Missão de Paz no Haiti
Moderador: Conselho de Moderação
- eligioep
- Sênior
- Mensagens: 1963
- Registrado em: Qua Fev 27, 2008 4:25 pm
- Agradeceu: 402 vezes
- Agradeceram: 341 vezes
Re: Missão de Paz no Haiti
Para variar, a equipe da China já está em Port au Prince. Ponto para os chineses. E nós?
Até os americanos vão fazer uma "operação de guerra", com o envio de grande contingente para "segurança". Quando o Haiti precisava de ajuda para segurança, eles não foram, mas agora, que o problema é fome e sede, aí eles vão....
É a China aumentando a presença e influência dela, e bem no nariz dos americanos.
Queria saber se o prédio que os EUA estavam construindo para servir de QG de tropas e embaixada foi afetado....
Até os americanos vão fazer uma "operação de guerra", com o envio de grande contingente para "segurança". Quando o Haiti precisava de ajuda para segurança, eles não foram, mas agora, que o problema é fome e sede, aí eles vão....
É a China aumentando a presença e influência dela, e bem no nariz dos americanos.
Queria saber se o prédio que os EUA estavam construindo para servir de QG de tropas e embaixada foi afetado....
- alex
- Sênior
- Mensagens: 2433
- Registrado em: Sáb Ago 30, 2003 8:49 pm
- Agradeceu: 10 vezes
- Agradeceram: 79 vezes
Re: Missão de Paz no Haiti
Organização e meios, sempre prontos.Pouca gambiarra e profissionalismo.
Os americanos dão inveja desta organização.
Os americanos dão inveja desta organização.
Re: Missão de Paz no Haiti
Muitos soldados gringos, mas acho que não vão fazer muito mais que o trampo de segurança...
O trampo de resgate e vasculhar os escombros provavelmente vão ficar para os nossos soldados e dos demais países que estão lá...
O trampo de resgate e vasculhar os escombros provavelmente vão ficar para os nossos soldados e dos demais países que estão lá...
- delmar
- Sênior
- Mensagens: 5257
- Registrado em: Qui Jun 16, 2005 10:24 pm
- Localização: porto alegre
- Agradeceu: 206 vezes
- Agradeceram: 504 vezes
Re: Missão de Paz no Haiti
E OS FRANCESES! ONDE FICARAM OS FRANCESES NOSSOS MAIORES ALIADOS?
Haiti é uma ex colonia francesa e, até o momento, não escutei nada a respeito da ajuda francesa. O que vimos foi o Brasil (Lula) falando diretamente com os EUA (Obama) para combinarem ações conjuntas, inclusive na ONU, e concordando sobre o que fazer.
Ou seja, na hora do pega-pra-capá aqui na América do Sul e Central será o Brasil e os EUA que vão ter que descascar em conjunto o abacaxi. Isto ficou muito claro neste episódio. Ninguém da Europa virá para se meter no rolo. Gostem ou não os "vermelhos e rosas" o futuro que antevejo para esta parte do mundo é o Brasil e os EUA como os reis do pedaço por aqui, unidos para impedirem que os chineses tomem conta de nossa horta.
Vai ter algum reflexo sobre aviões?
saudações
Haiti é uma ex colonia francesa e, até o momento, não escutei nada a respeito da ajuda francesa. O que vimos foi o Brasil (Lula) falando diretamente com os EUA (Obama) para combinarem ações conjuntas, inclusive na ONU, e concordando sobre o que fazer.
Ou seja, na hora do pega-pra-capá aqui na América do Sul e Central será o Brasil e os EUA que vão ter que descascar em conjunto o abacaxi. Isto ficou muito claro neste episódio. Ninguém da Europa virá para se meter no rolo. Gostem ou não os "vermelhos e rosas" o futuro que antevejo para esta parte do mundo é o Brasil e os EUA como os reis do pedaço por aqui, unidos para impedirem que os chineses tomem conta de nossa horta.
Vai ter algum reflexo sobre aviões?
saudações
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Missão de Paz no Haiti
E nós?eligioep escreveu:Para variar, a equipe da China já está em Port au Prince. Ponto para os chineses. E nós?
Até os americanos vão fazer uma "operação de guerra", com o envio de grande contingente para "segurança". Quando o Haiti precisava de ajuda para segurança, eles não foram, mas agora, que o problema é fome e sede, aí eles vão....
É a China aumentando a presença e influência dela, e bem no nariz dos americanos.
Queria saber se o prédio que os EUA estavam construindo para servir de QG de tropas e embaixada foi afetado....
Veja só:
http://noticias.uol.com.br/album/100114 ... abrefoto=7
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- Glauber Prestes
- Moderador
- Mensagens: 8406
- Registrado em: Sex Abr 06, 2007 11:30 am
- Agradeceu: 413 vezes
- Agradeceram: 259 vezes
Re: Missão de Paz no Haiti
Nós estamos tirando leite de pedra desde o primeiro minuto... e com baixas!!! Parece que tem outro coronel nos escombros... da turma do meu pai tb...
