Brasil pode ter patamar de pobreza de países ricos em 6 anos
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Brasil pode ter patamar de pobreza de países ricos em 6 anos
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Brasil pode ter patamar de pobreza de países ricos em 6 anos
12 de janeiro de 2010
Apesar de não ser o país que até 2005 registrou a mais rápida diminuição na taxa de pobreza extrema e na desigualdade de renda, o Brasil está numa posição privilegiada por conseguir reduzir simultaneamente esses dois índices. Mantendo o ritmo dos últimos cinco anos, o País poderia chegar em 2016 com indicadores sociais próximos aos dos países desenvolvidos, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O Brasil poderá alcançar em 2016 uma taxa nacional de pobreza absoluta de 4%, o que significa, segundo o Ipea, a quase erradicação. Enquanto a pobreza extrema poderia ser praticamente superada, a desigualdade da renda do trabalho tenderia a estar abaixo de 0,5 do índice de Gini, que mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita. Seu valor varia de 0, quando não há desigualdade (a renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor), a 1, quando a desigualdade é máxima (apenas um indivíduo detém toda a renda da sociedade e a renda de todos os outros indivíduos é nula).
Nos países desenvolvidos, o problema da pobreza absoluta encontra-se praticamente resolvida, embora persistam indicadores importantes de medida de pobreza relativa (o quanto se é pobre relativamente à riqueza existente). Nesses países, o índice de Gini encontrava-se, em 2005, em geral, abaixo de 0,4, conforme os casos de países como a Itália (0,33), Espanha (0,32), França (0,28), Holanda (0,27), Alemanha (0,26), Dinamarca (0,24), entre outros. A situação dos Estados Unidos, contudo, distancia-se desta realidade nas economias avançadas (0,46) para o mesmo ano.
Avanços no Brasil
De acordo com o Ipea, a maior parcela dos avanços atualmente alcançados pelo Brasil no campo do enfrentamento à pobreza e à desigualdade está direta e indiretamente associada à estruturação do conjunto das políticas públicas motivada pela Constituição Federal de 1988. Ou seja, a intervenção nas áreas de bem-estar social (saúde, educação, assistência e previdência, infraestrutura social e trabalho, entre outros eixos) possibilitou ao Brasil obter resultados positivos mais rapidamente e na mesma direção dos anteriormente alcançados pelos países desenvolvidos.
O Ipea elencou ainda outros três fatores que contribuíram para a redução dos índices pobreza e desigualdade no Brasil - a elevação do gasto social, a descentralização da política social, ou seja, o crescimento do papel do município na implementação das políticas sociais, e a participação social na conformação e gestão das políticas sociais brasileiras.
Na atual década, a combinação entre a continuidade da estabilidade monetária, a maior expansão econômica e o reforço das políticas públicas, como a elevação real do salário mínimo, a ampliação do crédito popular, a reformulação e o alargamento dos programas de transferências de renda para os estratos de menor rendimento, entre outras ações, se mostrou decisiva para a generalizada melhoria do quadro social no Brasil.
No entanto, as perspectivas em termos de continuidade no enfrentamento da pobreza e da desigualdade no Brasil dependem de vários fatores, entre eles a manutenção do ritmo e do perfil do crescimento econômico com baixa inflação. Mas esses aspectos ainda seriam insuficientes sem o reposicionamento das políticas públicas, especialmente em termos da urgente inversão tanto da regressividade da arrecadação tributária como da fragmentação, dispersão e sobreposição das medidas de atenção social.
Com isso, o estabelecimento de uma nova lei que regule a responsabilidade e o compromisso social, com metas, recursos, cronogramas e coordenação, se mostra importante para que o Brasil possa chegar a alcançar indicadores sociais observados atualmente nos países desenvolvidos, conforme estudo do Ipea.
