Ei, soube que o clima aí é bem agradável. A altitude faz que o clima seja sempre um friozinho agradável, mas como é perto do equador, pouco muda no decorrer do ano. Confirma isso?delmar escreveu:Caros companheiros.
Estou aqui em Bogotá desde o dia 11 do corrente, visitando um casal de amigos. Ele trabalha num grande banco multinacional e ela é psicologa em um projeto social. Ninguém por aqui parece preocupado com uma possível guerra com a Venezuela. Ninguém fala deste assunto. A vida segue normalmente como em qualquer cidade brasileira. Os Shoping e restaurantes cheios de gente, o trânsito um caos completo. Um brasileiro sente-se em casa por aqui. Só nas páginas internas dos jornais há algumas informacoes sobre o Chaves e suas declaracoes.
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Re: CHAVEZ: de novo.
NÃO À DROGA! NÃO AO CRIME LEGALIZADO! HOJE ÁLCOOL, AMANHÃ COGUMELO, DEPOIS NECROFILIA! QUANDO E ONDE IREMOS PARAR?
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Re: CHAVEZ: de novo.
Estranho isso , Delmar .Em suas versões eletrônicas os jornais colombianos estampam sempre em capa e não há edição que não fale destacadamente do Chávez . Idem , as telenotícias , liderado pela rede RCN (eu assisto diariamente o NTN24hs) .delmar escreveu:Caros companheiros.
Estou aqui em Bogotá desde o dia 11 do corrente, visitando um casal de amigos. Ele trabalha num grande banco multinacional e ela é psicologa em um projeto social. Ninguém por aqui parece preocupado com uma possível guerra com a Venezuela. Ninguém fala deste assunto. A vida segue normalmente como em qualquer cidade brasileira. Os Shoping e restaurantes cheios de gente, o trânsito um caos completo. Um brasileiro sente-se em casa por aqui. Só nas páginas internas dos jornais há algumas informacoes sobre o Chaves e suas declaracoes.
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Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
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Re: CHAVEZ: de novo.
A Cubanização da Venezuela avança rapidamente .
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Re: CHAVEZ: de novo.
Vitor escreveu:http://www.venezuelanalysis.com/news/4930
Venezuelan Government Takes Hold of Two Largest Coffee Companies
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Published on November 12th 2009, by James Suggett
Mérida, November 12th 2009 (Venezuelanalysis.com) -- Reducing the market share of Venezuela’s two largest coffee makers, Fama de America and Cafe Madrid, the government nationalized the former and turned the latter into a mixed enterprise partially owned by the state.
The government occupied the production facilities of the two companies three months ago on suspicion that they were hoarding, speculating, and smuggling coffee into Colombia to avoid government price controls.
The head of the National Superintendent of Silos, Carlos Osorio, said the two companies were producing and distributing 70% of Venezuelan coffee, leaving nearly 100 other producers with little market share.
“With this decree, the government is looking to balance the distribution of coffee, so that the 99 coffeemakers have the same right to participate and develop themselves... [and] so that all the raw material that is produced is used here within our territory,” said Osorio in a press conference.
The government’s plan is to reduce Fama de America and Cafe Madrid’s total market share to 50%, and distribute the other 50% to small and medium sized coffee producers and cooperatives nation-wide, according to Osorio. He did not rule out the possibility of creating “a coffee that is national, that is distributed by the state, like Cafe Venezuela, that the whole country consumes.”
Meanwhile, the workers at Fama de America welcomed the nationalization of the company.
Gustavo Martinez, the secretary of the workers union at Fama de America, told the state-owned media that the workers are willing to collaborate with the government to revamp production. Under the old management, “the workers were always protagonists, but in the shadows. We planted, processed, and packaged and [the owners] were the ones who collected the profits,” he said.
Fama de America unionist Wilfredo Bejarano said he hopes the state will bring increase the workers’ participation in decision-making. “We are going to have a meeting with the trade minister, Eduardo Saman, and other functionaries to see what our participation in the process will be, and to form a new board of directors of the plant,” said Bejarano.
This year, some regions of the country have experienced shortages of coffee, a product which holds significant cultural value in the everyday lives of Venezuelans. The director of the Coffee Producers Union of Merida state, Rosa Santaromita, said the state intervention into the sector will not solve this problem.
“The problem in the sector, which is the decline of production, will not be solved with the expropriation of a processing plant. If the costs of production are not honestly assessed, this is not going to work,” said Santaromita.
Osorio said the real problem was not the drop in production, but irresponsible behavior on the part of the private owners. With the nationalization, “there will be a secure supply of coffee, because the monopoly and smuggling will end. The shortages in certain locations are the result of logistical problems of distribution,” said Osorio.
When the government occupied the companies in August, Agriculture and Land Minister Elias Jaua said the companies routinely hoarded coffee in order to increase prices in months preceding the next crop.
In addition to Fama de America, a smaller company, Cafea, was nationalized. Also, two smaller companies that are run by the same distributor as Cafe Madrid, El Peñon and Aroma, were turned into mixed enterprises.
The Venezuelan constitution obligates the government to pay full and fair indemnity for all private property that the state acquires by force.
In October, the government nationalized two major sugar processing plants that failed to comply with state regulations. Since 2007, the government has nationalized or purchased the majority share in several sectors of the economy, including the electricity, cement, steel, oil, and telecommunications sectors.
