Revanchismo sem fim

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Re: Revanchismo sem fim

#91 Mensagem por Marino » Sex Jan 08, 2010 11:11 am

Outros setores da sociedade já estão vendo aonde o decreto nos levaria, e já começam a se movimentar.
Censura à imprensa, apoio aos invasores de propriedades, ataque ao agronegócio,etc.
Apresentaram ao Lula um projeto stalinista, ou bolivariano, para assinatura.
Globo:
País

AMPLO E POLÊMICO

Muito além dos direitos humanos

Decreto prevê ações em diversas outras áreas do governo

José Casado



O último ano de mandato do presidente Lula começa com um novo rol de promessas de iniciativas governamentais, sob o guarda-chuva de um "Programa Nacional de Direitos Humanos". Resumidas em 23 mil palavras, elas ocupam 73 páginas de um decreto assinado no final de dezembro.

Pelo calendário constitucional, restam 11 meses de mandato ao presidente. Mas para cumprir apenas o que está previsto nesse decreto seria preciso, no mínimo, um novo mandato. E um novo governo, com novos aliados dispostos a confrontar boa parte das forças políticas que sustentaram o governo Lula nos últimos 84 meses.

Sob o pretexto da criação de um programa governamental dos direitos humanos, Lula alinhou uma miríade de promessas para este ano eleitoral: da regulação de hortas comunitárias à revisão na Lei de Anistia; da taxação de grandes fortunas às mudanças nas regras dos planos de saúde; da legalização do casamento homossexual à fiscalização de pesquisas de biotecnologia e nanotecnologia.



Governo sugere 27 novas leis

O decreto estabelece para os próximos 11 meses a elaboração de pelo menos 27 novas leis. E cria mais de dez mil novas instâncias burocráticas no setor público (entre ouvidorias, observatórios, órgãos "especializados e regionalizados do sistema de justiça, de segurança e de defensoria pública", "centros de formação", bancos de dados, comitês e conselhos federais, estaduais e municipais). Em paralelo, programa para este ano eleitoral duas dezenas de campanhas publicitárias nacionais (entre elas, uma sobre "informação às crianças e adolescentes sobre seus direitos" e outra sobre "direito ao voto e participação política de homens e mulheres").

O plano foi coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com aval da Casa Civil, e recebeu contribuições de 17 ministérios. Na essência, tem propostas semelhantes às "diretrizes" sancionadas pelo Partido dos Trabalhadores para o programa de governo do então candidato Lula, no início da campanha eleitoral de 2002. Seis meses depois, o candidato revogou-as com uma informal "Carta aos Brasileiros", na qual se comprometia, principalmente, a manter o status quo na economia.

Agora, pela primeira vez em três décadas, Lula não será candidato. Na reta final do seu mandato, o presidente assinou um decreto determinando o engajamento do governo em iniciativas para dar à Presidência da República meios de exercer o poder à margem do Congresso, via "plebiscitos, referendos, leis de iniciativa popular e de veto popular".

Taxação de fortunas volta a ser proposta

O decreto tem um pouco de tudo e até mesmo propostas de senso comum, como a edição de legislação reprimindo castigos físicos em crianças. Como plano governamental tem, também, todos os ingredientes necessários para apimentar a campanha presidencial.

Quem adotá-lo poderá subir no palanque eleitoral dizendo-se a favor da taxação das grandes fortunas; da revisão da Lei da Anistia; da flexibilização das regras para reintegração de posse de propriedades invadidas; de mudanças no regime de concessão e outorga de licenças para rádios e televisões; da fiscalização de "projetos implementados pelas empresas transnacionais", e, até da "fiscalização" dos impactos da biotecnologia e da nanotecnologia na vida cotidiana.

