Missão de Paz no Haiti
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- irlan
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Re: Missão de Paz no Haiti
Parece que o pessoal que ajudou no desastre aqui em Angra dos Reis vai(ou foi) para lá...alguém confirma isso?
Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
- Bolovo
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Re: Missão de Paz no Haiti
Como jogar toda sua reputação fora - Tomada dois - Gravando...
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Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Missão de Paz no Haiti
Bolovo escreveu:Como jogar toda sua reputação fora - Tomada dois - Gravando...
Esse cara é um sem noção, o seu país arrasado e ele pensando na sua reputação, em ganhar destaque na mídia.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- Skyway
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Re: Missão de Paz no Haiti
Já estão lá desde ontem.irlan escreveu:Parece que o pessoal que ajudou no desastre aqui em Angra dos Reis vai(ou foi) para lá...alguém confirma isso?
Um abraço!
AD ASTRA PER ASPERA
Re: Missão de Paz no Haiti
Eu discordo um pouco na parte destacada, acho que um casamento entre agronegócio e ecoturismo não seria o mais ideial para o Haiti. Prefiro o casamento de industria tecnológica com ecoturismo. Isso porque sabemos que para a tecnologia tamanho não é documento (é só ver o Japão), mas para a agricultura por mais que se apliquem técnicas maximizando a produação em uma determinada área seria difícil competir com países como Brasil, acho que só a área palantada de cana de açúcar no Brasil deve ser dezenas de vezes maior que o Haiti. Outro contra do agronegócio é a quantidade, não se compara o preço de um saco de açúcar com o de um robô (no caso do japão por exemplo), para se ter um lucro muito grande com a agricultura tem que se produzir muito.Moccelin escreveu:Eu sinseramente imagino que se não for o Brasil, que eu duvido muito, alguém vai adotar o Haiti.
Pode ser propaganda ideológica, mas nunca antes na história do mundo se viu tamanha mobilização para prestar apoio reconstrutivo a um país. Poderiam aproveitar que essa catástrofe praticamente destruiu o país para usa-lo como laboratório para outras regiões do mundo. Aproveitar que o Haiti fica estategicamente colocado numa região relativamente acessível, do lado dos EUA, de Cuba, e com um potencial de crecimento econômico razoável.
E aí me perguntam, que potencial? Ora, pode produzir cana, que gera combustível em abundância, a atual necessidade mundial, além da açucar. Já foram os reis do açúcar, e tem tudo pra ocupar posição de destaque se forem aplicadas lá as técnicas brasileiras, que são as mais modernas do ramo. Temos ainda o turismo! Ou seja, não estamos falando de um país da áfrica que não tem absolutamente NADA como alguns exemplos de lá.
O Brasil não precisa adotar o país, mas mandando pra lá uma subsidiária da Embrapa, por exemplo, algum investimento no agronegócio, enfim... As possibilidades são mil. O ÚNICO implecilho é o povo, que apesar de não ter problemas de conflitos étnicos graves tem um povo que tem aversão ao trabalho desde a sua independência.
Mas por isso que falo que lá pode ser usado como um LABORATÓRIO social, onde se tantará gerir o povo de lá, mantendo sua identidade religiosa e social, mas ensinando-os a reconstruir seu país. Se o mundo conseguir coordenar a reconstrução de um país no estado que está o Haiti hoje o próximo passo seria tentar trabalhar com países com problemas étnicos mais graves, como os africanos.
Obviamente o entrave seria conseguir fazer isso com o foco principal na reconstrução do páis pelo seu próprio povo com ajuda internacional, e não a criação de bonequinhos fantoches sob o comando de empresas visando SOMENTE o lucro, como costuma ser feito... Porque isso a longo prazo fode com tudo, deixa a população desconfiada, e gera um terreno fértil pra governos autoritários que tocam o foda-se no país (como o Papa Doc pra ficar no próprio exemplo haitiano).