____________________________________________________
Muito imparcial esta analise!!!!
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Re: CHAVEZ: de novo.
Minha família e outras várias não tem 1 metro de terra pra plantar, mas ninguém passa fome ou tem dificuldade de obter alimentos. Isso se chama divisão de trabalho e especialização. Como os agricultores através de novas tecnologias e técnicas foram aumentando a produção, mão de obra podia ser liberada para outras atividades.
Deixa eu te contar um relato que li...um fazendeiro na Venezuela teve as terras tomadas, e os novos donos da terra resolveram dar uma de espertos e arar aquele pedaço de terra com tratores, só que era um terreno com muitas pedras, resultado, em duas semanas os tratores quebraram tentando arar pedra, resultado foi que não plantaram nada e sucatearam vários tratores. Não existe luta de classes nesse caso, o fazendeiro quer ganhar dinheiro, a melhor maneira de ganhar dinheiro é atendendo uma demanda da população, ou seja, produzindo alimentos. Mas bem, se os preços estão congelados, destrói toda racionalização da relação entre oferta e demanda. Quem em sã consciência vai investir em algo onde a qualquer momento burocratas e brutamontes do governo podem tomar sua terra ou obrigar o produto ter um preço x que eles acham bonitinho? Simplesmente não há incentivos na Venezuela para se investir em uma agricultura competitiva no momento. Toda vez que Chavez se mete querendo corrigir um fato através de decreto, ele se esquece que há razões das coisas serem assim, e o decreto dele só vai criar distorções maiores ainda.
Sou de uma familia de agricultores, coisa pequena 60 alqueires,em Goiás, então sobre este tema agrícola, estou por dentro.
Victor...sobre o efeitos dos decretos presidenciais, na Venezuela, foi exatamente o que eu disse no post, mas com um tom menos parcial, e analise da situação mais direta, com pouca vontade de ter a verdade absoluta!!!
Falei também da vida dos fazendeiros e dos novos,,, se leu o que eu disse no primeiro post, não entendeu bem né!!! Pecado tentei ser claro o bastante sem cair nas formas da estampa internacional que dizem sò que tudo que o Chavez faz é ruim e perigoso, mas na pratica e na realidade do mundo as coisas não são bem assim.
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Re: CHAVEZ: de novo.
Também achei estranho o aparente desinteresse do povo. Todo dia o hotel coloca um exemplar do "el tiempo" na porta do meu apt. Hoje sim, tinha uma matéria de capa sobre o Chaves mas a principal era sobre a selecao sub-17 da Colombia.Dieneces escreveu:Estranho isso , Delmar .Em suas versões eletrônicas os jornais colombianos estampam sempre em capa e não há edição que não fale destacadamente do Chávez . Idem , as telenotícias , liderado pela rede RCN (eu assisto diariamente o NTN24hs) .delmar escreveu:Caros companheiros.
Estou aqui em Bogotá desde o dia 11 do corrente, visitando um casal de amigos. Ele trabalha num grande banco multinacional e ela é psicologa em um projeto social. Ninguém por aqui parece preocupado com uma possível guerra com a Venezuela. Ninguém fala deste assunto. A vida segue normalmente como em qualquer cidade brasileira. Os Shoping e restaurantes cheios de gente, o trânsito um caos completo. Um brasileiro sente-se em casa por aqui. Só nas páginas internas dos jornais há algumas informacoes sobre o Chaves e suas declaracoes.
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O hotel em que estou fica no bairro Chicó, calle 97A. Falaram que aqui mora, nesta rua, um filho do Uribe. Sempre tem uma escolta de soldados armados, da guarda presidencial, de vigia. Em algumas ocasioes há também 4 ou 5 Ford Explorer azuis, em fila, mais uns vinte segurancas civis, com sub metralhadoras e escopetas. Impressionante. Para ir até a casa do meu amigo (fica a tres quarteiroes do hotel) passo por todos estes aparato. Se retorno quando já é noite encontro os soldados da guarda presidencial meio camuflados atras dos muros. A primeira vez tentei passar silenciosamente e um soldado cumprimentou-me "mui buenas noite, senor". Agora quando passo cumprimento em voz alta "boa noite" e os soldados respondem "mui buenas noite". Impressionante.
saudacoes
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Re: CHAVEZ: de novo.
ë isso mesmo, mas a temperatura muda bruscamente durante o dia. Assim, de vereda, aparecem umas nuvens, comeca a chover e a temperatura despenca. O ideal é sair sempre com uma jaqueta e um guarda chuva.Vitor escreveu:Ei, soube que o clima aí é bem agradável. A altitude faz que o clima seja sempre um friozinho agradável, mas como é perto do equador, pouco muda no decorrer do ano. Confirma isso?delmar escreveu:Caros companheiros.
Estou aqui em Bogotá desde o dia 11 do corrente, visitando um casal de amigos. Ele trabalha num grande banco multinacional e ela é psicologa em um projeto social. Ninguém por aqui parece preocupado com uma possível guerra com a Venezuela. Ninguém fala deste assunto. A vida segue normalmente como em qualquer cidade brasileira. Os Shoping e restaurantes cheios de gente, o trânsito um caos completo. Um brasileiro sente-se em casa por aqui. Só nas páginas internas dos jornais há algumas informacoes sobre o Chaves e suas declaracoes.