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
Cuidado com os sintomas.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
- guilhermecn
- Sênior
- Mensagens: 853
- Registrado em: Seg Ago 03, 2009 6:03 pm
- Localização: São Paulo, Brasil
- Agradeceu: 61 vezes
- Agradeceram: 4 vezes
Re: Missão de Paz no Haiti
Eu estava lendo as notícias na midia internacional( BBC.com, cnn.com e al jazeera) e nenhuma cita a ajuda do Brasil. A CNN só fala que o Brasil vai ajudar , mas não falou a forma
Enquanto isso exaltam a Inglaterra que vai mandar uns mediquinhos e o tio Sam que como sempre é o salvador da patria
Nenhuma palavra das 15 t de alimentos, nem da possibilidade do envio de mais 600t nem dos 15 mi
Sacanagem
Enquanto isso exaltam a Inglaterra que vai mandar uns mediquinhos e o tio Sam que como sempre é o salvador da patria
Nenhuma palavra das 15 t de alimentos, nem da possibilidade do envio de mais 600t nem dos 15 mi
Sacanagem
"You have enemies? Good. That means you've stood up for something, sometime in your life."
Winston Churchill
Winston Churchill
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Missão de Paz no Haiti
Marinha enviará ao Haiti navio com equipamento para produzir água potável
Brasília – A Marinha brasileira está programando para os próximos dias o envio de um navio de transporte para o Haiti para ajudar no atendimento às vítimas do terremoto que atingiu o país caribenho ontem (12).
Segundo o Itamaraty, a embarcação levará um equipamento capaz de produzir água potável, uma das principais demandas dos haitianos após os abalos sísmicos. O navio também transportará equipamentos para instalação de tendas de campanha para o atendimento médico.
Amanhã (14) pela manhã está prevista uma nova reunião do grupo de trabalho montado pelo governo para monitorar as ações de ajuda ao povo do Haiti.
FONTE: Agência Brasil
Brasília – A Marinha brasileira está programando para os próximos dias o envio de um navio de transporte para o Haiti para ajudar no atendimento às vítimas do terremoto que atingiu o país caribenho ontem (12).
Segundo o Itamaraty, a embarcação levará um equipamento capaz de produzir água potável, uma das principais demandas dos haitianos após os abalos sísmicos. O navio também transportará equipamentos para instalação de tendas de campanha para o atendimento médico.
Amanhã (14) pela manhã está prevista uma nova reunião do grupo de trabalho montado pelo governo para monitorar as ações de ajuda ao povo do Haiti.
FONTE: Agência Brasil
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: Missão de Paz no Haiti
Uma equipe bem montada essa Chilena!
======
Avión de la FACH traslada ayuda humanitaria a Haití
La aeronave Boeing 767 transportará elementos de primera necesidad como agua, alimentos, carpas y medicamentos. Parte a la 02:00 horas.
SANTIAGO, enero 13.- En esta madrugada el avión de la FAch traslada la ayuda humanitaria a Haití, junto a un grupo de apoyo que encabeza el Delegado Presidencial Juan Gabriel Valdés, acompañado por el Jefe del Estado Mayor de la Defensa Nacional, General de División, Andrés Avendaño, y por la subsecretaria de Carabineros, Javiera Blanco.
El avión Boeing 767 transportará elementos de primera necesidad como agua, alimentos, carpas y medicamentos.
Participará en el operativo de ayuda, personal de la Policía de Investigaciones (PDI) junto a Carabineros que viajan con perros adiestrados, quienes centrarán su cometido en la búsqueda de personas. Además, viajará el Equipo de Identificación de Víctimas en Catástrofes (EIVIC) perteneciente a la PDI.
Esta delegación humanitaria está integrada además por personal de la Oficina Nacional de Emergencia (Onemi), del Servicio Médico Legal (SML) y por 20 médicos enviados por el Ministerio de Salud.
En tanto, se mantiene sin novedad la intensa búsqueda de las dos ciudadanas chilenas desaparecidas en Haití, quienes no han podido ser ubicadas.
Se trata de María Teresa Dowling, esposa del Comandante Subrogante de las fuerzas de paz de las Naciones Unidas, General Ricardo Toro, quien estaba en el Hotel Le Montana de Puerto Príncipe en momentos en que se desató la tragedia. La otra mujer desaparecida es Andrea Loi Valenzuela, funcionaria de la misión de Paz de la ONU para Haití desde hace cinco años.
Pese a ello, las fuerzas chilenas presentes en la zona siniestrada, se mantienen abocadas con todas sus capacidades personales, profesionales y materiales a cooperar en la ardua tarea de apoyar a la población civil haitiana que ha sido gravemente afectada por este desastre telúrico.
De acuerdo a lo informado por el ministro de Defensa, Francisco Vidal, el Estado Mayor del la Defensa Nacional ratificó que personal de las tropas nacionales, específicamente el pelotón de ingenieros del Ejército, apoyan la labor de remoción de escombros y búsqueda de sobrevivientes.
El Estado Mayor de la Defensa nacional asumirá la tarea de entregar la información que emane desde la isla por parte de las fuerzas desplegadas.
Fonte: UPI
======
Avión de la FACH traslada ayuda humanitaria a Haití
La aeronave Boeing 767 transportará elementos de primera necesidad como agua, alimentos, carpas y medicamentos. Parte a la 02:00 horas.
SANTIAGO, enero 13.- En esta madrugada el avión de la FAch traslada la ayuda humanitaria a Haití, junto a un grupo de apoyo que encabeza el Delegado Presidencial Juan Gabriel Valdés, acompañado por el Jefe del Estado Mayor de la Defensa Nacional, General de División, Andrés Avendaño, y por la subsecretaria de Carabineros, Javiera Blanco.