Enfim, é A oportunidade para se fazer uma experiência a longo prazo e em proporções controláveis, resta saber se essa mobilização internacional vai permanecer com a saída dessa enchurrada de imprensa de lá (daqui a uns meses).
Mas para fazer do Haiti um polo exportador de tecnologia é preciso muita boa vontade política do mundo além de ser uma medida a longuíssimo prazo. É necessario muitos "cérebros" formados para produzir alguma tecnologia digna de exportação e acho que para isso deveriam enviar um bocado de crianças para estudar com bolsas no exterior, mas correndo o risco de nunca voltarem. Nesse prazo acho que o Haiti deveria sobreviver de turismo e algumas empresas multinacionais produzindo algo lá (como montadoras de carros) atraídas por leis trabalhistas mais flexíveis (mas não exploradoras do trabalhador).
Re: Missão de Paz no Haiti
Parabens ao SBT por ter flagrado e desmascarado esse oportunista, desalmado, sem brio, sem noção de pátria, pseudo-diplomatazinho de m......Bolovo escreveu:Como jogar toda sua reputação fora - Tomada dois - Gravando...
Paro por aqui, porque esse "ser" não merece nem ser xingado!
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Re: Missão de Paz no Haiti
só aqui o video não abre?
"A religião católica contém a Verdade total revelada por Deus e não dizemos isso com arrogância nem para desafiar ninguém. Não podemos diminuir esta afirmação" Dom Hector Aguer
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Re: Missão de Paz no Haiti
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Re: Missão de Paz no Haiti
olha serei sincero
odeio umbanda, macumba, candonblé e tudo mais
falem o que quiser, mas é claro que eles fazem muitas coisas para prejuizo alheio, não é mito pois minha mãe ja mexeu com isso, muita genteq ue conheço
então eu sei bem do que falo.
só não gostei que ele falou "onde tem africano ta f.." afinal, raça não define desastre
e alias
foi um terremoto, isso ocorre naturalmente, afinal nos eua teve, na europa teve, na china, japão, russia, e ai vai.
então nã otem o menor nexo o que ele falou neste quesito
odeio umbanda, macumba, candonblé e tudo mais
falem o que quiser, mas é claro que eles fazem muitas coisas para prejuizo alheio, não é mito pois minha mãe ja mexeu com isso, muita genteq ue conheço
então eu sei bem do que falo.
só não gostei que ele falou "onde tem africano ta f.." afinal, raça não define desastre
e alias
foi um terremoto, isso ocorre naturalmente, afinal nos eua teve, na europa teve, na china, japão, russia, e ai vai.
então nã otem o menor nexo o que ele falou neste quesito
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Re: Missão de Paz no Haiti
RidiculoDELTA22 escreveu:Parabens ao SBT por ter flagrado e desmascarado esse oportunista, desalmado, sem brio, sem noção de pátria, pseudo-diplomatazinho de m......Bolovo escreveu:Como jogar toda sua reputação fora - Tomada dois - Gravando...
Paro por aqui, porque esse "ser" não merece nem ser xingado!
Com um consul desses quem precisa de inimigos?
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Re: Missão de Paz no Haiti
Estados Unidos vão enviar 10 mil soldados para o Haiti
WASHINGTON – Os Estados Unidos enviarão mais navios de guerra, helicópteros e equipamentos militares ao Haiti nos próximos dias, o que fará o total de soldados americanos no país passar de mil 1.000 para 10.000 até segunda-feira, informou o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante Mike Mullen.
Já o secretário de Defesa, Robert Gates, que acompanhou Mullen em uma entrevista coletiva, negou que os militares americanos no Haiti esteja sendo vistos como integrantes de uma força de ocupação pelo país caribenho. “Não acho que eles nos vejam assim”, disse o chefe do Pentágono.
“Como estamos dando atendimento médico e distribuindo água e alimentos, acho que a reação (do povo haitiano) é de alívio, ao ver que os EUA dão eles este tipo de ajuda”, disse.