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Re: CHAVEZ: de novo.
Don Hugo chavez esta certo os yankee vai bater neles e depois?? pre sal e amazonia se preparem amigos estamos em perigo!!!
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Re: CHAVEZ: de novo.
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Re: CHAVEZ: de novo.
OI na TV
Duas Venezuelas, duas verdades
Por Lilia Diniz em 18/11/2009
Desde os primeiros meses de governo, o presidente da Venezuela Hugo Rafael Chávez Frías e os meios de comunicação daquele país estão em conflito. De um lado, o chefe do governo critica a atuação da mídia e a classifica de "golpista". Jornais, emissoras de rádio e TV acusam o presidente de autoritarismo, intimidação dos veículos de imprensa e de não aceitar críticas. É um país onde, de acordo com críticos da comunicação, a verdade já não interessa. Bandeiras propagandísticas e slogans ocuparam o lugar dos fatos concretos.
Para discutir o panorama político da Venezuela e a relação entre a imprensa e o presidente Chávez, o Observatório da Imprensa, da TV Brasil, preparou dois programas especiais. O jornalista Cláudio Bojunga, colaborador do programa, passou uma semana em Caracas, a capital do país, e produziu entrevistas com jornalistas, intelectuais e políticos para o Observatório. A primeira parte deste trabalho foi exibida na terça-feira (17/11) com a presença de Bojunga no estúdio do Rio de Janeiro, ao lado de Alberto Dines, para contar suas experiências nesta viagem.
Antes do debate no estúdio, em editorial, Dines comentou que a Venezuela está nas primeiras páginas há sete anos consecutivos, mas que a a mídia brasileira "ainda não se animou" a analisar com profundidade a conjuntura política daquele país. "Mesmo na condição de protagonista, a mídia não pode ignorar que também é observadora e mediadora. Sem mediação e intermediação, um conflito, qualquer conflito, corre o risco de explodir. O drama venezuelano torna-se cada vez mais premente na medida em que o demorado confronto fechou todos os acessos ao diálogo", afirmou.
A origem da polarização
No primeiro bloco do Observatório, Dines e Bojunga discutiram a conjuntura da qual emergiu o bolivarianismo de Hugo Chávez. A reportagem explicou que em 1988 houve um sangrento levante em decorrência de um severo pacote econômico. Em seguida, o sistema político tradicional entrou em crise e, em 1992, um grupo de militares tentou derrubar o então presidente Carlos Andrés Pérez. O grupo exigia a revisão da política econômica e o combate à corrupção. Hugo Chávez, um dos participantes do movimento, foi preso.
A socióloga Maryclen Steeling, do Observatorio Global de Medios, disse que o processo de "fratura da legitimidade e das lealdades" ocorrido nos anos 1980 foi conseqüência da fragilização dos partidos, dos poderes da República e dos bancos. Com a falência do sistema político, os meios de comunicação substituíram os partidos. "Em 1998, o presidente Chávez sai em propaganda eleitoral e se converte em um político emergente que ascende vertiginosamente e ganha a eleição com um discurso voltado aos excluídos, à dignificação da pobreza. Era um discurso de centro-esquerda e aparentemente era um candidato com um discurso que não necessariamente ia romper com o uso e o costume político-eleitoral em Venezuela", analisou.
O candidato era apoiado por grupos econômicos e sociais e pela mídia. Mas ao ser eleito, surpreendentemente não recompensou as forças que o apoiaram, como é costume na política. Não cumpriu a "lei de reciprocidade". Maryclen Steeling disse que em seu primeiro discurso deixou claro que não iria governar com os tradicionais grupos de poder, que passaram a suspeitar de suas ações. O discurso de Chávez começou a dirigir-se às camadas excluídas. Imediatamente, os meios de comunicação e os grupos econômicos passaram a olhar com suspeita o novo presidente.
Chávez questionava a democracia representativa e exaltava a democracia participativa. Ao propor a lei das terras e das águas, atemorizou os proprietários de terras. Como todos os presidentes da Venezuela, pediu poderes habilitantes. Com a mudança no panorama político, a mídia passou para a oposição. A polarização surgiu quando Chávez quis retomar a legitimidade perdida pelos partidos tradicionais, e que agora estava nas mãos dos meios de comunicação.
Imprensa como partido político
Desde os anos 1990, os profissionais de imprensa "tomaram o rumo" de líderes políticos, de formadores da opinião pública. "A discussão que antes acontecia nos partidos políticos e na arena pública se transfere para os meios de comunicação, fundamentalmente a televisão. E a discussão adquire uma lógica televisiva", disse Maryclen Steeling.
O ex-guerrilheiro Teodoro Petkoff, que foi ministro do governo Rafael Caldera (1994-1998) e atualmente é diretor do jornal oposicionista Tal Cual, explicou que a grande mídia venezuelana está vinculada aos interesses dos grandes grupos econômicos – que chegaram a afirmar poder derrubar ou colocar um presidente no Palácio Miraflores. Ao chegar à presidência, Chávez encontrou esses grupos com um comportamento mais de partidos políticos do que de meios de comunicação. Os partidos estavam enfraquecidos. De um lado estava o governo e do outro, a mídia.
