Ataque a brasileiros no Suriname
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- Sterrius
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Re: Ataque a brasileiros no Suriname
Bem, temos que levar em conta que o Suriname é um país bem novo tb. E também teve seu periodo militar (até 88 curiosamente).
Sem levar esse caso em conta. Eu sempre achei que o Brasil devia investir pesado nas relações e economia da Guiana e Suriname! 2 Paises minusculos mas que com ajuda certa podem ajudar a desenvolver toda a região norte do nosso país, tornando aquela area de fronteira e selva um pouco + solidificada para ambos os lados. (Vendendo e os ajudando a agregar valor a produtos deles mesmo e aumentando a ligação fisica entre os paises com estradas, pontes e aviões).
O Brasil na soma total falando so pelo lado economico sairia sim perdendo! (Nao muito ja que são paises de pouca população e a venda de produtos ajudaria a abater parte do prejuizo). Mas nao se pode ver isso so pelo ponto economico, tem que se ver pelo geopolitico. E geopoliticamente esses 2 paises são literalmente a porta pro norte do nosso país.
Nao peço pra que eles ponham o peito na nossa frente. Seria ridiculo pensar nestes 2 paises suportarem as ameaças de alguma potencia sozinho! Mas poderiam nos avisar com antecedencia ou mesmo pedir a nossa ajuda pois saberiam que poderiam contar conosco.
Hoje o Suriname e Guiana se identificam muito mais com o Caribe e EUA que com a AL e Brasil!
Sem levar esse caso em conta. Eu sempre achei que o Brasil devia investir pesado nas relações e economia da Guiana e Suriname! 2 Paises minusculos mas que com ajuda certa podem ajudar a desenvolver toda a região norte do nosso país, tornando aquela area de fronteira e selva um pouco + solidificada para ambos os lados. (Vendendo e os ajudando a agregar valor a produtos deles mesmo e aumentando a ligação fisica entre os paises com estradas, pontes e aviões).
O Brasil na soma total falando so pelo lado economico sairia sim perdendo! (Nao muito ja que são paises de pouca população e a venda de produtos ajudaria a abater parte do prejuizo). Mas nao se pode ver isso so pelo ponto economico, tem que se ver pelo geopolitico. E geopoliticamente esses 2 paises são literalmente a porta pro norte do nosso país.
Nao peço pra que eles ponham o peito na nossa frente. Seria ridiculo pensar nestes 2 paises suportarem as ameaças de alguma potencia sozinho! Mas poderiam nos avisar com antecedencia ou mesmo pedir a nossa ajuda pois saberiam que poderiam contar conosco.
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- Dieneces
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Re: Ataque a brasileiros no Suriname
Foi um ataque dos quilombolas/MST de lá contra brasileiros . Aposto que o Itamaraty Cover do MAG apoiará os atacantes/estupradores e pedirá o banimento dos brasileiros. Assim como apóia as FARC (é amigo pessoal do pe. Olivério , o representante das FARC aqui) e vai manter o terrorista Battisti aqui. Esse é o retrato do governo bolivariano do Lula .Já era pra ter amanhecido com 500 paraquedistas em Albina . Paramaribo não iria se opor .
Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
- Bolovo
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Re: Ataque a brasileiros no Suriname
Alguem faz ideia se o avião da FAB já foi para lá?
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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- Clermont
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Re: Ataque a brasileiros no Suriname
Já é a terceira nação da América do Sul ou Central contra a qual alguns pedem intervenção militar brasileira.delmar escreveu:E agora José? Parece que não morreu ninguém mesmo. E os paraquedistas? A Brigada da Selva? Vamos continuar a operação de invadir o Suriname ou cancelar? Os grandes estrategistas do DB devem tomar esta decisão já.
Primeiro, a Bolívia; depois Honduras e agora, o Suriname.
Onde irá parar este crescente tesão, de alguns brasileiros, por guerra e por aventuras bélicas irresponsáveis?
Quando irá surgir o George W. Bush brasileiro para disputar a presidência da república?
- suntsé
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Re: Ataque a brasileiros no Suriname
Não existem informações confiaveis sobre este episodio....
MAIS TAMBÈM não existem informações CONCLUSIVAS a RESPEITO!
Um Padre e um deputado disse que foram encontrados cadaveres de Brasileiros...um embaixador disse que ouve mortes...mas depois voltou atras....não existem informações que comprovem isto.
mas uma coisa é certa sabixões....80 Brasileiro fugiram de albina por nada...não aconteceu nada que provoca-se a fuga deles....rsrsrsrrsr
MAIS TAMBÈM não existem informações CONCLUSIVAS a RESPEITO!