Ajuda financeira
Depois do forte terremoto que atingiu o Haiti na terça-feira, houve uma grande mobilização internacional de ajuda e as doações ao país já superam US$ 500 milhões – ou mais de 50% do orçamento do país (US$ 967,5 milhões em 2008).
A ajuda de EUA, Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento equivalem a US$ 400 milhões desse total.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na quinta-feira o envio de US$ 100 milhões, afirmando que ela é uma “ajuda inicial” para apoiar os esforços de assistência humanitária no Haiti.
Também na quinta-feira, o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse que a instituição oferecerá US$ 100 milhões “de forma imediata” para o Haiti se recuperar do terremoto da terça-feira.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou a doação emergencial de US$ 200 mil para os trabalhos humanitários mais imediatos, mas deve mas deve desbloquear US$ 90 milhões dos US$ 330 milhões que tem em carteira para desenvolvimento do Haiti, que é o país mais pobre das Américas. O montante será usado nos trabalhos de reconstrução mais prioritários do país caribenho.
Além disso, o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, anunciou que espera aprovar mais US$ 128 milhões em novas doações ainda neste ano.
A liberação de US$ 100 milhões em recursos emergenciais do Banco Mundial foi anunciada na quarta-feira. A instituição também está avaliando um fundo especial de reconstrução.
Outras doações de países e instituições
- Brasil: US$ 15 milhões
- ONU: US$ 10 milhões
- Grã-Bretanha: US$ 10 milhões
- Austrália: US$ 9,3 milhões
- Fundo para Segurança de Risco de Catástrofes do Caribe (CCRIF, em inglês): US$ 8 milhões
- Irlanda: US$ 5 milhões doados por empresas para a reconstrução das telecomunicações
- Canadá: US$ 4,8 milhões
- União Europeia: US$ 4,37 milhões
- Espanha: US$ 4,37 milhões
- Holanda US$ 2,9 milhões
- Alemanha: US$ 2,17 milhão
- Dinamarca US$ 2 milhões
- Itália US$ 1,5 milhões
- China: US$ 1 milhão
- Goldman Sachs: US$ 1 milhão
- Suécia: US$ 1 milhão
Outras
- Cruz Vermelha: US$ 5 milhões em doações coletadas por mensagem de texto
- Golfista Tiger Woods: US$ 3 milhões
- Atores Angelina Jolie e Brad Pitt: US$ 1 milhão
- Magnata americano Ted Turner: US$ 1 milhão
FONTE: Último Segundo, com informações de AP, Reuters e AFP
Blog terrestreAmericanos terão comando separado de brasileiros
Rodrigo Rangel
vinheta-clipping-forteEmbora lidere a missão de paz da ONU no Haiti, o Brasil não coordenará a ação dos 5 mil soldados americanos que chegarão nos próximos dias para auxiliar no socorro às vítimas do terremoto de terça-feira. Nas próximas horas, 3.500 paraquedistas dos EUA devem desembarcar no país caribenho. Outros 2 mil fuzileiros serão enviados em seguida. Com este contingente, o Brasil deixará de ser o país com o maior número de militares no país.
Até o terremoto, o Brasil tinha 1.266 militares do Exército em ação no território haitiano, todos subordinados à Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti. Dezenove países integram o efetivo militar da força de paz, que conta com 7 mil homens espalhados pelo país. “Cada país que enviar militares comandará o seu pessoal”, disse uma fonte do Exército brasileiro. O maior temor agora é que a população faminta ataque os caminhões da ONU que transportarão os suprimentos. A segurança no aeroporto deverá ser reforçada e a ajuda deverá sair em comboios escoltados por militares.
