais de financiamento. Isso é um fato ao longo da história brasileira.
A questão central não é o déficit comercial, mas como financiar um maior endividamento externo derivado do déficit em transações correntes. Um dos meios seria o Brasil ter multinacionais que remetessem lucro para o país, desenvolvessem tecnologia vendida para o exterior, um sistema financeiro capaz de financiar outros países, etc... Mas não tem ou não na escala necessária.
Então, como se financia o déficit? Se endivida e um dia tem que pagar. É o fardo da economia economia brasileira.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Virei neo-clássico
Sabia que um dia entraria no mainstream. Eiiiiii... American Economic Review, me aguarde que estou chegando, logo publicarei uma série de artigos com as minhas visões ortodoxas. Não é muito ambicioso. Melhor cursar o doutorado na USP antes, aguardem
Sabia que um dia entraria no mainstream. Eiiiiii... American Economic Review, me aguarde que estou chegando, logo publicarei uma série de artigos com as minhas visões ortodoxas. Não é muito ambicioso. Melhor cursar o doutorado na USP antes, aguardem
Editado pela última vez por Bourne em Seg Jan 18, 2010 11:51 pm, em um total de 1 vez.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Essa é a história da economia brasileira. A cada 10 - 15 anos é uma pancada do exterior. A coisa não é gradual por que tem uma monte de imperfeições que leva acumulo de tensões que uma hora ou outra estoura.Vitor escreveu:Se tá deficitário, alguma alguma hora o dinheiro mingua, chega no limite de capacidade de endividamento e tem que voltar a produzir mais e consumir menos. O problema é ficar esticando essa capacidade como os EUA fizeram. A medida que o déficit aumenta, o mercado começa a dar estímulo para reverter a situação, como a desvalorização da moeda e tal.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Explica sim. Pega a American Economic Review e leia. Ou, se preferir, qualquer revista do mainstream norte-americano. O resultado final será o mesmo.PRick escreveu:Sim, as condições históricas anteriores, estavam dando aos EUA essa capacidade, criar riqueza sem produção correspondente, desvinculando a formação de sua moeda, de sua real capacidade de criar riqueza, entropia. Esses mecanismos nada tem haver com as explicações clássicas do Bourne, mas com a geopolitica pós-segunda guerra, que deixou Japão e Alemanha como mercados controlados a partir dos EUA. Não é possível formular teoria economica a partir do plano nacional, é preciso entender como se dá as relações globais, nenhuma teoria economica explicaria o que ocorre na economia dos EUA, somente, a partir dela mesma de 1970 para cá, graças as circunstâncias históricas, eles puderam fabricar riqueza.[]´s
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Bourne escreveu:Explica sim. Pega a American Economic Review e leia. Ou, se preferir, qualquer revista do mainstream norte-americano.PRick escreveu:Sim, as condições históricas anteriores, estavam dando aos EUA essa capacidade, criar riqueza sem produção correspondente, desvinculando a formação de sua moeda, de sua real capacidade de criar riqueza, entropia. Esses mecanismos nada tem have com as explicações clássicas do Bourne, mas com a geopolitica pós-segunda guerra, que deixou Japão e Alemanha como mercados controlados a partir dos EUA. Não é possível formular teoria economica a partir do plano nacional, é preciso entender como se dá as relações globais, nenhuma teoria economica explicaria o que ocorre na economia dos EUA, somente, a partir dela mesma de 1970 para cá, graças as circunstâncias históricas, eles puderam fabricar riqueza.[]´s
Eu diria, que não ficaríamos restritos apenas ao campo da economia, seria necessário endenter a história, a geopolítica, a economia internacional, enfim, as relações políticas e geopolíticas mundiais, exatamente, o que Arrighi faz em seu livro, ele é multi-disciplinar, mais um livro de história, do que de economia. Repito, aqui, é muito difícil a conceituação, afinal, não se trata de debater teses ou teorias(ainda que ele não se furte a esse debate), mas de tentar entender a realidade atual e para onde estamos indo, aqui existe muito do que passei a chamar de arte.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Já leu os artigos para saber o que dizem e se tem caráter multidisciplinar?PRick escreveu:Bourne escreveu: Explica sim. Pega a American Economic Review e leia. Ou, se preferir, qualquer revista do mainstream norte-americano.
