O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#46 Mensagem por Don » Sex Dez 18, 2009 3:04 am

a coisa ta devagar mas ta andando!

De 1 em 1% do mercado mundial. Pouco a pouco o dolar perde espaço, e é justamente quando os EUA mais precisam do dolar circulando!

É está passando da hora do Brasil trocar suas reservas de dollar por euro , que se mostra bem mais estável que o dollar. Creio que em breve presenciaremos uma mudança no padrão de moeda para o euro, se isso não ocorrer proponho o padrão "bolinhas de gude", que pelo menos nós sabemos como elas se comportam.




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#47 Mensagem por Francoorp » Sex Dez 18, 2009 5:39 pm

Os EUA sugador da liquidez mundial, ou seja, atraem capitais para financiar seus déficits e consumo, impulsionado pelos países que mantém grandes reservas em dólares e precisam aplicar em algum coisa. Por isso que as taxas de juros norte-americanas são baixas e grande oferta de credito. O que pode mascarar o quadro e parecer algo que as coisas estão bem quando não estão bem na medida em que os agentes financeiros e tomadores de empréstimos estão se arriscando cada vez mais e se dando bem. Porém um dia isso acaba e "boom".


Exatamente, isso significa mesmo que se os países do mundo começarem a fazer a tão dita "cesta de Moedas" os USA teriam uma redução enorme do investimento estrangeiro, as nações terão menos dollar em suas reservas e assim investiram menos dentro da economia nacional desta moeda.

Assim não tendo mais o Surplus de indebitamento que a moeda nacional deles permite no mercado internacional, reduzindo o financiamento militar e de conseqüência corroendo o poderio e a hegemonia USA no nosso planeta, relegando o Império USA aos livros de Historia... não... ainda é cedo para os livros de Historia. 8-]

Mas isso aumenta o investimento em outras nações, fazendo assim a re-distribuição de riquezas no mundo... mas isso com o peso da responsabilidade de cometer o menor numero de erros econômicos, pois as outras nações não perdoariam e assim, não acumularia a moeda desta nação, e assim não injetaria dinheiro "fresco" no país que errou. O jogo se faz duro pra eles(USA) e de conseqüência para nós também.

Grande Bourne, valeu mais uma vez, os seus comentários sérios, são sempre clarissimos e ricos de reflexão... Mas não acostumar muito com as palavras doces viu!!! :twisted: :twisted:




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#48 Mensagem por PRick » Sex Dez 18, 2009 8:18 pm

Bourne escreveu:

Ala que no passado a estratégia de manter deficits externos e públicos foi compatível com prosperidade norte-americana. Isso realmente aconteceu. A década de 1990 foi maravilhosa para os EUA, contrariando muitos catastrofistas que previam a nova hegemonia nipo-germânica e do capitalismo organizado. Tenho um texto da Maria Conceição Tavares do começo da década de 1990 que defende com entusiasmo essas prerrogativas.

...............

O temor do autor é em relação a perda de confiança dos investidores nos EUA, levando anão mais investir e/ou retirar seus capitais dos EUA. O que provocaria a insustentabilidade dos déficits externos e públicos através da fuga de capitais "sudden stop" que provocará a desvalorização acentuada do dólar, aumento da inflação e das taxas de juros para combatê-la.
Bourne a primeira parte não se concretizou por um único motivo, o fim da URSS e a abertura do leste europeu.

Porém, o que deu sobrevida a economia dos EUA nos anos 90, é o mesmo que está matando ela agora. Como Giovanni Arrighi bem fala em "Adam Smith em Pequim". O fim da URSS e a abertura chines, possibilitou pela primeira vez, desde o fim da Segunda Guerra, um mercado realmente global.

Neste mercado importa é o tamanho e o potencial de crescimento de cada país, aliado a eficiência produtiva. Então pela primeira vez os EUA se vêem a frente de mercados potenciais muito maiores que os dele e produção em larga escala por preços muito menores.

Então os BIRC aliam fatores que os EUA não podem igualar de um lado, e relativa independência dos fluxos de capitais, por não serem países vassalos, como Japão, Alemanha, Thaiwan, Coreia, etc..