Um Padre e um deputado disse que foram encontrados cadaveres de Brasileiros...um embaixador disse que ouve mortes...mas depois voltou atras....não existem informações que comprovem isto.
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- EDSON
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Re: Ataque a brasileiros no Suriname
Se os garimpeiros sofrem atques e as autoridades locais não pode defende-los, eles que comprem armas. Principio da legitima defesa para todo ser humano
- Sávio Ricardo
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Re: Ataque a brasileiros no Suriname
Ler alguns posts por aqui é digamos, TRISTE.
Também não gosto de norte-americano, faço parte da campanha XÔ F-18, mas os mesmos que chamam os EUA de imperialistas e o escambau por querer invadir a tudo e a todos são os mesmos que agora pedem que o Brasil tenha uma atitude identica com um pais vizinho...
Concordo em enviarmos nossas FE's para darmos proteção aos nossos irmãos e mostrar que se eles vierem com facões novamente nossos FALs os receberam alegremente, mas invadir o pais vizinho??? Afff...
Mais duas paginas do tópico e o Hugo Chaves é quem será o responsavel por tamanha barbarie e esta financiando os tals "marrons" p/ se revoltarem contra nós, comprando só facões de primeira TRAMONTINA.
Concerteza o governo do Suriname não ira se opor se resolvermos enviar alguns PQD
Também não gosto de norte-americano, faço parte da campanha XÔ F-18, mas os mesmos que chamam os EUA de imperialistas e o escambau por querer invadir a tudo e a todos são os mesmos que agora pedem que o Brasil tenha uma atitude identica com um pais vizinho...
Concordo em enviarmos nossas FE's para darmos proteção aos nossos irmãos e mostrar que se eles vierem com facões novamente nossos FALs os receberam alegremente, mas invadir o pais vizinho??? Afff...
Mais duas paginas do tópico e o Hugo Chaves é quem será o responsavel por tamanha barbarie e esta financiando os tals "marrons" p/ se revoltarem contra nós, comprando só facões de primeira TRAMONTINA.
Concerteza o governo do Suriname não ira se opor se resolvermos enviar alguns PQD
- U-27
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Re: Ataque a brasileiros no Suriname
interessante como muita gente tem medo do Brasil agir como grande
são cidadãos nossos que foram atacados no pior estilo de crime na africa
e devemos mesmo ficar quietos?
devemos pressionar o governo do suriname!
ou sera que se uma horda americana matasse uns 10 brasileiros ilegais nos eua tambem não estariam revoltados?
ou então se algum terrorista arabe derrubasse algum avião brasileiro? sera que ficariamos com as ideias esquerdistas e não iriamos peitar?
ora!, para que ter arma se é para ficar no paiol, se é necessario temos de agir, não digo invadir o suriname, mas, pressionar e oferecer ajuda, afinal, eles não dão conta mesmo.
ou melhor
se uma turba brasileira matasse uns 20 bolivianos ilegais em são paulo, duvido que o morales ficaria quieto mesmo sendo fraco.
são cidadãos nossos que foram atacados no pior estilo de crime na africa
e devemos mesmo ficar quietos?
devemos pressionar o governo do suriname!
ou sera que se uma horda americana matasse uns 10 brasileiros ilegais nos eua tambem não estariam revoltados?
ou então se algum terrorista arabe derrubasse algum avião brasileiro? sera que ficariamos com as ideias esquerdistas e não iriamos peitar?
ora!, para que ter arma se é para ficar no paiol, se é necessario temos de agir, não digo invadir o suriname, mas, pressionar e oferecer ajuda, afinal, eles não dão conta mesmo.
ou melhor
se uma turba brasileira matasse uns 20 bolivianos ilegais em são paulo, duvido que o morales ficaria quieto mesmo sendo fraco.
"A religião católica contém a Verdade total revelada por Deus e não dizemos isso com arrogância nem para desafiar ninguém. Não podemos diminuir esta afirmação" Dom Hector Aguer
http://ridingaraid.blogspot.com.br/ meu blog
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- Marino
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Re: Ataque a brasileiros no Suriname
Vou deixar bem clara minha posição quanto ao incidente.
Não propus invadir país nenhum. Propus, com as informações iniciais que tínhamos, defender os brasileiros de uma ação "africana", enviar os PQD para apoiar a retirada e proteção dos que estavam sendo massacrados.