"O governo tem avançado na criação do que ele mesmo denomina como uma `hegemonia comunicacional´. Não se trata de um propósito igual ao soviético ou ao cubano, simplesmente só um meio de comunicação estatal, em detrimento dos demais. É uma coisa mais astuta, mais complexa, que é criar um enorme aparato comunicacional a princípio do Estado, mas não é do Estado e não é do Governo. É de Hugo Chávez", comentou.
A reportagem explicou que em 1999 a nova Constituição trocou o nome do país para República Bolivariana da Venezuela. O texto eliminou o Senado, ampliou o mandato presidencial, reduziu a jornada de trabalho e desapropriou latifúndios. O bolivarianismo reivindicava as idéias de Simon Bolívar, o Libertador da Venezuela, que também lutou pela independência da Colômbia, da Bolívia, do Peru e do Equador. De Bolívar, Chávez encampou os ideais da educação do povo, da integração latino-americana e também o alerta para os riscos representados pelos interesses dos EUA. Mas esqueceu-se do caráter autoritário do herói.
Imprensa para quê?
No início do debate no estúdio, Dines comentou que os dois depoimentos exibidos convergiam quanto à origem da polarização. Deixaram claro que "a democracia era fictícia" e que a mídia preenchia o vazio deixado pela política. Para Bojunga, eles estão de acordo com a gênese de Hugo Chávez. O homem "carismático e messiânico" era resposta a uma república falsa. Chávez incomodou a mídia porque é o tipo de político que quer ter "uma interlocução direta com a massa, com a rua". Com estas características, se converte em um político que não precisa do poder constituído do Parlamento nem da mediação dos meios de comunicação.
No segundo bloco do programa, Dines e Bojunga discutiram a radicalização política ocorrida depois do golpe contra o presidente venezuelano e a greve petroleira, em 2002. A reportagem mostrou que em abril daquele ano, após uma greve geral que resultou na morte de 13 pessoas, um grupo de oficiais anunciou a renúncia de Hugo Chávez e colocou em seu lugar o empresário Pedro Carmona, da organização patronal Fedecámaras. Suas primeiras medidas foram a dissolução do Congresso e a demissão dos juízes do Supremo Tribunal. O então presidente dos Estados Unidos, George Bush, conferiu legitimidade ao novo governante. A Venezuela se dividiu. Chávez foi reconduzido ao poder por uma facção do Exército e contou com o apoio de milhares de partidários.
"O setor opositor tinha suficiente força militar, civil, econômica, midiática e da igreja para derrotar Chávez, e conseguiu. O problema foi que, em menos de 48 horas, houve um reagrupamento da força militar e popular em favor de Chávez, que surge, reage e afasta os golpistas. Quando regressa da prisão, ele observa que as forças que o enfrentaram estão intactas, têm a mesma força, menos as Forças Armadas, que foram depuradas com a permissão do comandante", explicou Eleazar Díaz Rangel, diretor do jornal Ultimas Notícias.
Sem conversa
Após a tentativa de diálogo com diferentes setores da sociedade, em dezembro, a oposição organizou uma greve patronal que durou mais de 60 dias. A produção de petróleo caiu drasticamente e a crise afetou transportes, bancos e produção de alimentos. André Cañizalles, integrante do Centro de Investigación de la Comunicación da Universidade Andrè Bello, avaliou que o golpe foi um erro da oposição venezuelana e que contribuiu para radicalizar o processo. Para Cañizalles, o início do governo Chávez foi mais plural, e a radicalização começou em 2002.
"Este é um momento, em 2002, que a mídia em geral e as grandes cadeias de televisão se aliaram abertamente contra o governo, perderam a perspectiva crítica que têm de ter em relação aos outros poderes: econômicos, políticos, a oposição. E creio que ali cometeram muitos outros graves erros, justamente alimentando uma posição política que se reduzia a tirar o Chávez do poder", disse. A mídia silenciou sobre a volta do presidente venezuelano ao poder e isso foi nocivo à democracia, na opinião de Cañizalles. A presença de Chávez no comando do país, mesmo que não se concorde com ela, correspondia ao desejo da maioria que o elegeu.
Na volta do debate ao vivo, Dines destacou que, mais uma vez, os entrevistados tinham posições políticas diferentes mas concordaram que a mídia radicalizou e não soube exercer o seu papel. Bojunga avaliou que a mídia partidarizada teve o "seu pior papel" em 2002. Uma prova disso é que o golpe nasceu em um estúdio de televisão, na Venevisión. "Enquanto as ruas pegavam fogo, a mídia se omitia. As televisões colocavam no ar desenhos de Tom & Jerry", lembrou. O jornalista explicou que o posicionamento dos meios de comunicação foi apoiado pela "América de Bush".
Dines comentou que a polarização é travada sobretudo na arena televisiva. Bojunga explicou que Chávez tem consciência do poder de penetração da televisão nas camadas mais pobres da sociedade, por isso concentra suas ações na mídia eletrônica. "Mas a imprensa escrita, na medida em que a crise vai avançando, o projeto hegemônico comunicativo se implantando e as violências surgindo, vai na verdade desenvolver um papel crítico extremamente importante", analisou Bojunga.