FONTE: O Estado de São Paulo, via Notimp
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Re: Missão de Paz no Haiti
é
esqueçam o haiti
o tio sam ja pegou para ele
esqueçam o haiti
o tio sam ja pegou para ele
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Re: Missão de Paz no Haiti
Por Ana Conceição, Agencia Estado, Atualizado: 15/1/2010 15:38
'Foi o pior dia da minha vida', diz militar brasileiro
O cabo Carlos Michael Pimentel de Almeida, do 5º Batalhão de Infantaria Leve de Lorena, que voltou ao Brasil hoje junto com outros 15 militares que serviam na missão de paz do Brasil no Haiti, contou como foi o período que passou no país após o terremoto de terça-feira. "Foi o pior dia da minha vida. A gente não podia fazer nada", disse em entrevista na Base Aérea de Guarulhos, pouco depois de desembarcar.
Almeida, de 23 anos e morador de Cachoeira Paulista, estava em missão no Haiti havia quase seis meses. Questionado sobre como se sente sendo um sobrevivente, o cabo disse que até agora não consegue entender muito bem o que aconteceu. "Não sei porque sobrevivi e meus amigos não. O que sentimos lá nunca vamos esquecer."
Ele disse que, na hora do terremoto, dormia na parte de cima de um beliche no terceiro andar do Forte 22, uma base de patrulhamento da missão brasileira na capital Porto Príncipe. "Estava descansando quando senti um forte tremor. Não entendi o que era. Quando vi, a laje tinha caído."
O cabo conseguiu escapar por baixo de um pedaço de laje que tinha caído sobre ele. Quando saiu do prédio, viu que os edifícios em volta tinham desmoronado. "Achei que era um atentado, mas, quando saí, vi que tudo tinha desmoronado." Almeida disse que, junto com outro colega, saiu para procurar reforços em bases brasileiras próximas porque populares já estavam na área do prédio procurando fuzis.
Baixas
De acordo com informações do Exército, dos 12 militares lotados no Forte 22, apenas quatro sobreviveram. Foi o local onde o Brasil teve mais baixas durante o tremor no Haiti. Em respeito às famílias dos militares, o cabo Almeida não quis detalhar informações sobre as condições em que os colegas morreram.
Ele disse que visitará cada uma delas assim que for liberado do Hospital Geral de São Paulo (HGeSP) no Cambuci, centro da capital, para onde será encaminhado junto com outros 15 militares que chegaram hoje. Almeida teve um pequeno corte na cabeça e escoriações nos braços.
O militar foi recebido hoje pela mãe, o pai e um irmão na Base Aérea de Guarulhos e estava muito emocionado. Sua família não quis dar entrevistas. Apesar do sofrimento, ele disse que quer voltar ao Haiti no futuro porque o país vai precisar de toda a ajuda possível.
Também desembarcaram hoje em Guarulhos vindos do Haiti o tenente-coronel Alexandre José dos Santos, o capitão Renan Rodrigues de Oliveira, o primeiro-tenente Rafael Araújo de Souza, o primeiro-sargento Rômulo César de Miranda Carvalho, os terceiros-sargentos Tareck Souza de Pontes, Gilberto Emílio Marafon, Willians Mendes Pereira e Carlos Alberto da Fonseca, os cabos Eugênio Pesaresi Neto, Adriano de Barros Cavalcante, Luís Paulo das Chagas Lima e Alcibíades Orlando dos Santos Ferreira, e os soldados Daniel Coelho da Silva, Diovani de Souza Silva Thomaz e Welington Soares Magalhães.
Dois militares que deveriam ter vindo hoje optaram por ficar no Haiti. São eles o terceiro-sargento Antônio Carlos Pereira de Novaes e o fuzileiro naval sargento Mário Ubiratan Ferreira.
'Foi o pior dia da minha vida', diz militar brasileiro
O cabo Carlos Michael Pimentel de Almeida, do 5º Batalhão de Infantaria Leve de Lorena, que voltou ao Brasil hoje junto com outros 15 militares que serviam na missão de paz do Brasil no Haiti, contou como foi o período que passou no país após o terremoto de terça-feira. "Foi o pior dia da minha vida. A gente não podia fazer nada", disse em entrevista na Base Aérea de Guarulhos, pouco depois de desembarcar.