Por último, G. Arrighi ainda nota que as políticas hegemônicas dos EUA no século XXI, estão agravando o desequilíbrio interno da economia dos EUA. Assim, tanto externa, quanto internamente a potência única se encontra em crise e diante de ameaças reais.

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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#49 Mensagem por Bourne » Sáb Dez 19, 2009 7:36 pm

Vocês estão fazendo questionamentos dificil. Tenho que pensar para responder :shock:




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#50 Mensagem por Bourne » Ter Dez 22, 2009 6:58 pm

Não é bem assim, mas vamos lá.
Francoorp escreveu:
Exatamente, isso significa mesmo que se os países do mundo começarem a fazer a tão dita "cesta de Moedas" os USA teriam uma redução enorme do investimento estrangeiro, as nações terão menos dollar em suas reservas e assim investiram menos dentro da economia nacional desta moeda.
A chamada "cesta de moedas" é problemática. Por que para funcionar exige que os países participantes tem que necessariamente praticarem políticas macroeconômicas e comerciais complementares, o que implica na redução da sua soberania sobre os rumos da política econômica do país. O problema não é nem esse, mas que os países participantes da cesta apresentam estruturas econômicas muito heterogêneas, tem objetivos diversos, sistema políticas que nem sempre são conhecidos pela estabilidade. Além do mais se alguém se sentir prejudicado ou pela busca de seus objetivos nacionais momentos de crise, pode quebrar o acordo implícita ou explicitamente, especialmente em relação aos países mais fortes.

Para uma moeda ser usada para basear os contratos, além dos problemas citados acima, precisa inspirar confiança nos agentes privados. Caso contrário, ninguém será doido de basear um contrato bilionário e de longo prazo nessa cesta de moedas ou em uma moeda internacional que não inspire confiança. Tentar forçar o seu uso é inútil, se dá um jeito de driblas como fizeram na década de 1960/1970 com as restrições do sistema financeiro. Uma hora a coisa estoura e cria novas instabilidades.

Para ver a evidência desses problemas não é necessário ir muito longo. O Mercosul nasceu com o objetivo de ser uma coisa parecida com a União Européia, incluindo uma união aduaneira (mesmas tarifas de importação para países fora do bloco), livre movimentação de fatores de produção (trabalho, capital e fluxos financeiros) e, a cereja do bolo, a moeda única. O que aconteceu? Fracassou. Devido a diversidade dos países e interesses diversos o Mercosul é cada vez mais uma área de livre comércio, sem pretensão de uma integração mais profunda e, hoje, é impensável uma moeda.

E quem é o culpado, isto é, quem é o infeliz que implodiu tudo? O Brasil. Isso mesmo. Por que na crise de 1998/1999, o brasil é que abandonou unilateralmente o câmbio fixo e criou o regime de metas de inflação sem consultar os demais membros. A partir desse ponto as desigualdades dos países e diferenças foram acentuadas, acirrando os conflitos e criando entraves que detonou tudo, resultado nas brigas e mais brigas entre brasileiros e argentinos dos dias atuais.

Tem gente que acredita na cesta de moedas? Sim. Os países indicam que gostariam de algo nesse sentido? Sim. Porém os problemas práticos inviabiliza o projeto e, para países mais relevantes como Brasil e China, é melhor introduzir a sua moeda no mercado internacional, pois tem escala econômica e tamanho para fazê-lo. Ademais, a moeda é um instrumento de poder nacional e garantia de estabilidade.

Assim não tendo mais o Surplus de indebitamento que a moeda nacional deles permite no mercado internacional, reduzindo o financiamento militar e de conseqüência corroendo o poderio e a hegemonia USA no nosso planeta, relegando o Império USA aos livros de Historia... não... ainda é cedo para os livros de Historia. 8-]
Na verdade é um ajuste em relação a redução da seu nível de consumo e gasto do governo derivado da redução do fluxo de capitais internacionais. O problema é que é difícil prever como esse ajuste é feito e, mesmo, se os EUA tem capacidade de reverter a situação. Por exemplo, fazendo o uso do aumento das taxas de juros para atrair os capitais e financiar-se. Ou, como na Era Clinton, apenas por em ordem as contas do governo conseguem manter o dólar forte no mercado internacional e continuar financiando-se. Ou, ainda, é um processo lento que proporcionalmente os coloca no mesmo nível de países emergentes, sem grandes solavanco, mas sem o mesmo poder financeiro de antes.
Mas isso aumenta o investimento em outras nações, fazendo assim a re-distribuição de riquezas no mundo... mas isso com o peso da responsabilidade de cometer o menor numero de erros econômicos, pois as outras nações não perdoariam e assim, não acumularia a moeda desta nação, e assim não injetaria dinheiro "fresco" no país que errou. O jogo se faz duro pra eles(USA) e de conseqüência para nós também.
Nesse século XX, após na primeira parte ter uma enorme concentração de riqueza nos EUA, desde a segunda guerra mundial vem se redistribuindo comandado pelos próprios norte-americanos como forma de manter o mundo capitalista unidade e integrado sob o seu comando.

Assim sendo, os EUA financiaram a reconstrução européia e japonesa, incentivou as suas empresas nacionais se tornarem multinacionais e investirem no exterior, beneficiadas pela força do dólar, e derrubarem as suas tarifas de importação. Para se ter uma ideia as tarifas de importações norte-americanas na primeira metade do século XX giravam em torno de 50% e caíram para cerca de 10% na década de 1950. O resultado foi a crescente integração econômica mundial sob o eixo Japão-EUA-Europa Ocidental.

Na década de 1960/1970, começaram a surgir novos países emergentes do sudeste asiático e da America Latina que se industrializaram e se fortaleceram jogando o jogo da época ditado pelos EUA. Em que optavam por impulsionar o seu crescimento por meio das exportações para os EUA e criar uma industrial nacional, isso que os tigres asiáticos e China fazem e fizeram. Outros optando pela substituição de importações e aceitando investimentos estrangeiros como os países da América Latina, Brasil, por exemplo.

O resultado é que esses emergentes hoje em dia ganham cada vez mais importância na economia global, não apenas como produtores/exportadores, mas principalmente como grandes mercados de consumo e financeiro, portador de multinacionais, desenvolvedores de tecnologia e que tem peso nas decisões sobre a economia internacional. Por exemplo, a maioria dos países que eram devedores do FMI até alguns anos atrás, hoje, são credores e falam alta nas negociações comerciais.

Um outro sintoma para os países maiores é o uso de moedas nacionais desses países nas transações internacionais que, no longo prazo, provém maior estabilidade na medida que podem pagar todas as importações, empréstimos e investimentos com moeda nacional que tem domino.

Os países exportadores de petróleo também passaram a jogar o jogo comandado pelos EUA e, de um jeito ou outro, acumularam grandes reservas e capitais para reaplicar no mercado financeiro e buscar lucros.

Finalmente, o resultado do cenário atual realmente reduz a margem de manobra dos EUA. Com certeza não podem mais agir como faziam na década de 1970/1980. A mesma estratégia de aumento da taxas de juros praticada na década de 1980 para recuperar o dólar foi bem sucedida na época, mas hoje pode ser impraticável e ter conseqüências adversas.

Grande Bourne, valeu mais uma vez, os seus comentários sérios, são sempre clarissimos e ricos de reflexão... Mas não acostumar muito com as palavras doces viu!!! :twisted: :twisted:
a pergunta que não quer calar é para onde vão os capitais se não para os EUA, onde se acha um bom investimento e seguro. São tantas perguntas :x

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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#51 Mensagem por Bourne » Qua Dez 23, 2009 8:37 pm

Lá nos EUA existe um instituto chamado NBER que organiza e publica artigos e livros de economia. A maioria disponibilizado para download de graça. Indico esse livro abaixo sobre Bretton Woods que é ótima para entender o que é o dólar e por que se usa dólares nas transações internacionais. Existe a versão em papel e é uma biblia.

Bordo, Michael D.; Eichengreen, Barry. (Orgs.). A Retrospective on the Bretton Woods System: Lessons for International Monetary Reform, Michael D. Bordo and Barry Eichengreen, editors. University of Chicago Press, 1993

O link para baixar os capítulos

http://www.nber.org/books/bord93-1




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#52 Mensagem por Francoorp » Sex Dez 25, 2009 2:20 pm

Valeu Bourne pelo link, já to baixando o PDF do :

- 1. The Bretton Woods International Monetary System: A Historical Overview: Michael D. Bordo (p. 3 - 108)

por enquanto tà sendo grátis...depois quem sabe.

Valeu!




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#53 Mensagem por P44 » Seg Dez 28, 2009 8:32 am

Goldman Sachs
China será a maior economia do mundo em 2027

Económico com Lusa
03/11/09 11:35

A economia chinesa cresceu em media 9,8% ao ano ao longo das últimas três décadas.



O economista da Goldman Sachs que popularizou a sigla "BRIC" (Brasil, Russia, India, China) admitiu que a economia chinesa poderá ser "a maior do mundo" já em 2027.

"A China conseguiu proezas extraordinárias na última década graças ao seu enorme excedente comercial e para ganhar fôlego vira-se agora para a procura interna", disse Jim O'Neill, citado pela agencia noticiosa oficial chinesa.

Segundo O'Neill, a Goldman Sachs espera que a economia chinesa cresça este ano 9,4% - quase um ponto e meio acima das estimativas das próprias autoridades - e ainda mais em 2010.

Contudo, aquele economista prevê que entre 2011-2010, o crescimento da China seja de apenas 7,7% e vá depois gradualmente abrandando ao longo das décadas seguintes.

A economia chinesa cresceu em media 9,8% ao ano ao longo das últimas três décadas de "Reforma e Abertura", sendo hoje a terceira maior do mundo, a seguir aos Estados Unidos e ao Japão.


http://economico.sapo.pt/noticias/china ... 73477.html




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#54 Mensagem por PRick » Seg Dez 28, 2009 8:58 am

P44 escreveu:Goldman Sachs
China será a maior economia do mundo em 2027

Económico com Lusa
03/11/09 11:35

A economia chinesa cresceu em media 9,8% ao ano ao longo das últimas três décadas.



O economista da Goldman Sachs que popularizou a sigla "BRIC" (Brasil, Russia, India, China) admitiu que a economia chinesa poderá ser "a maior do mundo" já em 2027.

"A China conseguiu proezas extraordinárias na última década graças ao seu enorme excedente comercial e para ganhar fôlego vira-se agora para a procura interna", disse Jim O'Neill, citado pela agencia noticiosa oficial chinesa.

Segundo O'Neill, a Goldman Sachs espera que a economia chinesa cresça este ano 9,4% - quase um ponto e meio acima das estimativas das próprias autoridades - e ainda mais em 2010.

Contudo, aquele economista prevê que entre 2011-2010, o crescimento da China seja de apenas 7,7% e vá depois gradualmente abrandando ao longo das décadas seguintes.

A economia chinesa cresceu em media 9,8% ao ano ao longo das últimas três décadas de "Reforma e Abertura", sendo hoje a terceira maior do mundo, a seguir aos Estados Unidos e ao Japão.


http://economico.sapo.pt/noticias/china ... 73477.html
Creio que ocorrerá antes, em 2025 eles já deverão ser a maior economia do Planeta, não podemos esquecer que o YAN está muito subvalorizado, e isso não vai durar para sempre.

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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#55 Mensagem por P44 » Seg Dez 28, 2009 8:59 am

eu não me admirava que ainda fosse ANTES de 2025...

com a economia americana atolada em guerras , mais rápido será




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#56 Mensagem por PRick » Seg Dez 28, 2009 9:03 am

P44 escreveu:eu não me admirava que ainda fosse ANTES de 2025...

com a economia americana atolada em guerras , mais rápido será

Sem dúvida, se as condições atuais se manterem, será em menos de 10 anos. Porém, acho difícil essas condições perdurarem, os EUA continuaram andando de lado um bom tempo, o problema é a China conseguir manter o crescimento atual.