A verdade que não interessa
O terceiro e último bloco do programa discutiu a polarização do país ocorrida a partir de 2002. Para Maryclen Steeling, a conciliação parece impossível mesmo para um povo culturalmente pacífico porque as partes envolvidas não estão interessadas em pedir perdão nem em perdoar. É necessária uma avaliação psicossocial, mas os atores sociais não estão dispostos a chegar a um acordo.
"Paralelamente transitam duas Venezuelas, duas verdades e duas representações midiáticas que estão como que em calçadas opostas. Aqui está o país bolivariano e aqui está o país da oposição. Nos olhamos pela rua, mas não vamos atravessar a rua para dar a mão porque não nos perdoamos", destacou Maryclen. Ela disse ainda que a batalha ideológica na Venezuela transcorre na mídia – privada e estatal – e não através os canais políticos. E quem alimenta a impossibilidade de conciliação é própria a mídia. Há uma "guerra civil midiática", uma guerra psicológica, na opinião da socióloga.
Ewald Sharfernberg, do Instituto Prensa y Sociedad (IPYS), avaliou que a polarização torna cada vez mais difícil a convivência das diferenças. "Cada vez o outro é menos humano e mais uma coisa. É uma espécie de diabo que pensa coisas equivocadas e a quem eu tenho direito de suprimir. E isso, em termos de convivência social, é uma tragédia", avaliou. Cria-se um ambiente no qual não só é difícil estabelecer a verdade, como também ninguém deseja que ela seja apurada.
O ringue televisivo
"A primeira vítima da polarização é a verdade. Na realidade, existe um lado que espera uma versão da realidade e um outro, que espera outra versão da realidade; e qualquer matiz entre eles é visto como uma traição. E isto tem feito com que o jornalismo seja outra vítima desta polarização, porque os meios não estão muito interessados nesse jornalismo, mas sim em divulgar posições políticas. E o público também não está esperando se informar", criticou Ewald Sharfernberg. O cidadão acompanha a imprensa para confirmar suas posições. Busca notícias apenas nos veículos identificados com sua posição política. Neste cenário, não só é difícil encontrar a verdade, como também "ninguém deseja que se estabeleça a verdade", afirmou.
Para Teodoro Petkoff, a Venezuela não tem canais para processar suas diferenças. "De um lado, temos um governo que se diz de esquerda – mas que acho fascistóide; não fascista, fascistóide –, que se considera a si mesmo a encarnação da Justiça, da Verdade, da História. Em consequência, trata todos que se opõem a seus métodos como inimigos. Não têm o direito de se opor à justiça, à Verdade, à História. Típico dos fundamentalismos da esquerda e da direita. Negam a existência do outro. É um governo que demoniza a oposição, não distingue matizes nela", disse. Em suma: classifica todas as correntes da oposição de "golpistas" e não dialoga.
André Cañizalles disse estar preocupado com o "processo de deterioração" ocorrido na Venezuela nos últimos meses. No final de julho deste ano, 34 estações de rádio foram fechadas. "Persiste um discurso muito agressivo em relação aos meios, muito questionador por parte do presidente Chávez. Eu acredito que isso ajuda e tem alimentado ações como a que se viveu em agosto, quando um grupo de jornalistas da cadeia Capriles [do Ultimas Noticias] foi agredido brutalmente nas ruas de Caracas. Estavam com uns cartazes pedindo liberdade de expressão e foram espancados", disse.
Ewald Sharfenberg avaliou a polarização: "Se você consome a imprensa chavista terá um olhar do mundo que exclui completamente o que é importante para a outra imprensa, e vice-versa. A imprensa de oposição tem um olhar que não inclui feitos que são muito relevantes para os outros meios. Isso me parece uma imagem de que vivemos em uma espécie de esquizofrenia: a verdade será uma cor ou outra cor, porque não há cores intermediárias".
[O segundo e último programa da série será exibido em na terça-feira, 24/11]
http://observatorio.ultimosegundo.ig.co ... =564JDB007
Duas Venezuelas, duas verdades
Por Lilia Diniz em 18/11/2009
Desde os primeiros meses de governo, o presidente da Venezuela Hugo Rafael Chávez Frías e os meios de comunicação daquele país estão em conflito. De um lado, o chefe do governo critica a atuação da mídia e a classifica de "golpista". Jornais, emissoras de rádio e TV acusam o presidente de autoritarismo, intimidação dos veículos de imprensa e de não aceitar críticas. É um país onde, de acordo com críticos da comunicação, a verdade já não interessa. Bandeiras propagandísticas e slogans ocuparam o lugar dos fatos concretos.
Para discutir o panorama político da Venezuela e a relação entre a imprensa e o presidente Chávez, o Observatório da Imprensa, da TV Brasil, preparou dois programas especiais. O jornalista Cláudio Bojunga, colaborador do programa, passou uma semana em Caracas, a capital do país, e produziu entrevistas com jornalistas, intelectuais e políticos para o Observatório. A primeira parte deste trabalho foi exibida na terça-feira (17/11) com a presença de Bojunga no estúdio do Rio de Janeiro, ao lado de Alberto Dines, para contar suas experiências nesta viagem.
