Itália expulsa todos os negros de uma cidade

[Marino]

Racismo

Violência deixa cidade italiana sem imigrantes
O Globo

ROSARNO, Itália - Cenário de um violento confronto entre imigrantes e a população, a cidade de Rosarno, na Calábria, sul da Itália, amanheceu na segunda-feira sem negros. Cerca de 1.500 imigrantes africanos que trabalhavam nas colheitas foram colocados em ônibus e trens no fim de semana e despachados para centros de detenção, outros fugiram, num episódio que a imprensa denunciou como limpeza étnica e comparou à atuação da Ku Klux Klan no Sul dos Estados Unidos, reacendendo o debate sobre o racismo no país.

Máquinas demoliam os galpões usados como abrigos pelos imigrantes, que, segundo as autoridades, foram removidos para a própria segurança. Na véspera, alto-falantes em carros lançavam ameaças de morte contra negros que não deixassem imediatamente a cidade. Os distúrbios começaram após dois africanos serem baleados na quinta-feira, sem motivo aparente, e deflagraram um conflito que se arrastou por três dias, deixando cem feridos, quatro deles em estado grave.

O episódio revela uma Itália bem diferente dos cartões-postais. Um dos prédios derrubados era uma antiga fábrica que há 20 anos abrigava trabalhadores temporários africanos que chegavam ao país para colher frutas e eram submetidos a longas jornadas e salários abaixo do mínimo do país. A ONU afirma que entre os removidos há imigrantes em situação legal, e cresce na internet a ideia de uma greve geral de imigrantes no dia 1 de março.

- Isso revelou algo que sabíamos, mas que ninguém fala: muitas realidades econômicas da Itália são baseadas na exploração de mão de obra barata estrangeira, em condições sub-humanas- criticou Flavio Di Giacomo, porta-voz da Organização Internacional para a Migração na Itália. - Eles viviam em situação de semiescravidão.

Suspeita de envolvimentoda máfia nos distúrbios
Os conflitos marcam o final de uma convivência difícil na região e ressaltam o reforço da política anti-imigração. Não está claro quem disparou contra os imigrantes. A polícia desconfia que a N'drangheta, a máfia calabresa, tenha planejado os distúrbios para desviar a atenção de um atentado cometido no dia 3, quando uma bomba explodiu diante de um tribunal na capital regional, Reggio Calábria.

Já os africanos atribuem os ataques a racistas. Numa reação ao ataque, dezenas de imigrantes queimaram carros, destruíram vitrines e apedrejaram casas. A população revidou, e as imagens chocaram os italianos: imigrantes foram espancados com barras de ferro e pedaços de madeira. Dez pessoas foram presas antes de as autoridades começarem a retirar os imigrantes. Vários concordaram em ir para centros do governo com a promessa de que não seriam deportados, mesmo que estivessem irregulares. Mas na segunda-feira o ministro do Interior, Roberto Maroni, anunciou que todos os clandestinos serão expulsos.

- A lei é aplicada e nada pode ser feito - argumentou.

A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) na Itália, Laura Boldrini, ressaltou que boa parte dos imigrantes de Rosarno está legalmente no país e teve que deixar a cidade sem receber pelo serviço prestado.

- Não estamos diante de um grupo de irregulares apenas - contestou Laura.

No ano passado, o governo conseguiu a aprovação de leis que tornaram crime a permanência irregular na Itália. Além disso, navios interceptados com imigrantes ilegais são impedidos de chegar ao país. Em dois anos foram repatriados 40 mil estrangeiros que viviam na Itália irregularmente. Ontem, o chanceler Franco Frattini chegou à Mauritânia, numa viagem à África na tentativa de combater o problema "em sua raiz".

Conhecido por sua posição anti-imigração, Maroni, membro do partido Liga do Norte, defende a proposta de limitar o número de imigrantes nas escolas públicas a 30%.

A Itália tem 4 milhões de imigrantes legais, e um número ainda maior ilegal. A relação já gerou atritos, como em 2008, quando 400 membros da Guarda Nacional foram enviados a Castelvolturno, nos arredores de Nápoles, após a morte de seis africanos num confronto com a máfia napolitana. O novo episódio levou o Papa Bento XVI a pedir respeito pelos imigrantes, enquanto o jornal "La Repubblica" comparou a revolta dos calabreses à Ku Klux Klan.

[pafuncio]

N'drangheta

[Guerra]

Normal. A Italia esta com medo dos barbaros acabarem com o império italiano

[Túlio]

Eu seria mais cauteloso antes de lançar invectivas contra isso, tá certo que somos um País de imigrantes mas aqui também tá virando bagunça, nem eu nem o Guerra véio estamos correndo maiores riscos mas quero ver quando a tigrada começar a perder emprego para estrangeiro...

[Francoorp]

Normal, vivo aqui a mais de 10 anos e sei que o racismo existe aqui, e é gritante, hipócrita e ainda violento.

Agora com este governo Xenófobo, o drama so vai aumentar!!!

Mas eu to voltando, e quero mais e que o circo pegue fogo mesmo, so de lembrar de toda a humilhação que passei aqui por todos estes anos, fico com ódio nos olhos.

