Noticias de Portugal
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- Al Zarqawi
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Re: Noticias de Portugal
Bem o António Mexia tem de vender seu peixe,afinal ele é o Presidente da EDP Renováveis (que até tem realizado projetos de expansão e diversificação nas energias renováveis,simplesmente notáveis).
Agora,existirão condições técnicas para 9 barragens?
Qual seu impacto ambiental?
Como não sou da área evidentemente não sei responder.
O que sei e afirmo é que o déficit português é estrutural e assente na sua insuficiência energética e resolvendo isso,se dará um enorme passo para a estabilidade da economia portuguesa.
A própria EDP Renováveis tem expandido pelo que sei a eólica com bons resultados,mas não chega.
Quanto à energia nuclear e como leigo na matéria ainda não vi por parte de quem devia os dar grandes argumentos a favor.
Considero-a perigosa e de manutenção muito onerosa e sua desativação tem custos elevadíssimos,veja-se nos nossos vizinhos espanhóis (exemplos não faltam).
Outra coisa,teria algum sentido para Portugal o nuclear caso pretendessemos ter a vertente atómica na nossa Defesa Nacional (bombas atómicas,submarinos nucleares,porta-aviões nucleares,etc),ora isso não teria nexo nenhum para o contexto de Portugal e sua política,penso eu.
Outra coisa,por mais que isso fosse benéfico para o país,não queria isso na porta de minha casa,embora o alcance de pericolosidade disso seria imenso e possivelmente até atravessaria fronteiras.
Logo,fico à espera de ler textos de pessoas que dominam o assunto.Lembro-me e por vezes o vejo pelas TV,do EngºCarlos Pimenta (aquele mesmo que nos anos 80,foi denominado o ministro caterpillar),entre outros,Portugal tem no meio científico pessoas com profundos conhecimentos nessa área.
Afinal não existem estudos de descoberta de petróleo em nossas costas marítimas,pelo que li iriam divulgar este ano,caso seja afirmativo,esqueça-se o nuclear.
Abs,
Agora,existirão condições técnicas para 9 barragens?
Qual seu impacto ambiental?
Como não sou da área evidentemente não sei responder.
O que sei e afirmo é que o déficit português é estrutural e assente na sua insuficiência energética e resolvendo isso,se dará um enorme passo para a estabilidade da economia portuguesa.
A própria EDP Renováveis tem expandido pelo que sei a eólica com bons resultados,mas não chega.
Quanto à energia nuclear e como leigo na matéria ainda não vi por parte de quem devia os dar grandes argumentos a favor.
Considero-a perigosa e de manutenção muito onerosa e sua desativação tem custos elevadíssimos,veja-se nos nossos vizinhos espanhóis (exemplos não faltam).
Outra coisa,teria algum sentido para Portugal o nuclear caso pretendessemos ter a vertente atómica na nossa Defesa Nacional (bombas atómicas,submarinos nucleares,porta-aviões nucleares,etc),ora isso não teria nexo nenhum para o contexto de Portugal e sua política,penso eu.
Outra coisa,por mais que isso fosse benéfico para o país,não queria isso na porta de minha casa,embora o alcance de pericolosidade disso seria imenso e possivelmente até atravessaria fronteiras.
Logo,fico à espera de ler textos de pessoas que dominam o assunto.Lembro-me e por vezes o vejo pelas TV,do EngºCarlos Pimenta (aquele mesmo que nos anos 80,foi denominado o ministro caterpillar),entre outros,Portugal tem no meio científico pessoas com profundos conhecimentos nessa área.
Afinal não existem estudos de descoberta de petróleo em nossas costas marítimas,pelo que li iriam divulgar este ano,caso seja afirmativo,esqueça-se o nuclear.
Abs,
Al Zarqawi - O Dragão!
"A inveja é doce,o olho grande é que é uma merda"Autor desconhecido.
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Re: Noticias de Portugal
13-01-2010 11:15 - Portugal enfrenta risco de "morte lenta"
Portugal e Grécia são dois países que enfrentam o risco de uma “morte lenta”, caso os respectivos Governos continuem a ser obrigados a reservar uma parcela crescente da produção nacional ao pagamento das dívidas contraídas e respectivos juros.
O cenário, descrito em termos alarmistas, é traçado pela Moody’s, a agência de “rating” que diz estar à espera do novo Orçamento de Estado para decidir se vai voltar a baixar a notação de risco da República portuguesa, aconselhando, deste modo, os investidores a cobrarem juros mais altos para financiar as políticas públicas nacionais.
(notícia em actualização)
Jornal de Negócios - Eva Gaspar
Portugal e Grécia são dois países que enfrentam o risco de uma “morte lenta”, caso os respectivos Governos continuem a ser obrigados a reservar uma parcela crescente da produção nacional ao pagamento das dívidas contraídas e respectivos juros.
O cenário, descrito em termos alarmistas, é traçado pela Moody’s, a agência de “rating” que diz estar à espera do novo Orçamento de Estado para decidir se vai voltar a baixar a notação de risco da República portuguesa, aconselhando, deste modo, os investidores a cobrarem juros mais altos para financiar as políticas públicas nacionais.
(notícia em actualização)
Jornal de Negócios - Eva Gaspar
Triste sina ter nascido português
Re: Noticias de Portugal
Nem uma nem outra coisa vão acontecer.P44 escreveu:deixem lá que se amanhã o sócas disser que a energia nuclear é boa para Portugal o capr vai propôr uma central nuclear em cada esquina
Já la fui e não a nada que negue o que eu disse.Cá em Portugal existe a Direcção Geral de Energia e Geologia, que é a instituição responsável pela ENERGIA, como o nome indica. Faça favor de lá ir e ler os relatórios, antes de dizer parvoíces, por acreditar em tudo o que políticos dizem.
Apesar de antiga, mais uma noticia com mais algumas informações interessantes.
Esta noticia fez-me lembrar mais uma razão bastante importante para não termos uma central nuclear. Todos os componentes da central iriam ser importados não possuimos nem produzimos nenhuma das tecnologias necessarias, ao contrario de centrais eolicas e hidricas em que o nosso sector de produção esta bastante avançado e em desenvolvimento.Barragem do Baixo Sabor já está em construção
Escrito por G.L.