Antes do debate no estúdio, em editorial, Dines comentou que a Venezuela está nas primeiras páginas há sete anos consecutivos, mas que a a mídia brasileira "ainda não se animou" a analisar com profundidade a conjuntura política daquele país. "Mesmo na condição de protagonista, a mídia não pode ignorar que também é observadora e mediadora. Sem mediação e intermediação, um conflito, qualquer conflito, corre o risco de explodir. O drama venezuelano torna-se cada vez mais premente na medida em que o demorado confronto fechou todos os acessos ao diálogo", afirmou.
A origem da polarização
No primeiro bloco do Observatório, Dines e Bojunga discutiram a conjuntura da qual emergiu o bolivarianismo de Hugo Chávez. A reportagem explicou que em 1988 houve um sangrento levante em decorrência de um severo pacote econômico. Em seguida, o sistema político tradicional entrou em crise e, em 1992, um grupo de militares tentou derrubar o então presidente Carlos Andrés Pérez. O grupo exigia a revisão da política econômica e o combate à corrupção. Hugo Chávez, um dos participantes do movimento, foi preso.
A socióloga Maryclen Steeling, do Observatorio Global de Medios, disse que o processo de "fratura da legitimidade e das lealdades" ocorrido nos anos 1980 foi conseqüência da fragilização dos partidos, dos poderes da República e dos bancos. Com a falência do sistema político, os meios de comunicação substituíram os partidos. "Em 1998, o presidente Chávez sai em propaganda eleitoral e se converte em um político emergente que ascende vertiginosamente e ganha a eleição com um discurso voltado aos excluídos, à dignificação da pobreza. Era um discurso de centro-esquerda e aparentemente era um candidato com um discurso que não necessariamente ia romper com o uso e o costume político-eleitoral em Venezuela", analisou.
O candidato era apoiado por grupos econômicos e sociais e pela mídia. Mas ao ser eleito, surpreendentemente não recompensou as forças que o apoiaram, como é costume na política. Não cumpriu a "lei de reciprocidade". Maryclen Steeling disse que em seu primeiro discurso deixou claro que não iria governar com os tradicionais grupos de poder, que passaram a suspeitar de suas ações. O discurso de Chávez começou a dirigir-se às camadas excluídas. Imediatamente, os meios de comunicação e os grupos econômicos passaram a olhar com suspeita o novo presidente.
Chávez questionava a democracia representativa e exaltava a democracia participativa. Ao propor a lei das terras e das águas, atemorizou os proprietários de terras. Como todos os presidentes da Venezuela, pediu poderes habilitantes. Com a mudança no panorama político, a mídia passou para a oposição. A polarização surgiu quando Chávez quis retomar a legitimidade perdida pelos partidos tradicionais, e que agora estava nas mãos dos meios de comunicação.
Imprensa como partido político
Desde os anos 1990, os profissionais de imprensa "tomaram o rumo" de líderes políticos, de formadores da opinião pública. "A discussão que antes acontecia nos partidos políticos e na arena pública se transfere para os meios de comunicação, fundamentalmente a televisão. E a discussão adquire uma lógica televisiva", disse Maryclen Steeling.
O ex-guerrilheiro Teodoro Petkoff, que foi ministro do governo Rafael Caldera (1994-1998) e atualmente é diretor do jornal oposicionista Tal Cual, explicou que a grande mídia venezuelana está vinculada aos interesses dos grandes grupos econômicos – que chegaram a afirmar poder derrubar ou colocar um presidente no Palácio Miraflores. Ao chegar à presidência, Chávez encontrou esses grupos com um comportamento mais de partidos políticos do que de meios de comunicação. Os partidos estavam enfraquecidos. De um lado estava o governo e do outro, a mídia.
"O governo tem avançado na criação do que ele mesmo denomina como uma `hegemonia comunicacional´. Não se trata de um propósito igual ao soviético ou ao cubano, simplesmente só um meio de comunicação estatal, em detrimento dos demais. É uma coisa mais astuta, mais complexa, que é criar um enorme aparato comunicacional a princípio do Estado, mas não é do Estado e não é do Governo. É de Hugo Chávez", comentou.
A reportagem explicou que em 1999 a nova Constituição trocou o nome do país para República Bolivariana da Venezuela. O texto eliminou o Senado, ampliou o mandato presidencial, reduziu a jornada de trabalho e desapropriou latifúndios. O bolivarianismo reivindicava as idéias de Simon Bolívar, o Libertador da Venezuela, que também lutou pela independência da Colômbia, da Bolívia, do Peru e do Equador. De Bolívar, Chávez encampou os ideais da educação do povo, da integração latino-americana e também o alerta para os riscos representados pelos interesses dos EUA. Mas esqueceu-se do caráter autoritário do herói.
Imprensa para quê?
No início do debate no estúdio, Dines comentou que os dois depoimentos exibidos convergiam quanto à origem da polarização. Deixaram claro que "a democracia era fictícia" e que a mídia preenchia o vazio deixado pela política. Para Bojunga, eles estão de acordo com a gênese de Hugo Chávez. O homem "carismático e messiânico" era resposta a uma república falsa. Chávez incomodou a mídia porque é o tipo de político que quer ter "uma interlocução direta com a massa, com a rua". Com estas características, se converte em um político que não precisa do poder constituído do Parlamento nem da mediação dos meios de comunicação.