Sei que um dia isso tudo vai passar, mas por enquanto....

[R.A.Barros]

Eu seria mais cauteloso antes de lançar invectivas contra isso, tá certo que somos um País de imigrantes mas aqui também tá virando bagunça, nem eu nem o Guerra véio estamos correndo maiores riscos mas quero ver quando a tigrada começar a perder emprego para estrangeiro...

Cara... O problema é o racismo, e não emprego. Os africanos trabalhavam em colheitas em regime semi-escravo, te pergunto.. QUE ITALIANO QUERIA ESTAR NO LUGAR DELES ?

Será que eles expulsam também alemães e ingleses ?

Cenário de um violento confronto entre imigrantes e a população, a cidade de Rosarno, na Calábria, sul da Itália, amanheceu na segunda-feira sem negros. Cerca de 1.500 imigrantes africanos que trabalhavam nas colheitas foram colocados em ônibus e trens no fim de semana e despachados para centros de detenção, outros fugiram, num episódio que a imprensa denunciou como limpeza étnica e comparou à atuação da Ku Klux Klan no Sul dos Estados Unidos, reacendendo o debate sobre o racismo no país.

Máquinas demoliam os galpões usados como abrigos pelos imigrantes, que, segundo as autoridades, foram removidos para a própria segurança. Na véspera, alto-falantes em carros lançavam ameaças de morte contra negros que não deixassem imediatamente a cidade. Os distúrbios começaram após dois africanos serem baleados na quinta-feira, sem motivo aparente, e deflagraram um conflito que se arrastou por três dias, deixando cem feridos, quatro deles em estado grave.

O episódio revela uma Itália bem diferente dos cartões-postais. Um dos prédios derrubados era uma antiga fábrica que há 20 anos abrigava trabalhadores temporários africanos que chegavam ao país para colher frutas e eram submetidos a longas jornadas e salários abaixo do mínimo do país. A ONU afirma que entre os removidos há imigrantes em situação legal, e cresce na internet a ideia de uma greve geral de imigrantes no dia 1 de março.

Fico triste em ver que a FEB não pisou em cima de todos os insetos.

[Bolovo]

Eles tem poder para fazer isso?

[Francoorp]

Eles tem poder para fazer isso?

Sim e fizeram!!!!!!!!!!!

Aqui na TV jà mostraram o ministro dell interno dando explicação no parlamento. Não assisti tudo, escutei ele dizendo que isso que foi feito hoje, foi a melhor ação de resposta do estado !!!

Falou também falou um monte de merda, misturou máfia, imigração clandestina, com um pouco de crimes feitos por imigrantes, e regulares... mas no fim colocou todos no mesmo balaio e mandou os negão pra África!!! Tanto é aqui perto mesmo, basta passar o mediterrâneo e chegou. Mas esqueceu de falar que quase todos eram REGULARES, e honestos trabalhadores.

O chanceler do Cairo já protestou de forma dura, diplomaticamente, falta agora esperar os outros países africanos terem os próprios cidadãos repatriados, assim a coisa fica

[cabeça de martelo]

As noticias que chegam cá a Portugal é que a extrema-direita apoiada pelo governo está a impulsionar estes ataques. Agora quem vive em itália está em melhor condição de falar.

[Francoorp]

As noticias que chegam cá a Portugal é que a extrema-direita apoiada pelo governo está a impulsionar estes ataques. Agora quem vive em itália está em melhor condição de falar.

Nada, os meios de informação aqui são todos capachos do estado, toda informação é atentamente rendada e distribuída à população, e sim é verdade que temos os arruaceiros de direita na rua tentando criar casos de conflito. Tudo apoiado pelo governo central. Triste. Ainda bem que vou embora, cansei daqui!

[Kratos]

Cara... O problema é o racismo, e não emprego. Os africanos trabalhavam em colheitas em regime semi-escravo, te pergunto.. QUE ITALIANO QUERIA ESTAR NO LUGAR DELES ?

Será que eles expulsam também alemães e ingleses ?

Semi-escravidão na Itália? Conta outra, vai.

[Bolovo]

Pô, eu como quase-italiano fico envergonhado vendo uma coisa dessas.

[rodrigo]

E tem fila de gente pedindo passaporte italiano..

[P44]

As noticias que chegam cá a Portugal é que a extrema-direita apoiada pelo governo está a impulsionar estes ataques. Agora quem vive em itália está em melhor condição de falar.

Nada, os meios de informação aqui são todos capachos do estado, toda informação é atentamente rendada e distribuída à população, e sim é verdade que temos os arruaceiros de direita na rua tentando criar casos de conflito. Tudo apoiado pelo governo central. Triste. Ainda bem que vou embora, cansei daqui!

eu vi na TV acerca da criação de milicias populares ligados á "Forza Italia" , que patrulhavam determinadas zonas, vc confirma?

[Guerra]

E tem fila de gente pedindo passaporte italiano..

O povo gosta é de levar burduada. Se o pais prende quem transa fora do casamento o cara arruma uma namorada e corre pra lá. Se o pais não gosta de negros, se o cara é negro é pra lá que vai. Não entendo isso