Terça, 08 Julho 2008
A construção da barragem do Baixo Sabor foi adjudicada na passada segunda-feira, 30, na central de Picote, no concelho de Miranda do Douro, com a presença do primeiro-ministro, José Sócrates.
Na mesma data foi também anunciado o reforço da potência existente em três empreendimentos em construção, nomeadamente Picote, Bemposta e Alqueva, que conjuntamente com o lançamento da barragem do Baixo Sabor, um projecto inteiramente novo, representam um acréscimo de 860 MW na produção de energia.
Isto traduz-se em mais 17% da capacidade hídrica instalada e num investimento global de 773 milhões de euros. Um conjunto de empreendimentos “como não há memória”, frisou José Sócrates, desde que se iniciou o processo de aproveitamento hídrico para a produção de energia no país, ao nível da concentração de investimento no sector. Este é o ano em que Portugal mais vai investir neste domínio. O investimento tardio neste sector foi classificado de “irresponsabilidade”, pelo primeiro-ministro.
Os novos projectos vão permitir ao país poupar 880 milhões de euros na importação de combustíveis, diminuir 230 as emissões de CO2 e criar mais de 20 mil postos de trabalho e vão envolver um investimento de 13 mil milhões de euros, segundo as contas do ministro da Economia, Manuel Pinho. No âmbito da energia hídrica estão para lançar 18 projectos em todo o país, onde está incluída a barragem de Foz Tua.
O chefe do Governo considera que o país deve continuar a apostar nas energias renováveis. Esta será a “aposta essencial”, reafirmou, e faz parte de uma estratégia que o país definiu, em 2005, e que já está a dar os seus frutos, “tendo em conta as condicionantes energéticas no mundo, nomeadamente o preço do petróleo”.
O país está na linha da frente na produção de energia de fontes renováveis. “Portugal não vai desistir de aproveitar o potencial hídrico, uma vez que é um dos países da União Europeia com mais potencial hídrico inexplorado, nenhum país negligenciou o seu potencial como nós ”, explicou o primeiro-ministro.
Portugal é já um dos países europeus em que a maior percentagem da sua electricidade é baseada em energias renováveis, estando já acima dos 40%, o que o coloca no grupo dos três ou quatro que mais energia limpa produzem. Mas o Governo quer ir mais longe e até 2010 quer atingir os 45%. A aposta, da qual Sócrates não se cansou de falar, é também “um aposta na independência nacional, com mais autonomia do preço do petróleo e dos combustíveis fósseis”, referiu.
Associada ao reforço do potencial hídrico também será feita uma aposta na energia eólica, pois esta implica uma aposta na energia hídrica, porque é preciso equipamentos e infra-estruturas que permitam armazenar essa energia durante a noite. O investimento na energia hídrica e eólica é “uma aposta segura”, garantiu Sócrates.
A construção de novas barragens é uma oportunidade para a indústria e a construção civil, porque mais de 80% do que vai ser feito é laborado em Portugal, o que significa investimento e emprego. “Não há investimento mais seguro do que uma barragem”, acrescentou. O país já dá cartas no fabrico de componentes para a produção de energia eólica. Aliás, tem um cluster industrial nesta área e exporta aerogeradores e torres.
Sócrates classificou aquele dia, como um momento importante para o país, mas também para dinamizar a economia regional de Trás-os-Montes. Porque o distrito de Bragança é um dos que mais carece de investimento, admitiu. “Representa uma oportunidade que se somará ao investimento na auto-estrada entre Vila Real e Bragança, cuja adjudicação será feita este ano”, prometeu.
Baixo Sabor continua contestado pelos ambientalistas
O aproveitamento hidroeléctrico do Baixo Sabor duplicará a capacidade de armazenamento português de água no Douro e deverá começar a produzir energia para a rede em Setembro de 2013. Será constituído por dois escalões, estando o de montante situado a 12,6Km da confluência do Rio Sabor com o Douro, e o de jusante a pouco mais de 30 Km da foz. A albufeira criada terá uma capacidade de cerca de 1095hm3 para o nível pleno de armazenamento.
Os ambientalistas continuam a ver o empreendimento com maus olhos, e avançaram com mais uma providência cautelar para evitar a construção da barragem. No dia da deslocação de José Sócrates a Picote marcaram presença empunhando cartazes contra a edificação do empreendimento naquele que consideram ser o único rio selvagem da Europa.
O primeiro-ministro foi lacónico nos comentários e lembrou que há cinco anos que lidam com as contestações, “que não têm razão”, justificando que foi feita a avaliação do impacto ambiental e foram tomadas todas as providências para reduzir esses impactos. Além disso, afirmou que a EDP está obrigada a uma série de investimentos para dinamizar esses impactos. “Durante três anos estivemos parados porque Bruxelas fez avaliações para que todas as normas ambientais foram seguidas”, explicou.
O chefe do Governo disse também que agora é o momento para avançar, porque o país não pode ficar à espera, “há muita gente há espera de emprego”, afirmou.
“Os argumentos dos ambientalistas não são válidos, são repetidos ao longo dos anos, já têm cinco anos. Este é um investimento no ambiente, da maior importância porque significa baixar o CO2, e melhorar o ambiente global”, disse.
Outro ponto interessante nesta noticia, é o facto de o dinheiro poupado na importação de combustíveis, ser superior ao do investimento.
Nem de propósito... O projecto soma e segue.
Sobre o assunto: http://pnbeph.inag.pt/np4/home.htmlEnergia
EDP lança hoje primeira pedra da central hidroeléctrica Venda Nova III
Económico com Lusa
13/01/10 07:26
A EDP lança hoje a primeira pedra da nova central hidroeléctrica Venda Nova III, uma instalação subterrânea que tira partido das albufeiras criadas pelas barragens de Venda Nova e Salamonde, no concelho de Vieira do Minho.