No segundo bloco do programa, Dines e Bojunga discutiram a radicalização política ocorrida depois do golpe contra o presidente venezuelano e a greve petroleira, em 2002. A reportagem mostrou que em abril daquele ano, após uma greve geral que resultou na morte de 13 pessoas, um grupo de oficiais anunciou a renúncia de Hugo Chávez e colocou em seu lugar o empresário Pedro Carmona, da organização patronal Fedecámaras. Suas primeiras medidas foram a dissolução do Congresso e a demissão dos juízes do Supremo Tribunal. O então presidente dos Estados Unidos, George Bush, conferiu legitimidade ao novo governante. A Venezuela se dividiu. Chávez foi reconduzido ao poder por uma facção do Exército e contou com o apoio de milhares de partidários.
"O setor opositor tinha suficiente força militar, civil, econômica, midiática e da igreja para derrotar Chávez, e conseguiu. O problema foi que, em menos de 48 horas, houve um reagrupamento da força militar e popular em favor de Chávez, que surge, reage e afasta os golpistas. Quando regressa da prisão, ele observa que as forças que o enfrentaram estão intactas, têm a mesma força, menos as Forças Armadas, que foram depuradas com a permissão do comandante", explicou Eleazar Díaz Rangel, diretor do jornal Ultimas Notícias.
Sem conversa
Após a tentativa de diálogo com diferentes setores da sociedade, em dezembro, a oposição organizou uma greve patronal que durou mais de 60 dias. A produção de petróleo caiu drasticamente e a crise afetou transportes, bancos e produção de alimentos. André Cañizalles, integrante do Centro de Investigación de la Comunicación da Universidade Andrè Bello, avaliou que o golpe foi um erro da oposição venezuelana e que contribuiu para radicalizar o processo. Para Cañizalles, o início do governo Chávez foi mais plural, e a radicalização começou em 2002.
"Este é um momento, em 2002, que a mídia em geral e as grandes cadeias de televisão se aliaram abertamente contra o governo, perderam a perspectiva crítica que têm de ter em relação aos outros poderes: econômicos, políticos, a oposição. E creio que ali cometeram muitos outros graves erros, justamente alimentando uma posição política que se reduzia a tirar o Chávez do poder", disse. A mídia silenciou sobre a volta do presidente venezuelano ao poder e isso foi nocivo à democracia, na opinião de Cañizalles. A presença de Chávez no comando do país, mesmo que não se concorde com ela, correspondia ao desejo da maioria que o elegeu.
Na volta do debate ao vivo, Dines destacou que, mais uma vez, os entrevistados tinham posições políticas diferentes mas concordaram que a mídia radicalizou e não soube exercer o seu papel. Bojunga avaliou que a mídia partidarizada teve o "seu pior papel" em 2002. Uma prova disso é que o golpe nasceu em um estúdio de televisão, na Venevisión. "Enquanto as ruas pegavam fogo, a mídia se omitia. As televisões colocavam no ar desenhos de Tom & Jerry", lembrou. O jornalista explicou que o posicionamento dos meios de comunicação foi apoiado pela "América de Bush".
Dines comentou que a polarização é travada sobretudo na arena televisiva. Bojunga explicou que Chávez tem consciência do poder de penetração da televisão nas camadas mais pobres da sociedade, por isso concentra suas ações na mídia eletrônica. "Mas a imprensa escrita, na medida em que a crise vai avançando, o projeto hegemônico comunicativo se implantando e as violências surgindo, vai na verdade desenvolver um papel crítico extremamente importante", analisou Bojunga.
A verdade que não interessa
O terceiro e último bloco do programa discutiu a polarização do país ocorrida a partir de 2002. Para Maryclen Steeling, a conciliação parece impossível mesmo para um povo culturalmente pacífico porque as partes envolvidas não estão interessadas em pedir perdão nem em perdoar. É necessária uma avaliação psicossocial, mas os atores sociais não estão dispostos a chegar a um acordo.
"Paralelamente transitam duas Venezuelas, duas verdades e duas representações midiáticas que estão como que em calçadas opostas. Aqui está o país bolivariano e aqui está o país da oposição. Nos olhamos pela rua, mas não vamos atravessar a rua para dar a mão porque não nos perdoamos", destacou Maryclen. Ela disse ainda que a batalha ideológica na Venezuela transcorre na mídia – privada e estatal – e não através os canais políticos. E quem alimenta a impossibilidade de conciliação é própria a mídia. Há uma "guerra civil midiática", uma guerra psicológica, na opinião da socióloga.
Ewald Sharfernberg, do Instituto Prensa y Sociedad (IPYS), avaliou que a polarização torna cada vez mais difícil a convivência das diferenças. "Cada vez o outro é menos humano e mais uma coisa. É uma espécie de diabo que pensa coisas equivocadas e a quem eu tenho direito de suprimir. E isso, em termos de convivência social, é uma tragédia", avaliou. Cria-se um ambiente no qual não só é difícil estabelecer a verdade, como também ninguém deseja que ela seja apurada.