El avión Boeing 767 transportará elementos de primera necesidad como agua, alimentos, carpas y medicamentos.
Participará en el operativo de ayuda, personal de la Policía de Investigaciones (PDI) junto a Carabineros que viajan con perros adiestrados, quienes centrarán su cometido en la búsqueda de personas. Además, viajará el Equipo de Identificación de Víctimas en Catástrofes (EIVIC) perteneciente a la PDI.
Esta delegación humanitaria está integrada además por personal de la Oficina Nacional de Emergencia (Onemi), del Servicio Médico Legal (SML) y por 20 médicos enviados por el Ministerio de Salud.
En tanto, se mantiene sin novedad la intensa búsqueda de las dos ciudadanas chilenas desaparecidas en Haití, quienes no han podido ser ubicadas.
Se trata de María Teresa Dowling, esposa del Comandante Subrogante de las fuerzas de paz de las Naciones Unidas, General Ricardo Toro, quien estaba en el Hotel Le Montana de Puerto Príncipe en momentos en que se desató la tragedia. La otra mujer desaparecida es Andrea Loi Valenzuela, funcionaria de la misión de Paz de la ONU para Haití desde hace cinco años.
Pese a ello, las fuerzas chilenas presentes en la zona siniestrada, se mantienen abocadas con todas sus capacidades personales, profesionales y materiales a cooperar en la ardua tarea de apoyar a la población civil haitiana que ha sido gravemente afectada por este desastre telúrico.
De acuerdo a lo informado por el ministro de Defensa, Francisco Vidal, el Estado Mayor del la Defensa Nacional ratificó que personal de las tropas nacionales, específicamente el pelotón de ingenieros del Ejército, apoyan la labor de remoción de escombros y búsqueda de sobrevivientes.
El Estado Mayor de la Defensa nacional asumirá la tarea de entregar la información que emane desde la isla por parte de las fuerzas desplegadas.
Fonte: UPI
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 38006
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5748 vezes
- Agradeceram: 3276 vezes
Re: Missão de Paz no Haiti
O problema do Brasil como sempre é a eterna burrocracia do governo e a lerdeza de sempre dos politicos para resolver de forma profissional e competente situações adversas como essas. Exemplo simples disso é o contigente que iria substituir as tropas braileiras lá estacionadas que até agora não se mecheu, a não a ser aquele grupo inicial que não conseguiu pousar em Porto Principe. Fossemos um país mais serio, já estariamos enviando os 1100 voluntários pra ontem, sem mais delongas ou à espera de decisões "politicas". Afinal o que é que falta acontecer pra se saber que todo e qualquer apoio que mandarmos agora ainda será pouco, diante do gigantismo da desgraça daquele povo.
Carpe Diem
- wagnerm25
- Sênior
- Mensagens: 3590
- Registrado em: Qui Jan 15, 2009 2:43 pm
- Agradeceu: 83 vezes
- Agradeceram: 198 vezes
Re: Missão de Paz no Haiti
Agora pouco li no G1 que "Bombeiros de Angra partem para ajudar no Haiti".
Fiquei sem entender nada. Já acabaram as operações de resgatem Angra? Isso não é despir um santo para vestir outro? Tem contingente suficiente para as duas tarefas?
Fiquei sem entender nada. Já acabaram as operações de resgatem Angra? Isso não é despir um santo para vestir outro? Tem contingente suficiente para as duas tarefas?
-
- Sênior
- Mensagens: 880
- Registrado em: Seg Jan 05, 2009 2:19 pm
- Agradeceu: 7 vezes
- Agradeceram: 4 vezes
Re: Missão de Paz no Haiti
Não é Burocracia, como vão alojar e alimentar mais 1100 homens da noite para o dia?
Você esquece que praticamente todas as estruturas do país inclusive as que as tropas brasileitas utilizavam foram destruidas. Falta até água potável!
Planejamento e logistica não é burocracia. Enviar mais homens sem missão específica vai atrapalhar mais que ajudar.
Você esquece que praticamente todas as estruturas do país inclusive as que as tropas brasileitas utilizavam foram destruidas. Falta até água potável!
Planejamento e logistica não é burocracia. Enviar mais homens sem missão específica vai atrapalhar mais que ajudar.
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Missão de Paz no Haiti
Brasil deflagra plano emergencial de socorro ao Haiti
Porto Príncipe (Haiti), 14/01/2010 - O governo brasileiro inicia nesta quinta-feira (14/01) um plano emergencial para enfrentar os cinco problemas mais graves detectados pelas autoridades brasileiras que atuam no Haiti, atingido por forte terremoto na última terça-feira: sepultamento dos mortos; socorro médico aos feridos; remoção de destroços; reforço da segurança nas operações; e distribuição de suprimentos, principalmente água e comida.
O Plano foi traçado em reuniões do ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, e representantes de órgãos do governo brasileiro que integram sua comitiva em viagem ao Haiti, com o general brasileiro Floriano Peixoto, que comanda a Força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), a Minustah, formada por aproximadamente 7 mil homens de diversos países. Deste total, 1.266 formam o Batalhão Brasileiro (Brabatt), comandado pelo Coronel João Batista Carvalho Bernardes.
O Plano foi elaborado também com a participação do embaixador do Brasil no Haiti, Igor Kipman, da embaixatriz Roseana Kipman, do ministro-interino da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Rogério Sotili, e do representante do Ministério da Saúde, Guilherme Franco Neto, entre outros.