O projecto, que implica um investimento de cerca de 349 milhões de euros, na prática consiste em turbinar a água da albufeira da Venda Nova para a de Salamonde e alternadamente, a bombagem, em sentido oposto, aproveitando os preços mais baixos da energia nas horas de vazio.
A cerimónia na Central de Frades conta com a presença do primeiro-ministro, José Sócrates, do secretário de Estado da Energia, Carlos Zorrinho, e do presidente do conselho de administração da EDP, António Mexia.
A obra é quase exclusivamente subterrânea e inclui uma central, em caverna, localizada a cerca de 400 metros de profundidade, e um circuito hidráulico em túnel, com cerca de 4.700 metros de comprimento.
A entrada em serviço de Venda Nova III está prevista para o final do primeiro semestre de 2015.A potência instalada, de 736 megawatts, constitui uma reserva operacional para os picos de consumo ou para eventuais perdas inesperadas de produção, térmico ou eólico.
Os trabalhos de construção civil da nova central representam um investimento de 131 milhões de euros e estarão a cargo do consórcio MSF/Somague/Mota-Engil/Spie Batignolles.
O reforço de potência de Venda Nova III é um dos seis reforços de potência de barragens que a EDP tem em estudo/construção, estando ainda prevista a construção de mais cinco novas hídricas até 2015.
Sitio bastante interessante com imagens de como vão ficar as barragens, ainda mais interessante, são as imagens dos reforços de potência: http://www.a-nossa-energia.edp.pt/centr ... ?e_type=nb
- P44
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Re: Noticias de Portugal
P44 escreveu:13-01-2010 11:15 - Portugal enfrenta risco de "morte lenta"
Portugal e Grécia são dois países que enfrentam o risco de uma “morte lenta”, caso os respectivos Governos continuem a ser obrigados a reservar uma parcela crescente da produção nacional ao pagamento das dívidas contraídas e respectivos juros.
O cenário, descrito em termos alarmistas, é traçado pela Moody’s, a agência de “rating” que diz estar à espera do novo Orçamento de Estado para decidir se vai voltar a baixar a notação de risco da República portuguesa, aconselhando, deste modo, os investidores a cobrarem juros mais altos para financiar as políticas públicas nacionais.
(notícia em actualização)
Jornal de Negócios - Eva Gaspar
http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1417632Situação tida como menos difícil que a grega
Moodys considera que economia portuguesa enfrenta risco de “morte lenta”
13.01.2010 - 13h19
Por Paulo Miguel Madeira
A agência de avaliação de risco de crédito Moody’s considera que a economia portuguesa está em risco de enfrentar uma “morte lenta”, à medida que deverá ter de dedicar uma fatia cada vez maior da riqueza que produz para pagar a sua dívida, com os investidores a passarem a exigir juros cada vez maiores para emprestarem dinheiro ao país.
A agência, uma das três tidas como referência nos mercados mundiais, apesar de não terem previsto a derrocada do sistema financeiro americano e britânico, faz esta apreciação também em relação à Grécia, num relatório emitido hoje em Londres e citado pela agência norte-americana Bloomberg.
Este cenário não é tido como inevitável, e a agência considera que Portugal, com uma dívida e défice públicos inferiores, tem uma janela de oportunidade maior do que a da Grécia, mas que “não vai estar aberta indefinidamente”.
Este cenário não é tido como inevitável, e a agência considera que Portugal, com uma dívida e défice públicos inferiores, tem uma janela de oportunidade maior do que a da Grécia, mas que “não vai estar aberta indefinidamente”.
A agência chama também a atenção para que ambos Portugal e Grécia têm competitividades económicas estruturalmente baixas, mesmo em períodos de pujança económica, o que se traduziu em défices elevados. Além disso, o facto de terem respectivamente quatro e três milhões de cidadãos fora do país faz aumentar o risco de que em caso de aumento significativo de impostos a retoma dos fluxos de emigração sangre parte substancial do potencial económico, assinala o Diário Económico.
Esta semana, um analista da agência, Anthony Thomas, já tinha dado uma entrevista ao diário britânico “Financial Times” onde dizia que “se Portugal quer evitar uma redução do rating terá que tomar medidas significativas e credíveis para controlar o défice”.
A margem de prémio que os investidores exigem para comprar dívida pública portuguesa em vez de alemã duplicou desde 2008, estando 0,69 pontos percentuais.
A Moody’s já tinha lançado no Outono um alerta (“outlook”) negativo sobre as perspectivas para a sua classificação (“rating”) de Aa2 atribuída ao risco da dívida pública portuguesa. A classificação da Grécia foi cortada de A2 para A1 a 22 de Dezembro.
No entanto, em tom mais positivo, a Moodys diz também que “considera difícil acreditar que seja negada a estados-membros [da zona euro] a enfrentar condições extremas de liquidez a mesma ajuda” de que as empresas e bancos europeus beneficiaram durante a crise financeira global.
Notícia actualizada às 13h36
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Re: Noticias de Portugal
Oh,Meu Deus.Portugal é o Haiti "Pós Terramoto".Será que ainda existirá,quando voltar?Acho que tenho de antecipar a viagem em antes que o país acabe...Socorro!
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"A inveja é doce,o olho grande é que é uma merda"Autor desconhecido.
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Re: Noticias de Portugal
Sempre que saio de casa, tenho o risco de ter um acidente, no entanto ainda não tive nenhum.
Al Zarqawi, não se preocupe, cá estamos e haveremos de estar e bem. Está a espera de quê para vir para um dos países com as melhores condições de vida do mundo(e a melhorar), ainda está semana falei com uns brasileiros no Porto e estavam de acordo comigo...
Lá vou eu ser apedrejado, hehe.
Al Zarqawi, não se preocupe, cá estamos e haveremos de estar e bem. Está a espera de quê para vir para um dos países com as melhores condições de vida do mundo(e a melhorar), ainda está semana falei com uns brasileiros no Porto e estavam de acordo comigo...