O ringue televisivo
"A primeira vítima da polarização é a verdade. Na realidade, existe um lado que espera uma versão da realidade e um outro, que espera outra versão da realidade; e qualquer matiz entre eles é visto como uma traição. E isto tem feito com que o jornalismo seja outra vítima desta polarização, porque os meios não estão muito interessados nesse jornalismo, mas sim em divulgar posições políticas. E o público também não está esperando se informar", criticou Ewald Sharfernberg. O cidadão acompanha a imprensa para confirmar suas posições. Busca notícias apenas nos veículos identificados com sua posição política. Neste cenário, não só é difícil encontrar a verdade, como também "ninguém deseja que se estabeleça a verdade", afirmou.
Para Teodoro Petkoff, a Venezuela não tem canais para processar suas diferenças. "De um lado, temos um governo que se diz de esquerda – mas que acho fascistóide; não fascista, fascistóide –, que se considera a si mesmo a encarnação da Justiça, da Verdade, da História. Em consequência, trata todos que se opõem a seus métodos como inimigos. Não têm o direito de se opor à justiça, à Verdade, à História. Típico dos fundamentalismos da esquerda e da direita. Negam a existência do outro. É um governo que demoniza a oposição, não distingue matizes nela", disse. Em suma: classifica todas as correntes da oposição de "golpistas" e não dialoga.
André Cañizalles disse estar preocupado com o "processo de deterioração" ocorrido na Venezuela nos últimos meses. No final de julho deste ano, 34 estações de rádio foram fechadas. "Persiste um discurso muito agressivo em relação aos meios, muito questionador por parte do presidente Chávez. Eu acredito que isso ajuda e tem alimentado ações como a que se viveu em agosto, quando um grupo de jornalistas da cadeia Capriles [do Ultimas Noticias] foi agredido brutalmente nas ruas de Caracas. Estavam com uns cartazes pedindo liberdade de expressão e foram espancados", disse.
Ewald Sharfenberg avaliou a polarização: "Se você consome a imprensa chavista terá um olhar do mundo que exclui completamente o que é importante para a outra imprensa, e vice-versa. A imprensa de oposição tem um olhar que não inclui feitos que são muito relevantes para os outros meios. Isso me parece uma imagem de que vivemos em uma espécie de esquizofrenia: a verdade será uma cor ou outra cor, porque não há cores intermediárias".
[O segundo e último programa da série será exibido em na terça-feira, 24/11]
http://observatorio.ultimosegundo.ig.co ... =564JDB007
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: CHAVEZ: de novo.
Até que ponto chega o retardo mental dessa criatura?
Venezuela explode pontes na fronteira, diz governo colombiano
A Colômbia denunciou nesta quinta-feira que militares venezuelanos destruíram com explosivos duas pontes de pedestres na fronteira binacional e classificou o ato como violação à lei internacional em meio ao aumento das tensões diplomáticas entre os dois países.
O ministro de Defesa da Colômbia, Gabriel Silva, disse que os militares ativaram explosivos a partir de território venezuelano, perto do município de Ragonvalia, no departamento de Norte de Santander, e deixaram sem ligação vários residentes da região que utilizavam as pontes.
“(Homens) uniformizados que chegaram em caminhões do lado venezuelano, aparentemente pertencentes ao Exército da Venezuela, localizaram duas pontes de pedestres comunitárias que unem as comunidades de ambos os lados, pontes civis (…) e dinamitaram essas duas pontes do lado venezuelano”, declarou Silva a jornalistas.
“Esta ação representa uma violação à lei internacional, à lei humanitária, é uma agressão contra os civis”, acrescentou o funcionário.
Fonte: Terra
Um abraço e t+
Venezuela explode pontes na fronteira, diz governo colombiano
A Colômbia denunciou nesta quinta-feira que militares venezuelanos destruíram com explosivos duas pontes de pedestres na fronteira binacional e classificou o ato como violação à lei internacional em meio ao aumento das tensões diplomáticas entre os dois países.
O ministro de Defesa da Colômbia, Gabriel Silva, disse que os militares ativaram explosivos a partir de território venezuelano, perto do município de Ragonvalia, no departamento de Norte de Santander, e deixaram sem ligação vários residentes da região que utilizavam as pontes.
“(Homens) uniformizados que chegaram em caminhões do lado venezuelano, aparentemente pertencentes ao Exército da Venezuela, localizaram duas pontes de pedestres comunitárias que unem as comunidades de ambos os lados, pontes civis (…) e dinamitaram essas duas pontes do lado venezuelano”, declarou Silva a jornalistas.
“Esta ação representa uma violação à lei internacional, à lei humanitária, é uma agressão contra os civis”, acrescentou o funcionário.
Fonte: Terra
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- renanalamino
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Re: CHAVEZ: de novo.
alguem tem que dar um BASTA logo nesse sujeito ! Hugo Chaves é um vacilão ...
AUSÊNCIA DE GUERRA NÃO SIGNIFICA PAZ!
- wagnerm25
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Re: CHAVEZ: de novo.
Eu acho que está na hora de começar a levá-lo a sério. Aliás, já passou da hora.
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Re: CHAVEZ: de novo.
Eu falo isso já faz um tempo. Ele já passou dos limites faz tempo, o problema é que aparentemente ninguém está dando a devida atenção que deve ser dada a esse sujeito. Infelizmente essa negligência me lembra acontecimentos históricos com grandes repercurssões.wagnerm25 escreveu:Eu acho que está na hora de começar a levá-lo a sério. Aliás, já passou da hora.