O ministro Jobim, após receber uma avaliação da situação em Porto Príncipe das autoridades brasileiras, explicou que tinha sido enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para avaliar a situação e estabelecer uma estratégia de auxílio, após as ações de emergência adotadas nos primeiros momentos da tragédia. Jobim observou que a população associa a missão de paz ao Brasil, mais que aos organismos internacionais.
Portanto, caberia ao Brasil empreender suas próprias iniciativas, possíveis de serem realizadas com seus próprios meios, e paralelamente buscar reforço dos demais países e organismos internacionais. A avaliação é que, como o terremoto matou integrantes da ONU e de outros setores que atuam no Haiti, pode haver alguma demora na resposta desses organismos. "Não podemos esperar; se há problemas, temos de passar por cima dos problemas", disse Jobim. Nesta quinta-feira o ministro discutirá o plano com o presidente do Haiti , René Préval, e com líderes religiosos.
O ministro Jobim e os comandantes do Exército, General Enzo Peri, e da Marinha, Almirante Moura Neto, também visitaram as tropas atingidas pelos desabamentos. Muitos estavam feridos e outros deprimidos pela perda de companheiros. "Sabemos do trabalho que vocês realizam aqui, a embaixatriz nos contou do empenho com o qual vocês ajudam nas atividades sociais. Viemos trazer os nossos parabéns e os nossos agradecimentos, e esperamos a pronta recuperação de vocês".
Nesta manhã, Jobim fez relato das medidas ao presidente Lula e recebeu deste a informação de que serão enviados 50 bombeiros e cães farejadores.
Essas são os principais ações:
1) Escombros - O Batalhão de Engenharia do Exército deverá receber reforço de 15 engenheiros e equipamentos pesados da construtora OAS, que realiza obras no Haiti e se ofereceu a ajudar nas ações emergenciais. As equipes trabalharam na remoção de escombros de prédios destruídos, para liberar o trânsito, e para resgatar corpos e feridos ainda vivos. A obstrução das ruas no primeiro dia impediu o deslocamento de máquinas para os pontos de maior gravidade, onde o socorro só podia ser feito por civis e militares que chegavam a pé. Também serão enviados 50 bombeiros brasileiros, com caes farejadores;
2) Atendimento médico - Há um colapso nos serviços de saúde, já que os hospitais também desmoronaram. Em frente do batalhão brasileiro há um acampamento de pessoas que buscam socorro. Diante das limitações de meios, os militares brasileiros socorreram as que apresentam maior gravidade e montaram um hospital de emergência sob a cobertura de uma garagem. Nesse cenário de guerra, iluminado por holofotes de emergência, cerca de 70 pessoas são atendidas dia e noite por médicos militares. Algumas estão mutiladas.
De imediato, foi determinado à Aeronáutica o envio de um Hospital de Campanha, operado por 40 profissionais de saúde e com mil metros quadrados. A expectativa é de que seja embarcado nesta quinta-feira, do Rio de Janeiro. Também deverá ser enviado hospital de campanha da Marinha. O Ministério da Saúde também já embalou kits de medicamentos para atendimento básico de 10 mil pessoas e, a partir das avaliações da comitiva, complementará com outros produtos. Foi solicitada também às autoridades americanas ajuda imediata com medicamentos e também o envio de médicos e hospitais de campanha.
3) Corpos - Há grande preocupação com a existência de cadáveres abandonados nas ruas, o que pode provocar epidemias. Algumas pessoas estão sepultando seus mortos em encostas, com risco de exposição dos cadáveres nas chuvas. As autoridades brasileiras irão propor ao governo haitiano que indique uma área para instalação de um cemitério, para que os engenheiros brasileiros ajudem nos sepultamentos.
Um cuidado especial será tomado com os praticantes do Vodu, religião com forte presença no Haiti. Os parentes não aceitam que toquem em seus mortos enquanto não forem concluídos seus rituais. Nesse caso, a saída será os engenheiros abrirem as covas no novo cemitério e oferer aos familiares para que eles próprios procedam os rituais e o sepultamento naquele local, em condições sanitárias adequadas.
Os brasileiros mortos estão em câmara frigorífica do Brabatt. A ONU cuida dos procedimentos burocráticos necessários ao traslado para o Brasil. O procedimento é necessário para evitar que haja atrasos na tramitação dos processos de indenização às famílias.
4) Suprimentos - Há falta de água e comida para a população. O Brasil começa hoje a enviar ajuda ao Haiti e outros países prometem o mesmo. Mas é necessário montar uma estrutura de armazenamento e distribuição dos alimentos. Ainda hoje o Brabatt deverá concluir levantamento de áreas para armazenamento e de pontos de distribuição nas comunidades.
5) Segurança - Será necessário reforçar a segurança dos comboios de ajuda humanitária e de distribuição de alimentos e de ajuda médica. A avaliação é que, com o agravamento da situação, a população desesperada possa saquear os comboios e invadir os hospitais de campanha, o que paralisaria o trabalho de socorro. Mesmo antes do terremoto, já fazia parte da rotina dos militares fortalecer a segurança das equipes que distribuiam comida e brinquedos nos eventos em Porto Príncipe.