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- P44
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Re: Noticias de Portugal
porreiro pá.
ps(salve seja!)-apedrejado não, que o sócrates ficou com as pedras todas para as ir inaugurando
ps(salve seja!)-apedrejado não, que o sócrates ficou com as pedras todas para as ir inaugurando
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Re: Noticias de Portugal
Também não precisa exagerar. Brincadeira.capr escreveu:Sempre que saio de casa, tenho o risco de ter um acidente, no entanto ainda não tive nenhum.
Al Zarqawi, não se preocupe, cá estamos e haveremos de estar e bem. Está a espera de quê para vir para um dos países com as melhores condições de vida do mundo(e a melhorar), ainda está semana falei com uns brasileiros no Porto e estavam de acordo comigo...
Lá vou eu ser apedrejado, hehe.
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Re: Noticias de Portugal
Mas voltemos ao que estava a ser discutido. Ainda acham rentável a construção da central???
Re: Noticias de Portugal
Afinal, estamos mais adiantados do que eu pensava.
2015, agora até parece uma previsão deveras pessimista.
2015, agora até parece uma previsão deveras pessimista.
Esta é que me surprendeu, ainda estou a assimilar.Exportação de energia para Espanha foi superior às importações - Sócrates
13 de Janeiro de 2010, 17:03
Vieira do Minho, Braga, 13 Jan (Lusa) - O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que graças às energias eólica e hídrica, Portugal exportou mais energia para Espanha do que aquela que importou durante o ano passado.
"Na semana passada 75 por cento da energia produzida em Portugal teve como origem a água e o vento", afirmou Sócrates, a propósito do que disse ser uma mudança profunda do sector da energia em Portugal.
O primeiro-ministro, que falava no final da sessão de lançamento da "primeira pedra" da nova central hidroeléctrica Venda Nova III da EDP, uma instalação subterrânea que tira partido das albufeiras criadas pelas barragens de Venda Nova e Salamonde, em Vieira do Minho, referiu que "este surpreendente resultado" deve-se a uma orientação clara e de um caminho de como mudar as coisas no domínio da energia.
- Al Zarqawi
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Re: Noticias de Portugal
Alguns textos de várias correntes ideológicas:
-a energia nuclear e seu contexto em Portugal;
http://www.ied-pt.org/pt/Semin%C3%A1rio ... resumo.pdf
-a energia nuclear e seu contexto em Portugal;
http://www.ied-pt.org/pt/Semin%C3%A1rio ... resumo.pdf
Sexta, 2006-02-24 11:27 — pjp
Quercus dá 15 razões para NÃO se optar pela energia nuclear em Portugal
A Ordem dos Engenheiros promove quarta-feira, dia 22 de Fevereiro, um debate que pela natureza dos convidados põe infelizmente em causa a isenção técnica que deveria caracterizar tal instituição. Não tendo a Quercus a oportunidade de apresentar a sua opinião naquela conferência dado a organização ter preferido convidar um grupo ambientalistafrancês pró-nuclear do que qualquer voz dissonante a nível nacional, a Quercus vem por este meio apresentar de forma sucinta as 15 principais razões pelas quais considera inviável, num quadro de desenvolvimento sustentável do país e a bem da nossa economia, a opção pela energia nuclear.
1. Portugal tem uma enorme oportunidade na conservação de energia eeficiência energética
As previsões de aumento em 350% do consumo de electricidade entre 1990 e 2020 são um erro tremendo em relação àquilo que está a ser desenvolvido em diversos países Europeus, onde a intensidade energética (energia consumida por produto interno bruto) tem vindo a diminuir e oconsumo per capita estabilizou. No entender da Quercus, existem váriascentrais térmicas, nomeadamente um eventual caso de uma central nuclear, que não se justificam pelo enorme potencial da eficiência energética e conservação de energia, nomeadamente nos sectores residencial e serviços. O consumo de electricidade em Portugal tem vindo a aumentarna ordem dos 6% ao ano, não sendo já argumento o nosso baixo grau dedesenvolvimento. Temos estado a crescer mal e com muitos desperdícios.A correcção deste caminho permite perfeitamente melhorar a qualidadede vida com menor consumo de energia e menor poluição, desde a electricidade à dependência do petróleo em sectores como os transportes.Um Kw/h poupado, d!
e acordo
com a Entidade Reguladora do Sector Energético, é dez vezes mais barato que um Kw/h a ser produzido, inclusive por energias renováveis.
2. O potencial de implementação das energias renováveis em Portugal é enorme
As energias renováveis têm um enorme potencial em termos de expansão no nosso país, em particular a energia eólica, biomassa e solar, sendo que a hídrica já apresenta níveis de exploração bastante consideráveis. Quer pela produção directa de electricidade, quer pelaprodução de calor, Portugal felizmente apresenta condições climáticas e de uso do território que permitem a sua afirmação em termostecnológicos e em consonância com metas estabelecidas na União Europeia que, para 2010, e para Portugal, será de 39% de energias renováveis na produção de electricidade, mas com percentagens crescentes para os anos seguintes.
3. A energia nuclear serve para produzir electricidade e esta representa apenas cerca de 20% do consumo de energia final do país
Uma central térmica recorrendo a combustível nuclear apenas consegue produzir electricidade. A dependência de Portugal face aos combustíveis fósseis, nomeadamente em relação ao petróleo, está directamente relacionada com outros usos da energia em sectores como os transportes e a indústria. A instalação de uma central nuclear não resolve assim os problemas energéticos estruturais de Portugal, que passam muito mais por medidas integradas associadas ao ordenamento do territórioe às actividades produtivas do país.
4. A energia nuclear é muito mais cara
A produção de energia nuclear é das mais dispendiosas, contrariamente ao que é habitualmente comunicado aos cidadãos. O contemplar doscustos de construção e de desmantelamento face ao período de vida da central, faz com que apenas o solar fotovoltaico apresente valores mais elevados, valores estes que no entanto tendem a reduzir-se por efeitos de economia de escala face à sua cada vez maior expressão.
O QUE É A ENERGIA NUCLEAR?
Dá-se o nome genérico de energia nuclear a toda a energia associada às modificações da constituição do núcleo de um átomo. Esta energia pode ser libertada durante um processo de desintegração radioactiva ou libertada ou absorvida em consequência de uma reacção nuclear.