Caso seja adotado por um candidato governista, este poderia ter alguma dificuldade em explicar porque nos últimos 84 meses nada disso foi posto em prática. Mas algumas das propostas de ação contidas nesse decreto presidencial podem até acabar emulando uma boa agenda de debate eleitoral. É o caso da revisão das regras para planos de saúde, da descriminalização do aborto e do direito ao casamento gay, entre outros.

A abrangência do programa de direitos humanos sancionado pelo presidente contrasta com o modesto desempenho dos projetos da área executados pela Secretaria de Direitos Humanos. Em 2009, por exemplo, a secretaria mostrou-se mais ativa em propaganda do que em ações de proteção aos idosos. De acordo com dados do sistema de contas governamentais, gastou R$8,9 milhões em publicidade, ou seja, dez vezes mais do que no Programa Nacional de Acessibilidade, voltado aos idosos e pessoas com deficiência física.

As 73 páginas do decreto, disponível na página da Presidência da República na internet, requerem de qualquer leitor um pouco mais do que o exercício da paciência: o texto árido corre entre autoelogios e construções extremamente tortuosas, como "a valorização da pessoa humana como sujeito central do processo de desenvolvimento, enfrentando o atual quadro de injustiça ambiental". Mas sempre "orientado pela transversalidade" - escreveram os autores-, com foco na "intersetorialidade, ação comunitária, intergeracionalidade e diversidade".




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Re: Revanchismo sem fim

#92 Mensagem por Marino » Sex Jan 08, 2010 11:26 am

O presidente cederá ao revanchismo?

Luiz Eduardo Rocha Paiva



A esquerda radical do governo tem como estratégia desgastar as Forças Armadas perante a Nação, não só por revanche pela derrota que lhe impuseram nos anos 70, mas também como uma forma de neutralizar instituições que resistirão ao seu propósito de tomada do poder. É apoiada por organismos e ONGs alienígenas cujas teses internacionalistas, se de cunho esquerdista, recebem a simpatia e submissão ideológica do governo. A imprensa é outro grande óbice, daí a estratégia esboçada nas propostas da 1ª Conferência Nacional de Comunicações para controlá-la e limitar-lhe a liberdade.

O presidente da República há algum tempo declarou esgotado o debate sobre a Lei da Anistia no Executivo e recentemente manifestou-se de forma veemente a favor da liberdade de imprensa. A esquerda radical governista, no entanto, implementa as duas estratégias mencionadas. Será que o presidente não sabe?

A revisão da Lei da Anistia, orquestrada no Ministério da Justiça e em sua Secretaria Especial de Direitos Humanos, é facciosa ao propor o julgamento apenas dos que lutaram em defesa do Estado, da lei e da ordem. A busca aos corpos de mortos na guerrilha do Araguaia não teve um nobre propósito humanitário, mas sim o objetivo velado de obter o apoio da sociedade para a revisão da lei. A operação foi aberta à participação dos setores interessados e pesquisou todos os locais solicitados. Concluída a busca infrutífera e mesmo sem indícios de apoio popular, o governo baixou um decreto criando a Comissão da Verdade e abrindo a possibilidade de revisão da lei, cláusula pétrea da estratégia de desgaste das Forças Armadas.

Ao reagirem ao acintoso decreto, o ministro da Defesa e os comandantes de Forças prezaram valores militares como senso de justiça e lealdade e o fizeram sem ferir a hierarquia e a disciplina. Chefes, em qualquer escalão, têm a obrigação moral e funcional de defender os subordinados de injustiças, assumindo os riscos decorrentes. O presidente da República não é um estadista, e sim um líder político de perfil comum. Assim, coloca objetivos partidários, manutenção do poder e propósitos eleitorais acima de valores tradicionais e interesses suprapartidários. O prometido reestudo do decreto seguirá essa linha de conduta e a revisão ou não da Lei da Anistia dependerá do lado que for mais forte, proativo e determinado.