Texto: José Ramos
Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Defesa
Porto Príncipe (Haiti), 14/01/2010 - O governo brasileiro inicia nesta quinta-feira (14/01) um plano emergencial para enfrentar os cinco problemas mais graves detectados pelas autoridades brasileiras que atuam no Haiti, atingido por forte terremoto na última terça-feira: sepultamento dos mortos; socorro médico aos feridos; remoção de destroços; reforço da segurança nas operações; e distribuição de suprimentos, principalmente água e comida.
O Plano foi traçado em reuniões do ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, e representantes de órgãos do governo brasileiro que integram sua comitiva em viagem ao Haiti, com o general brasileiro Floriano Peixoto, que comanda a Força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), a Minustah, formada por aproximadamente 7 mil homens de diversos países. Deste total, 1.266 formam o Batalhão Brasileiro (Brabatt), comandado pelo Coronel João Batista Carvalho Bernardes.
O Plano foi elaborado também com a participação do embaixador do Brasil no Haiti, Igor Kipman, da embaixatriz Roseana Kipman, do ministro-interino da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Rogério Sotili, e do representante do Ministério da Saúde, Guilherme Franco Neto, entre outros.
O ministro Jobim, após receber uma avaliação da situação em Porto Príncipe das autoridades brasileiras, explicou que tinha sido enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para avaliar a situação e estabelecer uma estratégia de auxílio, após as ações de emergência adotadas nos primeiros momentos da tragédia. Jobim observou que a população associa a missão de paz ao Brasil, mais que aos organismos internacionais.
Portanto, caberia ao Brasil empreender suas próprias iniciativas, possíveis de serem realizadas com seus próprios meios, e paralelamente buscar reforço dos demais países e organismos internacionais. A avaliação é que, como o terremoto matou integrantes da ONU e de outros setores que atuam no Haiti, pode haver alguma demora na resposta desses organismos. "Não podemos esperar; se há problemas, temos de passar por cima dos problemas", disse Jobim. Nesta quinta-feira o ministro discutirá o plano com o presidente do Haiti , René Préval, e com líderes religiosos.
O ministro Jobim e os comandantes do Exército, General Enzo Peri, e da Marinha, Almirante Moura Neto, também visitaram as tropas atingidas pelos desabamentos. Muitos estavam feridos e outros deprimidos pela perda de companheiros. "Sabemos do trabalho que vocês realizam aqui, a embaixatriz nos contou do empenho com o qual vocês ajudam nas atividades sociais. Viemos trazer os nossos parabéns e os nossos agradecimentos, e esperamos a pronta recuperação de vocês".
Nesta manhã, Jobim fez relato das medidas ao presidente Lula e recebeu deste a informação de que serão enviados 50 bombeiros e cães farejadores.
Essas são os principais ações:
1) Escombros - O Batalhão de Engenharia do Exército deverá receber reforço de 15 engenheiros e equipamentos pesados da construtora OAS, que realiza obras no Haiti e se ofereceu a ajudar nas ações emergenciais. As equipes trabalharam na remoção de escombros de prédios destruídos, para liberar o trânsito, e para resgatar corpos e feridos ainda vivos. A obstrução das ruas no primeiro dia impediu o deslocamento de máquinas para os pontos de maior gravidade, onde o socorro só podia ser feito por civis e militares que chegavam a pé. Também serão enviados 50 bombeiros brasileiros, com caes farejadores;
2) Atendimento médico - Há um colapso nos serviços de saúde, já que os hospitais também desmoronaram. Em frente do batalhão brasileiro há um acampamento de pessoas que buscam socorro. Diante das limitações de meios, os militares brasileiros socorreram as que apresentam maior gravidade e montaram um hospital de emergência sob a cobertura de uma garagem. Nesse cenário de guerra, iluminado por holofotes de emergência, cerca de 70 pessoas são atendidas dia e noite por médicos militares. Algumas estão mutiladas.
De imediato, foi determinado à Aeronáutica o envio de um Hospital de Campanha, operado por 40 profissionais de saúde e com mil metros quadrados. A expectativa é de que seja embarcado nesta quinta-feira, do Rio de Janeiro. Também deverá ser enviado hospital de campanha da Marinha. O Ministério da Saúde também já embalou kits de medicamentos para atendimento básico de 10 mil pessoas e, a partir das avaliações da comitiva, complementará com outros produtos. Foi solicitada também às autoridades americanas ajuda imediata com medicamentos e também o envio de médicos e hospitais de campanha.
3) Corpos - Há grande preocupação com a existência de cadáveres abandonados nas ruas, o que pode provocar epidemias. Algumas pessoas estão sepultando seus mortos em encostas, com risco de exposição dos cadáveres nas chuvas. As autoridades brasileiras irão propor ao governo haitiano que indique uma área para instalação de um cemitério, para que os engenheiros brasileiros ajudem nos sepultamentos.
Um cuidado especial será tomado com os praticantes do Vodu, religião com forte presença no Haiti. Os parentes não aceitam que toquem em seus mortos enquanto não forem concluídos seus rituais. Nesse caso, a saída será os engenheiros abrirem as covas no novo cemitério e oferer aos familiares para que eles próprios procedam os rituais e o sepultamento naquele local, em condições sanitárias adequadas.
Os brasileiros mortos estão em câmara frigorífica do Brabatt. A ONU cuida dos procedimentos burocráticos necessários ao traslado para o Brasil. O procedimento é necessário para evitar que haja atrasos na tramitação dos processos de indenização às famílias.