Até agora não sabemos a real dimensão da coisa. Certo é que houve o ataque, que brasileiros tiveram que se refugiar em um quartel, que foram evacuados para Paramaribo, que um padre local afirma que houve mortes, estupro, etc.
Neste cenário, com a aparente inação do governo local, uma intervenção para proteger os nacionais, com posterior retirada, se justificaria.
Entendam uma coisa: os militares serão os últimos a propor uma ação violenta, pq sabem as consequências, o que acarreta este tipo de ação.
Não propus invadir país nenhum. Propus, com as informações iniciais que tínhamos, defender os brasileiros de uma ação "africana", enviar os PQD para apoiar a retirada e proteção dos que estavam sendo massacrados.
Até agora não sabemos a real dimensão da coisa. Certo é que houve o ataque, que brasileiros tiveram que se refugiar em um quartel, que foram evacuados para Paramaribo, que um padre local afirma que houve mortes, estupro, etc.
Neste cenário, com a aparente inação do governo local, uma intervenção para proteger os nacionais, com posterior retirada, se justificaria.
Entendam uma coisa: os militares serão os últimos a propor uma ação violenta, pq sabem as consequências, o que acarreta este tipo de ação.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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- Sávio Ricardo
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Re: Ataque a brasileiros no Suriname
isso...
Um pouco mais de lucidez ao tópico! ! ! Rs
Sem Super-Tucanos bombardeando o Suriname, sem invasão.... por enquanto .
Vamos por agora somente proteger os brasileiros que la estão...
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- Dieneces
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Re: Ataque a brasileiros no Suriname
Certamente C-130 , pequena chance pra amazonas...Bolovo escreveu:Alguem faz ideia se o avião da FAB já foi para lá?
Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
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Re: Ataque a brasileiros no Suriname
BARBÁRIE NA FRONTEIRA
Itamaraty confirma 17 feridos
Dos brasileiros atacados no Suriname, três estão internados e cinco deixaram o país
Bernardo Mello Franco,
Carolina Brígido e Gerson Camarotti
A Embaixada do Brasil no Suriname confirmou ontem que 17 brasileiros ficaram feridos ao serem atacados por cerca de 300 surinameses em Albina, a 150 quilômetros da capital, Paramaribo, quinta-feira à noite. Uma das vítimas foi a paraense Deniclea Furtado Teixeira, de 34 anos, que estava grávida de três meses e perdeu o bebê. O aborto teria sido provocado pela situação de tensão a que Deniclea foi submetida. Dos 81 brasileiros que fugiram de Albina, cinco embarcaram ontem de volta para o Brasil num avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e chegaram à noite em Belém. O Ministério das Relações Exteriores negou que o conflito tenha resultado em outras mortes, como chegou a ser relatado por vítimas e pelo padre brasileiro José Vergílio, que está no país há oito anos.
Ontem de manhã, o Itamaraty enviou a Paramaribo uma missão com dois diplomatas, que embarcaram de Brasília num avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O embaixador José Luís Machado e Costa, que estava na capital do país, foi até a região do conflito para conversar com autoridades locais.
No início da noite de ontem, três brasileiros ainda estavam em observação num hospital em Paramaribo. São eles: os maranhenses Francimar Nascimento Pinheiro, de 32 anos, e Raimundo da Silva Pereira, de 36; e o tocantinense Antonio Rodrigues da Silva, de 46. As outras 14 vítimas foram atendidas e liberadas, sendo 11 na capital do Suriname e três em Saint-Laurent-du-Maroni, na Guiana Francesa.
Conflito em área de garimpo
O conflito ocorreu num acampamento usado por brasileiros que emigraram para trabalhar em garimpos ilegais no Suriname. O local foi invadido por descendentes de quilombolas, após o assassinato de um surinamês por um brasileiro, na véspera do Natal. Os agressores destruíram mantimentos e incendiaram parte das instalações usadas pelos brasileiros.
O padre José Vergílio, que chegou a anunciar que sete brasileiros haviam morrido no conflito, voltou atrás ontem à tarde e afirmou não saber o número de supostas vítimas. Mesmo assim, acusou as autoridades brasileiras de tentarem atenuar as consequências do ataque.
- As autoridades estão com prudência exagerada. Sei que existem mortos, e muitas mulheres que foram violentadas barbaramente. As pessoas foram encontradas boiando no rio e dizem que não houve nada. Até o embaixador brasileiro está falando besteira - disse.