O cenário que emanar dessa decisão será ameaçador para o regime democrático, se ela resultar no enfraquecimento das Forças Armadas. O futuro político almejado pela esquerda radical para o Brasil é bem claro, como se deduz do pensamento e da ação de seus ícones. Marighella: "A única maneira de resolver os problemas do povo é a conquista do poder pela violência das massas." Lamarca: "Deturpamos tudo para mostrar que a nossa linha é correta." Guevara: "Adoro o ódio eficaz que faz do homem uma violenta, seletiva e fria máquina de matar." Esses mentores de lutas fratricidas são enaltecidos no governo, enquanto dom Pedro II, Caxias e Rio Branco, artífices da harmonia e coesão nacional, são esquecidos.

Os componentes da esquerda revolucionária foram anistiados e muitos ocupam cargos importantes no governo, posando de defensores dos direitos humanos. Vários pertenceram a grupos armados responsáveis por diversas execuções, como a do capitão Chandler, do Exército dos EUA, assassinado com dezenas de tiros na presença da esposa e dos filhos; e a do tenente Mendes Júnior, da PM de São Paulo, prisioneiro de Lamarca, morto a coronhadas após ser condenado à morte por um ilícito tribunal revolucionário. Se o País mergulhasse numa guerra interna nos anos 70, quantos empresários, autoridades, políticos e militares, hoje em posições proeminentes, estariam exercendo seus cargos? Se caísse no regime totalitário, objetivo da esquerda radical, quantos estariam vivos? E os anistiados pelo regime militar, que ocupam cargos relevantes, escapariam aos expurgos e justiçamentos típicos do regime comunista? Se tudo isso não ocorreu, muito se deve aos que defenderam a continuação do processo de democratização contra os que tentavam implantar a ditadura do partido único. Se alguns infringiram a lei, foram anistiados, assim como os assassinos, sequestradores e terroristas, que não contestavam a anistia ampla, geral e irrestrita antes de chegarem ao poder.

Enquanto o Ministério da Justiça e a Secretaria Especial de Direitos Humanos se ocupam do passado, o Brasil é denunciado pela ONU, no presente, pelo desrespeito aos direitos humanos por agentes do Estado. Em duas décadas de democracia plena houve mais vítimas pela omissão ou violência do Estado, legítima ou não, e por criminosos do que no regime militar. Entre elas estão cidadãos honestos e suas famílias, massacrados por quadrilhas ante a inépcia do Estado; vítimas em episódios como os do Carandiru, de Eldorado de Carajás e das zonas urbanas periféricas; e seres humanos em presídios e centros de recuperação de menores onde são tratados como escória. Ao contrário de muitos envolvidos na luta armada, essas vítimas não são das classes favorecidas, não têm "sobrenome", não defendem a ideologia marxista e, assim, não contam com a solidariedade da hipócrita esquerda radical nem são indenizados pelas violações sofridas.

É inconcebível abandonar irmãos de armas ante a injustiça que correm o risco de sofrer, pois caberia a quem estivesse no lugar deles a missão que cumpriram nos anos 70. Por outro lado, é hipocrisia a condenação de governos nos quais tenham ocorrido excessos na reação à luta armada, por outros governos que financiam, apoiam e confraternizam com o MST, cujas ações resultam, impunemente, em ameaças, invasões, destruições e mortes; que idolatram regimes totalitários e lideranças ditatoriais criminosas como as de Cuba e do Irã; e ainda pagam indenizações milionárias a assassinos, sequestradores e terroristas anistiados e suas famílias, mas não às vítimas de seus crimes.