4) Suprimentos - Há falta de água e comida para a população. O Brasil começa hoje a enviar ajuda ao Haiti e outros países prometem o mesmo. Mas é necessário montar uma estrutura de armazenamento e distribuição dos alimentos. Ainda hoje o Brabatt deverá concluir levantamento de áreas para armazenamento e de pontos de distribuição nas comunidades.
5) Segurança - Será necessário reforçar a segurança dos comboios de ajuda humanitária e de distribuição de alimentos e de ajuda médica. A avaliação é que, com o agravamento da situação, a população desesperada possa saquear os comboios e invadir os hospitais de campanha, o que paralisaria o trabalho de socorro. Mesmo antes do terremoto, já fazia parte da rotina dos militares fortalecer a segurança das equipes que distribuiam comida e brinquedos nos eventos em Porto Príncipe.
Texto: José Ramos
Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Defesa
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- manuel.liste
- Sênior
- Mensagens: 4056
- Registrado em: Seg Set 12, 2005 11:25 am
- Localização: Vigo - Espanha
- Agradeceu: 7 vezes
- Agradeceram: 8 vezes
Re: Missão de Paz no Haiti
http://www.eluniversal.com.mx/notas/651713.htmldelmar escreveu:E OS FRANCESES! ONDE FICARAM OS FRANCESES NOSSOS MAIORES ALIADOS?
Haiti é uma ex colonia francesa e, até o momento, não escutei nada a respeito da ajuda francesa. O que vimos foi o Brasil (Lula) falando diretamente com os EUA (Obama) para combinarem ações conjuntas, inclusive na ONU, e concordando sobre o que fazer.
Ou seja, na hora do pega-pra-capá aqui na América do Sul e Central será o Brasil e os EUA que vão ter que descascar em conjunto o abacaxi. Isto ficou muito claro neste episódio. Ninguém da Europa virá para se meter no rolo. Gostem ou não os "vermelhos e rosas" o futuro que antevejo para esta parte do mundo é o Brasil e os EUA como os reis do pedaço por aqui, unidos para impedirem que os chineses tomem conta de nossa horta.
Vai ter algum reflexo sobre aviões?
saudações
http://www.20minutos.es/noticia/606296/ ... ana/ayuda/Aviones franceses llegan a Haití con ayuda
En uno de los aviones viajaba un equipo de la seguridad de civil equipado con medios de búsqueda, en el segundo equipos médicos y en el ultimo personal sanitario
Tres aviones franceses procedentes de los territorios de ultramar han aterrizado en el aeropuerto de Puerto Príncipe con ayuda humanitaria y de urgencia, informó hoy el ministro de Exteriores, Bernard Kouchner.
Kouchner afirmó también que mañana llegará un hospital de campaña a bordo de un avión de gran capacidad que partirá esta noche de Istres, en el sureste de Francia, con el fin de aterrizar en Haití de día, las únicas condiciones en las que puede hacerlo.
Kouchner destacó la importancia de ese hospital de campaña, puesto que los centros médicos de Haití están muy afectados por el terremoto del pasado martes.
En cuanto a los tres aviones, procedentes de Martinica, portaban "equipos de salvamento considerables" , según Kouchner, y aterrizaron en el aeropuerto pese a las difíciles condiciones del mismo, ya que no cuenta con electricidad ni medios de control del acceso.
En uno de los aviones viajaba un equipo de la seguridad de civil equipado con medios de búsqueda, en el segundo equipos médicos y en el ultimo personal sanitario, explicó el ministro.
Precisó que 91 ciudadanos franceses fueron evacuados del país, entre los que se encontraban 16 heridos graves y otros de diversa consideración, aunque también había familias con niños sin heridas.
Kouchner indicó que en los próximos días se organizará la evacuación de más ciudadanos, dando prioridad a los heridos, hasta que estén listas las instalaciones médicas haitianas.
Aseguró que unos 260 ciudadanos galos residentes en Haití se han refugiado en la Embajada gala en Puerto Príncipe, mientras que hay unos 50 de los que no se sabe su paradero.
El ministro indicó que es importante coordinar la ayuda humanitaria con otros países y también con las ONG.
"Haití es, junto con Burkina Fasso, el lugar en el que operan más ONG" , aseguró el ministro, fundador de Médicos Sin Fronteras, que hoy se reunirá con representantes de estas organizaciones.
Kouchner señaló que está en contacto con la jefa de la diplomacia europea, Catherine Ashton, y con los ministros de Exteriores de España, Miguel Ángel Moratinos, y Alemania, Guido Westerwelle, para coordinar la ayuda humanitaria.
El ministro francés señaló que es importante comenzar a preparar la reconstrucción del país cuando se supere la fase de salvamento.
"Además de recuperar todos los supervivientes posibles hay dar una visión optimista a la población" , afirmó.
En este sentido, el presidente francés, Nicolas Sarkozy, convocó una reunión con el primer ministro, François Fillon, y los responsables de Exteriores, Interior, Economía y Defensa para "examinar los esfuerzos que, tras la fase de urgencia, serán necesarios para la reconstrucción de Haití" , indicó la Presidencia.