Vítima diz ter visto corpos boiando
O garimpeiro Enoque Luz também insistiu que, ao contrário do que informou o Itamaraty, haveria brasileiros mortos em decorrência dos ataques. Segundo ele, pelo menos quatro teriam morrido em Paramaribo. Ele afirmou ainda que foram vistos corpos boiando no Rio Maroni, próximo ao local dos ataques.
- Encontramos no rio corpos e pedaços de gente. Sei que lá no hospital tem quatro corpos na geladeira. Eles não deixam a gente ir lá reconhecer. Eles não anunciam isso nem no jornal daqui - afirmou Enoque.
Itamaraty confirma 17 feridos
Dos brasileiros atacados no Suriname, três estão internados e cinco deixaram o país
Bernardo Mello Franco,
Carolina Brígido e Gerson Camarotti
A Embaixada do Brasil no Suriname confirmou ontem que 17 brasileiros ficaram feridos ao serem atacados por cerca de 300 surinameses em Albina, a 150 quilômetros da capital, Paramaribo, quinta-feira à noite. Uma das vítimas foi a paraense Deniclea Furtado Teixeira, de 34 anos, que estava grávida de três meses e perdeu o bebê. O aborto teria sido provocado pela situação de tensão a que Deniclea foi submetida. Dos 81 brasileiros que fugiram de Albina, cinco embarcaram ontem de volta para o Brasil num avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e chegaram à noite em Belém. O Ministério das Relações Exteriores negou que o conflito tenha resultado em outras mortes, como chegou a ser relatado por vítimas e pelo padre brasileiro José Vergílio, que está no país há oito anos.
Ontem de manhã, o Itamaraty enviou a Paramaribo uma missão com dois diplomatas, que embarcaram de Brasília num avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O embaixador José Luís Machado e Costa, que estava na capital do país, foi até a região do conflito para conversar com autoridades locais.
No início da noite de ontem, três brasileiros ainda estavam em observação num hospital em Paramaribo. São eles: os maranhenses Francimar Nascimento Pinheiro, de 32 anos, e Raimundo da Silva Pereira, de 36; e o tocantinense Antonio Rodrigues da Silva, de 46. As outras 14 vítimas foram atendidas e liberadas, sendo 11 na capital do Suriname e três em Saint-Laurent-du-Maroni, na Guiana Francesa.
Conflito em área de garimpo
O conflito ocorreu num acampamento usado por brasileiros que emigraram para trabalhar em garimpos ilegais no Suriname. O local foi invadido por descendentes de quilombolas, após o assassinato de um surinamês por um brasileiro, na véspera do Natal. Os agressores destruíram mantimentos e incendiaram parte das instalações usadas pelos brasileiros.
O padre José Vergílio, que chegou a anunciar que sete brasileiros haviam morrido no conflito, voltou atrás ontem à tarde e afirmou não saber o número de supostas vítimas. Mesmo assim, acusou as autoridades brasileiras de tentarem atenuar as consequências do ataque.
- As autoridades estão com prudência exagerada. Sei que existem mortos, e muitas mulheres que foram violentadas barbaramente. As pessoas foram encontradas boiando no rio e dizem que não houve nada. Até o embaixador brasileiro está falando besteira - disse.
Vítima diz ter visto corpos boiando
O garimpeiro Enoque Luz também insistiu que, ao contrário do que informou o Itamaraty, haveria brasileiros mortos em decorrência dos ataques. Segundo ele, pelo menos quatro teriam morrido em Paramaribo. Ele afirmou ainda que foram vistos corpos boiando no Rio Maroni, próximo ao local dos ataques.
- Encontramos no rio corpos e pedaços de gente. Sei que lá no hospital tem quatro corpos na geladeira. Eles não deixam a gente ir lá reconhecer. Eles não anunciam isso nem no jornal daqui - afirmou Enoque.
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Re: Ataque a brasileiros no Suriname
Brasileiros estão irregulares , mas não ilegais . Não é necessário visto pra entrar lá .Spetsnaz escreveu:Terra de garimpo é terra de ninguém... que se matem por lá antes que destruam todo o ecossistema do local...
E outra os Brasileiros além de garimpeiros estão ilegais...
Que se matem por lá... esses garimpos são mini-países com suas próprias leis (ou falta delas).
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Re: Ataque a brasileiros no Suriname
Começou a pregação social.