Luiz Eduardo Rocha Paiva, general da reserva, é professor emérito e ex-comandante

da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército




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Re: Revanchismo sem fim

#93 Mensagem por Marino » Sex Jan 08, 2010 11:34 am

Vejam o Bom Dia Brasil de hoje, extremamente revelador:
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL ... EMICA.html




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Re: Revanchismo sem fim

#94 Mensagem por Marino » Sex Jan 08, 2010 11:36 am





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Re: Revanchismo sem fim

#95 Mensagem por Marino » Sex Jan 08, 2010 11:46 am

Com regras para todos os lados, texto recebe críticas de diversos
setores
"Usaram os direitos humanos para criar esse demônio", diz Kátia Abreu
Evandro Éboli
BRASÍLIA. Ao tratar de temas tão distintos — que variam de transgênicos a aborto, e de
licençapaternidade a reforma agrária — o Programa Nacional de Direitos Humanos recebeu muitas
críticas de vários segmentos da sociedade. Essa diversidade, no entanto, é elogiada pelos militantes da
área.
Ex-perseguido político e colaborador do programa, o ex-deputado federal Gilney Vianna, da
direção nacional do PT, defendeu o texto. Para ele, todos os temas tratados têm relação com direitos
humanos. Mas, para a presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu
(DEM-TO), o programa discrimina o setor ruralista.
Secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara Barbosa
considerou uma demonstração de intolerância a previsão do texto de impedir a ostentação de símbolos
religiosos, como crucifixo, em locais públicos.
Petista diz que conceito é tendência mundial
A variedade de temas abordados no programa é uma demonstração de modernidade, na visão
do deputado petista: — Há uma tendência internacional de um conceito mais abrangente de direitos
humanos.
Não é algo exclusivo do Brasil.
É coisa moderna — disse.
Kátia Abreu centrou sua análise na parte do programa que prevê a realização de audiências
públicas, antes que um juiz decida se concede liminar para reintegração de posse de uma fazenda
invadida. Na opinião da parlamentar, o governo do PT incluiu no texto tudo que não conseguiu realizar
nestes sete anos de governo Lula.
— Usaram a máscara dos direitos humanos, um pretexto total, para criar esse demônio.
Estão ali todos os complexos do governo Lula. Não podemos permitir e aceitar passivamente
isso — disse Kátia.
Dom Dimas, por sua vez, disse que a ostentação de símbolos religiosos não deveria ser tratada
no programa: — Daqui a pouco vamos ter que demolir a estátua do Cristo Redentor, no morro do
Corcovado, que ultrapassou a questão religiosa e virou símbolo de uma cidade. Impedir a presença
desses símbolos é uma intolerância muito grande.
É desconhecer o espírito cristão e religioso da tradição brasileira — disse. — (Essa questão)
absolutamente não tem vínculo com direitos humanos.
É a infiltração de uma mentalidade laicista no texto.
Direitos humanos é ter liberdade religiosa.
Advogado que atua na área de direitos humanos, Augustino Veit, integrante da Comissão de
Mortos e Desaparecidos, defende a inclusão de temas variados no programa.
— O conceito de direitos humanos hoje inclui direitos sociais, políticos, civis e tantos outros.
Os programas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), por exemplo, violam os
direitos humanos. Populações tradicionais são obrigadas a deixar regiões de construção de barragem,
onde tinham uma história de vida, e sobreviviam com pesca e, de uma hora para outra, perdem tudo.
Isso é violação de direitos humanos — disse Veit.
Secretaria diz que programa tem chancela da ONU
O líder do PSDB na Câmara, dos Deputados, José Aníbal (SP), pediu uma análise detalhada de
sua assessoria, mas antecipou que o programa engloba temas demais: — É um “X tudo”.
Em nota, o ministro interino da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Rogério Sottili, afirmou
ontem que a ampliação dos temas no programa está prevista em tratados e convenções da Organização
das Nações Unidas (ONU). Sottili afirmou que a inclusão de assuntos variados no programa é uma
demanda da sociedade civil.
“São crescentes demandas da sociedade civil organizada, que encontrou na agenda dos direitos
humanos um conteúdo fundamental de suas lutas, em diferentes cenários, para exigir a efetivação de
relações sociais igualitárias e justas”, afirmou Sottili na nota. O ministro interino disse também que o
Brasil ratificou a grande maioria dos tratados internacionais sobre direitos humanos