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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#57 Mensagem por P44 » Seg Dez 28, 2009 10:44 am

citando um tal de Prick :twisted: , já vão tarde!!!!!!!




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#58 Mensagem por Bourne » Seg Dez 28, 2009 6:02 pm

Vocês tem alguma ideia da metodologia utilizada pela Goldman Sachs e outras consultorias ditas f@do$%$ para chegar a essas conclusões? Nem eu, mas desconfio e não ponho muita fé nas conclusões.

O BRIC é um golpe de marketing propalado pela Goldman Sachs. :twisted:




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#59 Mensagem por P44 » Qua Dez 30, 2009 1:09 pm

sim Madoff, a gente sabe




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#60 Mensagem por Pedro Gilberto » Qua Dez 30, 2009 2:08 pm

O jogo ainda não acabou...
Fed começa a "enxugar" economia dos EUA

FERNANDO CANZIAN
da Folha de S.Paulo, em Nova York
30/12/2009 - 12h11


Mais de um ano depois de ter começado a injetar cerca de US$ 2,2 trilhões na economia dos EUA, o Fed (banco central norte-americano) começa a delinear sua estratégia para "enxugar" um possível excesso de dinheiro no mercado.

O objetivo é evitar um possível surto inflacionário mais à frente e acalmar investidores que temem uma desvalorização continuada do dólar nos próximos meses.

O Fed anunciou que criará um fundo no qual bancos norte-americanos poderão depositar, como aplicações, o que considerem como excesso de dinheiro em suas reservas.

Ainda não está definido como esse dinheiro será remunerado, mas o ganho para os bancos deverá ser competitivo em relação às taxas que eles cobram em seus empréstimos diretos a empresas e a consumidores, principalmente nas operações com cartões de crédito.

O objetivo do Fed é retirar até US$ 1 trilhão de circulação, começando daqui a alguns meses, à medida que considerar que a atividade econômica nos EUA está ganhando força.

Risco inflacionário

Com essa espécie de conta remunerada onde os bancos poderão aplicar as suas reservas, o Fed poderá retardar uma elevação dos juros básicos no país para conter uma eventual pressão inflacionária.

O presidente do Fed, Ben Bernanke, vem repetindo seguidamente que as taxas básicas de juro nos EUA devem permanecer próximas a zero durante um longo período.

Ele afirma também que, até o momento, não foram detectados riscos inflacionários na maior economia do mundo.

Mas a maior preocupação do Fed neste momento é que o excesso de liquidez (dinheiro) no mercado e uma volta do otimismo em relação ao crescimento leve os bancos a acelerarem a concessão generalizada de empréstimos ao consumo, trazendo pressões sobre os preços.

Daí a criação do fundo. Ele seria acionado para absorver parte das reservas dos bancos, impedindo que sejam repassadas integralmente ao consumo sob a forma de empréstimos.

Dívidas imobiliárias

Desde o último trimestre de 2008, quando a crise de crédito nos EUA atingiu o seu ápice, o Fed lançou uma série de programas específicos para ampliar a oferta de dinheiro na economia americana.

Os programas incluíram desde garantias oficiais para que empresas lançassem títulos no mercado de forma a se capitalizar até outros planos bilionários para facilitar o refinanciamento de dívidas imobiliárias.

Só no setor residencial, o Fed tem mais de US$ 1,2 trilhão comprometidos com a compra de papéis remunerados pelo pagamento de dívidas contraídas por mutuários.

Essas compras tiveram o objetivo inicial de "segurar" os preços desses papéis quando a crise explodiu em 2008 e abriu rombos enormes nos balanços de instituições financeiras.

Com os juros básicos próximos a zero, essa enxurrada de dinheiro, estimada em cerca de US$ 2,2 trilhões, irrigou várias partes da economia, contribuindo decisivamente para a retomada da atividade.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 2809.shtml
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"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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