Especialistas: Brasil deve cooperar com vizinho
'Quilombolas do Suriname lutam na defesa do emprego, da terra e dos recursos naturais', afirma professor da UFRJ
Wagner Gomes
SÃO PAULO: O ataque contra brasileiros em Albina, no Suriname, deve servir de alerta aos governos dos dois países para que avaliem a situação dos trabalhadores das mineradoras da região, evitando, assim, a ocorrência de novos conflitos, diz Daniel Chaves, pesquisador do Laboratório Tempo Presente, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele diz que os dois povos não vivem em conflito, mas os quilombolas, nativos que foram colonizados pelos holandeses, nunca gostaram de disputar empregos com estrangeiros.
Segundo Chaves, especialista em Suriname, há anos a população quilombola critica a política local e, de modo geral, tem o branco como agressor. Primeiro foram os colonizadores; hoje são mineradores estrangeiros.
- Os brasileiros não são tidos como inimigos dos surinameses e não acredito que eles corram perigo. O que acontece é que os quilombolas do Suriname lutam na defesa do emprego, da terra e dos recursos naturais. É preciso acompanhar sempre com muita atenção a seguridade jurídica de qualquer investimento brasileiro em zona de fronteira - diz Chaves. - Eles (os nativos surinameses) se revoltam e não suportam mais nenhuma provocação, seja de brasileiro ou não.
Briga de miseráveis com miseráveis, classifica Lafer
Celso Lafer, ex-ministro de Relações Exteriores, diz que a briga no Suriname é de miseráveis contra miseráveis e defende medidas de cooperação econômica e social entre os dois países, por intermédio do Itamaraty. Para ele, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), que integra o Ministério das Relações Exteriores, deve conduzir projetos que deem sustentabilidade à cooperação entre os dois países.
- O Suriname é um país pobre, mas os brasileiros bem ou mal encontram uma oportunidade econômica na mineração. A população local se ressente e, por isso, um tratado de cooperação é muito importante - afirma Lafer.
- O governo brasileiro precisa oferecer alternativas de cooperação e aproximar o Suriname do Brasil. É preciso adotar medidas para tornar o brasileiro no Suriname, na Colômbia, na Venezuela, na Bolívia e no Peru uma presença menos ameaçadora. Isso é absolutamente recomendável e pode funcionar muito bem para evitar posteriores conflitos - diz Chaves.
Para o especialista da UFRJ, o Brasil precisa exercer o papel de proeminência na América do Sul e conduzir com eficiência programas de segurança nas fronteiras. Segundo ele, essa postura inclui políticas mais adequadas e uma chancelaria bem atuante.
- A primeira coisa agora para o Brasil é patrulhar melhor as suas fronteiras e impedir que os seus cidadãos saiam daqui para procurar uma oportunidade que, muitas vezes, não é regulamentada no país estrangeiros. O Brasil tem se mostrado extremamente cooperativo e tem condições de, num momento como este, de uma situação de desemprego no Suriname, de uma situação étnica complicada, oferecer cooperação internacional - afirma Chaves.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Ataque a brasileiros no Suriname
Fronteira esquecida
Ataque a brasileiros no Suriname chama atenção para emigrados que atuam em região com parca presença estatal
O ATAQUE , na noite de Natal, contra um grupo de garimpeiros brasileiros no Suriname chamou as atenções nacionais para uma região de fronteira e uma significativa população de emigrados que vêm sendo negligenciadas pela sociedade e pelo governo brasileiros.
O estopim da violência, segundo relatos, foi o assassinato de um surinamês, atribuído a um brasileiro que lhe devia dinheiro. Dezenas de compatriotas cercaram um acampamento na cidade de Albina, junto à fronteira com a Guiana Francesa, onde moram cerca de 80 brasileiros, e agrediram homens, mulheres e crianças a golpes de facão.
Eram imprecisas, até a noite de ontem, as informações sobre o número de feridos durante a investida de descendentes de quilombolas locais contra os brasileiros. Por não haver confirmação de mortos entre os garimpeiros atacados, o embaixador José Luiz Machado e Costa relatou como "tranquilizadora" a visita que fez, ontem, a Albina.
Ele já havia afirmado que "alguma tensão" em relação aos brasileiros pode advir da situação irregular de muitos deles, "vistos como pessoas que usufruem dos serviços públicos sem pagar nada por eles".
Sabe-se ainda que, desde os anos 90, aumentou o fluxo de pessoas oriundas do Norte e do Nordeste do país para o Suriname, migração intensificada após o estabelecimento de vigilância mais rigorosa pela Guiana Francesa em suas fronteiras.