Eu diria, que não ficaríamos restritos apenas ao campo da economia, seria necessário endenter a história, a geopolítica, a economia internacional, enfim, as relações políticas e geopolíticas mundiais, exatamente, o que Arrighi faz em seu livro, ele é multi-disciplinar, mais um livro de história, do que de economia. Repito, aqui, é muito difícil a conceituação, afinal, não se trata de debater teses ou teorias(ainda que ele não se furte a esse debate), mas de tentar entender a realidade atual e para onde estamos indo, aqui existe muito do que passei a chamar de arte.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Não, mais posso afirmar ao contrário, sem o caráter multi-disciplinar será impossível entender como os EUA estão perdendo a hegemonia econômica. Para mim isso é indissociável ao Fim da Guerra Fria. A tríade EUA, Japão e Alemanha estava imersa na geopolítica da Guerra Fria, só puderam chegar ao patamar que estavam, porque a geopolítica da Guerra Fria distorcia as relações econômicas entre os mercados mundiais, existia uma barreira real, geopolítica, que impedia o mercado único global. Outro aspecto interessante, é que a interação entre essas 03 economias, eram subproduto das relações entre o Bloco Soviético, da China e dos EUA. Assim sendo, a queda do Império Americano está ligada ao Fim da Guerra Fria, interessante como o colapso da Cortina de Ferro permitiu uma rápida visão do paraíso para a economia do EUA na era Bil Klinton, e o fim de sua hegemonia pelo destravamento, ou melhor, com a entrada de 02 novos mercados no mundo global, quer dizer, China e Índia.Bourne escreveu:Já leu os artigos para saber o que dizem e se tem caráter multidisciplinar?PRick escreveu:
Eu diria, que não ficaríamos restritos apenas ao campo da economia, seria necessário endenter a história, a geopolítica, a economia internacional, enfim, as relações políticas e geopolíticas mundiais, exatamente, o que Arrighi faz em seu livro, ele é multi-disciplinar, mais um livro de história, do que de economia. Repito, aqui, é muito difícil a conceituação, afinal, não se trata de debater teses ou teorias(ainda que ele não se furte a esse debate), mas de tentar entender a realidade atual e para onde estamos indo, aqui existe muito do que passei a chamar de arte.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Sem mais perguntas senhores. Encerro a minha participação por enquanto.PRick escreveu:Não, mais posso afirmar ao contrário, sem o caráter multi-disciplinar será impossível entender como os EUA estão perdendo a hegemonia econômica. Para mim isso é indissociável ao Fim da Guerra Fria. A tríade EUA, Japão e Alemanha estava imersa na geopolítica da Guerra Fria, só puderam chegar ao patamar que estavam, porque a geopolítica da Guerra Fria distorcia as relações econômicas entre os mercados mundiais, existia uma barreira real, geopolítica, que impedia o mercado único global. Outro aspecto interessante, é que a interação entre essas 03 economias, eram subproduto das relações entre o Bloco Soviético, da China e dos EUA. Assim sendo, a queda do Império Americano está ligada ao Fim da Guerra Fria, interessante como o colapso da Cortina de Ferro permitiu uma rápida visão do paraíso para a economia do EUA na era Bil Klinton, e o fim de sua hegemonia pelo destravamento, ou melhor, com a entrada de 02 novos mercados no mundo global, quer dizer, China e Índia.Bourne escreveu:Já leu os artigos para saber o que dizem e se tem caráter multidisciplinar?
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Eu não entendo o porquê do nosso Bournyoncé ficar falando bonito essas pataquadas todas, deve estar cheio de pinga. É fácil de explicar em língua de gente o que aconteceu aos ianques e a quem foi na conversa deles: se a gente gasta sempre mais do que ganha acaba devendo e não podendo pagar, oras. Ah tá, mas países são uma kôza, pessoas são outra. Charla! Países são compostos por pessoas, então não são tão diferentes assim, a diferença é que países têm pessoas que se formam em Economia e ficam inventando teses e explicações complicadas sobre o que está na cara. E dê-le "transações correntes são diferentes de não sei o quê" e "isso não é aquilo" e "os meus amados EUA têm a pedra filosofal e vão transformar cocô de touro (aqui fiz um trocadilho que quem entender inglês vai sacar) em ouro" e malucagerns afins.
Ao fim e ao cabo a verdade continua a mesma: quem gasta mais do que ganha SIFU, como diria o nosso Presidente.