Almeida, de 23 anos e morador de Cachoeira Paulista, estava em missão no Haiti havia quase seis meses. Questionado sobre como se sente sendo um sobrevivente, o cabo disse que até agora não consegue entender muito bem o que aconteceu. "Não sei porque sobrevivi e meus amigos não. O que sentimos lá nunca vamos esquecer."
Ele disse que, na hora do terremoto, dormia na parte de cima de um beliche no terceiro andar do Forte 22, uma base de patrulhamento da missão brasileira na capital Porto Príncipe. "Estava descansando quando senti um forte tremor. Não entendi o que era. Quando vi, a laje tinha caído."
O cabo conseguiu escapar por baixo de um pedaço de laje que tinha caído sobre ele. Quando saiu do prédio, viu que os edifícios em volta tinham desmoronado. "Achei que era um atentado, mas, quando saí, vi que tudo tinha desmoronado." Almeida disse que, junto com outro colega, saiu para procurar reforços em bases brasileiras próximas porque populares já estavam na área do prédio procurando fuzis.
Baixas
De acordo com informações do Exército, dos 12 militares lotados no Forte 22, apenas quatro sobreviveram. Foi o local onde o Brasil teve mais baixas durante o tremor no Haiti. Em respeito às famílias dos militares, o cabo Almeida não quis detalhar informações sobre as condições em que os colegas morreram.
Ele disse que visitará cada uma delas assim que for liberado do Hospital Geral de São Paulo (HGeSP) no Cambuci, centro da capital, para onde será encaminhado junto com outros 15 militares que chegaram hoje. Almeida teve um pequeno corte na cabeça e escoriações nos braços.
O militar foi recebido hoje pela mãe, o pai e um irmão na Base Aérea de Guarulhos e estava muito emocionado. Sua família não quis dar entrevistas. Apesar do sofrimento, ele disse que quer voltar ao Haiti no futuro porque o país vai precisar de toda a ajuda possível.
Também desembarcaram hoje em Guarulhos vindos do Haiti o tenente-coronel Alexandre José dos Santos, o capitão Renan Rodrigues de Oliveira, o primeiro-tenente Rafael Araújo de Souza, o primeiro-sargento Rômulo César de Miranda Carvalho, os terceiros-sargentos Tareck Souza de Pontes, Gilberto Emílio Marafon, Willians Mendes Pereira e Carlos Alberto da Fonseca, os cabos Eugênio Pesaresi Neto, Adriano de Barros Cavalcante, Luís Paulo das Chagas Lima e Alcibíades Orlando dos Santos Ferreira, e os soldados Daniel Coelho da Silva, Diovani de Souza Silva Thomaz e Welington Soares Magalhães.
Dois militares que deveriam ter vindo hoje optaram por ficar no Haiti. São eles o terceiro-sargento Antônio Carlos Pereira de Novaes e o fuzileiro naval sargento Mário Ubiratan Ferreira.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Re: Missão de Paz no Haiti
15/01/2010 - 18h39
Amorim pede aos EUA prioridade para pousos de aviões brasileiros no Haiti
Keila Santana
Especial para o UOL Notícias
Em Brasília
O governo brasileiro relatou aos Estados Unidos nesta sexta-feira (15) os problemas enfrentados por aviões do Brasil no aeroporto da capital do Haiti, Porto Príncipe, atingida por um forte tremor na última terça-feira. Atualmente o controle do aeroporto está sob o cuidado dos americanos.
O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, falou por telefone com a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton. "Eu mencionei o problema que está havendo de acesso da própria Minustah [Missão de Estabilização da ONU no Haiti] ao aeroporto e dos próprios aviões brasileiros, inclusive alguns deles levando ajuda, e que estão com dificuldades de chegar lá", relatou Amorim. A Minustah tem 12 mil pessoas em operação no país e é liderada pelo Brasil.