España eleva a seis los aviones con ayuda para Haití
MADRID (Reuters) - España tiene previsto enviar seis aviones a la capital haitiana, Puerto Príncipe, después del devastador terremoto registrado en el país más pobre del hemisferio occidental y que podría haber dejado decenas miles de muertos y unas 200.000 personas sin techo, estimó el jueves la secretaria de Estado de Cooperación, Soraya Rodríguez
'Algunas zonas son de imposible acceso, por lo tanto es imposible tener una cifra real (....) el número de personas atrapadas entre los escombros sabemos que es muy numeroso, por lo tanto la reacción inmediata de envío de equipos de rescate y equipo sanitario es fundamental'.
'Los cálculos son que más de 200.000 personas se encuentran sin cobijo', dijo Rodríguez.
'Al final del día (habremos) enviado a la zona cinco aviones (...) y seguiremos trabajando para que mañana salga el sexto de Madrid', añadió Rodríguez, señalando que el Estado seguirá enviando ayuda, tanto desde Madrid como desde la base española en Panamá.
La secretaria hizo estas declaraciones tras reunirse con los representantes de doce organizaciones no gubernamentales que enviarán material como depuradoras, grupos electrógenos y otros equipos y personal sanitario, la mayor parte a bordo del avión del viernes.
El resto de los envíos corresponden a personal y material del Estado y las Comunidades Autónomas, en especial de rescate y atención sanitaria.
Rodríguez describió la respuesta de las Comunidades como 'excelente, amplia y rápida'. Se da la circunstancia de que es la primera vez que le Ertzaintza envía personal a una misión de estas características.
El presidente del Gobierno, José Luis Rodríguez Zapatero, hizo un llamamiento el jueves a la comunidad internacional, y especialmente a la Unión Europea, para que envíe ayuda, dentro de una rueda de prensa sobre la presidencia española de la UE.
'Estamos procediendo a una rápida e intensa movilización y vamos a promover que toda Europa lo haga, en coordinación con la Comisión (Europea) y el presidente permanente del Consejo', afirmó.
Además del material y el personal de emergencias y fuerzas de seguridad, en el primer avión enviado viaja un equipo de refuerzo consular, que entre otras tareas intentará localizar a los integrantes de la colonia española en el país y devolverles a España lo antes posible.
Las comunicaciones telefónicas siguen siendo prácticamente imposibles con la zona, de modo que no se ha podido contactar con todos los españoles en Haití. Sí se sabe, indicó Rodríguez, que tanto los cooperantes como el personal de la Agencia Española de Cooperación se encuentran localizados y a salvo.
AEROPUERTO OPERATIVO
'De las pocas buenas noticias que recibimos ayer (...) era que la pista del aeropuerto de Puerto Príncipe estaba operativa', indicó la secretaria de Estado, lo que permitirá una llegada mucho más rápida de la ayuda humanitaria. Se espera que el primer avión con ayuda española, que salió el miércoles por la noche de Madrid, llegue a primera hora de la tarde, hora española.
La frontera con República Dominicana es transitable, permitiendo el acceso por cartera. Los hospitales en este país vecino se están colapsando, añadió.
'Todos los datos nos confirman que estamos ante una verdadera catástrofe humanitaria, y vamos a seguir mandando aviones', añadió.
'Sabemos que las necesidades sanitarias son inmensas porque en Haití, desgraciadamente, sin desastres, las necesidades sanitarias son inmensas', apuntó.
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Missão de Paz no Haiti
Desafio da panela de pressão
Desde 2004, as Forças Armadas brasileiras enviaram mais de 13 mil militares ao país caribenho.
Sem medidas efetivas que garantam o desenvolvimento econômico, porém, missão de paz não
será completa
Alon Feuerwerker e Alana Rizzo
A presença no Haiti é o mais importante movimento estratégico do Brasil para assumir na
plenitude a liderança regional. É essencial para alavancar o país ao protagonismo planetário. Líder sem
área de influência não existe. É comum a missão dos nossos militares no Haiti ser reduzida nas análises
a um expediente para alimentar a ambição brasileira por um lugar no Conselho de Segurança da
Organização das Nações Unidas (ONU). A realidade é bem mais complexa.
O Brasil desembarcou no Haiti com a missão de estabilizar politicamente o país. Para os Estados
Unidos, as vantagens da “solução brasileira” sempre foram evidentes. Melhor ter ali tropas verdeamarelas
comandando o contingente da ONU do que precisar mandar os braços armados de Tio Sam.
Até porque eles não estão sobrando. Mesmo se estivessem, a imagem de soldados americanos em
operações fora de seu país sempre será vista com desconfiança, ainda que os propósitos sejam
declarados 100% humanitários e tenham a cobertura das Nações Unidas.
Por isso, desembarcamos em Porto Príncipe. Seria, entretanto, um erro concluir que nossos
militares foram para lá contrariados, forçados. Ao contrário, a operação oferece às Forças Armadas uma
oportunidade única de colocar tropas em situação de combate. E em ambientes não tão distantes da
nossa realidade. Desde 2004, mais de 13 mil soldados e oficiais do Brasil participaram da missão. E
encontraram situações semelhantes às eventualmente enfrentadas aqui.
Desde 2004, o Brasil já investiu mais de R$ 700 milhões no Haiti. A ONU devolveu ao governo
brasileiro menos de R$ 300 milhões. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez questão de dizer no fim do
ano passado que o reembolso vinha aquém do necessário.
Hidrelétrica
Além de funcionar como elemento estabilizador e manter a paz, a missão brasileira previa, antes
do terremoto, uma segunda etapa: o desenvolvimento econômico. O Brasil pretendia construir uma
hidrelétrica em Porto Príncipe, a capital. O projeto inicial elaborado pelo Exército foi orçado em quase R$
5 milhões. A obra completa da usina hidrelétrica de Artibonite deveria consumir 50 vezes mais.