A energia libertada ( D E) está relacionada com a redução da massa dos reagentes ( D m ) através do Princípio da Equivalência Massa-Energia de Einstein, segundo o qual:
DE = Dm c2
em que c representa a velocidade da luz no vácuo.
QUAIS SÃO AS FORMAS DE PRODUÇÃO DE ENERGIA NUCLEAR?
A análise da variação da energia de ligação por núcleo com o número de massa permite concluir que a energia nuclear pode ser produzida através quer da cisão de núcleos pesados (fissão), quer da fusão de núcleos leves.
QUAIS SÃO AS VANTAGENS DA ENERGIA NUCLEAR?
A energia nuclear tem, fundamentalmente, três vantagens principais:
A operação normal de um reactor nuclear não conduz à libertação de gases poluentes para a atmosfera;
Existem jazidas de combustíveis que permitem a operação das centrais nucleares durante muitos anos;
É uma energia de baixo custo.
O QUE É A CISÃO NUCLEAR?
A cisão (fissão) nuclear é o processo de geração de energia através da desintegração de um átomo de um elemento pesado (como, por exemplo, urânio ou plutónio). Esta energia provem de reacções do tipo das que ocorrem nas actuais centrais nucleares.
QUANDO FOI DESCOBERTA A CISÃO NUCLEAR?
A descoberta da cisão nuclear foi anunciada por L. Meitner no início do ano de 1939.
QUANDO FOI CONSTRUÍDO O PRIMEIRO REACTOR DE CISÃO NUCLEAR?
O primeiro reactor de cisão nuclear foi construído em Chicago por uma equipa dirigida por Fermi e começou a operar em 2 de Dezembro de 1942.
QUAL A RAZÃO PORQUE O PRIMEIRO REACTOR DE CISÃO NUCLEAR FOI CONHECIDO PELA DESIGNAÇÃO DE PILHA ATÓMICA?
A designação de “pilha atómica” resultou do facto do reactor de Fermi ser constituído por um empilhamento de blocos de grafite e de lingotes cilíndricos de dióxido de urânio e de urânio metálico com cerca de 7.5 m de largura e 5.8 m de altura.
QUANDO FORAM DIVULGADOS OS PRIMEIROS RESULTADOS OBTIDOS COM OS REACTORES NUCLEARES?
Os primeiros resultados obtidos em reactores de cisão nuclear foram apresentados em Genebra, em 1955, durante a primeira conferência “Átomos para a Paz”.
QUAIS SÃO OS TIPOS DE REACTORES NUCLEARES?
É costume considerar que existem três tipos de reactores de cisão nuclear: centrais termonucleares, reactores de investigação e reactores de conversão.
As centrais termonucleares aproveitam a energia cinética dos fragmentos originados pelas reacções de cisão para aquecer um fluido circulante. O vapor resultante vai accionar turbinas que transformam a energia mecânica em energia eléctrica.
Os reactores de investigação funcionam a baixa energia (1 a 10 MW), com um fluxo elevado de neutrões que é directamente canalizado em feixes para instalações experimentais onde decorrem estudos de Física do Estado Sólido, produção de radioisótopos para Medicina Nuclear ou desenvolvimento de aplicações industriais.
Os reactores de conversão transformam, com eficiência elevada, material que não é cindível com neutrões térmicos em material cindível. As conversões mais frequentes são urânio-238 para plutónio-239 e tório-232 para urânio-232.
COMO É CONSTITUÍDO UM REACTOR NUCLEAR?
Em qualquer tipo de reactor nuclear é possível distinguir o combustível, o moderador, o líquido de refrigeração e a blindagem.
O combustível é o material que possui os núcleos cindíveis e que é colocado no núcleo do reactor sob a forma de barras. São, normalmente, usados urânio natural (constituído por cerca de 70% de urânio-235) e ligas de urânio enriquecido (plutónio-239 e urânio-233).
O moderador (grafite, água natural, água pesada ou berílio) é utilizado para reduzir a velocidade dos neutrões produzidos nas reacções de modo a aumentar a probabilidade destes neutrões originarem mais cisões nas suas interacções com o combustível.
O fluido refrigerador evita o aquecimento excessivo do núcleo através da remoção do calor produzido nas reacções. Os fluidos refrigeradores mais vulgares podem ser gasosos (ar, dióxido de carbono ou hélio), líquidos (água natural, água pesada ou sódio líquido).
A blindagem é um dispositivo de protecção biológica que envolve o núcleo do reactor, separando-o da zona de trabalho, e cuja função principal consiste na redução da intensidade das radiações emitidas pelos produtos das reacções de cisão até valores admissíveis para a vida humana. Os materiais mais usados na blindagem dos reactores nucleares são o chumbo e diversos tipos de betão.
QUAL A IMPORTÂNCIA DAS CENTRAIS TERMONUCLEARES NA EUROPA?
Cerca de 200 centrais termonucleares estão actualmente em operação na Europa, produzindo uma parte significativa da energia eléctrica. Existem Países (como, por exemplo, a França e a Lituânia) onde a energia nuclear satisfaz mais de 70% das suas necessidades energéticas (a França possui cerca de 60 centrais nucleares).
PORTUGAL POSSUI ALGUM REACTOR NUCLEAR?
Portugal não possui nenhuma central termonuclear. Existe, apenas, um reactor de investigação (o Reactor Português de Investigação) em operação no Instituto Tecnológico e Nuclear (www.itn.pt)
OS REACTORES TERMONUCLEARES SÃO PERIGOSOS?
Os reactores de cisão nuclear são projectados no cumprimento rigoroso de regras muito exigentes impostas pelas Entidades Licenciadoras. Contudo, estes reactores têm os perigos potenciais de qualquer instalação experimental, incluindo o factor humano.
Os acidentes verificados até agora em centrais nucleares não são muito frequentes, embora nalguns casos (como, por exemplo, em Chernobyl) as suas consequências para as populações e o ambiente tenham sido devastadoras.
UMA CENTRAL TÉRMICA DE CARVÃO PRODUZ PRODUTOS RADIOACTIVOS?