Brasil pode ter patamar de pobreza de países ricos em 6 anos
12 de janeiro de 2010
Apesar de não ser o país que até 2005 registrou a mais rápida diminuição na taxa de pobreza extrema e na desigualdade de renda, o Brasil está numa posição privilegiada por conseguir reduzir simultaneamente esses dois índices. Mantendo o ritmo dos últimos cinco anos, o País poderia chegar em 2016 com indicadores sociais próximos aos dos países desenvolvidos, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O Brasil poderá alcançar em 2016 uma taxa nacional de pobreza absoluta de 4%, o que significa, segundo o Ipea, a quase erradicação. Enquanto a pobreza extrema poderia ser praticamente superada, a desigualdade da renda do trabalho tenderia a estar abaixo de 0,5 do índice de Gini, que mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita. Seu valor varia de 0, quando não há desigualdade (a renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor), a 1, quando a desigualdade é máxima (apenas um indivíduo detém toda a renda da sociedade e a renda de todos os outros indivíduos é nula).
Nos países desenvolvidos, o problema da pobreza absoluta encontra-se praticamente resolvida, embora persistam indicadores importantes de medida de pobreza relativa (o quanto se é pobre relativamente à riqueza existente). Nesses países, o índice de Gini encontrava-se, em 2005, em geral, abaixo de 0,4, conforme os casos de países como a Itália (0,33), Espanha (0,32), França (0,28), Holanda (0,27), Alemanha (0,26), Dinamarca (0,24), entre outros. A situação dos Estados Unidos, contudo, distancia-se desta realidade nas economias avançadas (0,46) para o mesmo ano.
Avanços no Brasil
De acordo com o Ipea, a maior parcela dos avanços atualmente alcançados pelo Brasil no campo do enfrentamento à pobreza e à desigualdade está direta e indiretamente associada à estruturação do conjunto das políticas públicas motivada pela Constituição Federal de 1988. Ou seja, a intervenção nas áreas de bem-estar social (saúde, educação, assistência e previdência, infraestrutura social e trabalho, entre outros eixos) possibilitou ao Brasil obter resultados positivos mais rapidamente e na mesma direção dos anteriormente alcançados pelos países desenvolvidos.
O Ipea elencou ainda outros três fatores que contribuíram para a redução dos índices pobreza e desigualdade no Brasil - a elevação do gasto social, a descentralização da política social, ou seja, o crescimento do papel do município na implementação das políticas sociais, e a participação social na conformação e gestão das políticas sociais brasileiras.
Na atual década, a combinação entre a continuidade da estabilidade monetária, a maior expansão econômica e o reforço das políticas públicas, como a elevação real do salário mínimo, a ampliação do crédito popular, a reformulação e o alargamento dos programas de transferências de renda para os estratos de menor rendimento, entre outras ações, se mostrou decisiva para a generalizada melhoria do quadro social no Brasil.
No entanto, as perspectivas em termos de continuidade no enfrentamento da pobreza e da desigualdade no Brasil dependem de vários fatores, entre eles a manutenção do ritmo e do perfil do crescimento econômico com baixa inflação. Mas esses aspectos ainda seriam insuficientes sem o reposicionamento das políticas públicas, especialmente em termos da urgente inversão tanto da regressividade da arrecadação tributária como da fragmentação, dispersão e sobreposição das medidas de atenção social.
Com isso, o estabelecimento de uma nova lei que regule a responsabilidade e o compromisso social, com metas, recursos, cronogramas e coordenação, se mostra importante para que o Brasil possa chegar a alcançar indicadores sociais observados atualmente nos países desenvolvidos, conforme estudo do Ipea.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Brasil pode ter patamar de pobreza de países ricos em 6 anos
agradeçam ao FHC...
Triste sina ter nascido português
- Bolovo
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Re: Brasil pode ter patamar de pobreza de países ricos em 6 anos
No índice Gini somos uns dos piores. Acho que vai demorar um "pouco mais" do que 6 anos.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Brasil pode ter patamar de pobreza de países ricos em 6 anos
vão trocar com Portugal
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- Francoorp
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Re: Brasil pode ter patamar de pobreza de países ricos em 6 anos
P44 escreveu:agradeçam ao FHC...
e o Lula?? Nada Fez de bom pra isso não???
Mas eu prefiro ver pra crer...2016 é muito perto, tenho duvidas que esta previsão seja justa. A bola de cristal falha muito ultimamente, esta crise do capitalismo é uma prova.