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Re: Revanchismo sem fim

#96 Mensagem por Marino » Sex Jan 08, 2010 11:51 am

DIREITOS HUMANOS
Igreja também critica plano de direitos humanos de Lula
Bispos reagem a propostas de descriminalização do aborto e união civil homossexual
"Vemos nessas iniciativas uma atitude arbitrária e antidemocrática do governo Lula", afirma o
bispo d. José Simão: "A igreja é contra"
RAFAEL CARIELLO DA EQUIPE DE EDITORIALISTAS
O 3º Programa Nacional dos Direitos Humanos, qualificado por comandantes militares como
"insultuoso, agressivo e revanchista" em relação às Forças Armadas, tem provocado também reações de
descontentamento e críticas ao governo do presidente Lula em setores da Igreja Católica.
Bispos, padres e católicos ligados a movimentos pró-vida reagem a quatro artigos do documento
tornado público no mês passado. Os itens propõem ações coordenadas de governo para apoiar "a
aprovação do projeto de lei que descriminaliza o aborto", "mecanismos para impedir a ostentação de
símbolos religiosos em estabelecimentos públicos", "a união civil entre pessoas do mesmo sexo" e "o
direito de adoção por casais homoafetivos".
A defesa desses valores é tão ofensiva a setores da Igreja Católica quanto foi, para os militares,
a proposta de se criar uma "comissão nacional da verdade", também contida no programa, com o
objetivo de examinar as violações de direitos humanos praticadas durante a ditadura (1964-1985).
Atitude arbitrária
"Vemos nessas iniciativas uma atitude arbitrária e antidemocrática do governo Lula", afirma d.
José Simão, bispo de Assis (SP) e responsável pelo Comitê de Defesa da Vida do Regional Sul-1 da
CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que congrega as dioceses do Estado de São Paulo.
D. José declara que essa insatisfação é compartilhada por outros bispos brasileiros: "A igreja é
contra. É claro que os arcebispos, os bispos são contrários [ao documento]".
Ele afirma que tem entrado em contato com outros religiosos e que trabalha para articular um
manifesto da igreja no Brasil em repúdio às medidas defendidas pelo programa de direitos humanos:
"Pretendemos reunir, na primeira oportunidade, alguns bispos para discutir essa questão".
O objetivo de d. José é conseguir uma declaração da CNBB sobre o tema, mas há bispos,
mesmo entre aqueles que compartilham de sua indignação, que preferem não bater de frente com o
Planalto. Vários religiosos e setores da igreja são aliados tradicionais da esquerda e do PT em outras
causas defendidas no documento.
Grupos contrários ao aborto também têm se articulado para tentar fazer frente ao programa de
direitos humanos. Maria Dolly Guimarães, presidente da Federação Paulista dos Movimentos em Defesa
da Vida, afirma que leigos têm escrito aos bispos pedindo que a igreja se manifeste sobre o tema.
"Matar uma pessoa não pode ser visto como direito humano", ela diz. "Esse texto pretende fazer
o bem virar mal, e o que é mal virar bem. Na minha opinião, que não é ainda a opinião da igreja,
deveríamos fazer uma campanha para conscientizar o povo brasileiro."
"Creio que o ambão [púlpito de onde se fazem as leituras da Bíblia e de onde o padre pode fazer
o seu sermão aos fieis] vai começar a agir mais", declara.
Contatada, a Secretaria Especial de Direitos Humanos não se manifestou.




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Re: Revanchismo sem fim

#97 Mensagem por Tupi » Sex Jan 08, 2010 12:25 pm

saullo escreveu:
Túlio escreveu:Eu fico DOIDO quando leio que gente culta e bem informada insiste em botar essa figura na Presidência, POWS!!!