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Túlio escreveu:Eu não entendo o porquê do nosso Bournyoncé ficar falando bonito essas pataquadas todas, deve estar cheio de pinga. É fácil de explicar em língua de gente o que aconteceu aos ianques e a quem foi na conversa deles: se a gente gasta sempre mais do que ganha acaba devendo e não podendo pagar, oras. Ah tá, mas países são uma kôza, pessoas são outra. Charla! Países são compostos por pessoas, então não são tão diferentes assim, a diferença é que países têm pessoas que se formam em Economia e ficam inventando teses e explicações complicadas sobre o que está na cara. E dê-le "transações correntes são diferentes de não sei o quê" e "isso não é aquilo" e "os meus amados EUA têm a pedra filosofal e vão transformar cocô de touro (aqui fiz um trocadilho que quem entender inglês vai sacar) em ouro" e malucagerns afins.
Ao fim e ao cabo a verdade continua a mesma: quem gasta mais do que ganha SIFU, como diria o nosso Presidente.
Pois é, condições não economicas permitiram essa farra por um tempo, quer dizer geopolítica, do momento que essa deixou de favorecer essa condição econômica, tudo desabou por encanto, ou como se desmanchasse no ar.
Isso se deu porque Japão e Alemanha agiam como vassalos dos EUA, absorvendo os choques e as ineficiências da economia nortista, o mesmo pode-se dizer dos grandes protudores de petróleo do Oriente e os chamos Tigres Asiáticos. O móvel é político, e não econômico. Porém, com a China, India, Brasil e Rússia as coisas são diferentes.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Nas buenas, para mim isso aí é só conversa. Vou ilustrar com outro exemplo, até para não acharem que só fico pegando no pé dos EUA:
A Venezuela saiu gastando feito doida porque estava ganhando uma nota preta com o petróleo valorizadíssimo no mercado internacional e os ianques com muita sede por ele. Comprar à vista e comprar fiado, dar mesada para outros Países com ideologices assemelhadas, era e é com ela mesma. Bueno, não investiu para manter sua capacidade produtiva (insumos à produção petrolífera) nem para ganhar mais (diversificar sua economia) e gastar menos (produzir o que importa, como produtos agropecuários).
Bem, veio a crise, os ianques não querem mais tanto petróleo e o preço caiu. Pior, a Venezuela produz cada vez MENOS petróleo porque as instalações estão aos cacos e importa cada vez mais produtos básicos. Vai pagar com o quê? Vai é QUEBRAR porque gasta bem mais do que ganha...
A Venezuela saiu gastando feito doida porque estava ganhando uma nota preta com o petróleo valorizadíssimo no mercado internacional e os ianques com muita sede por ele. Comprar à vista e comprar fiado, dar mesada para outros Países com ideologices assemelhadas, era e é com ela mesma. Bueno, não investiu para manter sua capacidade produtiva (insumos à produção petrolífera) nem para ganhar mais (diversificar sua economia) e gastar menos (produzir o que importa, como produtos agropecuários).
Bem, veio a crise, os ianques não querem mais tanto petróleo e o preço caiu. Pior, a Venezuela produz cada vez MENOS petróleo porque as instalações estão aos cacos e importa cada vez mais produtos básicos. Vai pagar com o quê? Vai é QUEBRAR porque gasta bem mais do que ganha...
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Não é bem assim, mas está no caminho caro velhinho. A Venezuela vai sofrer de um estrangulamento externo, isto é, não tem recursos em moeda base para pagar as importações e outros serviços provenientes do exterior. O resultado é o aumento do endividamento que um dia estoura. Se o país tem uma moeda considerada de reserva, os horizonte de endividamento externo se dilatam na medida em que pode pagar seus negócios internacionais, não pagar por falta de moeda é impossível.Túlio escreveu:Nas buenas, para mim isso aí é só conversa. Vou ilustrar com outro exemplo, até para não acharem que só fico pegando no pé dos EUA:
A Venezuela saiu gastando feito doida porque estava ganhando uma nota preta com o petróleo valorizadíssimo no mercado internacional e os ianques com muita sede por ele. Comprar à vista e comprar fiado, dar mesada para outros Países com ideologices assemelhadas, era e é com ela mesma. Bueno, não investiu para manter sua capacidade produtiva (insumos à produção petrolífera) nem para ganhar mais (diversificar sua economia) e gastar menos (produzir o que importa, como produtos agropecuários).