Segundo Amorim, Hillary reiterou que não há intenção de interferir nas ações do Brasil e das Nações Unidas no país. "Ela afirmou que as forças norte-americanas que estão lá são para fins humanitários essencialmente, e reiterou que não querem e não devem interferir com a manutenção da ordem, que é tarefa da Minustah. Mas sempre pode haver uma descoordenação."
O ministro Celso Amorim disse que Hillary Clinton vai tomar providências para garantir que não haja impedimento ao acesso dos aviões brasileiros e afirmou que os Estados Unidos não pretendem ofuscar a liderança do Brasil na força de paz da ONU no Haiti.
"É importante ter clareza que nós estamos sendo tratados com a prioridade adequada e a secretária de Estado mais uma vez manifestou que o Brasil tem liderança nesse processo e que a nossa ajuda e nossa presença tem que ser tratada de maneira adequada. Ela manifestou preocupação com eventuais maus entendidos que possa haver e esclareceu os objetivos das forças norte-americanas", disse.
Segundo Amorim, a secretária de Estado dos EUA concordou com a criação de uma conferência dos países doadores, sob o comando das Nações Unidas, com a participação do Brasil, Estados Unidos e Canadá, por exemplo.
"Ainda não há data. Na emergência cada um está fazendo o que pode. O importante agora é coordenar para evitar problemas no terreno, porque à vezes muita gente querendo ajudar se esbarram e atrapalha. À medida que o tempo passa vamos tratar de outros aspectos, mas estamos conversando", disse.
Amorim pede aos EUA prioridade para pousos de aviões brasileiros no Haiti
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Em Brasília
O governo brasileiro relatou aos Estados Unidos nesta sexta-feira (15) os problemas enfrentados por aviões do Brasil no aeroporto da capital do Haiti, Porto Príncipe, atingida por um forte tremor na última terça-feira. Atualmente o controle do aeroporto está sob o cuidado dos americanos.
O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, falou por telefone com a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton. "Eu mencionei o problema que está havendo de acesso da própria Minustah [Missão de Estabilização da ONU no Haiti] ao aeroporto e dos próprios aviões brasileiros, inclusive alguns deles levando ajuda, e que estão com dificuldades de chegar lá", relatou Amorim. A Minustah tem 12 mil pessoas em operação no país e é liderada pelo Brasil.
Segundo Amorim, Hillary reiterou que não há intenção de interferir nas ações do Brasil e das Nações Unidas no país. "Ela afirmou que as forças norte-americanas que estão lá são para fins humanitários essencialmente, e reiterou que não querem e não devem interferir com a manutenção da ordem, que é tarefa da Minustah. Mas sempre pode haver uma descoordenação."
O ministro Celso Amorim disse que Hillary Clinton vai tomar providências para garantir que não haja impedimento ao acesso dos aviões brasileiros e afirmou que os Estados Unidos não pretendem ofuscar a liderança do Brasil na força de paz da ONU no Haiti.
"É importante ter clareza que nós estamos sendo tratados com a prioridade adequada e a secretária de Estado mais uma vez manifestou que o Brasil tem liderança nesse processo e que a nossa ajuda e nossa presença tem que ser tratada de maneira adequada. Ela manifestou preocupação com eventuais maus entendidos que possa haver e esclareceu os objetivos das forças norte-americanas", disse.
Segundo Amorim, a secretária de Estado dos EUA concordou com a criação de uma conferência dos países doadores, sob o comando das Nações Unidas, com a participação do Brasil, Estados Unidos e Canadá, por exemplo.
"Ainda não há data. Na emergência cada um está fazendo o que pode. O importante agora é coordenar para evitar problemas no terreno, porque à vezes muita gente querendo ajudar se esbarram e atrapalha. À medida que o tempo passa vamos tratar de outros aspectos, mas estamos conversando", disse.
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