A oposição ainda ajuda, jogando buenos nomes no lixo e pegando...'aquilo' para concorrer... :roll: :roll: :roll: :roll:
Concordo com você aí dos pampas, véio Túlio, em gênero, número e em qualquer grau.
Essa figura e alguns que a rodeiam não merecem confiança nenhuma.

Abraços
10X
Mas o que esta acontecendo é que os fantasmas sairam do armário para nos assombrar.
O que impressiona é que temos tantos problemas realmente nacionais, para ser atacado e a sociedade civil se mantém como que anestesiada. Estão tão complacentes diante do descalabro e da corrupção. Porém quando o negócio é ideológico, os ativistas vermelhos impunham uma campanha maciça em defesa de algo que não representa a prioridade da sociedade. Nem condiz com a natureza pacifica do povo brasileiro. Vide a seguir:

O Movimento Nacional de Direitos Humanos divulgou ontem um manifesto de repúdio às recentes manifestações dos chefes das Forças Armadas e do ministro da Defesa, Nelson Jobim, contra a comissão de verdade prevista no Programa Nacional de Direitos Humanos. "É inaceitável que, da penumbra do conservadorismo e do revanchismo antidemocrático, se esboce esta reação dos setores militares", diz o texto.

Para o movimento, que agrega cerca de 400 entidades de todo o Brasil, segundo seus organizadores, "a reação dos militares e do Ministério da Defesa não são bem-vindas e contrastam com os compromissos constitucionais e internacionais com os direitos humanos assumidos pelo Brasil".

Sinceramente eu gostaria de ver estas 400 entidades, protestando ao Lula, Congresso e ao Supremo a moralidade e ética de suas atitudes.
:evil:





Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
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Re: Revanchismo sem fim

#98 Mensagem por lobo_guara » Sex Jan 08, 2010 12:31 pm

Marino,
Acho interessante frisar que o plano não é do Lula nem do governo, muito menos do PT, pelo que sei ele é fruto de uma conferência nacional onde participaram inumeras organizações não governamentais, sindicatos, movimentos sociais e ativistas dos Direitos Humanos, talvez tenha faltado a particpação de outros setores da sociedade que perderão a oportunidade histórica de apresentar os seus pontos de vista e até barrar esta ou aquela proposta, mas isso é resultado de um processo democrático, lamentavelmente talvez ainda falte experiência na nossa sociedade para este nível de exercício de cidadania, (ou mesmo esse tipo de processo ainda não seja levado a sério por alguns), por exemplo acredito que o clube militar poderia ter participado dessas reuniões...a FIESP a UDR..., tenha certeza que a OAB, o MST e a CUT participarão. Não quero com isso me posicionar a favor ou contra essa ou aquela proposta, eu a principio prefiro não remexer no passado pois normalmente esses processos são demorados, dolorosos e dificilmente se alcança um resultado satisfatório (e igual aquelas histórias antigas de família), contudo a decisão nesse caso não coube ao governo e agora simplesmente ignorar o relatório também teria o seu preço para o governo, há de se achar um meio termo (felizmente nisso o nosso presidente é mestre). Agora, também penso que já era hora das nossas FFAA fazerem um mea culpa e dar uma satisfação a sociedade acho que se isso tivesse sido feito a mais tempo acredito que seria o suficiente para o passado ser enterrado, afinal de contas é fato certo e notório que houve exageros por parte de alguns militares (se o outro lado também errou o problema é deles até porque os grupos que faziam parte da luta armada não são instituições permanentes do estado como são as FFAA por isso não tem a mesma responsabilidade), então apontar esses fatos pontuais e algumas práticas e condená-los publicamente seria muito salutar para as insitiuições militares brasileiras, inclusive num processo de reflezão interna das FFAA, acredito que muita coisa até seria justificada mediante a virulência reinante entre as partes dentro do contexto histórico da Guerra-fria.




Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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Re: Revanchismo sem fim

#99 Mensagem por Quiron » Sex Jan 08, 2010 12:45 pm

Usaram e usarão os militares e os tais DH para aprovar essa monstruosidade em nome do bem, do belo e do justo. A quadrilha petista sabe muito bem o que faz.