- P44
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Re: Brasil pode ter patamar de pobreza de países ricos em 6 anos
esqueci-me de colocar o tag de "Ironismo Mode" no meu post acima citado
Triste sina ter nascido português
- Guerra
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Re: Brasil pode ter patamar de pobreza de países ricos em 6 anos
Vamos ter que aguentar por mais tempo os uruguaios falando que tem indices melhores que os nossos. Isso é castigo. A cruz só pode ter sido feita de pau-brasil.Bolovo escreveu:No índice Gini somos uns dos piores. Acho que vai demorar um "pouco mais" do que 6 anos.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
Re: Brasil pode ter patamar de pobreza de países ricos em 6 anos
O duro disso é aquele velho ditado "O pobre um dia vai deixar a pobreza, mas a pobreza nunca vai deixar o pobre.", não tenho nada contra pobre subir de classe social, o que eu mais gostaria de ver são pessoas não tendo que passar um natal na miséria, ou filhos não sofrendo uma educação péssima ou não morrendo num SUS falido, mas o problema é trazer uns vícios culturais reprováveis conforme vão subindo de vida.
O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
- Bourne
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Re: Brasil pode ter patamar de pobreza de países ricos em 6 anos
Sabe que é o IPEA. E o IPEA normalmente apresenta estudos em uma perspectiva ideológica, enfatizando os aspectos interessantes para determinada linha no estudo e obscurecendo aspectos menos agradáveis.Bolovo escreveu:No índice Gini somos uns dos piores. Acho que vai demorar um "pouco mais" do que 6 anos.
- Francoorp
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Re: Brasil pode ter patamar de pobreza de países ricos em 6 anos
Bourne escreveu:Sabe que é o IPEA. E o IPEA normalmente apresenta estudos em uma perspectiva ideológica, enfatizando os aspectos interessantes para determinada linha no estudo e obscurecendo aspectos menos agradáveis.Bolovo escreveu:No índice Gini somos uns dos piores. Acho que vai demorar um "pouco mais" do que 6 anos.
Igual aos outros, do mundo inteiro!!!
- Sterrius
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Re: Brasil pode ter patamar de pobreza de países ricos em 6 anos
o problema é trazer uns vícios culturais reprováveis conforme vão subindo de vida.
A cultura e o comportamento das pessoas muda mais lentamente, mas tb mudam conforme o aumento de renda abrem novas portas para os filhos destas pessoas ou para elas mesmo!
È coisa pra 1-3 gerações, mas ocorre!
- prp
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Re: Brasil pode ter patamar de pobreza de países ricos em 6 anos
O que é vícios culturais reprováveis?Kratos escreveu: "o problema é trazer uns vícios culturais reprováveis conforme vão subindo de vida".
Quer dizer que a classe alta não tem vícios culturais reprováveis?
É reprovavel para a classe alta, classe baixa ou somente para você?
Estou tentando entender o que faz um individuo pensar assim.
abraços.
- Glauber Prestes
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Re: Brasil pode ter patamar de pobreza de países ricos em 6 anos
Eu como carne todo dia uai! Engulo cada sapo que nem te conto...Beronha escreveu:Oba! Vou comer carne todo dia...
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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- FOXTROT
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Re: Brasil pode ter patamar de pobreza de países ricos em 6 anos
Olha meu amigo, no meu entendimento as classes sociais menos favorecidas têm vícios que não encontramos nas classes elitizadas por assim dizer.prp escreveu:O que é vícios culturais reprováveis?Kratos escreveu: "o problema é trazer uns vícios culturais reprováveis conforme vão subindo de vida".
Quer dizer que a classe alta não tem vícios culturais reprováveis?
É reprovavel para a classe alta, classe baixa ou somente para você?
Estou tentando entender o que faz um individuo pensar assim.
abraços.
Hábitos de educação, por exemplo, pessoas pobres e de menor grau de instrução tem hábitos e vícios que mesmo que adquiram dinheiro na vida, não vão conseguir mudar, mas seus descendentes, que certamente terão oportunidades que os seus pais não tiveram, poderão fazer diferente e seus filhos também seguindo essa linha.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.