Uma central térmica de carvão que produza 100 MW de energia eléctrica liberta anualmente para a atmosfera cerca de 23 kg de urânio e 46 kg de tório, juntamente com os produtos resultantes do processo de declínio radioactivo destas substâncias como, por exemplo, o radão.
A exposição das populações a estas substâncias pode constituir um risco superior ao que está associado à operação de uma central termonuclear.
O QUE É A FUSÃO NUCLEAR?
A fusão nuclear é um processo de produção de energia que consiste na fusão dos núcleos de dois átomos leves (como, por exemplo, o Hidrogénio, o Hélio, o Deutério ou o Trítio) para formarem elementos mais pesados, com redução da massa dos reagentes.
A fusão nuclear é o processo responsável pela produção da energia do Sol e das outras estrelas. O Sol recorre à sua imensa massa e à força da gravidade para produzir as reacções de fusão. Sendo bem conhecida a importância da energia solar no nosso Planeta, podemos afirmar que a fusão é a fonte de energia de toda a vida na Terra.
Reacção de fusão nuclear usando núcleos de Deutério e Trítio
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS REACÇÕES DE FUSÃO NUCLEAR?
As principais reacções de fusão nuclear são:
D + T ® He4 + n + 17.6 MeV
D + D ® He3 + n + 3.27 MeV
D + D ® T3 + H + 4.03 MeV
D + He3 ® He4 + H + 18.3 Me
Do ponto de vista teórico, a reacção mais interessante é a que envolve D e He 3 , uma vez que é aquela que conduz à libertação de uma maior quantidade de energia por reacção e que não produz neutrões. Contudo esta reacção é muito difícil de realizar na Terra dado que a sua secção eficaz de colisão tem uma máximo para energias muito elevadas (da ordem de 400 keV) e o He 3 não existe no nosso Planeta (é muito abundante na Lua).
A reacção mais fácil de obter na Terra é a que envolve Deutério e Trítio, dado que é a reacção que tem um máximo da secção eficaz de colisão à menor temperatura ( @ 100 keV).
QUAIS SÃO AS VANTAGENS DA FUSÃO NUCLEAR?
A fusão tem as vantagens inerentes às energias nucleares, nomeadamente a não emissão de gases poluentes para a atmosfera. Para além disso, e quando comparada com a fissão, a fusão apresenta várias vantagens adicionais:
Os combustíveis são abundantes e estão distribuídos por toda a Terra. A reacção mais fácil de obter num laboratório envolve Deutério e Trítio. Estes dois elementos são isótopos do Hidrogénio cujos núcleos têm, respectivamente, um protão e um neutrão e um protão e dois neutrões. O Deutério é extraido da água, enquanto o Trítio pode ser produzido no interior do reactor, a partir de uma camada fértil (“blanket”) de lítio, elemento que ocorre naturalmente na Terra na forma de Li6 (7.4%) e Li7 (92.6%):
Li6 n ® T + He4 + 4.8 MeV
Li7 + n ® T + He4 + n - 2.5 MeV
Não há transporte de combustíveis nucleares fora das instalações onde se situa o reactor;
O Deutério entra no reactor à medida que é utilizado, o que permite a paragem quase instantânea da operação do reactor se ocorrer qualquer anomalia no seu funcionamento;
Os materiais radioactivos que resultam da operação de um reactor de fusão poderão perder a sua radioactividade num máximo de 100 anos, enquanto presentemente são necessários milhares de anos para que os lixos dos reactores de fissão percam a sua radioactividade;
Um acidente num reactor de fusão não conduz à evacuação das populações fora do perímetro de protecção da central (um raio de cinquenta quilómetros);
Um atentado terrorista numa central eléctrica de fusão não terá consequências tão nefastas para as populações como no caso das centrais hidroeléctricas ou de fissão.
E PROCESSOS HÁ PARA ATINGIR A FUSÃO NUCLEAR?
Segundo o Critério de Lawson, a fusão termonuclear controlada é atingida desde que se verifique a condição
n Tite > 5x1022 m-3 s M oC
em que n representa a densidade do plasma, Ti é a temperatura iónica e t e é o tempo de confinamento da energia.
Para valores de Ti da ordem de 10 a 20 keV, a condição anterior pode ser atingida ou com plasmas densos que possuem um curto tempo de confinamento de energia ou com plasmas menos densos mas em que a energia está confinada durante mais tempo. No primeiro caso temos a fusão rápida por confinamento inercial, na qual pastilhas sólidas de Deutério (D) e Trítio (T) são comprimidas por feixes de lasers ou de iões de potência elevada. A segunda hipótese corresponde à fusão lenta por confinamento magnético, na qual os reagentes se encontram no estado de plasma, obtido pela ionização de uma mistura gasosa de D e T.
A Fusão Nuclear por confinamento magnético e inercial ja foram demonstradas nos Laboratórios, embora com um rendimento menor do que 1, e são hoje objecto de programas de I&D que procuram construir reactores comerciais que produzam energia eléctrica a partir de reacções de fusão nuclear. Existe um terceiro processo, a chamada Fusão Fria, o qual é ainda objecto de alguma discordância da comunidade científica, dado que os resultados experimentais não estão completamente esclarecidos.
Enfim,opiniões diversas.Até aprendi algumas coisas,outras que sinceramente nem entendo.Cientistas portugueses enaltecem benefícios e minimizam riscos da energia nuclear
2007-02-06
Carlos Varandas
Cientistas portugueses especializados em nuclear enaltecem os benefícios deste tipo de energia por ser mais barata, limpa e abundante e por os riscos a ela associados estarem "cada vez mais distantes". O presidente do Centro de Fusão Nuclear (CFN), Carlos Varandas, e o físico nuclear José Carvalho Soares são dois dos participantes no Ciclo de Conferências "Energia e Sociedade" que traz amanhã a Portugal alguns especialistas internacionais.
Em declarações à Agência Lusa, Carlos Varandas afirma não ter nada contra a energia nuclear por ser uma tecnologia "limpa, potente, economicamente competitiva e com combustíveis abundantes na Terra", além de que está instalada já em praticamente todo o ocidente.