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Re: Revanchismo sem fim

#100 Mensagem por Marino » Sex Jan 08, 2010 12:45 pm

Caro Lobo
Eu sou de uma geração que tem seu tempo de serviço 100% inserida dentro de governos democráticos, sem qualquer participação nos eventos históricos que teimam em trazer para os dias atuais.
Veja que não estou defendendo ou criticando o que ocorreu. Isto ficará para historiadores isentos, quanto toda esta geração contaminada estiver prestando contas a Deus ou ao diabo.
A questão da conferência nacional e amplo debate, quem aqui sabia disso? Podemos ver o Alexandre Garcia, no link que postei acima, perguntando a mesma coisa. Digo-lhe que o MD participou, mas sempre foi minoria nas votações.
Voltando ao tema.
Eu, como militar isento, cuja geração não participou dos fatos, formo com a proposta do NJ, que teria sido aceita integralmente pelo Tasso e Vanucchi, e não colocada no papel, mostrando como agem os dois.
Hoje tem uma reportagem em que o Vanucchi alega que ao dar a ordem para mudar os termos, o pessoal da gráfica disse que não dava mais, que o material já estava em impressão.
O que não aceito é revisão de um lado só, é tentar macular as atuais gerações de militares profissionais, é empulhar o Lula para assinar (como está sendo amplamente divulgado), é violar um acordo entre os Ministérios, é acrescentar coisas que nada tem a ver com DH (como vemos nos links acima), etc.
Isto é stalinismo, é tática bolivariana.
Meu objetivo ao postar tantas matérias é permitir que os DBistas tirem suas próprias conclusões. Pode ver que eu raramente me manifesto, como estou fazendo agora.
Um dia o Brasil se verá livre destas gerações comprometidas, de qualquer lado.




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Re: Revanchismo sem fim

#101 Mensagem por Quiron » Sex Jan 08, 2010 12:48 pm

Caro, Marino.

Você sabe que não se trata de apenas uma crise com os militares. É muito maior que isso. É Gramsci puro.




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Re: Revanchismo sem fim

#102 Mensagem por Marino » Sex Jan 08, 2010 12:52 pm

Quiron escreveu:Caro, Marino.

Você sabe que não se trata de apenas uma crise com os militares. É muito maior que isso. É Gramsci puro.
Corretíssimo.




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Re: Revanchismo sem fim

#103 Mensagem por lobo_guara » Sex Jan 08, 2010 1:05 pm

Marino escreveu:Caro Lobo
Eu sou de uma geração que tem seu tempo de serviço 100% inserida dentro de governos democráticos, sem qualquer participação nos eventos históricos que teimam em trazer para os dias atuais.
Veja que não estou defendendo ou criticando o que ocorreu. Isto ficará para historiadores isentos, quanto toda esta geração contaminada estiver prestando contas a Deus ou ao diabo.
A questão da conferência nacional e amplo debate, quem aqui sabia disso? Podemos ver o Alexandre Garcia, no link que postei acima, perguntando a mesma coisa. Digo-lhe que o MD participou, mas sempre foi minoria nas votações.
Voltando ao tema.
Eu, como militar isento, cuja geração não participou dos fatos, formo com a proposta do NJ, que teria sido aceita integralmente pelo Tasso e Vanucchi, e não colocada no papel, mostrando como agem os dois.
Hoje tem uma reportagem em que o Vanucchi alega que ao dar a ordem para mudar os termos, o pessoal da gráfica disse que não dava mais, que o material já estava em impressão.
O que não aceito é revisão de um lado só, é tentar macular as atuais gerações de militares profissionais, é empulhar o Lula para assinar (como está sendo amplamente divulgado), é violar um acordo entre os Ministérios, é acrescentar coisas que nada tem a ver com DH (como vemos nos links acima), etc.
Isto é stalinismo, é tática bolivariana.
Meu objetivo ao postar tantas matérias é permitir que os DBistas tirem suas próprias conclusões. Pode ver que eu raramente me manifesto, como estou fazendo agora.
Um dia o Brasil se verá livre destas gerações comprometidas, de qualquer lado.
É Marino,
O governo esta no meio de um entreveiro que jamais gostaria de estar, o problema vai ser segurar os extremistas de ambos os lados, mas vá lá quem sabe surja alguma coisa boa disso tudo e todos fiquem satisfeito, nessa briga eu aposto na capacidade de negociação do nosso presidente. Agora tenha certeza que nisso tudo só quem ganha é quem esta torcendo para ver o circo pegar fogo.