O governo brasileiro pretendia levar neste ano o Programa Nacional de Segurança Pública com
Cidadania (Pronasci) para o Haiti. Em outubro de 2009, uma missão da Agência Brasileira de
Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores, viajou até Porto Príncipe para
apresentar detalhes do projeto e fazer um diagóstico dos problemas.
Agora, tudo passou ao terreno da incerteza. Mas pelo menos sobre uma coisa os militares
brasileiros envolvidos na operação sempre manifestaram certeza absoluta, ainda que conversas
reservadas: sem medidas efetivas para propiciar desenvolvimento econômico, geração de empregos e
distribuição de renda, não seria possível concluir bem a missão. Seria como tentar evitar indefinidamente
a explosão de uma panela de pressão, com a válvula quebrada, sem apagar o fogo.
Do ponto de vista estritamente militar, a missão tem sido um sucesso. Especialmente por dar
combate e circunscrever a ação das gangues e milícias. Mas essa era a realidade antes do terremoto.
Como as tropas vão atuar numa situação em que a infraestrutura deixou de existir, o Estado foi
literalmente pulverizado e há milhões de pessoas sem serviços mínimos, sem comida, sem água, sem
remédios, sem casa?
Talvez o Haiti tenha se transformado no maior desafio militar do Brasil desde a Força
Expedicionária Brasileira (FEB), na Segunda Guerra Mundial.
Desde 2004, as Forças Armadas brasileiras enviaram mais de 13 mil militares ao país caribenho.
Sem medidas efetivas que garantam o desenvolvimento econômico, porém, missão de paz não
será completa
Alon Feuerwerker e Alana Rizzo
A presença no Haiti é o mais importante movimento estratégico do Brasil para assumir na
plenitude a liderança regional. É essencial para alavancar o país ao protagonismo planetário. Líder sem
área de influência não existe. É comum a missão dos nossos militares no Haiti ser reduzida nas análises
a um expediente para alimentar a ambição brasileira por um lugar no Conselho de Segurança da
Organização das Nações Unidas (ONU). A realidade é bem mais complexa.
O Brasil desembarcou no Haiti com a missão de estabilizar politicamente o país. Para os Estados
Unidos, as vantagens da “solução brasileira” sempre foram evidentes. Melhor ter ali tropas verdeamarelas
comandando o contingente da ONU do que precisar mandar os braços armados de Tio Sam.
Até porque eles não estão sobrando. Mesmo se estivessem, a imagem de soldados americanos em
operações fora de seu país sempre será vista com desconfiança, ainda que os propósitos sejam
declarados 100% humanitários e tenham a cobertura das Nações Unidas.
Por isso, desembarcamos em Porto Príncipe. Seria, entretanto, um erro concluir que nossos
militares foram para lá contrariados, forçados. Ao contrário, a operação oferece às Forças Armadas uma
oportunidade única de colocar tropas em situação de combate. E em ambientes não tão distantes da
nossa realidade. Desde 2004, mais de 13 mil soldados e oficiais do Brasil participaram da missão. E
encontraram situações semelhantes às eventualmente enfrentadas aqui.
Desde 2004, o Brasil já investiu mais de R$ 700 milhões no Haiti. A ONU devolveu ao governo
brasileiro menos de R$ 300 milhões. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez questão de dizer no fim do
ano passado que o reembolso vinha aquém do necessário.
Hidrelétrica
Além de funcionar como elemento estabilizador e manter a paz, a missão brasileira previa, antes
do terremoto, uma segunda etapa: o desenvolvimento econômico. O Brasil pretendia construir uma
hidrelétrica em Porto Príncipe, a capital. O projeto inicial elaborado pelo Exército foi orçado em quase R$
5 milhões. A obra completa da usina hidrelétrica de Artibonite deveria consumir 50 vezes mais.
O governo brasileiro pretendia levar neste ano o Programa Nacional de Segurança Pública com
Cidadania (Pronasci) para o Haiti. Em outubro de 2009, uma missão da Agência Brasileira de
Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores, viajou até Porto Príncipe para
apresentar detalhes do projeto e fazer um diagóstico dos problemas.
Agora, tudo passou ao terreno da incerteza. Mas pelo menos sobre uma coisa os militares
brasileiros envolvidos na operação sempre manifestaram certeza absoluta, ainda que conversas
reservadas: sem medidas efetivas para propiciar desenvolvimento econômico, geração de empregos e
distribuição de renda, não seria possível concluir bem a missão. Seria como tentar evitar indefinidamente
a explosão de uma panela de pressão, com a válvula quebrada, sem apagar o fogo.
Do ponto de vista estritamente militar, a missão tem sido um sucesso. Especialmente por dar
combate e circunscrever a ação das gangues e milícias. Mas essa era a realidade antes do terremoto.
Como as tropas vão atuar numa situação em que a infraestrutura deixou de existir, o Estado foi
literalmente pulverizado e há milhões de pessoas sem serviços mínimos, sem comida, sem água, sem
remédios, sem casa?
Talvez o Haiti tenha se transformado no maior desafio militar do Brasil desde a Força
Expedicionária Brasileira (FEB), na Segunda Guerra Mundial.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco