Paraguai

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U-27
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'

#2146 Mensagem por U-27 » Ter Nov 24, 2009 11:58 pm

delmar escreveu:
Guerra escreveu: E ai que esta x da questão. O que o Brasil fez para os paraguaios queimarem a nossa bandeira? Nada. Se o Brasil tivesse jogado bomba no Paraguai, para mim seria um protesto justo e até uma vergonha para o nosso povo. Mas não fizemos nada disso. A queima dessa bandeira só representa a ignorancia e o quanto é pequeno o mundo da nação paraguaia.
Quando em muitos países, pelo mundo todo, estudantes sairem às ruas queimando nossa bandeira, quando políticos demagogos fizerem discursos contra o imperialismo brasileiro, quando os padres de passeata e "intelectuais" fizerem abaixo assinados contra a presença de empresas brasileiras, alegrai-vos e rejubilai-vos companheiros. Será o sinal que chegamos lá, já poderemos nos considerar uma potência.
Ninguém queima bandeiras do Haiti, de Gana ou do Panamá. Queimam bandeiras dos EUA, da Inglaterra, da França. Quem quer jogar na primeira divisão, na série A, deve estar preparado para isto.

saudações
belo post XD
faz todo sentido




"A religião católica contém a Verdade total revelada por Deus e não dizemos isso com arrogância nem para desafiar ninguém. Não podemos diminuir esta afirmação" Dom Hector Aguer

http://ridingaraid.blogspot.com.br/ meu blog
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Marino
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'

#2147 Mensagem por Marino » Qua Nov 25, 2009 12:41 pm

Marino escreveu:É o verdadeiro "Pai da Pátria":
Fernando Lugo se envolve em novo escândalo de paternidade
24 de novembro de 2009 • 14h41 • atualizado às 14h55 Comentários
Notícia
ReduzirNormalAumentarImprimirO presidente do Paraguai, Fernando Lugo, ex-bispo católico que já enfrenta dois processos por reconhecimento de paternidade, se viu envolto na terça-feira em nova polêmica quando uma sobrinha afirmou que ele teria uma filha não reconhecida de 22 anos.

Em abril deste ano Lugo reconheceu ser pai de um menino de 2 anos, concebido quando ainda era sacerdote. Desde então, as denúncias de paternidade o perseguiram, prejudicando sua imagem de governante honesto e afetando sua popularidade, no segundo ano de seu mandato.

Mirta Maidana, filha da primeira-dama e sobrinha de Lugo, afirmou à mídia local que a jovem de 22 anos, a cujo casamento Lugo compareceu no fim de semana, frequenta a residência presidencial e tem enorme semelhança física com o presidente.

Maidana, que frequentemente critica o presidente porque considera que ele deixa sua família de lado, privilegiando outras pessoas, garantiu que a mãe da moça participava de eventos familiares ao lado de Lugo e que todos tinham conhecimento da relação.

"Ela é parecidíssima, ele não vai negar que ela seja sua filha, porque têm a mesma cara", disse Maidana à rádio Caritas. "Ela (a mãe) o acompanhava nas viagens dele e em outras reuniões familiares e sociais. Ela sempre esteve muito próxima do presidente e compartilhou muitos momentos familiares."

A mãe da jovem disse que o assunto é particular e se negou a comentá-lo. "Tenho todo o direito de manter esse assunto em particular", declarou Teresita de María Rojas ao jornal ABC.

O jornal disse, também, que o marido da jovem, que tem o sobrenome da mãe, foi contratado pela Entidade Binacional Yacyretá com um salário equivalente a quase quatro salários mínimos.

Fernando Lugo já enfrenta dois pedidos de reconhecimento de paternidade, o último dos quais apresentado no mês passado, que exigem o reconhecimento de duas crianças, de 2 e 6 anos. Seu governo passa por um período de instabilidade devido às ameaças da oposição de abrir um julgamento político.

O advogado do presidente, Marcos Fariña, disse que a acusação é uma desculpa para "enlamear" a imagem de Lugo.
BBC:

Sobrinha de Lugo diz que presidente tem uma filha de 22 anos
Marcia Carmo

De Buenos Aires para a BBC Brasil


Lugo já esteve envolvido em outros escândalos de paternidade
Uma sobrinha do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, disse, nesta terça-feira, que ele seria pai de uma jovem de 22 anos, cuja paternidade ele não teria reconhecido.

A sobrinha do líder paraguaio, Mirtha Maidana, filha da irmã do presidente e primeira-dama do país, Mercedes Lugo, afirmou, a rádios locais, que a jovem, chamada Fátima, seria a “cara do pai”.

"A menina sempre jogou com meus filhos. Sempre existiu uma relação familiar. Minha família e a da mãe da menina sabiam de tudo", disse.

Segundo ela, Fátima seria filha de Lugo com uma mulher chamada Teresa Rojas, que teve uma filha com outro político paraguaio.

Maidana acrescentou que a mãe da jovem “sempre esteve perto de Lugo” e disse ainda que “não sabe se acredita na amizade entre homem e mulher”.

Somente neste ano, três mulheres apontaram o líder paraguaio como o pai de seus filhos. Lugo admitiu a paternidade de um menino de dois anos com Viviana Carrillo. As outras duas mulheres, Benigna Leguizamón e Damiana Morán, apelaram à Justiça para que ele reconheça a paternidade.

Sobrinha

Maidana afirmou que Fátima vinha sendo apresentada como “sobrinha” do presidente. As afirmações de Mirtha foram feitas às rádios Cáritas e Primeiro de Março.

Nas entrevistas, ela disse que desconhecia quantos filhos o líder paraguaio e ex-bispo católico poderia ter. “Isso não sei”, respondeu. Para ela, as recentes polêmicas envolvendo Lugo em casos de paternidade “surpreendeu” a família.

O novo escândalo com o presidente paraguaio surgiu depois que ele teria ido ao casamento de Fátima, no último sábado. “Ele se expôs sozinho. Foi ele quem foi ao casamento de uma suposta sobrinha e, inclusive, dançou uma valsa”, disse Mirtha.

De acordo com o jornal ABC, Lugo teria sido responsável por empregar o marido de Fátima, Luis Paciello, de 24 anos, na hidrelétrica de Yaciretá. De acordo com o ABC, Teresa teria evitado comentar a denúncia da sobrinha de Lugo.

Já o site do jornal Ultima Hora destacou que o político paraguaio e amigo de Lugo, Miguel Fulgencio Rodríguez, que tem uma filha com Teresa, afirmou que sabe da amizade entre o presidente e ela e ressaltou: “A jovem (Fátima) não é filha de Fernando Lugo”.

Por sua vez, a primeira-dama e mãe de Mirtha pediu à filha “para medir suas palavras”. Mas ela não negou e também não confirmou a acusação de mais uma paternidade não assumida de Lugo.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'

#2148 Mensagem por Algus » Qua Nov 25, 2009 1:19 pm

Que isso... O kra é tão patriota que faz questão de aumentar a população Paraguaia na raça 8-]




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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'

#2149 Mensagem por rodrigo » Qua Nov 25, 2009 6:32 pm

Estou perdendo a conta, quem está na frente na corrida: Lugo ou FHC?




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'

#2150 Mensagem por joao fernando » Qua Nov 25, 2009 7:16 pm

Lugo, oras

É patriota, só usa camisinhas paraguaias




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'

#2151 Mensagem por Kratos » Sex Nov 27, 2009 12:09 pm

joao fernando escreveu:Lugo, oras

É patriota, só usa camisinhas paraguaias
Aquela com os furos?




O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'

#2152 Mensagem por Túlio » Sex Nov 27, 2009 1:57 pm

Não, aquela que é feita com celofane mesmo, usou arrebentou...HUAHAUAHAUAHAUAHAUAHAU

E o Lula e o Pelé estão nesse páreo também... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:




Be fearful when others are greedy and be greedy when others are fearful.

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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'

#2153 Mensagem por Marino » Seg Nov 30, 2009 11:45 am

Revista do Clube Militar – Ano LXXXII / Nº. 434 / AGOSTO-SETEMBRO-
OUTUBRO DE 2009
(pgs. 26 a 29)

O Embaixador Gibson Barboza e a crise com o Paraguai (1965 – 1975)
Uma lição clássica de Ação Diplomática


Embaixador Marcos Henrique Camillo CÔRTES *


Nos últimos tempos foram amplamente noticiadas ações de governos de
países vizinhos nocivas aos legítimos interesses do Brasil que se têm
beneficiado de injustificáveis aceitação e complacência do governo
Lula. No mais recente desses casos foram feitas concessões unilaterais
às absurdas reivindicações do presidente do Paraguai visando à revisão
do Tratado de Itaipu. Assim sendo, parece muito oportuno recordarem-se
as complexas negociações que conduziram à sua assinatura, destacando-
se nelas a atuação competente e patriótica do saudoso Embaixador Mario
Gibson Barboza, falecido em 26 de novembro de 2007. Com esse objetivo,
resumo a seguir o histórico da sua atuação no período de novembro de
1966 a abril de 1974, que, na minha opinião profissional, constitui
uma lição clássica de Diplomacia.
A partir de 1965, o governo paraguaio iniciou uma intensa campanha
para obrigar o Brasil a aceitar a revisão do Tratado de Limites de
1872, no qual se estipulava que, subindo-se o rio Paraná, a fronteira
marcada pelo seu álveo é abandonada em um ponto determinado para
procurar-se a “linha divisória pelo mais alto da Serra de Maracaju”. O
Paraguai pretendia impor sua interpretação de que esse “ponto de
partida” se localizava um pouco acima do Salto Grande, com o que teria
plena soberania sobre este e incorporaria uma faixa do território
brasileiro. Nossa posição histórica (e até então incontestada) sempre
fora de que esse “ponto de partida” situava-se defronte à principal
das chamadas Sete Quedas, conhecido como Salto Grande ou Salto de
Guaíra.
Em junho de 1966, em Foz do Iguaçu, os Chanceleres Juracy Magalhães e
Raúl Sapena Pastor assinaram a Ata das Cataratas numa tentativa de
equacionar uma solução e atenuar a animosidade do Paraguai, porém logo
se reacendeu a reivindicação paraguaia. O governo brasileiro resolveu
então, em novembro de 1966, transferir de Viena para Assunção o
Embaixador Gibson. [Daqui por diante, a fonte principal deste artigo é
a sua excelente autobiografia, intitulada “Na Diplomacia, o traço todo
da vida” (3ª Edição, revista e ampliada (2007) / Editora Francisco
Alves), da qual farei algumas transcrições e resumirei alguns
trechos.] Nas suas palavras, “(...) Era um enorme desafio. O Brasil
encontrava-se à beira de uma guerra com o Paraguai, ou melhor, o
Paraguai estava à beira de uma guerra com o Brasil, por um litígio de
fronteira.”
Três circunstâncias complicavam a questão. Na margem oeste do Paraná
existia uma minúscula instalação conhecida como Porto Coronel Renato
(um barracão e pequeno ancoradouro, mantidos por meia dúzia de
soldados), cuja posse estivera desde sempre com o Brasil mas que
passara a ser reivindicada pelos paraguaios, originando graves
incidentes.
A segunda complicação decorria do fato de que “o Brasil, que firmou
todas as suas fronteiras por meios pacíficos (acordos internacionais
de arbitragem ou negociações diretas), tinha de preservar o princípio
sagrado de Direito Internacional Público da inviolabilidade dos
tratados de fronteira. Coerente com essa conduta, era preciso evitar –
até o limite máximo – o recurso à força armada. Deixar que se abrisse
uma brecha nesse princípio primordial seria colocar em tela de
julgamento toda a complexa teia de instrumentos jurídicos que regulam
o traçado de nossas fronteiras, o nosso perfil físico, tão
laboriosamente fixado. Obviamente, isso era simplesmente impensável!”
Por último, contribuía para a complexidade da problemática o fato de
que a maioria do EB estava alinhada a uma posição de força: resistir,
se preciso pelas armas, contra a pretensão paraguaia de tirar um
pedaço do nosso território. Assim sendo, era preciso mostrar que, às
vezes, é necessário conter o justo ímpeto dos militares para que se
possa defender a soberania nacional por outros meios – especialmente
os diplomáticos.
Ademais, a situação geopolítica e geoestratégica se mostrava muito
desfavorável: (1) o Paraguai comemorava cem anos do “martírio da
raça” (Guerra da Tríplice Aliança, 1865-70); (2) havia sinais de
simpatia internacional pela “causa do pequeno Paraguai”, que exigia
acirradamente um trecho da fronteira comum; (3) o governo paraguaio
contava com apoio da Argentina para se manter “duro” com o Brasil; (4)
a opinião pública paraguaia já estava emocionalmente firmada e se
mostrava irredutível, aumentando uma hostilidade ostensiva, inclusive
com recusa de atendimento a brasileiros nas lojas da capital; (5) no
dia da chegada do Embaixador Gibson a Assunção houve queima da
bandeira brasileira, “buzinaço” em torno da Embaixada e pichação dos
seus muros. Ora, considerando-se a rigidez do regime ditatorial, nada
disso seria possível sem, no mínimo, o beneplácito de Stroessner.
Gibson definiu claramente qual teria de ser o objetivo primordial:
encontrar uma solução pela via diplomática para a controvérsia criada
pelo Paraguai, sem qualquer prejuízo para o princípio da
inviolabilidade do Tratado de Limites e da soberania brasileira. Isso
se coadunava com o Objetivo Nacional Permanente (ONP) de preservar o
princípio do Direito Internacional de que “pacta sunt servanda” (“os
tratados têm de ser respeitados”), que sempre foi uma das colunas
mestras da Diplomacia brasileira.
Gibson conceituou também os dois objetivos decorrentes: (1) definir as
bases para o aproveitamento conjunto do potencial hidrelétrico do rio
Paraná no seu trecho contíguo e (2) assegurar a geração de energia
para a demanda previsível para as próximas décadas. Constituíam dois
Objetivos Nacionais Atuais (ONAs), convindo recordar que, se não se
construísse Itaipu, a economia brasileira teria sido paralisada
irremediavelmente.
Para atingir todos esses objetivos, Gibson equacionou uma Diretriz de
Ação Política – “(...) a solução (terá) de passar pelo aproveitamento
conjunto, entre os dois países, do imenso potencial hidrelétrico do
Paraná” – e uma Diretriz de Ação Estratégica – “Tecer uma teia de
interesses entre Brasil e Paraguai de tal porte que gerasse efetivos
benefícios aos dois países, permitindo que o diferendo territorial
passasse a plano secundário ou mesmo desaparecesse”.
A seguir, Gibson implementou duas Diretrizes de Ação Tática. A
primeira consistiu em um “aviso à Chancelaria paraguaia do
comparecimento do Emb. Gibson, com todos os membros da Embaixada
(inclusive os Adidos Militares) à festa da Virgem de Caacopê,
importantíssima no Paraguai, a que o Presidente da República comparece
e ajuda a carregar o andor com a imagem”. Isso criaria uma situação
protocolar delicada, pois Gibson ainda não havia entregado suas Cartas
Credenciais. Por isso, o Presidente Stroessner, contrariando sua
prática de impor longa espera aos novos Embaixadores, mandou que se
apressasse a data da cerimônia para tal fim, que se realizou quatro
dias depois. Além disso, na festa em Caacopê, em certo momento
Stroessner saiu de sua mesa e sentou-se ao lado do Embaixador,
agradecendo sua presença. Dessa maneira, Gibson logo de início
demonstrara claramente a Stroessner sua competência profissional e a
firmeza de sua conduta pessoal.
A segunda diretriz tática era o estabelecimento de diálogo franco com
o Ministro das Relações Exteriores, Raúl Sapena Pastor. A conversa,
reproduzida no seu livro, revela como Gibson explicitou com energia
sua postura de base, temperando-a com uma proposta construtiva e
plausível:
“(...) não vim ao Paraguai para discutir fronteira, nem com o Senhor
nem com qualquer membro do seu governo.
“(...) o Paraguai não tem razão alguma. Não tem razão histórica, não
tem razão diplomática, não tem razão jurídica, não tem razão
geológica.
“(...) Por que não unimos nossas forças, em vez de levarmos adiante
uma disputa tão estéril, e fazemos um grande empreendimento conjunto
no rio Paraná, com enorme benefício para os dois países e que nos vai
unir para sempre? ”
O resultado não tardou. “No dia seguinte, às seis da manhã, o telefone
da mesa-de-cabeceira me acorda. Era o chefe de protocolo do Presidente
Stroessner: ‘O Presidente recebe o senhor hoje às seis e trinta.’ Eu
não pedira audiência. Saí como pude, correndo, para estar lá na hora
marcada.”
Stroessner: “O senhor disse umas coisas, ontem, ao meu Chanceler. Quer
repeti-las? É sobre o aproveitamento do rio.”
(Síntese da resposta de Gibson):
- O Brasil nada quer tirar do Paraguai, mas não pode conceder-lhe um
pedaço de seu território, por menor que seja.
- Será a maior hidrelétrica já construída no mundo.
- Diante do porte dessa hidrelétrica, o problema do pequeno
território em disputa passa a ser secundário e ninguém mais falará no
assunto.
- Esse pequeno território em litígio ficaria submerso.
Stroessner: “Está interessando. Olhe, vou falar com meu Chanceler, que
está à sua espera.”
Nesse momento, Gibson pôde concluir confiante que “Nascia Itaipu !”
Estabelecido assim o começo das negociações, que prosseguiriam em
âmbitos técnicos e diplomáticos dos dois países, o Embaixador Gibson
foi transferido em 1967 para o Rio de Janeiro, onde desempenharia
sucessivamente as funções de Subsecretário-Geral e de Secretário-Geral
das Relações Exteriores. Em 1968, foi nomeado Embaixador em
Washington, onde estava quando o recém-empossado Presidente Médici o
convidou para o cargo de Ministro das Relações Exteriores, que
ocuparia até o final desse governo (31/OUT/69 a 15/MAR/74). Sua gestão
foi profícua em numerosas e importantíssimas iniciativas e
realizações, justificando plenamente a avaliação de que “foi, sem
sombra de dúvida, a figura mais importante na política externa do
período” (A Diplomacia do Interesse Nacional / A política externa do
Governo Médici, de Cíntia Vieira Souto (2003 / Editora da UFRGS).
Logo que assumiu o cargo de Chanceler, Gibson traçou as linhas de ação
para a conclusão das negociações sobre Itaipu, que iniciara como
Embaixador em Assunção. Essa etapa não seria fácil, pelos muitos
óbices a superar. Havia problemas decorrentes de idiossincrasias
paraguaias, cujo governo persistia em manter aberta a “questão
fronteiriça”. Dentro do Brasil continuavam a se manifestar opiniões
contrárias ao projeto, em geral preferindo que a barragem fosse
erguida no trecho do rio Paraná a montante da fronteira com o
Paraguai.
Por outro lado, o governo argentino vinha desenvolvendo ferrenha
oposição ao projeto brasileiro-paraguaio, com alegações infundadas de
que Itaipu causaria “prejuízos sensíveis” àquele país, tentando impor
a “invenção jurídica” de um suposto “efeito suspensivo” a que ficaria
subordinada a mecânica da consulta prévia (por nós aceita desde muitos
anos, seguindo a consagrada “Prática de Jupiá”). Pela pretensão
argentina, nada poderia ser feito até que Buenos Aires nos desse uma
resposta favorável. Essa manobra, de resto, confirmava a verdadeira
meta argentina, que consistia em impedir a construção da usina a fim
de sustar o desenvolvimento econômico do Brasil !
A campanha difamatória contra o Brasil no exterior, que vinha sendo
conduzida por brasileiros contrários ao regime, era utilizada pela
Argentina para acusar o governo brasileiro de ser um desrespeitador
contumaz do Direito Internacional. Dessa maneira vinham sendo criados
fortes empecilhos para obtenção dos créditos e financiamentos
indispensáveis para a gigantesca obra.
A essa altura, a chamada “Crise das 200 milhas”, desencadeada pela
vigorosa oposição dos Estados Unidos à decretação do limite de 200
milhas náuticas para o mar territorial brasileiro, foi resolvida
graças à atuação do Chanceler Gibson, que possibilitou ao governo
brasileiro “dar a volta por cima”. Não cabe aqui descrever esse
episódio, bastando sublinhar que a firmeza e habilidade do Chanceler
conseguiram inverter de modo positivo o relacionamento bilateral com
Washington (MAR/1971), pondo fim à postura crítica norte-americana até
então mantida para com o governo brasileiro. Graças a essa inflexão,
desapareceram as barreiras para a obtenção do financiamento
internacional para Itaipu.
Mesmo assim, intensificou-se a campanha argentina contra o projeto
brasileiro-paraguaio. O então presidente argentino, General Alejandro
Lanusse, num exemplo dos efeitos nocivos da chamada “Diplomacia
Presidencial” (tão em voga atualmente), empenhou-se numa conduta de
provocação e enfrentamento, que culminou numa desastrosa visita
(forçada) a Brasília. Na ONU, a delegação argentina conseguiu fazer
aprovar, em duas Assembléias-Gerais sucessivas, resolução endossando o
“princípio da consulta prévia com efeito suspensivo”. Paralelamente, a
Argentina procurava impor sua tese no âmbito do Tratado da Bacia do
Prata (assinado em 1969), com o que inviabilizava a implementação de
vários projetos de integração sub-regional.
O governo brasileiro, sempre em coordenação com Assunção, manteve-se
firme na defesa da legitimidade do projeto de Itaipu, inclusive com a
celebração, entre os Chanceleres Gibson e McLoughlin, do denominado
“Acordo de Nova York” (SET/1972), que marcou a retomada do diálogo com
a Argentina. Infelizmente, esse esforço de entendimento seria
abandonado por Buenos Aires, que retomou ações ostensivamente
inamistosas, as quais chegaram até a alimentar sérios rumores de um
eventual ataque armado argentino.
Apesar de todas essas graves dificuldades, foi concluída a negociação
com o Paraguai e, em 26 de abril de 1973, em Brasília, procedeu-se à
assinatura solene do Tratado de Itaipu pelos Chanceleres Gibson e
Sapena Pastor, na presença dos respectivos Presidentes.
Os termos do Tratado consubstanciaram um exemplo incomum em todo o
Mundo de participação totalmente igualitária entre países com imensa
desigualdade de Poder Nacional! Tudo seria repartido rigorosamente em
50% para cada país, embora o Brasil tivesse tido de bancar sozinho
todo o financiamento da construção da usina. (Daí o esquema em vigor
de abatimento da dívida paraguaia, atualmente de US$ 19 bilhões,
utilizando-se parte do pagamento pelo Brasil com a compra do excedente
não-utilizado pelo Paraguai.)
Mais do que o começo daquela que seria “a usina da prosperidade
compartilhada”, o Tratado marcou o início de um projeto geopolítico de
imenso alcance. Itaipu iria dobrar a geração de energia, assegurando o
crescimento cumulativo do Poder Nacional do Brasil. Um efeito
colateral seria gerar uma disparidade inconteste do Poder Nacional
entre Brasil e Argentina, permitindo a esperança de que se
neutralizasse a histórica belicosidade portenha. Graças à usina, o
Paraguai teria condições de empreender um processo de acelerado
desenvolvimento econômico e social que poderia servir de “modelo” para
outros países com características semelhantes. Além disso, o Paraguai
passaria a ter uma posição negociadora muito melhor perante a
Argentina, sobretudo em relação ao projeto da usina hidrelétrica de
Yaciretá-Apipé, que se arrastava desde 1925.
A assinatura do Tratado de Itaipu foi uma demonstração tangível do
Substrato Moral da Nação brasileira, caracterizado nessa preferência
pela negociação diplomática para dirimir controvérsias internacionais.
Em outras palavras, confirmava-se o acerto da tradição do Itamaraty,
conformada pela obra magnífica dos diplomatas brasileiros desde
Alexandre de Gusmão no século XVIII, com o Tratado de Madri (1750),
passando pela atuação do Visconde do Rio Branco em 1870, para impedir
a desagregação territorial do Paraguai, e coroada com a obra grandiosa
do Barão do Rio Branco na fixação jurídica das nossas fronteiras.
A sucinta descrição feita aqui justifica plenamente a caracterização
do Embaixador Gibson como um autêntico paradigma de Diplomata. Sem
abrir mão dos legítimos interesses brasileiros, soube encontrar uma
solução pacífica que propiciou enormes benefícios ao Paraguai e evitou
um desenlace trágico que poderia ter levado à guerra entre os dois
países. Por tudo isso e pelos outros grandes feitos na sua trajetória
profissional, não hesito em afirmar que, na história diplomática do
Brasil, depois da figura ímpar do Barão do Rio Branco, o maior
Chanceler que o país teve até hoje foi o Embaixador Mario Gibson
Barboza !


Inspirado pela memória desse grande brasileiro e tendo em vista certos
episódios recentes da conduta do atual governo no Campo Externo, creio
necessário recordar alguns conceitos basilares da Diplomacia:


No relacionamento internacional, não há amigos nem inimigos; existem
apenas (e sempre) interesses conflituosos ou conciliáveis.
A capacidade de atuação de um Estado no Campo Externo é a resultante
do desempenho diplomático da Nação ao longo de sua história.
A Política Externa é, por definição, Política de Estado. Sua
formulação e implementação só devem ser confiadas aos quadros
diplomáticos profissionais (Carreira de Estado), preservados da
contaminação pelos interesses da política interna.
Política Externa é algo sério demais para se deixar nas mãos de
políticos e amadores.
Na Diplomacia, os fins jamais justificam os meios e só pelos meios
corretos poder-se-á atingir um fim satisfatório.
Em Política Externa, a generosidade só é autêntica quando atende aos
interesses de todas as Nações envolvidas. Em caso contrário, revela
incompetência e estimula novas exigências. As concessões feitas por
incompetência conduzem ao fracasso diplomático, que leva à trilha
nociva da “política por outros meios”.


Para terminar, convém assinalar que


A Nação que não cultua os grandes feitos dos seus próceres
está fadada a não conseguir emulá-los !




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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'

#2154 Mensagem por Don » Sex Dez 18, 2009 2:44 am

Bem, isso não é muito diferente do que os Brasileiros e outros latino-americanos e países pobres fazem em relação aos EUA.

Tenho uma péssima impressão de nosso futuro imediato. Conflito separatista na Bolívia com intervenção militar da Venezuela; algum tipo de "decreto supremo" do Paraguai relativo à energia de Itaipú(isso num período em que a nossa produção energética está chegando ao limite), etc...

O engraçado é que todos os países com quem negociamos se sentem explorados, quando na verdade não o são. Fizemos pesadíssimos investimentos na Bolívia, os impostos que a Petrobrás pagava eram responsáveis por boa parte do orçamento Bolíviano e....éramos exploradores.

Agora o Paraguai é um dos países com a energia mais barata do mundo. Usa 6% da energia de Itaipú, mas tem direito a 50%. Ou seja, eles tem uma segurança de até 44% de energia de Itaipú que podem usar para crescimento, uma folga energética rara para qualquer país. Além disso, o Brasil paga milhões de dólares por esses 44% de energia em excesso, que eles não usam.

E, por fim, a questão dos juros da dívida está sendo negociada, com a possível redução destes juros em 50%.

Mas, apesar disso tudo, somos vis e imperialistas. Estou começando a pensar que é loucura e suicídio econômico investir em nossos vizinhos. A Argentina aumenta unilateralmente impostos sobre nossos eletrodomésticos; A Bolívia rouba nossos ativos e o Paraguai quer quebrar um contrato firmado por Itaipu.

Chega de se aventurar em suicídio econômico. Vamos é investir no Chile, europa, etc...

Caro colega me permita descordar, mas nós somos para a América do Sul, o que os Estados Unidos são para o Mundo. Logo, é preciso que nos responsabilizemos pelos países vizinhos com uma economia inferior a nossa, pois a Europa é exemplo de um crescimento economia em conjunto q funciona. Mas ai e provável que vc discorde e fale dos Eua , no entanto caro forista é notório q os Eua são uma economia em queda, um exemplo foi a crise que estorou a pouco tempo. Para finalizar, quero concordar contigo em ponto, o de que o Brasil precisa impor respeito aos ativos nossos que estão em terras de nossos parceiros, por que eles precisam ter a conciência q eles precisam muito mais de nós, que nós deles.




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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'

#2155 Mensagem por delmar » Qua Dez 30, 2009 6:25 pm

Vou postar aqui a noticia da Zero Hora de 29.12.2009. Para lembrar aos revisionistas da história alguns fatos reais em relação à guerra do Paraguai. João Goulart era natural de São Borja, razão de ter recebido a estatua em devolução.
RETORNO DO SÍMBOLO
Estátua irá voltar a São Borja após 145 anos
A imagem de São Francisco de Borja já tem data marcada para retorno a São Borja, na Fronteira Oeste do Estado. A estátua de 1m40cm de altura deve voltar no dia 1º de maio de 2010 à cidade de onde foi retirada há quase 145 anos, durante a Guerra do Paraguai.

A imagem tinha sido levada durante um ataque paraguaio a São Borja, em junho de 1865. Relatos da época contam que cerca de 10 mil homens paraguaios, das tropas de Francisco Solano López, invadiram a cidade e promoveram saques. Entre eles, um na igreja onde estavam diversas imagens, incluindo a do padroeiro da cidade. Em 1870, a guerra teria fim com a vitória dos aliados Brasil, Argentina e Uruguai.

Um século mais tarde, na década de 70, o presidente deposto João Goulart recebeu a imagem de presente do ditador paraguaio Alfredo Stroessner, durante visita a Assunção. A ideia de Jango era levá-la de volta à igreja quando retornasse ao Brasil. Só que ele morreu durante o exílio, na Argentina, em 1976, antes de cumprir o plano.

Hoje, a estátua está com a viúva, Maria Thereza Goulart, no Rio. Quem está empenhado em cumprir o desejo de Jango é o neto Cristopher Goulart, presidente da Associação Memorial João Goulart.

A intenção é de que a estátua São Francisco de Borja seja trazida para a Capital até o fim de janeiro, para que seja restaurada. A viagem até São Borja deve ocorrer em maio, com festa.

pietro.rubin@zerohora.com.br

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Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'

#2156 Mensagem por Marino » Qua Dez 30, 2009 7:15 pm

delmar escreveu:Vou postar aqui a noticia da Zero Hora de 29.12.2009. Para lembrar aos revisionistas da história alguns fatos reais em relação à guerra do Paraguai. João Goulart era natural de São Borja, razão de ter recebido a estatua em devolução.
RETORNO DO SÍMBOLO
Estátua irá voltar a São Borja após 145 anos
A imagem de São Francisco de Borja já tem data marcada para retorno a São Borja, na Fronteira Oeste do Estado. A estátua de 1m40cm de altura deve voltar no dia 1º de maio de 2010 à cidade de onde foi retirada há quase 145 anos, durante a Guerra do Paraguai.

A imagem tinha sido levada durante um ataque paraguaio a São Borja, em junho de 1865. Relatos da época contam que cerca de 10 mil homens paraguaios, das tropas de Francisco Solano López, invadiram a cidade e promoveram saques. Entre eles, um na igreja onde estavam diversas imagens, incluindo a do padroeiro da cidade. Em 1870, a guerra teria fim com a vitória dos aliados Brasil, Argentina e Uruguai.

Um século mais tarde, na década de 70, o presidente deposto João Goulart recebeu a imagem de presente do ditador paraguaio Alfredo Stroessner, durante visita a Assunção. A ideia de Jango era levá-la de volta à igreja quando retornasse ao Brasil. Só que ele morreu durante o exílio, na Argentina, em 1976, antes de cumprir o plano.

Hoje, a estátua está com a viúva, Maria Thereza Goulart, no Rio. Quem está empenhado em cumprir o desejo de Jango é o neto Cristopher Goulart, presidente da Associação Memorial João Goulart.

A intenção é de que a estátua São Francisco de Borja seja trazida para a Capital até o fim de janeiro, para que seja restaurada. A viagem até São Borja deve ocorrer em maio, com festa.

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Seu revisionista anti-índiosguaranisusurpadosdesdeachegadadosjesuítas.
Como escrever que o Brasil, o sul e, principalmente, Mato-Grosso, foram saqueados pelos irmãosparaguaiosaquemtemosdívidashistóricas?
Calúnia. [003]




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'

#2157 Mensagem por Bentomaia » Qua Dez 30, 2009 8:26 pm

Concordo que é preciso que nos responsabilizemos pelos países vizinhos com uma economia inferior a nossa, mas não nos esqueçamos que a população mundial cresce cada dia mais e em breve tempo teremos confrontos por fronteiras, energias, minérios, itaipu, etc...anexação de territórios a título de espólios de guerra, serão inevitáveis, vamos começar por onde?




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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'

#2158 Mensagem por Marino » Qui Dez 31, 2009 9:02 am

Concordo que é preciso que nos responsabilizemos pelos países vizinhos com uma economia inferior a nossa
Bento, responsabilizemos por países vizinhos?
Permita-me discordar.
Concordo em cooperar, colaborar, ajudar, incentivar, investir, etc, desde que haja um marco jurídico/regulatório que garanta que não vamos ser roubados, espoliados, mutretados, afanados, etc, como aconteceu recentemente, com a conivência dos cumpanheros.




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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'

#2159 Mensagem por Kratos » Qui Jan 14, 2010 2:25 pm

Bentomaia escreveu:Concordo que é preciso que nos responsabilizemos pelos países vizinhos com uma economia inferior a nossa, mas não nos esqueçamos que a população mundial cresce cada dia mais e em breve tempo teremos confrontos por fronteiras, energias, minérios, itaipu, etc...anexação de territórios a título de espólios de guerra, serão inevitáveis, vamos começar por onde?
Nos responsabilizarmos por quê? Não temos culpa da mediocridade deles, a nossa riqueza é para ser usada em prol do nosso povo. O povo deles que se f#$%¨$.




O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'

#2160 Mensagem por Francoorp » Qui Jan 14, 2010 4:36 pm

Marino escreveu:Revista do Clube Militar – Ano LXXXII / Nº. 434 / AGOSTO-SETEMBRO-
OUTUBRO DE 2009
(pgs. 26 a 29)

O Embaixador Gibson Barboza e a crise com o Paraguai (1965 – 1975)
Uma lição clássica de Ação Diplomática





Inspirado pela memória desse grande brasileiro e tendo em vista certos
episódios recentes da conduta do atual governo no Campo Externo, creio
necessário recordar alguns conceitos basilares da Diplomacia:


No relacionamento internacional, não há amigos nem inimigos; existem
apenas (e sempre) interesses conflituosos ou conciliáveis.
A capacidade de atuação de um Estado no Campo Externo é a resultante
do desempenho diplomático da Nação ao longo de sua história.
A Política Externa é, por definição, Política de Estado. Sua
formulação e implementação só devem ser confiadas aos quadros
diplomáticos profissionais (Carreira de Estado), preservados da
contaminação pelos interesses da política interna.
Política Externa é algo sério demais para se deixar nas mãos de
políticos e amadores.
Na Diplomacia, os fins jamais justificam os meios e só pelos meios
corretos poder-se-á atingir um fim satisfatório.
Em Política Externa, a generosidade só é autêntica quando atende aos
interesses de todas as Nações envolvidas. Em caso contrário, revela
incompetência e estimula novas exigências. As concessões feitas por
incompetência conduzem ao fracasso diplomático, que leva à trilha
nociva da “política por outros meios”.


Para terminar, convém assinalar que


A Nação que não cultua os grandes feitos dos seus próceres
está fadada a não conseguir emulá-los !


Sem mais palavras, certo conta toda a postagem mas é uma coisa que iluminaste. Adoro postagens assim, quem dera fosse tudo como esta, técnica, direta e critica!!

Abraços. [000]




As Nossas vidas não são nada, A Nossa Pátria é tudo !!!

Imagem http://francoorp.blogspot.com/
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