Garimpeiros, geralmente ilegais, têm se estabelecido na região limítrofe do Suriname com a Guiana Francesa para explorar ouro nos dois territórios. Estima-se entre 15 mil e 18 mil os brasileiros no Suriname, cuja população é de 480 mil pessoas.
No sentido inverso, inquéritos sobre o tráfico de armas para o Brasil apontam a ex-colônia holandesa, independente desde 1975, mas ainda com acesso facilitado a portos europeus, como entreposto na entrada ilegal de armamentos em nosso país.
Se as fronteiras entre as Guianas, o Suriname e o Brasil contam com parca presença do Estado, a situação parece ainda mais grave na região leste da ex-colônia holandesa. Grupos locais de descendentes de escravos formaram milícias que combateram o governo no início dos anos 90. Foram pacificados, mas a presença de policiais, militares ou funcionários públicos ainda é escassa na fronteira com a Guiana Francesa.
Não será tarefa fácil, nem exclusiva do Brasil, controlar melhor os fluxos de pessoas, de armas e de ouro na região, convergência que fatalmente gera situações de conflito.
O Estado brasileiro ainda tem muito o que avançar na sua relação com emigrados, que em geral contam com pouco apoio do serviço diplomático. É preciso acompanhar melhor essas populações, prestar assistência quando necessário e coordenar esforços com governos estrangeiros a fim de legalizar a situação de brasileiros que vivem irregularmente no exterior.
Ataque a brasileiros no Suriname chama atenção para emigrados que atuam em região com parca presença estatal
O ATAQUE , na noite de Natal, contra um grupo de garimpeiros brasileiros no Suriname chamou as atenções nacionais para uma região de fronteira e uma significativa população de emigrados que vêm sendo negligenciadas pela sociedade e pelo governo brasileiros.
O estopim da violência, segundo relatos, foi o assassinato de um surinamês, atribuído a um brasileiro que lhe devia dinheiro. Dezenas de compatriotas cercaram um acampamento na cidade de Albina, junto à fronteira com a Guiana Francesa, onde moram cerca de 80 brasileiros, e agrediram homens, mulheres e crianças a golpes de facão.
Eram imprecisas, até a noite de ontem, as informações sobre o número de feridos durante a investida de descendentes de quilombolas locais contra os brasileiros. Por não haver confirmação de mortos entre os garimpeiros atacados, o embaixador José Luiz Machado e Costa relatou como "tranquilizadora" a visita que fez, ontem, a Albina.
Ele já havia afirmado que "alguma tensão" em relação aos brasileiros pode advir da situação irregular de muitos deles, "vistos como pessoas que usufruem dos serviços públicos sem pagar nada por eles".
Sabe-se ainda que, desde os anos 90, aumentou o fluxo de pessoas oriundas do Norte e do Nordeste do país para o Suriname, migração intensificada após o estabelecimento de vigilância mais rigorosa pela Guiana Francesa em suas fronteiras.
Garimpeiros, geralmente ilegais, têm se estabelecido na região limítrofe do Suriname com a Guiana Francesa para explorar ouro nos dois territórios. Estima-se entre 15 mil e 18 mil os brasileiros no Suriname, cuja população é de 480 mil pessoas.
No sentido inverso, inquéritos sobre o tráfico de armas para o Brasil apontam a ex-colônia holandesa, independente desde 1975, mas ainda com acesso facilitado a portos europeus, como entreposto na entrada ilegal de armamentos em nosso país.
Se as fronteiras entre as Guianas, o Suriname e o Brasil contam com parca presença do Estado, a situação parece ainda mais grave na região leste da ex-colônia holandesa. Grupos locais de descendentes de escravos formaram milícias que combateram o governo no início dos anos 90. Foram pacificados, mas a presença de policiais, militares ou funcionários públicos ainda é escassa na fronteira com a Guiana Francesa.
Não será tarefa fácil, nem exclusiva do Brasil, controlar melhor os fluxos de pessoas, de armas e de ouro na região, convergência que fatalmente gera situações de conflito.
O Estado brasileiro ainda tem muito o que avançar na sua relação com emigrados, que em geral contam com pouco apoio do serviço diplomático. É preciso acompanhar melhor essas populações, prestar assistência quando necessário e coordenar esforços com governos estrangeiros a fim de legalizar a situação de brasileiros que vivem irregularmente no exterior.
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