Bem, veio a crise, os ianques não querem mais tanto petróleo e o preço caiu. Pior, a Venezuela produz cada vez MENOS petróleo porque as instalações estão aos cacos e importa cada vez mais produtos básicos. Vai pagar com o quê? Vai é QUEBRAR porque gasta bem mais do que ganha...
A questão central não é o endividamento em sim, mas sim como se financia e as condições de financiamento.
Parece que o Brasil está chegando no ponto de inflexão da sua relação com o exterior passando a uma posição de devedor novamente. O que faz emergir a questão: será que as condições são favoráveis para financiar o déficit daqui 5 - 10 anos? Considerando que nós últimos tempos os solavancos no mercado financeiro internacional são comuns e a oferta de fundo pode desaparecer a qualquer momento.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Crescimento do Brasil faz MAN elevar produção de caminhões no RJ
Empresa afirma que vai contratar mais 700 funcionários.
Produção anual aumentará de 50 mil para 72 mil veículos.
Da Reuters
A fabricante alemã de caminhões MAN planeja aumentar a capacidade de produção no Brasil em quase 50% e lançar um terceiro turno na fábrica de Resende (RJ). Assim, a companhia acompanha os movimentos da rival Daimler Trucks.
A produção aumentará para 72 mil veículos contra 50 mil no ano passado e 700 novos funcionários devem ser contratados, disse a MAN em declaração nesta quarta-feira (20).
"O Brasil deixou a crise econômica para trás e continuará a crescer este ano. Estamos confiantes de que outros países na América Latina também terão crescimento mais adiante", disse o presidente da MAN para América Latina, Antônio Roberto Cortes.
No ano passado, os negócios de Cortes controlavam cerca de 31% do mercado brasileiro para caminhões com mais de 5 toneladas, superando os concorrentes por sete anos seguidos.
Empresas como a Daimler e a MAN procuram aproveitar a onda gerada pela maior necessidade de infraestrutura à medida em que o Brasil se prepara para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Em setembro, a Daimler anunciou que aumentará sua equipe em 800 pessoas em São Bernardo do Campo (SP), sua maior fábrica de caminhões pesados fora da Alemanha.
A MAN adquiriu a unidade brasileira de caminhões pesados da Volkswagen. Os primeiros caminhões das marcas próprias da MAN TGX e TGS devem ser produzidos na unidade brasileira até o fim do ano.
Cerca de 400 mil veículos foram produzidos em Resende desde 1996, dos quais aproximadamente 60 mil foram da linha Constellation, da Volkswagen.
Empresa afirma que vai contratar mais 700 funcionários.
Produção anual aumentará de 50 mil para 72 mil veículos.
Da Reuters
A fabricante alemã de caminhões MAN planeja aumentar a capacidade de produção no Brasil em quase 50% e lançar um terceiro turno na fábrica de Resende (RJ). Assim, a companhia acompanha os movimentos da rival Daimler Trucks.
A produção aumentará para 72 mil veículos contra 50 mil no ano passado e 700 novos funcionários devem ser contratados, disse a MAN em declaração nesta quarta-feira (20).
"O Brasil deixou a crise econômica para trás e continuará a crescer este ano. Estamos confiantes de que outros países na América Latina também terão crescimento mais adiante", disse o presidente da MAN para América Latina, Antônio Roberto Cortes.
No ano passado, os negócios de Cortes controlavam cerca de 31% do mercado brasileiro para caminhões com mais de 5 toneladas, superando os concorrentes por sete anos seguidos.
Empresas como a Daimler e a MAN procuram aproveitar a onda gerada pela maior necessidade de infraestrutura à medida em que o Brasil se prepara para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Em setembro, a Daimler anunciou que aumentará sua equipe em 800 pessoas em São Bernardo do Campo (SP), sua maior fábrica de caminhões pesados fora da Alemanha.
A MAN adquiriu a unidade brasileira de caminhões pesados da Volkswagen. Os primeiros caminhões das marcas próprias da MAN TGX e TGS devem ser produzidos na unidade brasileira até o fim do ano.
Cerca de 400 mil veículos foram produzidos em Resende desde 1996, dos quais aproximadamente 60 mil foram da linha Constellation, da Volkswagen.
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