"A produção de electricidade barata é importante não só para o desenvolvimento sustentável da nossa sociedade, mas também para produzir hidrogénio por electrólise da água, o qual poderá ser a solução, em conjunto com os biocombustí veis, para o importante sector dos transportes", defendeu o cientista, considerando muito importante o facto de ser limpa, para combater os problemas climáticos e ambientais.
Também o físico nuclear José Carvalho Soares considera serem "claros" os benefícios da energia nuclear, por ser mais barata e compatível com as metas do Protocolo de Quioto de redução de emissões poluentes. No entanto, Carvalho Soares não se assume contra ou a favor da construção de uma central nuclear em Portugal, porque considera que "qualquer decisão simplista está viciada".
Apesar disso, afirma que "a Europa jamais virá a prescindir da energia nuclear" e que, "ao mais alto nível, é patente a abertura" a este tipo de energia.
Central nuclear em Portugal?
Já Carlos Varandas defende uma central nuclear em Portugal, mas é peremptório quanto à necessidade de serem cumpridos alguns requisitos, como a criação de uma Entidade Reguladora do Nuclear, (prevista nas convenções internacionais que Portugal assinou), independente do poder político e económico e com credibilidade e as condições de trabalho adequadas.
A existência de um Plano Energético Nacional que aponte para a necessid ade de uma central nuclear em Portugal e de um estudo geológico do território que permita basear as escolhas dos locais de construção da central e de armazenamento geológico dos resíduos são outras das condições. Finalmente, o cientista defende também um plano para a formação de técn icos especializados em Engenharia Nuclear.
Quanto aos possíveis riscos de uma central, o presidente do Centro de Fusão Nuclear considera que o importante é resolver a questão dos resíduos, depois de afastado o problema da proliferação de armas nucleares e dos riscos associados à segurança de um reactor.
"Resta-nos, como principal problema, a questão dos resíduos. Temos de saber como e onde vamos tratar os resíduos. Em paralelo, os Governos devem investir em investigação e no desenvolvimento de reactores nucleares, de ciclo fechado, que procedam ao tratamento total dos seus próprios resíduos", defendeu em declarações à Lusa.
Para José Carvalho Soares, também os riscos "estão cada vez mais reduzidos", uma vez que tem sido "promovida uma cultura de segurança que não existia há duas décadas atrás".
Vantagens na fusão
Carlos Varandas especificou que os reactores nucleares actualmente existentes estão baseados na cisão nuclear (desintegração de um átomo de um elemento pesado, como o urânio), mas é na fusão que o especialista vê as maiores vantagens.
A fusão "é praticamente inesgotável (os combustíveis de base, deutério e lítio, são muito abundantes), é ainda mais segura (em caso de avaria nunca pode haver grande libertação de energia devido a reacções descontroladas) e mais amiga do ambiente", uma vez que não cria resíduos.
O grande problema desta tecnologia energética é que ainda não está comercialmente disponível na Terra. "Só daqui a cerca de 40 anos será possível ligar um reactor de demonstração de fusão nuclear à rede eléctrica e utilizar electricidade produzida a part ir de reacções de fusão nuclear", concluiu o cientista.
Subordinada ao tema "Energia Nuclear: Oportunidade perdida ou erro evit ável?", a conferência que se realiza quarta-feira em Lisboa vai debater o "Panorama mundial da energia nuclear" e as vantagens e inconvenientes desta energia em Portugal.
Al Zarqawi - O Dragão!
"A inveja é doce,o olho grande é que é uma merda"Autor desconhecido.
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Re: Noticias de Portugal
Isso foi durante uma semana...No ano passado fomos sempre deficitários, é claro que houve horas em que o deficit era positivo...capr escreveu:Afinal, estamos mais adiantados do que eu pensava.
2015, agora até parece uma previsão deveras pessimista.Esta é que me surprendeu, ainda estou a assimilar.Exportação de energia para Espanha foi superior às importações - Sócrates
13 de Janeiro de 2010, 17:03
Vieira do Minho, Braga, 13 Jan (Lusa) - O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que graças às energias eólica e hídrica, Portugal exportou mais energia para Espanha do que aquela que importou durante o ano passado.
"Na semana passada 75 por cento da energia produzida em Portugal teve como origem a água e o vento", afirmou Sócrates, a propósito do que disse ser uma mudança profunda do sector da energia em Portugal.
O primeiro-ministro, que falava no final da sessão de lançamento da "primeira pedra" da nova central hidroeléctrica Venda Nova III da EDP, uma instalação subterrânea que tira partido das albufeiras criadas pelas barragens de Venda Nova e Salamonde, em Vieira do Minho, referiu que "este surpreendente resultado" deve-se a uma orientação clara e de um caminho de como mudar as coisas no domínio da energia.
Como as estatísticas servem para tudo...E a politica pode dizer tudo.
Claro que do alto da sua sabedoria e dos dados que postou estou convencido, mas para ficar mesmo era umas imagens e uns filmes do youtube. Ou um pps com filmes embutidos, isso é que era.
[[]]'s
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ
Re: Noticias de Portugal
Mesmo durante uma semana, já é algo único, ja se notam os sinais da mudança.
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Re: Noticias de Portugal
Esta é Imortal!!!capr escreveu:Mesmo durante uma semana, já é algo único, ja se notam os sinais da mudança.
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Re: Noticias de Portugal
Camargo Corrêa ataca CSN e propõe fusão com Cimpor
14.01.2010 - 07h42
Por Cristina Ferreira, Luís Villalobos
Proposta dificulta investida da CSN, que só pode aumentar preço da OPA que lançou, vista como hostil, ou terá de sair da corrida.
O grupo brasileiro Camargo Corrêa formalizou ontem junto da administração da Cimpor uma proposta de fusão (não vinculativa) com os seus activos cimenteiros no Brasil, Argentina, Paraguai e Angola (ver caixa), o que ajudará a criar uma empresa com presença em 15 países e uma facturação da ordem dos 2,9 mil milhões de euros.