Editado pela última vez por lobo_guara em Sex Jan 08, 2010 1:08 pm, em um total de 1 vez.
Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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Marino
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Re: Revanchismo sem fim

#104 Mensagem por Marino » Sex Jan 08, 2010 1:10 pm

lobo_guara escreveu:
Marino escreveu:Caro Lobo
Eu sou de uma geração que tem seu tempo de serviço 100% inserida dentro de governos democráticos, sem qualquer participação nos eventos históricos que teimam em trazer para os dias atuais.
Veja que não estou defendendo ou criticando o que ocorreu. Isto ficará para historiadores isentos, quanto toda esta geração contaminada estiver prestando contas a Deus ou ao diabo.
A questão da conferência nacional e amplo debate, quem aqui sabia disso? Podemos ver o Alexandre Garcia, no link que postei acima, perguntando a mesma coisa. Digo-lhe que o MD participou, mas sempre foi minoria nas votações.
Voltando ao tema.
Eu, como militar isento, cuja geração não participou dos fatos, formo com a proposta do NJ, que teria sido aceita integralmente pelo Tasso e Vanucchi, e não colocada no papel, mostrando como agem os dois.
Hoje tem uma reportagem em que o Vanucchi alega que ao dar a ordem para mudar os termos, o pessoal da gráfica disse que não dava mais, que o material já estava em impressão.
O que não aceito é revisão de um lado só, é tentar macular as atuais gerações de militares profissionais, é empulhar o Lula para assinar (como está sendo amplamente divulgado), é violar um acordo entre os Ministérios, é acrescentar coisas que nada tem a ver com DH (como vemos nos links acima), etc.
Isto é stalinismo, é tática bolivariana.
Meu objetivo ao postar tantas matérias é permitir que os DBistas tirem suas próprias conclusões. Pode ver que eu raramente me manifesto, como estou fazendo agora.
Um dia o Brasil se verá livre destas gerações comprometidas, de qualquer lado.
É Marino,
O governo esta no meio de um entreveiro que jamais gostaria de estar, o problema vai ser segurar os extremistas de ambos os lados, mas vá lá quem sabe surja alguma coisa boa disso tudo e todos fiquem satisfeito, nessa briga eu aposto na capacidade de negociação do nosso presidente. Agora tenha certeza que nisso tudo só quem ganha é quem esta torcendo para ver o circo pegar fogo.
Sim, a solução seria o Supremo se manifestar logo quanto a questão.
Com isso, que todos os lados cumpram o decidido, como deve ser numa democracia.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Revanchismo sem fim

#105 Mensagem por saullo » Sex Jan 08, 2010 2:52 pm

Marino, esse documento de m.... mexeu com militares, com a Igreja (que sempre apoiou a PTzada) e logo creio que até as Câmaras de Vereadores das cidades pequenas, como a minha, vão começar a se manifestar.
Aqui no interior, esse pessoal dos Direitos Humanos é muito mal visto...são considerados apenas protetores de bandidos.
Se bem explorado, esse documentozinho de m.... será a pá de cal na candidatura dessa senhora. Que seja.
Vale lembrar que o eleitorado brasileiro é muito conservador.

Abraços




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