A operação avalia a multinacional portuguesa, à cotação de ontem, em 4,7 mil milhões de euros, e constitui uma alternativa amigável à oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) a 5,75 euros por acção e classificada de hostil pelos accionistas sentados na administração da Cimpor.
O interesse manifestado pela Camargo Corrêa de se unir à Cimpor já era esperado. E ontem ao início da tarde, já depois do regulador bolsista ter suspendido as acções da empresa nacional e pedido esclarecimentos sobre as movimentações à sua volta, o grupo brasileiro avançou com uma proposta de integração da Camargo Corrêa Cimentos na cimenteira nacional. A Cimpor respondeu esclarecendo que "neste momento" não tem condições para se pronunciar e remeteu a sua apreciação para mais tarde. Concluída a fusão, que terá de ser antes aprovada em assembleia geral de accionistas (sujeita ao apoio de dois terços do capital presente), a Camargo Corrêa ficará com "uma participação necessariamente inferior a 50 por cento do capital e dos votos da Cimpor". Aos accionistas que permanecerem na empresa (incluindo a própria Camargo) o grupo liderado por Vitor Hallack oferece um dividendo extraordinário cujo valor pode ir até 350 milhões de euros (o que representa um bónus de 52 cêntimos por acção).
A Camargo informa que não avançará para uma OPA, constituindo-se assim como alternativa à proposta da CSN. Ao surgir depois de a administração da Cimpor (onde estão sentados mais de 40 por cento do capital) se ter pronunciado contra o "ataque" do grupo encabeçado por Benjamim Streinbuck, Vitor Hallack dá um sinal de que pode ter aliados dentro da maior multinacional industrial portuguesa. De qualquer forma, após o "não" à OPA, o aparecimento da proposta da Camargo Corrêa, abre caminho a novos realinhamentos accionistas e dificulta ainda mais o sucesso da operação da CSN.
A apresentação da iniciativa subscrita pela Camargo suscitou dúvidas ao regulador do mercado de capitais, a CMVM, que pediu esclarecimentos. A CMVM quer saber, nomeadamente, por que razão a proposta não é vinculativa. A Camargo tem até às 13h00 de hoje para responder.
Ontem o mercado começava a admitir que a Camargo já tivesse algum apoio na cimenteira portuguesa, até porque sublinhava o carácter "amigável" dos termos do negócio.
Os accionistas da Cimpor que desejarem ficar na empresa não perdem o seu controlo e mantêm o domínio da operação final, embora tenham de partilhar a gestão com um novo parceiro. E na óptica governamental a operação é mais fácil de aceitar pois não tem consequências políticas do ponto de vista estratégico. Ao estar em causa a maior multinacional industrial nacional, a fusão salvaguarda o centro de decisão em Portugal, mas também envolve um grupo brasileiro, facto que deverá agradar a José Sócrates.
Na óptica da Cimpor, a solução pode ter racionalidade pois alia-se a uma grande construtora com interesses em África e a crescer na América do Sul. A Camargo destaca-se por ter uma presença global, com relevância nos mercados emergentes como a Índia e a China, onde a Cimpor já está implantada.
A operação está todavia dependente da compra fora de bolsa de uma posição entre 15 a 25 por cento da Cimpor. Na prática a Camargo dá um sinal de que poderá já ter chegado a um entendimento com um dos principais accionistas no sentido de adquirir as suas acções. O maior é a Teixeira Duarte, com 22,9 por cento, seguindo-se a Lafarge com 17 por cento, que já deu indicações que estaria interessada em sair da Cimpor. No entanto, pode-se também dar o caso do grupo brasileiro conseguir ficar com fatias de capital inferiores, que somaria até chegar ao seu objectivo. A Cinveste de Luis Silva, por exemplo, é dona de cinco por cento, e a CGD controla cerca de nove por cento. Caso opte por ficar, a Teixeira Duarte seria o maior beneficiário do dividendo extraordinário, recebendo um encaixe de 89 milhões de euros.
Fontes próximas da CSN consideraram a iniciativa da construtora brasileira perturbadora do mercado e acusaram a Camargo de não tratar de forma igual os accionistas da empresa portuguesa. Um analista nacional disse ao PÚBLICO que à CSN restam agora duas opções: aumentar o preço oferecido ou desistir da operação.
Por seu turno, um analista brasileiro sublinhou, em declarações ao PÚBLICO, que a investida da Camargo veio causar pressão negativa sobre a CSN, pois criou a ideia de que se vai entrar numa guerra de preços.
Mas considerou que a oferta da Camargo vai beneficiar mais os accionistas de referência do que os pequenos investidores pelo facto da operação de fusão não se dar através do mercado de capitais. Do outro lado do Atlântico, os analistas enquadravam as iniciativas dos dois grupos no dinamismo da economia brasileira cujos activos empresariais, em 2009, se valorizaram em média 80 por cento, mesmo coma crise.
Cimpor poderá regressar a Angola
Se o acordo entre as duas empresas for concretizado, a Cimpor vai conseguir regressar a Angola. A cimenteira portuguesa saiu deste país em 2006, após um litígio com as autoridades locais, sendo substituída por Isabel dos Santos e por Américo Amorim.
A Camargo Corrêa está neste momento a desenvolver a construção de uma cimenteira em Angola, em associação com a Escom (detida pelo Grupo Espírito Santo a 66 por cento) e com parceiros locais (Grupo Gema).
Para o grupo brasileiro, este é um marco importante no seu processo de internacionalização, defendendo que Angola "tem óptimas perspectivas de crescimento, principalmente tendo em vista o projecto de reconstrução nacional".
A fábrica de cimento, localizada no Lobito, terá capacidade para produzir 1,6 milhões de toneladas por ano, usando a marca Palanca.
Ao mesmo tempo, a Camargo está também presente através da sua vertente de construção, onde disputa o mercado com as empresas portuguesas. A reurbanização de Luanda, obras de saneamento e a construção da nova rede viária são as principais áreas onde está envolvida.
Al Zarqawi - O Dragão!
"A inveja é doce,o olho grande é que é uma merda"Autor desconhecido.
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